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Técnico em Biocombustível

Distribuição e Armazenamento de Energia

Carlos Antonio Tillmann

Instituto Federal Sul-rio-grandense


Campus Pelotas - Visconde da Graça

Pelotas - RS
2010
Presidência da República Federativa do Brasil

Ministério da Educação

Secretaria de Educação a Distância

© Campus Pelotas - Visconde da Graça

Este Caderno foi elaborado em parceria entre o Campus Pelotas - Agrotécnico Vis-
conde da Graça (CAVG) e o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil.

Equipe de Elaboração Equipe Técnica


Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça - Gill Velleda/CAVG
CAVG Ivana Patrícia Iahnke Steim/CAVG
Maria Isabel Giusti Moreira/CAVG
Coordenação Institucional Pablo Brauner Viegas/CAVG
Cinara Ourique do Nascimento/CAVG Paula Garcia Lima/CAVG
Rodrigo da Cruz Casalinho/CAVG
Professor-autor
Carlos Antonio TillmannCAVG Diagramação
Maria Isabel Giusti Moreira/CAVG
Projeto Gráfico Pablo Brauner Viegas/CAVG
Eduardo Meneses
Fábio Brumana Revisão
Cristiane Silveira dos Santos/CAVG
Marchiori Quevedo/CAVG
Marisa Teresinha Pereira Neto Cancela/CAVG

Ficha catalográfica
Apresentação e-Tec Brasil

Amigo(a) estudante!

O Ministério da Educação vem desenvolvendo Políticas e Programas para


expansãoda Educação Básica e do Ensino Superior no País. Um dos caminhos
encontradospara que essa expansão se efetive com maior rapidez e eficiên-
cia é a modalidade adistância. No mundo inteiro são milhões os estudantes
que frequentam cursos a distância. Aqui no Brasil, são mais de 300 mil os
matriculados em cursos regulares de Ensino Médio e Superior a distância,
oferecidos por instituições públicas e privadas de ensino.

Em 2005, o MEC implantou o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB),


hoje, consolidado como o maior programa nacional de formação de profes-
sores, em nível superior.

Para expansão e melhoria da educação profissional e fortalecimento do En-


sino Médio, o MEC está implementando o Programa Escola Técnica Aberta
do Brasil (e-TecBrasil). Espera, assim, oferecer aos jovens das periferias dos
grandes centros urbanose dos municípios do interior do País oportunidades
para maior escolaridade, melhorescondições de inserção no mundo do tra-
balho e, dessa forma, com elevado potencialpara o desenvolvimento produ-
tivo regional.

O e-Tec é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Educação Pro-


fissionale Tecnológica (SETEC), a Secretaria de Educação a Distância (SED)
do Ministério daEducação, as universidades e escolas técnicas estaduais e
federais.

O Programa apóia a oferta de cursos técnicos de nível médio por parte das
escolaspúblicas de educação profissional federais, estaduais, municipais e,
por outro lado,a adequação da infra-estrutura de escolas públicas estaduais
e municipais.

Do primeiro Edital do e-Tec Brasil participaram 430 proponentes de ade-


quaçãode escolas e 74 instituições de ensino técnico, as quais propuseram
147 cursos técnicosde nível médio, abrangendo 14 áreas profissionais.
O resultado desse Edital contemplou193 escolas em 20 unidades federa-
tivas. A perspectiva do Programa é que sejam ofertadas10.000 vagas, em
250 polos, até 2010.

Assim, a modalidade de Educação a Distância oferece nova interface para


amais expressiva expansão da rede federal de educação tecnológica dos úl-
timos anos: aconstrução dos novos centros federais (CEFETs), a organização
dos Institutos Federaisde Educação Tecnológica (IFETs) e de seus campi.

O Programa e-Tec Brasil vai sendo desenhado na construção coletiva e par-


ticipaçãoativa nas ações de democratização e expansão da educação profis-
sional no País,valendo-se dos pilares da educação a distância, sustentados
pela formação continuadade professores e pela utilização dos recursos tec-
nológicos disponíveis.

A equipe que coordena o Programa e-Tec Brasil lhe deseja sucesso na sua
formaçãoprofissional e na sua caminhada no curso a distância em que está
matriculado(a).

Brasília, Ministério da Educação – setembro de 2008.


Sumário

Apresentação e-Tec Brasil 3

Sumário 5

Indicação de Ícones 7

Palavra do professor-autor 9

Outros - instituição validadora 11

Apresentação da Disciplina 13

Projeto instrucional 15

1 Introdução 17
1.1 Principais Fontes de Energia 18
1.2 Fontes de Energia Renováveis 21

Referências 38

Currículo do Professor 43
Indicação de Ícones

Os ícones funcionam como elementos gráficos utilizados para facilitar a or-


ganização e a leitura do texto. Veja a função de cada um deles:

Atenção: Mostra pontos relevantes encontrados no texto.

Saiba mais: Oferece novas informações que enriquecem o as-


sunto como “curiosidades” ou notícias recentes relacionadas ao
tema estudado.

