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SEMINÁRIO PRESBITERIANO RENOVADO

IGREJA PRESBITERIANA RENOVADA


PANORAMA DO VELHO TESTAMENTO
CURSO POR EXTENSÃO

CIANORTE - PARANÁ

PANORAMA DO VELHO TESTAMENTO

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Há um grande interesse pelo Antigo Testamento, milhões de pessoas
examinam suas páginas para descobrirem os primórdios do Judaísmo, do
Cristianismo ou do Islanismo. Outros são atraídos por sua excelente literatura. Os
eruditos estudavam o A.T. pela sua contribuição arqueológica, histórica, geográfica
e lingüística.
Nenhum livro por mais antigo que for traz tão grande atração e contribuição
para o mundo como o A.T.

Três Pensamento Básicos do Antigo Testamento


1) A Promessa de Deus a Abraão:
Que em sua descendência todas as nações seriam abençoadas. Deus
estabeleceu a nação hebraica com o propósito específico de fazê-la nação messiânica
para o mundo, isto é, nação por meio da qual um dia grandes bênçãos viriam de
Deus para todas as nações.

2) O concerto de Deus com a nação hebraica:


Que eles O servissem fielmente, no meio de uma terra idólatra e, prosperariam
como nação.
Que, se os abençoassem, e estes servissem os ídolos, seriam destruídos como nação.
Todas as nações adoravam ídolos. Havia deuses por todas as partes: deuses do
céu, da terra, do mar, deuses do país, das cidades, do campo, dos mortos, dos vales e
famílias de deuses.
O Antigo Testamento é a narrativa do esforço de Deus através de longas eras,
para estabelecer no meio das nações idólatras, a idéia de que há UM SÓ DEUS
VIVO E VERADADEIRO no Universo, e isto faz ao edificar uma NAÇÃO em
torno dessa idéia.

3) A promessa de Deus a Davi:


Que sua família reinaria para sempre sobre o povo de Deus.
Quando, por fim a nação de Deus se tornou grande, Este escolheu uma família
do meio desse povo: a família de Davi, e com esta começou a realizar suas
promessas, a saber: que desta família haveria de vir um grande rei, que pessoalmente
viveria para sempre e estabeleceria um reino universal que não teria fim.

Três Etapas da Evolução do Pensamento do Antigo Testamento


1) A nação hebraica foi estabelecida para que por ela o mundo inteiro fosse
abençoado , a Nação Messiânica.
2) O meio pelo qual a bênção da nação hebraica se comunicaria ao mundo
seria a família de Davi : A Família Messiânica.
3) O meio pelo qual a benção da Família de Davi se comunicaria ao mundo
seria o grande rei que nasceria dela: O Messias.

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Assim sendo:
Ao estabelecer a nação hebraica, o objetivo FINAL de Deus foi trazer Cristo ao
mundo, para isso teve que preparar este mundo idólatra com a idéia de um só Deus
vivo e verdadeiro para só então, enviar Jesus Cristo.

As Épocas do Antigo Testamento


Para melhor compreender o A.T. dividiremos em duas partes principais.
Quanto à cronologia, usaremos a de USHER, que embora seja não absoluta, em
grande sorte, nos dará uma idéia de tempo dos diversos acontecimentos.
I. Época Pré - abraâmica
Vai da criação de Adão até a chamada de Abraão, Gn. 1:11 e tem a duração
aproximada de 2.000 anos (4.000-2.000 a.C.).
I.1. Período Antediluviano
De Adão ao dilúvio, cerca de 1.656 anos (4.004-348 a.C.), o relato
desse período se encontra em Gn. 1-6.
Local: Éden e suas proximidades,. No vale do Eufrates.
Fatos importantes:
a) A criação do homem, Gn. 2:4-25;
b) A entrada do pecado no mundo, Gn. 3-4:24;
c) A geneologia de Adão e Noé, Gn. 5:1-32;
d) A severidade do Velho Mundo, Gn. 6;
e) O dilúvio, castigo de Deus, Gn. 6-9.
Neste período, os homens tinham longevidade, o que pode ser explicada
pelos seguintes fatores:
- O pecado, responsável pelas efemeridades, e neste período estava
começando a causar danos;
- A maldição lançada sobre a terra também estava iniciando;
- As condições climáticas também eram outras;
- A terra possuía capacidade superior para produzir alimentos;
- Era necessário o povoamento da terra;
- Deus teve misericórdia da raça humana insipiente.
I.2. Do Dilúvio a Abraão
Relato: Gn. 9:20 a 12:05.
Duração: de 2.348 a 1.921 - 427 anos.
Local: A arca de Noé repousou num dos montes da cordilheira do
Ararate, perto da cabeceira do Eufrates, mas depois do dilúvio, Noé retornou a
Sinear, mas tarde chamada Babilônia (Gn. 11:2) sua terra primitiva.
Fatos importantes:
- Profecia de Noé acerca do futuro da três raças-troncos da
humanidade: Semitas, Camitas e Jafetistas e os Jefetistas seriam engrandecidos. Essa
profecia tem se cumprido espantosamente no decorrer dos séculos.

