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Luedes viana – Direito Noturno – 2º período – DIREITO PENAL I – Prof.

Hassan
DIREITO PENAL – PARTE GERAL
CÓDIGO PENAL COMENTADO

1 –INTRODUÇÃO

Talvez a primeira indagação que venha à mente quando se inicia o estudo do DIREITO PENAL
seja, a propósito, sua própria denominação. Por que DIREITO PENAL e não DIREITO CRIMINAL ou
outra denominação qualquer.
O Brasil, desde que se tornou independente, em 1822, somente utilizou a expressão Direito
Criminal uma única vez, em seu código de 1830 (Código Criminal do Império). Nos demais, passou a
adotar a denominação Código Penal para o conjunto de normas, condensadas num único diploma legal,
que visam tanto a definir os crimes, proibindo ou impondo condutas, sob ameaça de sanção para os
imputáveis e medida de segurança para inimputáveis, como também a criar normas de aplicação geral,
dirigidas não só aos tipos incriminadores nele previstos como a toda legislação penal extravagante, desde
que esta não disponha expressamente de modo contrário, conforme determina o art. 12 da nova lei geral
do Código Penal ( lei nº 7.209/84). Assim redigido.
“Art. 12. As regras gerais deste código aplicam-se aos fatos incriminados por
lei especial, se esta não dispuser de modo diverso.”
Embora façamos o estudo do um direito penal, não descartamos o uso do vocábulo criminal do
nosso sistema jurídico. Por exemplo, o local onde tramitam ações de natureza penal chama-se Vara
Criminal; o recurso interposto em virtude de uma decisão proferida por um juízo monocrático é dirigido e
submetido ao crivo de uma Câmara Criminal; o advogado que milita na seara penal é conhecido como
advogado criminalista.
Em que pese a discussão existente, a denominação Direito Penal é, ainda, a mais difundida e
utilizada.

2- Denominação – Direito criminal x Direito penal


.
Direito Criminal x Direito Penal.

DIREITO CRIMINAL : Parte da noção de crime precede a noção de pena(Salientamos a idéia


de pena).
DIREITO PENAL: Direito à liberdade

3-Conceito de direito penal:

É o ramo do direito público que define as infrações penais (crimes e contravenções penais),
estabelecendo as sanções penais (penas e medidas de segurança) aplicáveis aos infratores. Conjunto de
normas jurídicas que regulam o exercício do poder punitivo do estado , associado ao DELITO como
pressuposto A PENA como conseqüência ( Mezger).

4- CARACTERISTICAS.

4.1- Ciência cultural. Trata da relação indivíduos e a sociedade com um todo


4.2- Ciência normativa. Se ocupa do estudo do conceito de normas( deve ser) Padrões
comportamento do ser imposta pelo estado.
4.3- Ciência valorativa. É a proteção de bens, respeitando o valor
4.4- Ciência finalista. Tem como finalidade fim, a tutela jurídica.
4.5-Ciência sancionadora. Porque impõe sanções, punições a quem viola os bens jurídicos de
outros .
4.6- Pertence ao ramo do direito publico. Individuo e sociedade

5- FINALIDADE.

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A finalidade do Direito Penal é a proteção dos bens mais importantes e necessários para a própria
sobrevivência da sociedade. Só deverá intervir quando realmente necessário e quando os demais ramos do
direito não forem capazes de proteger os bens de maior importância
Nilo Batista aduz que “ A missão do direito penal é a proteção de bens jurídicos, através da
cominação, aplicação e execução da pena” A pena, portanto, é simplesmente o instrumento de coerção de
que se vale o Direito Penal para a proteção dos bens, valores e interesses mais significativos da sociedade.
Hans kelsem, criterito político- fidelidade de tutela

6- DIREITO PENAL OBJETIVO X DIREITO PENAL SUBJETIVO.

6.1 - DIREITO PENAL OBJETIVO.

É o conjunto de normas editadas pelo estado, definindo crimes e contravenções, isto é


impondo ou proibindo determinadas condutas sob ameaça de sanção ou medida de segurança, bem como
todas as outras que cuidem de natureza penal. V.g, excluindo o crime , isentando de pena, explicando
determinados tipos penais.

6.2 - DIREITO PENAL SUBJETIVO


.
A seu turno, é a possibilidade que tem o estado de criar e fazer cumprir suas normas,
executando as decisões condenatórias proferidas pelo poder judiciário. É o próprio ius puniendi.
Resumindo.
- Objetivo - conjunto de normas que define os crimes e as contravenções, bem como outras
questões de natureza penal
- Subjetivo – é o direito que o Estado tem de punir aquele que praticou a infração penal. É o ius
puniendi.

Como diz Rogério Greco, o direito penal objetivo e o direito penal subjetivo são duas faces de uma mesma
moeda, ou seja, o primeiro editando as normas e o segundo com o dever poder de o Estado exercer o seu
direito de punir conferido pelas normas por ele editadas.
Assim, podemos considerar o Direito Penal Objetivo e o Direito Penal Subjetivo como duas faces
de uma mesma moeda.

Direito Penal Objetivo, como o conjunto de normas que, de alguma forma, cuida de matéria de natureza
penal;
Direito Penal Subjetivo, como o dever-poder que tem o estado de exercer o seu direito de punir caso as
normas por ele editadas venham a ser descumpridas.

7-VISÕES DO DIREITO PENAL.

7.1- DIREITO PENAL MAXIMO. Dever atuar na menor violação do bem jurídico , para
evitar a pratica de delitos ( forma de controle da sociedade)
7.2- DIREITO PENAL MINIMO. Garantismo, intervenção mínima na vida do sujeito, Direito
penal ser chamado quando os outros ramos realmente não conseguir resolver.

PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO PENAL.

• PRINCIPIOS: Normas gerais de regência, orientação e justificação interpretativa contidas no


discurso da lei, servindo como “ alicerce” sobre o qual se assenta o ordenamento jurídico.

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PRINCIPIOS X REGRAS

O direito penal é garantista. Há uma hierarquia de normas e deve haver um respeito por partes
das leis ordinárias à CR.

