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28/05/2019 A Arte da Seita Política – 1 – Introdução – Ceticismo Político

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A Arte da Seita Política – 1 – Introdução Ceticismo Político

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Ceticismo Político
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Esta série relembra os velhos tempos do blog, que, em 2011 e 2012, apresentou Assinatura
detalhadamente autores como David Horowitz e Saul Alinsky. Em 2013, abordamos
Coloque seu e-mail para receber
em profundidade a metodologia de controle de frame. Em 2014, foi feita uma análise
novidades e notificações do Blog.
das eleições daquele ano com base nos métodos da guerra política.
Junte-se a 7.111 outros assinantes
Infelizmente, hoje em dia vários destes métodos tem sido utilizado por cultos Endereço de e-mail

destrutivos, que tem destruído a identidade de seus participantes em nome de Assine o blog!

projetos obscuros e particulares de poder. Alguns ataques internos ocorridos dentro


da direita atendem aos padrões de seitas.
Certamente isso trará muita vergonha futura para a direita.

Como eu tive participação na introdução dos métodos da guerra política para a


direita brasileira, também deve ficar claro que nunca apoiei a perda total da honra e
da moral no debate público. Sempre defendi a ideia de que códigos mínimos devem
ser adotados. Para fazer a política da desonra e da normalização da imoralidade, seria
preciso usar muita repressão e violência, em sistemas autoritários, o que pode trazer
sérios danos não apenas à imagem da direita no futuro, como riscos aos próprios
participantes do jogo.

Desse modo, é bom que fique claro que é vergonhoso notar que métodos da guerra
política tem sido utilizados por pessoas da direita indispostas a parâmetros mínimos
de civilidade e comportamento democrático. Por essas e outras razões, este ensaio é
uma forma de me redimir (um pouco), mas também de ampliar a base de
conhecimento para formas mais extremas de jogo político. [Evidentemente não estou

https://ceticismopolitico.com/2019/03/21/a-arte-da-seita-politica-1-introducao/ 1/6
28/05/2019 A Arte da Seita Política – 1 – Introdução – Ceticismo Político

dizendo que atuei em qualquer formação de seitas desse tipo, mas sim que vários de
seus integrantes utilizam métodos apresentados por aqui, mas para fins diferentes, é
claro]

Em essência, quem for de direita e quiser jogar a guerra política no território


democrático também deve estar preparado para entender que hoje existe o conceito
de seita política, que adota boa parte dos padrões de seitas como as de Jim Jones,
David Koresh e Reverendo Moon na ação política, agindo de forma neurótica,
autoritária e completamente alheia a qualquer chance de debate racional.
Inicialmente com 13 textos, a série A Arte da Seita Política explicará como este
método opera, quais os vieses da mente eles exploram, que rotinas utilizam, como se
organizam e como convertem tudo em objetivos autoritários de poder, que apenas
refletem o autoritarismo inerentes às próprias seitas mais radicais.

Se alguém está preocupado com citações individuais, fiquem tranquilos: esta série
focará em metodologia. A ideia não é apenas estudar seitas políticas em vigência, mas
prever esses padrões. [farei a citação a indivíduos específicos neste primeiro texto,
mas, nos restantes, a prioridade será para a metodologia]

Abordagem
Em termos de abordagem
multidisciplinar, o ideal é
focarmos em achados da
psicologia social e dos estudos
das heurísticas e da mente
humana, além de adicionar ao
pacote a análise de alguns autores
específicos dos estudos sobre
Reverendo Moon
seita. De Steven Hassan, as fontes
consultadas incluem “Combating Cult Mind Control” e “Freedom of Mind”. De Rick
Ross, temos “Cults: Inside Out”. “World Famous Cults & Fanatics”, de Colyn &
Damon Wilson, é outra das fontes. Mais alguns: “Inside Out”, de Alexandra Stein;
“Cracking the Cult for Therapistas”, de Bonnie Zieman; “The Guru Papers”, de Joel
Kramer; “Snapping: America’s Epidemic of Sudden Personality Change”, de Flo
Conway e Jim Siegelman e, com não poderia deixar de faltar, “Cults in Our Midst”, de
Margaret Thaler Singer.

Se esses são apenas alguns dos autores na análise dos métodos de seita, também
adotaremos mais de 100 livros relacionados ao estudo e análise dos vieses da mente.
Isso porque normalmente os autores tradicionais estudam como as seitas funcionam,
mas pouco falam dos vieses da mente que eles exploram. Assim sendo, a conexão dos
métodos e dos discursos nos permitirá desenhar respostas mais efetivas e prever cada
comportamento discursivo adotado por eles.