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- A dispersão das raças provocada pela confusão de línguas.
Ninrode, figura da besta apocalíptica, Ap. 19:19, constituiu uma federação de
cidades reinos, que deu em conseqüência uma cidade onde sairia uma torre cujo o
cume “toaria o céu”, Gn. 11:4,8.
- Na dispersão, os descendentes de Noé se espalharam por toda a
terra, cumprindo assim a vontade de Deus.
- Os Semitas fixaram-se nos vales do Tigre e Eufrates e regiões
próximas ao leste da Ásia.
- Civilizações semitas: Os Elamitas, as Assírios, os Caldeus, os
Arameus (sírios) os Árabes e os Hebreus.
- Os Camitas ocuparam a Arábia Meridional, e leste do
Mediterrâneo e o sul do Eufrates e o leste da Ásia. Ocuparam também a África.
- Civilizações camitas: os egípcios, os babilônicos, os tumênios
(Ásia Central), os Sumérios, os Nitânicos, os Hititas, os Amorreus e os Hindus
(primitivos). A maior parte dos povos da Ásia Central é camita. Das civilizações
camitas, só o Japão, quase que totalmente absorvido pela influência e cultura
ocidental e o Egito que devido acordo com Ez.29 jamais será uma potência, tem
algum destaque.
- Os Jafetistas: de acordo com as profecias de Noé, jafé seria
engrandecido. Os Jafetistas povoaram a Europa e são atualmente os detentores da
cultura mundial.
Civilizações Jafetistas: Os russos, os gregos, os romanos, os
alemães, os holandeses, os suecos, os americanos, etc.
II - Época de Israel:
Israel é o centro da história bíblica. A história bíblica de Israel se divide em 9
períodos, os quais estudaremos a seguir. Vai da chamada de Abraão até o advento de
Cristo (2.000 a 5 a.C.), num período de 2.000 anos de Gn. 12 a Ml. 4.

1 - Período Patriarcal
Relato: Gn. 12 a 50.
Duração: 1921 a 1635 a.C., ano da morte de José, 286 anos.
Local: Terra de Canaã.
Fatos Importantes:
- Aliança de Deus com Abraão, Gn. 15:17-27;
- O livramento de Ló, Gn. 18:19-38;
- A ida de Israel para o Egito, Gn. 46:6.
2 - Israel no Egito
Relato: Gn. 46 a Êx. 12.
Duração: 1665 a 1491 a.C. Da morte de José ao Êxodo, 244 a.C.
Local: terra de Gosen no Egito, Gn. 46:34. Terra fértil, nas
proximidades do delta do Nilo.

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Fatos Importantes:
- As pragas. Êx. 7:14 e 11:10;
- A instituição da Páscoa, Êx. 12:1-28;
- A partida do Egito, Êx. 11:51.
- No momento preciso Deus tirou o Seu povo do Egito por meio
de Moisés, homem este que Ele mesmo preparara no deserto por 40 anos que
antecedem o Êxodo. Dos seu 120 anos, Moisés passou 40 anos na Côrte de Faraó,
recebendo instrução universitária (At. 7:22), 40 anos no deserto sendo preparado por
Deus e 40 conduzindo o povo de Israel à Terra Prometida.
3 - Israel no Deserto
Relato: Êx. 13:17 a Nm. 22:1.
Duração: de 1491 a 1451 (40 anos).
Local: Deserto da Arábia até Sitin, nas planícies de Maobe Js. 9:1
Fatos Importantes:
- Fundação da nação de Israel. Êx. 13:8-17;
- A promulgação da lei, Êx. 20;
- A construção do tabernáculo, Êx. 25 a 31:11.
- Israel peregrinou 40 anos no deserto, para nesse tempo morresse
os murmuradores que tentaram ao Senhor, Nm. 13:14; 26:63-65. Deus decretou que
todos os Judeus de 20 anos acima morreriam no deserto; não entraria na Terra
Prometida, Nm. 32:8-15.
- 38 anos estiveram dando voltas. Três meses após a saída do
Egito e por 11 meses, os israelitas estiveram no Sinai, Êx. 19:11. 38 anos depois
Israel chega ao mesmo lugar, sem ter encontrado a Terra Santa. O período termina
com a morte de Moisés e com Israel acampado nos campos de Moabe, a leste do
Jordão, ao norte do Mar Morto, Nm. 33:49.
4 - A Conquista de Canaã
Relato: Js. 1:22-34;
Duração: de 1451 a 1444 (7 anos).
Local: Canaã. Gilgal foi base de operações de Israel durante a
conquista.
Fatos Importantes:
- A missão dos espias, Js. 2:1- 24;
- A travessia do Jordão, Js. 3:14 - 4:48;
- Primeira etapa. Jerico e Ai, Js. 6:1-88:35;
- Segunda etapa. A campanha do sul, Js. 9:1-10, 43;
- Terceira etapa. A campanha do norte, Js. 11,34;
- A divisão do território, Js. 13:1- 22:34.
- A Terra de Canaã sob um aspecto moral baixíssimo. Ali se
adorava a vários deuses. Deus determina que Israel destruísse os cananeus com o
fim de preservar o povo da idolatria e das práticas vergonhosas daquele povo. O que

