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Aula 05
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Sumário
1. Aposentadorias voluntárias .......................................................................... 1
1.1. Aposentadoria por idade ........................................................................... 1
1.2. Aposentadoria por tempo de contribuição............................................... 12
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1. Aposentadorias voluntárias
1.1. Aposentadoria por idade
Fundamento de validade constitucional no artigo 201, §7º, inciso II, da CRFB. Cada
um dos incisos desse disposto carreia um requisito, a saber, tempo de contribuição (inciso I)
e idade (inciso II). Possuem tais requisitos, no âmbito do Regime Geral de Previdência Social,
natureza de alternatividade; não, cumulatividade.
CRFB, Art. 201, § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social,
nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições:
I – trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se
mulher;
II – sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher,
reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para
os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o
produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.
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Lei 8.213/91, Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes
pessoas físicas:
I - como empregado:
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não
eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor
empregado;
[...]
V - como contribuinte individual
g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais
empresas, sem relação de emprego;
VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo
empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento;
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em
aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de
economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de:
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro
outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais;
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso
XII do caput do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o
principal meio de vida;
b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou
principal meio de vida; e
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a
este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que,
comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo
Lei 8.213/91, Art. 11, § 1º Entende-se como regime de economia familiar a atividade em
que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao
desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua
dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes.
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perdido a qualidade de segurado. Eis a exceção, inserta no artigo 3º, §1º, da Lei
10.666/2003.
Lei 10.666/2003, Art. 3º, § 1º Na hipótese de aposentadoria por idade, a perda da
qualidade de segurado não será considerada para a concessão desse benefício, desde
que o segurado conte com, no mínimo, o tempo de contribuição correspondente ao
exigido para efeito de carência na data do requerimento do benefício.
3º. Carência
No passado, era de 60 contribuições. Após a edição da Lei 8.213/91, alcançou o
patamar de 180 de contribuições.
Lei 8.213/91, Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de
Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no
art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço, aposentadoria
especial e abono de permanência em serviço: 180 (cento e oitenta) contribuições
mensais.
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria
especial: 180 contribuições mensais.
Devido a essa mudança, muitos segurados que estavam prestes a aposentar-se com
60 contribuições foram surpreendidos pela modificação para 180. Em razão da necessidade
proteção à confiança, o Legislador estatuiu uma tabela de transição no artigo 142 da Lei de
Benefícios.
Lei 8.213/91, Art. 142. Para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana até 24 de
julho de 1991, bem como para o trabalhador e o empregador rural cobertos pela
Previdência Social Rural, a carência das aposentadorias por idade, por tempo de serviço
e especial obedecerá à seguinte tabela, levando‑se em conta o ano em que o segurado
implementou todas as condições necessárias à obtenção do benefício:
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1991 60 meses
1992 60 meses
1993 66 meses
1994 72 meses
1995 78 meses
1996 90 meses
1997 96 meses
Naturalmente, incidirá essa tabela apenas nos casos de segurados cuja filiação deu-se
em data pretérita ao advento da Lei 8.213/91.
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4º. Valor
A aposentadoria por idade é proporcional ao tempo de contribuição. Existe uma
parcela básica correspondente a 70% do salário de benefício mais 1% por grupo de 12
contribuições mensais2, limitada ao teto de 100%, ainda que matematicamente fosse
possível valor maior que esse.
Exemplo: se a pessoa tem 20 anos de contribuições vertidas ao RGPS, receberá 90%
do salário de benefício, eis que se somam os 20% referentes aos 20 anos de contribuição aos
70% da parcela básica.
Durante a contagem, devem-se considerar os grupos de contribuição. Dessa sorte, o
tempo de serviço rural não contributivo, se anterior à Lei 8.213/91, servirá como tempo de
contribuição. Contudo, não permitirá a majoração da renda mensal inicial da aposentadoria
por idade, haja vista não compor um grupo de contribuição.