Glossário: Utilizado para definir um termo, palavra ou expres-


são utlizada no texto

Midias integradas: Indica livros, filmes, músicas sites, progra-


mas de TV, ou qualquer outra fonte de informação relacionada
ao conteúdo apresentado.

Pratique: Indica exercícios e/ou Atividades Complementares


que você deve realizar.

Resumo: Traz uma síntese das idéias mais importantes apresen-


ta das no texto/aula.

Avaliação: Indica Atividades de Avaliação de Aprendizagem da


aula.
Palavra do professor-autor

Prezados (as) Alunos (as),

Estamos iniciando uma breve jornada, onde juntos vamos procurar


atender às expectativas que todos buscam para se aperfeiçoar nas áreas que
envolvem o Curso Técnico de Biocombustíveis.

Estudar os aspectos que dizem respeito aos motores e suas relações,


entender sua composição e seu funcionamento, devem oportunizar, através
da aprendizagem, domínio e conhecimentos necessários para a formação de
profissionais capacitados que atendam eficientemente a grande demanda
existente na área de biocombustíveis hoje no Brasil.

Aproveitem essa oportunidade e façam desse momento um diferen-


cial no desenvolvimento de potencialidades para suas atividades profissio-
nais.

Bom trabalho.

Prof. Carlos Antonio Tillmann

Distribuição e Armazenamento de Energia 9 e-Tec Brasil


Outros - instituição validadora

Distribuição e Armazenamento de Energia 11 e-Tec Brasil


Apresentação da Disciplina

Prezados (as) Alunos (as),

É com grande satisfação que apresentamos a disciplina de Distribui-


ção e Armazenamento de Energia.

Ela está organizada em dois Cadernos que serão apresentados du-


rante as três semanas por ocasião do desenvolvimento da disciplina, corres-
pondendo a 60 horas/aulas.

A equipe de trabalho do Curso Técnico de Biocombustíveis estará


sempre à sua disposição.

Grande Abraço!

Prof. Carlos A. Tillmann

Distribuição e Armazenamento de Energia 13 e-Tec Brasil


Projeto instrucional

Instituição:

Instituto Federal Sul-rio-grandense


Campus Pelotas - Visconde da Graça

Nome do Curso: Técnico em Biocombustível

Professor-autor: Carlos Antonio Tillmann

Disciplina: Distribuição e Armazenamento de Energia

PROJETO INSTRUCIONAL
Ementa básica da disciplina: Compreender, interpretar e explicar o
processo de distribuição, armazenamento e conservação de biocombustí-
veis. - Processos de produção de biodiesel e análise de conservação. Micro
usina de craqueamento. Qualidade do biocombustíveis. Reações químicas
que acontecem durante o armazenamento e na distribuição de biocombus-
tíveis.
Carga
Semana Aula Objetivos e aprendizagem Recursos Horária
(Horas)

Compreender a importância das principais


fontes de energia. Caderno I

Familiarizar-se com as principais fontes de Exercícios


1ª 1. introdução 20 h/aula
energias renováveis. Relatórios práticos
Analise de artigos técnicos
Entender os aspectos relativos as fontes de vídeos
energia

Caderno II

Conhecer e entender os principais tipos de Exercícios


2ª 2. Biocombustíveis 20 h/aula
biocombustíveis Relatórios práticos
Analisem de artigos téc-
nicos vídeos

Caderno III
Identificar os componentes relativos a distri-
buição dos principais biocombustíveis
3. Distribuição, armazenamento e trans- Exercícios
3ª Conhecer as problemáticas que envolvem 20 h/aula
porte de biocombustíveis Relatórios práticos
o armazenamento dos principais biocom-
Analise de artigos técnicos
bustíveis
vídeos

Distribuição e Armazenamento de Energia 15 e-Tec Brasil


1 Introdução

Objetivos da aula

Compreender a importância das principais fontes de energia.

Familiarizar-se com as principais fontes de energias renováveis.

Entender os aspectos relativos as fontes de energia

A situação energética mundial tem despertado muito interesse nos


tempos atuais. Uma série de fatores tem motivado o homem a entender,
pesquisar e propor alternativas para diversos problemas relacionados à ener-
gia, existentes no dia de hoje e em outros tantos que virão, com o passar dos
anos.

Atualmente, um dos principais consumidores de energia é o setor


de transportes, cuja fonte energética que o movimenta e responsável pela
distribuição de alimentos, bens de consumo, transporte de pessoas e tantas
outras aplicações de grande importância para a economia é realizada através
do óleo diesel combustível.

O óleo diesel é um combustível fóssil e derivado do petróleo. Embora


novas jazidas deste estejam surgindo, principalmente como no caso do Pré-
Sal, ele ainda é uma fonte não renovável de energia. Sua exploração apre-
senta uma série de problemas, alguns de origem política, como os conflitos
no Oriente Médio, alguns de origem econômica, como constantes oscila-
ções nos preços e outros relacionados aos problemas ambientais, que estão
sendo debatidos com frequência na atualidade devido, principalmente, ao
aquecimento global enfrentado pelo planeta.

