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Direito Previdenciário

Aula 2
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.

Assuntos tratados:
1º Horário.
 Regime Geral de Previdência Social / Partes / INSS / Beneficiários /
Segurados Obrigatórios
2º Horário.
 Continuação
2º Horário.
 Continuação / Período de Graça

1º Horário

1. Regime Geral de Previdência Social


1.1. Partes
1.1.1. INSS
Em um polo se encontra o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e, no
outro, os beneficiários.
O INSS é uma Autarquia federal criada em 1990.
A competência para processar e julgar as causas em que o INSS for parte ou
tiver interesse pertence à Justiça Federal (art. 109, I, CRFB/88). Entretanto, há
exceções, tais como o acidente de trabalho.
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal
forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto
as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à
Justiça do Trabalho;

Sendo assim, alguns benefícios previdenciários podem decorrer de acidente de


trabalho (benefício acidentário), estando excluídos da competência da Justiça Federal,
sejam para a concessão ou para a revisão. Nesse caso, a competência pertence à
Justiça Estadual, por se tratar de matéria residual.
O art. 109, §3º, CRFB/88, possui o objetivo de facilitar o acesso à justiça
Art. 109, §3º - Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do
domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição
de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do
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juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras
causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.

Exemplo: No RJ, há subseção judiciária que envolve Niterói e Maricá. Se a


pessoa mora em Maricá, que não tem vara Federal, pode optar por ajuizar a ação
perante o juiz federal, em Niterói, ou perante o juiz estadual, em Maricá.
Trata-se de delegação constitucional de competência, pois o juiz estadual atua
como juiz federal. Nesse caso, os recursos contra as decisões do juízo a quo seguem
para o TRF.
Caso haja conflito de competência entre o juiz estadual de competência
delegada e o juiz federal, quem solucionará será o Tribunal Regional Federal.
Quando o indivíduo pleiteia benefício acidentário e há decisão denegatória do
INSS, afirmando não se tratar de segurado, cabível se faz o Mandado de Segurança,
perante a Justiça Federal (art. 109, VIII, CRFB/88).
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade
federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;

Na hipótese de concessão de tutela antecipada em causa previdenciária, com


posterior improcedência do pleito autoral na sentença, os valores eram irrepetíveis, ou
seja, o beneficiado não precisava devolvê-los por conta da improcedência de seu
pedido (vide súmula 51, TNU).
Súmula nº 51 / TNU - Os valores recebidos por força de antecipação dos efeitos de
tutela, posteriormente revogada em demanda previdenciária, são irrepetíveis em
razão da natureza alimentar e da boa-fé no seu recebimento.

Entretanto, recentemente, o STJ decidiu que os benefícios previdenciários


recebidos, em virtude de tutela antecipada revogada, devem ser repetidos, ou seja,
devolvidos pelo segurado ao INSS.
Observação: Para essa cobrança ser efetivada, o INSS deve ingressar com ação
de cobrança, sendo vedada a inscrição em dívida ativa. Ressalta-se que a devolução
das parcelas também pode decorrer de desconto realizado pela Autarquia diretamente
no benefício previdenciário concedido ao beneficiado.

1.1.2. Beneficiários
Os beneficiários se dividem em duas categorias: segurados e dependentes.
Os segurados são beneficiários diretos, enquanto os dependentes, indiretos.

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Os segurados se dividem em dois grandes grupos: segurados facultativos e


segurados obrigatórios.
O segurado obrigatório constitui o vínculo jurídico com a Previdência Social a
partir do momento que começa a exercer atividade remunerada (a isso se denomina
filiação).
A inscrição é o registro do segurado no INSS, entretanto, não constitui o
vínculo, pois possui efeito meramente declaratório.

1.1.2.1. Segurados Obrigatórios


O art. 11 da lei 8.213/91 trata dos segurados obrigatórios da Previdência social
e aborda cinco categorias: empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso,
contribuinte individual e segurado especial.
A categoria de empregado, no Direito Previdenciário, é mais ampla que no
Direito do Trabalho.
Todos que são empregados, no Direito do Trabalho, também se consideram
empregados no Direito Previdenciário, mas a recíproca não é verdadeira.
O art. 11, I, “a” da Lei 8.213/91 trata do empregado típico e é idêntico ao art.
3º, caput, CLT.
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas
físicas: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993)
I - como empregado: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993)
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter
não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como
diretor empregado;

Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de


natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante
salário.

Exemplo1: O servidor que ocupa, exclusivamente, cargo em comissão não é


considerado empregado para o Direito do Trabalho, porém, vincula-se ao Regime
Geral de Previdência Social (RGPS), sendo, portanto, considerado segurado empregado
para o Direito Previdenciário.
Exemplo2: Em caso de universidade pública que contrata professores
temporários, estes são considerados servidores públicos, porém, para a Previdência
Social é considerado empregado.

