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BASES DE INTERPRETAÇÃO

(extraído do livro “O Conhecimento Revelado”, de Luciano Subirá, publicado por Orvalho.Com)

Quando Deus colocou em meu coração o desejo de compartilhar esta mensagem na


forma escrita, o que Ele mais imprimiu em meu íntimo foi a necessidade da criação de um
equilíbrio. Como em todas as áreas e assuntos das Escrituras, temos dois extremos. Um
deles é constituído pelos que rejeitam o conhecimento por revelação do Espírito e que
querem caminhar somente na esfera do intelectualismo; o outro refere-se aos que acham
que somente há revelação com uma total ausência da razão e do conhecimento. Eles
espiritualizam tudo, e, em nome da “revelação”, vivem pregando e ensinando as maiores
aberrações!
Contudo, o que de fato precisamos entender é que realmente há uma harmonia ao
unirmos estas duas posições e ao deixarmos os excessos de lado. Creio que este ensino
pode produzir um pouco mais de equilíbrio entre os que se encontram num destes dois
extremismos.
No entanto, a minha maior preocupação tem a ver com esta nova geração, que Deus
tem levantado nestes dias. Ela tem a consciência da necessidade da revelação, mas, por
falta de instrução, muitos se perdem em meio a tremendos erros doutrinários.
Como eu já afrmei no Capítulo 7, as Escrituras são a base de toda a revelação de
Deus. Tudo o que Ele tem para comunicar aos homens sempre estará em plena harmonia
com as Escrituras! E não somente isto! Tudo o que Deus revela não somente combina ou
harmoniza-se com o que a Bíblia diz, mas também vem por meio dela!
Também vimos que toda nova revelação tem um antigo fundamento, a Palavra
Escrita de Deus. Isto jamais pode ser desrespeitado!
Como Paulo declarou aos coríntios (“... para que em nós aprendais a não ir além do que
está escrito” - 1 Co 4.6), jamais podemos ir além do que a Bíblia diz!

COMO PODEMOS SABER O QUE A BÍBLIA DIZ?

Reconhecendo este fundamento, que não devemos ir além do que está escrito, eu
gostaria de levantar uma nova questão: “Como podemos saber o que a Bíblia diz de fato?”
Pois, para permanecermos no que está escrito, é necessário termos certeza do signifcado
do que está escrito!
Qual é a razão de tantas interpretações diferentes sobre um mesmo assunto?
Podemos ter segurança com relação a um posicionamento doutrinário?
É importante sabermos que há meios de obtermos a verdade.
Um exemplo claro e simples, que eu aprendi com o Pastor Francisco Gonçalves,
retrata bem isto:
Três homens cegos foram colocados diante de um elefante. Disseram a cada um
deles para caminharem até que se deparassem com algo à frente (o animal) e que, pelo
tato, deduzissem o que era aquilo.
O primeiro caminhou até deparar-se com uma das patas do elefante, e, apalpando-a
até o chão, exclamou: “É uma árvore!”
O segundo caminhou até o lado do elefante, e, apalpando-o até onde conseguiu
alcançá-lo, disse: “É uma parede!”
O terceiro caminhou até a tromba, e, apalpando-a, percebeu o seu movimento,
deduziu que se tratava de um animal vivo, e gritou: “É uma cobra!”
Resumindo, se lidarmos com partes isoladas somente, jamais conheceremos o todo!
Tal qual estes cegos, muitos se prendem a apenas algumas partes isoladas da Bíblia
e se perdem em sua interpretação!

