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Psicopedagogia no Contexto Institucional Escolar

A psicopedagogia, contrariando o conceito concebido por muitos, não se trata de uma


fusão entre a pedagogia e a psicologia. A psicopedagogia nasceu da necessidade de se
compreender melhor os processos de aquisição do conhecimento, sendo o seu caráter
interdisciplinar e seu objeto de estudo a aprendizagem. Para Bossa (2000, p. 16) o
psicopedagogo tem como função investigar os processos da aprendizagem, para melhor
intervir na construção do conhecimento pelo sujeito, a partir da descoberta de possíveis
obstáculos ocorridos neste processo.

Considerando-se o sujeito como construtor de seu conhecimento, a psicopedagogia deve


atuar, englobando vários campos do conhecimento, considerando aspectos emocionais e
sociais que envolvem os implicados no processo de enssino e aprendizagem. Segundo
Visca (1999, p. 17), “dois sujeitos com igual nível cognitivo e distintos investimentos
afetivos em relação a um objeto aprenderão de forma diferente”.

Pensando assim, a Psicopedagogia identifica as necessidades educacionais do indivíduo


com dificuldades de aprendizagem, desenvolvendo metodologias que contribuam para o
seu desenvolvimento, com a intensão de fazer com que os sintomas despareçam.
Aprender, no olhar psicopedagógico, é compartilhar, criar, descobrir e intervir. É
transformar algo novo em íntimo, conhecido. É um processo individual, não se pode
aprender pelo outro; é algo que se faz em meio ao ambiente social, não se aprende sem
o outro, o sujeito nunca está completo, mas, sempre em transformação.

A princípio, o psicopedagogo centrava o seu trabalho apenas no aspecto clínico, porém


o seu campo de atuação está ampliado e, hoje, atua no campo institucional. A
Psicopedagogia Institucional não está relacionada somente a instituição escolar, pois
pode ser pensada também na dimensão hospitalar e empresarial. Neste caso o papel do
psicopedagogo consiste em diagnosticar através de um processo investigativo, as causas
que podem estar impedindo o curso regular da aprendizagem institucional, a circulação
do conhecimento, o papel das lideranças e dos liderados, bem como os motivos que
podem levar ao insucesso oganizacional.
A intervenção psicopedagógiaca institucional escolar deve partir da história da escola e
de suas características atuais, reestruturando a função desta junto aos envolvidos,
identificando os sintomas bloqueadores do processo ensino-aprendizagem,
redimensionando as vias e os mecanismos de aquisição dos conhecimentos, bem como
desfazendo ou minimizando ansiedades e conflitos que refletem no bom desempenho do
grupo. Assim, a contribuição da Psicopedagogia institucional é levar o grupo a uma
reflexão dos problemas vivenciados fazendo com que seja percebida a importância de
todos os sujeitos da comunidade escolar para a manutenção da saúde e sobrevivência
organizacional, atuando diretamente nas relações de aprendizagem.

O trabalho do Psicopedagogo Institucional poderá ser dividido em 4 etapas:

1. Identificação do Problema (Diagnóstico Psicopedagógico);


2. Caracterização da Organização;
3. Intervenção;
4. Integração.

O diagnóstico institucional escolar, como já foi dito anteriormente, investiga a situação


educacional atual da escola. Desta forma, o profissional deve realizar uma entrevista
com todos os envolvidos no processo ensino e aprendizagem: Professores, diretor(a),
coordenadores pedagógico, orientador educacional; observar e analisar os sintomas
através das respostas destes sujeitos e das relações vivenciadas pelo grupo; fazer um
levantamento estatístico das notas dos educandos; identificar a repercursão das relações
afetivas na vinculação com a aprendizagem, no contexto família/escola. O diagnóstico
psicopedagógico é um instrumento que investiga os elementos que se interpõem no
processo de aprendizagem do sujeito. Deve-se, então buscar cercar as possibilidades
motivadoras e bloqueadoras deste processo, analisando todos os aspectos que envolvem
os sujeitos na sociedade escolar: a identificação da unidade escolar, a caracterização
sócio-econômica-cultural dos atores envolvidos, a estrutura e organização da instituição.
Pois, podemos pensar que o sujeito aprendente encontra-se num espaço temporal,
dimensional e existencial permeado de suposições sobre o eu orgânico, o eu emocional,
o eu mental, o eu psíquico. Consequentemente, a partir desta investigação o
psicopedagogo identifica os sintomas e formula as hipóteses sobre as causas da queixa
que lhe foi trazida podendo, então intervir no sentido de integrar do cotidiano escolar.
Alguns métodos de diagnóstico podem ser comuns às duas vertentes da atuação
psicopedagógica, a clínica e a institucional, como é o caso da aplicação da técnica
projetiva Parelha Educativa que objetiva pesquisar o vínculo que aluno mantém com a
aprendizagem; aplicação da EOCA que permite a observação e análise do sintoma
através da temática, da dinâmica e da produção do sujeito ou do grupo; a utilização do
Quadro Auxiliar que visa facilitar o acesso às informações obtidas no decorrer do
processo diagnóstico, podendo ser adaptado conforme as necessidades de cada
profissional. O Encaminhamento, a Devolutiva ou o Informe Psicopedagógico são
utilizados como fechamento da seqüência diagnóstica do psicopedagogo nas duas
vestentes.

É no par dialético proposto por Alícia Fernandéz (1990) - desejo e o não desejo de
aprender - que as competências e habilidades se apresentam no agir/
fazer psicopedagógico, caminho este a ser percorrido na permanente pesquisa e na
instrumentalização constante: olhar novas possibilidades, perceber novos horizontes e
caminhos, trilhar em espaços objetivos e subjetivos, exercitar a autoria e a autonomia
de pensamento é condição essencial para sua permanente formação.

Atuando na Clínica ou na Instituição, o mais importante para o psicopedagogo é o


caminhar da ressignificação de atitudes e práticas objetivas e subjetivas e o
desenvolvimento da escuta e do olhar psicopedagógico vinculado às questões do
conhecimento e da aprendizagem humana, percebendo quanto e quando os diferentes
saberes podem contribuir para que se faça interlocuções com as múltiplas inquietudes
e indagações presentes no exercício de suas ações profissionais. É a busca por uma
maior compreensão sobre como garantir uma aprendizagem efetiva nos
“espaçostempos” da escola e, no caso da formação do/a psicopedagogo/a, que
competências e habilidades devem ser desenvolvidas no processo de construção do seu
olhar. Acredito que somente no campo específico desta ação construtiva que o/a
psicopedagogo/a pode buscar referenciais sobre os diferentes problemas que, em alguns
casos, dificultam ou impedem a aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOSSA, Nádia. A Psicopedagogia no Brasil. Contribuições a partir da Prática 2ed.


Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

FERNÁNDEZ, Alicia. Os idiomas do Aprendente. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.

VISCA, J. L. Clínica Psicopedagógica: a Epistemologia Convergente. Porto Alegre:


Artes Médicas. 1999
SEGMENTUM INSTITUTO DE EDUCACAO
FACULDADE DE ARTES DO PARANA - FAP
CURSO PÓS-GRADUAÇÃO PSICOPEDGOGIA CLINICA
INSTITUCIONAL
PSICOPEDAGOGIA NO CONTEXTO INSTITUCIONAL ESCOLAR
PROFESSORA MIRIÃ CALDAS

DÉBORAH VIRGÌNIA CHAVES CHUNG

UMA REFLEXÃO SOBRE A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO


NO ÂMBITO INSTITUCIONAL

SALVADOR – BA
2010

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