Sunteți pe pagina 1din 88

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

CARLOS HENRIQUE ROCHA DO AMARAL MARINO

ESTUDO DO SISTEMA CONSTRUTIVO INDUSTRIALIZADO


LIGHT STEEL FRAMING

MARINGÁ
2012
CARLOS HENRIQUE ROCHA DO AMARAL MARINO

ESTUDO DO SISTEMA CONSTRUTIVO INDUSTRIALIZADO


LIGHT STEEL FRAMING

Monografia apresentada como parte dos


requisitos necessários para aprovação no
componente curricular Trabalho de Conclusão do
Curso de Engenharia Civil da Universidade
Estadual de Maringá.

Orientadora: Profa. Mena Cristina Marcolino


Mendes

MARINGÁ
2012
CARLOS HENRIQUE ROCHA DO AMARAL MARINO

ESTUDO DO SISTEMA CONSTRUTIVO INDUSTRIALIZADO LIGHT


STEEL FRAMING

Monografia apresentada como parte dos


requisitos necessários para aprovação no
componente curricular Trabalho de Conclusão do
Curso de Engenharia Civil da Universidade
Estadual de Maringá.

Aprovada em ____/_____/_______

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________
Profa. Ms. Mena Cristina Marcolino Mendes - UEM

_____________________________________________________
Profa. Dr a. Luci Mercedes De Mori - UEM

_____________________________________________________
Profa. Dr a. Marcela Paula M. Zanin Meneguetti - UEM
3

Aos meus pais, por me ensinarem os valores que


não se encontram em qualquer lugar.
AGRADECIMENTOS

A Deus, pois sem Ele, nada teria sentido e nem existência.


A Professora Mena Marcolino pela paciência e grande disposição para que o seguinte
trabalho fosse realizado.
À banca examinadora pelas contribuições que determinaram um foco para este estudo.
À minha família, que sempre foi a base para tudo o que eu vivi, e se interessou e me
apoiou em todo o tempo dedicado a este trabalho.
A todos os amigos que fizeram parte dessa etapa inesquecível da minha vida que se
conclui com este estudo.
“O novo sempre despertou perplexidade e
resistência.” (Sigmund Freud)
RESUMO

O déficit habitacional há muitos anos representa um grande problema social no Brasil


e nesse contexto, e a busca de sistemas construtivos mais eficientes são uma alternativa para
reduzir custos e possibilitar maior acesso à moradia, e com maior qualidade. Este trabalho irá
mostrar um comparativo de produtividade e custo entre o sistema industrializado Light Steel
Framing, e o sistema convencional, que utiliza blocos cerâmicos e estrutura em concreto
armado. Os quantitativos de materiais e mão de obra foram obtidos por meio da Tabela
Composições de Preços para Orçamentos (TCPO 13) e os respectivos preços foram
determinados com base no mercado da região de Maringá – PR. A produtividade foi
comparada através do tempo total necessário para a execução de todas as etapas que
envolvem estrutura, vedação e revestimento. Analisando a caracterização do sistema LSF
junto à revisão teórica sobre a industrialização da construção civil e o contexto atual do país,
foi possível chegar a resultados satisfatórios, mostrando que o Light Steel Framing é um
sistema competitivo, mesmo com o emprego de materiais mais caros, e que tem muito a
oferecer para o mercado que tende a evoluir em qualidade e produtividade com a chegada de
novos sistemas e tecnologias.

Palavras-chave: Light Steel Frame. Sistemas industrializados. Racionalização. Modulação.


LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Protótipo lançado na Feira Mundial de Chicago, em 1933...................................... 31
Figura 2 - Perfis estruturais de madeira e aço galvanizado. ..................................................... 32
Figura 3 - Residência sendo construída em Light Steel Framing. ............................................ 32
Figura 4 - Transporte de painéis prontos. ................................................................................. 36
Figura 5 - Protótipo dividido em camadas para exposição na Vila do Aço, São Paulo. .......... 37
Figura 6 - Ilustração da ancoragem do painel na fundação. ..................................................... 38
Figura 7 - Radier com demarcação dos painéis a serem instalados. ........................................ 38
Figura 8 - Desenho esquemático de uma residência em Light Steel Framing. ........................ 39
Figura 9 - Tipos de vergas. ....................................................................................................... 41
Figura 10 - Distribuição dos esforços através da verga para ombreiras. .................................. 41
Figura 11 - Painel com contraventamento em "X". .................................................................. 42
Figura 12 - Ligação de dois painéis. ......................................................................................... 43
Figura 13 - Encontro de três painéis. ........................................................................................ 43
Figura 14 - Estrutura de piso em LSF....................................................................................... 43
Figura 15 - Desenho esquemático de laje úmida. ..................................................................... 44
Figura 16 - Desenho esquemático de laje seca. ........................................................................ 44
Figura 17 - Exemplo de estrutura de escada. ............................................................................ 45
Figura 18 - Telha shingle com subcobertura instalada sobre a placa OSB. ............................. 45
Figura 19 - Caibros e vigas alinhados com montantes de painel estrutural. ............................ 46
Figura 20 - Revestimento interno em gesso acartonado. .......................................................... 47
Figura 21 - Vedação com OSB e manta hidrófuga. .................................................................. 47
Figura 22 - Revestimento externo com placas cimentícias. ..................................................... 48
Figura 23 - Argamassa projetada sobre o painel OSB revestido com manta e tela. ................. 48
Figura 24 - Revestimento com "Siding" Vinílico. .................................................................... 48
Figura 25 - Isolamento com lã de vidro. ................................................................................... 49
Figura 26 - Isolamento com lá de rocha. .................................................................................. 49
Figura 27 - Instalação elétrica nos painéis................................................................................ 50
Figura 28 - Passagem das tubulações com facilidade............................................................... 50
Figura 29 - Condomínio Vila Dignidade, em Avaré - SP. ....................................................... 55
Figura 30 - Execução da estrutura em LSF. ............................................................................. 55
Figura 31 - Planta de um bloco com representação dos movimentos necessários em situações
críticas para idosos cadeirantes................................................................................................. 56
8

Figura 32 - Esboço do projeto do Vila Dignidade. ................................................................... 57


Figura 33 - Detalhes da estrutura e da modulação do sistema.................................................. 58
9

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Nível de industrialização da construção. ................................................................. 36


Tabela 2 - Designações dos perfis de aço para LSF. ................................................................ 40
Tabela 3 - Pesquisa de preços realizada para o sistema LSF.................................................... 61
Tabela 4 - Pesquisa de preços realizada para o sistema convencional. .................................... 62
Tabela 5 - Descriminação do custo dos serviços entre os sistemas. ......................................... 63
Tabela 6 - Quantidade de horas de mão de obra utilizada para cada sistema........................... 64
Tabela 7 - Comparativo entre o custo e produtividade. ............................................................ 64
10

Sumário
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 12
1.1 Justificativa ................................................................................................................ 13
1.2 Objetivos .................................................................................................................... 14
1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 14
1.2.2 Objetivos Específicos ......................................................................................... 14
1.3 Estrutura do trabalho .................................................................................................. 14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 16
2.1 Situação da construção civil no contexto nacional .................................................... 16
2.2 Pré-Fabricação e Industrialização .............................................................................. 16
2.3 Racionalização ........................................................................................................... 20
2.4 Sistemas a seco .......................................................................................................... 20
2.5 Modulação ................................................................................................................. 20
2.6 Sustentabilidade ......................................................................................................... 21
2.6.1 Construção Sustentável ...................................................................................... 21
2.6.2 O conceito sustentável do aço ............................................................................ 22
2.7 Perdas ......................................................................................................................... 23
2.8 Produtividade ............................................................................................................. 24
2.9 Qualidade do ambiente construído ............................................................................ 26
2.10 Custo....................................................................................................................... 27
2.10.1 Conceitos básicos de custos................................................................................ 27
2.10.2 Custos na construção civil .................................................................................. 27
2.11 Sistemas construtivos em aço ................................................................................. 29
2.11.1 Vedação .............................................................................................................. 29
2.12 Caracterização do sistema construtivo Light Steel Framing ........................... 31
2.12.1 Conceito e histórico ............................................................................................ 31
2.12.2 Métodos de execução.......................................................................................... 35
2.12.3 Etapas Construtivas ............................................................................................ 37
2.12.3.1 Fundação ......................................................................................................... 37
2.12.3.2 Estrutura .......................................................................................................... 39
2.12.3.3 Vedações e acabamentos ................................................................................ 46
2.12.3.4 Isolantes .......................................................................................................... 49
2.12.3.5 Instalações ....................................................................................................... 49
2.12.4 Entraves .............................................................................................................. 50
2.12.4.1 Legalização do sistema ................................................................................... 50
2.12.4.2 Cuidados e limitações ..................................................................................... 51
2.12.5 Potencial ............................................................................................................. 52
3 METODOLOGIA........................................................................................................... 53
11

4 ESTUDO DE CASO: CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA .................................. 55


5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................... 59
5.1 Composições e levantamento de quantitativos .......................................................... 59
5.2 Levantamento de preços na região de Maringá - PR ................................................. 60
5.3 Análise dos resultados ............................................................................................... 63
6 CONCLUSÃO................................................................................................................. 66
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 67
APÊNDICES ............................................................................................................................ 70
Apêndice A ........................................................................................................................... 70
Apêndice A (Continuação) ................................................................................................... 71
Apêndice B ........................................................................................................................... 72
Apêndice B (Continuação) ................................................................................................... 73
Apêndice C ........................................................................................................................... 74
Apêndice D ........................................................................................................................... 75
ANEXOS .................................................................................................................................. 76
Anexo 1 ................................................................................................................................ 76
Anexo 2 ................................................................................................................................ 77
Anexo 3 ................................................................................................................................ 78
Anexo 4 ................................................................................................................................ 79
Anexo 5 ................................................................................................................................ 80
Anexo 6 ................................................................................................................................ 81
Anexo 7 ................................................................................................................................ 82
Anexo 8 ................................................................................................................................ 83
Anexo 9 ................................................................................................................................ 84
Anexo 10 .............................................................................................................................. 85
Anexo 11 .............................................................................................................................. 86
Anexo 12 .............................................................................................................................. 87
12

1 INTRODUÇÃO

O Brasil passa por uma fase de intenso desenvolvimento, produção e investimento na


Construção Civil em todas as suas vertentes e áreas afins. Engenheiros, arquitetos, técnicos e
outros profissionais do setor vivenciam uma época de oportunidades e avanços tecnológicos.
Os construtores tem buscado investir em processos construtivos mais eficientes que
resultem em produtos de melhor qualidade sem aumentos significativos dos custos, a fim de
se tornarem mais competitivos, como forma de garantir a presença de suas empresas no
mercado (FREITAS; CRASTO, 2006b).
Mesmo que grande parte do interesse pelo desenvolvimento e melhorias nos
escritórios e canteiro de obras venha dos proprietários e administradores objetivados em
melhorarem seus ganhos, a industrialização da construção civil atinge outras áreas e traz
vantagens e melhorias para todos os envolvidos. Enquanto as novas técnicas e equipamentos
empregados proporcionam eficiência e produtividade muito mais satisfatória aos donos das
construtoras, esses mesmos avanços trazem em sua maioria, maior segurança para os
operários, melhores condições de trabalho (ergonomia, redução das lesões por esforços
repetitivos, etc), melhor qualidade e precisão das atividades, menor tempo de execução,
menores perdas de materiais, possibilidades de reuso e reciclagem de grande parte dos
resíduos, entre outros. Para esclarecer tais vantagens abordam-se as características dos
sistemas industrializados e do conceito de construção a seco.
O sistema construtivo a ser estudado, denominado Light Steel Framing (LSF),
caracteriza-se por um elevado nível de industrialização e organização, no qual seus
componentes relacionam-se integrando todo seu processo e tornando o canteiro de obras um
local de montagem (CASTRO, 2006). O sistema possui uma concepção racional dividida em
subsistemas que possibilitam uma construção industrializada e a seco. Esses subsistemas são:
estrutural, fundação, isolamento termoacústico, fechamento interno e externo e instalações
elétricas e hidrossanitárias.
O LSF trata basicamente de uma construção baseada em cargas distribuídas em lajes e
paredes constituídas de perfis de aço leve. Os fechamentos são constituídos por produtos
industrializados e padronizados nos quais podem ser utilizados os mais variados
revestimentos, comuns nos sistemas convencionais, com os devidos isolamentos contra a
umidade.
O LSF vem sendo empregado em países como Estados Unidos, Inglaterra, Japão e
Austrália há mais de 40 anos e atualmente, o Brasil possui meios para a produção de
construções com o sistema. Apesar de o caso brasileiro exigir a necessidade de adaptação da
13

tecnologia para adequá-la à diversidade do clima brasileiro, aos padrões estéticos e à cultura
construtiva nacional (FREITAS; CRASTO, 2006b).

1.1 Justificativa

Desenvolvimento lento e trabalho caracterizado pelo modo artesanal em plena fase de


aquecimento e valorização do setor da construção civil. Verifica-se que os níveis de
qualidade das edificações estão abaixo do esperado, presença de defeitos e patologias antes da
edificação ser habitada, perda de tempo e materiais no processo de execução, alta rotatividade
de funcionários ou operários em canteiro, e mão de obra desqualificada.
Em contrapartida a tal situação relatada, será apresentado neste trabalho uma possível
solução e evolução no setor, o sistema LSF.
Apesar de o Brasil ser um dos maiores produtores mundiais de aço, o emprego de
estruturas metálicas em edificações tem sido pouco expressivo se comparado ao potencial do
parque industrial brasileiro.
A proposta é apresentar estudar um sistema construtivo com nível elevado de
industrialização, que empregue materiais com maior controle de qualidade, técnicas com
maior precisão na execução e um projeto detalhado. Além disso, que seja viável
economicamente para uma produção em série, com redução do tempo de execução, sem
comprometer a qualidade; que atenda as necessidades do usuário quanto as suas expectativas
de desempenho técnico e estético; seja compatível com outros sistemas da edificação e
sustentável do ponto de vista de redução das perdas e resíduos e maior vida útil de projeto.
14

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Realizar um estudo comparado de produtividade e custo entre o sistema construtivo


convencional em concreto armado e alvenaria de blocos cerâmicos e o Light Steel Framing
que possa representar a realidade destes dois sistemas para o contexto de Maringá - PR.

1.2.2 Objetivos Específicos

Para atingir o objetivo geral deste estudo, será necessário o cumprimento dos seguintes
objetivos específicos:
 Caracterizar o sistema construtivo em aço, denominado Light Steel Framing, quanto à
execução da estrutura e da vedação no contexto da industrialização e da
racionalização;
 Quantificar os serviços a serem realizados a partir do levantamento e do projeto da
Vila Dignidade de Avaré, SP;
 Levantar quantitativo de materiais e mão de obra a partir da TCPO;
 Levantar valores reais de materiais e mão de obra para o sistema LSF e para o sistema
convencional com base na realidade da região de Maringá;
 Observar aspectos construtivos entre os sistemas que mostrem se há alguma
competitividade e vantagem entre eles além do custo direto.

1.3 Estrutura do trabalho

O Capítulo 1 faz uma breve introdução sobre o tema em estudo, estabelecendo um


contexto e justificando o presente trabalho.
No Capítulo 2, apresenta-se uma revisão teórica acerca dos conceitos envolvidos no
trabalho que estão relacionados à construção civil e à tendência para a industrialização do
setor em suas dadas limitações. Além disso, contempla a caracterização do sistema Light Steel
Framing, por fazer parte dos objetivos específicos deste trabalho.
No Capítulo 3, a metodologia aborda a forma como serão realizadas cada uma das
etapas do estudo, incluindo a revisão, os levantamentos, pesquisas e comparativos.
O Capítulo 4 é apresentado um correlato utilizado como base para o estudo
comparativo.
15

O Capítulo 5 apresenta os dados organizados, descritos e analisados sobre o que foi


sendo observado ao longo do estudo.
O Capítulo 6 traz a conclusão, com observações sobre pontos que ainda podem ser
discutidos no contexto dos sistemas industrializados.
16

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Situação da construção civil no contexto nacional

Em 2008, o déficit habitacional estimado correspondia a 5,546 milhões de domicílios,


dos quais 4,629 milhões, ou 83,5%, estavam localizados nas áreas urbanas. Em relação ao
estoque de domicílios particulares permanentes do país, o déficit correspondia a 9,6%, sendo
9,4% nas áreas urbanas e 11% nas rurais. Na comparação entre 2008 e a estimativa
recalculada de 2007, houve queda de 442.754 unidades habitacionais no montante
considerado como déficit habitacional no Brasil (BRASIL, 2011).
Diante do crescimento populacional e dos avanços tecnológicos, a indústria da
construção civil no mundo tem buscado sistemas mais eficientes de construção com o
objetivo de aumentar a produtividade, diminuir o desperdício e atender a uma demanda
crescente.
O caminho para mudar esse quadro, como afirma Dias (2000) apud Freitas e Crasto
(2006b), passa necessariamente pela construção industrializada, com mão de obra qualificada,
otimização de custo mediante contenção do desperdício de materiais, padronização, produção
seriada e em escala, racionalização e cronogramas rígidos de planejamento e execução.
Apesar de as empresas construtoras brasileiras serem tradicionalmente resistentes às
modernizações dos seus meios de produção por tratar-se de um modelo tradicional em pleno
funcionamento, a introdução de inovações tecnológicas é a melhor forma para se atingir a
industrialização dos processos construtivos. Porém, essas inovações devem ser
economicamente viáveis e compatíveis com os condicionantes nacionais, para que a
construção industrializada possa ser a solução real no panorama brasileiro (SALES, 2001
apud FREITAS e CRASTO, 2006b).
Entretanto, diante da crescente demanda do mercado por novas edificações e da
disponibilidade técnica de alternativas, várias correntes desse setor têm se mostrado
favoráveis ao emprego de soluções industrializadas (SANTIGO; ARAUJO, 2008).

