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ESTRUTURAS E FUNDAÇÕES

FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
SAPATAS

THIAGO CALIMAN CESCHIM, M.Sc.


2019/02
SAPATAS

Um dos tipos mais frequentes de fundação, as sapatas são elementos estruturais de concreto
armado com altura pequena relativamente à sua base e destinam-se a receber cargas de muros e
paredes, pilares isolados, conjunto de pilares, etc.

São adequadas em situações em que o solo apresenta uma boa capacidade de suporte.

Recomendadas principalmente quando o terreno é homogêneo, o que evita grandes recalques


diferenciais entre as distintas partes da estrutura.

A principal vantagem é que as sapatas são de execução rápida (o que não é o caso dos tubulões) e
não requerem o emprego de equipamentos específicos e de transporte (como é o caso das estacas).

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SAPATAS

Partindo-se dos resultados de sondagens de percussão, em muitos casos a opção por fundação por
sapatas é claramente definida:

Aplicável: solos densos (SPT>15);

Não aplicável: solos fracos (SPT < 6).

As duvidas surgem nos casos intermediários (maioria), em que o solo não é nitidamente bom ou
ruim, ou quando abaixo da camada de apoio prevista ocorrem solos mais fracos.

Esses casos exigem uma investigação mais detalhada como visto nos capítulos anteriores.

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SAPATAS

De uma maneira geral, esse tipo de fundação não deve ser usado nos seguintes casos:

aterro não compactado;

argila mole;

areia fofa e muito fofa;

solos colapsíveis;

existência de água onde o rebaixamento do lençol freático não se justifica economicamente.

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CLASSIFICAÇÃO QUANTO À RIGIDEZ

As sapatas podem ser classificadas como rígidas ou flexíveis.

Segundo a NBR 6118 (2014), uma sapata é rígida quando:

onde:
h é a altura da sapata;
𝑎 − 𝑎𝑝 a é a dimensão da sapata em uma determinada
ℎ≥ direção;
3
ap é a dimensão do pilar na mesma direção.

Caso a condição anterior não seja atendida a sapata é


considerada flexível. Sapatas flexíveis são de uso mais raro,
sendo mais utilizadas em fundações sujeitas a pequenas cargas.

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CLASSIFICAÇÃO QUANTO À RIGIDEZ

Apenas nas sapatas flexíveis existe a possibilidade


de haver punção causada pelo pilar, pois nas rígidas
a sapata fica inteiramente dentro do cone
hipotético de punção.

O ângulo α comanda basicamente a definição da rigidez da sapata


e também está ligado ao grau de compacidade do concreto a ser
usado.

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CLASSIFICAÇÃO QUANTO À RIGIDEZ

A tangente do ângulo a (inclinação da sapata), desprezando h0, é dada por:

ℎ 2ℎ
tan 𝛼 = =
𝑎 − 𝑎𝑝 /2 𝑎 − 𝑎𝑝

A relação limite entre as dimensões de uma sapata para que ela seja considerada rígida é:

𝑎 − 𝑎𝑝
ℎ≥
3

Essa expressão pode ser reescrita da seguinte forma:

ℎ 1 2ℎ 2
= ⇒ =
𝑎 − 𝑎𝑝 3 𝑎 − 𝑎𝑝 3

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CLASSIFICAÇÃO QUANTO À RIGIDEZ

Portanto, é possível escrever:

2ℎ 2
tan 𝛼 = = ⇒ 𝛼 = 33,69
𝑎 − 𝑎𝑝 3

Assim, 𝛼 = 33,69º é o ângulo limite para a sapata ser admitida como rígida.

Como o cone de punção se forma com um ângulo entre 26º a 30º,


conclui -se que o mesmo estará sempre fora da sapata.

Desta maneira, nas sapatas rígidas não é preciso verificar a punção.

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CLASSIFICAÇÃO QUANTO À RIGIDEZ

Uma sapata rígida isolada submetida a uma carga axial


centrada causa tensões no solo com distribuição que
depende do tipo do solo (argiloso ou arenoso).

O conhecimento dessas tensões é importante para que a


tensão admissível do solo não seja ultrapassada e para
calcular os esforços na sapata.

Segundo a NBR 6118 (2014), para a sapata rígida pode-se


admitir plana a distribuição de tensões normais no contato
sapata-terreno. Esta consideração aumenta os valores dos
esforços solicitantes quando comparados com a distribuição
real.

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CLASSIFICAÇÃO QUANTO À RIGIDEZ

Para o caso de uma sapata rígida isolada submetida a uma carga


excêntrica adota-se uma distribuição linear das tensões no solo.

Para sapatas flexíveis ou em casos extremos de fundação em rocha, essas


hipóteses devem ser revistas.