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE:

“Não há crime sem lei anterior que o defina, não há pena sem prévia cominação legal”.
Tem a função de garantia do cidadão. O legislador tem que descrever exatamente a conduta
criminosa no tipo penal. No direito penal, não pode ser usada a analogia em normas
incriminadoras, salvo para beneficiar o réu. É importante salientar também que o costume não
revoga lei. De acordo com a LICC, art. 2º, somente outra lei tem o condão de revogar a lei
anterior. Daqui também podemos extrair um subprincípio, que é o princípio da
irretroatividade, ou seja, se à época da prática de um fato reprovável não existia nenhuma
previsão legal, e posteriormente o fato passou a ser considerado crime, aquele que o cometeu
não poderá ser condenado por uma lei que ainda não existia. Olha novamente a prova de um
garantismo em nosso sistema penal. Um exemplo que podemos nos utilizar é do caso do
homicídio da Daniela Perez, que na época, embora já existisse a lei de crimes hediondos, não
era considerado como tal. Posteriormente, o homicídio qualificado passou a ser considerado
hediondo, mas os condenados não foram prejudicados pela lei posterior.

Anterioridade da lei no tempo (Princípio da legalidade):

Art. 1º, CP e 5°, XXXIX, CF - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal.

a doutrina subdivide o princípio da legalidade em Subprincipio:

- princípio da anterioridade - uma pessoa só pode ser punida se, à época do fato por ela praticado,
já estava em vigor a lei que descrevia o delito; assim consagra-se a irretroatividade da norma penal,
salvo a exceção do art. 2°;

- princípio da reserva legal - apenas a lei em sentido formal pode descrever condutas criminosas;
é proibido ao legislador utilizar-se de decretos, medidas provisórias ou outras formas legislativas
para incriminar condutas

Taxatividade. Não se permite a criminalização genérica sem ser


descriminada..
Proibição de analogia. Normas proibitivas. Não há a chamada em malan
partem. Não pode acontecer a pena é impossivel

PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA

- O direito penal só deve se preocupar com os bens mais importantes e necessários à vida
em sociedade. Todo tipo penal tem um bem jurídico protegido (essa é a finalidade do direito
penal). O direito penal é um mal. Só deverá intervir quando realmente necessário e quando os
demais ramos do direito não forem capazes de proteger os bens de maior importância
-

PRINCÍPIO DA LESIVIDADE

Só vai se ocupar por condutas que tenha lesão ou perigo concreto que venha trazer lesão
ou perigo aos bens jurídicos, proibir a criminalização que não traz lesão a terceiros.

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- De acordo com Nilo Batista, o princípio da lesividade possui quatro principais funções:
-
a) Proibir a incriminação de uma atitude interna - ninguém poderá ser punido por aquilo que
pensa ou por seus sentimentos pessoais.
b) Proibir a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio autor – quer
dizer, o direito penal não pode punir condutas que não sejam lesivas a terceiros.
c) Proibir a incriminação de simples estados ou condições existenciais – ou seja, o agente deverá
ser punido por aquilo que ele fez e não por aquilo que ele é.
d) Proibir a incriminação de condutas que não afetem o bem jurídico tutelado pela norma.
Para um fato ser considerado típico, deverá agredir um bem jurídico tutelado. Deverá lesionar ou
expor a perigo um bem jurídico. Ex. Havia uma discussão quanto ao porte de arma de brinquedo,
que também era definido como crime (hoje, a antiga lei de armas encontra-se revogada). Naquela
lei, o bem jurídico tutelado era a incolumidade pública e portanto, a arma de brinquedo não teria
potencial lesivo para ofender a incolumidade pública.

PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL

Não se ocupa de atitudes internas, nem estados resistenciais.


- Tem duas funções. A primeira, a de excluir condutas socialmente aceitas pela sociedade.
A segunda, dirigida ao legislador, que busca se fazer com que ao legislar, preste atenção no que
está sendo aceito pela sociedade e ao fazer alguma reforma, retirar do ordenamento jurídico a
proteção sobre bens que já estão adaptados à evolução da sociedade. Tal tese, porém, não costuma
ser aceita, principalmente no tocante ao Jogo do Bicho, conforme Jurisprudência do STJ que se
segue

JURISPRUDÊNCIA: Jogo do Bicho – Tolerância e omissão das autoridades – Aceitação pela


sociedade – atitudes que não elidem a contravenção – Recurso especial conhecido e provido para
restabelecer a condenação – Inteligência ao art. 58 caput §1º b da Lei de Contravenções Penais.

PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE
- conseqüência do princípio da intervenção mínima. O direito penal não deve ser
preocupar com todas as condutas, apenas com as mais lesivas. Ele fragmenta as ofensas aos bens
jurídicos e se ocupa com as mais graves
-
PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE

- Tal princípio, pelo direito penal moderno, determina que não pode haver
responsabilidade sem culpa, ou seja, é impossível que para o direito penal haja punição sem que
se busque o elemento subjetivo, ou seja, o dolo ou a culpa do agente. Apenas no caso de
embriaguez que há um resquício de responsabilidade penal objetiva – existe uma teoria - chama-
se teoria da actio libera in causa (que nós vamos ver mais posteriormente), que o agente
embriagado vai responder pelo fato porque ele vai retroagir ao momento que ele não estava
bêbado. No direito penal não há mais que se falar em responsabilidade penal objetiva, ou seja,
crime sem culpa.

PRINCÍPIO DA HUMANIDADE

Veda para o poder punitivo estatal, a aplicação de penas cruéis e infames, como a pena
capital e a prisão perpétua, como sanções que venham a atingir a dignidade da pessoa humana.
Tal princípio não só deverá se adequar a aplicação da pena como ao seu cumprimento,
recomendando que a execução penal seja adequada a ressocialização dos condenados e não a sua
degradação. “A idéia de humanização das penas criminais tem sido uma reivindicação constante
no perpassar evolutivo do Direito Penal. Das penas de morte e corporais, passa-se de modo
progressivo, às penas privativas de liberdade e destas às penas alternativas (multa, prestação de
serviços a comunidade, interdição temporária de direitos, limitação de fim de semana)”.

PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL

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Uma lei não alcança fatos ocorridos antes ou depois de sua vigência, consagrando então
o princípio do tempus regit actum. Contudo o princípio da irretroatividade da lei penal vigora
somente em relação a lei mais severa, admitindo a retroatividade da lei mais favorável, em
conformidade com a Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, inc. XL, “a lei penal não
retroagirá, salvo para beneficiar o réu”.

