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ÍNDICE
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1.- Apresentação
O presente Relatório tem por objetivo apresentar uma avaliação ambiental para a obra
a ser realizada na travessia do córrego São Pedro, afluente do Ribeirão dos Porcos,
localizado no km 218+270 da Rodovia Governador Doutor Adhemar Pereira de Barros
– SP 342. Os estudos hidrológicos e hidráulicos foram realizados pela HBO
Engenharia, concomitantemente a este relatório, visando a melhor alternativa para a
elaboração do Projeto Executivo. Busca-se uma solução que resolva os problemas de
enchentes na rodovia sem causar prejuízos aos lindeiros de montante e jusante, O
mapa a seguir apresentado ressalta a área de interesse direta dos estudos
desenvolvidos.
Km 218+270
Fonte DER – Mapa das Diretorias Regionais – modificado – São João B. Vista – RC 13.4
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2. Introdução
O rio Mogi Guaçu, que significa Cobra Grande em tupi guarani, tem suas nascentes
localizadas no Morro do Curvado, no município mineiro de Bom Repouso, no planalto
cristalino, com uma altitude média de 1.650 m.
Seus principais afluentes pela margem direita são os rios Oricanga, Itupeva, Cloro e
Jaguari Mirim; e pela esquerda, Eleutério, do Peixe, do Roque, Quilombo e Mogi Mirim.
O Rio Mogi Guaçu após percorrer 95,5 km em terras mineiras, atravessa a Serra da
Mantiqueira numa altitude média de 825 m, e percorre 377,5 km em terras paulistas,
sobre o planalto central. Deságua no Rio Pardo, numa altitude de 490 m no Bico do
Pontal, no município de Pontal, compreendendo 14.653 km2 de área de drenagem e
473 km de extensão total.
O vale fluvial é constituído, basicamente, por leito basáltico, aflorado em derrames nas
corredeiras em Salto do Pinhal, Cachoeira de Cima em Mogi Mirim, Cachoeira de Baixo
em Mogi Guaçu, Cachoeira de Emas em Pirassununga, Corredeira da Escaramuça em
Santa Rita do Passa Quatro, e corredeira dos Três Cordões em Guariba.
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elementos mais significativos da economia local, A exportação de cana-de-açúcar era
um fator expressivo na economia paulista da época, impulsionando o crescimento
regional. Em meados do século XIX, o café tornou-se a grande fonte de renda do país,
substituindo a hegemonia de cana-de-açúcar na pauta das exportações.
2.1.2 - Demografia
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Quadro 2 – Dados Socioeconômicos da Região de Interesse
Localidade Variável 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
CaracterizaçãodoTerritório- Área(Emkm2) 4.083,80 4.083,80 4.083,80 4.083,80 4.083,80 4.083,80 4.083,80 4.083,80
Trabalho- VínculosEmpregatíciosnaAgropecuária 6.187 6.402 6.451 6.538 6.588 6.996 7.260 7.835
Trabalho- VínculosEmpregatíciosnoComércio 13.888 15.022 16.035 17.291 18.783 20.612 21.548 23.266
Trabalho- VínculosEmpregatíciosnaConstruçãoCivil 1.647 1.675 1.657 1.774 1.589 1.675 2.165 3.235
Trabalho- VínculosEmpregatíciosnaIndústria 24.701 25.556 25.618 26.802 29.834 31.862 33.925 37.598
RegiãodeGoverno Trabalho- VínculosEmpregatíciosnosServiços 36.291 35.071 37.875 37.358 36.795 39.425 40.407 40.018
BragançaPaulista ProdutoeRenda- Extrativa(Emreaisde2008) 8.486.342 8.504.178 9.759.166 7.050.464 9.337.231 10.010.154
ProdutoeRenda- MineraisNãoMetálicos(Emreaisde2008) 65.397.431 77.657.796 81.500.148 68.419.569 72.874.288 75.128.218
DensidadeDemográfica(Habitantes/km2) 115,14 116,93 118,76 120,62 122,52 124,45 126,09 127,75
GraudeUrbanização(Em%) 80,35 ... ... ... ... ... ... ...
População 470.200 477.511 484.973 492.576 500.334 508.242 514.926 521.710
População Urbana 377.794 ... ... ... ... ... ... ...
