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Capítulo 1 - NOÇÕES GERAIS SOBRE A LITURGIA DAS CELEBRAÇÕES DA IGREJA
CATÓLICA NO RITO ROMANO
O QUE É A LITURGIA?
De forma bem simples, liturgia é o conjunto de maneiras ou jeitos pelos quais um grupo
religioso expressa sua fé através dos ritos. A palavra “liturgia” vem do grego “laós” ou “léos”,
que quer dizer “povo”, e “érgon” que quer dizer “obra, serviço ou ação”. Ou seja, a liturgia é: um
serviço para o povo!
Deus é o grande “servidor do povo”, exemplos não faltam: o mundo, Jesus Cristo, os
profetas, as pessoas boas, a natureza etc. Deus age na história, no nosso dia-a-dia. Aos
poucos as pessoas foram descobrindo isso.
Quando nós gostamos muito de alguém queremos ser iguais, se for possível, ou pelo
menos parecidos com ele. Que bom seria se fizéssemos isso também com Deus não é? Deus,
por sua vez, achou a perfeição em servir seu povo com carinho, o jeito de Deus é uma ação
amorosa em favor da humanidade. Nós podemos muito bem fazer MEMÓRIA disso, recordar e
atualizar a obra de Deus em favor do povo, isso é liturgia!
A obra maior de Deus é o mistério pascal de Jesus Cristo, em que ele sofreu, morreu e
ressuscitou, libertando-nos dos nossos pecados.
O QUE É CELEBRAR?
GESTOS E SÍMBOLOS
Os gestos e símbolos são aquilo que tornam a nossa celebração visível, palpável,
participada. Eis alguns exemplos e explicações:
• o SÍMBOLO pode ser qualquer elemento que provoque reação nas pessoas, que
geralmente envolve os sentidos;
• a AÇÃO CORPORAL ou GESTO é a portadora dos símbolos, sem eles nada poderia
ser simbolizado, significado ou vivido; o gesto traz presente uma realidade ausente. Os gestos
brotam do coração e devem revelar Deus com a sua simplicidade.
Algo interessante é que os gestos trazem presentes realidades ocultas, escondidas,
que transcendem a nossa realidade. Os gestos podem ter diferentes significados, um exemplo
é o sinal da cruz feito para se benzer e outro é o da missa ou de um rosário etc.
A ação litúrgica revela a ação de Deus, por isso devem ser verdadeiros por parte de
quem os faz.
Há os excessos, que são o MECANICISMO – fazer os gestos sem vivê-los, apenas
repetir movimentos, como em uma academia ou fábrica; SENTIMENTALISMO – quando o
gesto litúrgico só é bom se causa emoção e o RACIONALISMO – que é a mania de querer
explicar tudo!
Para fazermos memória de algo são necessárias três coisas, que guardamos através
de três verbos:
1) SENTIDO TEOLÓGICO-LITÚRGICO (SABER) – o significado da ação litúrgica;
2) GESTO CORPORAL (FAZER) – o gesto, o movimento;
3) ATIVIDADE ESPIRITUAL (SABOREAR) – intenção e sentimento ao participar.
Fazer memória, tornar memorial, é viver a ação divina da nossa salvação, trazer o
passado e o futuro para o presente. Todos os tempos são presentes quando celebramos.
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A NOSSA LITURGIA DA MISSA
O ANO LITÚRGICO
As diferentes religiões vivem o tempo também de modo diferente, nós cristãos temos
como parâmetro o nascimento de Cristo, os muçulmanos tem o padrão na fuga de Maomé e os
judeus na Páscoa judaica (passagem do mar vermelho)
Na língua grega há dois conceitos de tempo:
• kronos – “o que corrói”;
• kairós – “o tempo da graça”;
Através do kairós Deus opera sua graça em nós.
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Tudo está em torno do dia do Senhor – o domingo, dele partem todos os tempos,
afinal: o centro é Cristo Ressuscitado.
O domingo (Dia do Senhor) começou a ser celebrado para fazer memória da Páscoa,
da ressurreição do Senhor. O domingo foi aos poucos substituindo em importância o sábado
judaico.