A produção de biocombustíveis no Brasil, como o etanol, o biodiesel,


entre outros, vem promovendo destaque no contexto energético mundial.
Assim, instituições de pesquisas nacionais têm direcionado estudos abordan-

Distribuição e Armazenamento de Energia 17 e-Tec Brasil


do o tema de fontes de energias alternativas, preocupados principalmente
com questões relativas à escassez do petróleo e as correspondentes ao meio
ambiente.

Podemos classificar as fontes de energias em três categorias: “os


combustíveis fósseis”, “as fontes renováveis” e as “fontes nucleares” (De-
mirbas, 2001).

De todas as fontes renováveis de energia, a biomassa é a única em


que ocorre efetivamente o acúmulo de energia solar. Além disso, é a úni-
ca fonte renovável de carbono apta a ser convenientemente convertida em
combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos (Demirbas, 2001). Dentre as fon-
tes alternativas e renováveis para a obtenção de combustíveis consideramos
vários tipos de gorduras e óleos derivados de plantas e animais (Adebanjo
et al., 2005; Maher e Bressler, 2007). As gorduras animais, entretanto, não
foram estudados na mesma extensão como os óleos vegetais, entretanto
também são consideradas um tipo de matéria prima interessante, mesmo
apresentando aproximadamente, a metade do valor de óleos vegetais vir-
gens (Adebanjo et al., 2005).

1.1 Principais Fontes de Energia

A Empresa de Pesquisas Energéticas do Ministério de Minas e Ener-


gia realiza o Balanço Energético Nacional (BEN). Nos resultados apresentados
pelo BEN de 2008, a oferta interna de energia elétrica teve um crescimento
de 4,9%. A biomassa (principalmente devido à cogeração com bagaço de
cana de açúcar), passou a ser a segunda fonte primária, conforme mostra a
Figura 1.1.

e-Tec Brasil 18 Técnico em Biocombustível


Fonte: EMPRESA DE PESQUISA ENERGETICA, 2008
Figura 1.1: Participação das fontes na oferta interna de energia elétrica

A geração de energia elétrica continua amplamente dependente da


energia hidráulica com 77% de participação. O gás natural em crescimento
representou 3,3% e os derivados de petróleo 2,8%. A energia nuclear com
as usinas Angra I e II participou com 2,6%. O carvão mineral e seus deriva-
dos com 1,6% e as usinas eólicas com 0,1% por estarem em fase inicial de
implantação.

Verifica-se que na oferta de energia interna, há percentuais expres-


sivos para Derivados da Cana-de-açúcar (15,9%) e Lenha/Carvão Vegetal
(12,0%), como mostrado na Figura 1.2, sendo 27,9% da oferta de energia e
proveniente da biomassa. Somando a esta participação, a energia hidráulica
(14,9%) e outras renováveis (3,2%) obtêm-se 46% da oferta de energia no
país com origem renovável. (EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA, 2008).
Fonte: EMPRESA DE PESQUISA ENERGETICA, 2008

Figura 2 – Oferta Interna de Energia


Fonte: EMPRESA DE PESQUISA ENERGETICA, 2008

Figura 1.2: Oferta Interna de Energia

Distribuição e Armazenamento de Energia 19 e-Tec Brasil


A biomassa teve o seu primeiro Leilão de Energia de Reserva realiza-
do em 2008, sendo contratados 2.385 MW de 31 usinas termelétricas mo-
vidas a biomassa (bagaço de cana-de-açúcar e capim elefante), a um preço
final médio de R$58,84/MWh.

Nos outros leilões de energia realizados em 2008 a participação das


fontes primárias de origem fóssil foram as que prevaleceram, apresentadas
na Figura 1.3.

Fonte: EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA, 2008


Figura 1.3: Resultado dos leiloes de energia

Os valores mostrados na Figura 1.4 demonstram que os combustíveis


fósseis dominaram os leilões, com quase a totalidade da energia elétrica
contratada (96,3%) do total de 4.201 MW em média. Este resultado é alar-
mante, pois compromete a matriz energética brasileira.

Somente como exemplo, e prevendo a operação dessas usinas du-


rante 10% do tempo disponível, se emitirá em torno de 2,31 milhões de
toneladas de CO2 por ano. (SENAI, 2008).

Neste sentido, pode-se inferir que a biomassa terá um papel funda-


mental na oferta de energia nos próximos anos, tornando-se uma fonte de
geração de energia sustentável de grande importância estratégica para o
país.

e-Tec Brasil 20 Técnico em Biocombustível


1.2 Fontes de Energia Renováveis

As fontes de energia renováveis são aquelas em que os recursos na-


turais utilizados são capazes de se regenerar, ou seja, são considerados ines-
gotáveis, diferente de fontes não renováveis como o caso do petróleo. Os
principais recursos naturais utilizados na obtenção de energias limpas são:

• sol – energia solar;

• vento – energia eólica;

• rios e correntes de água doce – energia hidráulica;

• mares e oceanos – energia mareomotriz e energia das ondas;

• matéria orgânica – biomassa;

• calor da Terra – energia geotérmica;

• combustíveis renováveis – biocombustíveis.