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não fez de Canaã a “Terra que emana leite e mel” para os israelitas foi o fato de não
tê-la conquistado totalmente.
5 - Os juízes
Relato: Jz. 24:29-33 a I Sm. 12;.Duração: de 1424 a 1095 (330 anos).
Local: Siló (centro religioso desse período).
Fatos Importantes:
- A infidelidade dos israelitas (Jz. 2:11-15);
- A instituição dos Juizes (Jz. 2:16);
- Pela desobediência, Israel passou a ser severamente castigado
por Deus. A Terra que iria emanar “leite e mel”, passou a emanar sangue. Os Juizes
que seriam levantados para interceder pelo povo de Deus, o foram para livrar os
israelitas dos ladrões e opressores (Jz. 2:18);
- O período dos Juizes foi marcado por anarquistas, guerras civis,
invasões estrangeiras e opressores, onde cada um fazia o que parecia certo aos seus
olhos (Jz. 21:25), onde o maior líder espiritual do período foi Samuel, como juiz,
sacerdote e profeta (i Sm. 3:20; 7: 9-15) ;
6 - Monarquia
Relato: I Sm. 9 a I Rs. 12;
Duração: de 1057 a 975 (120 anos);
Local: Jerusalém;
Fatos Importantes:
- A construção do templo (I Rs. 6:38) por Salomão;
- Largo domínio (I Rs. 4:24) do Eufrates à Gaza, ainda não foi
prometido por Deus a Abraão, o qual terá pleno cumprimento no milênio (Gn.
15;18);
- A divisão do Reino (I Rs. 11:111-12);
- Reinado (I Rs. 12 a II Cr. 10-36);
 Duração: 975 a 606 (370 anos)

GÊNESIS

Introdução:
O começo do mundo, do homem e da nação hebraica.
A criação – o dilúvio – Abraão – Jacó – José.

Autoria:
Os fatos do final do livro ocorreram 300 anos antes dos dias de Moisés. Este podia
ter recebido as informações somente por divina revelação de Deus, ou mediante
aqueles registros históricos recebidos dos seus ancestrais.

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Datas:
Imprevisto.

Divisão do livro:
O livro de Gênesis narra os dois primeiros períodos da história bíblica.
Da criação a Abraão (Gn. 1:11).
O tempo abrangido por este período é da criação acerca de 2.000 a.C.
Deste longo período, consideramos cinco grandes acontecimentos:
- A criação, Gn. 1:2.
- A queda do homem, Gn. 4:5.
- A primeira civilização, Gn. 4:5.
- O dilúvio, Gn. 6:9.
- A confusão das línguas, Gn. 11.

A criação
Gn. 1:2 – Moisés narra a criação de todas as coisas num breve capítulo de trinta e
um versículos, adicionando num segundo uma narração suplementar da criação de
homem e da mulher.

Deus criou os céus e a terra


“No princípio criou Deus os céus e a terra”. Palavra simples mais sublime. Estas
palavras resolvem um dos mais difíceis problemas, a origem da matéria e da vida,
esclarece a relação de Deus para com o Universo.

Em seis dias
As fases da atividade criadora foram:
1.º dia: A luz foi criada;
2.º dia: O firmamento;
3.º dia: Os mares e a terra firma;
4.º dia: O sol, a lua e as estrelas;
5.º dia: As aves e os répteis da água;
6.º dia: Os seres viventes;
7.º dia: Deus descansou de todo o seu trabalho.
A queda – Gn. 3
Não temos meios de saber quanto tempo o primeiro homem e a primeira mulher
ficaram em inocência. A narrativa nos leva rapidamente a sua queda e pecado. Esta
triste narrativa podemos esboçar em quatro palavras:

Proibição
Mas do fruto da árvore que está no meio do Jardim, disse Deus: “não comereis dele,
nem nele tocareis para que não morrais”. (Gn. 3:4).

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Tentação
Aparecendo na forma duma serpente, Satanás vem e diz: “Certamente não morrereis.
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e
sereis como Deus, sabendo o bem o mal”. (Gn. 3:4,5).
A árvore da ciência do bem e do mal foi colocada no jardim a fim de que o homem
fosse experimentado e aprendesse a servir a Deus por sua livre vontade.
A serpente conseguiu pôr em dúvida a mente de Eva.
Adão e Eva desobedeceram à Deus e tornaram-se conscientes da culpa.

Queda
“E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e
árvore desejável para dar o entendimento tomou do seu fruto”. (Gn. 3:6).
O primeiro juízo:
Sobre a serpente: degradação;
Sobre a mulher;
Sobre o homem: trabalho árduo até sua morte, num solo cheio de espinhos.
Sobre o homem e seus descendentes: exclusão da árvore da vida no paraíso de Deus.

A primeira anunciação da promessa


Antes de Deus expulsar o casal culpado do Jardim. Ele misericordiosamente fez-lhe
uma promessa, que apesar de ser obscura na sua natureza, salvou-se do desespero.
(Gn. 3:15).

A primeira Civilização
A história de Caim e Abel.
O pecado que parecia coisa insignificante em seu começo no Jardim, começou a
desenvolver-se, a manifestar sua enormidade verdadeira. A história de Caim e Abel
ilustra o crescimento do pecado.

A história de Caim (assassino)


Porque sua oferta foi rejeitada, enquanto a de seu irmão foi aceita. Caim tomou-se de
inveja, levantou-se contra seu irmão, e o matou.
Esta história nos mostra como o pecado tornou-se hereditário e conduziu ao primeiro
homicídio (I Jo. 3:12). Caim tornou-se fundador de uma civilização agrícola de
manufaturas e artes (Gn. 4:19-24).

A história de Abel
Esta história é bem diferente da história de Caim. Ela ensina-nos como aqueles que
participam da culpa e do pecado de Adão podem ser aceitos na presença de Deus,
por meio de uma oferenda de sacrifício expiatório.

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A história de Sete
Após a morte de Abel, Caim foi rejeitado; a promessa da redenção passou ao
terceiro filho da Adão, Sete (Gn. 4:25,26).
(História de Abraão à José no Egito – comentar pela Bíblia).

ÊXODO

Introdução
Os acontecimentos registrados em êxodo abrangem um período de + ou – 216
anos, cerca de 1706 a 1490 a.C. começa com um povo escravizado habitando na
idolatria egípcia e encerra com o povo de Deus marchando rumo à terra prometida
(A.B.L.L.).