População Rural 92.406 ... ... ... ... ... ... ...
CaracterizaçãodoTerritório- Área(Emkm2) 5.226,62 5.226,62 5.226,62 5.226,62 5.226,62 5.226,62 5.226,62 5.226,62
Trabalho- Total deVínculosEmpregatícios 82.714 83.726 87.636 89.763 93.589 100.570 105.305 111.952
Trabalho- VínculosEmpregatíciosnaAgropecuária 16.472 16.091 16.604 16.326 17.072 17.320 17.881 19.076
Trabalho- VínculosEmpregatíciosnoComércio 99.806 107.838 116.660 122.600 135.996 148.136 154.819 168.321
Trabalho- VínculosEmpregatíciosnaConstruçãoCivil 20.558 19.743 18.021 17.448 16.163 18.799 21.818 24.370
RegiãodeGoverno Trabalho- VínculosEmpregatíciosnaIndústria 185.968 187.181 193.539 203.584 223.281 238.073 254.428 273.813
Campinas Trabalho- VínculosEmpregatíciosnosServiços 230.907 235.561 252.280 258.174 277.405 300.247 316.385 340.622
ProdutoeRenda- Extrativa(Emreaisde2008) 53.021.818 54.708.554 44.699.792 34.510.835 36.364.559 36.606.584
ProdutoeRenda-MineraisNão Metálicos(Emreaisde2008) 706.418.447 716.479.920 694.945.635 588.634.418 664.299.199 744.241.049
DensidadeDemográfica(Habitantes/km2) 483,95 493,38 503,05 512,96 523,11 533,51 541,94 550,53
GraudeUrbanização(Em%) 97 ... ... ... ... ... ... ...
População 2.529.419 2.578.734 2.629.256 2.681.024 2.734.077 2.788.454 2.832.522 2.877.434
População Urbana 2.453.465 ... ... ... ... ... ... ...
População Rural 75.954 ... ... ... ... ... ... ...
CaracterizaçãodoTerritório- Área(Emkm2) 6.198,50 6.198,50 6.198,50 6.198,50 6.198,50 6.198,50 6.198,50 6.198,50
Trabalho- VínculosEmpregatíciosnaAgropecuária 16.755 15.581 17.253 17.872 19.427 19.212 21.948 20.985
Trabalho- VínculosEmpregatíciosnoComércio 13.540 14.358 14.995 16.149 17.330 19.154 19.136 20.621
Trabalho- VínculosEmpregatíciosnaConstruçãoCivil 1.136 1.196 1.355 1.071 1.171 1.520 1.719 2.415
RegiãodeGoverno Trabalho- VínculosEmpregatíciosnaIndústria 18.569 18.475 18.315 18.494 19.840 20.369 21.289 23.813
SãoJoão daBoaVista Trabalho- VínculosEmpregatíciosnosServiços 23.134 24.987 24.412 25.204 25.925 26.752 28.088 28.554
ProdutoeRenda- Extrativa(Emreaisde2008) 6.584.617 5.727.204 3.637.760 3.652.819 5.253.865 9.044.335
ProdutoeRenda- MineraisNão Metálicos(Emreaisde2008) 161.358.837 162.495.631 155.786.896 133.644.445 146.847.630 154.355.229
DensidadeDemográfica(Habitantes/km2) 72,39 73,1 73,81 74,54 75,28 76,02 76,67 77,32
GraudeUrbanização(Em%) 84,49 ... ... ... ... ... ... ...
População 448.701 453.088 457.533 462.042 466.604 471.234 475.226 479.263
População Urbana 379.098 ... ... ... ... ... ... ...
População Rural 69.603 ... ... ... ... ... ... ...
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2.1.3 – Uso atual do Solo
3 - Caracterização Física
O vale fluvial é constituído, basicamente, por leito basáltico, aflorado em derrames nas
corredeiras em Salto do Pinhal, Cachoeira de Cima em Mogi Mirim, Cachoeira de Baixo
em Mogi Guaçu, Cachoeira de Emas em Pirassununga, Corredeira da Escaramuça em
Santa Rita do Passa Quatro, e corredeira dos Três Cordões em Guariba.
