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SUMÁRIO
ATOS ADMINISTRATIVOS 04
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 14
ATOS ADMINISTRATIVOS
Definição
Ato jurídico, segundo o art. 185 do CC, “é todo ato lícito que possui por finalidade imediata
adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos”. Ato administrativo é
espécie de ato jurídico, é ato infralegal.
Os atos administrativos podem ser praticados pelo Estado ou por alguém que esteja em
nome dele. Logo, pode-se concluir que os atos administrativos não são definidos pela
condição da pessoa que os realiza. Tais atos são regidos pelo Direito Público.
É aquele ato que está apto a produzir os seus efeitos. As causas que podem determinar a
ineficácia do ato administrativo são três:
REQUISITOS
São as condições necessárias para a existência válida do ato. Nem todos os autores usam a
denominação “requisitos”; podem ser chamados elementos, pressupostos, etc.
Do ponto de vista da doutrina tradicional, os requisitos dos atos administrativos são cinco:
Motivo: este requisito integra os requisitos dos atos administrativos tendo em vista a
defesa de interesses coletivos;
Finalidade: o ato administrativo somente visa a uma finalidade, que é a pública; se o ato
praticado não tiver essa finalidade, ocorrerá abuso de poder;
Atributos são prerrogativas que existem por conta dos interesses que a Administração
representa, são as qualidades que permitem diferenciar os atos administrativos dos outros
atos jurídicos.
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE
É a presunção de que os atos administrativos devem ser considerados válidos até que se
demonstre o contrário, a bem da continuidade da prestação dos serviços públicos. Isso não
quer dizer que não se possa contrariar os atos administrativos, o ônus da prova é que passa
a ser de quem alega.
IMPERATIVIDADE
EXIGIBILIDADE OU COERCIBILIDADE
AUTO-EXECUTORIEDADE
Quando estiver tacitamente prevista em lei (nesse caso deverá haver a soma dos
requisitos de situação de urgência e inexistência de meio judicial idôneo capaz de, a tempo,
evitar a lesão).
TIPICIDADE
Exemplo:
Decretos de desapropriação; atos de nomeação; de exoneração, etc.
Podem ser mesmo assim, gerais ou especiais, normativos, ordenatórios, punitivos, etc.,
conforme exigência do serviço.
Deimpério ou atos de autoridade: São todos aqueles atos que a Administração pratica
usando de sua supremacia sobre o administrado ou sobre o servidor, impondo-lhes
atendimento obrigatório.
É o que ocorre nas desapropriações, nas interdições de atividade e nas ordens estatutárias.
Podem ser gerais ou individuais, internos ou externos, mas sempre unilaterais,
expressando a vontade onipotente do Estado.
Atos de gestão: São os que a Administração pratica sem usar de sua supremacia sobre os
destinatários, tal como ocorre nos atos puramente de administração dos bens e serviços
públicos e nos atos negociais com os particulares, como, por exemplo, as alienações,
oneração ou aquisição de bens, etc., antecedidos por autorizações legislativas, licitações,
etc.
Atos de expediente: São os que se destinam a dar andamento aos processos e papéis que
tramitam pelas repartições públicas, preparando-os para a decisão de mérito a ser
proferida pela autoridade competente.
São atos de rotina interna, sem caráter vinculante e sem forma especial, praticados
geralmente por servidores subalternos.
Não se confunde com ato arbitrário. Discrição é liberdade de ação dentro dos limites legais;
arbítrio é ação que excede à lei e por isto, contrária a ela. O ato discricionário, quando
permitido pelo direito, é legal e válido; o ato arbitrário, porém, é sempre ilegítimo e
inválido.
QUANTO À NATUREZA
Compostos: Que resulta da vontade única de um órgão, mas depende da verificação por
parte de outro, para se tornar exeqüível.
QUANTO AO FIM
Constitutivosde direito: São os atos que dão estabilidade jurídica a um fato até então de
resultados aleatórios.
Atos normativos: São aqueles que contêm um comando geral do Poder Executivo visando
à correta aplicação da lei. São atos infralegais que encontram fundamento no poder
normativo (art. 84, IV da CF).