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA

O direito penal só vai se ocupar de lesões significativas ao bem jurídico.


Também é um complemento do princípio da intervenção mínima. O direito penal só deve
intervir quando houver conseqüências realmente relevantes: ex. uma pessoa, ao sair de casa com
pressa entra em seu carro e quando sai da garagem, esbarra com o espelho retrovisor em um
pedestre, que sofre um pequeno arranha. Ora, mesmo ele tendo agido com imprudência, será que
seria necessário que fosse processado por crime de lesão corporal culposa? Pelo princípio da
insignificância, a ofensa ao bem jurídico tutelado foi desprezível. Mas deve ser levado em
consideração o caso concreto. Posteriormente, ao estudarmos tipo e tipicidade, voltaremos a ver
esse princípio.
Jurisprudência:

PENAL. RECURSO ESPECIAL. DESCAMINHO. TRIBUTO DEVIDO EM VALOR


INFERIOR A R$ 1.000,00 . PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.
I - A lesividade da conduta, no delito de descaminho, deve ser
tomada em relação ao valor do tributo incidente sobre as mercadorias
apreendidas.
II - Aplica-se o princípio da insignificância se o valor do tributo
for inferior a R$ 1.000,00 (mil reais), mínimo exigido para a
propositura de uma execução fiscal (Lei 9.469/97). Precedentes.
Recurso desprovido.

Fontes do direito penal: é o lugar de onde provém à norma.

ESPÉCIES – Sujeito ou órgão de onde emanam as normas penais(edição, criação), meios ou modo que se
externisa a vontade jurídica. Partindo da lição do renomado mestre argentino( Fontán Balestra), podemos
dividir as fontes do direito penal em:
a- fontes de produção: (material)
b- fontes de cognição ou de conhecimento:(forma)
a- imediata;
b- mediatas.

- Fontes de produção ou substancial (materiais) (– é o Estado, já que compete á União legislar sobre
direito penal (art. 22, I, CF).
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do
trabalho

- Fontes de cognição ou conhecimento (formais)


- imediata: são as leis penais.
- os dispositivos penais se classificam da seguinte forma:

normas penais incriminadoras – são aquelas que definem infrações (preceito primário)
e fixam as respectivas penas (preceito secundário).

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normas penais incriminadoras permissivas – são as que prevêem a licitude ou a
impunidade de determinados comportamentos, apesar de estes se enquadrarem na descrição
típica; podem estar na Parte Geral (arts. 20 a 25 etc.) ou na Parte Especial (arts. 128, 142 etc.).

normas penais incriminadoras finais, complementares ou explicativas – são as que


esclarecem o significado de outras normas ou limitam o âmbito de sua aplicação; podem estar na
Parte Geral (arts. 4°, 5°, 7°, 10 a 12 etc.) ou na Parte Especial (art. 327 etc.).

- mediata:
- costumes – conjunto de normas de comportamento a que as pessoas obedecem de
maneira uniforme e constante pela convicção de sua obrigatoriedade; não revoga a lei,
mas serve para integrá-la, uma vez que, em várias partes do CP, o legislador utiliza-se
de expressões que ensejam a invocação do costume para se chegar ao significado
exato do texto - exs.: reputação (art. 129), dignidade e decoro (art. 140), inexperiência
e justificável confiança (art. 217), mulher honesta (arts. 215 e 219), ato obsceno (art.
233) etc.; ele também não cria delitos, em razão do princípio constitucional da
reserva legal, segundo o qual “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena
sem prévia cominação legal” (art. 5°, XXXIX, CF; art. 1°, CF)

- princípios gerais de direito – são princípios que se fundam em premissas éticas


extraídas do material legislativo - ex. princípio da insignificância.

NORMAS PENAIS EM BRANCO

São normas que tem necessidade de complementação para que se possa compreender o âmbito de
aplicação de seu preceito primário. Ou seja, para entender exatamente o que se quer, há necessidade de
outro diploma legal para complementar, lei, decreto, portaria, resolução. Sem esse complemento, não é
possível sua aplicação.
Um exemplo que podemos pegar é o da substância entorpecente prevista no art. 33 da Lei
11.343/06. O art. fala em determinação legal ou regulamentar. A lei 11.343 não define o que vem a ser
substância entorpecente. Sempre que precisarmos buscar uma outra lei para definir alguma coisa descrita
no tipo penal, estaremos diante de uma norma penal em branco. Para definirmos substância entorpecente,
há necessidade de uma Portaria expedida pela ANVISA para complementar o preceito primário da norma
penal. A norma penal é dita como em branco porque o seu preceito primário precisa de complementação.
As normas penais em branco podem ser:

- Homogêneas ou em sentido amplo – ou seja, ou mesmo diploma irá


complementá-la – ex.: art. 237 do CP fala de impedimento. As causas de
impedimento que cause nulidade absoluta para o casamento estão previstas
no Código Civil. A fonte de produção do Código Civil é a mesma fonte de
produção do Código Penal, ou seja, o Congresso Nacional.
- Heterogêneas ou em sentido estrito – o complemento é editado por fonte de
produção diferente. Ou seja, o exemplo da substância entorpecente, que edita
a norma é a ANVISA, através uma Portaria. A ANVISA é um órgão do
Ministério da Saúde e a Lei 11.343/06 foi editada pelo Congresso Nacional.

Essa norma heterogênea, por não ter seu complemento produzido por Lei não estaria ofendendo o princípio
da legalidade? No fundo, haveria sim uma ofensa, uma vez que quem estaria legislando seria incompetente
para tal, ofendendo, portanto, o art. 22, I da CR, pois somente a União estaria autorizada a legislar sobre
matéria penal. Porém, ainda prevalece que as normas penais em branco são constitucionais.

INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL

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CONCEITO.
Interpretar é buscar o efetivo alcance da norma. É procura descobrir aquilo que ela tem a nos
dizer com a maior precisão possível. Designa a atividade consistente em se descobrir o real sentido da
norma penal, seu significado seu exato alcance.

ESPECIES DE INTERPRETAÇÃO.
Lei penal:

- características:

- exclusividade – somente a norma penal define crimes e comina penas (princípio da


legalidade).

