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LÍNGUA PORTUGUESA

lendas
COMO APARECEM OS BICHOS

Os Maués dizem que no tempo mais antigo do mundo só havia pessoas e


nem um animal.
Um belo dia a tribo dos Maués planejou fazer uma festa e até nomeou um
dos índios para receber os convidados. Este índio se chamava Hêté-nacop e ficou no
meio do caminho para guiar os outros índios. Aí chegou sua noiva. Ele lhe prometeu
festa assanhada e comida ‘a beça.
- Olhe, disse-lhe a noiva, estou meio adoentada e não quero festa.
Tudo mentira. O que a noiva estava planejando era chegar ao local da festa
antes do noivo para poder namorar outros rapazes. Para isto, fez-se muito bonita:
usou urucum que é semente de planta de onde sai tinta para pintar o rosto. Quanto
aos cabelos, achou um jeito de esfregar neles frutas para ganharem brilho. E mandou-
se para a festa antes do noivo chegar. Mas este foi avisado por alguém que, enquanto
ele estava no meio do caminho, a noiva não parava de namorar. O índio duvidou e
afiançou que sua noiva estava doente. Na certa quem estava lá era sua cunhada,
parecida com a noiva. O informante insistiu na declaração. Então o noivo foi depressa
ao lugar do baila e para isto transformou-se em pássaro veloz. O que encontrou ele?
Adivinharam: sua noiva numa dança alegre. O índio, furioso, de novo transformado
em gente, disse aos convidados no meio do caminho: aviso que nesta festa vai haver
grande mudança no que é vivo. E foi pedir à chuva, ao raio, ao trovão para lhe
fazerem um favor. Caiu então na floresta uma tremenda tempestade e toca o noivo a
bater em todo mundo. Sem falar que deu uma boa surra na noiva, além de lhe puxar o
nariz bem puxadinho. E não é que a bela índia transformou-se em tamanduá-
bandeira? O índio, que era seu parceiro na dança, também teve o nariz puxado,
transformando-se em anta com o focinho comprido. Um índio, que era muito feio, virou
morcego e saiu voando. Uma velha tagarela virou mutum. Também outros viraram
periquito, saracura, cobras e lagartas. Sabem como nasceu o jacaré? Nasceu de um
índio que abriu uma boca cheia de dentes. Os convidados, em vez de gente, eram um
macaco preguiça, a onça, o urubu, o macuco, e nem sei mais quem. Sem falar que
uma índia tornou-se capivara, outra gafanhoto, outros sapos, borboletas e grilos. Uma
velha que estava ralando guaraná, quando viu a coisa ficar feia, fugiu com a cuia e
pedra de ralar e o guaraná. Mas não houve apelação: a cuia lascou-se e virou casco
de jabuti, enquanto o guaraná passou a ser o seu coração. E esta é a origem dos
bichos do mar e da terra, acreditem ou não.

NOME SÉRIE PROF. ÉRIKA VECCI


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PERGUNTAS

1 – Porque a noiva de Hêté-nacop disse-lhe que estava doente no dia da grande festa?
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2 – Como a índia se embelezou antes de ir à festa?


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3 – Por que Hêté-nacop deciciu provocar “grande mudança em quem é vivo”?


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4 – O índio submeteu as pessoas da festa a grandes transformações. Que transformações você


achou mais interessante?
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5 – Que outra origem você imaginaria para os animais?


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6 – É possível definir, com exatidão, quando teria acontecido a história narrada? Justifique.
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7 – 0 que você acha deste tipo de texto que explica o surgimento dos seres e das coisas? Por quê?
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8 – Resuma com suas palavras, a explicação indígena, segundo essa lenda, para o surgimento doa
animais.