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Cumpre destacar que não são todos os Municípios que possuem Regime
Próprio de Previdência Social (RPPS). Nesses casos, os servidores efetivos contribuem
para o Regime Geral.

2º Horário

Ocupante de cargo eletivo também é segurado obrigatório do RGPS (art.11, I,


“j”).
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas
físicas: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993)
I - como empregado: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993)
j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não
vinculado a regime próprio de previdência social; (Incluído pela Lei nº 10.887, de
2004)

O art. 195, II, CRFB/88, trata do financiamento da Seguridade Social e abrange o


agente político como segurado obrigatório da Previdência Social.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta
e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes
contribuições sociais:
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de
previdência social de que trata o art. 201; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)

A alínea “h” do art. 11, Lei 8.213/91 foi considerada inconstitucional pelo STF,
com resolução do Senado, suspendendo sua eficácia.
h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não
vinculado a regime próprio de previdência social ; (Incluída pela Lei nº 9.506, de
1997)

Importante mencionar que o menor aprendiz, regulado na Lei 10.097/2000,


também é considerado segurado empregado, considerando-se ser atividade
remunerada, com base entendimento jurisprudencial.
Observação: O aluno aprendiz (escola técnica) não é considerado segurado da
Previdência Social.
A alínea “e” trata de empregado, que trabalha para o Brasil, no exterior,
considerando-se segurado.

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e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais


brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá
domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do
país do domicílio;

Há diferença entre empregado e empregado doméstico.


Para o Direito Previdenciário, o empregado doméstico deve trabalhar para
pessoa natural ou família, que não possua intenção de lucro com o trabalho do
doméstico e o trabalho deve ser exercido no âmbito domiciliar.
Observação: Pessoa jurídica não possui empregado doméstico, ainda que não
deseje lucro.
A grande diferença entre empregado e empregado doméstico está no custeio.
No Direito Previdenciário, empresa é quem exerce atividade econômica, bem
como, órgãos e entidades da Administração Pública (art. 14, Lei 8.213/91).
Art. 14. Consideram-se:
I - empresa - a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade
econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e
entidades da administração pública direta, indireta ou fundacional;
II - empregador doméstico - a pessoa ou família que admite a seu serviço, sem
finalidade lucrativa, empregado doméstico.

O trabalhador avulso está regulado no art. 11, VI da Lei 8.213 e no Decreto


3.048/99, art. 9º, VI.
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas
físicas: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993)
VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo
empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento;

Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas


físicas:
VI - como trabalhador avulso - aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de
natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a
intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra, nos termos da Lei
nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, ou do sindicato da categoria, assim
considerados:
a) o trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e
conserto de carga, vigilância de embarcação e bloco;
b) o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e
minério;
c) o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios);
d) o amarrador de embarcação;
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e) o ensacador de café, cacau, sal e similares;


f) o trabalhador na indústria de extração de sal;
g) o carregador de bagagem em porto;
h) o prático de barra em porto;
i) o guindasteiro; e
j) o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos; e

Trabalhador avulso é aquele que exerce sua atividade por intermédio de um


sindicato ou de um órgão gestor de mão de obra.
Exemplo: Trabalhadores portuários.
O trabalhador avulso é equiparado ao empregado no que tange aos direitos,
inclusive, os direitos previdenciários (art.7º, XXXIV, CRFB/88).
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social:
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício
permanente e o trabalhador avulso.

A Lei 8.630/93 tratava dos trabalhadores avulsos e foi substituída pela Lei
12.815/13.
O contribuinte individual passou a existir em 1999. Antes disso, havia três
categorias que foram unificadas: autônomos, empresários e equiparados a autônomos
(art. 11, V, Lei 8.213).
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas
físicas: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993)
V - como contribuinte individual: (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
[...]
g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma
ou mais empresas, sem relação de emprego; (Incluído pela Lei nº 9.876, de
26.11.99)
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza
urbana, com fins lucrativos ou não; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

Se o contribuinte individual trabalhar vinculado a uma empresa, ele não


possuirá responsabilidade tributária, cabendo à empresa reter a sua contribuição na
fonte. Já, se o contribuinte individual trabalhar por conta própria, caberá ao próprio
segurado recolher a sua contribuição.
Destaca-se a súmula 52, TNU.
Súmula nº 52 / TNU - Para fins de concessão de pensão por morte, é incabível a
regularização do recolhimento de contribuições de segurado contribuinte
individual posteriormente a seu óbito, exceto quando as contribuições devam ser
arrecadadas por empresa tomadora de serviços.
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Os antigos empresários exerciam atividades de gestão e, atualmente, são


considerados contribuintes individuais.
O segurado especial é regulado pelo art. 11, VII da Lei 8.213/91.
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas
físicas: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993)
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em
aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de
economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição
de: (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou
meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore
atividade: (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; (Incluído pela Lei nº
11.718, de 2008)
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos
do inciso XII do caput do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça
dessas atividades o principal meio de vida; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual
ou principal meio de vida; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade
ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso,
que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo. (Incluído pela
Lei nº 11.718, de 2008)