- imperatividade – a norma penal é imposta a todos, independentemente de sua vontade.

- generalidade – a norma penal vale para todos (“erga omnes”).

- impessoalidade – a norma penal é abstrata, sendo elaborada para punir acontecimentos


futuros e não para punir pessoa determinada.

- interpretação: tem por finalidade buscar o exato significado da norma penal.

A interpretação pode ser distinguida quanto ao órgão pelo:


- Sujeito de que emana,
- Meios, que são utilizados para alcançá-la e,
- Resultados, obtidos.

A- QUANTO AO SUJEITO
A interpretação quanto aos sujeito que a realiza, pode; ser:
a) Autêntica. { contextual;
posterior
b) Doutrinaria;
c) Judicial.
- INTERPRETAÇÃO AUTÊNTICA. A interpretação realizada pelo próprio texto legal,
em determinadas situações, o legislador, com a finalidade de esclarecer quaisquer duvidas quanto a este
ou aquele tema, resolve, ele próprio no corpo da Lei. Fazer a sua própria interpretação. O próprio
legislador interpreta a norma e ele o faz mediante o esclarecimento de outra norma que visa o
esclarecimento da lei anterior , é chamada de lei ou norma interpretativa. É a única ao lado sumula
vinculante que só o STF pode editar aprovada pelos ministros com votos de 2/3 mais ou menos 08
ministros no total de 11
A interpretação autêntica, ainda pode ser considerada:
a) Contextual;
b)posterior.
Autêntica Contextual- É a interpretação realizada no mesmo momento em que
é editado o diploma legal que se procurar interpretar. Como exemplo da interpretação
autêntica contextual . art. 327 CP. Que defini o conceito de funcionário no mesmo
instante que previa no corpo do código os crimes que para sua configuração exigiam essa
especial qualidade, procurando evitar, dessa forma qualquer interpretação tendente a
modificar aquilo que realmente se pretendia alcançar.
Autêntica Posterior – È a interpretação realizada pela lei, após a edição de um diploma
legal anterior. Surge a interpretação autêntica posterior para afastar qualquer dúvida de
interpretação existente quanto a um outro diploma legal já editado anteriormente. Para dirimir a
incerteza ou obscuridade da lei anterior.
-
- INTERPRETAÇÃO DOUTRINÁRIA – É aquela realizada pelos estudiosos do Direito os
quais, comentando sobre a lei que se pretende interpretar emitem suas opiniões. É a chamada communis
opinio doctorum, quando maior for o seu conhecimento acerca da lei penal, maior será o reconhecimento

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da sua interpretação. A interpretação doutrinária, embora seja extremamente importante para que as falhas
e os acertos da lei possam ser apontados, não é de obediência obrigatória.
- INTERPRETAÇÃO JUDICIAL – É a realizada pelos aplicadores do Direito, ou seja, pelos
juízes de primeiro grau e magistrados que compõem os tribunais. Por intermédio de suas decisões,
aplicando-a na solução de casos concretos que lhes são apresentados.
Obs. Somente devemos falar em interpretação judicial ou jurisprudencial com relação
àquela que é levada a efeito intra-autos, ou seja no bojo de um processo judicial. Se ministros do STF ou
do STJ emitirem opiniões, interpretando a lei penal em palestras, congressos, etc., jamais devemos
considerar como interpretação de natureza judicial. Mesmo que seja precedida pela maior autoridade
judiciária, se for realizada e extra-autos, sendo documentada, será uma interpretação doutrinaria.

B- QUANTO AOS MEIOS


Quanto aos meios empregados, a interpretação pode ser:
a) Gramatical ou literal;
b) Lógica ou teleológica ;
c) Sistêmica ou sistemática.

INTERPRETAÇÃO GRAMATICAL OU LITERAL – É aquela que se preocupa,


simplesmente, em saber o real e efetivo significado das palavras. O intérprete, obrigatoriamente, deve
buscar o verdadeiro sentido e alcance das palavras, para que se possa dar inicio ao seu trabalho (Leva-se
em conta o sentido literal da palavra).
INTERPRETAÇÃO LÓGICA OU TELEOLÓGICA – O interprete busca a finalidade
da Lei, aquilo ao qual ela se destina regular. “ a interpretação lógica ou teleológica consiste na indagação
da vontade ou intenção realmente objetivada na lei e para cuja revelação é muitas vezes, insuficiente a
interpretação gramatical” . A interpretação lógica ou teleológica busca, portanto, os fins propostos pela
lei.
INTERPRETAÇÃO SISTÊMICA OU SISTEMÁTICA – É aquela que analisa o
dispositivo legal no sistema no qual ele está contido, e não de forma isolada. Interpreta-se com os olhos
voltados para o todo, e não somente para as partes.
C) QUANTO AOS RESULTADOS-
Quanto aos resultados, a interpretação poder ser:
a) Declaratória;
b) Extensiva;
c) Restritiva;
d) Analógica.
INTERPRETAÇÃO DECLARATÓRIA- O intérprete não amplia nem restringe o seu
alcance, apenas declara a vontade da lei. Ex. art. 141, III, CP, o qual preceitua que as penas cominadas
para os crimes de calúnia, difamação e injuria serão aumentada de um terço se qualquer dos crimes for
praticado na presença de varias pessoas. Ao interpretarmos várias, chegamos a conclusão de que o
Código exige, pelos menos três pessoas, isto porque a quando contenta com apenas duas, ela o diz
expressamente como no caso do art. 155 § 4º, IV, e no caso de quatro pessoas como art. 146,§ 1º e art.
288. Então concluímos que inciso III do art. 141 e meramente declaratória, pois que não ampliamos nem
restringimos o seu alcance, mas simplesmente declaramos o seu real conteúdo.
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA – È para que se possa conhecer a exata amplitude
da lei, o intérprete necessita alargar o seu alcance, haja vista ter aquela dito menos do que
efetivamente pretendia ( Lex minus dixit quam voluit). Ex. art. 235 CP, quando diz proibir a bigamia,
quis de maneira implícita, também abranger a poligamia, se não, era crime casar apenas com duas
mulheres(bigamia) e não com mais de duas mulheres (poligamia)
INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA – É aquela em que o interprete diminui, restrige o
alcance da lei, uma vez que esta, à primeira vista, disse mais do que efetivamente pretendia diz ( Lex
plus dixit quam voluit). Buscando dessa forma, apreender o seu verdadeiro sentido. EX. art. 28, inciso
II, que preconiza que a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substancia de efeitos
análogos não exclui a imputabilidade penal. No caso analisado fazendo menção a embriaguez
voluntária ou culposa, o artigo não quis referir-se a chamada embriaguez patológica , uma vez que
esta se encontra abrangida pelo caput do art. 26 do CP, e não pelo art. 28 do CP. Dessa forma,
devemos diminuir o alcance da norma contida no art. 28, II, desta forma restrige a sua aplicação
quando o caso for embriaguez patológica.