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NOME SÉRIE PROF. ÉRIKA VECCI
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TEXTO INFORMATIVO: LENDAS
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O texto que você leu é uma lenda, pois nele encontramos uma explicação fantástica (que
só existe na imaginação) para o surgimento dos animais. Histórias como essas são transmitidas
oralmente ou por escrito pelos povos, de geração em geração, com poucas modificações.
Lendas são histórias que procuram explicar o que o ser humano desconhece ou não
compreende. Elas surgem da necessidade de desvendar os mistérios do mundo.
Os povos indígenas possuem inúmeras lendas. Algumas explicam, por exemplo, como o dia
foi separado da noite, como a água do mar tornou-se salgada e como surgiram alguns frutos.
É importante lembrar que, para os índios, a natureza é sagrada. Eles acreditam que todos
os elementos naturais (o sol, as árvores, as pedras, os outros animais) possuem uma alma como
nós, seres humanos. Por exemplo, várias lendas indígenas explicam o trovão como a manifestação
de um deus chamado Tupã.
Muitos índios acreditam também que a natureza é habitada por seres fantásticos, como a
Iara (espécie de sereia dos rios, deusa das águas) e o Curupira (menino protetor das florestas).
Todos os povos possuem suas próprias lendas sobre os mais variados temas. As lendas são
uma forma de se registrar a experiência e o saber popular, preservando, assim, a cultura de um
povo.

SAIBA MAIS...

A ESTRUTURA NARRATIVA de uma lenda sofre


poucas variações. Geralmente, há uma situação
inicial,
um ou mais acontecimentos – que possam ser
tanto uma intervenção de um elemento sobrenatural como
alguma transformação maravilhosa – e uma
situação final, que explicam quais foram às
conseqüências desse acontecimento.

NOME SÉRIE PROF. ÉRIKA VECCI


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A ORIGEM DOS PEIXES

Quando o mundo foi criado, a água já existia, mas os

peixes ainda não.

Um dia, um índio chamado Baiporo, da tribo dos páiwoe,

foi às margens de um rio procurar alimentos, mas não

conseguiu encontrá-los. Baiporo ficou muito triste.

Então saiu à procura de flores de diversas espécies,

como as do kwogo, de ema, de iru e icegu. Fez delas um

ramalhete e voltou ao rio.

Baiporo atirou as flores na água enquanto dizia:

- Você, flor de kwogo, vai se transformar no peixe

dourado. Você, flor de ema, vai se transformar no peixe

acará. Você, flor de iru, será o lambari. E você, flor de icegu,

vai virar o peixe traíra.

Depois disso, o índio olhou para as águas e viu peixes

dourados, acarás, lambaris e traíras nadando no rio. Cada flor

que ele jogara no rio havia se transformado num peixe. Por


NOME
isso hoje existem tantos peixes
SÉRIE
diferentes na natureza.
PROF. ÉRIKA VECCI
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Situação Inicial _______________________________________________________

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1º acontecimento _______________________________________________________

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2º acontecimento _______________________________________________________

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Situação Final _______________________________________________________

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Transformação _______________________________________________________
Maravilhosa
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POR QUE O BAMBU TEM NÓS

Antigamente, os bambus não tinham nós como

hoje. Um dia, os índios de uma ladeia foram buscar

bambus na mata para fabricar arcos. Apenas um dos

índios, que estava doente, permaneceu na taba.

Depois que apanharam os bambus, todos os índios

voltaram para a aldeia e começaram a fabricar arcos

e flechas. O índio que permanecera na taba e não

pudera buscar bambus pôs-se a fabricar seu arco

juntando os pedaços de bambu que os outros

jogavam fora. A partir desse dia, os bambus

passaram a ter nós.


NOME SÉRIE PROF. ÉRIKA VECCI
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Situação Inicial __________________________________________________

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1º acontecimento __________________________________________________

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2º acontecimento __________________________________________________

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3º acontecimento __________________________________________________

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Situação Final __________________________________________________

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A ORIGEM DO SOL E DA LUA

Há muitos e muitos anos, em uma pequena aldeia da costa, viviam um


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Transformação Maravilhosa __________________________________________________
homem e sua mulher. Depois de um longo período, o casal teve dois filhos: um
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menino e uma menina. Os irmãos se davam muito bem, para alegria dos pais. Um
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não se separava do outro.

O tempo foi passando e as crianças crescendo. Quando os dois irmãos se

tornaram adultos, aconteceu algo surpreendente: eles não paravam de brigar.

Os pais dos jovens ficaram tristes e espantados. Não conseguiam entender

como os filhos, de uma hora para outra, tornaram-se inimigos.

Na verdade, quem se transformou foi o filho, que tinha inveja da beleza

da irmã e por isso vivia a persegui-la. A menina, por sua vez, já estava cansada

das implicâncias do irmão e não sabia mais o que fazer para escapar de suas

maldades. Mas um dia ela teve uma idéia:

- Vou fugir para o céu. só assim escaparei do meu irmão.