Vide o enunciado nº 76 da súmula da TNU.
1
Na doutrina, o preenchimento da carência em momento posterior ao do atingimento do requisito
etário foi denominado de “carência congelada”.
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É comum tratar-se em provas o “grupo de 12 contribuições mensais” como “ano de contribuições
mensais”, o que, para efeitos de certames, pode-se considerar a mesma coisa.
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Para os demais segurados, como visto acima, a DIB será a data de entrada do
requerimento.
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Lei 8.213/91, Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11 desta
Lei, fica garantida a concessão:
I - de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de auxílio-reclusão ou
de pensão, no valor de 1 (um) salário mínimo, e de auxílio-acidente, conforme disposto
no art. 86, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma
descontínua, no período, imediatamente anterior ao requerimento do benefício, igual ao
número de meses correspondentes à carência do benefício requerido; ou (Redação dada
pela Lei nº 12.873, de 2013)
II - dos benefícios especificados nesta Lei, observados os critérios e a forma de cálculo
estabelecidos, desde que contribuam facultativamente para a Previdência Social, na
forma estipulada no Plano de Custeio da Seguridade Social.
Parágrafo único. Para a segurada especial fica garantida a concessão do salário-
maternidade no valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o exercício de
atividade rural, ainda que de forma descontínua, nos 12 (doze) meses imediatamente
anteriores ao do início do benefício.
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Rol exemplificativo, de acordo com o posicionamento jurisprudencial.
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Lei 8.213/91, Art. 55, § 3º A comprovação do tempo de serviço para os efeitos desta Lei,
inclusive mediante justificação administrativa ou judicial, conforme o disposto no art.
108, só produzirá efeito quando baseada em início de prova material, não sendo
admitida prova exclusivamente testemunhal, salvo na ocorrência de motivo de força
maior ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento.
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Lei 11.718/2008, Art. 2º Para o trabalhador rural empregado, o prazo previsto no art.
143 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, fica prorrogado até o dia 31 de dezembro de
2010.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao trabalhador rural
enquadrado na categoria de segurado contribuinte individual que presta serviços de
natureza rural, em caráter eventual, a 1 (uma) ou mais empresas, sem relação de
emprego.
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(ADI 3772, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. RICARDO
LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 29/10/2008, DJe-059 DIVULG 26-03-2009
PUBLIC 27-03-2009 REPUBLICAÇÃO: DJe-204 DIVULG 28-10-2009 PUBLIC 29-10-2009
EMENT VOL-02380-01 PP-00080 RTJ VOL-00208-03 PP-00961)
Pois bem.
Em virtude da inexistência, por ora, de diploma alterador do benefício sob estudo,
desenvolver-se-ão as observações considerando como “tempo de contribuição” todas as
referências a “tempo de serviço”.
Vide, pois, o artigo 55 da Lei 8.213/91:
Lei 8.213/91, Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no
Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer das
categorias de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da
qualidade de segurado:
I - o tempo de serviço militar, inclusive o voluntário, e o previsto no § 1º do art. 143 da
Constituição Federal, ainda que anterior à filiação ao Regime Geral de Previdência Social,
desde que não tenha sido contado para inatividade remunerada nas Forças Armadas ou
aposentadoria no serviço público;
II - o tempo intercalado em que esteve em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por
invalidez;
III - o tempo de contribuição efetuada como segurado facultativo; (Redação dada pela
Lei nº 9.032, de 1995)
IV - o tempo de serviço referente ao exercício de mandato eletivo federal, estadual ou
municipal, desde que não tenha sido contado para efeito de aposentadoria por outro
regime de previdência social; (Redação dada pela Lei nº 9.506, de 1997)
V - o tempo de contribuição efetuado por segurado depois de ter deixado de exercer
atividade remunerada que o enquadrava no art. 11 desta Lei;
VI - o tempo de contribuição efetuado com base nos artigos 8º e 9º da Lei nº 8.162, de 8
de janeiro de 1991, pelo segurado definido no artigo 11, inciso I, alínea "g", desta Lei,
sendo tais contribuições computadas para efeito de carência. (Incluído pela Lei nº 8.647,
de 1993)
§ 1º A averbação de tempo de serviço durante o qual o exercício da atividade não
determinava filiação obrigatória ao anterior Regime de Previdência Social Urbana só
será admitida mediante o recolhimento das contribuições correspondentes, conforme
dispuser o Regulamento, observado o disposto no § 2º.