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INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA – É a interpretação da norma extensiva especial, e
aplicação da mesma a hipótese semelhante a nela prevista. Por não poder prever todas as situações
que poderiam ocorrer na vida em sociedade, e que seriam similhares àquelas por ele já elencadas,
permitiu a utilização de um recurso que amplia o alcance da norma penal. Ex, art. 121, § 2º, III CP,
“ Se o homicídio é cometido com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia,
tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar comum”
Quando o legislador fez inserir as expressões “ ou por outro meio insidioso ou cruel, ou de que
possa resultar perigo comum” (fórmula casuística). quis ele dizer que qualquer outro meio
dissimulado ou que cause excessivo sofrimento à vitima, bem como aquele que possa trazer uma
situação de perigo a um numero indeterminado de pessoas, embora não elencados expressamente por
esse inciso, estão também por ele abrangidos e em virtude disso, qualificam o crime hediondo.
Como diferenciar interpretação analógica, da interpretação extensiva em sentido estrito?
Se para abranger situações não elencadas expressamente no tipo penal, o legislador nos fornecer uma
fórmula casuística, seguindo de uma formula genérica, faremos uma interpretação analógica.
Se embora o legislador não nos tenha fornecido um padrão a ser seguido,
tivermos de ampliar o alcance do tipo penal a fim de alcançar hipóteses não previstas expressamente,
mas desejada, faremos uma interpretação extensiva em sentido estrito.

Resumo da interpretação
- interpretação: tem por finalidade buscar o exato significado da norma penal.

A interpretação pode ser distinguida quanto ao órgão pelo:


- Sujeito de que emana,
- Meios, que são utilizados para alcançá-la e,
- Resultados, obtidos.

- quanto ao sujeito que interpreta a lei:


- autêntica – é dada pela própria lei, a qual, em um dos seus dispositivos, esclarece
determinado assunto - ex.: conceito de funcionário público existente no art. 327.
- doutrinária – é feita pelos estudiosos, professores e autores de obras de direito,
através de seus livros, artigos, conferências, palestras etc.
- judicial – é feita pelos tribunais e juízes em seus julgamentos.

- quanto ao modo:
- gramatical – leva em conta o sentido literal das palavras contidas na lei.
- teleológica – busca descobrir o seu significado através de uma análise acerca dos
fins a que ela se destina.
- histórica – avalia os debates que envolveram sua aprovação e os motivos que
levaram à apresentação do projeto de lei.
- sistemática – busca o significado da norma através de sua integração com os demais
dispositivos de uma mesma lei e com o sistema jurídico como um todo.

- quanto ao resultado:
- declarativa – quando se conclui que a letra da lei corresponde exatamente àquilo
que o legislador quis dizer.
- restritiva – quando se conclui que o texto legal abrangeu mais do que queria o
legislador (por isso a interpretação irá restringir seu alcance).
- extensiva – quando se conclui que o texto da lei ficou aquém da intenção do
legislador (por isso a interpretação irá ampliar sua aplicação).

ANALOGIA
É uma forma de auto-integração da norma, consistente em aplicar a uma hipótese não prevista em
lei a disposição legal relativa a um caso semelhante.

Lacunas da lei penal: as normas penais também apresentam lacunas que devem ser preenchidas

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pelos recursos supletivos para o conhecimento do direito (analogia, costumes e princípios gerais do direito;
LICC, art. 4º); não possuem lacunas as normas penais incriminadoras, em face do princípio da reserva
legal; as normas penais não incriminadoras, porém, em relação as quais não vige aquele princípio, quando
apresentarem falhas ou omissões, podem ser integradas pelos recursos fornecidos pela ciência jurídica.

Interpretação analógica (“intra legem”): é possível quando, dentro do próprio texto legal, após uma
seqüência casuística, o legislador se vale de uma fórmula genérica, que deve ser interpretada de acordo
com os casos anteriores - ex.: o crime de “estelionato”, de acordo com a descrição legal, pode ser
cometido mediante artifício, ardil ou “qualquer outra fraude”; o art. 28, II, estabelece que não exclui o
crime a embriaguez por álcool ou por “substâncias de efeitos análogos”.

Analogia: consiste em aplicar a uma hipótese não prevista em lei (lacuna da lei) a disposição relativa a um
caso semelhante - ex.: o legislador, através da lei A, regulou o fato B; o julgador precisa decidir o fato C;
procura e não encontra no direito positivo uma lei adequada a este fato; percebe, porém, que há pontos de
semelhança entre o fato B (regulado) e o fato C (não regulado); então, através da analogia, aplica ao fato C
a lei A; é forma de integração da lei penal e não forma de interpretação; em matéria penal, ela só pode ser
aplicada em favor do réu (analogia “in bonam partem”), e ainda assim se ficar constatado que houve mera
omissão involuntária (esquecimento do legislador) - ex.: o art. 128, II, considera lícito o aborto praticado
por médico “se a gravidez resulta de estupro” e a prática abortiva é precedida de consentimento da
gestante, ou, quando incapaz, de seu representante legal; sendo ela resultante de “atentado violento ao
pudor”, não há norma a respeito, sendo assim, aplica-se a analogia “in bonam partem”, tornando a
conduta lícita.

NATUREZA JURIDICA – Forma de auto-integração da lei (não é fonte mediata do direito)


Analogia “in bonan partem” – É aquela que é mais benéfica o individuo.
Analogia “in malan partem” – É aquela que prejudica o individuo.
Emprego da analogia- Quando se inicia o estudo da analogia em Direito Penal,
devemos partir da seguinte premissa: É terminantemente proibido, em virtude do principio da
legalidade, o recurso à analogia , quando esta for utilizada de modo a prejudicar o agente( Malan
partem), seja ampliando o rol de circunstâncias agravantes, seja ampliando o conteúdo dos tipos
penais incriminadores a fim de abranger hipóteses não previstas expressamente pelo legislador.