Exemplo:
Exemplo:
Ordens, Circulares, Avisos, Portarias, Ordens de serviço e Ofícios.
Atos negociais: São aqueles que contêm uma declaração de vontade da Administração
visando concretizar negócios jurídicos, conferindo certa faculdade ao particular nas
condições impostas por ela. É diferente dos negócios jurídicos, pois é ato unilateral.
Exemplo:
Atos punitivos: São aqueles que contêm uma sanção imposta pela Administração àqueles
que infringirem disposições legais. Encontra fundamento no Poder Disciplinar.
Exemplo:
Anulação,
Revogação,
Cassação,
Caducidade
Contraposição.
ANULAÇÃO
a) Definição:
Todo ato administrativo para ser válido deve conter os seus cinco elementos ou requisitos
de validade (competência, finalidade, forma, motivo e objeto) isentos de vícios (defeitos).
Caso um desses elementos apresente-se em desacordo com a lei, o ato será nulo.
A anulação de um ato que contenha vício de legalidade pode ocorrer tanto pelo Poder
Judiciário (controle externo) quanto pela própria Administração Pública (controle interno).
Ato administrativo expedido pelo Poder Legislativo poderá ser anulado tanto pelo próprio
Poder Legislativo (Administração Pública) quanto pelo Poder Judiciário.
c) Efeitos da Anulação:
Uma vez que o ato administrativo ofende a lei, é lógico afirmarmos que a invalidação opera
efeitos ex-tunc, retroagindo à origem do ato, ou seja, fulmina o que já ocorreu, no sentido
de que se negam hoje os efeitos de ontem.
REVOGAÇÃO
a) Definição:
Além disso, os atos vinculados são classificados, pelos grandes autores, como atos
irrevogáveis, visto que neles a lei não deixou opção ao administrador, no que tange à
valoração da conveniência e da oportunidade.
Sendo assim, concluímos que a revogação decorre do controle de mérito dos atos
administrativos.
Por depender de uma avaliação quanto ao momento em que o ato tornou-se inoportuno e
inconveniente, a revogação caberá à autoridade administrativa no exercício de suas
funções. Seria inadmissível imaginar que o Poder Judiciário pudesse revogar ato
administrativo, pois tal competência depende da experiência/ vivência do administrador
público que decidirá quanto à oportunidade e conveniência da prática do ato.
Nesse caso, caberá ao Poder Judiciário revogar os seus próprios atos administrativos.
Ato administrativo expedido pelo Poder Legislativo poderá ser revogado, apenas, pelo
próprio Poder Legislativo.
c) Efeitos da Revogação:
A revogação opera efeitos ex-nunc (proativos), ou seja, a partir de sua vigência. O ato de
revogação não retroagirá os seus efeitos, pois o ato revogado era perfeitamente válido, até
o momento em que se tornou inoportuno e inconveniente à Administração Pública.
d) Atos Irrevogáveis
Os atos vinculados, pois nesse o administrador não tem escolha na prática do ato;
CASSAÇÃO
Como exemplo, temos a cassação de uma licença, concedida pelo Poder Público, sob
Determinadas condições, devido ao descumprimento de tais condições pelo particular
beneficiário de tal ato. É importante observarmos que a cassação possui caráter punitivo
(decorre do descumprimento de um ato).
CADUCIDADE
A caducidade origina-se com uma legislação superveniente que acarreta a perda de efeitos
jurídicos da antiga norma que respaldava a prática daquele ato.
CONTRAPOSIÇÃO
Também chamada por alguns autores de derrubada. Quando um ato deixa de ser válido em
virtude da emissão de outro ato que gerou efeitos opostos ao seu, dizemos que ocorreu a
contraposição. São atos que possuem efeitos contrapostos e por isso não podem existir ao
mesmo tempo.
Como exemplo, podemos citar o ato que libera o servidor para gozar férias, isto é, partir do
momento que referido servidor goza suas férias, o ato é extinto, visto que cumpriu seus
efeitos.
RENÚNCIA
COMPLEMENTARES
E – De acordo com a doutrina, tal atributo estabelece que a Administração Pública tem sua
conduta atrelada à lei.
“Eu acredito, eu luto até o fim: não há como perder, não há como não vencer.”
“Oleg Taktarov”