§ 2º O tempo de serviço do segurado trabalhador rural, anterior à data de início de
vigência desta Lei, será computado independentemente do recolhimento das
contribuições a ele correspondentes, exceto para efeito de carência, conforme dispuser o
Regulamento.
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Insta esclarecer ter o Decreto 3.048/99, em seu artigo 60, promovido a alteração da
nomenclatura utilizada pela Lei de Benefícios (art. 55) para adequar-se às novéis disposições
constitucionais carreadas ao ordenamento pátrio pela EC nº 20:
Decreto 3.048/99, Art. 60. Até que lei específica discipline a matéria, são contados como
tempo de contribuição, entre outros:
I - o período de exercício de atividade remunerada abrangida pela previdência social
urbana e rural, ainda que anterior à sua instituição, respeitado o disposto no inciso XVII;
II - o período de contribuição efetuada por segurado depois de ter deixado de exercer
atividade remunerada que o enquadrava como segurado obrigatório da previdência
social;
III - o período em que o segurado esteve recebendo auxílio-doença ou aposentadoria por
invalidez, entre períodos de atividade;
IV - o tempo de serviço militar, salvo se já contado para inatividade remunerada nas
Forças Armadas ou auxiliares, ou para aposentadoria no serviço público federal,
estadual, do Distrito Federal ou municipal, ainda que anterior à filiação ao Regime Geral
de Previdência Social, nas seguintes condições:
a) obrigatório ou voluntário; e
b) alternativo, assim considerado o atribuído pelas Forças Armadas àqueles que, após
alistamento, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente
de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades
de caráter militar;
V - o período em que a segurada esteve recebendo salário-maternidade;
VI - o período de contribuição efetuada como segurado facultativo;
VII - o período de afastamento da atividade do segurado anistiado que, em virtude de
motivação exclusivamente política, foi atingido por atos de exceção, institucional ou
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e sucedido por períodos em que, de fato, sejam vertidas contribuições ao RGPS. É o caso do
exemplo de nº 01; não é, contudo, o que ocorre na situação de nº 02.
O Decreto 3.048/99, no artigo 60, positiva uma distinção entre os benefícios por
incapacidade comuns e os acidentários, diferenciação que não se apresenta na Lei 8.213/91.
Decreto 3.048/99, Art. 60. Até que lei específica discipline a matéria, são contados como
tempo de contribuição, entre outros:
[...]
III - o período em que o segurado esteve recebendo auxílio-doença ou aposentadoria por
invalidez, entre períodos de atividade;
IX - o período em que o segurado esteve recebendo benefício por incapacidade por
acidente do trabalho, intercalado ou não;
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Por tratar-se de um banco de dados, o CNIS recebe informações das mais variadas
fontes possíveis (segurados, empresas, etc.). Consequentemente, podem estar equivocadas
ou simplesmente não existir, o que não gera prova contra o segurado (posição do STJ).
Porém, devolve-lhe o ônus de provar o tempo de contribuição. Nessa hipótese, deverá ele
valer-se dos meios ordinários. De acordo com o artigo 55, §3º, da Lei 8.213/91, cuida-se do
início de prova material4.
Lei 8.213/91, § 3º A comprovação do tempo de serviço para os efeitos desta Lei, inclusive
mediante justificação administrativa ou judicial, conforme o disposto no art. 108, só
produzirá efeito quando baseada em início de prova material, não sendo admitida prova
exclusivamente testemunhal, salvo na ocorrência de motivo de força maior ou caso
fortuito, conforme disposto no Regulamento.