I - O NOME DO LIVRO
Na LXX o nome “Êxodo”, (saída).
Na Vulgata Latina, “Êxodus”, (saída).
Na Bíblia o nome é SHEMOTH (“os nomes de”) derivado das primeiras
palavras do livro, Êxodo 1:1, convém observar a conjunção “e” (1:6) que
mostra ser uma continuação do livro de Gênesis. A conjunção “e” aparece no
original.

II - TEMA DO LIVRO

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Enquanto o livro de Gênesis nos mostra acerca do princípio da redenção, no
livro de Êxodo vemos acerca da redenção. Em Gênesis esta redenção é feita
por indivíduos, em Êxodo através de uma nação (Israel)

III - AUTORIA
Moisés

IV - DATA
+ ou – 1556 a.C.

V - PROPÓSITO DO LIVRO
Descreve a libertação do povo e o recebimento da lei do monte Sinai, com
atos de deus na preparação de uma nação singular, particular, mostrando três
momentos distintos e especiais na vida do povo, que são:

1- Redenção (Cap. 12)


2- Revelação (Cap. 19)
3- Adoração (Cap. 40)

VI - O TABERNÁCULO (Êx. 25 : 40)


O tabernáculo era o centro de vida religiosa dos Judeus no deserto e nos
primeiros séculos após a sua chegada a Canaã. Mais tarde foi construído o
templo em Jerusalém que, muitos aspectos era semelhante ao tabernáculo. O
modelo que foi dado a Moisés no monte (Êx. 25 a 27) em virtude de o mesmo
ser figura e sombra das coisas celestes ( Hb. 8 : 5). Jesus é a realidade da
redenção, da qual o tabernáculo é figura e sombra.
Diz-se que Gn. 5:15 é o primeiro Evangelho. “Um descendente de mulher
ferirá a cabeça da serpente” A primeira promessa a respeito da redenção.

VERDADES COMUNIADAS ATRAVÉS DO TABERNÁCULO

O Povo saiu do Egito estava peregrinando no deserto e preparando-se


para entrar em Canaã. Precisava aprender muito sobre suas leis civis,
orientação quanto à propriedade, conduta moral, relacionamento com outros
povos, fundamentos da religião, etc.
O tabernáculo, cuja construção foi determinada por Deus foi a base para
toda esta aprendizagem e do desenvolvimento espiritual do povo. Era o lugar
onde as grandes verdades de Deus foram aprendidas pelo povo. Os
fundamentos da fé estavam sendo lançado e era o tabernáculo através do
culto, que elas seriam compreendidas.

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a) O tabernáculo tornava evidente que Deus habitava no meio deles
(Êx. 25:8).
b) A presença de Deus no meio deles despertava o desejo de
santificação, adoração e gratidão.
c) Eram dominados pelo sentimento de profunda confiança, nada
precisavam temer se tivessem certeza de que Deus habitava no meio
deles.
d) O tabernáculo era um meio definido para os Israelitas buscarem a
Deus.

Precisava estar sempre em comunhão Dom Ele. Em virtude da fraqueza


humana, esta comunhão poderia ser quebrada por causa do pecado. Precisava haver
possibilidade de restabelecimento da comunhão. Quando um israelita cometia uma
falta que roubasse da comunhão devia trazer ao tabernáculo um animal (Novilho,
bode, rola ou pomba) cuja vida era oferecida por sua culpa. Desta forma a comunhão
com Deus restabelecida.
O tabernáculo para o israelita era a esperança de restabelecimento e
comunhão.
É bom lembrar que o tabernáculo era sombra e figura. Cristo é a realidade cuja
sombra foi projetada sobre Israel (Jo 8:56).
Deus veio, e na pessoa de Jesus Cristo habitou entre os homens. Aquilo que
estava figurado no tabernáculo tornou-se realidade em Jesus ( Jo. 1 : 14, nesse texto,
a palavra habitou é a tradução de uma forma do verso grego Skenõ, que significa em
uma tenda, acampar, tabernacular, Ver e analisar II Cor. 5: 1 e I Tm. 2:5.
a) Jesus é a certeza de que Deus habita conosco.
b) Ele é o reino pelo qual podemos buscar a Deus.
c) Nele temos absoluta certeza de que podemos restabelecer a nossa
comunhão com Deus ( I Jo. 1:7-9).

TENDA
A tenda é a armação de madeira coberta de peles. Divide-se em duas partes: O
lugar santo e o santo dos santos . No santo dos santos, o sumo sacerdote uma vez por
ano poderia entrar. Dentro era guardado o que havia de mais sagrado. A arca da
Aliança. No lugar santo é que estavam os três móveis: Mesa dos pães da proposição,
Altar do incenso e Candelabro. A separação entre o lugar santo do santo dos santos
era feita por uma cortina chamada véu.
Ao entrar na tenda e no lugar santo, verifica-se que as tábuas da parede são
revestidas de ouro. Todos os móveis são em ouro. A cortina pesada que está na porta

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se chama reposteiro, é trabalhada em linho fino e cores vivas. Recobre todo o
interior e inclusive e teto.