A menina então se transformou em Lua.

Quando o rapaz descobriu que a irmã tinha fugido, ficou muito triste e

arrependido.

- Se ela foi para o céu, eu irei também. Não posso ficar sem a minha irmã.

E foi por isso que aconteceu. O rapaz conseguiu ir para o céu, só que em

forma de Sol, e não parou de correr atrás da menina. Às vezes, ele a alcança e

consegue abraçá-la, causando então um eclipse lunar.

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Situação Inicial __________________________________________________

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1º acontecimento __________________________________________________

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2º acontecimento __________________________________________________

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3º acontecimento __________________________________________________

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Situação Final __________________________________________________

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Transformação Maravilhosa __________________________________________________

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Atividade de leitura

Lendo cada linha do quadro abaixo, obtemos períodos de sentido confuso. Recorte e cole

as quatro linhas unindo os blocos A, B e C, adequadamente, para encontrar explicações lendárias

a fenômenos naturais.

A índia se separou do mar e de tão cansada diminuiu de


tamanho.
A lua cheia se dividiu em sete partes e então surgiram o doce e o
iguais salgado.
O rio chorou dias e noites sem e então surgiram as cores da
parar natureza.
O arco-íris perseguiu o sol durante e formou com suas lágrimas
sete noites um grande rio.

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A ESTRELA DO MAR
O Sol era um rei muito severo. Quando se zangava, fazia tudo se esquentar. E se
ficava mesmo bravo, queimava a pele das pessoas e dos bichos que se esqueciam de se
esconder. Secava o chão. E às vezes até fazia as plantas pegarem fogo.
Quando o Sol se escondia lá do outro lado da Terra, para descansar, era a vez da
Lua de passear. [...]
A Lua era uma rainha muito bondosa, porque deixava que pelo céu dançassem e
brincassem muitas e muitas estrelas.
Numa certa noite, uma dessas estrelas brincalhonas foi conversar com a Lua e
perguntou:
- Rainha, rainha! Eu queria tanto conhecer o dia!
E a Lua respondeu:
- Isso não pode ser! O rei Sol não permite!
A estrela ouviu, mas fingiu que se esqueceu, viu? E quando a noite começou a
findar, e a Lua e as outras estrelas foram desaparecendo do céu, essa estrelinha
se escondeu atrás de uma nuvem. E o Sol entrou no céu, como sempre fazia, pela
porta do Leste. E o céu foi clareando com seu brilho. E o Sol foi passeando,
passeando. Passando e passeando.
De repente, a nuvem que estava escondendo a estrela se derreteu em chuva.
E a chuva, passando pelos raios do Sol, formou um arco-íris. E a estrelinha, de tão
feliz que estava de estar vendo coisa tão linda, se esqueceu de correr para trás de
outra nuvem. E o rei Sol viu a estrelinha em seu espaço, e gritou:
- Como voc6e teve coragem de me desobedecer?
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A estrelinha, tremendo, respondeu:
- Desculpe-me, rei Sol, mas é que eu queria tanto saber como é o dia!
O Sol, que era mesmo muito bravo e ranzinza, gritou:
- Pois fique sabendo que você nunca mais verá o dia e não verá também a
noite! Como castigo, você irá morar para sempre no fundo do mar!
E nesse mesmo instante a estrela despencou lá do céu, e caiu no mar, indo lá
para o fundo, onde mora até hoje. E foi assim que nasceu a Estrela-do-Mar.
Cá para nós, me disseram que a Estrela-do-Mar vive até hoje feliz e
contente, viu? Porque, além de conhecer as profundezas do oceano, ela às vezes
pega carona com as ondas. E chegando na praia, olha lá para o céu e conversa com a
Lua e as estrelas de noite. E de dia ri da cara do Sol, que não pode mais fazer nada
para impedir que ela assista ao seu passeio. E espie quando se desenha um arco-íris
no céu...

ATIVIDADES

1) Substitua as palavras em destaque por outras do mesmo sentido:

 O Sol era um rei muito severo. Quando se zangava, fazia tudo se esquentar.

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 E quando a noite começou a findar, e a Lua e as outras estrelas foram

desaparecendo do céu, essas estrelinhas se escondeu atrás de uma nuvem.