Vacatio legis – É o período que medeia a publicação da lei e a sua entrada em vigor ( sua
possível aplicação) Prazo 45 dias se não houver disposição em contrário.

Quais são as especies de revogação da norma penal


Expressa ou tácita

Revogação é expressão genérica que traduz a idéia de cessação da existência de regra obrigatória, em
virtude de manifestação, nesse sentido, do poder competente; compreende:
a derrogação (revogação parcial), quando cessa em parte a autoridade da lei; e a
ab-rogação (rev. total), quando se extingue totalmente; a revogação poder ser expressa (quando a lei,
expressamente, determina a cessação da vigência da norma anterior)
Revogação tácita (quando o novo texto, embora de forma não expressa, é incompatível com o anterior ou
regula inteiramente a matéria precedente

Lei penal no tempo


EFICACIA DA LEI PENAL NO TEMPO. Só surtirá efeito a que está vigente na época do fato.
Tempus Regis actum
PRINCIPIOS IRRETROATIVIDADE - Uma lei penal posterior, estabelece um crime menos
grave e que, por ser mais benéfica, alcança fatos passados, ainda que já tenha uma sentença transitada em
julgado. Só não terá aplicação da lei nova se o agente já tiver cumprido a pena.

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PRINCIPIO DA EXTRA-ATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS BENEFICA: É a capacidade que a lei
penal tem de se movimentar no tempo. Ela pode regular fatos ocorridos durante a sua vigência se já tiver
sido revogada bem como poderá retroagir a situações anteriores à sua vigência, desde de que favoráveis ao
réu.
Ultra-atividade: a lei, mesmo depois de revogada, continua regulando fatos ocorridos na sua vigência.
Então, um ótimo exemplo que podemos pegar de ultra-atividade está no caso do homicídio qualificado
(previsto no art. 121 §2º). homicídio
Tal crime somente se transformou em hediondo a partir de 1994. Então, o da Daniela Perez, embora tenha
sido qualificado, aos réus não pode ser aplicada essa lei, porque no tempo do crime, o homicídio
qualificado não era considerado crime hediondo.
: não retroagirá (irretroativa), salvo para beneficiar o réu.
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Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em
virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

§ único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores,
ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.

Art. 5°, XL, CF – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu
TEMPO DO CRIME -
Nosso raciocínio partirá sempre do chamado tempo do crime. Inicialmente, vamos estudar as teorias que
tratam de tempo do crime: VER ART. 3º CP
a) Teoria da atividade – para essa teoria, o tempo do crime é o momento da ação ou da omissão,
ainda que outro seja o do resultado. Essa é a teoria adotada pelo Código Penal. Tempus regit
actum
b) Teoria do resultado – aqui, o tempo do crime seria o do momento do resultado
c) Teoria da ubiqüidade – o tempo do crime será o da ação ou omissão, bem como o momento do
resultado.

É importante se reconhecer o tempo do crime para que se possa saber qual a norma penal será aplicada,
bem como para reparar quanto à menoridade. Ex.: A , na véspera de completar 18 anos atira em B, que
falece no dia seguinte, quando A completa 18 anos. A, por ser menor, não comete crime, uma vez que o
tempo do crime é o da ação ou omissão.

Tempo do crime: o CP adotou a teoria da atividade; não se confunde tempo do crime com momento
, que, nos termos do art. 14, I, ocorre quando se reúnem todos os elementos de sua definição legal; a
importância da definição do tempo do crime tem que ver, por ex., com a definição da norma penal a ser
aplicada, no reconhecimento ou não da menoridade do réu etc.
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Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado.
Lei penal no espaço:

- lugar do crime: o CP adotou a teoria da ubiqüidade, segundo a qual o lugar do crime é tanto o da
conduta quanto o do resultado; o CPP, ao contrário, adotou como regra para a fixação da competência a
que estabelece ser competente o foro (comarca) no qual o crime se consumou (art. 70) - teoria do
resultado.
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Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte,
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
CONFLITOS DE LEIS PENAIS NO TEMPO.

Novatio Legis e Abolitio Criminis

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Novatio Legis – como o próprio nome diz, é lei nova . Pode ser:
Novatio legis in pejus, ´E aquela que contém algum dispositivo que prejudique o agente; ou
Novatio legis in mellius, é a lei posterior que de qualquer forma beneficie o agente.É aquela que
beneficia a situação do agente.
Então, como vimos, a in pejus só será aplicada a partir de sua publicação. A in mellius irá retroagir.
Novatio legis incriminador – Lei posterior que prevê como crime, e que era penalmente irrelevante pela
anterioridade.

Abolitio Criminis – A lei posterior que deixar de considerar como crime um fato na lei anterior. Quando a
conduta deixa de ser crime. Recentemente houve uma abolitio criminis. Foi com relação à arma de
brinquedo (art. 10 da Lei 9437 – trazia como crime o porte da arma de brinquedo). A lei nova, o estatuto
do desarmamento, não mais criminalizou tal conduta. Ocorreu, portanto, a abolitio criminis. Art. 2º do
Código Penal. Também todos os efeitos penais da sentença condenatória, permanecendo apenas os efeitos
civis. (o nome do agente deve ser retirado do rol dos culpados, não pode se considerar para fins de
reincidência, nem mesmo maus antecedentes). Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei
posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória. (Redação dada pela Lei 7209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores,
ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. (Redação dada pela Lei 7209, de
11.7.1984)

Lei intermediaria- Que não vigora na pratica do crime, nem no momento do nem da decisão do letigio.
(ultra-atividade e retroatividade)
Combinação de leis – É possibilidade de um juiz aplicar quanto da sentença parte de uma lei e parte de
outra lei, no caso concreto, quando for mais benefica.

Lei excepcional: é aquela feita para vigorar em épocas especiais, como guerra, calamidade etc. (é
aprovada para vigorar enquanto perdurar o período excepcional).

