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FORTALEZA
2017
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Estadual do Ceará
Biblioteca Central Prof. Antônio Martins Filho
Francisco Welton Silva Rios – Bibliotecário Responsável – CRB-3 / 919
.
1. Classe II, 2. Hipodivergente Vertical, 3. Ângulo baixo, 4.
segunda divisão.
CDD: 570
ANDRÉ FELIPE DE CARVALHO OLIVEIRA
Banca examinadora:
______________________________________________________________
Prof.Dr. Sílvio Roberto de Aquino Vasconcelos
(Orientador - CEPO)
______________________________________________________________
Prof. Dr. Augusto Darwin Moreira A. Lima
(Examinador)
______________________________________________________________
Dra. Rosalba Ferreira da Silva
(Examinadora)
RESUMO
SUMMARY
The objective of this literature review was to make a survey of the clinical and
cephalometric characteristics of patients with Class II malocclusion who present a
hypodivergent growth pattern, a pattern that presents a low incidence among Class II
malocclusions, but has particular characteristics often presenting deep bite and with
great influence of muscular factor.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Descrição página
Figura 1 - Telerradiografia de um paciente Classe II 2ª 18
divisão hipodivergente.
LISTA DE SIGLAS
Descrição página
7
SUMÁRIO
Resumo
Abstract
Lista de ilustrações
8
Lista de siglas
Sumário
1 Introdução..................................................................... 15
2 Diagnóstico e 17
Definição........................................................
2. 1 Epidemiologia....................................................................... 23
2. 2 Etiologia............................................................................... 24
.
3 Tratamento........................................................................... 31
3.1 Modificação do Crescimento................................................ 31
3. 2 Tratamento da Mordida Profunda Associada à CLasse 36
II....
3. 3 Camuflagem Ortodôntica..................................................... 39
3. 3. 1 Distalização.......................................................................... 39
3. 3. 2 Extrações............................................................................. 41
3. 4 Cirurgia Ortognática............................................................. 42
4 Discussão 47
5 Conclusão 49
6 Referências 51
1.0. INTRODUÇÃO
9
1
Levando em consideração as variações sagitais na oclusão, Angle
classificou a classe II em 1899 como uma desarmonia entre os arcos dentais onde
todos os dentes inferiores ocluem distalmente ao normal. No mesmo artigo já
sugeriu a divisão desta má oclusão em duas variantes. A primeira divisão
caracteriza-se pelo estreitamento do arco superior, com a protrusão dos incisivos
superiores, função anormal de lábios e alguma obstrução nasal e respiração bucal.
A segunda divisão caracteriza-se por um menor estreitamento do arco superior,
inclinação lingual dos incisivos superiores com algum apinhamento e é associada
com função respiratória e labial normais 1.
Entre os tipos horizontais temos o tipo A, que tem o perfil esquelético normal,
mas com protração dos dentes da maxila, o tipo B com proeminência do terço médio
da face e uma mandíbula normal, o tipo C com maxila e mandíbula pequenas e
ângulo goníaco quadrado, tipo D com perfil esquelético retrognata, principalmente
devido a uma mandíbula pequena, o tipo E com uma severa classe II devido a uma
proeminência do terço médio podendo apresentar biprotrusão maxilar e o tipo F que
é um grupo mais heterogêneo não bem definido que pode ser pensado como formas
amenas dos tipos B,C,D ou E, sendo o grupo F o mais frequente grupo horizontal
encontrado 8.
2. 1 EPIDEMIOLOGIA
3
Schudy considerou que as variações nas dimensões verticais são mais
significantes na identificação dos tipos faciais do que as variações antero-
posteriores.
2. 2. ETIOLOGIA
3.0. TRATAMENTO
Figura 8 - Fotos intrabucais do Aparelho de Frankel 60. Fonte: Valarelli et al. (2014).
Figura 10 - Bionators para manter dimensão vertical são usados inicialmente para
avançar a mandíbula em relação de Classe I de molar (A e B). Depois deve ser removido
acrílico da superfície oclusal mandibular durante o tratamento para permitir erupção
dentária65.
TM
Outro aparelho usado na correção da Classe II é o Forsus FRD. Usando
esse aparelho após período do pico de crescimento em pacientes de ângulo baixo
ou normal com a maloclusão decorrente de um retrognatismo mandibular, podemos
corrigir a maloclusão através de mudanças dentoalveolares, considerando ele um
substituto para os elásticos de CLasse II em pacientes não cooperativos. Como
resultado na sua ação, as coroas dos incisivos maxilares apresentam retroinclinação
e os incisivos inferiores se inclinam para frente. Há um giro horário no plano oclusal.