Mídias
integradas
Os combustíveis renováveis são combustíveis provenientes da maté-
ria-prima renovável para a natureza, como a cana-de-açúcar, utilizada para Portal Brasileiro de Energias
Renováveis
a fabricação do álcool e também outros vegetais oleaginosos como a soja,
girassol utilizados para a fabricação do biodiesel. http://energiarenovavel.org.
cpweb0023.servidorwebfacil.com

Acesso em 23/09/2010
1.2.1 Biomassa
Acesso em 23/09/2010
cpweb0023.servidorwebfacil.com
Disponível em: http://energiarenovavel.org.

Figura 1.4: Biomassa da Cana-de-Açúcar

Distribuição e Armazenamento de Energia 21 e-Tec Brasil


Segundo a ANEEL (2008), qualquer matéria orgânica que possa ser
transformada em energia mecânica, térmica ou elétrica é classificada como
biomassa.

A disponibilidade e os aspectos característicos da biomassa são mui-


to diferentes, principalmente em relação com os aspectos econômicos locais,
as quantidades disponíveis da biomassa, por exemplo quantidades de resí-
duos florestais e de madeira.

Deve-se considerar que, dependendo da região, do país, um tipo de


biomassa pode ter maior ou menor disponibilidade.

Na região Sul, do Brasil, por exemplo, existe a casca de arroz devido


a alta produção deste tipo de cultura, com grande potencial energético.
(EMPRESA DE PESQUISA ENERGETICA, 2007).

As vantagens consideradas por Marcelo Mello (2001), para a utiliza-


ção extensiva da biomassa no país incluem: (i) aumento da empregabilidade
nacional, criando produtos intensivos em mão de obra com energia renová-
vel; (ii) desconcentramento da população, gerando empregos na área rural;
(iii) eliminação da chuva ácida (provocada com a queima de óleo combustí-
vel); (iv) contribuição para diminuir o efeito estufa, aumentando o sequestro
de dióxido de carbono (CO2) e (v) melhoramento do ambiente atmosférico e
do regime hídrico.

A biomassa como fonte para a geração de energia elétrica está entre


as fon tes renováveis com maiores possibilidades em termos de natureza,
origem, tecnologia de conversão e produtos energéticos. (EMPRESA DE PES-
QUISA ENERGÉTICA, 2007).

Podem-se listar, a seguir, as principais origens da biomassa para sua


utilização como combustível (AGENCIA NACIONAL DE ENERGIA ELETRICA,
2008):

• resíduos agrícolas resultantes do beneficiamento industrial, por exemplo,


o bagaço de cana, a casca de café, a casca de arroz, entre outros;

• resíduos florestais beneficiados na indústria madeireira, onde se desta-


cam as cascas de árvores, recortes de madeira, serragem, pó de madeira;

e-Tec Brasil 22 Técnico em Biocombustível


• resíduo do cozimento da madeira proveniente das indústrias de celulose,
chamado de “licor negro”;
Para saber
mais
• lenha oriunda de florestas plantadas, normalmente do eucalipto ou pi- Na Europa entre 1997 e 2001,
países como Finlândia, Alemanha
nus, sendo o primeiro muito utilizado para a fabricação de celulose e e Inglaterra, utilizando o biogás,
carvão vegetal. tiveram crescimento na utilização
da biomassa para geração de
eletricidade. A meta era aumentar
a geração de 43 TWh (dados de
Nos Estados Unidos existem diversas usinas que processam a biomas- 2002) para 162 TWh em 2010.
sa para a produção de energia. A Figura 1.5 apresenta a matriz energética Existe um importante potencial
nos paises do Leste Europeu:
nos Estados Unidos. Hungria, Republica Checa,
Eslovaquia, Lituania e Estonia.
(COM, 2004).

Fonte: DEPARTMENT OF ENERGY USA, 2006


Em 2004, Alemanha, Hungria,
Holanda, Polônia e Espanha
registraram um aumento anual
de capacidade instalada de 50
a 100%. Na Áustria, Bélgica,
Dinamarca, Itália e Suécia o
crescimento foi de 10 a 30%.
(INTERNATIONAL ENERGY
AGENCY, 2007).

Figura 1.5: Matriz energética dos EUA 2005

A Figura 1.5 apresenta a expansão da biomassa, como a fonte ener-


gética que mais contribuiu para a matriz energética nos Estados Unidos,
2,8%. Uma grande parte da biomassa, naquele país, é usada nas usinas
termelétricas a carvão, numa proporção de 1 a 35% de adição a este com-
bustível (Co-combustão).

Prevê-se que a “moderna energia da biomassa”, especialmente o ál-


cool e o biodiesel, terão um crescimento de aproximadamente 10% ao ano
em diversos países, incluindo os Estados Unidos, a União Européia e o Brasil
(GOLDEMBERG, 2006).

Conforme Dermirbas, Balat e Balat (2009), na Europa, a previsão é


chegar ao final de 2010 com 2,6% da eletricidade produzida por meio da
biomassa (275 TWh); e a previsão para 2030 é atingir 550 TWh.