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2) No início do texto aparecem descrições, contando como as personagens são.

a) Escreva as frases usadas na história para descrever as personagens:

Sol: ________________________________________________________

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Lua: ________________________________________________________

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Estrela: ______________________________________________________

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b) Ilustre os três personagens:

3) Releia na atividade 2, as descrições do Sol.

Por que o Sol é descrito dessa maneira? Retire do texto algumas ações cometidas

por ele que confirmam sua resposta.

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4) Nesse texto as personagens ganham vida, ou seja, têm comportamentos e

sentimentos que são próprios dos seres humanos. Isso acontece na vida real?

Por quê?

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5) Tudo acontecia sempre igual no reino do rei Sol. Até que numa certa noite...

Que problema criado na história faz com que o texto fique mais emocionante?

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6) Como o rei Sol conseguiu descobrir que estava sendo enganado?

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7) Qual castiga a personagem recebeu por desobedecer ao rei Sol?

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Inô, o mais velho pajé da nação Guaianás, possuía uma filha tão
bela que até mesmo, o próprio Tupã lá do alto do monte Ibiapaba,
contemplava com seu poderoso olhar a linda guerreira.
Em uma certa manhã, passeava a doce virgem feliz, pelos verdes
campos, junto as margens do Anhangabaú, rio lendário que
atravessava Piratininga. Então o Senhor dos Deuses ficou possuído de
grande amor por ela e, sob a forma de um valente guerreiro, principiou
a tentá-la com meigas palavras de fascinação:
-"Bela e graciosa jovem, muito feliz será o homem que for teu
esposo; bem sei que poucos poderiam possuir-te. Tu mereces ser
amada por um Deus!".
A moça ficou encantada com as belas palavras do deus. E ele
continuou:
-"Não temas, pois eu sou o Deus dos Deuses, o Senhor dos Céus,
dos trovões, dos raios e da terra."
Nesse momento, a jovem foi envolvida pelo medo, caindo em
poder do tonante Deus. Desta união nasceu uma linda menina. Foi tão
comentado o nascimento da linda criancinha e neta de Inô, que o
poderoso Morubixaba Pojucã, os sagrados Pajés; Ini, Jaça, Ubi, Itaú,
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Jurumá e Araranguá, os sábios Abarés; Runá, jaguá, Itajaí, Taió, os
conselheiros Moacaras; Canicrã, Jarú, Murim e Tubá e, os valentes
guerreiros; Jaguarê, Anhá, Taca, Canitú, Inê e Canherú, se reuniram
para escolher o nome que a menina deveria ter. Depois de uma
prolongada reunião, o grande Inô, caminhando lentamente até a oca
de sua filha disse:
-" O Conselho dos Sábios Guaianás escolheram o nome de tua
filhinha, ela se chamará Uberlã".
No alto do monte Ubiapaba, Jací, a poderosa Deusa Lua, mãe da
noite e esposa de Tupã, cheia de raiva com a traição do marido, jurou
vingar-se, do primeiro homem que amasse Uberlã. A Deusa não
poderia despejar todo o seu ódio na inocente criança, pois despertaria
a ira de Tupã e sabe-se lá o poderia fazer com ela.
A menina foi crescendo em beleza e graça, além disso, recebeu
do seu velho avô, grande instrução e muitos conhecimentos sobre as
regras e preceitos que constituem a bela história, a arte e os
maravilhoso cantos dos Tupis.
Em uma ensolarada tarde, refrescando-se nas águas límpidas do
rio, Uberlá viu pela primeira vez sua beleza no espelho das águas. E,
ao contemplar tão linda face, estremeceu de felicidade, pois realmente
ela muito mais bela do que sua própria mãe!
Perto dali, passeava o valente pajé Maraí, que exercia o sagrado
ofício de sacerdote na Ocara de Tupã. Maraí, que segundo a lenda era
poderoso, dominou por algum tempo toda a nação dos Cariris, fez
muitos trabalhos de pedra e deixou escrito famosas histórias em língua
Tupi e era filho da própria nação Cariri. Fora ele o construtor do
famoso açude de pedra para prender as águas do lendário rio Cariri,
nas terras de Jatí no Ceará. Fora ainda ele, que um dia, quando
passeava pela baixada úmida do Ipiranga, onde os Tupis cultivavam a
linda gramínea Chamada capim-de-planta, plantou ali, a bela morácea
que, abençoada por Tupã, atravessou os anos e ainda lá permanece,
ficando conhecida pelo nome de "Árvore das Almas".
Pois foi nesta tarde, enquanto Uberlã encantada contemplava a
imagem de sua beleza refletida nas águas do rio Tietê, perto de uma
imensa floresta, que a moça foi vista pelos surpresos olhos de Maraí.
Esse, apaixonou-se perdidamente ao primeiro olhar e através de
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muitas súplicas falou de seu amor para a moça. Porém, Uberlá
desprezou-lhe as palavras e saiu às pressas, fugindo do desejoso
homem.
O pajé sem hesitação começou a perseguir a bela donzela e
quando chegaram a margem do fundo Tietê, vendo-se perdida, a neta
de Inô, suplicou ajuda da Deusa Guerreira Sumé, sua protetora,
pedindo que a imortal se compadecesse dela e metamorfoseasse o
seu perseguidor. Nesse momento chegou o pajé e já apoderava-se da
jovem, quando seu corpo foi se modificando em um verde e formoso
aguapé, que é uma linda planta aquática.