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CLASSIFICAÇÃO QUANTO À RIGIDEZ

Assim, o comportamento de sapatas pode ser caracterizado por:

Rígidas: Flexíveis:

a) trabalho à flexão nas duas direções, admitindo-se que, a) trabalho à flexão nas duas direções, não sendo possível admitir
para cada uma delas, a tração na flexão seja tração na flexão uniformemente distribuída na largura
uniformemente distribuída na largura correspondente da correspondente da sapata. A concentração de flexão junto ao
sapata; pilar deve ser, em princípio, avaliada;

b) trabalho ao cisalhamento também em duas direções, não b) trabalho ao cisalhamento que pode ser descrito pelo fenômeno
apresentando ruptura por tração diagonal, e sim por da punção;
compressão diagonal. Isso ocorre porque a sapata rígida
c) A distribuição plana de tensões no contato sapata-solo deve
fica inteiramente dentro do cone hipotético de punção,
ser verificada.
não havendo, portanto, possibilidade física de punção.

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

O dimensionamento de uma sapata sob um pilar solicitado com carga axial centrada consiste
em :

1 definir suas dimensões em planta;

2 determinar a altura de modo que a sapata seja rígida;

3 analisar as tensões de cisalhamento

4 fazer o dimensionamento à flexão com a determinação da armadura.

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

DEFINIÇÃO DAS DIMENSÕES EM PLANTA

As dimensões da sapata são encontradas inicialmente através da verificação das tensões no solo, que
não devem ultrapassar o valor admissível para o mesmo.

Em uma sapata de área A e peso próprio P em que o pilar aplica uma carga N, deve-se então ter:

𝑁+𝑃 𝑁+𝑃
𝜎𝑠𝑜𝑙𝑜 = ≤ 𝜎𝑎𝑑𝑚 ⇒ 𝐴 =
𝐴 𝜎𝑎𝑑𝑚

A NBR 6122 (2010) salienta que deve ser considerado o peso próprio de sapatas ou, no mínimo, 5%
da carga vertical permanente.

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

DEFINIÇÃO DAS DIMENSÕES EM PLANTA

As dimensões da superfície em contato com o solo são escolhidas procurando-se proporções que
conduzam a um dimensionamento estrutural econômico.

Conhecida a área A, a escolha dos lados a e b deve ser feita de modo que:

o centro de gravidade da sapata deve coincidir com o centro de


carga do pilar;
a sapata não deverá ter nenhuma dimensão menor que 60 cm;
sempre que possível, a relação entre os lados A e B deverá ser
menor ou, no máximo, igual a 2,5;
sempre que possível, os valores A e B devem ser escolhidos de
modo que os balanços da sapata (d), em relação às faces do pilar,
sejam iguais nas duas direções.

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EX. 11
Dimensionar uma sapata para um pilar de 30 x 30 cm e carga de 1500 kN, sendo a tensão admissível
no solo igual a 0,3 MPa. Considere o peso próprio da sapata como sendo 5% da carga.

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EX. 12
Dimensionar uma sapata para um pilar de seção 30 x 100 cm, com carga 3000 kN, para uma 𝜎𝑎𝑑𝑚 =
0,3 MPa. Considere o peso próprio da sapata como sendo 5% da carga.

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

DETERMINAÇÃO DA ALTURA DA SAPATA

A altura da sapata deve ser tal de modo que ela seja rígida. Pode-se obter, em geral, uma boa
solução atribuindo para a o valor de 30º. Para h0 recomenda-se um valor mínimo de 10cm, mas,
para maior cobrimento na extremidade das barras longitudinais, junto à face superior, pode-se
adotar 20cm. Muitos autores consideram h0 = h/3, respeitando um mínimo de 15 cm.

Além disso, a sapata deve ter altura


suficiente para permitir a ancoragem da 𝒂 − 𝒂𝒑
𝒉≥
armadura de arranque do pilar. Para sapatas 𝟑
mais baixas, o melhor é usar uma armadura
de espera em excesso para diminuir o
comprimento de ancoragem.

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

TENSÃO DE CISALHAMENTO NO CONCRETO (COMPRESSÃO DIAGONAL)

A tensão de cisalhamento solicitante de cálculo deverá ser menor ou igual à tensão de cisalhamento
resistente de cálculo.

onde:

𝑉𝑙𝑑 força cortante, de cálculo, no perímetro do pilar (é a força


𝑉𝑙𝑑 normal N, de cálculo, no pilar);
𝝉𝒔𝒅 = ≤ 𝝉𝒓𝒅 = 0,27 . 𝛼𝑣 . 𝑓𝑐𝑑
𝑢𝑝 . 𝑑
𝑢𝑝 perímetro ao longo do contorno do pilar;

𝑑 altura útil da sapata;

𝛼𝑣 = 1 − 𝑓𝑐𝑘ൗ250, com fck em MPa.

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

Segundo a NBR 6118 (2014), para cálculo e dimensionamento devem ser utilizados modelos
tridimensionais lineares ou modelos biela-tirante tridimensionais, podendo, quando for o caso serem
utilizados modelos de flexão.

Por serem mais simples e de maior uso no meio técnico, aqui se usará apenas o modelo de
flexão.

O cálculo à flexão pode ser feito como em vigas, com a diferença que aqui a região
comprimida de concreto não é retangular.

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

O dimensionamento das seções normalmente armadas é obtido admitindo-se que a máxima


deformação de compressão no concreto é 𝜀𝐶 = 3,5 ‰ e que a deformação da armadura é 𝜀𝑆 = 𝜀𝑦𝑑 .

Logo, considera-se o diagrama de deformações correspondente ao limite entre os domínios 3 e 4.