Distribuição e Armazenamento de Energia 23 e-Tec Brasil


Fonte: DEPARTMENT OF ENERGY USA, 2006
Figura 1.6: Participação dos Renováveis EUA 2005

No Brasil, a utilização da biomassa para a geração de energia ocorre,


principalmente, nos segmentos industrial do açúcar e álcool, onde se quei-
ma o bagaço da cana. Como se pode verificar na Tabela 1, a seguir, os outros
tipos de biomassa empregados para este fim são: licor negro oriundo de fa-
bricas de celulose, madeira, biogás e a casca de arroz. (AGENCIA NACIONAL
DE ENERGIA ELETRICA, 2008).

Estes valores podem ser ainda maiores, em razão da Lei n°. 9.074,
de 7 de julho de 1995, que define que a geração termelétrica de energia
inferior a 5.000 kW, é dispensada a concessão, permissão ou autorização.
Com isto, existe a possibilidade de que vários empreendimentos, não este-
jam contabilizados na Tabela 1, por exemplo, as empresas que processam
madeira em regiões remotas e que produzem a própria energia elétrica com
a utilização da biomassa em caldeiras. (EMPRESA DE PESQUISA ENERGETI-
CA, 2007).

e-Tec Brasil 24 Técnico em Biocombustível


Fonte: AGENCIA NACIONAL DE ENERGIA ELETRICA, 2008.
Verifica-se que a maioria da energia consumida no país é provenien-
te de fontes renováveis de energia (hidroeletricidade, biomassa em forma de
lenha e derivados da madeira, como serragem, carvão vegetal, derivados da
cana-de-açúcar e outras mais).

No caso brasileiro do “apagão”, corte no fornecimento de energia


elétrica, tornou-se evidente a necessidade do racionamento de energia. Nes-
se sentido, este fato impulsionou discussões sobre a matriz energética bra-
sileira. A utilização de biomassa para produção de energia, tanto elétrica
como em forma de vapor, em caldeiras ou fornos já é uma realidade no
Brasil.

O uso da madeira para a geração de energia apresenta algumas van-


tagens e, também, desvantagens, quando relacionadas com combustíveis à
base de petróleo.

Distribuição e Armazenamento de Energia 25 e-Tec Brasil


Vantagens:

• baixo custo de aquisição;

• não emite dióxido de enxofre;

• cinzas são menos agressivas ao meio ambiente que as provenientes de


combustíveis fósseis;

• menor corrosão dos equipamentos (caldeiras, fornos);

• menor risco ambiental;

• recurso renovável;

• emissões não contribuem para o efeito estufa.

Desvantagens:

• menor poder calorífico;

• maior possibilidade de geração de material particulado para a atmosfera;


Isto significa maior custo de investimento para a caldeira e os equipa-
mentos para remoção de material particulado, cinzas por exemplo;

• dificuldades no estoque e armazenamento.

Além das vantagens acima apresentadas existem algumas vantagens


indiretas, como é o caso de madeireiras que utilizam os resíduos do processo
de fabricação (serragem, cavacos e pedaços de madeira) para a própria pro-
dução de energia, reduzindo, desta maneira, o volume de resíduo do pro-
cesso industrial. Algumas das desvantagens podem ser compensadas através
de monitoramento de parâmetros do processo. Para o controle do processo
de combustão deve ser monitorado o excesso de ar, CO e, para instalações
de grande porte, também, deve existir o monitoramento da densidade co-
lorimétrica da fumaça por um através de um sistema on-line instalado na
chaminé.

Os controles do processo de combustão são medidas chamadas indi-

e-Tec Brasil 26 Técnico em Biocombustível


retas destinadas a impedir a geração de poluentes. Essas Medidas Indiretas
visam reduzir a geração e o impacto de poluentes sem aplicação de equipa-
mentos de remoção.

Medidas Indiretas no Controle de Poluição do ar:

• impedir a geração de poluente;

• diminuir a quantidade gerada de material poluente;

• diluição através de chaminé alta, melhorando a distribuição do poluente;

• adequada localização da fonte de medidas diretas no controle de polui-


ção do ar:

Alguns equipamentos destinados à atender na redução ou elimina-


ção dos agentes poluentes gerados pela biomassa:

• ciclones e multiciclones,

• lavadoras,

• lavador Venturi,

• filtro de tecido,

• precipitadores eletrostáticos,

• adsorvedores,

• incineradores de gases e,

• condensadores.

Distribuição e Armazenamento de Energia 27 e-Tec Brasil


1.2.2 Biogás

Fonte: www.ambientebrasil.com.br Acesso em 23/09/2010


Figura 1.7: Unidade de produção de biogás - Esterqueira

O biogás é um combustível gasoso com um conteúdo energético


elevado semelhante ao gás natural, composto, principalmente, por hidrocar-
bonetos de cadeia curta e linear. Pode ser utilizado para geração de energia
elétrica, térmica ou mecânica em uma propriedade rural, contribuindo para
a redução dos custos de produção. No Brasil, os biodigestores rurais vêm
sendo utilizados, principalmente, para saneamento rural, tendo como sub-
produtos o biogás e o biofertilizante.