TENHA UMA VISÃO GLOBAL

O primeiro princípio de interpretação da Bíblia está exatamente aqui: Procure ver o


todo!
Eu gosto da tradução da Versão Revisada de Almeida de Salmos 119:160: “A soma
das tuas palavras é a verdade, e cada uma das tuas justas ordenanças dura para sempre.”
A “soma” da Palavra signifca tomarmos “um pouco aqui” e “um pouco ali” até que
tenhamos o “todo”, para somente então descobrirmos a verdade!
Com isto concordam as palavras do profeta Isaías:

“Assim pois a palavra do Senhor lhes será preceito sobre preceito, preceito sobre preceito;
regra sobre regra, regra sobre regra; um pouco aqui, um pouco ali.”
Isaías 28.13

Tomamos “um pouco aqui e um pouco ali; regra sobre regra e preceito sobre preceito” , o
que signifca que acrescentamos cada regra ou preceito que encontramos até a formação
de um “quebra-cabeça”: a verdade divina!
Pergunte sempre: “O que toda a Bíblia diz sobre isto?”
Por exemplo: Alguns espíritas usam o texto de 1 Samuel 28, que retrata Saul
consultando uma necromante, para que, supostamente, ele pudesse falar com o espírito de
Samuel, já falecido. E para que eles usam este texto? Para dizerem que há base bíblica para
a consulta aos mortos!
Na verdade este texto não diz isto. Ele não diz que Samuel na verdade se
manifestou, mas que “entendendo” (ou “supondo”) Saul que era Samuel ...”
No entanto, se você ler o texto sem examinar com atenção e considerar uma série de
detalhes, você poderá ser levado a pensar que a Bíblia ensina a comunicação com os
mortos. Mas, se você perguntar: “O que diz o 'todo' da Bíblia?”, você descobrirá que ele
diz o oposto:

“Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as
abominações daqueles povos. Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu flho ou a
sua flha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador,
nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo
aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor
teu Deus os lança fora de diante de ti.”
Deuteronômio 18.9-12
“Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que
chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? acaso a favor dos
vivos consultará os mortos? À Lei a ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra,
nunca lhes raiará a alva.”
Isaías 8.19,20

O que percebemos então?


Que se não considerarmos o “todo”, poderemos nos enganar com relação ao que a
Bíblia diz!
Numa certa ocasião eu ouvi um renomado preletor internacional compartilhando
uma grande “revelação”. Ele citou o conhecido texto de João 14.1-3, sobre as moradas
celestiais:

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai
há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos
preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós
também.”
João 14.1-3

O que universalmente se entende é que Jesus estava falando sobre o nosso Lar
Celestial e que Ele nos levaria lá. Contudo, este irmão, que tem um precioso e poderoso
ministério na Palavra, disse que estávamos pensando erradamente, pois este texto não
queria dizer o que normalmente se interpreta! Aí então ele deu a sua interpretação:
“Onde é a Casa do Pai? Não é o Céu, porque Jesus disse que o Céu é o 'trono de
Deus' (Mt 5.34). Onde é a Casa do Pai? É a Igreja! Nós somos a 'morada de Deus no Espírito'
(Ef 2.22). O que são estes 'lugares' que Jesus foi preparar? São 'posições' no Corpo, que é a
Igreja, ou seja, 'ministérios'!”
Muitos vibraram com esta nova “revelação”, e eu confesso que, somada à
eloqüência deste irmão, esta explanação (que deixei bem simplifcada) era de fazer com
que parássemos e pensássemos!
O que ele disse é verdade ou não?
“Sim” e “Não”!
Como pode ser “Sim” e “Não”?
“Sim” num sentido, e “Não” num outro sentido.
Se você perguntar: “A Igreja é a Casa de Deus? Somos morada de Deus no
Espírito?”
A resposta é “Sim”. Isto é bíblico!
Contudo, se você afrmar que o Céu não é de fato a Casa de Deus, mas somente o
“Seu Trono”, terei que discordar e dizer “Não”!
Por que?
Porque a Bíblia diz que o Céu é a Casa de Deus:

“A ti, que habitas nos céus, elevo os olhos!”


Salmos 123.1 (RA)

A palavra hebraica aqui usada é “yashab” e, de acordo com o Léxico de Strong,


signifca: “habitar, permanecer, assentar, morar, ser estabelecido, ter a residência de alguém”.
Onde este irmão falhou?
Ele falhou por não ter considerado o “todo” da Bíblia. Ele considerou a parte
isolada da Igreja como Casa de Deus, mas a Bíblia não se refere apenas à Igreja (fgurada
nos templos) como Casa de Deus, mas também ao Céu!
Ele errou por não ter considerado as diferentes menções de “casa” na Bíblia e por
não questionar qual delas estava em questão nesta afrmação de Jesus!
Este erro me leva a chamar a sua atenção a um outro princípio: o do contexto!