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

Para simplificar o trabalho de cálculo, a NBR 6118 (2014) permite substituir o diagrama parábola-
retângulo por um diagrama retangular de tensões no concreto.

Pode-se admitir que a tensão no concreto é igual a 𝜎𝑐𝑑 desde a borda comprimida da seção até uma
distância 0,8 𝑥, onde 𝑥 é a profundidade da linha neutra.

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

Diagrama tensão-deformação do concreto


A tensão limite do concreto é fixada
em 𝑓𝑐𝑑 devido a três fatores:

• Efeito Rüsch, redução da resistência


sob carga de longa duração;

• Ganho de resistência do concreto


ao longo do tempo;

• Influência da forma cilíndrica do


Diagrama tensão-deformação obtido em Diagrama tensão-deformação
corpo de prova.
um ensaio de compressão simples idealizado

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

No caso em estudo, 𝜎𝑐𝑑 = 0,8 𝑓𝑐𝑑 , pois a largura da seção diminui a partir da linha neutra para a
borda comprimida.

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

A resultante da tensão de compressão no concreto é uma força (𝐹𝑐 ) que deve equilibrar a força (𝐹𝑠 )
resultante da tensão de tração na armadura (produto da área 𝐴𝑠 da armadura pela sua tensão de
escoamento de cálculo 𝑓𝑦𝑑 ).

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

Para facilitar o cálculo, a força de compressão pode ser decomposta em duas, uma parcela (𝐹𝑐1 )
resultante da tensão que age na região retangular de largura 𝑎𝑝 e altura 0,8 𝑥 e outra parcela (𝐹𝑐2 )
resultante das tensões que agem nas duas regiões triangulares de base 𝑎1 e também com altura
0,8 𝑥
Com essas forças, e fazendo o equilíbrio
da seção, é possível determinar a
armadura necessária As, observando que o
momento interno resistente produzido
pelas forças 𝐹𝑐1 e 𝐹𝑐2 (em relação à linha
de ação de 𝐹𝑠 ) deve ser igual ao momento
externo aplicado 𝑀𝑑

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

Cálculo das forças de compressão (𝐹𝑐1 e 𝐹𝑐1 )

Relembrando que 𝑎𝑝 é a largura da parte retangular da seção (geralmente a dimensão da seção do


pilar nessa direção) e que 𝑎1 é a base de cada um dos triângulos.

𝐹𝑐1 = 𝑎𝑝 . 0,8 . 𝑥 . 0,8 . 𝑓𝑐𝑑 = 𝑎𝑝 . 0,64 . 𝑥 . 𝑓𝑐𝑑

𝑎1 . 0,8 . 𝑥 . 0,8 . 𝑓𝑐𝑑


𝐹𝑐2 = .2
2

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DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

Cálculo das forças de compressão (𝐹𝑐1 e 𝐹𝑐1 )

O valor de 𝑎1 é encontrado por relações trigonométricas:

0,8 . 𝑥
tan 𝛼 = ⇒ 𝑎1 = 0,8 . 𝑥. cot 𝛼
𝑎1

O que resulta:

0,8 . 𝑥. 𝑐𝑜𝑡 𝛼 . 0,8 . 𝑥 . 0,8 . 𝑓𝑐𝑑


𝐹𝑐2 = .2
2

𝐹𝑐2 = 0,512 . 𝑥² . 𝑐𝑜𝑡 𝛼 . 𝑓𝑐𝑑

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DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

Momento (resistente)

O momento resistente é dado pelo produto da força pelo braço de alavanca, sendo d a altura útil
da seção (distância do centro de gravidade da armadura até à borda comprimida). Recomenda-se
que, a favor da segurança, a altura útil seja a altura da sapata menos o cobrimento e menos 1,5 vez o
diâmetro da barra longitudinal; dessa maneira, a armadura calculada pode estar na camada inferior
(mais próxima da face inferior da sapata) ou na superior.

𝑀𝐹𝑐1 = 𝐹𝑐1 . 𝑧1 = 𝑎𝑝 . 0,64 . 𝑥 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝑑 − 0,4. 𝑥

𝑀𝐹𝑐1 = 0,64 . 𝑎𝑝 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝑥 . 𝑑 − 0,256 . 𝑎𝑝 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝑥²

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DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

Momento (resistente)

2
𝑀𝐹𝑐2 = 𝐹𝑐2 . 𝑧2 = 0,512 . 𝑥² . 𝑐𝑜𝑡 𝛼 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝑑 − . 0,8 . 𝑥
3

𝑀𝐹𝑐2 = 0,512 . 𝑥² . cot 𝛼 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝑑 − 0,273 . 𝑥³ . cot 𝛼 . 𝑓𝑐𝑑

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DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

Momento (resistente)

O momento total que a sapata resiste é a soma dos momentos devidos a cada uma das parcelas das
forças, e deve ser igual ao momento de cálculo na seção junto ao pilar, provocado pela reação do solo
na sapata, ou seja:

𝑀𝐹𝑐1 + 𝑀𝐹𝑐2 = 𝑀𝑑

𝑀𝑑
−0,273. cot 𝛼 . 𝑥³ + 0,512. 𝑑. cot 𝛼 − 0,256. 𝑎𝑝 . 𝑥² + 0,64. 𝑎𝑝 . 𝑑 . 𝑥 − =0
𝑓𝑐𝑑

A equação acima é do terceiro grau em x, pois as demais variáveis (𝑓𝑐𝑑 , cot 𝛼, 𝑑, 𝑎𝑝 e 𝑀𝑑 ) são conhecidas.
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DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

Domínios de dimensionamento

O ELU, correspondente à ruína de uma seção transversal,


pode ocorrer por ruptura do concreto ou por uma
deformação excessiva da armadura.