2.2 Pré-Fabricação e Industrialização

A evolução construtiva das edificações e das atividades da engenharia civil nas


próximas décadas será influenciada pelo desenvolvimento do processo de informação, pela
comunicação global, pela industrialização e pela automação. Já existe bastante desta realidade
sendo implementada em países desenvolvidos. Para se mudar a base produtiva na construção
civil, com uso intensivo da força de trabalho, para um modelo mais moderno como a pré-
17

fabricação, envolveria a aplicação de uma filosofia industrial ao longo de todo o processo


construtivo da edificação (BRUNA, 2002).
A forma mais efetiva de industrializar o setor da construção civil é transferir o trabalho
realizado nos canteiros para fábricas permanentes e modernas. A produção numa fábrica
possibilita processos de produção mais eficientes e racionais, trabalhadores especializados,
repetição de tarefas, controle de qualidade, etc. Bruna (2002) afirma que a competitividade e a
sociedade estão forçando a indústria da construção a se atualizar constantemente, melhorando
a sua eficiência e as condições de trabalho através do desenvolvimento e inovação
tecnológica, de novos sistemas e processos construtivos. Desta forma, a automação vem sendo
gradativamente implementada. Existem exemplos bem sucedidos de automação no preparo de
armadura, execução e montagem de formas, preparo e lançamento do concreto, acabamentos
do concreto arquitetônico, entre outros. Outras operações na pré-fabricação também são
passíveis da implementação da automação.
A pré-fabricação dos elementos de uma construção constitui uma fase de
industrialização, uma vez que não está, como esta, associada aos conceitos de organização e
de produção em série. Um número qualquer de unidades projetado e executado para um fim
específico será simplesmente pré-fabricado e não deverá ser considerado como produção
industrial (BRUNA, 2002).
A industrialização está essencialmente associada aos conceitos de organização e de
produção em série, os quais deverão ser entendidos, analisando de forma mais ampla as
relações de produção envolvidas e a mecanização dos meios de produção. A história da
industrialização identifica-se, num primeiro tempo, com a história da mecanização, isto é,
com a evolução das ferramentas e máquinas para a produção de bens (BRUNA, 2002).
No que se refere à noção de organização, aqui entendida como planejamento da
produção, noção essencial à definição adotada, é preciso distinguir várias fases de atuação
passando pela pesquisa sobre o produto a ser fabricado para sua industrialização, controle,
comercialização e distribuição. Segundo Bruna (2002), cada uma destas fases não é um
momento isolado no processo mas estreitamente vinculado aos demais. O resultado final deste
trabalho em conjunto é a solução para o problema específico apresentado pela produção, mas
por extensão metodológica para os problemas produtivos como um todo.
Porém, a indústria da construção civil tradicional difere em vários aspectos da
indústria de transformação e como coloca Meseguer (1991, apud FREITAS e CRASTO
2006a), características peculiares da construção, tanto de natureza do processo de produção,
como do próprio mercado, dificultam a transposição de várias ferramentas da produção
industrial para o seu ambiente, entre elas:
18

 A construção civil é uma indústria de caráter nômade;


 Seus produtos são únicos e não seriados;
 Sua produção é centralizada, não se aplicando conceitos de produção em linha;
 Sua produção é realizada sob intempéries;
 Utiliza mão-de-obra intensiva, com pouca qualificação e alta rotatividade;
 Possui grande grau de variabilidade dos produtos;
 Seu produto geralmente é único na vida do usuário;
 Possui baixo grau de precisão, se comparado com as demais indústrias.
Contudo, isso não inviabiliza a adoção dos conceitos da indústria na construção civil.
Como afirma Rosso (1980, apud FREITAS e CRASTO, 2006a, p. 108):
Quando o produto é único e é realizado num processo sui generis, não
repetitivo (one-off), não temos condições de aplicar séries de produção, mas
a mecanização e outros instrumentos de industrialização são, todavia válidos.
Em geral, entretanto quase todos os produtos de processos one-off podem ser
fracionados em partes ou componentes intermediários a serem fabricados por
indústrias subsidiárias a produção de séries e formação de estoques. O
processo final resulta assim apenas em operações de montagem, ajustagem e
acabamento.
O homem pode libertar-se através dos automatismos da rigidez da série, entendida
como repetição de objetos sempre iguais, para a série entendida como fluxo de informações, a
qual permite, dentro da versatilidade própria dos equipamentos, produzir novamente séries
continuamente diversas, independentemente de seu número; disto resulta uma possibilidade
extremamente interessante no que se refere à industrialização da construção, porquanto
permite adequar a produção às exigências de cada obra, permanecendo em condições da
máxima eficácia operativa. Desta capacidade de reproduzir indefinidamente o mesmo modelo,
com uma uniformidade e precisão tais que excluem a variação pessoal e o encanto artesanal,
nasceu um longo debate que, em síntese, pode ser posto nestes termos: o problema consiste
em resolver se os objetos de produção maquinista podem ter as qualidades essenciais da arte
ou não (BRUNA, 2002).
Evidentemente o problema real não está na adaptação da produção mecânica às
normas estéticas anteriores à revolução industrial, mas em conceber novas formas; de
entender a arte como um atributo, como uma qualidade resultante dos novos métodos de
produção (BRUNA,2002).
19

No que se refere à industrialização da construção e à inevitável ameaça de monotonia


e uniformidade, já Gropius (1924, apud BRUNA, 2002), em 1924 ao tratar do problema da
habitação industrializada esclarecia que:
É um engano supor que a arquitetura será desprestigiada devido à
industrialização da construção. Pelo contrário, a estandardização dos
elementos construtivos exercerá um efeito benéfico ao conferir um
caráter unificado às novas habitações e bairros. Não há motivo para
temer uma monotonia semelhante à dos subúrbios ingleses, à condição
de cumprir o requisito básico de normalizar somente os elementos
construtivos, variando o aspecto exterior dos edifícios armados com
eles.
O que já naquela época estava claro para algumas mentes empenhadas em aproximar e
harmonizar o projeto e a produção industrial não foi compreendido pelos arquitetos e
construtores do após-guerra, que ergueram extensos e deprimentes conjuntos habitacionais
principalmente na região metropolitana de Paris e em alguns países socialistas (BRUNA,
2002).
Sobre a escala da produção em série, conforme Bruna (2002), a produção industrial,
não limita a variedade das composições específicas e dos espaços resultantes, mas sim,
dependendo do talento do criador do arquiteto e permite criar novos ritmos e expressar o
caráter individual da arquitetura.
Só o uso de produtos provenientes da indústria, não torna a construção industrializada
nem significa o sucesso do empreendimento. Cada material ou sistema construtivo tem suas
próprias características, as quais de forma maior ou menor influenciam a tipologia, o
comprimento do vão, a altura da edificação, os sistemas de contraventamentos, etc. Para que
todas as vantagens de um sistema construtivo sejam potencializadas, a estrutura deve ser
concebida de acordo com uma filosofia específica do projeto. Os projetistas devem, desde o
início do projeto, considerar as possibilidades, as restrições e as vantagens, seu detalhamento,
produção, transporte, montagem e os estados limites em serviço antes de finalizar um projeto.
Métodos apropriados aplicados desde a concepção do projeto e calcados no gerenciamento do
processo de produção/construção levarão à industrialização da construção civil (FREITAS;
CRASTO, 2006a).
Por meio de pesquisas realizadas por Sales et al. (2001 apud Freitas e Crasto, 2006b),
observou-se que grande parte das falhas construtivas e problemas executivos são devidos à
deficiência de projeto e de planejamento do processo de produção. O sucesso de um
empreendimento em LSF ou em qualquer outro sistema construtivo industrializado passa
20

necessariamente pela concepção de um projeto de arquitetura dotado de uma visão sistêmica


do processo de produção e que considere todo o potencial e condicionantes do sistema
(FREITAS; CRASTO, 2006b).
Portanto a industrialização da construção é um meio de obter determinados objetivos
que são basicamente os mesmos de outras áreas da indústria, ou seja, produzir em maior
quantidade, com melhor qualidade, a um custo menor, em um tempo menor (BAPTISTA,
2005).

2.3 Racionalização

A racionalização da construção passa obrigatoriamente pela correta coordenação


dimensional dos componentes e pela racionalização dos projetos, ocasião em que será
possível prever para o edifício a inclusão de shafts visitáveis, plenus, pisos suspensos,
componentes pré-moldados, centrais de aquecimento de água e outros avanços.
Também no que se refere à racionalização do processo construtivo o projeto é de suma
importância, podendo-se recorrer às inúmeras inovações tecnológicas listadas nos itens
precedentes; assim sendo, em nível de materiais, processos ou equipamentos, as definições do
projeto é que determinarão a maior ou menor eficiência da forma de construir, a maior ou
menor agregação de tecnologia ao objeto construído (THOMAZ, 2001).

2.4 Sistemas a seco

O conceito de construção a seco é aquele cujo processo construtivo não utiliza


argamassa ou elementos moldados no local, que implicam o emprego de água, sendo
amplamente utilizado em vários países agregando-se diferentes tecnologias como concreto
pré-moldado, madeira, estrutura metálica e sistemas mistos (ALVARENGA, 2006;
CALMON, 2006 apud CASTRO, 2006).

2.5 Modulação

Sistemas industrializados são incompatíveis com improvisações no canteiro, e devido


a isso a racionalização construtiva deve ser proporcionada desde a concepção do projeto, pela
otimização do uso dos componentes por meio da coordenação modular, da compatibilização
21

entre projetos e de subsistemas e do emprego de projetos para a produção. O uso da


coordenação modular permite eliminar a fabricação, modificação ou adaptação de peças em
obra, reduzindo o tempo de execução e o desperdício de materiais.
A metodologia básica para a aplicação da coordenação modular na construção civil é
conseguida pela integração dos subsistemas e componentes de uma edificação a uma malha
modular que permita a coordenação de todas as informações do projeto. Também essa
modulação permite, desde o anteprojeto, a otimização no uso de placas de fechamento e dos
materiais de revestimento (FREITAS; CRASTO, 2006a).

2.6 Sustentabilidade

O conceito de sustentabilidade, segundo Agopyan e John (2011), deve ser entendido


no seu sentido amplo, conciliando aspectos ambientais com os econômicos e os sociais, item
que inclui aspectos culturais. É necessário reconhecer que os aspectos ambientais (green) têm,
neste momento, uma maior repercussão, tanto na mídia quanto em estratégias de marketing,
fato bastante preocupante em um país com problemas sociais e econômicos como o Brasil. O
tripé ambiente-economia-sociedade deve ser considerado de uma maneira integrada, pois, do
contrário, não haverá um desenvolvimento sustentável: o desafio é fazer a economia evoluir,
atendendo às expectativas da sociedade e mantendo o ambiente sadio para esta e para as
futuras gerações.

2.6.1 Construção Sustentável

A cadeia produtiva da Construção Civil é responsável pela transformação do ambiente


natural em ambiente construído, que precisa ser permanentemente atualizado e mantido.
Todas as atividades humanas dependem de um ambiente construído, cujo tamanho é dado
pela escala humana e pelo planeta e não pode ser miniaturizado, embora em muitos casos
esteja sendo diminuída a quantidade de espaço disponível, para alguns extratos da população.
O tamanho do ambiente construído implica grandes impactos ambientais, incluindo o uso de
uma grande quantidade de materiais de construção, mão de obra, água, energia e geração de
resíduos (AGOPYAN; JOHN, 2011).
Não existe sustentabilidade sem durabilidade (AGOPYAN; JOHN, 2011). A
durabilidade dos produtos influencia decisivamente o período de tempo em que a construção
vai prestar serviços e a quantidade de recursos gastos nas manutenções. Em consequência,
22

define o impacto ambiental, mas também o social e o econômico. A discussão sobre vida útil
e durabilidade também tem estado esquecida pelos teóricos do green building. Em outras
definições, construção sustentável é traduzida como construção durável. Durabilidade é uma
questão muito mais baseada em conhecimento do que em recurso, pois é possível aumentar a
vida útil sem aumentar o impacto ambiental durante a fase de produção.

2.6.2 O conceito sustentável do aço

Mais antiga que o concreto armado, a estrutura metálica é uma solução largamente
utilizada e consagrada nos países industrializados, como Inglaterra, Japão, França, Canadá e
Estados Unidos, de onde vêm os grandes exemplos de edificações construídas com aço
(DIAS, 1999).
Na busca pela sustentabilidade na construção civil, é essencial que seja considerado
todo o ciclo de vida da edificação, desde a concepção, até o final de sua vida útil. É preciso
lidar com todas as etapas já na elaboração do projeto, trazendo soluções para responder de
forma adequada aos importantes desafios ambientais, sociais e econômicos relacionados ao
empreendimento.
São questões amplas, que envolvem decisões desde a escolha da implantação às
condições e custo de operação; a seleção dos materiais utilizados, a avaliação do impacto da
obra em seu entorno e definições do conforto térmico, acústico e visual proporcionado aos
usuários. Além disso, há a atenção com os aspectos sociais relacionados aos trabalhadores
envolvidos ou à comunidade. É neste contexto que o aço revela todo o seu potencial para
contribuir com o avanço da construção sustentável (CBCA, 2012), apresentando vantagens
como:
 Não polui o meio ambiente: o aço é obtido a partir do minério de ferro, que é um dos
elementos mais abundantes no planeta. Do processo de produção resulta um material
homogêneo, que não libera substâncias que agridem o meio ambiente;
 Uso de subprodutos: os subprodutos resultantes da produção do aço também podem ser
utilizados na construção civil. Os agregados siderúrgicos são usados na produção de
cimento e podem ser empregados na pavimentação de vias e como lastro em ferrovias;
 Economia de tempo na execução: o aço permite maior velocidade da construção, visto que
os componentes, na sua maioria, são produzidos fora do canteiro de obra. O tempo de
construção é mais curto, minimizando os incômodos causados à vizinhança;
23

 Economiza materiais e diminui os impactos: o menor peso da estrutura em aço reduz as


fundações e escavações, gerando menor retirada de terra que, consequentemente, diminui
as viagens de caminhões para sua remoção e a necessidade de áreas para descarte;
 Maximiza a iluminação natural com economia de energia: a alta resistência do aço permite
estruturas com vãos mais amplos. Telhados e fachadas leves e transparentes favorecem a
iluminação natural e, consequentemente, a economia de energia elétrica;
 Durabilidade: existem diversas maneiras de proteção efetiva do aço contra corrosão, seja
por meio de revestimento metálico ou pintura, ou ambos, que são cada vez mais aplicados
diretamente às chapas ou à estrutura durante o processo de fabricação;
 Flexibilidade: edificações com estrutura em aço oferecem máxima liberdade ao
empreendimento, tanto na fase de operação como em futuras adaptações. As construções
podem ser facilmente modificadas ou ampliadas para se adaptarem a novos usos;
 O aço é infinitamente reciclável: o aço pode ser reciclado em sua totalidade sem perder
nenhuma de suas qualidades. Devido a suas propriedades magnéticas, que não são
encontradas em nenhum outro material, o aço é facilmente separado de outros materiais,
possibilitando elevados índices de reciclagem.
Durante a última década 500 milhões de toneladas de aço foram recicladas, mais do
que qualquer outro material. A indústria do aço consome 2 vezes mais material reciclado que
todas as outras indústrias somadas. O aço continua sendo reinventado, as chapas de aço
ficaram 30% mais leves (ÁGUIA SISTEMAS CONSTRUTIVOS, 2012).

2.7 Perdas

O desperdício, segundo Ciliana e Bazzo (2009), não pode ser visto apenas como o
material refugado no canteiro (rejeitos), mas sim como toda e qualquer perda durante o
processo. Portanto, qualquer utilização de recursos além do necessário à produção de
determinado produto é caracterizada como desperdício classificado conforme: seu controle,
sua natureza e sua origem.
De acordo com o controle, as perdas são consideradas inevitáveis (perdas naturais) e
evitáveis. Segundo sua natureza, as perdas podem acontecer por superprodução, substituição,
espera, transporte, ou no processamento em si, nos estoques, nos movimentos, pela elaboração
de produtos defeituosos, e outras, como roubo, vandalismo, acidentes, etc. Conforme a
origem, as perdas podem ocorrer no próprio processo produtivo, como nos que o antecedem,
24

como fabricação de materiais, preparação dos recursos humanos, projetos, planejamento e


suprimentos.
As perdas de material são destaque quando se trata de desperdício na construção civil,
por ser a parcela visível e também porque o consumo desnecessário de material resulta numa
alta produção de resíduos, causa transtornos nas cidades, reduz a disponibilidade futura de
materiais e energia e provoca uma demanda desnecessária no sistema de transporte, além da
alta participação dos materiais na composição do CUB (CILIANA; BAZZO, 2009).
Os demais setores da indústria e também de serviços têm um grande desperdício,
porém como, na maioria dos casos, não gera entulho, este não é percebido pela população em
geral. Ainda que não seja a única indústria a ter um alto desperdício, que as perdas de
materiais não atinjam o índice de 30%, há que se ter consciência de que o desperdício na
construção é bastante grande, envolvendo diversos outros fatores. Assim sendo, destaca-se
aqui um fator de maior relevância que a quantificação das perdas, ou seja, a detecção de onde
e o motivo porque as perdas ocorrem, gerando um banco de dados destas informações
(CILIANA; BAZZO, 2009).
Processos predominantemente artesanais, nos quais são marcantes baixa produtividade
e enorme desperdício, ainda compõem a maior parcela da construção civil brasileira
(SANTIAGO e ARAUJO, 2008). Segundo Ciliana e Bazzo (2009) destacam-se nestas
características: o caráter não homogêneo e não seriado de produção devido à singularidade do
produto, feito sob encomenda; a dependência de fatores climáticos no processo construtivo, o
período de construção relativamente longo; a complexa rede de interferências dos
participantes (usuários, clientes, projetistas, financiadores, construtores); uma ampla
segmentação da produção em etapas ou fases que imprime um dinamismo centrado no
princípio de sucessão e não de simultaneidade; o parcelamento da responsabilidade entre
várias empresas, em que o processo de subcontratação é comum; a significativa mobilidade da
força de trabalho; além do nomadismo do setor (tanto em relação aos produtos finais como ao
processo de produção); o caráter semi-artesanal (manufatureiro) do processo construtivo.