O desenvolvimento de tecnologias para o tratamento e utilização


dos resíduos é o grande desafio para as regiões com alta concentração de
produção pecuária, em especial suínos e aves. De um lado existe a pressão
pelo aumento do número de animais em pequenas áreas de produção, e
pelo aumento da produtividade e, do outro lado, a pressão para que esse
aumento não provoque a destruição do meio ambiente. A restrição de espa-
ço e a necessidade de atender cada vez mais as demandas de energia, água
de boa qualidade e alimentos, têm colocado alguns paradigmas a serem
vencidos, os quais se relacionam, principalmente, à questão ambiental e à
disponibilidade de energia.

A digestão anaeróbia, em biodigestores, é o processo mais viável


para conversão dos resíduos de suínos e aves, em energia térmica ou elétri-
ca.

e-Tec Brasil 28 Técnico em Biocombustível


O processo de digestão anaeróbia (biometanização) consiste de um com-
plexo de cultura mista de microorganismos, capazes de metabolizar mate-
riais orgânicos complexos, tais como carboidratos, lipídios e proteínas para
produzir metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2) e material celular.

A presença de vapor d’água, CO2 e gases corrosivos no biogás in


natura, constituem-se no principal problema para a viabilização de seu arma-
zenamento e para a produção de energia. Equipamentos mais complexos, a
exemplo de motores a combustão, geradores, bombas e compressores têm
vida útil extremamente reduzida. Também os chamados controladores como
os termostatos, os pressostatos e os medidores de vazão são atacados, redu-
zindo sua vida útil e não oferecendo segurança e confiabilidade no seu uso.
A remoção de água, CO2, gás sulfidrico, enxofre e outros elementos através
de filtros e dispositivos de resfriamento, condensação e lavagem é imprescin-
dível para a confiabilidade e emprego do biogás.

1.2.3 Energia Eólica

cil.com Acesso em 23/09/2010


Fonte:http://energiarenovavel.org.cpweb0023.servidorwebfa-

Figura 1.8: Geradores eólicos

A energia cinética do vento também é uma fonte de energia e pode


ser transformada em energia mecânica e elétrica. Um barco á vela usa a
energia dos ventos para se deslocar na água, ocorrendo assim a transforma-
ção da energia dos ventos em energia do movimento ao barco.

Durante muitos anos, os agricultores serviram-se da energia eólica


para bombear água dos poços usando moinhos de vento. O vento também

Distribuição e Armazenamento de Energia 29 e-Tec Brasil


é usado para girar as pás dos moinhos transformando os grãos em farinha,
ou usado atualmente para produzir eletricidade.

O vento forte pode rodar as lâminas de uma turbina adaptada para


o vento (em vez do vapor ou da água). A ventoinha da turbina está ligada
a um eixo central que contém, em cima, um fuso rotativo. Este eixo chega
até uma caixa de transmissão onde a velocidade de rotação é aumentada. O
gerador ligado ao transmissor produz energia elétrica.

Modernas turbinas possuem um sistema de abrandamento para o


caso do vento se tornar muito forte, impedindo, assim, a rotação demasia-
damente rápida da ventoinha. Um dos problemas deste sistema de produção
de energia é a variabilidade da intensidade do vento no ano. Dependendo
da região, ele é mais intenso no verão quando o ar se movimenta do interior
quente para o litoral mais fresco. Outro entrave é o fato do vento ter que
atingir uma velocidade superior a 20 km/hora para girar a turbina suficien-
temente rápida.

As turbinas produzem entre 50 a 300 kilowatts de energia elétrica.


Com 1000 watts podemos acender 10 lâmpadas de 100 watts; assim, 300
kilowatts acendem 3000 lâmpadas de 100 watts cada.

Nos Estados Unidos, especificamente na Califórnia, cerca de 30%


da eletricidade é produzida a partir do vento. Na Dinamarca e na Alemanha
também são grandes exploradores da energia eólica.

Mas uma vez produzida a eletricidade é necessário conduzi-la até os


consumidores finalizando assim o processo.

1.2.4 Energia Geotérmica


vidorwebfacil.com Acesso em 23/09/2010
Fonte: http://energiarenovavel.org.cpweb0023.ser-

Figura 1.9: Energia geotérmica

e-Tec Brasil 30 Técnico em Biocombustível


As camadas internas da Terra são extremamente quentes. Explorar
o calor e o vapor emitidos pela água que ali existe é a premissa da energia
geotérmica. Na Itália, 32 usinas já aproveitam vapor a cerca de 180º C para
movimentar turbinas, gerando 5 milhões de kWh (quilowatts-hora) por ano,
o suficiente para atender 2 milhões de famílias. Segundo a ENEL, empresa
de energia italiana, até o final de 2010 esse índice deve aumentar.

Esta forma de energia também é utilizada pela Islândia, México, Por-


tugal, Japão e Alemanha. O Brasil planeja entrar nessa lista. Investimentos
estão na pauta da exploração do aquífero Guarani (maior reserva subterrâ-
nea de água doce do mundo, que abrange parte dos estados de Goiás, Mato
Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul). A temperatura de sua água oscila entre 40 e 80º C - capaz de aque-
cer a água utilizada nos prédios de edifícios ou em casas nos sistemas de
calefação e lareiras.