Na flexão simples a ruptura pode ocorrer quando a


distribuição das deformações ao longo da altura de uma
seção transversal se enquadrar no domínio 2,3 ou 4.

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

Domínios de dimensionamento
Domínio 2 (peça subarmada): A ruptura ocorrer por deformação excessiva da armadura sem haver o esmagamento do
concreto (𝜀𝑐 <3,5‰ e 𝜀𝑠 =10‰). O tipo de ruptura é dúctil, também denominado de ruptura com aviso prévio, em virtude da
intensa fissuração que precede a ruptura. A profundidade da linha neutra varia de 0 até x23 (0,259.d).
Domínio 3 (peça normalmente armada): A ruptura ocorre com esmagamento do
concreto e com escoamento da armadura (𝜀𝑠 ≥𝜀𝑦𝑑 ). O tipo de ruptura é dúctil. A
profundidade da linha neutra varia de 0,259.d até x34 [0,628.d (CA-50) ; 0,585.d
(CA-60)].

Domínio 4 (peça superarmada): O aço não chega a escoar (𝜀𝑠 <𝜀𝑦𝑑 ) e a ruptura
ocorre por esmagamento do concreto. A ruptura é frágil, brusca ou sem aviso
prévio. Essas peças devem ser evitadas, pois, além de não darem aviso prévio da
ruptura, o aço não é integralmente aproveitado.
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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

Cálculo da armadura

Determinado o valor de x, pode-se obter a armadura 𝐴𝑠 a partir do equilíbrio das forças de


compressão no concreto e tração na armadura :

𝐹𝑆 = 𝐴𝑠 . 𝑓𝑦𝑑 = 𝐹𝑐1 + 𝐹𝑐2

𝑓𝑐𝑑
𝐴𝑠 = . 𝑎𝑝 . 0,64 . 𝑥 + 0,512 . 𝑥² . cot 𝛼
𝑓𝑦𝑑

𝐴𝑠,𝑚í𝑛 = 0,15% . 𝑏 . 𝑑

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

Momento solicitante

a
A armadura principal de tração, colocada na face inferior da sapata em cada direção, deve ser
calculada para o momento fletor atuante na seção mais solicitada, o que ocorre em uma das
faces do pilar. Entretanto, em virtude do fato de que no caso dos pilares de seção alongada o
valor do momento fletor pode aumentar além da seção situada na face do pilar,
utiliza-se uma seção de referência S1, situada entre as faces do pilar, a uma distância
de 0,15. 𝑎𝑝 na direção x e 0,15. 𝑏𝑝 b0 na direção y. Lembrando que 𝑏 é a dimensão
da sapata na outra direção:

𝑘 0,5𝑎 − 0,35𝑎0 ² 𝑀𝑑 = 1,4 . 𝑀𝑠


𝑀𝑠 = 𝑏 . 𝑘 . 𝜎 . =𝑏. 𝜎.
2 2
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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

Detalhamento da armadura de flexão

O espaçamento entre as barras da armadura principal de flexão não deve ser maior que 20 cm
(mesmo que em lajes) e deve ser uniformemente distribuída ao longo da largura da sapata e
prolongar-se de um extremo a outro da base da sapata sem redução de seção e com ganchos nas
extremidades (a ancoragem deve ser verificada). Cuidados com o cobrimento devem ser redobrados
para evitar a corrosão da armadura, pois a sapata estará em contato com o solo.

Devem ser também previstas armaduras de espera coincidentes com a armadura do pilar, inclusive
estribos, e a sapata deve ter altura suficiente para permitir a ancoragem dessa armadura.

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

Detalhamento da armadura de flexão

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EX. 13
Dimensionar uma sapata quadrada que deve suportar uma carga de 800 kN em um solo com
𝜎𝑎𝑑𝑚 =200 kPa, aplicada por um pilar também quadrado de lado igual a 30 cm.
Dados: aço CA-50, fck=20 MPa, cobrimento igual a 5 cm, peso próprio = 5%, Φ = 10 mm, h0 = 25 cm

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS A CARGAS AXIAIS

DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO

Alternativamente ao método apresentado pode-se utilizar uma formulação aproximada:

𝑀𝑑,𝑎 𝑀𝑑,𝑏
𝐴𝑠,𝑎 = 𝐴𝑠,𝑏 =
0,8 ∙ 𝑑𝑎 ∙ 𝑓𝑦𝑑 0,8 ∙ 𝑑𝑏 ∙ 𝑓𝑦𝑑

𝐴𝑠,𝑚í𝑛 = 0,15% . 𝑏 . 𝑑

OBS: Seu uso deve ser feito com cautela, pois não se garante que a peça esteja trabalhando nos domínios 2 ou 3.
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EX. 14
Dimensionar uma sapata que deve suportar uma carga de 900 kN de um pilar com seção
de 20x50 cm² apoiada em um solo com tensão admissível 𝜎𝑎𝑑𝑚 =230 kN/m².
Dados: aço CA-50; fck = 25 MPa; cobrimento de 5 cm; Φ = 10 mm Φp =16 mm

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COMPRIMENTO DE ANCORAGEM (CM) PARA AÇO CA-50 NERVURADO

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS À CARGA EXCÊNTRICA EM UMA DIREÇÃO

Considera-se excêntrica uma sapata em que a carga atuante não


passa pelo seu centro de gravidade. Há duas maneiras de representar
este efeito: a atuação de uma carga vertical e um momento ou com
uma carga vertical e o momento substituído por uma excentricidade
equivalente.

A principal diferença deste caso está em que, devido à excentricidade,


resultam distribuições de tensões no solo não uniformes sob a base da
sapata. Para efeitos práticos, em sapatas rígidas, essas tensões podem
ser tomadas com variação linear.

Existem duas possibilidades de distribuição das tensões: uma que em


toda a área da sapata há tensões de compressão e outra em que há
uma região com tensões de tração no solo e que deve desprezada,
pois o solo não tem resistência à tração.

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS À CARGA EXCÊNTRICA EM UMA DIREÇÃO

Núcleo Central de Inércia da Seção (NC)

Lugar geométrico dos pontos de aplicação do esforço normal N, para os quais as tensões σ, em toda a seção, têm
um único sinal.

Para uma seção retangular, o NC será o losango representado abaixo

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS À CARGA EXCÊNTRICA EM UMA DIREÇÃO

Determinação das tensões no solo

Situação em que toda a área da base da sapata está em contato com o solo (e<a/6):

A distribuição de tensões no solo é somente de compressão


e tem a forma trapezoidal, com uma tensão máxima (σmáx) e
uma tensão mínima (σmín).

A tensão normal de compressão em um ponto qualquer da


sapata é dada pela resistência dos materiais através da
expressão:

𝑁 𝑀𝑦
𝜎= ± .𝑥
𝐴 𝐼𝑦
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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS À CARGA EXCÊNTRICA EM UMA DIREÇÃO

Determinação das tensões no solo

Situação em que apenas parte da base da sapata está em contato com o solo (e>a/6):

Quando a força normal N tiver que passar fora do núcleo central, a distribuição
de tensões no solo será triangular, pois não é possível haver tração, e a
expressão para determinação das tensões máxima e mínima do caso anterior
não mais poderá ser aplicada.

Admite-se então que a sapata tenha um comprimento fictício a’ para efeito de


cálculo das tensões no solo (a parte onde haveria tração é desprezada).

A NBR 6122 exige que a área comprimida seja de, no mínimo, 2/3 da área total.

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SAPATAS ISOLADAS RÍGIDAS SUBMETIDAS À CARGA EXCÊNTRICA EM UMA DIREÇÃO

Tensão de cisalhamento no concreto (compressão diagonal)

Tensão resistente: Tensão solicitante:

𝑃𝑑 + 𝑁𝑑 𝐾 ∙ 𝑀𝑑
𝜏𝑅𝑑2 = 0,27 ∙ 𝛼𝑣 ∙ 𝑓𝑐𝑑 𝜏𝑆𝑑 = +
𝑢0 ∙ 𝑑 𝑊𝑝 ∙ 𝑑

𝑓𝑐𝑘 𝑢0 = 2 ∙ 𝑎𝑝 + 𝑏𝑝
𝛼𝑣 = 1 − 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎
250
𝑎𝑝 2
𝑊𝑝 = + 𝑎𝑝 ∙ 𝑏𝑝 + 4 ∙ 𝑏𝑝 ∙ 𝑑 + 16 ∙ 𝑑 2 + 2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑑 ∙ 𝑎𝑝
2

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EX. 15
Calcular e detalhar a armadura de flexão de uma sapata isolada de base quadrada com
lado a = 2,60 m, submetida a uma força de Nk = 1200 kN e um momento Mk = 150 kN·m

Dados:
𝑁𝑘
σadm = 0,25 MPa
ap = 40 cm
𝑀𝑘
bp = 40 cm
concreto C20
aço CA-50
cobrimento = 5 cm
ɸ = 12,5 mm
ɸp = 16 mm
peso próprio = 5%

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EX. 15
1 – DIMENSÕES EM PLANTA
1.1 – Verificação das tensões no solo

a) Excentricidade do carregamento

𝑀𝑘
𝑒=
𝑁𝑘

b) Vértice do Núcleo Central de Inércia

𝑎
𝑥𝑁𝐶 =
6

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EX. 15
1 – DIMENSÕES EM PLANTA
1.1 – Verificação das tensões no solo

a) Tensões no solo

Módulo de resistência à flexão:


𝑏 ∙ 𝑎2
𝑊=
6
Tensão mínima de compressão no solo:
𝑃𝑘 + 𝑁𝑘 𝑀𝑘
𝜎𝑚𝑖𝑛 = −
𝑎∙𝑏 𝑊
Tensão máxima de compressão no solo:

𝑃𝑘 + 𝑁𝑘 𝑀𝑘
𝜎𝑚𝑎𝑥 = + 𝜎𝑚𝑎𝑥 ≤ 𝜎𝑎𝑑𝑚
𝑎∙𝑏 𝑊
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EX. 15
2 – ALTURA DA SAPATA

a) Altura mínima para ser considerada rígida


𝑎 − 𝑎𝑝
ℎ𝑚𝑖𝑛,𝑟𝑖𝑔 =
3
b) Altura mínima para possibilitar ancoragem do pilar

ℎ𝑚𝑖𝑛,𝑎𝑛𝑐 = 𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 + 𝑐 + 2 ∙ 𝜙 (𝑧𝑜𝑛𝑎 𝑑𝑒 𝑏𝑜𝑎 𝑎𝑑𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎)

c) Altura da face lateral



ℎ0 ≥ ቐ 3
15 𝑐𝑚

d) Altura útil
𝑑 ′ = 𝑐 + 1,5 ∙ 𝜙
𝑑 = ℎ − 𝑑′
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EX. 15
3 – VERIFICAÇÃO AO CISALHAMENTO

a) Tensão resistente de compressão diagonal

𝜏𝑅𝑑2 = 0,27 ∙ 𝛼𝑣 ∙ 𝑓𝑐𝑑

𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑣 = 1 − 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎
250

b) Tensão solicitante

𝑃𝑑 + 𝑁𝑑 𝐾 ∙ 𝑀𝑑
𝜏𝑆𝑑 = +
𝑢0 ∙ 𝑑 𝑊𝑝 ∙ 𝑑

𝑢0 = 2 ∙ 𝑎𝑝 + 𝑏𝑝

𝑎𝑝 2
𝑊𝑝 = + 𝑎𝑝 ∙ 𝑏𝑝 + 4 ∙ 𝑏𝑝 ∙ 𝑑 + 16 ∙ 𝑑 2 + 2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑑 ∙ 𝑎𝑝
2

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EX. 15
4 – MOMENTO FLETOR SOLICITANTE

a) Distância das seções de referência

𝑎 − 𝑎𝑝
𝑘𝑎 = + 0,15 ∙ 𝑎𝑝
2

𝑏 − 𝑏𝑝
𝑘𝑏 = + 0,15 ∙ 𝑏𝑝
2

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EX. 15
4 – MOMENTO FLETOR SOLICITANTE

b) Pressão no solo na seção S1a

𝑎 − 𝑘𝑎 𝑘𝑎
𝑃𝑑 + 𝑁𝑑 𝑀𝑑
𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎 = +
𝑎∙𝑏 𝑊
𝑝𝑚𝑖𝑛,𝑑,𝑎

𝑝𝑆1,𝑑,𝑎
𝑃𝑑 + 𝑁𝑑 𝑀𝑑 𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎
𝑝𝑚𝑖𝑛,𝑑,𝑎 = − 𝑎
𝑎∙𝑏 𝑊

𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎 − 𝑝𝑚𝑖𝑛,𝑑,𝑎 𝑝𝑆1,𝑑,𝑎 − 𝑝𝑚𝑖𝑛,𝑑,𝑎


=
𝑎 𝑎 − 𝑘𝑎
𝑎 − 𝑘𝑎 ∙ 𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎 − 𝑝𝑚𝑖𝑛,𝑑,𝑎
𝑝𝑆1,𝑑,𝑎 = + 𝑝𝑚𝑖𝑛,𝑑,𝑎
𝑎

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EX. 15
4 – MOMENTO FLETOR SOLICITANTE

c) Pressão no solo na seção S1b

𝑎 − 𝑘𝑎 𝑘𝑎

2 𝑝𝑚𝑖𝑛,𝑑,𝑎
∙ 𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎
𝑝𝑆1,𝑑,𝑏 ≥ 3 𝑝𝑆1,𝑑,𝑎
𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎 + 𝑝𝑚𝑖𝑛,𝑑,𝑎 𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎
2 𝑎

𝑝𝑚𝑖𝑛,𝑑,𝑎
𝑝𝑆1,𝑑,𝑏
𝑝𝑆1,𝑑,𝑎
𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎
𝑏
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EX. 15
4 – MOMENTO FLETOR SOLICITANTE

d) Momento fletor solicitante de cálculo na seção S1a (direção a)


𝑆1,𝑎
𝑘𝑎 2 𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎 − 𝑝𝑆1,𝑑,𝑎 2 ∙ 𝑘𝑎 2 0,15 ∙ 𝑎𝑝
𝑀𝑑,𝑎 = 𝑝𝑆1,𝑑,𝑎 ∙ ∙𝑏+ ∙ ∙𝑏
2 2 3

𝑎
𝑘𝑎
𝑀𝑑,𝑎

𝑝𝑆1,𝑑,𝑎
𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎
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EX. 15
4 – MOMENTO FLETOR SOLICITANTE

e) Momento fletor solicitante de cálculo na seção S1b (direção b)