OBSERVANDO O CONTEXTO

Se este irmão, a quem me referi, tivesse procurado examinar melhor o contexto, ele
teria abandonado rapidamente esta sua“nova revelação”!
Desde criança eu sempre ouvi o meu pai dizer que “um texto fora de contexto não
passa de um pretexto.” Isto é uma grande verdade na hora de interpretarmos as Escrituras.
Se você considerar os versículos anteriores e posteriores a este texto (Jo 14.1-3), você
poderá verifcar que Jesus estava mesmo falando sobre o nosso Lar Celestial!
No Capítulo 13, Versículos 33 a 38, Jesus está anunciando que Ele morreria e
entraria na glória, o que os discípulos não poderiam experimentar naquela hora. Estes são
os versículos anteriores. Observe agora o próprio texto, no Versículo 3:

“Se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que
onde eu estiver estejais vós também.”
João 14.3

“Se Eu for para onde?”


Para o “Céu” ou para a “Igreja”?
Como sabemos para onde Ele iria?
Pela promessa que Ele fez de voltar e levar-nos! E de onde Jesus virá outra vez para
buscar-nos, ou levar-nos?
Do Céu! Basta conferirmos isto em 1 Tessalonicenses 4.16,17.
Você percebe?
Não há uma interpretação correta sem examinarmos o contexto. Eu gostaria de
deixar-lhe mais um exemplo. Um versículo muito usado, porém mal-interpretado nos dias
de hoje, é o seguinte:

“... porque a letra mata, mas o espírito vivifca.”


2 Coríntios 3.6b

Muitas pessoas utilizam este versículo e dizem que o estudo, a especulação intelectual
mata, mas o Espírito Santo, pela “revelação”, vivifca. Contudo, se você examinar o seu
contexto, você verá que esta frase não quer dizer nada disto! O que é a “letra” aqui?
O Versículo 3 fala sobre “tábuas de pedra”, que sabemos que são as tábuas com os
mandamentos que Deus deu a Moisés, e o Versículo 7 refere-se a elas, dizendo: “Se o
ministério da morte, gravado com letras em pedras ...” O Versículo 6 diz que “a letra mata”, e o
Versículo 7 a chama de “ministério da morte”, concordando que de fato “a letra mata”!
Então, que “letra” é esta? A expressão “gravado com letras em pedras” nos revela que
Paulo estava se referindo à Lei de Moisés! Se você ler a Epístola aos Romanos, você
entenderá como a Lei de Moisés mata e como o ministério do Espírito vivifca. Nesta
passagem, ele não está falando de “revelação”, mas da Nova Aliança, onde o Espírito
opera a vida de Deus em nós!
Temos que aprender a considerar o contexto se quisermos interpretar bem! Temos
que questionar a quem ou sobre quem algo foi escrito; quando e para quando; o porquê e
por quem!
O meu propósito aqui não é dar uma aula de Hermenêutica (princípios e processos
de interpretação), mas oferecer-lhe apenas o básico, algo que evite chegarmos a conclusões
grosseiras e errôneas.
Se você observar estes dois princípios (“considerar o todo” e “observar o contexto”),
você já poderá saber se você está com uma interpretação correta ou não. Além disso, como
já foi exposto no Capítulo Seis, toda revelação tem que ser provada. Depois destes dois
passos, eu o aconselho a dar sempre um terceiro: colocar à prova a sua interpretação,
submetendo-a aos irmãos mais infuentes e experientes.
Ainda há muitas riquezas a ser desvendadas na Palavra, como também muitos
ensinos errados a ser corrigidos. Portanto, disponha o seu coração, assimile estas
verdades, dê os passos que o conduzirão à revelação, e receba o conhecimento revelado!

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