Nesses casos não observamos mudanças esqueléticas sagitais ou verticais. Uma
TM
das vantagens atribuídas ao Forsus FRD é sua maior simplicidade de instalação e
menor tempo de cadeira frente a outros aparelhos semelhantes 71.
23
A intrusão dos incisivos mandibulares para redução na curva de Spee ea
expansão da distância intercanina após a abertura de mordida são estratégias para
25
o tratamento da Classe II/2 . Utilizando ortodontia fixa com arcos, a correção da
curva de Spee dos pacientes de ângulo baixo ocorre principalmente por uma maior
intrusão dos incisivos mandibulares do que os de ângulo alto e uma maior
78
vestibularização destes . A intrusão dos incisivos é mais indicada em um paciente
com excesso maxilar, grande espaço interlabial, uma grande altura facial inferior, ou
um plano mandibular íngreme. No paciente hipodivergente, com lábios em excesso
e um plano mandibular plano, o overbite é melhor corrigido e a estética melhorada
com o aumento da altura facial inferior. Nos pacientes em crescimento a extrusão
dos molares vai aumentar a altura facial anterior inferior e permitir o crescimento
mandibular, e a estabilidade é bem aceitável, mas no adulto, a extrusão dos molares
76
tem a estabilidade altamente questionável . Nos pacientes hipodivergentes é muito
difícil corrigir o overbite, pois os molares superiores apresentam grande resistência
ao movimento oclusal. Devido a isso a estabilidade é difícil e a contenção deve se
estender por um longo período de tempo 3. A intrusão dos incisivos mandibulares se
mostrou estável após uma avaliação de 5 anos em pacientes sem crescimento 79.
3. 3 CAMUFLAGEM ORTODÔNTICA
3. 3. 1 DISTALIZAÇÃO
32
3. 3. 2 EXTRAÇÕES
3. 4 CIRURGIA ORTOGNÁTICA
4 DISCUSSÃO
19
Pancherz não encontrou diferenças morfológicas básicas entre as más
oclusões de classe II 1ª divisão e 2ª divisão, e considera que ambas as divisões são
40
uma única entidade clínica, com excessão da posição dos incisivos maxilares, que
aliás foi o critério utilizado para dividir os grupos de crianças suecas e alemãs entre
8 e 13 anos entre 1ª divisão, que apresentavam mais de 5mm de overjet e 2ª
divisão, com retroinclinação de pelo menos os dois incisivos centrais e mordida
profunda. Independente da idade, uma grande variação na morfologia prevalesceu
em abas as divisões.
4
Estudando crianças israelenses entre 9,5 a 17,3 anos, Brezniak dividiu
crianças em 3 grupos de acordo com a difinição original de Angle para a Classe I,
para a CLasse II 1ª divisão e para a CLasse II 2ª divisão e concluiu que a Classe II
2ª divisão tem, além de sua característica dental patognomônica, vários atributos
esqueléticos, sagitais e especialmente verticais que a diferenciam da Classe I e da
Classe II 1ª divisão. O autor reconhece a controvérsia sobre o assunto, e sugere que
tal controvérsia pode ser resultado da composição de cada grupo participante dos
estudos (idade média, maior amplitude entre as idades, etinia, critérios de seleção,
tamanho da amostra, entre outros fatores), ou dos pontos cefalométricos
identificados, ou ainda dos tipos de testes estatísticos utilizados. Além disto, alega
que testes comparativos estatísticos não têm sido feitos em todos os estudos e que
as conclusões são tiradas exclusivamente de comparações entre as médias dos
grupos experimentais com os grupos controle.
Segundo Benedicto 21, várias outras medidas podem ser feitas para se tentar
determinar as características verticais e inclusive, dependendo da medida utulizada
podemos chegar a conclusões diferentes sobre o mesmo paciente em alguns casos.
41
73
Gandini et al não encontrou extrusão significativa com o uso do AEB e
também não encontrou alteração no crescimento maxilar, mas apenas alveolo
dentária.
5 CONCLUSÃO
possível sugerir que mais importante do que dividir a Classe II nas suas 2 divisões
clássicas, seria separarmos os pacientes portadores de Classe II em
hipodivergentes, normodivergentes e hiperdivergentes, para então sugerir
tratamentos para cada grupo específico.
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