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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ENGENHARIA MECÂNICA


CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

BRUNO HARUYOSHI BIASON


JÚLIA HUMMEL DELLA BARBA
PLÍNIO PEREIRA ROCHA

PROJETO: TRANSPORTADOR DE CORREIA CÔNCAVA


PARTE 2

LONDRINA
2019
BRUNO HARUYOSHI BIASON
JÚLIA HUMMEL DELLA BARBA
PLÍNIO PEREIRA ROCHA

PROJETO: TRANSPORTADOR DE CORREIA CÔNCAVA


PARTE 2

Projeto apresentado pelos discentes


do curso de Engenharia Mecânica da
Universidade Tecnológica Federal do
Paraná como requisito para obtenção de
nota parcial da disciplina de Projeto de
Máquinas.
Orientador: Profº Dr. João Luiz do
Vale

LONDRINA
2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4
2 OBJETIVOS 5
3 MEMORIAL DE CÁLCULO 5
3.1 Cálculos preliminares 5
3.1.1 Método segundo a empresa Mercúrio 5
3.1.2 Método Acadêmico 8
3.2 Dimensionamento de rolamentos 10
3.3 Dimensionamento de chavetas 11
REFERÊNCIAS 14
1 INTRODUÇÃO

Correias transportadoras são máquinas que manipulam materiais em conjunto


com outros dispositivos. Ela é utilizada em muitos processos visando promover um
fluxo constante de material entre operações. Entre suas vantagens estão:
versatilidade, grande gama de capacidade, confiabilidade, segurança e economia.
Os transportadores de correia se encontram em dois tipos mais famosos:
correias planas (transporte de cargas unitárias) e correias abauladas (transporte de
material e granel).
Transportadores de correia côncava são utilizadas para movimentar diversos
tipos de materiais a granel, podendo ter aplicação nas indústrias de mineração
(Pedra, Carvão, Areia, Cal e Minério de Ferro etc.), química (Enxofre, Sais, Uréia,
Adubos, Sulfatos e etc) e alimentícia (Bagaço, Açúcar, Farinha, Cacau, Sal, Cereais,
etc).
O transporte ocorre por meio de uma correia, a qual está apoiada em roletes
inclinados, sobre cavaletes que estão fixos ao longo de longarinas posicionadas de
acordo com o ângulo desejado, garantindo a acomodação do material transportado.
Existem diversos tipos de transportadores de correia, eles serão especificados
e selecionados de acordo com as necessidades de uma determinada situação. Cada
situação tem seu nível de detalhamento e seus dados serão influenciados pelos
requisitos de cada projeto. Sendo para cada situação um modelo específico único.

Figura 1 -Transportador de correia côncava [1]


2 OBJETIVOS
Esta etapa do trabalho consiste em dimensionar os componentes necessários
para o projeto de uma correia transportadora, atendendo os requisitos iniciais do
cliente. Após os cálculos necessários, e utilizando catálogos e itens pré-fabricados
como referência, o desenho do conjunto pode ser realizado e apresentado.

3 MEMORIAL DE CÁLCULO
3.1 Cálculos preliminares
Para este memorial de cálculo, foram adotadas duas maneiras diferentes para
se determinar a potência necessária para o acionamento da correia transportadora, o
primeiro método foi utilizado o Manual Técnico de Correias Transportadoras
disponibilizado pela Mercúrio, já o segundo método foi o ensinado na disciplina
Elementos de Máquinas II

3.1.1 Método segundo a empresa Mercúrio


Todas as tabelas e equações utilizadas neste tópico serão do Manual Técnico
de Correias Transportadoras (2019).
Como já se sabe que a vazão volumétrica é de 120 m³/h, pode-se obter a
Capacidade de Transporte (Q) da correia, a qual é obtida pela equação (1)

𝑄=Ø・𝜌 (1)

