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Alino da Costa Monteiro (in memoriam) • Mauro de Azevedo Menezes • Gustavo Ramos • Monya Tavares
Marcelise Azevedo • Renata Fleury • João Gabriel Lopes • Erica Coutinho • Denise Arantes
Cíntia Roberta Fernandes • Moacir Martins • Leandro Madureira • Rodrigo Torelly • Raquel Rieger
Andréa Magnani • Laís Pinto • Paulo Lemgruber • Rodrigo Castro • Verônica Irazabal • Pedro Mahin
Rafaela Possera • Milena Pinheiro • Roberto Drawanz • Renata Oliveira • Isadora Caldas • Hugo Moraes • Anne Motta
Ana Carla Farias • Marcelly Badaró • Luana Albuquerque • Amir Khodr • Andreia Mendes • Lucas Capoulade • Juliana Cazé
Bruna Costa • Silvia Santos • Hugo Fonseca • Danilo Prudente • Raquel de Castilho • Julia Araujo • Raquel Santana
Karen Couto • Camila Gomes • Tainã Gois • Fernanda Figueredo • Jaqueline Almeida • Dalila Brandão • Everton Figueiredo
Manuela Fleury

Excelentíssimo Ministro ALEXANDRE DE MORAES,


Relator da ADI nº 6200/GO perante o Supremo Tribunal Federal

Processo: ADI nº 6200/GO

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROCURADORES DO TRABALHO - ANPT,


devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, respeitosamente, por seus
advogados signatários, ante à superveniência de fatos novos, vem reiterar o seu pedido de
imediata concessão de medida cautelar na presente AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE proposta contra a Lei nº 20.514, de 16 de julho de 2019, do
Estado de Goiás, por violação aos artigos 1º, III e IV, 2º, 7º, XXII, 170, caput e VI, 196 e 225,
caput e §1º, V, da Constituição Federal, conforme adiante expõe:

1. A presente ação foi ajuizada em 19/7/2019, com o pedido de que fosse declarada
a inconstitucionalidade da Lei nº 20.514, de 16 de julho de 2019, do Estado de Goiás, tendo em
vista que o referido diploma afronta gravemente o quanto decidido pelo E. STF no julgamento
das ADIs nº 3.937/SP, 3.470/RJ, 3.357/RS, 3356/PE e 4.066/DF, bem como da ADPF nº 109/SP,
com efeito vinculante e erga omnes.

2. Conforme argumentou-se na inicial, por ocasião do julgamento das ações


mencionadas, essa Excelsa Corte reconheceu, de forma contundente “(i) o conhecimento
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Alino da Costa Monteiro (in memoriam) • Mauro de Azevedo Menezes • Gustavo Ramos • Monya Tavares
Marcelise Azevedo • Renata Fleury • João Gabriel Lopes • Erica Coutinho • Denise Arantes
Cíntia Roberta Fernandes • Moacir Martins • Leandro Madureira • Rodrigo Torelly • Raquel Rieger
Andréa Magnani • Laís Pinto • Paulo Lemgruber • Rodrigo Castro • Verônica Irazabal • Pedro Mahin
Rafaela Possera • Milena Pinheiro • Roberto Drawanz • Renata Oliveira • Isadora Caldas • Hugo Moraes • Anne Motta
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Bruna Costa • Silvia Santos • Hugo Fonseca • Danilo Prudente • Raquel de Castilho • Julia Araujo • Raquel Santana
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Manuela Fleury

científico consolidado há décadas a respeito da lesividade do amianto em todas as suas


variedades (inclusive o crisotila), bem como (ii) a inexistência de limites seguros para a
exposição ao referido minério; (iii) a existência de riscos elevados de contaminação não apenas
para os trabalhadores inseridos na cadeia produtiva, mas também para seus familiares, para as
populações circunvizinhas às minas e às fábricas e para os consumidores em geral e (iv) a
impossibilidade fática quanto à implementação de medidas de controle destinadas a eliminar o
contato com a substância em apreço”.

3. Em flagrante desafio ao referido entendimento – vinculante, diga-se –, o Estado


de Goiás editou a Lei nº 20.514, de 16 de julho de 2019, por meio da qual buscou assegurar a
continuidade da extração de amianto no município de Minaçu-GO, para acondicionamento,
transporte e exportação. Assim, dado o risco iminente de dano imediato, grave e irreparável à
comunidade local, o ora peticionante formulou pedido cautelar na presente ADI, que permanece
sem apreciação até o presente momento.

4. Ocorre que, em 11/2/2020, a ETERNIT S.A. noticiou aos seus acionistas que
retomará a exploração e beneficiamento de 24 mil toneladas de amianto em Minaçu-GO1.
No comunicado, consta que a empresa “estará processando o minério remanescente extraído
anteriormente à paralisação da mineradora, em 11/02/2019, disponível nas instalações da
SAMA, amparada na vigência da Lei do Estado de Goiás, nº 20.514, de 16/07/2019,
regulamentada pelo Decreto nº 9.518 de 24/09/2019, que autoriza, para fins exclusivos de
exportação, a extração e o beneficiamento de amianto da variedade crisotila”.

5. A ETERNIT S.A., assim, causou uma substancial modificação no estado de coisas,


gerando situação de grave insegurança jurídica e desrespeito aberto à decisão plenária do
Supremo Tribunal Federal. Configura-se doravante, indisfarçavelmente, uma circunstância de
atentado, com a desestabilização do cenário fático pendente, que permitia aguardar-se o
julgamento colegiado da matéria sem que houvesse exame monocrático do pedido liminar da
associação autora.

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https://ri.eternit.com.br/Download.aspx?Arquivo=k+8Qf4gaI/ImPliOekxDPg==
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Alino da Costa Monteiro (in memoriam) • Mauro de Azevedo Menezes • Gustavo Ramos • Monya Tavares
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Karen Couto • Camila Gomes • Tainã Gois • Fernanda Figueredo • Jaqueline Almeida • Dalila Brandão • Everton Figueiredo
Manuela Fleury

6. Desse modo, ante os relevantes fatos novos acima narrados, consistentes em


postura afrontosa e desrespeitosa às decisões do Plenário do Supremo Tribunal Federal,
acarretando risco de dano imediato grave e irreparável à saúde e à vida dos expostos ao amianto,
cujo processamento se pretende restabelecer, o ora peticionante roga pela urgente apreciação
monocrática do pedido cautelar formulado no bojo da presente ação, nos termos da inicial, com
a consequente suspensão da eficácia da Lei nº 20.514, de 16 de julho de 2019, do Estado de
Goiás, até o julgamento final da presente Ação Direta de Inconstitucionalidade.

Nesses termos, pede deferimento


Brasília, 12 de fevereiro de 2020.

Mauro de Azevedo Menezes Gustavo Teixeira Ramos


OAB/DF nº 19.241 OAB/DF nº 17.725
(procuração nos autos) (procuração nos autos)

Milena Pinheiro Martins


OAB/DF 34.360
(procuração nos autos)

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