Isso dava corpo ao ciclo diário, onde as pessoas agradeciam a Deus pela ressurreição
– de manhã, e confiavam-se a ele para passar a noite – sempre à tarde. Isso já constituiu o
ciclo diário.
Semanalmente os cristãos se encontravam, muitas vezes escondidos nas casas, ou
nas catacumbas sob o pretexto de uma visita aos falecidos, isso constituiu o ciclo semanal,
mesmo que de forma simples.
No século II o Papa Vitor I instituiu uma data para a Páscoa, era o domingo depois do
dia 14 de Nisan – que coincide com a primeira lua cheia da primavera no hemisfério norte.
No século IV surge uma preparação para a Páscoa, na qual se deveria preparar para
viver a festa da Páscoa – a Quaresma.
Outro ciclo que surgiu foi o do Natal, fixado em 25 de dezembro, que é a data do Deus
Romano do Sol Invencível. A festa (bíblica) serviu para terminar com uma idolatria pagã ao Sol,
identificando-o à Jesus Cristo, o verdadeiro Sol da Justiça.
A Epifania do Senhor é uma festa surgida no século IV, no Oriente o Natal é nessa data
– 6 de janeiro.
O culto aos mártires era feito junto aos seus túmulos, onde era celebrada a eucaristia
em tempos de perseguição. A partir do século V foram surgindo as festas de Maria e no século
VI as festas do Senhor (Transfiguração, Corpus Christi etc.)
Há várias cores litúrgicas, que representam um algo específico e também são usadas
em situações específicas:
“Na Igreja, que é o Corpo de Cristo, nem todos os membros desempenham a mesma função.
Esta diversidade de funções na celebração da Eucaristia manifesta-se exteriormente pela
diversidade de vestes sagradas, que por isso devem ser um sinal da função de cada ministro.”
(Instrução Geral do Missal Romano, nº. 335)
1) dos presbíteros:
• alva ou túnica: veste branca comum.
• cíngulo: é um cordão que ajusta a alva à cintura, simboliza a castidade;
• casula: veste usada pelo sacerdote sobre a alva para a celebração da Missa. Assim
como a estola e o cíngulo, varia de cor conforme o tempo litúrgico.
• estola: paramento em forma de tira comprida. A estola é o símbolo da autoridade
sacerdotal. O padre a coloca deixando-a cair sobre o peito.
• véu umeral: usado para a procissão e bênção com o Santíssimo Sacramento;
2) dos bispos (as vestes dos bispos são idênticas as dos presbíteros, acrescente-se
o que chamamos de insígnias episcopais):
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• Anel: insígnia da fidelidade e da união nupcial com a Igreja, sua esposa. O bispo deve
sempre usá-lo;
• Báculo: sinal da responsabilidade pastoral, ou seja, que ele é pastor.
• Mitra: é uma espécie de chapéu alto com duas pontas na parte superior e duas tiras
do mesmo tecido que caem sobre os ombros do bispo;
• Cruz peitoral: cruz que os bispos levam no peito;
• Solidéu: peça de tecido de cor magenta de forma arredondada para a cabeça do
bispo.
OBJETOS LITÚRGICOS
Para a celebração são usados diversos objetos, eles tem função específica e momento
apropriado para utilização conforme o rito a ser realizado:
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GESTOS E POSTURAS DURANTE A MISSA
AS PARTES DA MISSA:
Elas são ligadas por orações: oração do dia, oração sobre as oferendas e oração após
a comunhão.
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ESTRUTURA:
ACOLHIDA: faz-se uma acolhida com bastante alegria e prazer, o início da celebração deve
transparecer o clima alegre e participativo, com piedade e tranquilidade. Geralmente o
animador tem a função de incluir a assembleia no clima da celebração do dia;
1 – PROCISSÃO DE ENTRADA - é a conclusão da procissão que todos fizeram para chegar à
igreja, significa nossa peregrinação no mundo rumo à casa do Pai. Dirigimo-nos para o cordeiro
que está vivo e triunfante; o canto de entrada une a assembleia e acolhe a todos;
2 – SAUDAÇÃO INICIAL - é o “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. O sinal da Cruz
indica que fomos convocados e nos reunimos em nome da Trindade. A partir daí está
constituída a assembleia litúrgica. A saudação presidencial expressa a comunidade
reunida à presença do Senhor;
3 – ATO PENITENCIAL – é o reconhecimento diante de Deus de que somos pecadores.