O art. 39 da Lei 8.213 informa que o segurado especial possui direito a vários
benefícios, mesmo que não pague contribuição.
Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei,
fica garantida a concessão:
I - de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de auxílio-
reclusão ou de pensão, no valor de 1 (um) salário mínimo, e de auxílio-acidente,
conforme disposto no art. 86, desde que comprove o exercício de atividade rural,
ainda que de forma descontínua, no período, imediatamente anterior ao
requerimento do benefício, igual ao número de meses correspondentes à carência
do benefício requerido; ou (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
II - dos benefícios especificados nesta Lei, observados os critérios e a forma de
cálculo estabelecidos, desde que contribuam facultativamente para a Previdência
Social, na forma estipulada no Plano de Custeio da Seguridade Social.
Parágrafo único. Para a segurada especial fica garantida a concessão do salário-
maternidade no valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o exercício
de atividade rural, ainda que de forma descontínua, nos 12 (doze) meses
imediatamente anteriores ao do início do benefício. (Incluído pela Lei nº 8.861, de
1994).
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Existem vários segurados especiais, quais sejam, o agricultor, o pecuarista, o


pescador e o extrativista.
O art. 11, §1º trata do regime de economia familiar.
§1º - Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o
trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao
desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de
mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados
permanentes. (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)

3º Horário

A lei 8.213 estabelece no art. 11, VII, a definição de segurado especial.


O art. 11, §10 da referida lei define quando o segurado fica excluído da
categoria.
§10. O segurado especial fica excluído dessa categoria: (Incluído pela Lei nº
11.718, de 2008)
I – a contar do primeiro dia do mês em que: (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
a) deixar de satisfazer as condições estabelecidas no inciso VII do caput deste
artigo, sem prejuízo do disposto no art. 15 desta Lei, ou exceder qualquer dos
limites estabelecidos no inciso I do § 8o deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.718,
de 2008)
b) enquadrar-se em qualquer outra categoria de segurado obrigatório do Regime
Geral de Previdência Social, ressalvado o disposto nos incisos III, V, VII e VIII do §
9o e no § 12, sem prejuízo do disposto no art. 15; (Redação dada pela Lei nº
12.873, de 2013)
c) tornar-se segurado obrigatório de outro regime previdenciário; e (Redação dada
pela Lei nº 12.873, de 2013)
d) participar de sociedade empresária, de sociedade simples, como empresário
individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade limitada em
desacordo com as limitações impostas pelo § 12; (Incluído pela Lei nº 12.873, de
2013) (Produção de efeito)
II – a contar do primeiro dia do mês subseqüente ao da ocorrência, quando o
grupo familiar a que pertence exceder o limite de: (Incluído pela Lei nº 11.718, de
2008)
a) utilização de terceiros na exploração da atividade a que se refere o § 7o deste
artigo; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
b) dias em atividade remunerada estabelecidos no inciso III do § 9o deste artigo;
e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

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c) dias de hospedagem a que se refere o inciso II do § 8o deste artigo. (Incluído


pela Lei nº 11.718, de 2008)

O §8º trata dos casos que não descaracterizam a condição de segurado


especial.
§8º - Não descaracteriza a condição de segurado especial: (Incluído pela Lei nº
11.718, de 2008)
I – a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou comodato, de
até 50% (cinqüenta por cento) de imóvel rural cuja área total não seja superior a 4
(quatro) módulos fiscais, desde que outorgante e outorgado continuem a exercer
a respectiva atividade, individualmente ou em regime de economia
familiar; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
II – a exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com
hospedagem, por não mais de 120 (cento e vinte) dias ao ano; (Incluído pela Lei nº
11.718, de 2008)
III – a participação em plano de previdência complementar instituído por entidade
classista a que seja associado em razão da condição de trabalhador rural ou de
produtor rural em regime de economia familiar; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de
2008)
IV – ser beneficiário ou fazer parte de grupo familiar que tem algum componente
que seja beneficiário de programa assistencial oficial de governo; (Incluído pela Lei
nº 11.718, de 2008)
V – a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de
VI - a associação em cooperativa agropecuária; e (Redação dada pela Lei nº
12.873, de 2013)
VII - a incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI sobre o produto
das atividades desenvolvidas nos termos do § 12. (Incluído pela Lei nº 12.873, de
2013) (Produção de efeito)

Os segurados facultativos possuem previsão no art. 13 da lei 8.213/91.


Art. 13. É segurado facultativo o maior de 14 (quatorze) anos que se filiar ao
Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, desde que não incluído
nas disposições do art. 11.