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Uma mera declaração subscrita pelo antigo empregador do segurado não faz as vezes de prova
material; ao revés, desvela-se como prova testemunhal sem contraditório, diga-se.
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3º. Carência
Igual à aposentadoria por idade.
4º. Valor
Será sempre integral. Isto é, 100% do salário de benefício. Por sofrer
obrigatoriamente a incidência do fator previdenciário, a idade e o tempo de contribuição
(bem como a expectativa de sobrevida) influenciarão no valor do benefício.
Observação: o Superior Tribunal de Justiça, por uma decisão da Sexta Turma,
entendeu não ser aplicável à aposentadoria do professor o fator previdenciário. Alerte-se
tratar-se de precedente isolado, cuja tendência de não manutenção é real, eis que a sexta
turma não mais possui competência para julgar matéria previdenciária. Ademais, é
prematuro dizer que se consubstancia numa sinalização de jurisprudência nesse sentido. Na
verdade, como dito, por ora, é um precedente isolado.
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conta disso, o empregado público aposentado, por exemplo, não precisa realizar novo
concurso para continuar a exercer seu mister.
Aposentando-se, o indivíduo que continue a trabalhar será segurado obrigatório do
RGPS. Verterá contribuições, logicamente, não sobre a aposentadoria, mas, sim, sobre seu
salário. Em contrapartida às contribuições pagas, fará jus apenas ao salário-família, aos
serviços da Previdência social e ao salário-maternidade (esse último em decorrência de uma
interpretação da legislação trabalhista).
Lei 8.213/91, Art. 18, § 2º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS
que permanecer em atividade sujeita a este Regime, ou a ele retornar, não fará jus a
prestação alguma da Previdência Social em decorrência do exercício dessa atividade,
exceto ao salário-família e à reabilitação profissional, quando empregado.
Exemplo: indivíduo trabalha por 15 anos e aposenta-se por idade. O valor de seu
benefício, nesse caso, será de 85% do salário de benefício (70%+1% para cada ano de
contribuição). Todavia, continua a trabalhar por mais 10 anos, contexto no qual fará jus a
serviços, salário-maternidade e salário-família.
Cria-se, aqui, a ideia de desaposentação (ato de reversão da aposentadoria), por
meio da qual o indivíduo do exemplo acima pleiteia abdica da primeira aposentadoria (no
valor de 85%) para poder somar aquele tempo de contribuição (15 anos) ao tempo do novo
período trabalhado (10 anos). Com isso, o tempo total de contribuição será de 25 anos,
majorando para 95% do salário de benefício o tempo de sua aposentadoria.
Uma vez que nessa espécie de aposentadoria incide o fator previdenciário, em se
aceitando a tese de desaposentação, o coeficiente de cálculo também é modificado,
porquanto o segurado estará a aposentar-se com mais idade, mais tempo de contribuição,
menor expectativa de sobrevida, cenário em que o fator previdenciário tenderá a ser-lhe
favorável.
No âmbito administrativo, o INSS rechaça a desaposentação: (i) com base no
argumento de que, por ser um direito fundamental, a aposentadoria não poderia ser
renunciada; (ii) pelo fato de a concessão da aposentadoria consubstanciar-se num ato
jurídico perfeito.5
Jurisprudencialmente, coexistem duas correntes. A primeira delas sustenta ser a
desaposentação possível, cujos efeitos são ex tunc. Isto é, retroagirão à data da
aposentadoria, implicando a devolução dos valores recebidos a título de aposentadoria
(posicionamento da TNU e antigo entendimento do TRF 4ª Região). A seu turno, o Superior
5
O TRF da 2ª Região encampa essa posição.
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Tribunal de Justiça defende a desaposentação com efeitos ex nunc. É dizer, não terá o
segurado de devolver os valores auferidos a título de aposentadoria.
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