O rio Mogi Guaçu possui corredeiras rápidas com desnível total, entre a foz e as
nascentes de aproximadamente 1.160 m, declividades que variam de 14 m/km ou 14%,
nos primeiros 10 Km, até 0,43m/km ou 0,4%, na parte baixa de seu curso.
A parte sudeste da Bacia do Mogi Guaçu tem um relevo mais movimentado, com
declives que excedem 8% com freqüência, e cotas entre 900 e 1.500 m; a parte
noroeste da bacia já apresenta relevo suave ondulado, declives que raramente
excedem 3%, e altitudes em torno de 600 m
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fertilidade. Essa área é também a recarga do aqüífero Botucatu-Piramboia,
considerado o mais importante da América do Sul.
Planalto Atlântico
Depressão Periférica
Cuestas Basalticas
Planalto Ocidental
A ocorrência dos solos na Bacia Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu estão a seguir
descritos e representam dados obtidos do Levantamento de Reconhecimentos de
Solos do Estado de São Paulo (1960). Os solos da região de interesse são os abaixo
relacionados.
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• Podzólico Vermelho Amarelo Orto (PV): é considerada a unidade modal. Ocupa
8,70% da área total da bacia e localiza-se no Planalto Atlântico O relevo dessa
unidade é montanhoso e torte ondulado, os materiais de origem são granitos e
gnaisses e a vegetação original floresta.
• Podzólico Vermelho Amarelo variaçãoPiracicaba (PVp): Ocupa 0,15% da área da
bacia e localiza-se na Depressão Periférica. O relevo é forte ondulado e ondulado, a
vegetação original é floresta e os materiais de origem argilitos e folhelhos.
• Podzólico Vermelho Amarelo variação Laras (PVls):Ocupa 1,23% da área total da
bacia, localizando-se também na Depressão Periférica. O relevo é forte ondulado e
ondulado, a vegetação original é floresta e cerrados. O material de origem são
arenitos.
Os solos podzolizados com cascalho (Pc) são solos com morfologia semelhante à do
podzólico vermelho amarelo orto (PV), diferindo dos mesmos por apresentar em grande
quantidade de cascalhos ao longo de todo o perfil e também por possuírem na maior
parte dos casos saturação em bases alta.
Os latossolos vermelho escuros são solos bem drenados, com seqüência de horizontes
A-B-C e pequena diferenciação entre horizontes. As unidades de mapeamento
encontradas na bacia do Mogi Guaçu são:
• Latossolo Vermelho Escuro orto (LE): ocupam 6,08% da área total da bacia, são
solos de textura argilosa, relevo suave onu lado a ondulado, vegetação original de
floresta ou cerrado, e apresentam como materiais de origem argilitos, folhelhos e
varvitos.
• Latossolo Vermelho Escuro fase arenosa (LEa): ocupam 2,30% da área total da
bacia, são solos de textura areno-barrenta que ocorrem no Planalto Ocidental. O
relevo é suave ondulado, a vegetação original é de floresta ou cerrado e o material
de origem arenitos da Formação Bauru sem cimento calcário.
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d) Latossolos vermelho amarelos
• Latossolo Vermelho Amarelo orto (LV): ocupam 4,28 % da área total da bacia e são
considerados a unidade modal desse grupo de solos. São argilosos e bastante
profundos. Localizam-se no Planalto Atlântico, em relevo montanhoso e tem como
material de origem granitos, gnaisses. A vegetação original é a floresta.
• Latossolo Vermelho Amarelo fase arenosa (LVa): ocupam 19,14% da área total da
bacia. São solos arenosos a areno-barrentos, muito pobres em nutrientes,
localizados na Depressão Periférica e no Alto do Planalto Ocidental. O relevo é
ondulado a suavemente ondulado, a vegetação original predominante é o cerrado e
o material de origem os arenitos.
f) Solos hidromórficos
Os solos hidromórficos (Hi) ocupam 7,43% da área do total da bacia do Mogi Guaçu.
g) Solos aluviais
Os solos aluviais (A) ocupam área de 0,08% do total da área da bacia do Mogi Guaçu e
são solos situados em várzeas ou terraços, formados a partir de sedimentos recentes
ou sub-recentes.