Recolhida por
Rosane Volpatto

Foi desse modo que a Deusa Jací vingou-


se do primeiro homem que amou Uberlã, e a bela planta acabou sendo
levada pelas águas

O aguapé, para quem desconhece, possui a


propriedade de promover reduções de nitrogênio e
fósforo, sólidos suspensos, carbono dissolvido e
coliformes encontrados na água. Por esta razão, é
muito utilizado no tratamento do esgoto doméstico,
assim como no industrial. Além disso, é uma planta
muito usada em paisagismo, por sua grande
beleza. Nossos irmãos índios se beneficiavam dela
por ser também, uma planta medicinal. Suas folhas
úmidas eram utilizadas contra a febre e insolação.
Aproveitadas ainda em infusões, serviam como um
NOME poderoso sedativo PROF.
SÉRIE para dores
ÉRIKAemVECCI
geral.
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ATIVDADES:
1) Faça uma lista de dos nomes de origem indígena que aparecem no texto.

ATIVIDADE: Identifique cada uma das partes do texto e faça um resumo delas

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Situação Inicial _______________________________________________________

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1º acontecimento _______________________________________________________

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2º acontecimento _______________________________________________________

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3º acontecimento _______________________________________________________

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4º acontecimento _______________________________________________________

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Situação Final _______________________________________________________

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Transformação Maravilhosa _______________________________________________________

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GRAMÁTICA E ORTOGRAFIA:

1) Na lenda aparecem alguns adjetivos para caracterizar melhor os personagens. Segundo o texto,
quais as características de:
INÔ: ___________________________________________________________________________
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FILHA DE INÔ: __________________________________________________________________


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UBERLÃ: _________________________________________________________________________
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TUPÃ, SENHOR DOS DEUSES: ________________________________________________________


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JACI: ___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

MARAÍ: ___________________________________________________________________________
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2) Circule no texto todos os SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS que você encontrar. Classifique – os abaixo
segundo os nomes de:

LUGARES DEUSES SÁBIOS GUERREIROS PAJÉS INDIAS

3) Encontre agora 10 substantivos comuns.

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4) Encontre no texto 10 verbos que indicam ação:

5) Encontre 10 verbos que indiquem estado:

7) Neste trecho da lenda estão faltando algumas palavras, você deve completa-la com palavras
diferentes da original, mas que dêem o mesmo sentido ao texto:
Perto dali, _________ o valente pajé Maraí, que ________ o sagrado ofício de
sacerdote na Ocara de Tupã. Maraí, que segundo a lenda era ________, dominou por
algum tempo toda a nação dos Cariris, fez _______ trabalhos de pedra e deixou
escrito famosas histórias em língua Tupi e era filho da própria nação Cariri. Fora ele o
_________ do famoso açude de pedra para _______ as águas do lendário rio Cariri,
nas terras de Jatí no Ceará. Fora ainda ele, que um dia, quando _________ pela
baixada úmida do Ipiranga, onde os Tupis ___________ a linda gramínea chamada
capim-de-planta, plantou ali, a bela morácea que, abençoada por Tupã, ___________
os anos e ainda lá ___________, ficando conhecida pelo nome de "Árvore das
Almas".