2.8 Produtividade

Os conceitos de produção e produtividade estão intimamente ligados, no entanto,


quando se refere a um aumento de produção, isto resulta na maioria das vezes a um aumento
de custos também (contratar mais funcionários, comprar mais materiais, equipamentos, etc).
25

Um aumento na produção não resulta diretamente em um aumento de produtividade, às vezes


o efeito pode ser contrário.
A produtividade pode ser definida como a quantidade do trabalho realizado em uma
unidade de tempo, normalmente horas, e é basicamente caracterizada como a relação entre os
resultados obtidos e os recursos utilizados (AZEVEDO, 2012).
Azevedo (2012) aponta que produtividade está intimamente ligada à melhor ou pior
utilização dos recursos produtivos disponíveis em uma empresa, dentre eles: espaço físico,
ferramentas, mão de obra, insumos, técnicas de gerenciamento, meio de transporte interno e
externo, informatização, horário de trabalho, etc. Quanto maior os resultados obtidos com
uma mesma quantidade de recursos utilizados ou quanto menor a quantidade de recursos
utilizados para obter um mesmo resultado, maior será a produtividade. Os resultados obtidos
são definidos em unidades, por exemplo, metro-quadrado executado, toneladas, litros, caixas,
etc.
O aumento da produtividade é consequência da utilização otimizada e integrada dos
diversos fatores que contribuem na formação, movimentação e comercialização de um
produto. Pode-se destacar os seguintes fatores que afetam a produtividade:
 Capacitação e treinamento da mão-de-obra;
 Metodologia de trabalho utilizada;
 Layout do canteiro de obras;
 Práticas gerenciais de controle;
 Processos de produção;
 Utilização de insumos;
 Estrutura organizacional da empresa.
A produtividade é muitas vezes medida por pessoa, mas em muitas situações em que
os custos com pessoas são uma percentagem reduzida dos custos totais têm que se ter em
conta os outros fatores necessários para produzir os resultados pretendidos.
Na melhoria da produtividade deve-se evoluir a partir de um valor de base para que se
possam comparar os resultados. A produtividade total dos recursos é medida em termos
financeiros que é calculado baseado no resultado obtido por unidade monetária gasta nos
diversos recursos. O grau de produtividade de um agente econômico (pessoa, empresa, país,
etc.) é regra geral, um dos melhores indicadores para a medição do nível de eficiência e
eficácia do mesmo.
A boa utilização do horário disponível de trabalho é fundamental para se alcançar
aumentos de produtividade. Devem-se evitar as paradas que quebram o ritmo da produção
bem como as paradas desnecessárias. A produtividade resulta do aproveitamento adequado
26

dos elementos humanos disponíveis e do emprego da mão-de-obra especializada em tarefas


específicas (LIMMER, 1997).
A produtividade da mão-de-obra é dada em função da quantidade e do tempo de
duração do serviço. A partir do momento que se tem uma média da produtividade da mão de
obra para certa atividade é possível estimar o tempo de duração da mesma e, com isso, obter
cronogramas que por sua vez auxiliam no planejamento da obra e cumprimento de prazos.
Entretanto, quando se trata da construção civil, essa produtividade sofre influência de alguns
fatores mais relevantes como clima, materiais e equipamentos utilizados e também nível de
especialização do trabalhador. Assim sendo, a produtividade nunca será um fator exato dentro
da construção, mas que sem dúvida terá sua contribuição (LIMMER, 1997).
Para obter produtividade e qualidade no setor de construção, a mão de obra deve ser
treinada para realizar as tarefas com maior eficiência e cada integrante da equipe terá melhor
definida sua função no sistema de produção, levando-o a conscientizar-se do papel que
desempenha nesse sistema. Com o treinamento diminuem-se as perdas por operações
inadequadas e o desperdício decorrente da falta de treinamento da mão de obra. A política do
setor habitacional é altamente instável, e indefinida, o que dificulta o planejamento e o
investimento de médio e longo prazos indispensáveis à implantação de um sistema de
qualidade (LIMMER, 1997).

2.9 Qualidade do ambiente construído

A qualidade está associada a atributo intrínseco de coisas ou pessoas e, nesse contexto,


não pode ser identificável e mensurável diretamente, sendo identificada a partir das
características que conferem qualidades às coisas (FABRICIO; ORNSTEIN, 2010).
Tendo em vista que as teorias e as ferramentas para a melhoria da qualidade existem e
estão disponíveis, é preciso analisar como aplicá-las e adaptá-las ao setor da construção civil,
principalmente dada a natureza e as características únicas da indústria da construção, onde há
necessidade de se desenvolverem estratégias que permitam às empresas não só sobreviver,
mas principalmente competir (FORMOSO, 1994 apud SILVEIRA et al., 2002).
Com a necessidade de implantação dos sistemas de qualidade, foi lançado em 1992, o
Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat – PBQP-H, de qualificação
evolutiva, que se divide em 04 níveis de certificação (D, C, B e A), e contempla os mesmos
requisitos da ISO 9000. Visa alcançar todos os setores da construção civil ao longo da cadeia
27

produtiva, apoiar o esforço brasileiro de modernização por meio da melhoria da qualidade, do


aumento da produtividade e da redução de custos na construção habitacional.
O movimento, a nível mundial pela melhoria da qualidade tem tido grandes reflexos
no setor da construção civil, levando as empresas a um questionamento de seu processo
produtivo e a adoção de estratégias para racionalização, visando à melhoria de desempenho
frente a um mercado cada vez mais competitivo (AGOPYAN et al., 1999 apud, CILIANA,
2009).

2.10 Custo

2.10.1 Conceitos básicos de custos

Segundo Ribeiro (1996, apud SILVEIRA et al., 2002), a palavra custo possui
significado muito abrangente: pode ser utilizada para representar o custo das mercadorias
vendidas em uma empresa comercial, o custo dos serviços prestados em uma empresa de
prestação de serviços, o custo de fabricação de um produto, etc. Para Silveira et al. (2002), o
custo industrial compreende a soma dos gastos com bens e serviços aplicados ou consumidos
na produção de outros bens.
Os custos podem ser classificados em custos diretos e indiretos. Essa classificação
separa aqueles custos que podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando haver
uma medida de consumo (quilogramas de materiais consumidos, embalagens utilizadas, horas
de mão de obra utilizadas, etc.) daqueles que não oferecem condições de uma medida objetiva
e qualquer tentativa de alocação é feita de forma estimada.

2.10.2 Custos na construção civil

A indústria da construção civil caracteriza-se por um sistema de produção distinto da


maioria das indústrias, em que podem ser destacados os seguintes aspectos (CIMINO, 1987
apud CASTRO et al., 1997):
 Seu processo de produção não é em série, uma vez que cada produto raramente é
reproduzido;
 Possui um longo tempo de lead-time (tempo entre o pedido e a entrega real do
produto);
 O local de produção não é fixo, variando para cada produto;
28

 Há uma grande variação no nível de produtividade em função da variação da


qualidade de mão de obra, grande número de atividades e de materiais empregados até
a conclusão do produto;
 Dificuldade em se conhecer antecipadamente o custo final do produto.
Assim, devido às diferenças anteriormente citadas, metodologias de planejamento e
controle da produção, logística, administração de materiais, entre outras, necessitam ser
adequadas ao caso da construção civil. O sistema de apuração de custos não se exclui deste
caso. Tendo em vista estas diferenças, torna-se necessário encontrar um sistema de custo mais
adequado ao seu tipo de processo produtivo.
Os custos da construção civil são classificados em:
a) Custos diretos: ligados diretamente à execução dos serviços, que incluem os custos
relativos à mão de obra, aos materiais e aos equipamentos utilizados (LIMMER, 1997).
i) Custo da mão de obra: basicamente há dois tipos - a mão de obra contratada pela
empresa por tempo determinado, muitas vezes caracterizada como serviços de terceiros, e a
mão de obra contratada por tempo indeterminado - pertencente ao quadro funcional da
empresa (LIMMER, 1997);
ii) Custo de Materiais: Representando de 60 a 70% do custo da construção, tem seu
valor determinado pelo seu respectivo consumo e preço. O consumo de materiais depende das
condições de gerenciamento do projeto, das condições de administração dos materiais, das
condições do canteiro de obras, estocagem, manuseio, técnicas construtivas, do grau de
treinamento e do grau da qualidade da mão de obra empregada (LIMMER, 1997);
iii) Custo de Equipamentos: Geralmente expressa na forma de depreciação ou aluguel,
no caso de equipamentos de terceiros, sua participação no custo total ficam em torno de 2%
(LARROYD, 1995 apud CASTRO, 1997).
b) Custos indiretos: basicamente os custos indiretos se dividem em duas categorias:
administração da obra e administração central.
i) Custos indiretos da administração da obra: Incluem o pessoal administrativo da
obra, a instalação e operação do canteiro de obra, os gastos referentes à mobilização e
desmobilização dos equipamentos, impostos e taxas incidente diretamente sobre a obra,
materiais de consumo, etc (LIMMER, 1997).
ii) Custos indiretos da administração central: É o caso dos gastos com a administração
central, despesas financeiras, impostos e taxas da empresa, etc (LIMMER, 1997).
Para alocar esses custos indiretos à obra atualmente utiliza-se os Benefícios e
Despesas Indiretas (BDI) que tenta, através de equações matemáticas definir um índice que
29

multiplicado pelo custo direto apresenta o preço de venda do imóvel, incluindo neste valor o
lucro desejado (LIMMER, 1997).

2.11 Sistemas construtivos em aço

Nos países de língua inglesa é comum se encontrar definições que distinguem as


estruturas que utilizam os perfis laminados a quente das que recorrem aos perfis enformados a
frio. Steel Framing é o termo habitual para definir as primeiras e que já por muitos anos têm
sido usado em edifícios de grande altura e armazéns, fábricas ou centros comerciais. Vários
arranha-céus foram construídos utilizando peças laminadas a quente. Já por décadas, costuma
empregar-se o termo structural steel para designar estes elementos metálicos (FUTURENG,
2012).
A designação Light Steel Framing, ou seja, Estruturas em Aço Leve, começou a ser
utilizada para distinguir os tipos de estruturas em aço principalmente pelo uso de perfis
formados a frio e com espessuras relativamente menores do que o convencional Steel
Framing. Dessa forma, o conceito básico do sistema Light Steel Framing é o de distribuir as
cargas para o maior número possível de elementos estruturais, cada um deles é projetado para
receber uma pequena parcela dessa carga, o que propicia a utilização de perfis muito leves. A
disposição dos montantes dentro dos quadros estruturais dos painéis, assim como as
características geométricas dos perfis e a sua resistência, conjugadas com os dispositivos de
fixação entre as peças capacitam esses elementos a receber e a transmitir as cargas
gravitacionais e do vento (DIAS, 2006).
Além disso, o Light Steel Framing (LSF), propicia uma produção mais rápida e com
menor custo em relação às estruturas pesadas em aço (WAITE, 2007).

2.11.1 Vedação

O desenvolvimento de materiais, processos e equipamentos visam adotar o sistema


construtivo de maior racionalidade, colaborando para economia de insumos, maior
produtividade e benefícios alcançados (THOMAZ, 2001). Independente do sistema de
vedação empregado às edificações, este deve estar conforme o estabelecido na norma de
desempenho sendo definidos requisitos técnicos para as fachadas e paredes internas tais como
(NBR 15575, 2012):
30

 Estabilidade e resistência estrutural: As paredes externas e internas devem apresentar


um nível satisfatório de segurança contra a ruína. Refere-se ao estado de ruína, seja
por ruptura, deformação plástica excessiva ou instabilidade.
 Inflamabilidade: As paredes externas e internas devem dificultar a ocorrência da
inflamação generalizada no ambiente de origem do incêndio.
 Propagação de chamas de paredes externas e internas: O edifício deve dificultar a
propagação do incêndio para outras unidades habitacionais.
 Desempenho térmico e acústico: A edificação deve proporcionar isolamento térmico
adequado entre o meio externo e o interno, bem como entre unidades condominiais
distintas. Complementarmente, deve proporcionar isolamento acústico adequado entre
dependências de uma mesma unidade, quando destinadas ao repouso noturno, ao lazer
doméstico e ao trabalho intelectual.
 Estanqueidade: As paredes, esquadrias e demais componentes da fachada devem ser
estanques à água proveniente de chuva incidente mantendo os ambientes do edifício
livres da ação da umidade.
 Durabilidade: As paredes externas e internas devem manter sua capacidade funcional
durante a vida útil projetada para a construção.
31

2.12 Caracterização do sistema construtivo Light Steel Framing


2.12.1 Conceito e histórico

O sistema construtivo Light Steel Framing tem como conceito básico o emprego de
componentes industrializados na construção civil, aliado a uma metodologia executiva desses
componentes que promovem um controle do processo do produto final mais apurado, gerando
dessa forma mais segurança e menor risco de desvios nos procedimentos tanto a nível de
materiais, bem como aos serviços envolvidos durante as etapas da construção (ÁGUIA
SISTEMAS, 2011).
A história do Framing inicia-se entre 1810, quando nos Estados Unidos começou a
conquista do território, e 1860, quando a migração chegou à costa do Oceano Pacífico.
Naqueles anos, a população americana se multiplicou por dez e, para solucionar a demanda
por habitações, recorreu-se à utilização dos materiais disponíveis no local (madeira),
utilizando os conceitos de praticidade, velocidade e produtividade originados na Revolução
Industrial (Wood Framing) (RODRIGUES, 2006).
Esse método consistia em uma estrutura composta de peças em madeira serrada de
pequena seção transversal conhecido por Balloon Framing (ConsulSteel, 2002 apud
FREITAS; CRASTO, 2006a).
A partir daí, as construções em madeira, conhecidas por Wood Frame, tornaram-se a
tipologia residencial mais comum nos Estados Unidos. Aproximadamente um século mais
tarde, em 1933, com o grande desenvolvimento da indústria do aço nos Estados Unidos, foi
lançado na Feira Mundial de Chicago (Figura 1), o protótipo de uma residência em Light
Steel Framing que utilizava perfis de aço substituindo a estrutura de madeira (Figura 2)
(Frechette, 1999 apud FREITAS; CRASTO, 2006a).

Figura 1 - Protótipo lançado na Feira Mundial de Chicago, em 1933


Fonte: FREITAS; CRASTO (2006).
32

Com a evolução dos processos de fabricação de perfis formados a frio, após a Segunda
Guerra, o uso dos perfis de aço passou a ser vantajoso devido a maior resistência e eficiência
estrutural do aço e a capacidade da estrutura de resistir a catástrofes naturais como terremotos
e furacões.

Figura 2 - Perfis estruturais de madeira e aço galvanizado


Fonte: FREITAS; CRASTO (2006).

A indústria do aço japonesa, vendo que o uso de estruturas de madeira nas residências
foi um dos fatores agravantes na devastação destas durante os incêndios na Segunda Guerra,
começou a produzir perfis leves de aço para a construção como um substituto para os
produtos estruturais de madeira. Como consequência, o Japão apresenta um mercado e uma
indústria altamente desenvolvidos na área de construções em perfis leves de aço (FREITAS;
CRASTO, 2006.a).
Nos Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, Japão e Canadá o LSF tem sido utilizado
intensamente há mais de trinta anos (Figura 3) (RODRIGUES, 2006).

Figura 3 - Residência sendo construída em Light Steel Framing.