𝑆1,𝑏
𝑘𝑏 2 0,15 ∙ 𝑏𝑝
𝑀𝑑,𝑏 = 𝑝𝑆1,𝑑,𝑏 ∙ ∙𝑎
2

𝑏
𝑘𝑏
𝑀𝑑,𝑏

𝑝𝑆1,𝑑,𝑏

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EX. 15
5 – DETERMINAÇÃO DAS ARMADURAS

a) Área de aço calculada

𝑀𝑑,𝑎
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐,𝑎 =
0,8 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑑

𝑀𝑑,𝑏
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐,𝑏 =
0,8 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑑

b) Área de aço mínima

𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛,𝑎 = 0,15% ∙ 𝑏 ∙ 𝑑

𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛,𝑏 = 0,15% ∙ 𝑎 ∙ 𝑑

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EX. 15
6 – DETALHAMENTO DAS ARMADURAS

a) Direção a
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐,𝑎
𝑛𝑎 =
𝐴𝜙
𝑏−2∙𝑐
𝑠𝑎 = ; 10 𝑐𝑚 ≤ 𝑠𝑎 ≤ 20 𝑐𝑚
𝑛𝑎

b) Direção b
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐,𝑏
𝑛𝑏 =
𝐴𝜙
𝑎−2∙𝑐
𝑠𝑏 = ; 10 𝑐𝑚 ≤ 𝑠𝑏 ≤ 20 𝑐𝑚
𝑛𝑏

c) Ganchos
𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 (𝑧𝑜𝑛𝑎 𝑑𝑒 𝑚á 𝑎𝑑𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎)

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EX 15
6 – DETALHAMENTO DAS ARMADURAS
𝑎 = 260 cm 𝑎 = 260 cm

𝑏 = 260 cm
𝑏 = 260 cm

𝑏 = 260 cm
N2 -

N2 -
N1 -

N1 -

𝑎 = 260 cm

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EX 15
6 – DETALHAMENTO DAS ARMADURAS
𝑎 = 260 cm 𝑎 = 260 cm

15
N2 - 16ø12,5 c/ 15

N2 - 16ø12,5 c = 360

𝑏 = 260 cm
𝑏 = 260 cm

𝑏 = 260 cm
250
N1 - 20ø12,5 c/12

15
15 N1 - 20ø12,5 c = 360 cm 15
250

𝑎 = 260 cm

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EX. 16
Calcular e detalhar a armadura de flexão de uma sapata isolada de base quadrada com
lado a = 2,30 m, submetida a uma força de Nk = 450 kN e um momento Mk = 280 kN·m

Dados:
𝑁𝑘
σadm = 0,25 MPa
ap= 30 cm
𝑀𝑘
bp= 30 cm
concreto C20
aço CA-50
cobrimento = 4 cm
ɸ= 10 mm
ɸp= 16 mm
peso próprio = 5%

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EX. 16
1 – DIMENSÕES EM PLANTA
1.1 – Verificação das tensões no solo

a) Excentricidade do carregamento

𝑀𝑘
𝑒=
𝑁𝑘

b) Vértice do Núcleo Central de Inércia

𝑎
𝑥𝑁𝐶 =
6

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EX. 16
1 – DIMENSÕES EM PLANTA
1.1 – Verificação das tensões no solo

a) Tensões no solo

Módulo de resistência à flexão:


𝑏 ∙ 𝑎2
𝑊=
6
Tensão mínima de compressão no solo:
𝑃𝑘 + 𝑁𝑘 𝑀𝑘
𝜎𝑚𝑖𝑛 = −
𝑎∙𝑏 𝑊
Tensão máxima de compressão no solo:

𝑃𝑘 + 𝑁𝑘 𝑀𝑘
𝜎𝑚𝑎𝑥 = + 𝜎𝑚𝑎𝑥 ≤ 𝜎𝑎𝑑𝑚
𝑎∙𝑏 𝑊
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EX. 16
2 – ALTURA DA SAPATA

a) Altura mínima para ser considerada rígida


𝑎 − 𝑎𝑝
ℎ𝑚𝑖𝑛,𝑟𝑖𝑔 =
3
b) Altura mínima para possibilitar ancoragem do pilar

ℎ𝑚𝑖𝑛,𝑎𝑛𝑐 = 𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 + 𝑐 + 2 ∙ 𝜙 (𝑧𝑜𝑛𝑎 𝑑𝑒 𝑏𝑜𝑎 𝑎𝑑𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎)

c) Altura da face lateral



ℎ0 ≥ ቐ 3
15 𝑐𝑚

d) Altura útil
𝑑 ′ = 𝑐 + 1,5 ∙ 𝜙
𝑑 = ℎ − 𝑑′
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EX. 16
3 – VERIFICAÇÃO AO CISALHAMENTO

a) Tensão resistente de compressão diagonal

𝜏𝑅𝑑2 = 0,27 ∙ 𝛼𝑣 ∙ 𝑓𝑐𝑑

𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑣 = 1 − 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎
250

b) Tensão solicitante

𝑃𝑑 + 𝑁𝑑 𝐾 ∙ 𝑀𝑑
𝜏𝑆𝑑 = +
𝑢0 ∙ 𝑑 𝑊𝑝 ∙ 𝑑

𝑢0 = 2 ∙ 𝑎𝑝 + 𝑏𝑝

𝑎𝑝 2
𝑊𝑝 = + 𝑎𝑝 ∙ 𝑏𝑝 + 4 ∙ 𝑏𝑝 ∙ 𝑑 + 16 ∙ 𝑑 2 + 2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑑 ∙ 𝑎𝑝
2