CONTINAS INTERNAS DA TENDA

É bom lembrar que o tabernáculo era figura e sombra e que Jesus Cristo é a
realidade. Temos um exemplo nas cortinas da tenda, nas quais o caráter de Jesus
estava simbolizando. eram cortinas de lindo retorcido, estofo azul, púrpura e
carmesim.
a) O linho retorcido é símbolo da justiça (Ap 19:8). As cortinas que formam o
interior da tenda, o véu que separa santo dos santos, o reposteiro da entrada
da tenda e o reposteiro da entrada da tenda e o reposteiro do portão do
pátio. As roupas dos sacerdotes eram confeccionadas de linho retorcido.
Este material, falava da justiça de Deus, “justo e perfeito”. Apontando para
aquele que haveria de vir e Ter uma natureza perfeita, Jesus Cristo. Nas
cortinas de linho havia estofos de azul, púrpura e carmesim. Na\ão se tem
certeza de como essas cores eram empregadas. É provável que fossem fios
tingidos, entremeados, urdidos, no linho branco formando bordados muito
bonitos.
b) Azul é a cor celestial. É símbolo do céu, fala da natureza de Jesus. Ele é o
homem do céu, de natureza celestial.
c) Os fios azuis entremeados ao linho falam do mistério das duas naturezas de
Cristo. Foi gerado por um ato direto do céu, todavia era homem. É o Deus-
homem.
d) Os fios de púrpura entrelaçados na cortina. Púrpura era um tecido
caríssimo usado somente pelos ricos. Era um tecido de propriedade do rei.
Por isso tornou-se símbolo da realeza. Jesus é o Rei dos Reis.
e) Carmesim era obtido mediante o esmagamento e um molusco. Símbolo de
sofrimento. Os fios de carmesim nas cortinas falavam do sofrimento de
Jesus. No entrelaçamento dos fios: Azul, púrpura e carmesim esta figurado
o mistério dos atributos de Jesus Cristo. Ele é uma só pessoa com duas
naturezas: Humana e divina. É Rei, mas o caminho que seguiu até chegar
ao trono foi a cruz. Vemos então um paradoxo: Glória e humilhação,
realeza e sofrimento.

CORTINAS EXTERNAS
As cortinas externas eram bem diferentes das internas. Eram feitas de pelos de
cabras, pelo de carneiro e de animais marinhos. Eram bem rústicos. Era um contraste
com a beleza interior. Pode-se fazer um paralelo entre Jesus Cristo e o tabernáculo.
Em Is 53:2.14 vemos que, embora a pessoa de Jesus Cristo receba toda beleza

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espiritual que conhecemos, Isaías a descreve como desfigurado. Assim o
tabernáculo, com tanta beleza interior e exterior é tão rústico.

ARCA E PROPICIATÓRIO
A arca estava localizada no santo dos santos. Era uma caixa de madeira de
acácia com mais ou menos 20 cm de comprimento por 70 ou 80 cm de largura.
Revestida de ouro por dentro e por fora. Era o móvel mais importante do
tabernáculo. Estava na parte mais sagrada da tenda e continha as tábuas da lei. Mais
tarde foram colocados mais duas coisas na arca, um vaso de ouro com maná e a vara
de Arão. A arca era coberta pelo propiciatório (tipo da tampa que servia de cobertura
para a arca, com dois querubins fundidos nela). O propiciatório é chamado “A Sede
da Misericórdia”. É sobre essa peça que o sumo sacerdote aspergia o sangue no dia
da expiação. Esta reunião solene do povo era feita uma vez por ano. A expiação era
feita pelo sumo sacerdote que tomava dois bodes, impunha as mãos sobre um deles e
confessava as culpas do povo. Este bode era enviado ao deserto. O outro era morto.
Ao matá-lo, colhia-se o sangue e dirigia-se para o altar do incenso no interior da
tenda, onde apanhava um incensário, penetrava no santo dos santos, coberto de
fumaça produzido pelo incenso queimado, ele aproximava-se da arca, aspergia o
sangue sobre o propiciatório. Então se manifestava a misericórdia de Deus.
As duas tábuas da lei dentro da Arca simbolizavam a santidade de Deus. Isto
requer santidade do homem. Este por sua vez não consegue responder a essa
exigência divina. Sendo assim o encontro entre Deus Santo e homem pecador só é
possível através da expiação, que significa cobrir ou purificar a ofensa. A expiação
tem que ser feita com sangue, dum substituto. Quando o sangue era apresentado ao
Senhor ficava certo que uma vida tinha padecido em lugar do pecador. O
propiciatório fala do calvário, onde o sangue das vítimas perfeitas eram apresentadas
a Deus. Como evidência de que uma vida foi tirada em lugar dos pecadores. É
suficiente para todos os pecadores e para sempre foi um sacrifício perfeito. O
propiciatório é a figura do calvário; no propiciatório o sumo sacerdote apresentava o
sangue de um animal para expiar o peado do povo. No calvário, Jesus apresenta o
seu sangue e faz expiação por toda a humanidade.

MESA DOS PÃES DA PROPOSIÇÃO


Era uma mesa de madeira de Acácia, revestida de ouro. Media 1m de
comprimento por ½ m de largura e 7 cm de altura. Localizada no lugar santo, à
direita de quem entrava na tenda. Sobre a mesa colocava-se os 12 pães da
proposição para ficarem diante do Senhor. Eram os pães da presença. Eram
colocados em 2 fileiras e ficavam 7 dias sobre a mesa e após e após eram comidos
pelos sacerdotes. Cada Sábado eram substituídos. Continuamente haveriam 12 pães
diante do Senhor e sobre eles eram colocados pequenos vasos de ouro com incenso
puro que era queimado ao tirarem os pães. Os pães representavam 12 tribos de Israel