Onde:
● Ø é a vazão volumétrica [m³/h];
● ρ é a densidade da soja [kg/m³].
Logo, com a equação (1) e sabendo que a densidade do grão de soja é de 720
kg/m³, obteve-se que a Capacidade de Transporte da correia é:
𝑄 = 86400 𝑘𝑔/ℎ = 24 𝑘𝑔/𝑠
A partir desse dado, é possível calcular o Peso das Partes Móveis (P), que é
dado pela equação (2):

𝑄 (2)
𝑃=
𝑉

Sendo:
● V a velocidade da correia [m/s].
Para executar este cálculo, foi necessário adotar uma velocidade para a
correia, a qual será 1 m/s.
Então, segundo a equação (2), o Peso das Partes Móveis é de:
𝑃 = 24 𝑘𝑔/𝑚
De acordo com o Manual Técnico da Mercúrio, quando uma correia
transportadora é menor que 45 m, deve-se multiplicar o valor de P por um fator de
correção. Consultando a Tabela 18 do Manual, para uma correia de 15 m do presente
trabalho, o valor encontrado é de 1,5.
𝑃∗ = 24 ⋅ 1,5 = 36 𝑘𝑔/𝑚
Portanto, segundo a Tabela 17 do Manual da Mercúrio, o tipo do transportador
será da série médio e sua largura (l) será de 600 mm.
Para dar continuidade nesses cálculos, é necessário selecionar valores para
os coeficientes de atrito para quando a correia estiver vazia (𝜇 ) e quando ela estiver
cheia (𝜇 ). Então, segundo a tabela 19 e adotando condições regulares de operação
e manutenção, os valores dos coeficientes são:
𝜇 = 0,035

𝜇 = 0,05

Com os valores obtidos, pode-se agora calcular o valor do Fator de Correção


do Comprimento (𝐶 ), dado pela equação (3):

𝐶 = 98 + (2,18 ⋅ 𝐶) (3)

Onde C é a distância entre centros da correria [m], que foi especificada no


PRO 1 como 15 m.
Logo, pela equação (4), o valor do fator será de:
𝐶 = 130,7 𝑚
Pode-se então calcular qual será o Peso do Material Transportado (𝑃 ),
equacionado a seguir:

𝑄 (4)
𝑃 = 17 ⋅ ( )
𝑉

Na equação (4), os valores de 𝑄 e 𝑉 devem ser, respectivamente, em ton/h e


m/min. Com isso, o 𝑃 será igual a:
𝑃 = 24,48 𝑘𝑔/𝑚
Com valor de 𝐶𝑓, 𝜇 e 𝑃, é possível calcular a tensão para mover a correia
vazia (𝑇𝑣), dada pela equação (5)

𝑇𝑣 = 0,32 ⋅ 𝐶𝑓 ⋅ 𝜇 ⋅ 𝑃 (5)

Logo, o valor de 𝑇𝑣 é:
𝑇𝑣 = 35,132 𝑘𝑔𝑓 = 344,65 𝑁
Já a tensão para mover a carga (𝑇𝑐) é calculado pela equação (6).

𝑇𝑐 = 0,32. 𝐶𝑓. 𝜇𝑐. 𝑃𝑚 (6)

Substituindo os valores na equação (6), tem-se que:


𝑇𝑐 = 51,19 𝑘𝑔𝑓 = 502,20 𝑁
Outro valor importante é o da tensão de elevação (Th), equacionado a seguir:

𝑇ℎ = 𝑃𝑚 . 𝐻 (7)

Onde H é a altura de elevação da carga [m], a qual pode ser calculada


segundo o triângulo retângulo a seguir:

Figura 2 - Triângulo para se obter o valor de H.