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3.4. Clima
• Cwa: clima mesotérmico de inverno seco em que a temperatura média do mês mais
frio é inferior a 18°C e a do mês mais quente ultrapassa 22°C. O total das chuvas do
mês mais seco não ultrapassa 30 mm. O índice pluviométrico desse tipo climático
varia entre 1.100 e 1.700 mm diminuindo a precipitação de leste para oeste. A
estação seca nessa região ocorre nos meses de abril a setembro, sendo julho o mês
em que atinge a máxima intensidade. O mês mais chuvoso oscila entre janeiro e
fevereiro. A temperatura do mês mais quente oscila entre 22 e 24°C.
3.4. Precipitação
Fonte – DAEE- 2005- Dados de Chuva por mês de Espírito Santo do Pinhal- SP
Fonte – DAEE- 2005- Dados de Chuva por mês de Santo Antônio do Jardim - SP
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Mapa de Isotermas Anuais – Estado de São Paulo
3.6 Várzeas
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fauna típica. Possui a função de refúgio de fauna silvestre, é local de reprodução de
peixes e atua como controle das cargas difusas que ocorrem nos corpos d’água.
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Mapa de localização do km 218+270
km 218+270
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de interesse direto, que se mostraram receptivos às perguntas e questionamentos
efetuados, o que permitiu confirmar as freqüentes enchentes.
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Foto 3 e 4 – Vista geral do córrego São Pedro a jusante em 2006 e em 2009.
Foto 5 – Cor. São Pedro – a montante Foto 6 – Cor São Pedro a jusante
Foto 7 – Cor. São Pedro a jusante Foto 8 - Cor. São Pedro a jusante
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Foto do local onde serão realizadas as intervenções na SP-342.
SP-342 – km 218+270
Olarias,casas,escola
Várzea de Inundação
com exploração de
argila Cor. São Pedro
Olarias, casas
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5. Projeto de Intervenção na micro-bacia do Córrego São Pedro
A exploração da argila para a fabricação de tijolos é de mão de obra familiar e as jazidas não
possuem autorização para a lavra.. As instalações das olarias são simples, mas permitem
que se tenha um produto final de boa qualidade após a queima. Existem olarias bastante
antigas, tanto nessa micro-bacia do São Pedro, como na do córrego sem denominação à
altura do km 217.
Foto 9 e 10 - Olaria
Foto 11 e 12 - Olaria
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Foto 13 – Trabalho de feitura do tijolo por jovens.
O uso da mão de obra familiar é muito intenso, mas com precárias condições de trabalho.
A renda das famílias é dependente das condições de lavra e transformação da argila. O local
possui bom acesso e pela rodovia pode-se atingir São João da Boa Vista com rapidez.
As residências são simples possuindo luz elétrica o que permite possuir geladeira, televisão
e outros eletrodomésticos. As crianças são atendidas por uma escola municipal, junto ao km
218.
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Foto 16 e 17 – Escola Municipal
A escola municipal está bem preservada e em local que não fica sujeita a enchente e o
acesso é feito por estrada de terra, conforme pode ser visto pelas fotos a seguir.
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A estrada cruza o ribeirão dos Porcos por ponte de madeira e dá acesso a propriedade rural
muito antiga que está decadente e inexplorada, conforme pode-se ver pelas fotos.
A várzea junto ao ribeirão dos Porcos é grande e hoje se apresenta com boa cobertura
vegetal de gramíneas, o que reduz a velocidade da água de escoamento.
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Foto 28 e 29 – vista geral da várzea e das residências no bordo da várzea (próximo à
rodovia)
DE-11.342.218-0-H04/001 e 002 - Planta do bueiro com caixa à montante para controle de vazão,
estaqueamento de amarração das seções utilizadas na verificação hidráulica ao longo do Córrego
São Pedro, juntamente com mancha de inundação obtida;
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Os constantes transbordamentos do córrego São Pedro sobre a pista são causados pelo
grande volume de contribuição à montante, tornando insuficiente a vazão dos bueiros de
travessia ou por assoreamento que reduz a passagem da água.
Foi proposto um orifício que liberasse a mesma vazão que os atuais dois bueiros de
diâmetro de 1,00, que funcionam na iminência de transbordar sobre a pista com carga de
Hw/D =2,00, nesta condição os bueiros conduzem vazão de 4,80m3/s. Sendo assim, foi
adotado orifício com a mesma altura dos bueiros e como o desnível entre a ponto de
transbordamento e fundo do orifício (orifício com base 1,45m e altura de 1,00m), é
aproximadamente 2,00m. Foi proposta uma caixa que trabalhando em conjunto o orifício e o
vertedor.
