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JULGAMENTO DE RECURSO

PROCESSO Nº: 0107.005.083-0


RECORRENTE: GRADIENTE ELETRÔNICA S/A
RECORRIDO: SUPERINTÊNCIA DE ORIENTAÇÃO E PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR -
PROCON/AL.

GRADIENTE ELETRONICA S/A, já devidamente qualificada nos autos do processo em


epígrafe, foi reclamada através do PROCON/AL em razão dos fatos os que ensejaram a referida lide,
onde figura como reclamante o Sr. Waltenei Ferreira Costa.

Em atenção aos Princípios da Ampla Defesa e do Contraditório, foram levadas em


consideração as formalidades de praxe, bem como os procedimentos administrativos, os quais foram
intentados com o desígnio de buscar uma efetiva solução para o litígio em tela, observamos que,
como não houve solução para o litígio, a empresa reclamada foi notificada para apresentar defesa.

Em face de tais atos, a empresa em epígrafe foi autuada, assim de acordo com os preceitos
legais, sendo imputada aplicação de sanção pertinente nos termos executados pelo Órgão competente,
PROCON/AL, a qual por infração aos artigos 6º, III e 18, parágrafo 1º, II da Lei 8.078/90, aplicando-
lhe multa de R$ 1.121,37 (um mil, cento e vinte e um reais e trinta e sete centavos).

A empresa ora recorrente encaminhou recurso tempestivamente, alegando que a empresa


está passando por dificuldades financeiras e que estão impossibilitados de importar peças de
reposição para conserto dos produtos viciados; Entretanto, alega que atendeu o pleito do consumidor.
Por fim, requer a nulidade do Auto de Infração e decidindo pela total improcedência do mesmo, com
seu consequente arquivamento.

Relatei o essencial. Agora passo a decidir.

No tocante a alegação que a recorrente não deve ser responsabilizada pelos vícios
supostamente e ditos em sede de recurso, há que salientar que no sistema de Defesa do Consumidor,
prevalece o instituto da solidariedade passiva de todos os que participam da cadeia econômica de
produção, circulação e distribuição dos produtos ou de prestação de serviços. Ademais,
diferentemente do alegado em sede de recurso por esta empresa recorrente, cumpre informar que na
presente lide administrativa, configura caso de vício de produto, o que difere de defeito, tendo os
fornecedores responsabilidade solidária no caso em análise, tendo o consumidor o direito de escolher
pela restituição da quantia paga ou substituição do produto. No entanto, importante frisar que no caso
em tela não se trata de Responsabilidade pelo Fato do Produto ou Serviço, pois neste caso, o
fornecedor só poderia ser acionado se o fabricante não fosse localizado. Como se trata de vício do
produto, existe responsabilidade solidária entre as partes que compõem o polo passivo da presente
lide.

Carece mencionar ainda que, a empresa recorrente não comprovou suas alegações em sede de
recurso, o que, caberia a esta empresa o ônus da prova, posto que as relações consumeristas, regidas
pelo Código de Defesa do Consumidor, norma de ordem pública, em atendimento a preceito
constitucional, aplica-se a inversão do ônus da prova, em virtude da hipossuficiência do consumidor
no mercado de consumo.

Não há que se discutir a legitimidade do PROCON para aplicar multas administrativas, nos
Rua Cincinato Pinto,503 – Centro – Maceió – Alagoas - CEP. 57.020-050
Fone:3315-3796 fax 82 –3315.1792
termos do § 2º do art. 33 do Decreto n. 2.181/97, o qual dispôs sobre a organização do Sistema
Nacional de Defesa do Consumidor e estabeleceu normas gerais de aplicação das sanções
administrativas previstas no Código de Defesa do Consumidor.

Veja-se:
"Art. 33. As práticas infrativas às normas de proteção e defesa do consumidor serão
apuradas em processo administrativo, que terá início mediante:[...]
§ 2º A recusa à prestação das informações ou o desrespeito às determinações e convocações
dos órgãos do SNDC caracterizam desobediência, na forma do art. 330 do Código Penal,
ficando a autoridade administrativa com poderes para determinar a imediata cessação da
prática, além da imposição das sanções administrativas e civis cabíveis"

No que toca ao quantum da multa aplicada, tem-se que, nos termos do Auto de Infração n.
000373 (fl. 41) e da CDA exequenda, a sanção foi embasada no § 4º do art. 55 do Código de Defesa
do Consumidor c/c o § 2º do art. 33 do Decreto n. 2.181/1997:

Do que se extrai do processo administrativo, o Decreto 2.181/1997 regula a aplicação da


multa em conformidade com a condição econômica do fornecedor, a gravidade da infração e a
vantagem auferida, observados os limites estabelecidos no parágrafo único do art. 57 do CDC, ou
seja, entre duzentas e três milhões de UFIRs, de onde restou aplicada, ao caso, a penalidade
administrativa na forma de multa pecuniária educativa acima descrita, a qual não se mostra
desarrazoada ou desproporcional, afinal a empresa não atendeu o pleito do consumidor.

Faz-se necessário ressaltar que, o consumidor veio a ser lesado em face da confiança no
recorrente, fato este que obtém resguardo através dos direitos dos consumidores, que estão
doutrinariamente manifestados através da Teoria da Confiança, uma vez que, pretende proteger
prioritariamente as expectativas legítimas que nasceram no outro contratante, o qual confiou na
postura, nas obrigações assumidas e no vínculo criado através da declaração do parceiro. Protege-se,
assim, a boa-fé e a confiança, nesse diapasão, a aplicação da multa ao Recorrente se origina da
conduta omissiva e comissiva, e pelos prejuízos causados ao consumidor, adequando desta feita tais
condutas aos dispositivos do CDC.

Por estas razões e em virtude da infração cometida pela empresa recorrente; considerando que
a conduta da empresa - ré, contraria a legislação consumerista, ratifico a necessidade da medida
educativa - correcional, INDEFIRO o recurso apresentado pela empresa e determino que a multa
estabelecida pelo PROCON/AL seja mantida. A referida multa deverá ser recolhida através de boleto
bancário nos termos do Artigo 29 do Decreto 2181/97 e para cumprimento das penalidades legais
necessárias. Ocasião esta, que após a comprovação do recolhimento em questão, arquivem-se os
autos.

Maceió-AL, 20 de dezembro de 2012.

KATIA BORN RIBEIRO


SECRETÁRIA DE ESTADO DA MULHER, DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

Rua Cincinato Pinto,503 – Centro – Maceió – Alagoas - CEP. 57.020-050


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