Lei temporária: é aquela feita para vigorar por determinado tempo, estabelecido previamente na própria
lei.

* são leis ultra-ativas (não retroagem), pois regulam atos praticados durante sua vigência, mesmo após sua
revogação.

Lei excepcional ou temporária (Incluído pela Lei 7209, de 11.7.1984)

Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. (Redação dada pela
Lei 7209, de 1984

A lei penal no espaço

Lugar do crime – são as mesmas teorias para o tempo do crime. Porém, em se tratando de lugar do
crime, o Código Penal, no seu art. 6º adota a teoria da ubiqüidade – o lugar do crime é o lugar tanto da
conduta quanto do resultado. Isso é importante quando estamos diante de crime cometido no estrangeiro,
com o resultado no Brasil e vice e versa, pois determina a competência da justiça brasileira para qualquer
hipótese, impedindo que o crime fique impune.

Principio da Territorialidade

Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional,
ao crime cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei 7209, de 1984)

§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e


aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem,

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bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. (Redação dada pela Lei 7209, de 1984)

§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no
espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.(Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 1984

Extraterritorialidade da lei penal

extraterritorialidade preocupa-se com a aplicação da lei brasileira ‘as infrações cometidas em países
estrangeiros. Pode ser :
a)condicionada ou
b)incondicionada.

Incondicionada:como o próprio nome diz, quando não houver qualquer condição. São as hipóteses
previstas no CP Art. 7º I.- Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação
dada pela Lei 7209, de 1984)
I - os crimes: (Redação dada pela Lei 7209, de 11.7.1984)
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei 7209, de 1984)
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de
Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder
Público; (Incluído pela Lei 7209, de 1984)
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído pela Lei 7209, de 1984)
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei 7209, de 1984)

condicionada requer que sejam preenchidas determinadas condições – art. 7 º II e §3º.


Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei 7209, de
1984)
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei 7209, de 1984)
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei 7209, de 1984)
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em
território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei 7209, de 1984)
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil,
se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei 7209, de 1984)
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei 7209, de 1984)
b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei 7209, de 1984)

Princípios norteadores:
Princípio da defesa, real ou proteção: prevalece a lei referente à nacionalidade do bem jurídico lesado –
art. 7º I a, b, c, d Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada
pela Lei 7209, de 1984)
I - os crimes: (Redação dada pela Lei 7209, de 11.7.1984)
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei 7209, de 1984)
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de
Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder
Público; (Incluído pela Lei 7209, de 1984)
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído pela Lei 7209, de 1984)
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei 7209,
de 1984)

Princípio da universalidade– art. 7º I d II a – todo país pode punir qualquer crime, seja qual for a
nacionalidade de quem o cometeu Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no
estrangeiro: (Redação dada pela Lei 7209, de 1984)

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I - os crimes: (Redação dada pela Lei 7209, de 11.7.1984)
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei 7209, de 1984)
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei 7209, de 1984)
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado
no estrangeiro.(Incluído pela Lei 7209, de 1984)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
(Incluído pela Lei 7209, de 1984)

Princípio da personalidade ativa: aplica-se a lei brasileira ao autor do crime, qualquer que seja o local da
infração, se ele for brasileiro – art. 7º II b
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei 7209, de
1984)
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei 7209, de 1984)

Princípio da bandeira ou representação: é o previsto no art. 7º, II, c


Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei
7209, de 1984)
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando
em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei 7209, de 1984)

Principio da personalidade passiva: art.º 7º§ 3 CP


Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei
7209, de 1984)
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do
Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei 7209, de 1984)
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei 7209, de 1984)
b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei 7209, de 1984)

LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS

1. IMUNIDADES DIPLOMÁTICAS

Como visto, o princípio da territorialidade não é absoluto, pois há casos de crimes cometidos em
nosso território que não se sujeitam à aplicação da lei penal brasileira: são as prerrogativas dadas a
pessoas que exercem determinadas funções, e essas imunidades decorrem tanto do
Direito Internacional (imunidades diplomáticas), quanto do
Direito Constitucional (imunidades parlamentares e do advogado).

A imunidade diplomática é concedida ao agente diplomático que pratique crime em nosso território em
verdade, ela não significa isenção de crime, pois o agente pode ser submetido a julgamento pelo Estado
acreditante, mas exclusão da jurisdição brasileira. Funda-se nas práticas de respeito e cortesia,
indispensáveis para a convivência harmoniosa entre os povos.

São imunes :
 o embaixador ou agente diplomático,
 os familiares
 as pessoas que exercem função diplomática (mesmo que brasileiras),
 bem como os abrigados ou asilados no espaço físico da legação, seus documentos e
correspondência.
Não são imunes
 os empregados particulares (mesmo que estrangeiros) e
 o pessoal não oficial da missão diplomática que não represente o país estrangeiro, como os
cônsules.

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IMUNIDADES PARLAMENTARES

Existem para o bom exercício das funções públicas dos parlamentares e englobam duas espécies de
imunidades:
 Imunidade material (substantiva ou absoluta) é a inviolabilidade na manifestação de
pensamento, que significa que os deputados federais e senadores são invioláveis por suas
palavras, votos e opiniões, isto é, não cometem "crimes de palavras" (art. 53, caput, CF). Muito se
discute sobre a natureza jurídica da imunidade material: para Pontes de Miranda e Nelson
Hungria, é causa excludente de crime; para Heleno Fragoso, é causa pessoal de exclusão de pena;
para Damásio de Jesus, é causa funcional de exclusão ou isenção de pena; para Magalhães
Noronha, é causa de irresponsabilidade.
Inicia-se com a diplomação do parlamentar e perdura até o fim do mandato, sendo que, após este
não pode ser processado pelo suposto crime de opinião praticado durante o mandato, é
irrenunciáve
e, segundo o STF, deve haver liame entre o pensamento manifestado e as funções do congressista
Também se estende aos vereadores dentro da circunscrição territorial do município e aos
deputados
estaduais, dentro dos seus respectivos estados (arts. 27, §1o e 29, VIII, ambos da CF).