A vazão a ser liberada após a execução das obras da travessia no km 218+270 não causará
impacto significativo nas áreas a jusante, pois optou-se pela alternativa de conduzir a vazão
do São Pedro que transbordava na pista para o seu curso normal, ao longo da várzea. Essa
ação mitigará o impacto atual causado aos usuários da rodovia e dos moradores e
proprietários residentes na área de bordo da área.
A várzea de inundação do Ribeirão dos Porcos é atualmente explorada por olarias que estão
na cota 720. A várzea possui diversas cavas abandonadas da exploração da argila e areia.
Tais cavas estão espalhadas pela área e servem atualmente para auxiliar na retenção de
água do córrego São Pedro e principalmente por atenuar as enchente das águas do Ribeirão
dos Porcos.
O Ribeirão dos Porcos por apresentar constantes cheias e por ser o receptor do São Pedro
deveria também sofrer intervenção até a sua foz no Rio Jaguari Mirim, entretanto toda e
qualquer intervenção no seu curso é de competência dos governos estaduais e municipais.
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Um empreendimento como o proposto irá provocar alterações nos meios físicos, bióticos e
antrópicos. O empreendimento, mesmo tendo alguns cuidados com o meio ambiente poderá
provocar alterações ambientais e todas as medidas mitigadoras propostas pelos estudos
ambientais visam a atender aos objetivos descritos a seguir:
O detalhamento das medidas ambientais deverá atentar para as exigências dos órgãos
licenciadores e/ou outorgantes, para os fatores restritivos do uso e ocupação do solo,
notadamente com destaque à urbanização das áreas do entorno do empreendimento
projetado, de proteção dos mananciais, dos meios bióticos e antrópicos.
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• alterações no regime fluviométrico e qualidade das águas;
Para cada um dos impactos identificados, deverão ser apresentadas medidas mitigadoras
e/ou compensatórias. Essas medidas deverão ser apresentadas em forma de planos ou
programas ambientais, acordos e autorizações, indicando-se o custo total dessa mitigação
ou compensação, os responsáveis pela implementação das mesmas e o respectivo
cronograma de execução e o monitoramento ambiental, quando couber.
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5.5.1 – Erosão e Assoreamento de Rios e Córregos.
A área que será afetada pelo empreendimento possui uma declividade menor de 2% e
apresenta pontos com terrenos alagadiços. Na área não existe erosão, mas sim
assoreamento causado pela exploração aleatória e desordenada das olarias no entorno.
Prevê-se que na área de intervenção direta serão necessários um volume baixo de corte e
aterro. Devido as características do local, os volumes de movimentação de terra e rochas
são pequenos e os eventos são de baixa magnitude
Ações Mitigadoras:
Canteiro de Obra - O local deverá ser recuperado após o término das obras de implantação
da travessia, conforme projeto específico para a área.
Bota-Fora – Pode ser utilizada a área hoje existente junto à prefeitura local ou outro local
que possua interesse na obtenção dos materiais provenientes da obra e outros resíduos.
Jazidas – Toda jazida de material a ser utilizado na obra deve estar legalizada perante os
órgãos ambientais competentes.
Outros Materiais – Recomenda-se a aquisição desses materiais, notadamente o concreto,
em unidades pré-existentes na região, evitando-se dessa forma contaminações de solo e de
mananciais.
Como deverá ser construída uma travessia sobre o córrego São Pedro, existirá um risco
maior de degradação da qualidade da água. Entretanto, existe um risco de assoreamento e
redução da qualidade da água pela intervenção na calha do córrego, mas pelo método
construtivo a ser adotado esse impacto será de baixa magnitude. Em segundo lugar, essa
intervenção será de curta duração.