O pior e mais destrutivo padrão hoje em dia é o idioma midiático, que


prostitui a linguagem.
A metalinguística do discurso é invenção de um picareta insano que só enxerga
a política em todas as ações sem poder distinguir entre identidades e meras
metáforas

https://ceticismopolitico.com/2019/03/21/a-arte-da-seita-politica-1-introducao/ 2/6
28/05/2019 A Arte da Seita Política – 1 – Introdução – Ceticismo Político

Todo garoto que aprendeu a lidar com softwares antes de dominar a linguística
será sempre um imbecil dominado.
Na Nibéria, todo aficionado de uma certa área da ciência interpreta na
linguagem dela tudo o que se diz do mundo. Isso é falta de sabedoria.
O problema com os meus críticos é sua total incapacidade de entender a
diferença entre qualquer discurso e o discurso doutrinal filosófico.
Para eles, tudo o que se diz é teologia.
Isto é o mais grave analfabetismo funcional que existe.

Todas as áreas grifadas demonstram o uso dos quantificadores universais em conjunto


com a estereotipagem. Mas discursos tão estereotipados assim contém altas chances
de serem fraudulentos. Quando alguém diz que “todo (a) será sempre (b)”, isso fala
sobre todos mesmo? Será que isso sempre acontece? Baseado em quais fontes?
Geralmente, gurus não darão respostas, mas essa linguagem tem efeitos profundos na
mente de incautos.

Em tal nível, o uso de estereótipos e quantificadores universais é a exploração das


áreas mais primitivas do cérebro humano. Isso porque o ser humano, por ser uma
máquina de sobrevivência, precisa ter reações emocionais rápidas para sobreviver aos
perigos. Manipuladores da mente se aproveitarão disso para usar linguagem 100%
estereotipada. Nesses cinco prints, não temos análise política séria, mas o estímulo à
amidala.

Segundo afirma Rush W. Dozier Jr. Em “Why we


hate?”, junto com o hipotálamo e o hipocampo, a
amídala compõe o sistema límbico, área do cérebro
que controla a emoção e a motivação. Emoções como
ódio, raiva, medo, alegria e amor são disparadas pela
amídala, quase sempre inconscientemente e
instantaneamente.

Por causa dessa limitação, esse sistema primitivo não


tem condição de pensar além de estereótipos. Como
Dozier Jr. escreve, “a lógica primitiva só compreende
a proposições generalizadas”. É assim que categorias
gerais, como “animais”, ou categorias de nível médio, como “cobras”, são
compreendidas, mas o mesmo não acontece com categorias mais específicas, como
“colubrídeas”.

Sem capacidade de notar a diferença, o sistema neural primitivo registrará


marcadores somáticos [e você entenderá tudo isso nos demais textos dessa série] com
base em estereótipos, potencializando medo, fobia e o ódio. O detalhe é que, neste
estágio, as pessoas podem ficar paranoicas, neuróticas e serem movidas em qualquer
direção. Com a estereotipagem, o sistema límbico pode rejeitar novas informações ao
concluir que “todos (a) são bons” ou “todos (b) são maus”. Segue-se daí que boas e
más qualidades do indivíduo observado se tornam irrelevantes para quem estiver
acometido por mensagens desonestas que exploram esses vieses.

Ao longo desta série, não focaremos apenas em como os manipuladores exploram


esses vieses, mas principalmente em como neutralizá-los. Obviamente, este corpo de
conhecimento vai sempre se ampliando, pois as lideranças das seitas vão buscar se
https://ceticismopolitico.com/2019/03/21/a-arte-da-seita-politica-1-introducao/ 3/6
28/05/2019 A Arte da Seita Política – 1 – Introdução – Ceticismo Político

adaptar, mas há limitações nesse processo. Ao final, incluiremos também um pacote


de rotinas, tanto para a liderança como para os seguidores, scripts utilizados [como
as histórias que os gurus contam], os esquemas para subversão da realidade e da
moralidade, como fazem para fraturar o senso de identidade de seus seguidores e daí
por diante.

Mas por que?


Algumas pessoas poderão perguntar: mas por que um guru utilizaria métodos tão
desonestos assim? Bem, existem diversas razões para a formação de cultos radicais.
Elas podem incluir principalmente a manutenção de um grupo de pessoas leais e
dedicadas atuando com o líder para ajuda-lo a atingir os objetivos particulares dele e
de poucos eleitos. Comandando um grupo de pessoas que acredita em seus valores, a
liderança poderá realizar experimentações criativas, mudando de opinião a todo
momento, pois trabalhará com pessoas cuja identidade está fragmentada.
Evidentemente, tudo isso pode ser usado como instrumento de poder, envolvendo
bens materiais, conexões sociais e, enquanto tudo isso acontece, garantir a admiração
destes seguidores, que servirão como uma “linha de frente” para justificar toda e
qualquer coisa que o líder fizer.