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que à semelhança dos pães estavam na presença do Senhor. O incenso simboliza a
inteira consagração de Israel ao Senhor. Tudo era figura e Jesus é a realidade. Desta
forma o Senhor Jesus quer nossa vida como um sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus, Rm 12:1.
Aqueles pães pertenciam a Deus, quando os sacerdotes os comiam, significa
que Deus alimenta e sustenta aqueles que trabalham para Ele. É necessário que os
servos de Deus se alimentem de sua graça para realizarem a obra ministerial. Os
sacerdotes tinham uma atividade variada na casa de Deus: imolavam os animais e os
ofereciam a Deus; adoravam-no queimando incenso; limpavam e acendiam o
candelabro diariamente; levam a Deus as orações do povo e estavam sempre
movendo entre coisas muito sagradas. Na antiga dispensação havia só uma família
sacerdotal: a família de Arão da tribo de Levi. Só eles podiam comer os pães da
proposição. na nova dispensação, cada crente em Jesus é um sacerdote e todos
precisam se alimentar do Pão da Vida ( I Pd 2:5,9 e Jo 6:51 )
O CANDELABRO
Era uma peça de ouro puro, composta de um tronco central, com 3 hastes de
cada lado. Ficava à esquerda de quem entrava no lugar santo e servia para iluminar.
Media mais ou menos 1,70 cm de altura e 1m de uma extremidade da haste até a
outra extremidade. Dentro de cada haste era coloca o azeite de oliveira e um pavio
para acender e produzir luz ( Êx 27:20,21). Era símbolo de Jesus Cristo, a luz do
mundo.
Os sacerdotes tinham o alimento e a luz do candelabro, tudo providenciado
por Deus. Esta luz brilhando constantemente na tenda simbolizava Israel que deveria
brilhar entre as nações. Na nova dispensação cada crente é uma luz a brilhar nas
trevas deste mundo ( Mt 5:13-16).

O ALTAR DE INCENSO
Era feito de madeira e revestido de ouro. Estava localizado no lugar santo.
Tinha aproximadamente 50 cm de largura e 50 cm de comprimento e 1m de altura
(êx 30:1-10 e 37:25-28 ). Era também chamado de altar de ouro e contrastava-se
com o altar de bronze. Enquanto neste se queimava incenso, naquele queimava-se o
holocausto. O sacerdote entrava no lugar santo 2 vezes por dia de manhã e atarde
para queimar incenso, enquanto isso o povo ficava fora intercedendo.

O ÁTRIO
É o nome bíblico para o pátio do tabernáculo. Os palanques e as bases eram
de bronze. A cerca era de cortina de linho, e ganchos e as vergas eram de prata.
Tinha 45m de comprimento e 25m de largura. O portão de entrada tinha 9m de
largura. Todo material usado para a construção do Átrio era de bronze e prata. O
bronze era um metal revestido, usado para fazer armas de guerra, capacetes, lanças,
escudos, etc. Tornou-se símbolo de julgamento. As armas eram para apoio à justiça e

14
castigo do erro. A prata é símbolo da redenção. Todo resgate era feito com siclos de
prata, era o juízo de Deus. O Senhor julga o pecado e provê a redenção para o
pecador. Leia Sl 84:2 e 100:4.

ALTAR DE BRONZE
Era de madeira, revestido de bronze e oco por dentro. Girava no pátio do
tabernáculo, logo à entrada. Aproximadamente meia 2m e 50cm de comprimento,
2m e 50cm de largura e 1m de altura. Quando a pessoa ficava em pecado, trazia um
animal, o sacerdote o tomava e com a mão sobre a cabeça do animal confessava a
culpa e cortava a garganta do animal que era oferecido e queimado em substituição
ao pecador. É o símbolo da expiação.

A PIA DE BRONZE
Era feita de bronze e colocado no pátio do tabernáculo, entre o altar de bronze
e a tenda. Nela colocava-se água para os sacerdotes lavarem as mãos e os pés antes
de entrarem na tenda. Era símbolo de purificação espiritual. Mesmo que tivessem
tomado banho em casa tinham que fazer aquela purificação. Não podiam ministrar a
Deus sem a necessária pureza. Na nova lei o tabernáculo e a comunhão com Deus
depende da purificação diária.

AS VESTES SACERDOTAIS
Os sacerdotes tinham um papel muito importante no culto do tabernáculo.
Todas as cerimônias dependiam dele. Representava Deus no meio do povo, e o
povo diante de Deus. As roupas que usavam seguiam um padrão divino e tinham
significado importantíssimo.
a- Peitoral: Era uma peça quadrada de 20cm, tinha uma dobra para baixo,
formando um bolso para carregar 12 pedras nas quais estavam gravadas os
nomes das 12 tribos de Israel. Era eito de ouro, estofo azul, púrpura e linho
fino retorcido. Era símbolo de afeto e amor.
b- Estola Sacerdotal: Era uma peça cujo comprimento ia pouco abaixo da
cintura e nela estava afixado o peitoral. Compunha-se de 2 partes, uma
cobria o peito e a outra as costas. Não tinha a costura dos lados. Tinha as
duas ombreiras que unia as 2 partes. Na altura o peito eram ligadas por um
cinto. Era feita do mesmo material usado para fazer o peitoral. Nas
ombreiras levavam 2 pedras, uma na frente e outra atrás nas quais estavam
inscritos os nomes das 12 tribos de Israel. Desta forma o sacerdote levava
no peito e nos ombros os nomes das tribos. Enquanto o peito fala da
afeição, o ombro fala da força. O sumo sacerdote é uma figura de Cristo,
que nos leva em seus ombros e nos tem junto ao seu coração de amor.
Legado à estola sacerdotal está o Urim e Tomim, era uma providência de
Deus para se conhecer a vontade de Deus em assuntos mais complexos.

