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HISTÓRIAS CRUZADAS – ANÁLISES DE CONTEXTOS HISTÓRICOS

DE LUTAS E RESISTÊNCIAS A PARTIR DE LINGUAGENS


ARTÍSTICAS: TEATRO.
Mariana de Brito Silva.
Graduanda em História – Licenciatura Plena pela
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Maryatena@gmal.com.

Eixo temático 8: Cotidiano Escolar: experiências exitosas na formação docente


e profissional.
Introdução:

O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma breve explicação acerca da oficina de
teatro realizada em 2019.1 no CIEP 200 – Profº. Terli Fioravante da Rocha em Miguel
Couto, no município de Nova Iguaçu – RJ. Oficina esta que faz parte dos projetos
desempenhados por um grupo de bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência). A partir dessas atividades é possível provocar uma reflexão acerca
das potencialidades do ensino de História e a importância do diálogo com outras disciplinas,
tornando assim uma vivência educacional multidisciplinar que encontra nas linguagens do
campo das artes orientação, além da possibilidade de fazer do educando um participante
ativo do processo educacional. Logo, as discussões e contextualização de momentos
históricos de ataques as minorias foram implementadas através de oficinas que dialogavam
com linguagens artísticas, sejam elas: artes visuais, contos literários, obras e atividades
teatrais e musicais. A arte escolhida para ser abordada neste trabalho é a linguagem do
teatro.

Justificativa:

A partir dos primeiros contatos com as turmas de 2º e 3º anos do ensino médio no CIEP 200
– Terli Fioravante da Rocha no ano de 2019, tornou-se evidente como apesar de presente
na vida cotidiana dos alunos, o universo artístico parecia estranhamente distante dos
mesmos. Outra questão pertinente eram os debates ocorridos em sala de aula que
envolviam os conteúdos de história e sociologia. O grau de participação dos alunos era
morno na maioria das turmas, evidenciando a dificuldade de grande parte dos discentes em
se expressar e defender suas ideias. Logo, a partir de um diálogo entre a professora e
supervisora do PIBID no CIEP, Live França, e a professora de artes da unidade, os bolsistas
residentes tiveram a oportunidade de desenvolver as oficinas supracitadas relacionando
com os conteúdos ministrados nessas disciplinas. A oficina de teatro foi ministrada pela
bolsista Mariana de Brito, pois a mesma compreende a importância dessa arte que contribui
na compreensão do pensamento e linguagem não só do outro, mas também de si próprio.

Objetivos:
Como já abordado, após os primeiros contatos com os alunos da professora Live França, a
aplicação das oficinas teve como finalidade desenvolver as capacidades argumentativas dos
alunos (algo que eles apresentavam dificuldades) e o seu senso crítico dos mesmos sobre
seu próprio contexto histórico. Assim, encontrar maneiras didáticas e não tão tradicionais de
envolvê-los nas narrativas historiográficas possibilitando a percepção de participação direta,
além da noção de construção de conhecimento coletiva foram os objetivos primordiais. Para
além, ao terem contato com exercícios teatrais, debates acerca do papel da arte e a sua
garantia através dos direitos humanos, os alunos puderam refletir sobre suas condições e
dificuldades, além de desenvolver uma consciência maior de que eles são agentes
históricos, políticos, e a importância dos seus posicionamentos. Ademais, outro objetivo da
oficina era contribuir na superação da timidez, no fortalecimento da autoestima, no
desenvolvimento do trabalho em equipe, aumento da imaginação e do vocabulário.

Marco Teórico:

Para fundamentar a atividade proposta e também o presente documento, foram utilizados os


seguintes trabalhos: os artigos de Ana Maria Ferreira da Costa Monteiro e Fernando de
Araujo Penna: “Ensino de História: saberes em lugar de fronteira” que aborda o ofício do
docente e o fazer pedagógico como um espaço de trocas de saberes; José D’Assunção
Barros: “O Projeto de Pesquisa em História” que contribuiu no entendimento das
especificidades do Ensino de História; Rosana Mara Schmitt: “A Intolerância ao longo do
tempo – desafios e perspectivas na escola contemporânea” que melhorou a compreensão
acerca do desafio tão atual que é a intolerância no ambiente escolar; e o artigo “O teatro
educação no ensino médio” da bacharel em Artes Cênicas Guaraci da Silva Lopes Martins,
pesquisadora que contribui nos estudos acerca da pedagogia do teatro e a sua importância
em sala de aula.