1.2.5 Energia Hidrelétrica

bfacil.com Acesso em 23/09/2010


Fonte: http://energiarenovavel.org.cpweb0023.servidorwe-

Figura 1.10: Represa para geração de energia elétrica

A energia hidráulica é uma valiosa fonte de energia. Segundo Wi-


kipédia (2010), é a energia obtida a partir da energia potencial de uma mas-
sa de água, podendo ser aproveitada por meio d eum desnível ou queda
d’água, convertida na forma de energia mecânica.

A água usada como fonte de energia, não tem sua utilidade esgota-
da. O constante fluxo de água na Terra pode ser aproveitado na geração de

Distribuição e Armazenamento de Energia 31 e-Tec Brasil


energia mecânica e elétrica.

Os primeiros dispositivos destinados ao aproveitamento da energia


hidráulica foram rodas montadas em estruturas, as chamadas rodas d’água,
instaladas sobre o leito dos rios. As pás fixadas em torno da parte externa
das rodas mergulhavam no rio, e a água ao atingir essas pás dava movi-
mento de giro nas rodas. Os antigos romanos ligaram estas rodas-d’água a
moinhos e usaram essa forma de energia para moer os grãos.

Durante a Revolução Industrial, grandes rodas-d’água foram usadas


para dar movimento às máquinas de fábricas, entretanto, a energia não era
constante. O aumento do volume das águas gerava mais energia do que o
necessário, e as secas deixavam as fábricas sem energia.

Por volta do final do séc. XIX, o motor a vapor havia tomado o


lugar da energia hidráulica na maioria das fábricas.

A primeira usina movida a água para a geração de eletricidade


foi construída nos EUA, em 1882. Essa usina hidrelétrica transformou
a energia hidráulica numa importante fonte de eletricidade.

1.2.6 Energia das Marés

Nas ondas do mar estão presentes duas formas de energia, uma de-
nominada por energia cinética, devido ao movimento da água e outra,
energia potencial em razão da altura das ondas.

A energia elétrica pode ser obtida se for utilizado o movimento


oscilatório das ondas. O aproveitamento é feito nos dois sentidos: na maré
alta a água enche o reservatório, passando através de uma turbina que vai
produzir a energia elétrica. Na maré baixa, a água esvazia o reservatório,
passando novamente através da turbina, agora em sentido contrário ao do
enchimento, e produzindo novamente energia elétrica.

Uma desvantagem de se utilizar este processo na obtenção de ener-


gia é que o fornecimento não é contínuo e apresenta baixo rendimento. As
centrais são equipadas com conjuntos de turbinas, totalmente imersas na
água. A água é turbinada durante os dois sentidos da maré, sendo de gran-
de vantagem a posição variável das pás para este efeito. No entanto, existem
problemas na utilização de centrais de energia das ondas, que requerem cui-

e-Tec Brasil 32 Técnico em Biocombustível


dados especiais: as instalações não podem interferir com a navegação e têm
que ser robustas para poder resistir às tempestades, mas ser suficientemente
sensíveis para ser possível obter energia de ondas de amplitudes variáveis.

O aproveitamento energético das marés é obtido através de um re-


servatório formado junto ao mar, através da construção de uma barragem,
contendo uma turbina e um gerador.

A maioria das instalações existentes é de potência reduzida, situan-


do-se no alto mar ou junto à costa, para fornecimento de energia elétrica a
faróis isolados ou carregamento de baterias das bóias de sinalização.

As marés são o resultado da combinação de forças produzidas pela


atração do sol e da lua e do movimento de rotação da Terra. Este fato leva à
subida e descida da água dos oceanos: as marés. Os movimentos verticais
da água dos oceanos, associados à subida e descida das marés são acompa-
nhados por movimentos horizontais, denominados de correntes das marés.
Estas correntes têm uma periodicidade idêntica à das oscilações verticais.
Efeitos das zonas terrestres (bacias hidrográficas e baías, estreitos e canais)
provocam restrições a estes movimentos periódicos podendo, daí, resultar
elevadas amplitudes ou elevadas velocidades da corrente da maré.

Nos países como a França, o Japão e a Inglaterra este tipo de energia


gera eletricidade. No Brasil, cidades com grandes amplitudes de marés são
encontradas em São Luíz, na Baía de São Marcos, 6,8 metros e em Tutóia
com 5,6 metros, no Maranhão. Mas nestas regiões, infelizmente, a topogra-
fia do litoral não favorece a construção econômica de reservatórios, o que
impede seu aproveitamento.

Distribuição e Armazenamento de Energia 33 e-Tec Brasil


1.2.7 Energia Solar

bfacil.com Acesso em 23/09/2010


Fonte: http://energiarenovavel.org.cpweb0023.servidorwe-
Figura 1.11: Painéis coletores de energia solar

A energia solar corresponde a todo tipo de captação de energia


luminosa proveniente do Sol, que após sua coleta é transformada em algu-
ma forma utilizável pelo homem, seja como energia elétrica, mecânica ou
apenas para o aquecimento de água.

Há dois métodos de captura de energia solar o direto e o indireto.


No direto, ocorre apenas uma transformação para fazer da energia solar um
tipo de energia utilizável pelo homem. No indireto, precisa haver mais de
uma transformação para que surja energia utilizável.