Expressa o perdão promovido pela Eucaristia, mas não tem poder sacramental de perdoar
pecados. Pode ser feito de quatro formas:
a. Recitação do confiteor (confesso a Deus...)
b. Diálogo: tende compaixão de nós Senhor...
c. Aclamação com respostas: Senhor que viestes salvar, os corações arrependidos,
Senhor tende piedade de nós...
d. Aspersão.
4 – HINO DE LOUVOR – É um hino antiquíssimo no qual a Igreja congregada pelo Espírito
Santo suplica a Deus Pai e ao Cordeiro. Como nos diz a Irmã Miria Kolling: “A Igreja, reunida
no Espírito Santo, glorifica a Deus Pai e dirige louvores e súplicas ao Cordeiro, Jesus Cristo,
nosso Mediador. É, portanto, um hino cristológico e não trinitário”. 1 Foi, em parte, o canto
dirigido a Deus pelos pastores quando do nascimento de Jesus em Belém.
5 – ORAÇÃO DO DIA – É um convite para que todos nos reunamos em torno do mistério
celebrado naquele dia. O convite (Oremos) é herança judaica, e deve ser seguido de silêncio,
quando cada um expressa para si o sentido daquela celebração e entrega a Deus os pedidos e
agradecimentos pessoais.
11 – HOMILIA – homilia quer dizer “conversa familiar” e não deve ser sermão, aula, catequese
ou desabafo pessoal. Pode ter diversos elementos conforme o teor da celebração, mas deve
privilegiar a vida do povo de Deus conforme a palavra de Deus proclamada naquele dia. A
homilia dá um novo olhar para a realidade a partir do Evangelho;
1 Disponível em <http://www.irmamiria.com.br/notcompleta.php?id=574&tipo=2>;
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LITURGIA EUCARÍSTICA ==================
Partes:
17 – RITO DA COMUNHÃO – compreende toda a parte desde o Amém até antes da Oração
após a comunhão. É a alimentação na mesa de Jesus.
a) Pai Nosso: pedimos ao pai o que nos ajuda a sermos melhores e mais solidários.
Após o Pai Nosso há um embolismo (prolongamento): Livrai-nos de todos os males ó
Pai e daí-nos hoje a vossa paz... Só depois da oração pela paz é que se pronuncia
Amém.
b) Oração pela paz – Indica o desejo de comunhão e paz entre os irmãos;
c) Abraço da paz – gesto concreto do rito da paz, deve ser dado aos mais próximos de
nós. Segundo a XI Assembleia da CNBB, a forma típica aqui no Brasil é o modo como
duas pessoas se encontram em lugares públicos sem constrangimento.
d) Fração do pão – é a recordação do gesto de partilha, indica a união do corpo e do
sangue de Cristo para a obra da salvação, é acompanhado do canto ou recitação do
Cordeiro de Deus.
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e) Comunhão – participação no banquete de Jesus;
Os ritos finais marcam o início do nosso apostolado, fortalecidos pelo Cristo somos
enviados em missão.
O livro central para a celebração da Missa é o Missal Romano, dele o sacerdote utiliza
o rito aprovado para celebrar a Eucaristia, em outras palavras, é o script da Missa. Para
preparar o uso do missal é preciso ter em mente alguns aspectos:
Basicamente, o que se separa no Missal? Bem, vamos por passos, e com um exemplo:
digamos que hoje é dia 14 de julho de 2013. A celebração litúrgica desse dia é o 15º Domingo
do Tempo Comum, no Ano C. Temos de encontrar:
Não há uma regra para a utilização das fitas em geral, utilize-se a que desejar, desde
que o sacerdote não faça questão quando ele mesmo manuseia. Quando não se deixa o
Missal sobre o altar, é conveniente que a aproximação do sacerdote seja feita de modo
tranquilo, sem pressa, e no tempo preciso. Ao ser librífero (este é o nome do que porta o missal
ou outros livros nas celebrações) evite-se ocupar a frente do presidente, para que ele veja a
assembleia para quem fala.
a) Na oração do dia;
b) Ao altar, quando da preparação das oferendas, permanecendo aí até a comunhão;
c) Na oração após a comunhão;
d) Na bênção final;
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Na necessidade de outros momentos da celebração, se não houver estante e o
presidente da celebração não segurar folhas, leve-se as mesmas dentro do missal, ou, se
houver, numa pasta conveniente, é comum fazer isso na introdução do Ato Penitencial e nas
Preces, por exemplo, com alguns sacerdotes.