Metodologia:
Conforme algumas predisposições artísticas dos próprios alunos indicadas pela professora
Live França, cada bolsista ocupou-se em dialogar com os assuntos propostos, tal como
tendo a oportunidade de introduzir os alunos não só às noções historiográficas, mas, no
desenrolar das semanas, também o desenvolvimento de uma sensibilidade artística política.
Destaca aqui a linguagem teatral. Os encontros semanais consistiram na aplicação de
exercícios teatrais que visavam trabalhar os aspectos apresentados pelos alunos, como
insegurança, timidez e retesamento por parte de alguns e dificuldade de atenção, em ouvir e
inquietação por parte de outros. Além de contínuos debates que vinculavam a questão da
arte com a noção de discurso e os direitos humanos.
Como culminância da oficina, os alunos fizeram uma breve pesquisa acerca de alguns
líderes humanitários do século XX que participaram da luta pelos direitos humanos e a
história da conquista desses direitos. Ademais, montaram um painel de fotografias destes
líderes juntamente com frases emblemáticas dos mesmos.
Análise, resultados e impactos:

Convém observar de forma direta que, conforme definido, os alunos de cada turma
dividiram-se à cada uma das oficinas conduzidas por um bolsista a partir de seu interesse
prévio e/ou suas predisposições. Assim, houveram alunos que buscaram a oficina de teatro
com o objetivo de compreender melhor suas questões internas, outros apresentavam
afinidade e experiência com artes cênicas, e também ocorreu de ter alunos que buscaram a
oficina de teatro por não apresentar inclinações para as outras atividades encabeçadas
pelos demais bolsistas. Foi observado durante os debates que vinculavam arte como forma
de resistência e a leitura dos direitos vigentes na Constituição atual e na Declaração
Universal dos Direitos Humanos, que muitos alunos não tinham noção de que existiam tais
direitos assegurados sobre o acesso à cultura e que aquele universo artístico poderia ser
ocupado por eles. Como resultado obtemos uma melhora na desenvoltura de alunos que
apresentavam dificuldades em se expressar em público, um fortalecimento da auto estima
do educando e a abertura para uma conscientização política maior sobre si e sobre o
mundo.

Conclusão:

A partir da experiência promovida pelo programa, o projeto desenvolvido desde 2018.2 no


CIEP 200 expandiu horizontes no que tange o relacionamento entre bolsistas, alunos e
funcionários da escola, além de uma vasta reflexão sobre as estruturas sócio culturais. De
certo, essas vivências contribuíram na formação dos bolsistas como futuros docentes e
também na construção de seres mais conscientes em relação ao próximo, o contexto o qual
estamos inseridos e as dificuldades que nos cercam, tornando-nos mais críticos e
responsáveis.

Referências bibliográficas:

BARROS, José D’Assunção. O Projeto de Pesquisa em História. Petrópolis: Editora


Vozes, 2017.
MARTINS, Guaraci da Silva Lopes. O teatro educação no ensino médio. Anais VI Fórum
de pesquisa científica em arte. Curitiba, 2008-2009.
MONTEIRO, Ana Maria F. C.; PENA, Fernando. Ensino de história: saberes em lugar de
fronteira. Educação e Realidade, V. 36, P. 191-211, 2011.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora Moreira dos Santos; GARCIA, Tânia Maria F. Braga. A
Formação da consciência histórica de alunos e professores e o cotidiano em aulas de
história. Cad. Cedes, Campinas, v. 25, n. 67, p. 297-308, dez. 2005.
SCHIMITT, Rosana Mara. A Intolerância ao longo do tempo – desafios e perspectivas na
escola contemporânea. Paraná: UNESPAR, 2014.

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