1.2.7.1 Energia Solar e o Meio Ambiente

Para enfrentarmos os desafios do novo milênio, a energia solar é


uma das alternativas energéticas mais promissoras, pois o sol é fonte de
energia renovável, permanente e abundante. Para as áreas afastadas e não
eletrificadas, a energia solar é a solução ideal, especialmente no Brasil, onde
há bons índices de insolação em toda parte do território.

Anualmente, o Sol irradia o equivalente a 10.000 vezes a energia


consumida pela população mundial neste mesmo período. O Sol produz
continuamente cerca de 390 sextilhões de quilowatts de potência. Deste
modo, para cada metro quadrado de coletor solar instalado evita-se a inun-
dação de 56 metros quadrados de terras férteis, o que é necessário para a

e-Tec Brasil 34 Técnico em Biocombustível


construção de novas usinas hidrelétricas.

1.2.7.1.1 Japão tem ‘estacionamento solar’ para aluguel de bi-


cicletas

Moradores de Setagaya, em Tóquio (Japão), podem alugar bicicletas


elétricas abastecidas com energia solar. No local, painéis captam energia
solar para os veículos.

A novidade é resultado de parceria com a empresa de componentes


eletrônicos Sanyo que construiu junto à estação de trens daquela cidade um
estacionamento solar para as bicicletas. No local, cem bicicletas são abaste-
cidas pela energia captada por painéis solares e armazenada em sistemas de
baterias especiais.

Fonte: G1 – Tecnologia. Patrick Cenci Pagliari, 2010.

Figura 1.12: Yoshikazu Tsun/AFP

Distribuição e Armazenamento de Energia 35 e-Tec Brasil


1.2.8 Hidrogênio

Fonte: http://autos.bicodocorvo.com.br Acesso em 23/09/2010


Figura 1.13: Bomba de fornecimento de hidrogênio

A partir da visão de uma economia das fontes de energia, o hidrogê-


nio apresenta-se como alternativa importante, cuja eficiência e a viabilidade
econômica de sua aplicação são quesitos fundamentais para a inserção no
mercado desse novo tipo de energia, baseado no desenvolvimento de célu-
las a combustível de alto desempenho a custos acessíveis.

Estão em andamento vários projetos de pesquisa com o objetivo de


se conhecer as diversas tecnologias existentes para a construção de células
a combustível e suas aplicações. Um dos projetos visa estudar a operação
de uma célula a combustível com tecnologia do tipo ácido fosfórico, ali-
mentada a gás natural, que opera gerando energia ao Centro de Pesquisas
da Petrobrás. Outros projetos, em conjunto com universidades, objetivam o
desenvolvimento de membranas para células do tipo PEM (membranas per-
meáveis), bem como de sistemas de células do tipo SOFC (óxido sólido).

Entre as aplicações e usos recentes tem-se têm-se o ônibus movido


a hidrogênio – uma das vantagens deste ônibus a hidrogênio é que ele não
produz compostos tóxicos ao se locomover. O único subproduto gerado pelo
combustível que ele usa é a água.

O projeto envolve cientistas do Centro de Pesquisas (Cenpes), do

e-Tec Brasil 36 Técnico em Biocombustível


Centro de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio
de Janeiro (Coppe/UFRJ), do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento
(Lactec), além de equipes de empresas nacionais, como Eletra e Caio. Parte
dos recursos foram garantidos pela Financiadora de Estudos e Projetos (Fi-
nep).

O protótipo deste ônibus é inspirado no conceito dos trólebus, ôni-


bus elétricos nos quais a energia é gerada no próprio veículo. A eletricidade,
no caso, será fornecida por uma célula o combustível de hidrogênio. O prin-
cípio é simples: em contato com um catalisador, os átomos de hidrogênio
são separados de seus elétrons. O movimento dessas partículas gera uma
corrente elétrica transmitida para o motor elétrico, que traciona os eixos
das rodas. No final do processo, o hidrogênio combina-se com o oxigênio e
forma as moléculas de água que serão expelidas pelo escapamento.

A grande vantagem do hidrogênio é que ele pode ser produzido na


própria estação de abastecimento, evitando altos custos com o transporte
do combustível

Distribuição e Armazenamento de Energia 37 e-Tec Brasil


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Legislação Federal Citada: Anexos

e-Tec Brasil 42 Técnico em Biocombustível


Currículo do Professor

Carlos Antonio da Costa Tillmann Possui graduação em Curso de


Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Pelotas (1988), Mestrado
em Máquinas Agrícolas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
(1994) e Doutorado em Ciência e Tecnologia de Sementes pela Universidade
Federal de Pelotas (2006). Atualmente é Professor Adjunto do Centro de
Engenharias da UFPel. Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com
ênfase em Máquinas Agrícolas: Motores, Mecanização e Biocombustíveis;
Engenharia de Produção: Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiental,
atuando principalmente nos seguintes temas: Desenvolvimento de projetos
em máquinas agrícolas, perdas na colheita e sistemas integrados de gestão.

Distribuição e Armazenamento de Energia 43 e-Tec Brasil

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