 Imunidade formal (processual ou relativa). Já a imunidade processual significa que os


parlamentares não podem ser processados por crimes comuns sem prévia licença da Casa
respectiva, nem podem ser presos, salvo flagrante de crime ina-
fiançável, quando, então, os autos deverão ser remetidos, dentro de vinte e quatro horas, para a
respectiva Casa, para que, pelo voto secreto da maioria absoluta de seus membros, delibere a
respeito da prisão e da formação de culpa (art. 53, §§ 1º e 3º , CF). De salientar-se que o
indeferimento do pedido de licença ou a sua não apreciação suspende o prazo prescricional. Tais
prerrogativas se estendem também para os deputados estaduais no âmbito territorial de seus
estados, mas não para
os vereadores.
 Imunidade do advogado: Apenas a título de complementação, igualmente o exercício
da advocacia, considerado pela CF como indispensável à administração da justiça, está
resguardado pela inviolabilidade profissional (art. 133 CF), nos limites da lei (art. 142, I, CP).

Conflito aparente de normas: é quando existe uma pluralidade de normas regulando um mesmo fato
criminoso, sendo que, na realidade, apenas uma delas é aplicável;
Pressuposto para que haja um conflito aparente de normas
a- unidade de fato: pratica de um só crime;
b- Pluralidade de normas: tem que haver duas ou mais normas que aplicam ao agente no caso concreto
que esteja vigendo no mesmo momento.
c- Aparentemente aplicação de todas as normas. É preciso que estas normas estejam vigorando no
momento.
d- Efetiva aplicação de uma delas: e no caso concreto apenas uma delas seja aplicada

Para saber qual das normas deve ser efetivamente aplicada ao fato concreto, dentre as aparentemente
cabíveis, torna-se necessário recorrer aos princípios que solucionam a questão, são eles:

Conceito de norma especial

- princípio da especialidade – diz-se que uma norma penal incriminadora é especial em relação à
outra, geral, quando possui em sua definição legal todos os elementos típicos desta, e mais alguns, de
natureza objetiva ou subjetiva, denominados especializantes, apresentando, por isso, um minus ou
um plus de severidade (“lex specialis derogat generali”) - ex.: a norma que define o “infanticídio” é
especial em relação à que descreve o “homicídio”, que é geral; o dispositivo que trata do “roubo
simples” é geral, o que trata do “latrocínio” é especial.

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-Norma primaria- Mais ampla e traz um maior grau de gravidade de violação do bem jurídico
tutelado.

- princípio da subsidiariedade – há relação de primariedade e subsidiariedade entre normas quando


descrevem graus de violação do mesmo bem jurídico, de forma que a infração definida pela
subsidiária, de menor gravidade que a da principal, é absorvida por esta: “lex primaria derogat legi
subsidiariae”.

o subsidiariedade expressa (ou explícita): ocorre quando a norma, em seu próprio


texto, subordina a sua aplicação à não-aplicação de outra, de maior gravidade punitiva
(ex.: o art. 132, após descrever em seu preceito primário o crime de “perigo para a vida
ou saúde de outrem”, impõe no preceito secundário a pena de detenção, de 3 meses a 1
ano, “se o fato não constitui crime mais grave”).

o subsidiariedade tácita (ou implícita): ocorre quando uma figura típica funciona como
elementar ou circunstância legal específica de outra, de maior gravidade punitiva, de
forma que esta exclui a simultânea punição da primeira (o crime de “dano” é subsidiário
do “furto qualificado pela destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da
coisa”; a “ameaça” é crime famulativo do “constrangimento ilegal”; o
“constrangimento ilegal” é subsidiário de todos os crimes que têm como meios
executórios à violência física e a grave ameaça, como o “aborto de coacta”, a “violação
de domicílio qualificada”, a “extorsão”, o “dano qualificado”, o “estupro” etc.).

- princípio da consunção – ocorre à relação consuntiva, ou de absorção, quando um fato definido


por uma norma incriminadora é meio necessário ou normal fase de preparação ou execução de outro
crime, bem como quando constitui conduta anterior ou posterior do agente, cometida com a mesma
finalidade prática atinente àquele crime.

- o crime de dano absorve o de perigo (crime progressivo).

- o crime de “seqüestro” é absorvido pela “redução de alguém a situação análoga à de


escravo” (crime progressivo).

Progressão criminosa em sentido estrito: - Ao praticar um crime menos grave, resulta em


um mais grave.
Ex o agente inicialmente quer apenas lesionar a vítima e, durante a execução do crime de
“lesões corporais”, altera o seu dolo e resolve matá-la, responderá apenas pelo “homicídio
doloso” (progressão criminosa em sentido estrito).

Ante fato impunível “antefactum” impunível). Quando um crime menos grave, for meio de
execução de um crime mais grave.

- A arromba uma casa desabitada; lá penetra e leva consigo móveis de alto valor; A
responderá apenas por “furto qualificado” e não também pelo crime de “dano” nem o de
“violação de domicílio” (crime progressivo).

- subtrair uma folha de cheque em branco para preenchê-lo e, com ele, cometer um
“estelionato” (progressão criminosa - “antefactum” impunível).

-
Pós-fato impunível “postfactum” impunível: Quando agente lesiona o bem jurídico e em
seguida, causa nova ao mesmo bem jurídico Ex: o sujeito subtrai uma bicicleta e depois a
destrói; a prática posterior de crime de “dano” fica absorvida pelo crime de “furto”
(progressão criminosa - “postfactum” impunível).

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Crimes complexos- cujo tipo legal encerra elementares ou circunstâncias que, por si
próprios,
constituem crimes,
Ex: o crime de “latrocínio” que surge da fusão dos crimes de “roubo” e “homicídio”; o crime
de “extorsão mediante seqüestro”, que aparece com a fusão dos crimes de “seqüestro” e
“extorsão”; o crime de “lesão corporal seguida de morte”, conseqüência da junção dos
crimes de “lesões corporais” e “homicídio culposo” (crimes complexos).

Principio da alternatividade: O princípio da alternatividade se aplica aos crimes de


conteúdo múltiplo (plurinuclear), cujos tipos penais contêm várias condutas típicas. Nesses
casos, se o agente realiza mais de um desses verbos, no mesmo contexto fático, responderá
por um único crime, posto que tais comportamentos criminosos devem ser compreendidos e
analisados alternativamente. Ex: art 33 da 11343/06

Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos,
se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
Parágrafo único - A pena é duplicada:

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