A fita em uso, quando da leitura, durante as orações da página da esquerda, pode ficar
entre as páginas do livro, já facilitando a passagem para a página da direita. Depois que o
padre já terminou de rezar na página da esquerda, é conveniente fechar esta leitura colocando
a fita sobre a página da esquerda, na diagonal. Isso significa que o presidente deve ler na
página da direita.
O librífero deve ficar atento à leitura do sacerdote, pois deve zelar para que o rito seja
realizado integralmente. Como: caso o sacerdote pule alguma oração essencial aponte com o
dedo para o local onde ele deveria ter lido (não é conveniente insistir, caso o padre não dê
atenção à indicação, que se fique coma a sensação de dever cumprido, mas atenção: só o faça
caso haja certeza!)
Nas orações do dia, sobre as oferendas e após a comunhão, quando das conclusões:
Por Cristo Nosso Senhor, Por Nosso Senhor Jesus Cristo... nas quais só se seguir o Amém, já
pode ser feito o fechamento do livro e saída. Para estes momentos é conveniente que o
librífero esteja do lado ao qual chegará ao presidente, para que não seja necessário
atravessar-lhe a frente.
Quando na missa se celebra a data de um santo? O primeiro livro a se olhar para saber
isso é o Diretório de Liturgia da CNBB, que a maioria das igrejas possui, mas caso este livro
não esteja presente, vale a pena olhar a Tabela dos dias litúrgicos, que traz, em resumo,
qual celebração deve ser realizada, ou ainda, numa linguagem mais simples: o que é mais
importante de se celebrar naquele dia?
CONDIÇÃO CIRCUNSTÂNCIA
Dia da Missa 20 de janeiro de 2013
Local da Missa Capela Nossa Senhora Aparecida
Dia da Semana e tempo litúrgico 2º Domingo do Tempo Comum
Santos do dia conforme o missal São Fabiano e São Sebastião
Celebrar-se á missa votiva? Não
Depois dessa tabela, o que ocorre. Bem, na Capela Nossa Senhora Aparecida, a
padroeira é Nossa Senhora Aparecida. São Sebastião e São Fabiano não são padroeiros
desse lugar. Olhando a tabela da p. 111 só aparece a citação Domingos do Tempo Comum,
celebrações votivas não. Traduzindo: celebrar-se-á o 2º Domingo do Tempo Comum.
CONDIÇÃO CIRCUNSTÂNCIA
Dia da Missa 20 de janeiro de 2013
Local da Missa Capela São Sebastião
Dia da Semana e tempo litúrgico 2º Domingo do Tempo Comum
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Santos do dia conforme o missal São Fabiano e São Sebastião
Celebrar-se á missa votiva? Sim, Solenidade do Padroeiro
1) ...
2) ...
3) ...
4) Solenidades próprias, a saber:
a. Solenidade do padroeiro principal do lugar ou da cidade.
5) ...
6) Domingos do Tempo do Natal e Domingos do Tempo Comum.
Veio primeiro na tabela a solenidade! Então, ao povo deste lugar, feliz dia do padroeiro,
e ao restante: bom 2º Domingo do Tempo Comum.
Há, ainda santos, que só se celebram por piedade popular, ou seja, caso a comunidade
queira mesmo e não haja nenhum caso que impeça, são casos famosos:
a) 13 de maio – Nossa Senhora de Fátima;
b) 16 de outubro – Santa Edwiges;
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1) Da ocasião:
a. Se for domingo – utilize-se o volume I do Lecionário (Lecionário Dominical)
b. Se for outro dia da semana – utilize-se o Volume II do Lecionário
(Lecionário Semanal ou Ferial);
c. Se for o dia de um santo cuja comemoração seja memória ou festa- utilize-
se o Volume III do Lecionário (Lecionário Santoral ou Festivo);
d. Se for realizada uma das celebrações previstas no Pontifical Romano e
que requeira uma leitura assim, p. ex.: Dedicação de Igreja – utilize-se o
Volume IV do Lecionário (Lecionário do Pontifical Romano).