Para facilitar o entendimento, nesta série trabalharemos com personagens fictícios,


exatamente para facilitar a aquisição do método. Então falaremos do guru Oliveira,
que atua liderando um culto neofascista, populista, nacionalista e neoconservador no
país africano da Nibéria, que vive momentos de transição de um regime social
democrata para um governo de direita. Oliveira conseguiu nomear alguns assessores
e tem atuado com foco na manutenção do poder, mas com métodos pouco nobres.
[Falaremos bastante de Oliveira e suas peripécias nos próximos textos dessa série]

Falando em nobreza, este tem


sido um dos grandes danos
causados na ação política pelo
uso de seitas: como são criados
grupos voltados apenas para uma
liderança, com base na
submissão, os valores morais são
geralmente invertidos. Como adicional, muitas mentes doentias acabam sendo
atraídas para esse ambiente. Pode até ser que alguns seguidores sejam “low profile”,
mas são normalmente exceções. O fato é que hoje em dia assistimos a um show de
baixeza política de um grupo que decididamente não aceita a convivência social
básica. Ao entender como uma seita desse tipo funciona, ganhamos o benefício de
não ficarmos mais impressionados com nenhuma de suas atitudes.

Se hoje em dia muitos estão assustados com o surto de linchamentos online


praticados por uma seita que desenvolveu um modo virtual de agir, após esse ensaio
a ideia é que esses eventos não sejam mais surpreendentes. Se não são mais
surpreendentes, podem ser compreendidos por aqueles dispostos a uma ação política
mais focada na coexistência e na democracia. Isso vale para a maior parte dos
comportamentos dessas seitas, principalmente porque isso não passa do uso de
métodos de seita no ambiente virtual.

https://ceticismopolitico.com/2019/03/21/a-arte-da-seita-politica-1-introducao/ 4/6
28/05/2019 A Arte da Seita Política – 1 – Introdução – Ceticismo Político

Observe também que defendo o uso dos métodos da guerra política, mas sempre
defendi limites. Utilizar rotulagens, framing e humor, além de saber posicionar
melhor suas ideias, sempre é algo que defenderei. Todavia, levar isso às raias do
convívio antissocial, que gera riscos de ruptura sistêmica, são outros quinhentos.

Desta feita, como eu sempre escrevi sobre guerra política, este também é um material
relacionado ao tema, mas principalmente direcionado aos que se adequam às formas
de ação política mais democrática, como liberais e conservadores. Claro que sempre
há espaço para os extremistas, em qualquer sistema democrático. Mas como eles
adotaram o modelo de seita política, evidentemente não desejarão mais coexistir.
Motivo adicional para os compreendermos como eles funcionam. Se esta série é algo
que eu devia ter escrito uns 3 anos atrás, me redimo agora. [detalhe: todos os
roadmaps para os 13 textos estão prontos, mas a tendência é que sejam publicados
principalmente nos fins de semana]

A seguir
No próximo texto dessa série, quando realmente pisaremos no acelerador (indo alem
de breves exemplos), falaremos como é a dinâmica de uma seita política. Como eles
se dividem? Qual a hierarquia? Uma vez que não há dinheiro para todo mundo,
como alguns se dão bem (inclusive financeiramente) enquanto outros apenas
recebem manipulação emocional? Por que se sujeitam a isso? Como eles são
incorporados à ação política? Qual o papel do autoritarismo no esquema? Pontos
como esse serão vistos no próximo texto, “A dinâmica da submissão”.

Continua em A Arte da Seita Política – 2 – Dinâmica

Twitter: https://twitter.com/lucianoayan

Facebook: https://www.facebook.com/ceticismopoliticosc/

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28/05/2019 A Arte da Seita Política – 1 – Introdução – Ceticismo Político

Como acessar o material de Saul O retorno do Ceticismo Político Mais trecho inédito: sobre uso de
Alinsky e David Horowitz pseudônimo e o livro "Liberdade
publicado por aqui ou Morte"

david koresh guerra política jim jones olavo de carvalho

reverendo moon seita

3 comentários em A Arte da Seita Política – 1 – Introdução

Orgasmo de Cavalo // 2 de abril de 2019 às 2:13 am // Responder

O astrólogo geriátrico é o Jim Jones da Virgínia. O homem é um psicopata, e os seus


seguidores seguem à risca todas as recomendações desse homem medíocre e patético.
O Olavo sempre foi um débil mental, uma pessoa doente da cabeça.

Uli // 23 de abril de 2019 às 10:26 am // Responder

Essa série vai virar livro como você o fez na sua obra LIBERDADE OU MORTE?
Ficaria como dica para um futuro livro. Abraço!

mrk // 23 de abril de 2019 às 2:20 pm // Responder

Está no caminho disso sim! Valeu pela dica!

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