Fonte: FLASAN (2012).
33

O Light Steel Framing é um processo industrializado que permite ganhos


consideráveis quando usado em escala e garantindo sempre a mesma qualidade. Os prazos da
obra ficam muito reduzidos perante uma construção tradicional, o sistema proporciona uma
grande quantidade de tarefas sendo executadas ao mesmo tempo. Esta rapidez nas finalizações
das tarefas permite um rápido giro de capital necessário, mostrando ser o sistema mais
atrativo para os incorporadores/investidores. A flexibilidade nos projetos, proporcionando
também fácil ampliação de novas áreas posteriores (ÁGUIA SISTEMAS, 2011).
O conceito principal do projeto segundo o sistema LSF é dividir a estrutura em uma
grande quantidade de elementos estruturais, de maneira que cada um resista a uma pequena
parcela da carga total aplicada. Com este critério, é possível utilizar perfis mais esbeltos e
painéis mais leves e fáceis de manipular (RODRIGUES, 2006). A utilização de perfis de aço
galvanizado formados à frio na estrutura da edificação, revestidos com camada de zinco para
proteção, resulta em uma altíssima durabilidade deste componente (ÁGUIA SISTEMAS,
2011).
A expressão Steel Framing, pode ser definida como uma estrutura composta por um
esqueleto formado por diversos elementos individuais ligados entre si, passando estes a
funcionar em conjunto para resistir às cargas que solicitam a edificação e dando forma a
mesma. Assim, o sistema LSF não se resume apenas a sua estrutura. Como um sistema
destinado à construção de edificações, ele é composto por vários componentes e
“subsistemas”. Estes subsistemas são, além do estrutural, de fundação, de isolamento termo
acústico, de fechamento interno e externo, e instalações elétricas e hidráulicas (ConsulSteel,
2002 apud FREITAS; CRASTO, 2006a)
Para que o sistema cumpra com as funções para o qual foi projetado e construído é
necessário que os subsistemas estejam corretamente inter-relacionados e que os materiais
utilizados sejam adequados. Dessa forma, a escolha dos materiais e de mão de obra é
essencial na velocidade de construção e no desempenho do sistema (FREITAS; CRASTO,
2006a).
É um sistema muito mais leve que uma construção tradicional de bloco cerâmico e
estrutura em concreto armado tornando a fundação de uma edificação mais simples e
econômica. Junto com técnicas construtivas mais eficientes que das construções
convencionais, asseguram ao proprietário uma vida útil superior do que as construções
convencionais.
Utiliza isolação térmica e acústica, podendo ser usado em qualquer clima, reduzindo
muito os gastos de energia com ar condicionado e calefação, tornando a construção muito
confortável que a edificação convencional (ÁGUIA SISTEMAS, 2011).
34

Os principais benefícios e vantagens no uso do sistema Light Steel Framing (LSF) em


edificações são os seguintes:
 Os produtos que constituem o sistema são padronizados de tecnologia avançada, em
que os elementos construtivos são produzidos industrialmente, onde a matéria prima
utilizada, os processos de fabricação, suas características técnicas e acabamento
passam por rigorosos controles de qualidade (FREITAS; CRASTO, 2006a);
 O aço é um material de comprovada resistência e o alto controle de qualidade tanto na
produção da matéria-prima quanto de seus produtos, permite maior precisão
dimensional e melhor desempenho da estrutura (FREITAS; CRASTO, 2006a);
 Facilidade de obtenção dos perfis formados a frio já que são largamente utilizados pela
indústria (FREITAS; CRASTO, 2006a);
 Redução da mão de obra em canteiro, o que reduz a exposição aos fatores
desfavoráveis para o andamento da obra, tais como intempéries, entre outras
complicações proporcionadas no canteiro de obras (ÁGUIA SISTEMAS; 2011);
 Rapidez de construção, uma vez que o canteiro se transforma em local de montagem;
 Durabilidade e longevidade da estrutura, proporcionada pelo processo de galvanização
das chapas de fabricação dos perfis (FREITAS; CRASTO, 2006a);
 Menor peso por m² otimizando o dimensionamento das estruturas e fundações
(ÁGUIA SISTEMAS, 2011);
 Facilidade de montagem, manuseio e transporte devido à leveza dos elementos;
 Construção a seco, o que melhora a organização e a qualidade do canteiro, diminui o
uso de recursos naturais, e o desperdício (ÁGUIA SISTEMAS, 2011);
 Os perfis perfurados previamente e a utilização dos painéis de gesso acartonado
facilitam as instalações elétricas e hidráulicas (FREITAS; CRASTO, 2006a);
 Melhores níveis de desempenho termo-acústico, que podem ser alcançados através da
combinação de materiais de fechamento e isolamento (FREITAS; CRASTO, 2006a);
 Facilidade na execução das ligações (FREITAS; CRASTO, 2006a);
 O aço é um material incombustível (WAITE, 2007);
 O aço é reciclável, podendo ser reciclado diversas vezes sem perder suas propriedades;
 O sistema é mais resistente a ventos e sismos (WAITE, 2007);
 Grande flexibilidade no projeto arquitetônico, não limitando a criatividade do
arquiteto (FREITAS; CRASTO, 2006a).
35

2.12.2 Métodos de execução

Há essencialmente três métodos de construção utilizando o Light Steel Framing


(FREITAS; CRASTO, 2006a):

i) Método Stick:

Neste método de construção os perfis são cortados no canteiro da obra, e painéis, lajes,
colunas, contraventamentos e tesouras de telhados são montados no local. Os perfis podem vir
perfurados para a passagem das instalações elétricas e hidráulicas e os demais subsistemas são
instalados posteriormente à montagem da estrutura. Essa técnica pode ser usada em locais
onde a pré-fabricação não é viável. As vantagens desse método construtivo são:

 Não há necessidade de o construtor possuir um local para a pré-fabricação do


sistema;

 Facilidade de transporte das peças até o canteiro;

 As ligações dos elementos são de fácil execução, apesar do aumento de atividades


na obra.

ii) Método por Painéis:

Painéis estruturais ou não estruturais, contraventamentos, lajes e tesouras de telhado


podem ser pré-fabricados fora do canteiro e montados no local (Figura 4). Alguns materiais de
fechamento podem também ser aplicados na fábrica para diminuir o tempo da construção. Os
painéis e subsistemas são conectados no local usando as técnicas convencionais (parafusos
auto-brocantes e auto-atarrachantes). As principais vantagens são:

 Velocidade de montagem;

 Alto controle de qualidade na produção dos sistemas;

 Minimização do trabalho na obra;

 Aumento da precisão dimensional devido às condições mais propícias de


montagem dos sistemas na fábrica.
36

Figura 4 - Transporte de painéis prontos


Fonte: PINI (2010).
iii) Construção Modular:

Construções modulares são unidades completamente pré-fabricadas e podem ser entregues


no local da obra com todos os acabamentos internos como revestimentos, louças sanitárias,
bancadas, mobiliários fixos, metais, instalações elétricas e hidráulicas, etc. As unidades
podem ser destacadas lado a lado, ou uma sobre as outras já na forma da construção final.
Exemplo muito comum desse tipo de construção são os módulos de banheiros para obras
comerciais ou residenciais de grande porte.

A Tabela 1 apresenta um comparativo entre construções tradicionais e as construções


industrializadas.
Tabela 1 - Nível de industrialização da construção

Construção tradicional Construção em Construção modular Construção 100%


Critérios
em alvenaria painéis com painéis modular

Duração da obra 100% 75% 70% 40%

Tempo de cobertura da obra (ao


100% 55% 50% 20%
abrigo da água)

Necessidade de MDO* em canteiro 100% 80% 70% 25%

Material em canteiro (% do custo


65% 55% 45% 15%
total)

MDO* em canteiro (% do custo total) 35% 25% 20% 10%

Fabricação em linha de produção (%


0% 20% 35% 75%
do custo total)
*MDO: Mão de obra.

Fonte: PINI (2010).


37

2.12.3 Etapas Construtivas

É imprescindível que a sequência de montagem seja feita corretamente. Primeiro são


fechadas as paredes externas, depois cobertura, e no final trabalha-se dentro da casa, nas
paredes divisórias e instalações (Figura 5). Isso também está relacionado à estabilidade da
estrutura na fase de construção, onde as lajes e coberturas ajudam a manter o sistema travado
enquanto ainda não está vedado com as placas (TAMAKI; ROCHA, 2010).

Figura 5 - Protótipo dividido em camadas para exposição na Vila do Aço, São Paulo

Fonte: FLASAN (2012).

2.12.3.1 Fundação

Por ser muito leve, a estrutura de LSF e os componentes de fechamento exigem bem
menos da fundação do que outras construções quanto às forças gravitacionais. No entanto,
como a estrutura distribui a carga uniformemente ao longo dos painéis estruturais (Figura 6), a
fundação deverá ser continua suportando os painéis em toda a sua extensão (FREITAS;
CRASTO, 2006a).

Normalmente, a fundação desse tipo de edificação é constituída de uma laje de


concreto armado, tipo "radier", apoiado sobre terreno nivelado e compactado (Figura 7). No
entanto, se o terreno for muito irregular, ou se o solo não for resistente o suficiente, pode ser
empregada a viga baldrame ou, em casos mais graves, fundações por estacas (FREITAS;
CRASTO, 2006a).
38

Figura 6 - Ilustração da ancoragem do painel na fundação


Fonte: FREITAS; CRASTO (2006).

A escolha do tipo de fundação vai depender além da topografia, do tipo de solo, do


nível do lençol freático e da profundidade de solo firme. Essas informações são obtidas
através da sondagem do terreno (FREITAS; CRASTO, 2006a) . E segundo o processo da
construção convencional, como em qualquer outra construção, deve-se observar o isolamento
contra a umidade.

Figura 7 - Radier com demarcação dos painéis a serem instalados


Fonte: FLASAN (2012).

É importante destacar que um bom projeto e execução da fundação implicam em


maior eficiência estrutural. A qualidade final da fundação está intimamente ligada ao correto
39

funcionamento dos subsistemas que formam o edifício (CONSULSTEEL, 2002 apud


FREITAS; CRASTO, 2006a). Assim, base corretamente nivelada e em esquadro possibilita
maior precisão de montagem da estrutura e demais componentes do sistema (FREITAS;
CRASTO, 2006a).

2.12.3.2 Estrutura

Como o conceito básico do sistema é o de distribuir as cargas para o maior número


possível de elementos estruturais, cada um deles é projetado para receber uma pequena
parcela dessa carga, o que propicia a utilização de perfis muito leves. A disposição dos
montantes dentro dos quadros estruturais dos painéis, assim como as características
geométricas dos perfis e a sua resistência, conjugadas com os dispositivos de fixação entre as
peças capacitam esses elementos a receber e a transmitir as cargas gravitacionais e do vento
(Figura 8). O sistema utiliza lajes compostas de painéis de madeira (OSB ou outros), placas
cimentícias apoiadas sobre perfis metálicos ou compostas de fôrmas de aço reforçadas com
telas eletro-soldadas e preenchidas com concreto (DIAS, 1997).

Figura 8 - Desenho esquemático de uma residência em Light Steel Framing


Fonte: FREITAS; CRASTO (2006).
40

Os painéis no sistema LSF podem não só compor as paredes de uma edificação, como
também funcionar como o sistema estrutural da mesma. Estes são compostos por determinada
quantidade de elementos verticais de seção transversal tipo Ue que são denominados
montantes, e elementos horizontais de seção transversal U denominados guias.
As espessuras das chapas variam entre 0,80 até 3,0 mm segunda a NBR 15253:2005.
As seções mais comuns nas edificações em Light Steel Framing são as com formato em “C”
ou “U” enrijecido (Ue) para montantes e vigas e o “U” que é usado como guia na base e no
topo dos painéis. A Tabela 2 apresenta as seções transversais dos perfis utilizados e suas
aplicações.
Tabela 2 - Designações dos perfis de aço para LSF

Fonte: FREITAS; CRASTO (2006).

Os perfis U apresentam a largura da alma maior que a do perfil Ue, a fim de permitir o
encaixe deste no perfil guia ou U. No Brasil as dimensões comercializadas são 90, 140 e 200
mm. E as mesas podem variar de 35 a 40 mm, dependendo do fabricante e do tipo de perfil.
Os montantes são normalmente modulados a cada 400 mm ou 600 mm, que
dependendo da solicitação, pode ser de até 200 mm. Essas modulações estão associadas às
dimensões dos elementos constituintes dos sistemas de acabamento, visando à minimização
do desperdício.
41

Aberturas para portas e janelas em um painel portante necessitam de elementos


estruturais como vergas (Figura 9) a fim de redistribuir o carregamento dos montantes
interrompidos aos montantes que delimitam lateralmente o vão, denominados de ombreiras
(Figura 10).

Figura 9 - Tipos de vergas


Fonte: FREITAS; CRASTO (2006).

Figura 10 - Distribuição dos esforços através da verga para ombreiras


Fonte: FREITAS; CRASTO (2006).

O sistema steel frame permite aberturas de grandes vãos e, nesse caso, as vergas
devem ser compostas por vigas treliçadas (TERNI, PIANHERI e SANTIAGO, 2008).
Um dos erros mais comuns nos projeto é a ausência de contraventamentos,
responsáveis pela resistência da construção a cargas horizontais como, por exemplo, os
esforços gerados pelo vento (LOURENGON, 2011).
Como uma estrutura metálica tradicional, há também a necessidade de
contraventamentos, geralmente executados com fitas de aço galvanizado parafusadas em
placas de Gusset1 que, por sua vez, encontram-se nas quinas do painel (Figura 11). Os
contraventamentos podem assumir formas de X ou K, dependendo das condições do projeto.

1
Placas de aço utilizados nas extremidades dos perfis de contraventamento.
42

Figura 11 - Painel com contraventamento em "X"


Fonte: FREITAS; CRASTO (2006).

O travamento horizontal é executado pelos bloqueadores, de perfis U ou Ue,


conectados aos montantes ou vigas. Introduz-se, também, uma fita metálica que une os
montantes do painel entre si e com os bloqueadores. Esse conjunto bloqueador-fita aumenta a
capacidade resistente do painel, pois diminui o comprimento de flambagem dos montantes e
tenta impedir a torção do montante em torno de seu eixo longitudinal. O número de linhas de
bloqueadores e fitas dependerá da altura do painel e das suas solicitações (TERNI;
SANTIAGO; PIANHERI, 2008).
O efeito de diafragma em painéis de parede pode também ser obtido com o emprego
de placas estruturais de OSB. No entanto, o emprego de placas de revestimento como
elementos de enrijecimento da estrutura de aço do sistema LSF ainda não tem suficiente
embasamento técnico, não existindo ainda normalização nacional ou mesmo internacional
sobre o assunto (RODRIGUES, 2006).
No encontro de painéis estruturais, várias soluções construtivas são possíveis, variando
de acordo com o número de painéis que se unem e do ângulo entre estes. As Figuras 12 e 13
apresentam os exemplos de dois encontros de painéis comuns e como é feita a ligação entre
estes.
Em construções de maior altura, em que a estrutura principal é de concreto ou metálica
(com perfis mais robustos), o sistema pode atuar compondo fachadas ou vedando áreas
molháveis (LOURENGON, 2011).
43

Figura 12 - Ligação de dois painéis Figura 13 - Encontro de três painéis

Fonte: FREITAS; CRASTO (2006). Fonte: FREITAS; CRASTO (2006).

Para as lajes, o princípio utilizado é o mesmo que os painéis verticais. Essa


modulação, na maioria dos casos, é a mesma para toda a estrutura, incluindo o telhado. Os
perfis utilizados nas vigas de piso possuem seção Ue, dispostos na horizontal, cujas mesas,
normalmente, têm as mesmas dimensões das mesas dos montantes, porém a altura da alma é
determinada por vários fatores, entre eles, a modulação da estrutura e o vão entre os apoios
(Figura 14). Assim a disposição das vigas de piso deve gerar a menor distância entre os
apoios, resultando em perfis de menor altura.

Figura 14 - Estrutura de piso em LSF.


Fonte: FREITAS; CRASTO (2006).

De acordo com a natureza do contrapiso, a laje pode ser do tipo úmida (Figura 15),
quando se utiliza uma chapa metálica ondulada aparafusada às vigas e preenchida com
concreto que serve de base ao contrapiso. Ou pode ser do tipo seca (Figura 16) quando placas
rígidas de OSB, cimentícias ou outras são aparafusadas à estrutura do piso.
44

Figura 15 - Desenho esquemático de laje úmida


Fonte: FREITAS; CRASTO (2006).

Figura 16 - Desenho esquemático de laje seca


Fonte: FREITAS; CRASTO (2006).

Estruturas de escadas em LSF são construídas pela combinação de perfis U e Ue


(Figura 17), normalmente os mesmos usados para os painéis. Para constituir degraus e
espelhos, painéis rígidos como placas de OSB ou pranchas de madeira maciça aparafusadas
na estrutura são os mais utilizados. Pisos úmidos também são viáveis desde que usados com o
sistema adequado.
45

Figura 17 - Exemplo de estrutura de escada


Fonte: FREITAS; CRASTO (2006).

Por último, tem-se a subestrutura de cobertura. Basicamente, essas subestruturas são


compostas de treliças e/ou caibros vencendo os vãos de telhado.
Construtivamente, as coberturas próprias para steel frame possuem as mesmas
características e princípios das estruturas convencionais. Portanto, podem ser utilizadas com
telhas metálicas, cerâmicas, fibrocimento e shingle (Figura 18), entre outras. As coberturas
prontas para steel frame, por sua leveza e versatilidade, podem ser utilizadas em edificações
de sistemas construtivos tradicionais e são capazes de vencer grandes vãos, inclusive podem
ser empregadas em galpões e edificações de usos gerais de serviços.

Figura 18 - Telha shingle com subcobertura instalada sobre a placa OSB


Fonte: LP BRASIL (2012).
46

Para possibilitar o princípio de estrutura alinhada (Figura 19), a alma dos perfis que
compõem tesouras ou caibros deve estar alinhada a alma dos montantes dos painéis de apoio e
suas seções em coincidência de modo que a transmissão das cargas seja axial.