2) Do ano: A, B ou C, aos domingos;
3) Do tempo litúrgico em que se está;
4) Do dia da semana;
5) Se for dia de semana, veja-se se o ano é par ou ímpar.
No caso dos leitores, é comum que se faça uma reverência ao altar antes da leitura.
Evite-se de o próprio leitor ligar ou desligar os microfones, alguns leitores não tem habilidade
para tal. Assim como o librífero deve estar atento às palavras do sacerdote, quem acompanha
os leitores também deve estar atento às leituras e ao salmo, caso o leitor se perca, informe o
erro apontando o dedo para o lugar onde ele deveria ter lido. Caso ainda, o leitor inicie uma
leitura que não é a sua, interrompa-o e indique a leitura correta (do mesmo modo, desde que
haja a certeza do que se faz).
Muitas vezes, a função de preparo do que será utilizado na celebração eucarística cabe
aos ministros extraordinários da comunhão, a algum sacristão, ou ainda, ao próprio padre. O
cerimoniário deve, contudo, estar atento a esses objetos, que podem parecer detalhes e passar
despercebidos.
Caso haja o uso do turíbulo, muito cuidado ao manuseá-lo, pois em uso está quente, e
é muito comum que se queimem paramentos com as brasas ou mesmo com o carvão do
turíbulo.
Há duas formas comuns de incensação (no Rito Romano atual): o trio de ductos e a
dupla de ductos, que chamamos de “três ductos” e “dois ductos”.
O turiferário ou outra pessoa incumbida desta função, habitualmente só fará os três
ductos: incensando o presidente da celebração, a assembleia e as oblatas na consagração, os
outros movimentos são do bispo, sacerdote ou diácono.
Na tabela a seguir vão todos:
Objeto Momento Quem incensa Tipo
(preferencialmente)
Altar Entrada Presidente Em torno do altar
Cruz Entrada Presidente Três ductos
Imagens de santos -------- Presidente Dois ductos
Evangeliário Evangelho Diácono Três ductos
Oblatas Ofertório Presidente Três ductos
Presidente Ofertório Diácono (*) Três ductos
Outros bispos, Ofertório Diácono (*) Três ductos
padres ou diáconos
Hóstia e cálice Consagração Diácono (*) Três ductos
(elevados na
consagração)
Os quadros marcados com (*), marcam os momentos em que, na ausência ou
impossibilidade do diácono, um cerimoniário poderá realizar estas funções.
A cruz
A cruz processional tem os seguintes procedimentos: se houver outra cruz virada para
a assembleia, a cruz processional é colocada virada para o altar. Caso não haja cruz no
presbitério voltada para o povo, a cruz permanece virada para o altar apenas nas incensações
(entrada e ofertório), e nos outros momentos, permanece voltada para o povo.
A procissão de entrada
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sete);
3) Clérigos diversos (dois a dois);
4) Diácono com o livro dos Evangelhos;
5) Outros diáconos;
6) Presbíteros;
7) Bispo;
8) Diáconos assistentes;
9) Librífero, baculífero e mitrífero.
1) Turiferário3 e naveteiro4;
2) Cruciferário5, ladeado dos ceroferários6 (alguns lugares dizem ceriferários);
3) Coroinhas diversos;
4) Cerimoniários diversos;
5) Seminaristas7 (caso haja);
6) Diácono com o livro dos Evangelhos (caso haja);
7) Diáconos diversos (caso haja) 8;
8) Padres;
9) Bispo;
10) Diáconos assistentes9 (caso haja);
11) Baculífero10 (à esquerda), librífero11 (ao centro) e mitrífero12 (à direita).