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EX. 16
4 – MOMENTO FLETOR SOLICITANTE

a) Distância das seções de referência

𝑎 − 𝑎𝑝
𝑘𝑎 = + 0,15 ∙ 𝑎𝑝
2

𝑏 − 𝑏𝑝
𝑘𝑏 = + 0,15 ∙ 𝑏𝑝
2

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EX. 15
4 – MOMENTO FLETOR SOLICITANTE
𝑎 − 𝑎′ 𝑎′
b) Pressão no solo na seção S1a 𝑝𝑚𝑖𝑛,𝑑,𝑎
𝑃𝑑 + 𝑁𝑑 𝑀𝑑
𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎 = +
𝑎∙𝑏 𝑊
𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎
𝑃𝑑 + 𝑁𝑑 𝑀𝑑 𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎 𝑝𝑚𝑖𝑛,𝑑,𝑎 𝑎
𝑝𝑚𝑖𝑛,𝑑,𝑎 = − =
𝑎∙𝑏 𝑊 𝑎′ 𝑎 − 𝑎′

𝑎 ∙ 𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎
𝑎′ = 𝑎′ − 𝑘𝑎 𝑘𝑎
𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎 + 𝑝𝑚𝑖𝑛,𝑑,𝑎

𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎 ∙ 𝑎′ − 𝑘𝑎 𝑝𝑆1,𝑑,𝑎
𝑝𝑆1,𝑑,𝑎 = 𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎
𝑎′ 𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎 𝑝𝑆1,𝑑,𝑎 𝑎′
=
𝑎′ 𝑎′ − 𝑘𝑎

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EX. 16
4 – MOMENTO FLETOR SOLICITANTE

c) Pressão no solo na seção S1b

2
∙ 𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎
𝑝𝑆1,𝑑,𝑏 ≥ 3
𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎 + 𝑝𝑚𝑖𝑛,𝑑,𝑎 𝑝𝑆1,𝑑,𝑎
2 𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎
𝑏

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EX. 16
4 – MOMENTO FLETOR SOLICITANTE

d) Momento fletor solicitante de cálculo na seção S1a (direção a)


𝑆1,𝑎
𝑘𝑎 2 𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎 − 𝑝𝑆1,𝑑,𝑎 2 ∙ 𝑘𝑎 2 0,15 ∙ 𝑎𝑝
𝑀𝑑,𝑎 = 𝑝𝑆1,𝑑,𝑎 ∙ ∙𝑏+ ∙ ∙𝑏
2 2 3

𝑎
𝑘𝑎
𝑀𝑑,𝑎

𝑝𝑆1,𝑑,𝑎
𝑝𝑚𝑎𝑥,𝑑,𝑎
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EX. 16
4 – MOMENTO FLETOR SOLICITANTE

e) Momento fletor solicitante de cálculo na seção S1b (direção b)


𝑆1,𝑏
𝑘𝑏 2 0,15 ∙ 𝑏𝑝
𝑀𝑑,𝑏 = 𝑝𝑆1,𝑑,𝑏 ∙ ∙𝑎
2

𝑏
𝑘𝑏
𝑀𝑑,𝑏

𝑝𝑆1,𝑑,𝑏

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EX. 16
5 – DETERMINAÇÃO DAS ARMADURAS

a) Área de aço calculada

𝑀𝑑,𝑎
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐,𝑎 =
0,8 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑑

𝑀𝑑,𝑏
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐,𝑏 =
0,8 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑑

b) Área de aço mínima

𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛,𝑎 = 0,15% ∙ 𝑏 ∙ 𝑑

𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛,𝑏 = 0,15% ∙ 𝑎 ∙ 𝑑

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EX. 16
6 – DETALHAMENTO DAS ARMADURAS

a) Direção a
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐,𝑎
𝑛𝑎 =
𝐴𝜙
𝑏−2∙𝑐
𝑠𝑎 = ; 10 𝑐𝑚 ≤ 𝑠𝑎 ≤ 20 𝑐𝑚
𝑛𝑎

b) Direção b
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐,𝑏
𝑛𝑏 =
𝐴𝜙
𝑎−2∙𝑐
𝑠𝑏 = ; 10 𝑐𝑚 ≤ 𝑠𝑏 ≤ 20 𝑐𝑚
𝑛𝑏

c) Ganchos
𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 (𝑧𝑜𝑛𝑎 𝑑𝑒 𝑚á 𝑎𝑑𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎)

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EX 16
6 – DETALHAMENTO DAS ARMADURAS
𝑎 = 230 cm 𝑎 = 230 cm

15
N2 - 16ø10 c/ 13

N2 - 16ø10 c = 310

𝑏 = 230 cm
𝑏 = 230 cm

𝑏 = 230 cm
222
N1 - 20ø10 c/11

15
15 N1 - 20ø10 c = 310 cm 15
222

𝑎 = 230 cm

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