15
Hoje o crente, sacerdote do Senhor tem o Espírito Santo para revelar-lhe a
vontade de Deus mesmo em ocasiões difíceis.
c- Sobrepeliz ou Manto da Estola: Ficava imediatamente abaixo daquela.
Esse manto sem mangas, é possivelmente sem costuras, alcançava um
pouco abaixo dos joelhos, era feito de estofo azul, púrpura e carmesim. Era
sua barra havia campainhas de ouro e romãs. Era colocado sobre o sumo
sacerdote quando este ministrava, para que se ouvisse o sonido das
campainhas , e assim se podia ouvir se o sacerdote estava vivo e se
movimentava na presença de Deus. Enquanto as campainhas falam da
vida, as romãs falam de prosperidade, frutos do Espírito Santo.
d- Túnica: Era feita de linho fino. A túnica era usada por baixo da sobrepeliz.
Era linho, com mangas compridas e significava retidão diante de Deus.
e- Mitra: Espécie de turbante usado para cobrir a cabeça do sumo sacerdote.
Na Mitra era fixada uma lâmina de ouro onde eram escritas as palavras
“Santidade ao Senhor”. Revelava autoridade para chegar à Deus.
f- Cinto: Era feito de couro, estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino.
Servia para firmar as vestes do sacerdote para que tivesse firmeza para se
movimentar no desempenho das tarefas.

16
LEVÍTICO

Introdução

O livro de Levítico consiste principalmente de leis. Tais leis na maior parte


foram dadas no Monte Sinai.
Os levitas, uma das doze tribos, eram separados para o serviço divino.
Arão e seus filhos, foram separados para serem sacerdotes. Os demais levitas
tinham que se assistentes dos sacerdotes. Seu dever era o cuidado e a remoção do
tabernáculo e, mais adiante, cuidaram do templo e funcionaram como mestres,
escribas, músicos, oficiais e juizes ( I Cr 23 )
Eram sustentados pelos dízimos, tinham 48 cidades, Nm 35:7 e Js 21:19.

I – TÍTULO
A Bíblia hebraica dá ao livro de Levítico o nome Wayyigrãs que quer dizer “E
ele chamou” está mencionado em 1:1.
A LXX dá o nome Levitiken, significa: “aquilo que é dos levitas”, pelo fato de
ser um registro de leis referentes aos levitas e seus serviços.

II – AUTORIA
Existe no livro 38 vezes a expressão “O Senhor falou à Moisés Lv 18:5. Paulo
no livro de Romanos 10:5 diz: “Moisés que escreveu”.

III – TEMA
O acesso à Deus é somente através de sangue, e o acesso exige santidade do
adorador.

IV – PROPÓSITOS DO LIVRO
O livro tem o propósito de mostrar o método de restauração do homem
pecador e o caminho de santidade proposto por Deus.
EGITO... SINAI... CANAÃ.

17
Entre o Egito e o Sinai o povo tem um tipo de fé para receber os benefícios
divinos. Do Sinai em diante o povo deveria Ter fé, para viver em comunhão com
Deus.

V – ANÁLISE DO LIVRO
Os Sacrifícios Instituídos

O HOLOCAUSTO; 1:3-17
- Objetivo: Oferecer um sacrifício pelo pecado em geral, 1:4.
- O animal deveria ser sem defeito, 1:3,5,10.
- A forma de sacrifício: Tudo deveria ser queimado.

OFERTA DE MANJARES; 2:1-16


- Objetivo: Uma oferta ao Senhor
- Objeto de oferta: Cereais.
- Forma de oferta: Uma parte queimada e outra entregue aos sacerdotes.

SACRIFÍCIOS PACÍFICOS, 3:1-17


- Objetivo: Comunhão com Deus, At 1:; Lv 2
- Objeto de oferta: animal.
- Forma de oferta: uma parte queimada e outra comida.

OFERTA PELO PECADO


- Objetivo: Perdão (proposição) pelas transgressões específicas
- Objeto de oferta: animal
- Forma de oferta: uma parte queimada e outra do sacerdote.

OFERTA POR SACRILÉGIO 5:14; 6:7


- Objetivo: propiciar pelas transgressões específicas com restituição.
- Objeto de oferta: animal.
- Forma de oferta: Uma parte queimada e outra do sacerdote.

Ensinamentos sobre a Participação do Sacerdote e do ofertante


A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS, 8; 10:20
Ofereciam sacrifícios por si e pelo povo, 9:7
- Representava uma função especial entre os levitas
- teriam deveres especiais, 10:8-20.

• A MORTE DE NADABE E ABIÚ, 10:1-7


- Teriam tentado fazer a tarefa do sumo sacerdote.
- teriam agido sobre influência alcoólica, segundo o contexto, 10:9

18
• LEIS SOBRE A PURIFICAÇÃO DO POVO, 11:1; 15:33.
- Abstinência de animais impuros, 1:1-23.
- Reprovado o contato com animais impuros, 11:24-42.
- O propósito de santificação do povo, 11:43-47.
- A santificação do primogênito, a purificação da mulher, 12:1-8

• A PURIFICAÇÃO DO LEPROSO, 13:1; 14:57


- O reconhecimento, 13:1-59
- O ritual de purificação, 14:1-32.

• A PURIFICAÇÃO DAS PESSOAS, 15:1-33.