Pelo seno do ângulo em vermelho na Figura 2, tem-se que o H é de 2,61 m.
Portanto, 𝑇ℎ será:
𝑇ℎ = 63,89 𝑘𝑔𝑓 = 626, 79𝑁

Antes de calcular a potência necessária no motor, resta apenas obter a


tensão efetiva (𝑇𝑒) primeiro, a qual é dada pela equação (8):

𝑇𝑒 = 0,32 . 𝐶𝑓. [(𝑃. 𝜇𝑣) + (𝑃𝑚. 𝜇𝑐)] (8)


+ 𝑃𝑚. 𝐻

Substituindo o valor de cada variável, é obtido o valor de tensão efetiva:


𝑇𝑒 = 167,654 𝑘𝑔𝑓 = 1643,00 𝑁
Por fim, será calculada a potência do motor(𝑊):

(𝑇𝑒. 𝑉) (9)
𝑊=
4500

Substituindo os valores da tensão efetiva e da velocidade em m/min, tem-se:


𝑊 = 2,235 ℎ𝑝
Para trabalhar com folga, o manual recomenda considerar um rendimento do
motor de 0,75. Assim:

𝑊 (10)
𝑊𝑟 =
𝜂

Substituindo os valores na Equação 10, se chega a um motor com a potência:


𝑊 = 2,98 ℎ𝑝 = 2,22 𝐾𝑊

3.1.2 Método Acadêmico


Para a realização dos cálculos foram adotadas certas considerações, algumas
estipuladas e outras calculadas com base nos dados que se tem. São elas:
● Diâmetro do Tambor (d) – 0,28905 m
● Velocidade do Tambor (v) – 1 m/s
● Massa (m) – 360 kg
● Coeficiente de atrito (µ) - 0,05
● Aceleração (∆t) – 0,2 s
● Ângulo da esteira (𝜃) – 10°
● Aceleração Gravitacional (g) – 9,81m/s²

Com esses dados, pode-se calcular a rotação do tambor pela Equação 11:
.
𝑛= .
= 66,07 𝑅𝑃𝑀 (11)

A partir da rotação calculada e as considerações acima, é feito o cálculo da


inércia da carga (Icarga) e da velocidade angular final, para no fim poder calcular o
torque dinâmico (Tdin).

𝐼𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 91,2. 𝑚. = 7,52 𝑘𝑔. 𝑚² (12)


. .
𝜔𝑓 = = 6,91 𝑟𝑎𝑑/𝑠 (13)
Por sair do repouso, 𝜔𝑜 = 0

𝑇𝑑𝑖𝑛 = 𝐼𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎. ∆
= 259,816 𝑁. 𝑚 (14)

Agora para calcular o torque estático (Test), precisa-se calcular o torque devido
ao atrito (Ta) e o torque do momento (Tm). Antes disso, será calculado FN e Fm, que
será necessário para os cálculos dos torques.

𝐹𝑁 = 𝑚. 𝑔. 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 3447,95 𝑁 (15)


𝐹𝑚 = 𝑚. 𝑔. 𝑠𝑖𝑛𝜃 = 613,26 𝑁 (16)

Assim, tem-se:
𝑇𝑎 = 𝐹𝑁. 𝜇. = 25,13 𝑁. 𝑚 (17)

𝑇𝑚 = 𝐹𝑚. = 88,63 𝑁. 𝑚 (18)

Com isso, chega-se ao torque estático.

𝑇𝑒𝑠𝑡 = 𝑇𝑎 + 𝑇𝑚 = 113,76 𝑁. 𝑚 (19)

Após isso, soma-se o torque estático com o dinâmico, para ter o torque total
(Ttotal). Em seguida é encontrada a potência do motor, usando a seguinte fórmula.

.
𝑃𝑜𝑡 = = 2,58 𝐾𝑊 (20)

Através do catálogo de motoredutores da fornecedora SEW tipo eixo paralelos


eixo oco, com a potência calculada de 2,22KW pelo primeiro método, e de 2,58KW
pelo segundo, foi adotada uma potência catalogada de 3KW.
3.2 Dimensionamento de rolamentos
Para o dimensionamento dos rolamentos do eixo do tambor de acionamento,
é necessário verificar as forças que atuam no eixo de acionamento elaborando um
diagrama de corpo livre na barra, apresentado na Figura 3:

Figura 3- Diagrama de corpo livre do eixo de acionamento

Fazendo o somatório das forças na vertical, encontra-se:

𝐹 =0 →𝐹 +𝐹 −𝑅 −𝑅 =0

Onde 𝐹 e 𝐹 são as forças aplicadas na correia transportadora no ramo tenso


e ramo frouxo, e são calculadas utilizando as Equações 21 e 22:

𝐹 =𝐹 𝑒 ∗ (21)

𝑑
(𝐹 − 𝐹 ) = 𝑇 (22)
2
O torque 𝑇 no eixo é calculado pela Equação 23

9550. 𝑃𝑜𝑡 (23)


𝑇=
𝑛

Supondo 𝜃 = 220°, os valores encontrados são:


𝐹 = 14355,62 N
𝐹 = 17346,10 N
Assim, substituindo no somatório de forças:
𝑅 +𝑅 =31681,7202
Aplicando equilíbrio de momentos no primeiro rolamento, encontra-se:

𝑀 = 0 → (𝐹 + 𝐹 ) ∗ (0.4147) − 𝑅 ∗ (0.4147 + 0.4147) = 0

Fazendo um sistema com as duas equações de equilíbrio e resolvendo-o tem-


se que:
𝑅 =𝑅 = 15840,86 N
Dessa forma, sabendo que essas reações são na verdade a carga radial
aplicada em ambos rolamentos, pode-se dimensionar o rolamento através da
Equação 24:
𝐶
𝐿= (24)
𝑃

Sendo
𝐿 = vida em fadiga em milhares de revoluções
𝑃 = carga radial aplicada no rolamento
𝐶 = carga dinâmica aplicada no rolamento

Para calcular 𝐿 é necessário determinar um ciclo de operação da máquina, que


foi definido por 8 horas por dia, 5 dias por semana, 4 semanas por mês, 12 meses
por ano e com a rotação de 66,07 rpm já calculada.
Assim, substituindo os valores na Equação 24, tem-se que:
𝐶 = 54511,48 𝑁
De acordo com o catálogo de rolamentos, e com um diâmetro de eixo de 40mm
o rolamento que suporta a carga aplicada será o rolamento 6308ZZE rígido de
esferas.

3.3 Dimensionamento de chavetas

Para o dimensionamento das chavetas que vão no eixo de acionamento, é


necessário saber o material do eixo e da chaveta, além das forças aplicadas nesses
componentes.
Tendo o torque atuante no eixo e o diâmetro do eixo, encontra-se a força
aplicada através da Equação 25.

𝑇 = 𝐹. 𝑟 (25)

Por meio da tabela de dimensões de chaveta adequada para determinado


diâmetro de eixo, verifica-se que a chaveta apropriada tem as dimensões de 12x8xL.
Assim, através dos 2 critérios de falha de chavetas, pode-se encontrar o comprimento
mínimo para a chaveta.
Pelo critério de cisalhamento tem-se:

𝐹
𝜏= (26)
𝐴

Onde 𝐴 = á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜.


𝑆
𝑁= (27)
𝜎
Adotando um coeficiente de segurança (𝑁) igual a 2, sabendo que a
resistência de escoamento em tração (𝑆 ) do aço 1045 é 310Mpa, e sendo 𝜎 = 𝜏 ∗

√3 , pode-se encontrar o comprimento da chaveta pela Equação 26:


𝐿 = 18,85 mm

Pelo critério de esmagamento, tem-se:

𝐹
𝜎= (28)
𝐴

Onde 𝐴 = á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑚𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

Realizando o mesmo procedimento do primeiro critério, porém com a Equação


28, o comprimento da chaveta encontrado é:

𝐿 = 32,66 mm
Dessa forma, verifica-se que o maior comprimento encontrado é 𝐿 = 32,66 mm,
e corresponde ao valor mínimo possível do comprimento para a chaveta. Dessa
forma, verifica-se que as três chavetas desenhadas que apresentam um comprimento
de 60mm atendem os requisitos do projeto.
REFERÊNCIAS

[1] NORTON, R., Projetos de máquinas, Bookman, 4ª edição, 2013.

[2] CORREIAS MERCÚRIO S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO (São Paulo) et al.


MANUAL TÉCNICO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS. 01-19. ed. Itu:
Schoba, 2019. 348 p. v. 1.

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