Leia agora este uma outra lenda “A lenda do Guaraná”. Nela aparecem erro de ortografia. Circule
esses erros e copie as palavras fazendo as correções necessárias.
Um casau de índios pertencente à tribu Maués viviam juntos por muitos anos
sem ter filhos, mas dezejavam muinto ter uma criança ao menos.
Un dia, eles pediram a Tupã uma criança para conpletar
aquela felisidade. Tupã, o rei dos deuzes, sabendo que o casal era cheio de
bomdade, lhes atendeu o desejo trazemdo a eles um lindo menino.

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O tenpo pasou rapidamente e o menino creceu bonito, generoso e bom. No
entanto, Jurupari, o deus da escuridão, sentia uma estrema inveja do menino e da
paz e felicidade que ele trasmitia, e decidiu então ceifar aquela vida em fror.
Um dia o menino foi coletar frutos na floresta e Jurupari se aproveitou da
ocasião para lanssar sua vingança. Ele se transformol em uma serpemte venenoza e
mordeu o menino, matando-o instantaneamente.
A triste notícia se espalhou rapidamente. Neste momento, trovões ecoarram
na floresta e fortes relâmpagos caíram pela audeia. A mãe, que chorava em
desespero, entendeu que os trovões eram uma mensagem de Tupã, dizendo que ela
deveria plantar os olhos da criança e que deles uma nova plamta cresceria dando
saborosos frutos.
Os ímdios obedeceram ao pedido da mãe e plantaram os olhos do menino.
Neste lugar crescel o guaraná, cujas sementes são negras, cada uma com um arilo
em seu rredor, imitando os olhos humanos.

O curumim que virou gigante

Esta história foi Baíra quem me contou. O piá Tarumã queria que queria Ter uma
irmãzinha. Ele pedia pro pai dele, pedia pra mãe. Até que desistiu. Não é bem que
desistiu.
Ele pegou imaginar como seria a irmãzinha que ele queria. Imaginou, imaginou,
imaginou. A mãe cuidando dela. A maninha brincando de ciranda. A mana já grande
comendo araçá com as amiguinhas.
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Belo dia, Tarumã foi pescar mais os outros. Cada um flechou um peixe. Tarumã que
flechou dois. Pra quem é esse peixe? Perguntaram a ele.
- É pra minha maninha. – Tarumã respondeu.
Ninguém sabia que tinha nascido a irmã de Tarumã.
- Então, deixa eu levar este tapiti pra ela – outro curumim falou.
- Leva – respondeu Tarumã.
- Então deixa eu levar esta igaçaba pra ela – outro curumim falou.
- Leva – Tarumã falou.
- Então, deixa eu levar esta flor pra ela – outro curumim falou.
- Leva – Tarumã falou.
Levaram. Chegando que chegando na oca de Tarumã, ele disse:
- Vocês esperam aqui, que eu vou chamar minha mainha.
Os curumins esperaram. Tarumã apareceu? Qual nada.
Noutro dia eles encontraram Tarumã.
- Cadê sua irmã? – perguntaram a ele.
- Ah, gente! – explicou Tarumã – Ela estava sentadinha me
Esperando. De repente chegou um monte de abelhas. Mais abelhas que estrelas no
céu... minha irmãzinha saiu correndo. As abelhas ferroando ela!
Mas ninguém acreditou em Tarumã.
Só que ninguém acreditou mais. Tinha era irmã nenhuma!... Tarumã ficou com
vergonha. Ela aumentou, aumentou, virou vergonhão. Aí ele saiu pelo mundão.
Andou que andou. Sem coragem de voltar. Na beira do mar, Tarumã deitou de
costas. Esticou os pés, as mãos e o pescoço. Virou um gigante.
Quando você chega no Rio de Janeiro, você não vê um gigante deitado, não? Os pés
são o Corcovado. É Tarumã. Bem em cima da cara dele tem uma estrela. Mas não é
estrela não, gente. O que Tarumã está olhando é a irmãzinha dele.
(Joel Rufino dos Santos)

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Situação Inicial _______________________________________________________

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NOME SÉRIE PROF. ÉRIKA VECCI


LÍNGUA PORTUGUESA
lendas
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1º acontecimento _______________________________________________________

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2º acontecimento _______________________________________________________

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3º acontecimento _______________________________________________________

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4º acontecimento _______________________________________________________

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Situação Final _______________________________________________________

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Transformação Maravilhosa _______________________________________________________

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NOME SÉRIE PROF. ÉRIKA VECCI

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