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1 Antecedentes históricos
A origem do vinho é remota e imprecisa. Acredita-se que surgiu por acaso, quando
um punhado de uvas, esquecidas em algum recipiente, sofreram espontaneamente
os efeitos da fermentação e transformaram-se em vinho.
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Durante a Idade Média, a Igreja Católica recebeu muitas doações de terras das
famílias que perdiam seus homens em guerras para que a ela rezasse pela alma
desses mortos pela eternidade. Essas porções de terra, por sua vez, eram
arrendadas a pequenos produtores que produziam mais uvas e vinho para uso na
comunhão cristã. Os monges dedicaram-se ao aperfeiçoamento da vitivinicultura e
muitos eram propensos ao alcoolismo.
Antigamente o vinho era receitado pelo médico para tratar mal-estar e náuseas. Os
olhares da medicina para o vinho são mais antigos do que muitos imaginam. O vinho
já era receitado pelos gregos e romanos como remédio digestivo, diurético e até
mesmo como cura para enxaquecas. Além disso, era parte fundamental da dieta de
soldados em períodos de guerra. Atualmente, o vinho é recomendado pelo
sommelier para acompanhar a refeição e é crescente o número de estudos que falam
dos benefícios do vinho a nossa saúde, como antioxidante, para o controle do
colesterol e prevenção de doenças cardiovasculares.
Não foi apenas o uso religioso e medicinal que fez o vinho adquirir tamanha
importância na sociedade ocidental. Esta bebida sempre foi um produto rentável e
muitas vezes usado como moeda.
Fazer vinho foi, durante séculos, algo intuitivo. Apenas no final do séc. XVIII é que
pensadores Iluministas dedicaram-se a aperfeiçoar técnicas de cultivo da videira e
elaboração do vinho. Em 1803, Chaptal, então ministro de Napoleão, escreveu o
livrete “A arte de fazer vinho segundo o método de Chaptal”. No entanto, a
Enologia, como ciência, só surgiu a partir de 1850, com os descobrimentos de
Pasteur acerca do processo fermentativo. Pasteur constatou, como veremos na aula
de vinificação, a existência de leveduras que metabolizam o açúcar das uvas
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transformando-o em álcool e as condições ideais para que este fenômeno ocorresse.
A partir de então, o homem passou a entender e dominar esse fascinante e
complexo processo transformação de “água em vinho”.
2 Organização da área
Cultivo de uvas
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momentos de consumo e harmonizações. Também é responsável pela elaboração de
cartas de vinhos, gestão de adega e serviço da bebida em restaurantes.
3 Tipos de vinhos
Vinho é uma bebida fermentada feita unicamente a partir do suco de uvas, que
passaremos a chamar de mosto. As uvas podem ser brancas, tintas e rosadas; já os
vinhos podem ser classificados do seguinte modo:
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ideal para produção de vinhos que colocaram o país no mapa do mundo do vinho.
Pinot Grigio – resulta em vinhos brancos leves, jovens e secos na Itália e mais
ricos e perfumados, na região francesa da Alsácia.
Uvas brancas
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Moscatel (Muscat, Moscato) – plantada no mundo todo é própria de vinhos doces e
perfumados. É a única uva vinífera que preserva os aromas de uva no vinho e talvez
uma das espécies mais antigas ainda cultivadas. Usada para vinhos secos na Alsácia,
para espumantes do tipo Asti e doces como o Moscatel produzidos no Brasil.
Uvas tintas
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Merlot – é a principal parceira da Cabernet nos tintos de Bordeaux. Entretanto é
uma uva mais suave, com menos tanino e aromas mais frutados e frescos. Sua
maturação mais é fácil e rápida. É base de grandes vinhos do Pomerol, como o
famoso Château Petrus. Também muito usada no Califórnia e no hemisfério sul.
Malbec – uva por muito tempo desprezada na França que encontrou seu terroir
ideal na Argentina, onde responde pelos grandes tintos do país. Produz vinhos
violáceos intensos, aromáticos, frutados e de taninos redondos, de fácil aceitação.
5 Regiões produtoras
Como podemos observar no mapa abaixo, a vitis vinífera adapta-se melhor ao clima
temperado, nas regiões subtropicais dos hemisférios norte e sul. Temperaturas mais
amenas, sem excesso de chuvas e boa amplitude térmica (variação de temperatura
máx. e mín.) são condições ideais para uma boa maturação das uvas.
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5.1 Países produtores
Itália 47.450
França 46.361
Espanha 35.166
Argentina 12.235
*1 hectolitro = 100 litros. Produção em 2009. Fonte: OIV – Organização Internacional da Vinha e do Vinho.
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Referências
PHILLIPS, ROD. Uma breve história do vinho. Rio de Janeiro: Record, 2003.
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