7 No caso dos seminaristas, cerimoniários e coroinhas, considerem-se os que não está em alguma
das funções listadas na procissão, presentes também nas notas de rodapé desta página;
8 Diáconos diversos = diáconos que não estão levando o Evangeliário ou estão na assistência ao
bispo;
9 Diáconos assistentes = diáconos que ladeiam o bispo em algumas funções na missa, como a
12 Mitrífero = o que leva a Mitra, mas em geral é a bandeja, onde se colocam a mitra ou o
Dentre outras coisas, o cerimoniário deve estar atento aos momentos com o turíbulo,
para que não atrasem, à ordem das procissões, à necessidades do bispo, como água e
microfones, bem como às atividades dos músicos, para que a missa tenha cadência e o rito
seja uniforme, nem com buracos nem com demoras.
Dom Nelson Westrupp scj, bispo diocesano de Santo André, em algumas missas (na
Crisma não), costuma usar uma estante para a homilia, caso ele necessite, deve-se estar
atento a isso.
a) Água (limpa);
b) Pia batismal (organizada e limpa);
c) Sacramentário ou Rito do Batismo (caso o padre, diácono ou ministro do
batismo utilize);
d) Óleo dos catecúmenos;
e) Óleo do crisma;
f) Vela para acender no Círio Pascal;
g) Círio Pascal aceso;
h) Concha para o batismo e toalha para enxugar o batizado;
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Capítulo 9 – O SACRAMENTO DA CRISMA
Roteiro:
Imposição das mãos: para a Imposição das mãos, o bispo depõe a mitra e impõe as mãos
sobre os crismandos. Neste momento é necessário que alguém lhe segure um microfone;
Unção com o Crisma: o bispo recebe Mitra e Báculo, e unge os crismandos. Durante a unção,
Dom Nelson pede que a fila não deixe grandes espaços, especialmente com muitos
crismandos. Durante a unção, o lavabo já deve estar sendo preparado. Caso haja diácono,
este pode segurar o óleo para o bispo durante a unção e alguém lhe segura o microfone.
Preces: a celebração continua com as preces, e o bispo, após lavar-se, depõe a mitra,
preparando-se para este momento.
Capítulo 10 - POSTURAS
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atenção em todos os momentos, mas só naqueles em que realmente for
necessário.
7) Asseio: cuide de suas vestes com zelo, mantendo-as limpas e organizadas.
Evite também roupas chamativas e cuide para não utilizar sapatos de cores que
chamem a atenção, é muito bom manter cabelos e unhas em ordem. No caso
das meninas, não exagerar na maquiagem.
8) DICA DE PRATA: Um relacionamento cordial e gentil com todos os participantes
renderá tranquilidade e amizade, mesmo se for necessário tomar alguma
posição mais enérgica durante a celebração para seu bom andamento. Nunca
humilhe ninguém durante uma celebração (nem fora dela), evite gritos e
prepotência. Saiba os ritos e ofereça segurança aos demais, assim todos
estarão seguros e confiarão em você. Caso não saiba algo, peça ajuda a
alguém mais experiente, e se mesmo assim apresentar dificuldade, transmita
isso ao presidente da celebração – haverá aprendizado de ambas as partes.
TODAS ESSAS DICAS SÃO IMPORTANTES, não adianta muita coisa ser um poço
de candura mas ao mesmo tempo ser irresponsável e desleixado.
Cuidado com os sites da internet, muitos são bons, mas há muita coisa errada por aí
afora. Por segurança, baseie-se nos ritos e converse com o presidente da celebração antes da
missa ou outro rito. Interesse-se pela boa liturgia, não apenas por comentários ou
especulações.
Por fim, a DICA DE OURO: tenha uma vida de verdadeira oração, conversa, carinho
e amizade com Deus. Com certeza seu “ministério” será uma fonte de alegria para a
comunidade. Santas, boas e excelentes cerimônias!
RITOS INICIAIS
A finalidade dos ritos inciais, precedem a liturgia da palavra e têm o caráter de
exórdio, introdução e preparação. Sua finalidade é fazer com que os fiéis,
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reunindo-se em assembléia, constituam uma comunhão e se disponham para
ouvir atentamente a palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia.
Glória O texto deste hino (remonta ao século II) não pode ser
substituído por outro. Entoado pelo sacerdote ou, se
for o caso, pelo cantor ou o grupo de cantores, é
cantado por toda a assembleia. Se não for cantado,
deve ser recitado por todos juntos ou por dois coros
dialogando entre si. O Glória é próprio aos domingos
(exceto no Advento e na Quaresma) e nas
solenidades e festas.
