Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Tal como os roedores, os lagomorfos têm dentes que crescem continuamente, necessitando
portanto de actividade constante para evitar que fiquem grandes demais.
Tal como acontece com outras espécies os coelhos inicialmente foram inseridos na ordem dos
roedores (talvez por isto algumas pessoas ainda pensem que estes são roedores) devido as
características que têm em comum, depois de outros estudos taxonómicos concluíram que afinal
estes tb tinham muitas características diferentes como por exemplo:
- os dentes incisivos dos roedores apresentam curvatura para o interior da boca enquanto que os
lagomorfos apresentam-se levemente na vertical;
- lagomorfos apresentam um par a mais de incisivos, apenas no maxilar superior, sendo visíveis
apenas na vista lateral;
- lagomorfos possuem os membros anteriores bem menores que os posteriores, enquanto que nos
roedores essa característica é menos acentuada;
- lagomorfos possuem orelhas longas e pontiagudas, já os roedores as possuem pequenas e
levemente arredondadas
- o escroto do macho está em frente do pénis nos lagomorfos
- o pénis não tem ossos como nos roedores
Foi então criada a ordem Lagomorpha que inclui os coelhos, lebres e ocotonídeos, na qual se
incluem duas famílias: Leporidae (coelhos e lebres) e Ochotonidae (pikas).
ROEDORES
Os roedores (do latim científico Rodentia) constituem a mais numerosa ordem de
mamíferos com placenta contendo mais de 2000 espécies, o que corresponde a cerca de
40% das espécies da classe dos mamíferos. A maior parte são de pequenas proporções, o
camundongo-pigmeu Africano tem 6 cm de comprimento e pesa 7 g. Por outro lado, o
maior deles, a capivara, pode pesar até 45 kg. Acredita-se que o extinto Phoberomys
pattersoni teria pesado 700 kg. Roedores são encontrados em grande número em todos os
continentes, exceto a Antártida, na maioria das ilhas e em todos os habitats, com exceção
dos oceanos. Juntamente com os morcegos (Chiroptera), foram os únicos mamíferos
placentários a colonizar a Austrália independentemente da introdução humana.
Ecologicamente são muito diversos. Algumas espécies passam a vida inteira no dossel das
florestas, outras raramente deixam o chão. Algumas espécies apresentam um hábito
marcadamente aquático, enquanto outras são altamente especializadas para o ambiente
desértico. Muitas são em certa medida onívoras, assim como outras têm uma dieta bem
específica, comendo, por exemplo, algumas espécies de fungos ou invertebrados.
Pesquisas recentes sugerem que os roedores podem ser biologicamente polifiléticos ou seja,
teriam evoluídos mais de uma vez, neste caso este grupo teria que ser redividido.
História Natural
O registro fóssil dos roedores começou há cerca de 65 milhões de anos, com a extinção dos
dinossauros. Os primeiros roedores lembravam esquilos, a a partir deles se diversificaram.
Sua origem foi na Laurásia, supercontinente que incluía a Ásia, Europa e América do
Norte. Algumas espécies colonizaram a África, originando os primeiros Hystrichognathi.
De lá, alcançaram a América do Sul, que se encontrava isolada durante o Oligoceno e
Mioceno. No Mioceno, África e Ásia colidiram, o que permitiu que roedores como o porco-
espinho adentrassem a Eurásia. Durante o Plioceno, fósseis de roedores apareceram na
Austrália. Apesar de os marsupiais serem os primeiros residentes da Austrália, os roedores
dominam sua fauna, correspondendo a cerca de 25% dos mamíferos do continente.
Enquanto isso, as Américas colidiram e, com o estabelecimento do istmo do Panamá,
camundongos colonizaram o sul e porcos-espinho, o Norte.