Exemplos: Dona de casa, estudante, estagiário, dentre outros.


O segurado facultativo precisa ter a idade mínima de 16 (dezesseis) anos,
aplicando à lei 8.213 a interpretação conforme a EC 20/98.
O art. 13 da lei 8.213/91 deve ser remetido ao art. 11 do Decreto 3.048/99.
Art. 11. É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade que se filiar ao
Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na forma do art. 199,
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desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como
segurado obrigatório da previdência social.
§1º - Podem filiar-se facultativamente, entre outros:
I - a dona-de-casa;
II - o síndico de condomínio, quando não remunerado;
III - o estudante;
IV - o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior;
V - aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social;
VI - o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de
julho de 1990, quando não esteja vinculado a qualquer regime de previdência
social;
VII - o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa de acordo com a Lei
nº 6.494, de 1977;
VIII - o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de
especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior,
desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;
IX - o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a
qualquer regime de previdência social; (Redação dada pelo Decreto nº 7.054, de
2009)
X - o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime
previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional;
e (Redação dada pelo Decreto nº 7.054, de 2009)
XI - o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta
condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais
empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim,
ou que exerce atividade artesanal por conta própria. (Incluído pelo Decreto nº
7.054, de 2009)
§2º - É vedada a filiação ao Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de
segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência
social, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não
permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio.
§3º - A filiação na qualidade de segurado facultativo representa ato volitivo,
gerando efeito somente a partir da inscrição e do primeiro recolhimento, não
podendo retroagir e não permitindo o pagamento de contribuições relativas a
competências anteriores à data da inscrição, ressalvado o § 3º do art. 28.
§4º - Após a inscrição, o segurado facultativo somente poderá recolher
contribuições em atraso quando não tiver ocorrido perda da qualidade de
segurado, conforme o disposto no inciso VI do art. 13.

A filiação do segurado facultativo ocorre com a inscrição e o pagamento da


primeira contribuição.
Para se manter, de forma ordinária, a qualidade de segurado, o obrigatório tem
que trabalhar e o segurado facultativo, contribuir.
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1.2. Período de Graça


O art. 15 da Lei 8.213/91 trata do período de graça, no qual há a manutenção
extraordinária da qualidade de segurado.
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar
de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver
suspenso ou licenciado sem remuneração;
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de
doença de segregação compulsória;
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças
Armadas para prestar serviço militar;
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
§1º - O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o
segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem
interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.
§2º - Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o
segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no
órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
§3º - Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos
perante a Previdência Social.
§4º - A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do
prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da
contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos
fixados neste artigo e seus parágrafos.

Observação: Aposentado do INSS é segurado da Previdência Social. Se voltar a


trabalhar, terá outra inscrição no RGPS. O aposentado possui direito ao salário-
maternidade, salário-família e serviços do INSS.
Observação2: Há discussão no STF sobre a possibilidade de aproveitamento de
tais contribuições por meio de processo de desaposentação.
O período de graça que gera maior polêmica é o previsto no inciso II do art. 15.
Se o segurado pagar mais de 120 (cento e vinte) contribuições - que podem ser
interrompidas, desde que não se perca a qualidade de segurado - o período de graça
aumenta para 24 (vinte e quatro) meses.
Se a pessoa estiver desempregada, o período de graça é acrescido de mais 12
(doze) meses.

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Direito Previdenciário
Aula 2
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.

Observação: Os §§ 1º e 2º são aplicados de forma autônoma.


A TNU já afirmou que a ausência de registro no órgão próprio do Ministério do
Trabalho não impede que se comprove a condição de desempregado por outros meios
admitidos em Direito (súmula 27).
Súmula nº 27 / TNU - A ausência de registro em órgão do Ministério do Trabalho
não impede a comprovação do desemprego por outros meios admitidos em
Direito.

Para o STJ, desemprego significa a ausência de emprego, somada a vontade de


retornar ao mercado.
O preso, que era segurado anteriormente, ao sair da prisão, possui 12 (doze)
meses de período de graça.
O dependente químico internado compulsoriamente, ao sair, possui 12 (doze)
meses de período de graça, se antes da internação era segurado da Previdência Social.
O desincorporado possui 3 (três) meses de período de graça, ao sair das Forças
Armadas.
O contribuinte facultativo possui 6 (seis) meses de período de graça.
Perde-se a qualidade de segurado no dia seguinte ao vencimento da
contribuição do mês posterior.
O art. 15, §4º da Lei 8.213 deve ser remetido ao art. 30, II, Lei 8.212/91.
Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras
importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes
normas: (Redação dada pela Lei n° 8.620, de 5.1.93)
II - os segurados contribuinte individual e facultativo estão obrigados a recolher
sua contribuição por iniciativa própria, até o dia quinze do mês seguinte ao da
competência; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).

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