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Oração da coleta Ao convite do sacerdote ('Oremos'), este diz a oração
que se costuma chamar 'coleta', pela qual se exprime
a índole da celebração. Conforme antiga tradição da
Igreja, a oração costuma ser dirigida à Trindade
Santa.
LITURGIA DA PALAVRA
A liturgia da palavra deve ser celebrada de tal modo que favoreça a meditação.
Integram-na também breves momentos de silêncio, pelos quais, sob a ação do
Espírito Santo, se acolhe no coração a Palavra de Deus. Convém que tais
momentos de silêncio sejam observados, por exemplo, antes de se iniciar a
própria liturgia da palavra, após a primeira e a segunda leitura, como também
após o término da homilia.
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especial. O Evangelho é lido pelo sacerdote.
LITURGIA EUCARÍSTICA
É a parte central da missa. Traz presente a última ceia, quando Cristo instituiu
o sacramento eucarístico. A Igreja dispôs toda a celebração eucarística de
modo a corresponder às palavras e gestos de Cristo: na preparação dos dons
levam-se ao altar o pão e o vinho com água, isto é, aqueles elementos que
Cristo tomou em suas mãos; na oração eucarística, rendem-se graças a Deus
por toda a obra da salvação e as oferendas tornam-se Corpo e Sangue de
Cristo; pala fração do pão e pela comunhão os fieis, embora muitos, recebem o
Corpo e o Sangue do Senhor de um só pão e de um só cálice, do mesmo modo
como os apóstolos, das mãos do próprio Cristo.
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Preparação das O sacerdote prepara o altar colocando nele o corporal,
ofertas o purificatório, o missal e o cálice, a não ser que se
prepare na credência. A seguir, trazem-se as
oferendas, que podem ser levadas pelos fieis, até o
sacerdote. O canto do ofertório acompanha a
procissão das oferendas e se prolonga pelo menos
até que os dons tenham sido colocados sobre o altar.
O pão e o vinho são depositados sobre o altar pelo
sacerdote, proferindo as fórmulas estabelecidas; o
sacerdote pode incensar as oferendas colocadas
sobre o altar e, em seguida, a cruz e o próprio altar.
Em seguida, o sacerdote lava as mãos, ao lado do
altar, como rito de purificação.
Rito da paz Oração dita somente pelo sacerdote, por meio da qual
a Igreja implora a paz e a unidade para si mesma e
para toda a família humana. A saudação entre os fieis
há de ser sóbria e apenas aos que lhe estão mais
próximos.
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Cristo. Os fiéis fazem o mesmo, rezando em silêncio.
A seguir, o sacerdote mostra aos fiéis o pão
eucarístico sobre a patena ou sobre o cálice e
convida-os ao banquete de Cristo; e, unindo-se aos
fiéis, faz um ato de humildade, usando as palavras
prescritas do Evangelho. Enquanto o sacerdote
recebe o sacramento, entoa-se o canto da comunhão
que se estenderá à comunhão dos fieis. Para encerrar
todo o rito da Comunhão, o sacerdote profere a
oração depois da comunhão, em que implora os frutos
do mistério celebrado.
RITOS FINAIS
Nos ritos de encerramento temos breves comunicações, se forem necessárias;
saudação e bênção do sacerdote, que em certos dias e ocasiões é enriquecida
e expressa pela oração sobre o povo, ou por outra fórmula mais solene;
despedida do povo pelo diácono ou pelo sacerdote, para que cada qual retorne
às suas boas obras, louvando e bendizendo a Deus; o beijo ao altar pelo
sacerdote e o diácono e, em seguida, a inclinação profunda ao altar pelo
sacerdote, o diácono e os outros ministros.
REFERÊNCIAS
LUTZ, CSSp, Pe. Gregório, (Org), História Geral da Liturgia: das origens até o Concílio
Vaticano II, São Paulo: Paulus, 2010;
PAULINAS, Núcleo de Catequese; PASTRO, Cláudio, Iniciação à liturgia, São Paulo: Paulinas,
2012
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