Ações Mitigadoras:
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a) A adoção de método construtivo que reduz o risco de carregamento de solo para o
córrego é a melhor medida mitigadora e em segundo plano a intervenção e obra será de
curto prazo de execução.
b) Executar a limpeza dos terrenos, o decapeamento do solo e as obras de aterro dos
taludes preferencialmente em período de chuvas menos intensas, que na região é de maio a
agosto;
c) Implantar sistemas de drenagem provisórios, quando necessário, durante os serviços de
movimentação de terra, podendo ser não revestidos, mas contendo caixas de retenção de
sólidos e outros dispositivos que retenham o assoreamento do córrego.
d) Verificar se os materiais escavados terão destinação criteriosa e sejam controlados, a fim
de não ocorrer o extravio dos mesmos, notadamente os resíduos de obras civis e das caixas
de pavimento, para áreas adjacentes às obras.
e) Reduzir a exposição do solo ao longo dos taludes de corte e aterro sempre que possível
pelo plantio de vegetação rasteira de rápido crescimento;
f) Transportar todos os materiais originários das escavações em caminhões apropriados e
recobertos com lona.
Ações Mitigadoras:
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O trecho onde será implantado o desvio e a travessia está localizado distante de fragmentos
florestais ou núcleos urbanos. A área onde será implantada a travessia é um bairro rural.
Mesmo assim, a tendência é de baixa magnitude, pois com a geração de ruídos,
eventualmente algumas espécies da fauna local tendem a se deslocar para outros sítios.
Contudo o impacto gerado é de caráter temporário, já que logo após o término das obras, o
mesmo, deixará de existir.
O horário de inicio e término dos serviços é um fator que tem como objetivo diminuir ou
mesmo eliminar os transtornos decorrentes do aumento sensível do grau de ruído causado
principalmente pelos serviços de terraplenagem e concretagem e pelo aumento do fluxo de
trânsito de veículos nas áreas em operação. Deve observar as normas e limites
estabelecidos na CONAMA nº01/90 e disposições municipais se houver.
Ações Mitigadoras:
Horário - Recomenda-se que as obras ocorram durante o horário das 8,00 às 18,00 horas,
de segunda a sexta –feira. Principalmente por ter a região uma destinação turística muito
presente.
Planejamento - Recomenda-se também o uso de um planejamento das obras, de forma a
interferirem minimamente no transito principalmente nos finais de semana, ferias escolares e
fins de semana prolongados
A ação de retirada de árvores isoladas que eventualmente seja necessária para as obras, irá
resultar em uma medida compensatória de recomposição da cobertura arbórea. O plantio de
reposição poderá ser realizado em áreas selecionadas ao longo das margens da rodovia
com o enriquecimento da atual cobertura vegetal existente. Recomenda-se o plantio de
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espécies que mais se adaptem à região. Deve-se obter autorização especial para corte e
derrubada de árvores, junto ao DEPRN, assim como autorização para intervenção em Área
de Preservação Permanente – APP.
A Lei da Mata Atlântica (Lei nº 11.428/06) prevê, para supressão de vegetação que o
empreendimento tenha utilidade pública. Nesse caso específico da construção da travessia,
há esse condicionante por se constituir em obras de infraestrutura de transporte rodoviário.
Além disso, como a vegetação existente na área sobre a qual os impactos incidirão, foi
classificada como vegetação de Mata Atlântica em estágio inicial de regeneração, esses
condicionantes permitirão a intervenção no local. Nesse caso, a supressão poderá ocorrer,
desde que licenciada pelo órgão ambiental estadual e compensada na forma da lei.
Ações Mitigadoras:
Tal restauração (recuperação) deve considerar que os ecossistemas não são entidades
estáticas, mas sim sofrem flutuações na sua estrutura e função, em decorrência de
mudanças ambientais de curto, médio e longo prazos.
CONCLUSÃO:
31
Outro fato que denota a insuficiência e não o entupimento é freqüência com que o fato de
transbordamento ocorre, sendo que a manutenção de rotina como limpeza e
desassoreamento é praticado constantemente pela Concessionária.
A vazão a ser liberada após a execução da obra não causará impacto ambiental no local e
imediações, pois a alternativa de conduzir a vazão que transbordava sobre a pista para o
curso principal, mitiga o impacto atual causado aos moradores de jusante.
Conforme demonstrado nos cálculos e desenhos, que indica nível máximo de inundação, os
moradores e atividades no entorno não serão impactados pela obra, ou seja, as
propriedades não serão atingidas.
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ANEXOS
Planta 1
33