Figura 19 - Caibros e vigas alinhados com montantes de painel estrutural


Fonte: FREITAS; CRASTO (2006).
2.12.3.3 Vedações e acabamentos

Os componentes de fechamento devem ser constituídos por elementos leves,


compatíveis com o conceito da estrutura dimensionada para suportar vedações de baixo peso
próprio. Estes são posicionados externamente à estrutura como uma “pele” e juntamente com
os perfis galvanizados vão formar as vedações internas e externas da edificação. Outro
conceito fundamental nos fechamentos para o sistema LSF, é possibilitar o emprego de
vedações racionalizadas a fim de promover maior grau de industrialização da construção,
como por exemplo, o uso correto da modulação estrutural para uma melhor otimização da
utilização de chapas ou placas, que possuem dimensões compatíveis com tais padrões
(FREITAS; CRASTO, 2006a)
As vedações e o acabamento utilizam um método que combina uma alta capacidade
isolante termo-acústico, com uma aparência atraente, com o emprego de variadas soluções
construtivas, entre elas: sistema em gesso acartonado (“Dry Wall”) para paredes internas
(Figura 20); chapa de OSB (Oriented Strand Board) com barreira hidrófuga de material “não-
tecido” (Figura 21) e tela de poliéster aplicadas sobre a mesma ou chapa cimentícias (Figura
22), para paredes externas. Para o revestimento externo pode ser aplicada a argamassa
47

projetada (Figura 23) ou utilizado o siding vinílico (Figura 24), por exemplo. A estrutura de
aço fica então encapsulada e protegida dentro das paredes e entrepisos (RODRIGUES, 2006).

Figura 20 - Revestimento interno em gesso acartonado


Fonte: LP BRASIL (2012).

Figura 21 - Vedação com OSB e manta hidrófuga


Fonte: FLASAN (2012).
48

Figura 22 - Revestimento externo com placas cimentícias


Fonte: FLASAN (2012).

Figura 23 - Argamassa projetada sobre o painel OSB revestido com manta e tela
Fonte: FREITAS; CRASTO (2006).

Figura 24 - Revestimento com Siding Vinílico


Fonte: LP BRASIL (2012).
49

2.12.3.4 Isolantes

O isolamento termo-acústico é uma forma de controlar a qualidade do conforto dentro


de um ambiente de modo que as condições externas não influenciem as internas, barrando a
transmissão de sons e evitando as perdas ou ganhos de calor para meio externo ou contíguo.
Como o conceito tradicional de lei de massa não pode ser aplicado às construções com
LSF, os princípios de isolamento termo-acústico para este baseiam-se em conceitos mais
atuais de isolação multicamada, que consiste em combinar placas leves de fechamento
afastadas, formando um espaço entre os mesmos, preenchido por material isolante (lã
mineral) (Figura 25 e 26). Nesse aspecto, diversas combinações podem ser feitas a fim de
aumentar o desempenho do sistema, através da colocação de mais camadas de placas ou
aumentando a espessura do isolante utilizado.

Figura 25 - Isolamento com lã de vidro Figura 26 - Isolamento com lá de rocha


Fonte: LP BRASIL (2012). Fonte: LP BRASIL (2012).

2.12.3.5 Instalações

As instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias para edificações com sistema


construtivo steel frame são as mesmas utilizadas em edificações convencionais e apresentam
o mesmo desempenho, não variando em razão do sistema construtivo. Assim, os materiais
empregados e princípios de projeto também são os mesmos aplicados em edificações
convencionais e, portanto, as considerações para projeto, dimensionamento e uso das
propriedades dos materiais não divergem do tratamento tradicional nessas instalações.
A facilidade na execução das instalações de hidráulica, elétrica (Figura 27), telefonia,
ar condicionado, lógica, alarme, aspiração de pó central, reduz bastante o tempo de mão de
obra destinada ao serviço. Estas tubulações são passadas nas aberturas existentes na alma dos
perfis (Figura 28), sem necessidade de quebrar paredes, o que reduz muito a geração de
50

resíduos e o tradicional desperdício da obra. Os materiais utilizados são recicláveis e


incombustíveis (ÁGUIA SISTEMAS, 2011).

Figura 27 - Instalação elétrica nos painéis Figura 28 - Passagem das tubulações com
facilidade
Fonte: LP BRASIL (2012).
Fonte: LP BRASIL (2012).

2.12.4 Entraves
2.12.4.1 Legalização do sistema

O principal entrave à adoção do sistema steel frame em habitações populares é a falta


de normas para o sistema. A ausência de associação setorial também é tida como problema
por construtores e fornecedores. Além das barreiras culturais, a falta de norma técnica capaz
de orientar as etapas do sistema é dos principais entraves para o amplo uso no segmento de
habitações populares, que exige longa jornada de comprovação tecnológica para aprovação de
projetos.
Por enquanto, o único texto de referência é a Diretriz SINAT (Sistema Nacional de
Avaliações Técnicas) nº 003 - Sistemas construtivos estruturados em perfis leves de aço
conformados a frio, com fechamento em chapas delgadas (sistemas leves tipo Light Steel
Framing), criado pelo Ministério das Cidades. É o documento mais importante para quem
pretende financiar obra com a Caixa Econômica Federal (LOURENGON, 2011).
Além do texto do SINAT, existem normas específicas para perfis de aço formados a
frio e para o uso de chapas de gesso acartonado e cimentícia. Entre estas estão:
 NBR 14715 - Chapas de Gesso Acartonado - Requisitos

 NBR 14716 - Chapas de Gesso Acartonado - Verificação das características


geométricas

 NBR 14717 - Chapas de Gesso Acartonado - Determinação das características físicas


51

 NBR 14762 - Dimensionamento de Estruturas de Aço Constituídas por Perfis


Formados a Frio - Procedimento

 NBR 15217 - Perfis de Aço para Sistemas de Gesso Acartonado - Requisitos

 NBR 15253 - Perfis de Aço Formados a Frio, com Revestimento Metálico, para
Painéis Reticulados em Edificações - Requisitos gerais.

 NBR 6355 - Perfis estruturais de aço formados a frio – Padronização


 NBR 15498 - Placa plana cimentícia sem amianto - Requisitos e métodos de ensaio.

2.12.4.2 Cuidados e limitações

O Light Steel Framing permite a construção de edifícios com até sete pavimentos. No
entanto, costuma ser mais competitiva a construção de casas térreas, sobrados e edifícios
baixos com até quatro pavimentos.
O ideal é que a obra seja arquitetonicamente concebida para o sistema, o que
contribuirá para melhor aproveitamento de benefícios como rapidez de execução e redução de
desperdícios. A etapa de projetos requer atenção especial em função da diversidade de
materiais e componentes empregados e das diversas interfaces entre componentes e elementos
construtivos. Componentes mal especificados e descuidos durante a execução podem
comprometer a qualidade e a durabilidade da edificação. O steel frame não aceita
excentricidades, exige ajustes perfeitos e parafusamento e prumos corretos.
Entre os erros mais comuns de execução estão a utilização de parafusos inadequados,
isolamento entre o solo e perfis inadequados e ausência de contraventamentos, responsáveis
pela resistência da construção a cargas horizontais como esforços gerados pelos ventos. A
falta de proteção dos perfis de aço e das chapas de fechamento contra umidade, contato direto
de componentes com potenciais eletrolíticos e ausência de vedação nas tubulações de gás
internas à parede também são descuidos que podem prejudicar o bom desempenho do
conjunto.
Do ponto de vista estrutural, o LSF apresenta limitações, como as espessuras dos
perfis. O mercado geralmente oferece apenas as opções de 0,80 mm, 0,95 mm e 1,25 mm. Em
situações que exijam perfis mais robustos, acima de 2,5 mm, torna-se inviável ou impossível,
pois não há máquinas que dobrem perfis nessas dimensões, limitando o tamanho dos vãos e
engessando o sistema.
52

2.12.5 Potencial

O LSF foi trazido ao Brasil como uma solução construtiva industrializada para
construções de alto padrão. O arquiteto Alexandre Mariutti, diretor da construtora Seqüência,
que trabalha há seis anos com a tecnologia, conta que era preciso esperar a tecnologia se
consolidar nesse segmento para depois aplicá-lo a empreendimentos econômicos. A
construtora já desenvolveu alguns modelos de casas para o ramo popular e o que se mostrou
financeiramente mais viável empregava fechamentos em placas cimentícias. Até o momento,
um protótipo foi erguido e uma réplica está sendo avaliada pelo IPT (Instituto de Pesquisas
Tecnológicas do Estado de São Paulo). Mariutti estima que, em escala de produção industrial,
cada unidade de 48 m² possa ser construída em cerca de uma semana (FARIA, 2008).
No entanto, o preço dos componentes ainda é um fator que pressiona a
competitividade do custo do sistema. A começar pelo aço, commodity cujo preço é elevado
com o aumento da demanda mundial, sobretudo da China. Além disso, a falta de competição
entre fornecedores de placas cimentícias e de drywall mantém os preços dos produtos em
patamares mais elevados.
Se o sistema construtivo completo ainda tem um caminho para trilhar rumo à
viabilização econômica e técnica, pelo menos parte dele pode ser empregada de imediato em
qualquer tipo de construção residencial industrializada.
53

3 METODOLOGIA

A pesquisa realizada sobre o sistema construtivo proposto tem caráter exploratório


com pesquisa bibliográfica e levantamento de dados em acervos bibliográficos e técnicos de
empresas de materiais e componentes de construção civil.
Os valores sobre a quantidade de serviço do estudo comparado foram levantados no
periódico Guia da Construção, cuja obra trata do primeiro condomínio popular construído em
LSF no Estado de São Paulo. Esta obra foi escolhida entre outras existentes, tendo em vista
que já traz o estudo comparado entre os dois sistemas e a composição detalhada das
quantidades de serviço e preços em relação aos outros. E por ser um conjunto construído em
série de 22 unidades.
Esse estudo foi escolhido por contar com o quantitativo e a especificação dos serviços
necessários para a realização do projeto de uma unidade da Vila Dignidade, em Avaré - SP.
Isso evita outros tipos de questões que poderiam ser levantadas em relação à especificação
dos materiais e quanto ao dimensionamento da estrutura principalmente.

Os dados adotados para o desenvolvimento quantitativo da pesquisa do sistema


convencional e LSF serão obtidos a partir do levantamento de índices contidos na referência
TCPO 13 (2010), para o orçamento e produtividade do estudo comparado. Mas para o caso do
Steel Frame principalmente, foram necessárias algumas alterações quanto ao tipo de material
usado por diferenças de método de execução, dificuldade ou facilidade de fornecimento de
materiais na região, e também por erros presentes em algumas composições que serão
explicados no decorrer do trabalho.

A TCPO é resultado de vários estudos realizados pela equipe técnica da PINI, que
registrou uma série de pesquisas em obras criteriosamente selecionadas, com o objetivo de
reunir uma quantidade significativa de amostras dos serviços nos canteiros. Dessa forma, é
possível estabelecer parâmetros para comparar e aprimorar o conhecimento sobre as faixas de
produtividade em diferentes empresas e em várias tipologias de construção (TCPO 13, 2010).
O estudo contempla ainda um levantamento dos valores reais de materiais para LSF a
partir de uma pesquisa de mercado em pelo menos um fornecedor da região de Maringá - PR,
mas para os materiais que forem encontrados em até 3 fornecedores, será realizada uma média
para obtenção de um valor melhor representado. Para o levantamento dos valores reais do
sistema convencional será realizada a pesquisa em três fornecedores de materiais de Maringá,
e o preço referente à mão de obra utilizada, será obtido através do SINTRACON-PR.
Entre os fornecedores consultados para o orçamento, estão:
54

 Placo Center
 EPS Knauff
 Biazam
 Gesso Ponto Com
 Constru & Cia.
 Madeireira Santa Rita
 Madeireira Paris
 Madeireira Cidade Verde
 Maringá Ferro
 Bertin Ferro e Aço
 Loja do EPI
 Paraná Fer
Para tratamentos dos dados serão utilizadas tabelas, quadros, gráficos comparativos. A
análise qualitativa deverá responder ao objetivo geral quanto à caracterização do sistema
tendo sida obtida nos acervos bibliográficos e técnicos. As análises quantitativas dos dados
serão realizadas a partir de correlações e comparações entre os sistemas em estudo onde
deverá responder aos objetivos específicos.
55

4 ESTUDO DE CASO: CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

O estudo de caso foi realizado com base em um referencial bibliográfico publicado na


revista Guia da Construção, PINI (2010), que contempla o projeto de um condomínio
horizontal executado em Avaré, estado de São Paulo (Figura 29). Trata-se de um conjunto
habitacional de interesse social criado para atender a população da terceira idade.

Figura 29 - Condomínio Vila Dignidade, em Avaré - SP


Fonte: PINI (2010).

A meta estabelecida pelo Governo Federal para a erradicação do déficit habitacional


no Brasil vem envolvendo e aquecendo todo o segmento da construção civil. Com tantos
imóveis a serem construídos e em meio à escassez de mão de obra, os sistemas
industrializados começam a deixar de ser uma alternativa teórica para ser uma realidade
(Figura 30). É nesse campo que surge a oportunidade de o LSF se disseminar nessa faixa de
renda, oferecendo uma habitação com qualidade semelhante às executadas com alvenaria
convencional, só que mais fácil de executar e em menos tempo (ROCHA, 2011).

Figura 30 - Execução da estrutura em LSF


56

Fonte: Sequência (2012).

O Vila Dignidade de Avaré - SP foi o primeiro de uma série de conjuntos


habitacionais, projetados de forma semelhante, a serem licitados, por menor preço, na região.
O diferencial da Vila Dignidade começa pelo fato de oferecer assistência e abrigo gratuitos a
idosos, que correspondam a um perfil pré-determinado, e sejam cadastrados na prefeitura do
município participante do programa. Outra novidade é ser o primeiro projeto da Companhia
de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) que atende às
premissas do design universal, em que as unidades habitacionais apresentam vãos maiores de
portas, piso antiderrapante, entre outros itens para promover segurança e acessibilidade ao
usuário. E, finalmente, o que mais se destaca é o fato de ser uma obra popular executada em
Light Steel Framing (PINI, 2010).

Figura 31 - Planta de um bloco com representação dos movimentos necessários em situações


críticas para idosos cadeirantes
Fonte: NUPEHA (2010).

Muito mais do que executar novas moradias, a iniciativa foi também uma
oportunidade para que o sistema fosse testado em empreendimentos para população de baixa
renda e para que o preconceito contra métodos construtivos leves e industrializados seja
eliminado (ROCHA, 2011).

Até o primeiro semestre de 2011 já havia sido entregues os empreendimentos das


cidades de Avaré e Itapeva, ambas no interior de São Paulo, e estava em andamento a
construção de condomínios em Araraquara, Caraguatatuba, Presidente Prudente, Ribeirão
57

Preto e São José do Rio Preto. Além disso, os municípios de Botucatu, Jaú, Jundiaí, Laranjal
Paulista, Limeira, Mogi das Cruzes, Mogi-Mirim, Itapetininga, Ituverava, Tupã e Sorocaba
entraram no processo licitatório ou de assinatura de convênio (ROCHA, 2011).

A Vila Dignidade está previsto no programa de interesse social instituído pelo Decreto
54.285, de 29 de abril de 2009, uma ação conjunta da CDHU, do Fussesp (Fundo de
Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo) e das secretarias
da Habitação, de Assistência e Desenvolvimento Social, de Economia e Planejamento e da
Cultura, em parceria com as prefeituras de São Paulo (PINI, 2010). Os recursos do programa
são repassados pela Secretaria Estadual da Habitação à CDHU e originários do Tesouro do
Estado. A construção é executada pela CDHU em terreno próprio ou em terreno da prefeitura.
Os núcleos habitacionais possuem de 15 a 24 unidades contendo áreas de convivência
adequadas às necessidades das pessoas idosas (Figura 32), com acompanhamento permanente
de assistência social (ROSSO, 2010).

As 22 casas do empreendimento de Avaré - SP são horizontais, com sala conjugada à


cozinha, um dormitório, banheiro, área de serviço e uma pequena área externa nos fundos,
que pode ser utilizada como jardim ou horta.

Figura 32 - Esboço do projeto da Vila Dignidade

Fonte: NUPEHA (2010).

Além das 22 casas, o condomínio em Avaré ainda tem infraestrutura completa e


espaços de convivência, onde os moradores terão assistência social e atividades socioculturais
e de lazer. São 1.152,04 m2 de área construída, que foi executado entre setembro de 2009 e
fevereiro de 2010. O projeto arquitetônico do empreendimento foi desenvolvido pela equipe
58

técnica da CDHU, o projeto em LSF foi feito pela Construtora Micura e a obra foi executada
pela Construtora Sequência, participante do processo de licitação (ROCHA, 2009).

Figura 33 - Detalhes da estrutura e da modulação do sistema


Fonte: Sequência (2012).

O orçamento apresentado neste trabalho foi elaborado com base nos quantitativos
publicados pela PINI (2010) em uma reportagem sobre esse projeto da CDHU. Para oferecer
uma base de comparação, foi orçada, além da estrutura em LSF, a alternativa de execução em
estrutura de concreto armado, com fechamento em alvenaria de blocos cerâmicos furados.
59

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Composições e levantamento de quantitativos

Como citado na Metodologia, o estudo comparativo contemplou as etapas de estrutura


e vedação do projeto de uma unidade da Vila Dignidade, constituída de duas casas
(geminadas). Para o caso do Light Steel Framing, as etapas ocorrem simultaneamente, tendo
em vista que o sistema trata das paredes como parte fundamental da estrutura, enquanto que
para o sistema convencional com estrutura em Concreto Armado com vedação em Alvenaria,
as etapas de estrutura, vedação e revestimento são distintas no levantamento e no orçamento.

A etapa de revestimento foi adicionada somente para o sistema convencional devido


ao fato de que o sistema industrializado LSF produz a parede pronta para receber o
acabamento, devido o uso das placas industrializadas. Assim, foi necessário equalizar o
comparativo para que ambos os sistemas oferecessem o mesmo serviço e não houvesse
disparidade no estudo comparativo.

As composições da TCPO 13 utilizadas para o levantamento dos serviços serão


apresentadas em Anexos, como método para quantificar o material e a mão de obra a ser
orçada. As composições referentes ao LSF sofreram algumas alterações devido a um erro
constatado na quantificação do material. O erro mais relevante trata sobre as placas utilizadas
(OSB, gesso ou cimentícias) que constavam 1 m² para cada m² de parede executada, enquanto
que seriam necessárias no mínimo 2 m² de placa para cada m² de parede executada. Isso se
deve ao fato de que a parede recebe a placa nas duas faces, sem contar os desperdícios e
perdas que poderiam contabilizar de 2 a 5%. A composição da TCPO referente ao gesso
acartonado ou drywall pode comprovar o raciocínio que levou à identificação deste erro na
bibliografia. Além disso, foram modificados alguns materiais que não são utilizados
obrigatoriamente ou são substituídos por outros na região de Maringá - PR. A manta
hidrófuga, comumente chamada de Tyveck, e a lã de vidro também foram adicionadas à
composição, nas paredes externas, para completar a eficácia do sistema quanto ao isolamento
contra a umidade, como citado na revisão bibliográfica.

Quanto aos montantes especificados pela PINI (2010) para o sistema LSF, estes
possuíam 0,80 mm de espessura de acordo com o projeto, mas não foi encontrado entre os
fornecedores em Maringá e por isso foram utilizados os de 0,95 mm, utilizados em grande
parte das edificações térreas em LSF.
60

Quanto aos coeficientes de produtividade para o LSF, foram modificados os valores


referentes aos ajudantes para que fossem incluídos os serviços adicionados às composições. A
Quadro 1 apresenta a produtividade variável determinada pela TCPO, que no caso estudado,
foi adotada a produtividade média devido aos fatores se equivalerem.

Quadro 1 - Produtividade variável para o LSF

PRODUTIVIDADE DOS MONTADORES (Hh/m²)


Média = 0,6
Mínima = 0,3 Máxima = 1,2
Paredes grandes Paredes pequenas
Quantidade significativa de sistemas prediais
Pouca interferência com sistemas prediais
embutidos
Uso intensivo de isolante termoacústico no
Não necessidade de isolante termoacústico
interior do painel
Sistema de transportes bem resolvido para
Transporte não resolvido dos componentes
movimentação dos componentes
Paredes com camadas simples de chapas Paredes com canadas duplas de chapas
Fonte: TCPO 13 (2010).

As composições referentes ao sistema convencional não trazem mudanças e foram


utilizadas conforme a TCPO 13 (2010) apresenta, já que se trata de um sistema mais
conhecido e comumente utilizado. Mesmo assim, utilizando o sistema convencional, houve
uma certa dificuldade na composição pois os blocos cerâmicos não possuíam as mesmas
dimensões da região de Maringá - PR. Nesse caso foi utilizado a composição original por
trazer as quantidades de materiais para esse tipo de bloco. E quanto ao preço foram utilizados
os preços dos blocos mais próximos com os da bibliografia.

5.2 Levantamento de preços na região de Maringá - PR

A pesquisa de preços realizada contemplou apenas empresas situadas em Maringá -


PR, e por isso é possível notar a falta de alguns preços pela dificuldade de encontrar tais
materiais. Pode-se observar que na pesquisa de preços realizada, houve uma grande
disparidade entre os preços unitários de diferentes fornecedores que em alguns casos vendiam
um material idêntico, do mesmo fabricante (Tabela 3).

Os preços referentes ao salário hora de cada modalidade de mão de obra envolvida


foram retirados do SINTRACON-PR (2012) com os seguintes valores: R$ 5,68 para o Oficial,
R$ 4,38 para o Meio-Oficial e R$ 4,04 para o Servente. Quanto aos Encargos Sociais, também
obtido no SINTRACON-PR (2012), foi utilizado o valor de 186,2 %.
61

Tabela 3 - Pesquisa de preços realizada para o sistema LSF

Fornecedores
Item Unidade Preço Médio
A B C
Montador h 10,58 R$ 10,58
Ajudante h 8,16 R$ 8,16
Painel de gesso acartonado - com
bordas rebaixadas para locais secos
m² 12,04 14,70 12,96 R$ 13,23
(espessura: 12,5 mm / comprimento:
2,40 m / largura: 1,20 m)
Painel de gesso acartonado - com
bordas rebaixadas para locais úmidos
m² 16,67 19,90 12,96 R$ 16,51
(espessura: 12,5 mm / comprimento:
2,40 m / largura: 1,20 m)
Placa cimentícia bordas rebaixadas
para locais úmidos (espessura: 10,0
m² 32,99 39,58 32,99 R$ 35,19
mm / comprimento: 2,40 m / largura:
1,20 m)
Perfil tipo "U", guia em aço
galvanizado para steel frame (largura m 8,00 12,80 6,00 R$ 8,93
do montante: 90 mm)
Perfil tipo "C", montante, em aço
galvanizado para steel frame (largura m 9,00 12,80 7,00 R$ 9,60
do montante: 90 mm)
Perfil tipo "U", guia em aço
galvanizado para steel frame (largura m 11,00 - 7,00 R$ 9,00
do montante: 140 mm)
Perfil tipo "C", montante, em aço
galvanizado para steel frame (largura m 12,00 - 8,50 R$ 10,25
do montante: 140 mm)
Chumbador parabolt, com porca
sextavada (comprimento: 95,2 mm / un 1,50 1,30 1,50 R$ 1,43
diâmetro: 3/S ")
Parafuso GN 25, autoperfurante e
autoatarraxante com cabeça trombeta
e ponta agulha para gesso acartonado un 0,020 0,022 0,020 R$ 0,02
(comprimento: 25 mm / diâmetro: 3,5
mm)
Painel de lã de vidro flexível (largura:
0,60 m / comprimento: 1,20 m /
m² 10,63 13,20 11,00 R$ 11,61
espessura: 50 mm / densidade: 20
kg/m²)
Manta hidrófuga m² 4,79 5,51 5,99 R$ 5,43
Massa em pó para tratamento de
kg 1,53 2,45 - R$ 1,99
juntas em chapas de gesso acartonado
Massa para tratamento de juntas em
kg 20,00 - - R$ 20,00
chapas cimentícias
Fita de papel microperfurado para
tratamento de junta em gesso m 0,13 0,13 0,23 R$ 0,17
acartonado (largura da fita: 50 mm)
Fita para isolamento acústico à base de
resina auto-adesiva, para paredes de
m 1,20 1,59 - R$ 1,40
gesso acartonado (largura da fita: 90
mm)
Furadeira de impacto, elétrica,
potência. 0,9 HP (0,65 kW), diâmetro h prod. 0,02 0,03 0,03 R$ 0,02
do mandril: 5/8" - vida útil: 10.000 h
62

Tabela 4 - Pesquisa de preços realizada para o sistema convencional

Fornecedores
Item Unidade Preço Médio
A B C
Pedreiro h 10,58 R$ 10,58
Servente h 7,52 R$ 7,52
Armador h 10,58 R$ 10,58
Ajudante de armador h 7,52 R$ 7,52
Carpinteiro h 10,58 R$ 10,58
Ajudante de carpinteiro h 7,52 R$ 7,52
Chapa compensada plastificada
m² 9,92 13,22 11,16 R$ 11,43
(espessura: 12 mm)
Pontalete 3" x 3" (altura: 75,00 mm /
m 1,70 1,2 2,20 R$ 1,70
largura: 75,00 mm)
Sarrafo 1" x 3" (altura: 75 mm /
m 0,85 0,7 0,85 R$ 0,80
espessura: 25 mm)
Tábua 1" x 8" (espessura: 25 mm /
m 2,40 2,75 2,2 R$ 2,45
largura: 200 mm)
Tábua 1" x 6" (espessura: 25mm/largura:
m 1,40 1,65 1,65 R$ 1,57
150mm)
Desmoldante de fôrmas para concreto l 9,40 - - R$ 9,40
Prego 17x21 com cabeça (comprimento:
kg 6,50 6,5 7 R$ 6,67
48,3 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm)
Prego 17 x 27 com cabeça dupla
(comprimento: 62,1 mm / diâmetro da kg 6,50 6,5 7 R$ 6,67
cabeça: 3.0 mm)
Prego 15 x 15 com cabeça (comprimento:
kg 6,50 9 7 R$ 7,50
34,5 mm / diâmetro da cabeça: 2,4 mm)
Espaçador circular de plástico para
pilares, fundo e laterais de vigas, lajes, un 0,20 0,15 0,19 R$ 0,18
pisos e estacas (cobrimento: 30 mm)
Barra de aço CA-25 5/16" (bitola: 8,00
kg 3,38 3,31 - R$ 3,34
mm / massa linear: 0,395 kg/m)
Arame recozido (diâmetro do fio: 1.25
m 0,05 0,05 - R$ 0,05
mm / bitola: 18 BWG)
Concreto dosado em central convencional
m³ 265,00 265,00 270,00 R$ 266,67
brita 1 e 2
Areia lavada tipo média m³ 63,00 47,00 60,00 R$ 56,67
Cal hidratada CH-III kg 0,40 0,40 0,38 R$ 0,39
Cimento Portland CP II-E-32 (resistência:
kg 0,44 0,44 0,45 R$ 0,44
32,00 MPa)
Bloco cerâmico de vedação - bloco inteiro
un 0,38 0,35 0,28 R$ 0,34
(9 x 19 x 39)
Bloco cerâmico de vedação - bloco inteiro
un 0,50 0,47 0,52 R$ 0,50
(19 x 19 x 39)
Betoneira, elétrica, potência 2 HP (1,5
h prod. 0,26 0,256 0,27 R$ 0,26
kW), capacidade 4001 - vida útil 10.000 h
Vibrador de imersão, elétrico, potência 1
h prod. 0,03 0,04 0,03 R$ 0,03
HP (0,75 kW) - vida útil 20.000 h

Os valores em branco correspondem aos materiais que não foram encontrados nos
respectivos fornecedores.
63

5.3 Análise dos resultados

As Tabelas 6, 7 e 8 apresentam os custos diretos por etapas e custo direto total, assim
como o tempo gasto com mão de obra para cada sistema. Os custos descriminados por
materiais e mão de obra serão apresentados nos Apêndices A e B.

Tabela 5 - Descriminação do custo dos serviços entre os sistemas

LIGHT STEEL FRAMING


CUSTO
DESCRIÇÃO UNIDADE QUANTIDADE
UNITÁRIO TOTAL
Estrutura em Steel Frame R$ 42.519,55
STEEL FRAME para parede interna, fechamento
m² 161,28 80,38 12963,29
em gesso acartonado para ambiente seco
STEEL FRAME para parede interna, fechamento
em gesso acartonado entre ambientes secos e m² 95,04 111,78 10623,96
úmidos
STEEL FRAME para parede externa, fechamento
em placa cimentícia e gesso acartonado para m² 172,80 109,56 18932,30
ambiente seco
TOTAL R$ 42.519,55
CONCRETO ARMADO E ALVENARIA CONVENCIONAL
Estrutura em Concreto Armado R$ 4.783,62
CONCRETO estrutural dosado em central, fck = 35
m³ 3,00 280,00 840,00
Mpa
TRANSPORTE, lançamento, adensamento e
m³ 3,00 51,31 153,92
acabamento do concreto em estrutura
FÔRMA com chapa compensada plastificada, e =
12 mm, para pilares/vigas/lajes, incluso
m² 50,00 40,24 2011,97
contraventamentos/travamentos c/ pontaletes
7,5 cm x 7,5 cm, 5 aproveitamentos
ARMADURA de aço para estruturas em geral, CA-
kg 240,00 7,41 1777,72
25, diâmetro 8,0 mm, corte e dobra na obra
Alvenaria R$ 9.639,76
ALVENARIA de vedação com blocos cerâmicos
furados, 9 x 19 x 39 cm, espessura da parede 9
m² 256,32 21,40 5485,59
cm, juntas de 12 mm com argamassa
industrializada
ALVENARIA de vedação com blocos cerâmicos
furados, 19 x 19 x 39 cm, espessura da parede 19
m² 172,80 24,04 4154,17
cm, juntas de 12 mm com argamassa
industrializada
Revestimentos R$ 18.026,97
CHAPISCO para parede interna ou externa com
argamassa de cimento e areia sem peneirar traço m² 858,24 3,60 3088,62
1:3, e = 5 mm
EMBOÇO para parede interna com argamassa
mista de cimento, cal hidratada e areia sem m² 685,44 16,67 11429,40
peneirar e = 20 mm
EMBOÇO para parede externa com argamassa
mista de cimento, cal hidratada e areia sem m² 172,80 20,31 3508,95
peneirar e = 20 mm
TOTAL R$ 32.450,36
64

Tabela 6 - Quantidade de horas de mão de obra necessária para cada sistema

Funcionário Horas Total


Montador 257
Light Steel Framing 326,13
Ajudante geral 69

Carpinteiro 89,76
Armador 19,20
Concreto Armado e Pedreiro 940,78
Alvenaria 2256,78
Servente 1165,40
Convencional
Ajudante de carpinteiro 22,44
Ajudante de armador 19,20

Tabela 7 - Comparativo entre o custo direto e tempo de execução


Custo Direto do
Sistema Percentual Tempo (h) Tempo (dias)
Sistema (R$)
Light Steel Framing R$ 42.574,24 257,47 16
31%
Convencional R$ 32.516,25 1049,74 66
OBS*: Considerando 8 horas de trabalho por dia, e 2 equipes de 1
oficial + 1 ajudante para cada sistema
OBS**: Os valores correspondem à produção de
uma unidade com 2 casas geminadas

Ao analisar os custos diretos, vale lembrar que cada bloco é composto por duas
moradias, assim, o preço de cada unidade é a metade do total apresentado. O orçamento
realizado não considerou a economia proporcionada pela racionalização e tempo de execução
da obra em LSF - foi orçado somente o custo direto de execução. A economia proporcionada
pelo LSF, na prática, interfere nos gastos com a administração, geralmente menor nesse
sistema, pelo reduzido tempo dos serviços em canteiro.

O LSF engloba os perfis de aço e o fechamento em gesso acartonado no interior e


placa cimentícia no exterior. Para essa obra custa R$ 42.574,24, já a obra realizada em
alvenaria convencional tem os custos de alvenaria e de estrutura de em R$ 32.516,25.

O que encarece o LSF nesse caso é o conjunto para paredes externas que sai por R$
18.932,30, 45% do custo total do sistema (Apêndice C). Isso reflete o custo elevado das
placas cimentícias que se encontram no mercado atualmente, ainda mais na região de estudo
(Maringá - PR). Nas paredes externas é utilizado também a manta hidrófuga que é um
material de preço elevado, e no caso foram utilizados perfis de 140 mm para melhorar o
desempenho estrutural e termo-acústico do sistema, contribuindo para elevar o preço, o que
65

reflete nesse caso um produto de melhor qualidade também. O preço desses produtos ainda se
encontra em níveis elevados devido ao fato de que os fornecedores são escassos, e a
concorrência é muito baixa. Com um mercado mais aquecido e consequentemente, com uma
concorrência maior entre as empresas, o custo desses materiais, assim como a qualidade e o
conhecimento destes proporcionará melhores condições para o uso dessa tecnologia,
contribuindo para o sucesso do sistema no país.

Antes que o mercado para o LSF alcance uma cadeia produtiva organizada, será
necessário que haja a certificação do sistema e das empresas envolvidas nesse ramo, tanto as
que produzem os materiais quanto as que executam os serviços em LSF.

O gráfico (Apêndice D) referente às percentagens dos custos com o sistema


convencional revela que os gastos com fôrmas representam aproximadamente 6% do total
estudado, sendo que se trata de um material provisório na obra, ou seja, não tem finalidade
permanente e que depois é descartado. Já o sistema LSF demonstrou utilizar apenas materiais
necessários para o funcionamento do sistema, sem o desperdício desses para uso temporário e
ainda conta com o um sistema racionalizado desde a concepção estrutural, evitando erros nos
quantitativos com o uso de materiais industrializados e também pelo fato de resultar numa
execução muito mais precisa e coerente com o projeto.

A produtividade foi obtida através da relação entre a quantidade de serviço proposta


no estudo, envolvendo estrutura e vedação, e o tempo gasto para a execução com base nas
composições. Foram contabilizados apenas as horas referentes aos oficiais, de forma que as
horas com os ajudantes representem serviços de auxílio que podem ser realizados anterior ou
simultaneamente à frente de serviço de interesse.

Analisando a produtividade para cada sistema ou então o tempo necessário para a


realização das etapas propostas, pôde-se observar que como foi apresentado na Tabela 7 e 8, o
sistema industrializado LSF utilizou uma quantidade de mão de obra em canteiro muito
menor, o que diminui surpreendentemente a exposição da obra às intempéries e outros
empecilhos que ocorrem em canteiro. Além disso, a quantidade de pessoas envolvidas no
processo é muito maior para o sistema convencional, o que pode prejudicar a realização dos
trabalhos em situações com frentes muito próximas ou que interfiram em outros serviços,
além de outras questões como segurança do trabalho e custos com administração.
66

6 CONCLUSÃO

A diferença de 31% entre o custo final das etapas estudadas pode ser considerado um
valor relativamente alto quando analisado isoladamente no custo por etapa (vedação e
estrutura). Mas considerando todas as variáveis envolvidas na escolha e definição do sistema,
este custo é abatido e pode se tornar economicamente viável, além de atender outros
requisitos da obra.

A grande diferença entre os preços dos fornecedores de material para construção à


seco pode evidenciar a falta de concorrência entre estes na região estudada, de forma que as
poucas existentes consigam determinar preços de maneira quase que independente da
demanda local.

As normas atuais ainda não são específicas para o sistema, o que dificulta os aspectos
construtivos e de projeto, assim como a padronização dos materiais e a definição de um
critério de projeto e dimensionamento para o sistema como um todo e não apenas para os seus
componentes.

A certificação por parte das empresas construtoras poderá elevar a qualidade do


produto disponível, visto que a execução mal sucedida de um empreendimento pode
comprometer a credibilidade do desempenho do sistema como um todo. A cobrança por uma
certificação para o sistema deve partir das próprias empresas construtoras antes que os erros
construtivos gerados por uma minoria dificultem a aceitação do sistema na cultura do país.

O sucesso de um empreendimento em LSF ou em qualquer outro sistema construtivo


industrializado passa necessariamente pela concepção de um projeto de arquitetura dotado de
uma visão sistêmica do processo de produção e que considere todo o potencial e
condicionantes do sistema.

Acredita-se que a aceitação e a organização de sistemas construtivos como o Light


Steel Framing são uma ponte para o desenvolvimento tecnológico da construção civil e uma
promessa para a industrialização do setor.

Durante o estudo foram encontradas poucas bibliografias que tratavam


especificamente sobre o sistema caracterizado. Grande parte das publicações vem de
periódicos ou artigos técnicos. Portanto sugere-se também um estudo mais profundo acerca do
desempenho, assim como o projeto e dimensionamento do sistema Light Steel Framing, para
que assim sejam esclarecidas as questões que geram barreiras para a aceitação do mesmo.
67

REFERÊNCIAS

AGOPYAN, V.; JOHN, V. M. Os desafios da sustentabilidade na construção civil:


volume 5. 1. ed. São Paulo: Blucher, 2011.

ÁGUIA SISTEMAS CONSTRUTIVOS. Sustentabilidade. Disponível em:


<http://www.aguiasistemasconstrutivos.com.br/sustentabilidade.html>. Acesso em: 25 mai./
2012

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15575:


Desempenho das edificações habitacionais de 5 pavimentos. Parte 4: Fachadas e paredes
internas. Rio de Janeiro, 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Coletânea de Perfis de aço


formados a frio. Rio de Janeiro, 2004.

AZEVEDO, M. L. M. Produtividade na construção civil


Disponível em: <http://www.ecivilnet.com/artigos/produtividade_na_construcao_civil. htm>.
Acesso em: 20 jul. 2012.

BAPTISTA, S. M. Racionalização e industrialização da construção civil. Universidade


Federal de São Carlos 2005. Notas de aula.

BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Habitação.


Déficit habitacional no Brasil 2008 / Ministério das Cidades. Secretaria
Nacional de Habitação. – Brasília, Ministério das Cidades, 2011 140 p. Disponível em:
<http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNH/ArquivosPDF/DHB_2008_Final_2
011.pdf> Acesso em: 25 jul./2012.

BRUNA, P. J. V. Arquitetura, industrialização e desenvolvimento. 2. ed. São Paulo:


Perspectiva, 2002.

CASTRO, E. M. L. Casa popular com estrutura de aço leve. Téchne, n. 115, p. 77-80,
out./2006.

CASTRO, J. E. E.; ROQUE, R. F.; ROSA, G. S.; BONFIN, N. S.


Custos administrativos na construção civil – Estudo de Caso
XVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção – Gramado – RS, 6 a 9 de outubro de
1997. Anais. Disponível em:
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP1997_T7215.PDF> Acesso em: 20 jul. 2012.

CBCA. O aço na construção da sustentabilidade. Revista Arquitetura & aço. Ed. Roma,
2012.

CILIANA. R.C; BAZZO. W.A. Desperdício na construção civil e a questão habitacional:


um enfoque CTS. Disponível em: <http://www.oei.es/salactsi/colombobazzo.htm>. Acesso
em: 20 jul./2012.

DIAS, L. A. M. Edificações de aço no Brasil. 2. ed. São Paulo: Zigurate, 1999.

DIAS, L. A. M. Estruturas de aço: conceitos, técnicas e linguagem. 5. ed. São Paulo:


Zigurate, 2006.
68

FABRICIO, M.M; ORNSTEIN, S. W. Qualidade no projeto de edifícios. São Carlos. Ed.


ANTAC, 2010.

FARIA, R. Industrialização econômica. Téchne, n. 136, p. 43-44, jul./2008.

FLASAN. Projetos realizados. Soluções para construção à seco. Disponível em:


<http://www.flasan.com.br/projetos-realizados.html> Acesso em: 22 set./2012.

FREITAS, A. M. S.; CRASTO, R. C. M. Steel Framing: Arquitetura. 1. ed. Rio de Janeiro:


IBS/CBCA, 2006a.

FREITAS, A. M. S.; CRASTO, R. C. M. Construções em light steel frame. Téchne, n. 112, p.


60-65, jul./2006b.

FUTURENG. Estrutura metálica


Disponível em :<http://www.futureng.pt/estrutura-metalica> Acesso em: 25 jul./2012.

LIMMER, C. V.. Planejamento, orçamentação e controle de projetos e obras. 1. ed. Rio


de Janeiro: LTC, 1997.

LOURENGON, A. C. Tecnologia e materiais. Arquitetura & Urbanismo. n. 210, set./2011.


Disponível em: <http://www.revistaau.com.br/arquitetura-urbanismo/210/artigo235178-
1.asp> Acesso em: 22 set/2012.

LP BRASIL - Manual CES: Construção Energitérmica Sustentável - Steel Frame/Wood


Frame. Disponível em: <http://www.lpbrasil.com.br/produtos/construcao-ces.html> Acesso
em 21 Set./2012

NUPEHA. Núcleo de Pesquisa e Estudos Hospital Arquitetura. Uma vila só para idosos. 29
jan./2010. Disponível em: <http://www.hospitalarquitetura.com.br/tendencias/16-uma-vila-so-
para-idosos.html> Acesso em: 25 set./2012.

PINI. Quanto custa: habitação popular em steel frame. Guia da Construção. n. 103, p. 6-11,
fev. 2010

ROCHA, A. P. CDHU entrega primeiras casas populares construídas em steel frame. Téchne.
17 dez./2009. Disponível em: <http://www.piniweb.com.br/construcao/habitacao/cdhu-
entrega-primeiras-casas-populares-construidas-com-steel-frame-158686-1.asp> Acesso em:
21 set./2012.

ROCHA, A. P. Econômicas leves. Téchne. n. 172, p. 36-40, jul./2011

RODRIGUES, F. C. Steel Framing: engenharia. 1. ed. Rio de Janeiro: IBS/CBCA, 2006.

ROSSO, S. M. Steel Frame. Téchne, n. 155, p. 24-27, fev./2010.


69

SANTIAGO. A. K.; ARAUJO. E. C. Sistema Light Steel Framing como fechamento


externo vertical industrializado. Congresso Latino- Americano Da Construção Metálica -
São Paulo – SP, 9 a 11 de setembro de 2008.

SEQUÊNCIA. Residências. Disponível em: <http://www.construtorasequencia.com.br/.asp>


Acesso em: 25 set./2012.

SILVEIRA, D. R. D.; AZEVEDO, E. S.; SOUZA, D. M. O.; GOUVINHAS, R. P. Qualidade


na construção civil: um estudo de caso em uma empresa da construção civil no Rio Grande
do Norte. XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção - Curitiba – PR, 23 a 25 de
outubro de 2002.

SINTRACON-PR. Tabela de Salários. Disponível em:


<http://www.sintraconcuritiba.org.br/tabela_salarios.php> Acesso em: 21 set./2012.
TAMAKI, L.; ROCHA, A. P. Modo Econômico. Téchne. n. 165, p. 46-47, dez./2010

THOMAZ, E. Tecnologia, gerenciamento e qualidade na construção. 1. ed. São Paulo:


Pini, 2001.

WAITE, T. J. Steel-Frame House construction. 4. ed. California: Craftsman, 2007.

TCPO 13. Tabelas para composição de preços e orçamentos. São Paulo: PINI, 2010.

TERNI, A. W.; SANTIAGO, A. K.; PIANHERI, J. Steel Frame – Estrutura (parte 2). Téchne
n. 137, p. 84-88, ago./2008
70

APÊNDICES

Apêndice A
LIGHT STEEL FRAMING - VILA DIGNIDADE (42,00 m² cada casa) - PROJETO AVARÉ - SP
CUSTO
DISCRIMINAÇÃO UNIDADE QUANTIDADE
UNITÁRIO TOTAL
STEEL FRAME para parede interna, fechamento em gesso acartonado R$
para ambiente seco - unidade: m² 12.941,54
Ajudante h 25,80 8,16 210,45
Montador h 96,77 10,58 1023,43
Painel de gesso acartonado - com bordas rebaixadas
para locais secos (espessura: 12,5 mm / comprimento: m² 338,69 13,23 4481,97
2,40 m / largura: 1,20 m)
Parafuso GN 25, autoperfurante e autoatarraxante com
cabeça trombeta e ponta agulha para gesso acartonado un 3548,16 0,02 73,33
(comprimento: 25 mm / diâmetro: 3,5 mm)
Massa em pó para tratamento de juntas em chapas de
kg 140,31 1,99 279,29
gesso acartonado
Perfil tipo "U", guia em aço galvanizado para steel frame
m 129,02 8,93 1152,61
(largura do montante: 90 mm)
Perfil tipo "C", montante, em aço galvanizado para steel
m 296,76 9,60 2848,85
frame (largura do montante: 90 mm)
Painel de lã de vidro flexível (largura: 0,60 m /
comprimento: 1,20 m / espessura: 50 mm / densidade: m² 164,51 11,61 1909,64
20 kg/m²)
Fita de papel microperfurado para tratamento de junta
m 483,84 0,17 80,10
em gesso acartonado (largura da fita: 50 mm)
Fita para isolamento acústico à base de resina auto-
adesiva, para paredes de gesso acartonado (largura da m 295,14 1,40 412,22
fita: 90 mm)
Chumbador parabolt, com porca sextavada
un 327,40 1,43 469,27
(comprimento: 95,2 mm / diâmetro: 3/S ")
Furadeira de impacto, elétrica, potência. 0,9 HP (0,65
h prod. 16,13 0,02 0,37
kW), diâmetro do mandril: 5/8" - vida útil: 10.000 h
STEEL FRAME para parede interna, fechamento em gesso acartonado entre R$
ambientes secos e úmidos - unidade: m² 10.611,14
Ajudante h 15,21 8,16 124,02
Montador h 57,02 10,58 603,09
Painel de gesso acartonado - com bordas rebaixadas
para locais úmidos (espessura: 12,5 mm / comprimento: m² 99,79 16,51 1647,55
2,40 m / largura: 1,20 m)
Painel de gesso acartonado - com bordas rebaixadas
para locais secos (espessura: 12,5 mm / comprimento: m² 99,79 13,23 1320,58
2,40 m / largura: 1,20 m)
Parafuso GN 25, autoperfurante e autoatarraxante com
cabeça trombeta e ponta agulha para gesso acartonado un 2090,88 0,02 43,21
(comprimento: 25 mm / diâmetro: 3,5 mm)
Massa em pó para tratamento de juntas em chapas de
kg 82,68 1,99 164,58
gesso acartonado
Perfil tipo "U", guia em aço galvanizado para steel frame
m 380,16 8,93 3396,10
(largura do montante: 90 mm)
71

Apêndice A (Continuação)
LIGHT STEEL FRAMING - VILA DIGNIDADE (42,00 m² cada casa) - PROJETO AVARÉ - SP
CUSTO
DISCRIMINAÇÃO UNIDADE QUANTIDADE
UNITÁRIO TOTAL
STEEL FRAME para parede interna, fechamento em gesso acartonado entre R$
ambientes secos e úmidos - unidade: m² 10.611,14
Perfil tipo "C", montante, em aço galvanizado para steel
m 174,87 9,60 1678,79
frame (largura do montante: 90 mm)
Painel de lã de vidro flexível (largura: 0,60 m /
comprimento: 1,20 m / espessura: 50 mm / densidade: m² 96,94 11,00 1066,35
20 kg/m²)
Fita de papel microperfurado para tratamento de junta
m 285,12 0,17 47,20
em gesso acartonado (largura da fita: 50 mm)
Fita para isolamento acústico à base de resina auto-
adesiva, para paredes de gesso acartonado (largura da m 173,92 1,40 242,91
fita: 90 mm)
Chumbador parabolt, com porca sextavada
un 192,93 1,43 276,53
(comprimento: 95,2 mm / diâmetro: 3/S ")
Furadeira de impacto, elétrica, potência. 0,9 HP (0,65
h prod. 9,50 0,02 0,22
kW), diâmetro do mandril: 5/8" - vida útil: 10.000 h
STEEL FRAME para parede externa, fechamento com placa cimentícia R$
para ambiente úmido - unidade: m² 19.021,56
Ajudante h 27,65 8,16 225,48
Montador h 103,68 10,58 1096,54
Placa cimentícia bordas rebaixadas para locais úmidos
(espessura: 10,0 mm / comprimento: 2,40 m / largura: m² 181,44 35,19 6384,00
1,20 m)
Painel de gesso acartonado - com bordas rebaixadas
para locais secos (espessura: 12,5 mm / comprimento: m² 181,44 13,23 2401,06
2,40 m / largura: 1,20 m)
Parafuso GN 25, autoperfurante e autoatarraxante com
cabeça trombeta e ponta agulha para gesso acartonado un 3801,60 0,02 78,57
(comprimento: 25 mm / diâmetro: 3,5 mm)
Massa em pó para tratamento de juntas em chapas de
kg 150,34 1,99 299,24
gesso acartonado
Perfil tipo "U", guia em aço galvanizado para steel frame
m 138,24 9,00 1244,16
(largura do montante: 140 mm)
Perfil tipo "C", montante, em aço galvanizado para steel
m 317,95 10,25 3259,01
frame (largura do montante: 140 mm)
Manta hidrófuga m² 176,26 5,43 956,80
Painel de lã de vidro flexível (largura: 0,60 m /
comprimento: 1,20 m / espessura: 50 mm / densidade: m² 176,26 11,61 2046,04
20 kg/m²)
Fita de papel microperfurado para tratamento de junta
m 518,40 0,17 85,82
em gesso acartonado (largura da fita: 50 mm)
Fita para isolamento acústico à base de resina auto-
adesiva, para paredes de gesso acartonado (largura da m 316,22 1,40 441,66
fita: 90 mm)
Chumbador parabolt, com porca sextavada
un 350,78 1,43 502,79
(comprimento: 95,2 mm / diâmetro: 3/S ")
Furadeira de impacto, elétrica, potência. 0,9 HP (0,65
h prod. 17,28 0,02 0,39
kW), diâmetro do mandril: 5/8" - vida útil: 10.000 h
R$
TOTAL
42.574,24
72

Apêndice B
CONCRETO ARMADO E ALVENARIA CONVENCIONAL - VILA DIGNIDADE (42,00 m² cada casa) -
PROJETO AVARÉ - SP
CUSTO
DISCRIMINAÇÃO UNIDADE QUANTIDADE
UNITÁRIO TOTAL
R$
Fôrmas com chapa compensada plastificada 2.011,97
Ajudante de carpinteiro h 22,44 7,52 168,80
Carpinteiro h 89,76 10,58 949,32
Chapa compensada plastificada (espessura: 12 mm) m² 27,50 11,43 314,39
Prego 17x21 com cabeça (comprimento: 48,3 mm /
kg 4,40 6,67 29,33
diâmetro da cabeça: 3,0 mm)
Pontalete 3" x 3" (altura: 75,00 mm / largura: 75,00 mm) m 132,00 1,70 224,40
Sarrafo 1" x 3" (altura: 75 mm / espessura: 25 mm) m 181,50 0,80 145,20
Tábua 1" x 8" (espessura: 25 mm / largura: 200 mm) m 11,44 2,45 28,03
Tábua 1" x 6" (espessura: 25mm/largura: 150mm) m 11,00 1,57 17,23
Desmoldante de fôrmas para concreto l 2,20 9,40 20,68
Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm
kg 11,00 6,67 73,33
/ diâmetro da cabeça: 3.0 mm)
Prego 15 x 15 com cabeça (comprimento: 34,5 mm /
kg 5,50 7,50 41,25
diâmetro da cabeça: 2,4 mm)
R$
Armadura de aço para estrutura 1.723,00
Ajudante de armador h 19,20 7,52 144,43
Armador h 19,20 10,58 203,06
Espaçador circular de plástico para pilares, fundo e
laterais de vigas, lajes, pisos e estacas (cobrimento: 30 un 2736,00 0,18 492,48
mm)
Barra de aço CA-25 5/16" (bitola: 8,00 mm / massa linear:
kg 264,00 3,34 882,78
0,395 kg/m)
Arame recozido (diâmetro do fio: 1.25 mm / bitola: 18
m 4,80 0,05 0,24
BWG)
Transporte, lançamento, adensamento e
R$ 993,93
acabamento do concreto em estrutura
Concreto dosado em central convencional brita 1 e 2 m³ 3,15 266,67 840,00
Pedreiro h 4,95 10,58 52,35
Servente h 13,50 7,52 101,55
Vibrador de imersão, elétrico, potência 1 HP (0,75 kW) -
h prod. 0,60 0,03 0,02
vida útil 20.000 h
Alvenaria de vedação com blocos cerâmicos R$
furados 9 x 19 x 39 5.497,37
Pedreiro h 169,17 10,58 1789,18
Servente h 195,57 7,52 1471,19
Areia lavada tipo média m³ 3,22 56,67 182,52
Cal hidratada CH 111 kg 480,50 0,39 188,19
Cimento Portland CP II-E-32 (resistência: 32,00 MPa) kg 480,50 0,44 213,02
Bloco cerâmico de vedação - bloco inteiro (9 x 19 x 39) un 3306,53 0,50 1653,26
73

Apêndice B (Continuação)
CONCRETO ARMADO E ALVENARIA CONVENCIONAL - VILA DIGNIDADE (42,00 m² cada casa) -
PROJETO AVARÉ - SP
CUSTO
DISCRIMINAÇÃO UNIDADE QUANTIDADE
UNITÁRIO TOTAL
Alvenaria de vedação com blocos cerâmicos R$
furados 19 x 19 x 39 4.170,82
Pedreiro h 127,87 10,58 1352,39
Servente h 165,20 7,52 1242,69
Areia lavada tipo média m³ 4,55 56,67 258,04
Cal hidratada CH 111 kg 679,31 0,39 266,06
Cimento Portland CP II-E-32 (resistência: 32,00 MPa) kg 679,31 0,44 301,16
Bloco cerâmico de vedação - bloco inteiro (19 x 19 x 39) un 2229,12 0,34 750,47

R$
Chapisco para parede interna ou externa 3.097,35
Pedreiro h 85,82 10,58 907,69
Servente h 128,74 7,52 968,41
Areia lavada tipo média m³ 5,24 56,67 296,66
Cimento Portland CP II-E-32 (resistência: 32.00 MPa) kg 2085,52 0,44 924,58

R$
Emboço para parede interna 11.490,09
Pedreiro h 411,26 10,58 4349,59
Servente h 548,35 7,52 4124,97
Areia lavada tipo média m³ 16,45 56,67 932,20
Cal hidratada CH III kg 2495,00 0,39 977,21
Cimento Portland CP II-E-32 (resistência: 32.00 MPa) kg 2495,00 0,44 1106,12

R$
Emboço para parede externa 3.531,73
Pedreiro h 141,70 10,58 1498,60
Servente h 114,05 7,52 857,92
Areia lavada tipo média m³ 5,27 56,67 298,66
Cal hidratada CH III kg 1049,76 0,39 411,16
Cimento Portland CP II-E-32 (resistência: 32.00 MPa) kg 1049,76 0,44 465,39
R$
TOTAL
32.516,25
74

Apêndice C

Custo total dos componentes do Sistema LSF

STEEL FRAME para parede interna, fechamento em gesso acartonado para ambiente seco

STEEL FRAME para parede interna, fechamento em gesso acartonado entre ambientes secos e
úmidos
STEEL FRAME para parede externa, fechamento em placa cimentícia e gesso acartonado para
ambiente seco

30%

45%

25%
75

Apêndice D

Custo total dos componentes do Sistema


Convencional
CONCRETO estrutural dosado em central, fck = 35 Mpa

TRANSPORTE, lançamento, adensamento e acabamento do concreto em estrutura

FÔRMA com chapa compensada plastificada, e = 12 mm, para pilares/vigas/lajes, incluso


contraventamentos/travamentos c/ pontaletes 7,5 cm x 7,5 cm, 5 aproveitamentos
ARMADURA de aço para estruturas em geral, CA-25, diâmetro 8,0 mm, corte e dobra na
obra
Alvenaria

ALVENARIA de vedação com blocos cerâmicos furados, 9 x 19 x 39 cm, espessura da


parede 9 cm, juntas de 12 mm com argamassa industrializada
ALVENARIA de vedação com blocos cerâmicos furados, 19 x 19 x 39 cm, espessura da
parede 19 cm, juntas de 12 mm com argamassa industrializada
Revestimentos

CHAPISCO para parede interna ou externa com argamassa de cimento e areia sem peneirar
traço 1:3, e = 5 mm
EMBOÇO para parede interna com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem
peneirar e = 20 mm

0%
3%
11% 6%
5%

17%

35%

13%

10%
76

ANEXOS

Anexo 1
STEEL FRAME para parede interna, fechamento em gesso acartonado para ambiente seco - unidade: m²
COMPONENTES UNIDADE CONSUMOS
PAVIMENTO
COBERTURA INTERMEDIÁRIO TÉRREO
ESPESSURA DO PERFIL (mm)
0,80 0,95 1,25
ESPAÇAMENTO ENTRE OS PERFIS VERTICAIS (cm)
60 40 40
Ajudante h 0,16 0,16 0,16
Montador h 0,60 0,60 0,60
Painel de gesso acartonado - com bordas
rebaixadas para locais secos (espessura:
m² 2,10 2,10 2,10
12,5 mm / comprimento: 2,40 m / largura:
1,20 m)
Parafuso GN 25, autoperfurante e
autoatarraxante com cabeça trombeta e
un 22,00 30,00 30,00
ponta agulha para gesso acartonado
(comprimento: 25 mm / diâmetro: 3,5 mm)
Massa em pó para tratamento de juntas em
kg 0,87 0,87 0,87
chapas de gesso acartonado
Perfil tipo "U", guia em aço galvanizado
para steel frame (largura do montante: 90 m 0,80 0,80 0,80
mm)
Perfil tipo "C", montante, em aço
galvanizado para steel frame (largura do m 1,84 2,75 2,75
montante: 90 mm)
Painel de lã de vidro flexível (largura: 0,60
m / comprimento:
m² 1,02 1,02 1,02
1,20 m / espessura: 50 mm / densidade: 20
kg/m²)
Fita de papel microperfurado para
tratamento de junta em gesso acartonado m 3,00 3,00 3,00
(largura da fita: 50 mm)
Fita para isolamento acústico à base de
resina auto-adesiva, para paredes de gesso m 1,83 1,83 1,83
acartonado (largura da fita: 90 mm)

Chumbador parabolt, com porca sextavada


un 2,03 2,03 2,03
(comprimento: 95,2 mm / diâmetro: 3/S ")

Furadeira de impacto, elétrica, potência.


0,9 HP (0,65 kW), diâmetro do mandril: h prod. 0,10 0,10 0,10
5/8" - vida útil: 10.000 h
77

Anexo 2
STEEL FRAME para parede interna, fechamento em gesso acartonado entre ambientes secos e úmidos -
unidade: m²
COMPONENTES UNIDADE CONSUMOS
PAVIMENTO
COBERTURA INTERMEDIÁRIO TÉRREO
ESPESSURA DO PERFIL (mm)
0,80 0,95 1,25
ESPAÇAMENTO ENTRE OS PERFIS VERTICAIS (cm)
60 40 40
Ajudante h 0,16 0,16 0,16
Montador h 0,60 0,60 0,60
Painel de gesso acartonado - com bordas
rebaixadas para locais úmidos (espessura:
m² 1,05 1,05 1,05
12,5 mm / comprimento: 2,40 m / largura:
1,20 m)
Painel de gesso acartonado - com bordas
rebaixadas para locais secos (espessura:
m² 1,05 1,05 1,05
12,5 mm / comprimento: 2,40 m / largura:
1,20 m)
Parafuso GN 25, autoperfurante e
autoatarraxante com cabeça trombeta e
un 22,00 30,00 30,00
ponta agulha para gesso acartonado
(comprimento: 25 mm / diâmetro: 3,5 mm)
Massa em pó para tratamento de juntas em
kg 0,87 0,87 0,87
chapas de gesso acartonado
Perfil tipo "U", guia em aço galvanizado
para steel frame (largura do montante: 140 m 4,00 7,36 7,36
mm)
Perfil tipo "C", montante, em aço
galvanizado para steel frame (largura do m 1,84 2,75 2,75
montante: 140 mm)
Painel de lã de vidro flexível (largura: 0,60
m / comprimento:
m² 1,02 1,02 1,02
1,20 m / espessura: 50 mm / densidade: 20
kg/m²)
Fita de papel microperfurado para
tratamento de junta em gesso acartonado m 3,00 3,00 3,00
(largura da fita: 50 mm)
Fita para isolamento acústico à base de
resina auto-adesiva, para paredes de gesso m 1,83 1,83 1,83
acartonado (largura da fita: 90 mm)

Chumbador parabolt, com porca sextavada


un 2,03 2,03 2,03
(comprimento: 95,2 mm / diâmetro: 3/S ")

Furadeira de impacto, elétrica, potência.


0,9 HP (0,65 kW), diâmetro do mandril: h prod. 0,10 0,10 0,10
5/8" - vida útil: 10.000 h
78

Anexo 3
STEEL FRAME para parede externa, fechamento em placa cimentícia e gesso acartonado para ambiente
seco - unidade: m²
COMPONENTES UNIDADE CONSUMOS
PAVIMENTO
COBERTURA INTERMEDIÁRIO TÉRREO
ESPESSURA DO PERFIL (mm)
0,80 0,95 1,25
ESPAÇAMENTO ENTRE OS PERFIS VERTICAIS (cm)
60 40 40
Ajudante h 0,16 0,16 0,16
Montador h 0,60 0,60 0,60
Placa cimentícia bordas rebaixadas para
locais úmidos (espessura: 10,0 mm / m² 1,05 1,05 1,05
comprimento: 2,40 m / largura: 1,20 m)
Painel de gesso acartonado - com bordas
rebaixadas para locais secos (espessura:
m² 1,05 1,05 1,05
12,5 mm / comprimento: 2,40 m / largura:
1,20 m)
Parafuso GN 25, autoperfurante e
autoatarraxante com cabeça trombeta e
un 22,00 30,00 30,00
ponta agulha para gesso acartonado
(comprimento: 25 mm / diâmetro: 3,5 mm)
Massa em pó para tratamento de juntas em
kg 0,87 0,87 0,87
chapas de gesso acartonado
Perfil tipo "U", guia em aço galvanizado
para steel frame (largura do montante: 140 m 0,80 0,80 0,80
mm)
Perfil tipo "C", montante, em aço
galvanizado para steel frame (largura do m 1,84 2,75 2,75
montante: 140 mm)
Manta hidrófuga m² 1,02 1,02 1,02
Painel de lã de vidro flexível (largura: 0,60
m / comprimento:
m² 1,02 1,02 1,02
1,20 m / espessura: 50 mm / densidade: 20
kg/m²)
Fita de papel microperfurado para
tratamento de junta em gesso acartonado m 3,00 3,00 3,00
(largura da fita: 50 mm)
Fita para isolamento acústico à base de
resina auto-adesiva, para paredes de gesso m 1,83 1,83 1,83
acartonado (largura da fita: 90 mm)

Chumbador parabolt, com porca sextavada


un 2,03 2,03 2,03
(comprimento: 95,2 mm / diâmetro: 3/S ")

Furadeira de impacto, elétrica, potência.


0,9 HP (0,65 kW), diâmetro do mandril: h prod. 0,10 0,10 0,10
5/8" - vida útil: 10.000 h
79

Anexo 4
FÔRMA com chapa compensada plastificada, e = 12 mm, para pilares/vigas/lajes, incluso
contraventamentos/travamentos c/ pontaletes 7,5 cm x 7,5 cm, 5 aproveitamentos -
unidade: m²
COMPONENTES UNIDADE CONSUMOS

Fabricação de fôrma com chapa compensada plastificada, e =


12 mm, para pilares/vigas/lajes, incluso contraventamentos/ m² 0,2
travamentos 7,5 cm x 7,5 cm

Montagem de fôrma com chapa


compensada plastificada, e = 12 mm, para pilares/vigas/lajes,
m² 1
incluso contraventamentos/
travamentos 7,5 cm x 7,5 cm
Desmontagem de fôrma com
chapa compensada plastificada, e = 12 mm, p3ra
m² 1
pilares/vigas/lajes, incluso contraventamentos/
travamentos 7,5 cm x 7,5 cm
Composição detalhada incluindo a produção de insumos
Ajudante de carpinteiro h 0,204
Carpinteiro h 0,816
Chapa compensada plastificada (espessura: 12 mm) m² 0,25
Prego 17x21 com cabeça
(comprimento: 48,3 mm / kg 0,04
diâmetro da cabeça: 3,0 mm)
Pontalete 3" x 3" (altura:
m 1,20
75,00 mm / largura: 75,00 mm)
Sarrafo 1" x 3" (altura: 75 mm /
m 1,65
espessura: 25 mm)
Tábua 1" x 8" (espessura:
m 0,104
25 mm / largura: 200 mm)
Tábua 1" x 6" (espessura:
m 0,10
25mm/largura: 150mm)
Desmoldante de fôrmas para
l 0,02
concreto
Prego 17 x 27 com cabeça dupla
kg 0,10
(comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3.0 mm)
Prego 15 x 15 com cabeça
(comprimento: 34,5 mm / kg 0,05
diâmetro da cabeça: 2,4 mm)
80

Anexo 5
CONCRETO estrutural dosado em central, fck = 35 MPa - unidade: m³
COMPONENTES UNIDADE CONSUMOS
Concreto dosado em central
m³ 1,05
convencional brita 1 e 2
81

Anexo 6
TRANSPORTE, lançamento, adensamento e acabamento do concreto em estrutura -
unidade: m³
COMPONENTES UNIDADE CONSUMOS
Pedreiro h 1,65
Servente h 4,50
VIBRADOR de imersão, elétrico, potência 1 HP (0,75 kW) - vida útil
h prod. 0,20
20.000 h
82

Anexo 7
ARMADURA de aço para estruturas em geral, CA-25, diâmetro 8,0 mm, corte e dobra na
obra - unidade: kg
COMPONENTES UNIDADE CONSUMOS
Ajudante de armador h 0,08
Armador h 0,08
Espaçador circular de plástico para pilares, fundo e laterais
un 11,40
de vigas, lajes, pisos e estacas (cobrimento: 30 mm)
Barra de aço CA-25 5/16" (bitola: 8,00 mm / massa linear: 0,395
kg 1,10
kg/m)
Arame recozido (diâmetro do fio: 1.25 mm / bitola: 18 BWG) m 0,02
83

Anexo 8
ALVENARIA de vedação com blocos cerâmicos furados, juntas de 12 mm com
argamassa industrializada - unidade: m²
COMPONENTES UNIDADE CONSUMOS
DIMENSÕES (cm)
9 x 19 x 39 19 x 19 x 39
ESPESSURA DA PAREDE (cm)
9 19
Pedreiro h 0,66 0,74
Servente h 0,66 0,74
Argamassa pré-fabricada para
kg 14,90 31,30
assentamento de alvenaria
Bloco cerâmico de vedação -
un 12,90 12,90
bloco inteiro
84

Anexo 9
ALVENARIA de vedação com blocos cerâmicos furados, juntas de 12 mm,
assentado com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem
peneirar traço 1:2:8 - tipo 2 - unidade: m²
COMPONENTES UNIDADE CONSUMOS
DIMENSÕES (cm)
9 x 19 x 39 19 x 19 x 39
ESPESSURA DA PAREDE (cm)
9 19
Pedreiro h 0,66 0,74
Servente h 0,66 0,74
ARGAMASSA mista de cimento,
cal hidratada e areia sem m³ 0,0103 0,0216
peneirar traço 1:2:8
Bloco cerâmico de vedação -
un 12,90 12,90
bloco inteiro
Composição detalhada incluindo a produção de insumos
Pedreiro h 0,66 0,74
Servente h 0,763 0,956
Areia lavada tipo média m³ 0,012566 0,026352
Cal hidratada CH 111 kg 1,8746 3,9312
Cimento Portland CP II-E-32
kg 1,8746 3,9312
(resistência: 32,00 MPa)
Bloco cerâmico de vedação -
un 12,90 12,90
bloco inteiro
85

Anexo 10
CHAPISCO para parede interna ou externa com argamassa
de cimento e areia sem peneirar traço 1:3, e = 5 mm -
unidade: m²
COMPONENTES UNIDADE CONSUMOS
Pedreiro h 0,10
Servente h 0,10
Argamassa de cimento e areia sem
m³ 0,005
peneirar traço 1:3
Composição detalhada incluindo a produção de insumos
Pedreiro h 0,10
Servente h 0,15
Areia lavada tipo média m³ 0,0061
Cimento Portland CP II-E-32
kg 2,43
(resistência: 32.00 MPa)
86

Anexo 11
EMBOÇO para parede interna com argamassa mista de
cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:2:8, e =
20 mm - unidade: m²
COMPONENTES UNIDADE CONSUMOS
Pedreiro h 0,60
Servente h 0,60
Argamassa de cimento e areia sem
m³ 0,020
peneirar traço 1:3
Composição detalhada incluindo a produção de insumos
Pedreiro h 0,60
Servente h 0,80
Areia lavada tipo média m³ 0,024
Cal hidratada CH III kg 3,64
Cimento Portland CP II-E-32
kg 3,64
(resistência: 32.00 MPa)
Betoneira, elétrica, potência 2 HP
(1,5 kW), capacidade 4001 - vida h prod. 0,00
útil 10.000 h
87

Anexo 12
EMBOÇO para parede externa com argamassa mista de
cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:2:6, e =
20 mm - unidade: m²
COMPONENTES UNIDADE CONSUMOS
Pedreiro h 0,82
Servente h 0,41
Argamassa de cimento e areia sem
m³ 0,025
peneirar traço 1:3
Composição detalhada incluindo a produção de insumos
Pedreiro h 0,82
Servente h 0,66
Areia lavada tipo média m³ 0,0305
Cal hidratada CH III kg 6,075
Cimento Portland CP II-E-32
kg 6,075
(resistência: 32.00 MPa)

S-ar putea să vă placă și