• O DIA DA EXPIAÇÃO
- O motivo: buscar a purificação do povo com humilhação, 16:31.
- A época: anualmente, só sétimo mês, nos dez dia do mês, 16:29-34.
- O ritual: era liderado pelo sumo sacerdote e envolvia a morte de novilho e um
bode, um outro bode era levado ao deserto, simbolizando a remoção das
transgressões e iniquidade do povo, 1:11; 15:20,22.

• O LUGAR DOS SACRIFÍCIOS, 17:1-9


- Havia somente um lugar para os sacrifícios. Na época era a tenda da congregação
( tabernáculo ), depois o templo.

• A ABSTINÊNIA DO SANGUE, 17:10-16.


- Havia a proibição de comer sangue, 17:19, com At 15:20; 21:2.

• UNIÕES ILÍCITAS E ABOMINÁVEIS, 18:1-39


- Trata-se de uma prevenção contra os costumes existentes noutras nações,
18:2,34.
- Trata-se de mais uma recomendação de santificação, 18:30.
- Trata-se de mais uma recomendação de santificação, 18:30

• LEIS SOBRE OUTRAS PRÁTICAS CONDENÁVEIS, 19:1; 20:27.


• A SANTIDADE DOS SACERDOTES, 21:1; 22:33
• AS FESTAS SOLENES, 23:1-44

- O Sábado, um descanso semanal instituído, 23:3


- A páscoa e a festa dos pães asmos, 23:48
- A festa da primícias, 23:9-14
- A festa do pentecostes, 23:15-23
- A festa das trombetas, 23:24,25

19
- O dia da expiação, 23:26-32
- A festa dos tabernáculos, 23:33-44
• O PECADO DE BLASFÊMIA , 24:10-23
- Um exemplo de blasfêmia, motiva uma condenação e determina um ensino: todo
o que blasfemar o nome do Senhor Deus de Israel deve ser morto

• O ANO SABÁTICO, 25:1-7


- Comemorado de sete em sete anos
- O objetivo seria dar descanso a terra, lembrando que a terra também pertence ao
Senhor.

• O ANO JUBILEU, 25:8-55


- O motivo: permitir que a terra vendida pelos mais pobres fosse restituída, ficando
cada um dentro dos limites de sua propriedade e evitando-se a usurpação dos dois
mais ricos sobre os mais pobres.
- Também os escravos tinham sua liberdade restituída e as dívidas eram
canceladas. Há quem afirme que uma das causas do cativeiro teria sido a
inobservância desta ordem.
- Sua comemoração: ocorria no ano qüinquagésimo (de 50 em 50 anos ), 25:10.
- Havia uma exceção: ver 25:29-30, as casas construídas dentro de cidades
muradas;
- Abrangia propriedade, pessoas e empréstimos.

• LEIS A FAVOR DOS POBRES E ESCRAVOS, 25:35-55


- No caso de escravos hebreus, haveria resgate após o sexto ano, ver Dt 15:12-23.

• AS BÊNÇÃOS DA OBEDIÊNCIA, 26:3-13


- Incluía chuvas abundantes, boas colheitas, paz sobre a terra, vitória sobre os
inimigos, prosperidade e a constante presença de Deus.

• OS CASTIGOS DA DESOBEDIÊNCIA, 26:14-46


- Os castigos viriam caso o povo deixasse de observar a lei do Senhor não
cumprindo os seus mandamentos, ou violando a aliança estabelecida por Deus.

• OS VOTOS PARTICULARES, 27
• OS DÍZIMOS

20
NÚMEROS

Introdução

Neste livro entre muitas lições, aprenderemos que o serviço do Senhor não
deveria ser feito de qualquer maneira, razão porque o livro nos mostra o quadro de
um acampamento onde tudo é feito segundo a eu do céu: EM TUDO HÁ ORDEM.
O povo é numerado conforme as tribos e famílias, a cada tribo é designado o seu
lugar, a marcha e o acampamento são coordenados com precisão, o transporte do
tabernáculo tem as pessoas especializadas para isto. Estes livros nos deixa uma lição
de administração e ordem. Também nos mostra o fracasso de Israel que por não crer
nas promessas divinas, não entrou na terra prometida. Contudo o plano de Deus não
foi frustado, porque o fim do livro deixa Israel na fronteira da TERRA
PROMETIDA, onde a nova geração espera entrar.
Podemos resumir em quatro palavras este Santo Livro.
1. Serviço 3. Falha
2. Ordem 4. Peregrinação

I – TÍTULO
A Bíblia hebraica dá ao livro de Números o nome de “Beidbar” ( no deserto ), tirado
do primeiro versículo “falou o Senhor a Moisés no Monte Sinai”
A Bíblia LXX dás o nome de “Arithmoi” ( Número )
A Vulgata dá o nome de “Numeri”
Tanto a Vulgata como a Lxx, concedem este nome devido aos dois censos que
são reatados no livro.

II – AUTORIA DO LIVRO
Dúvida da autoria de Moisés
Existem alguns que sentem dificuldades para aceitar a autoria de Moisés,
alegando que este não escreveria o que diz em 12:3
Autoria de Moisés
Vária são as evidência que nos trazem a aceitar como autor, 33:2 e outros.

III – TEMA
O povo de Deus só pode avançar na medida de sua disposição em confiar
totalmente nas promessas e na força do Senhor.

21
IV –MOMENTO HISTÓRICO
O relato de Números começa com o primeiro censo que foi realizado no
segundo mês do segundo ano e conclui com o relato de Israel nas planícies de
Moabe, no ano 40 da saída deles do Egito ( 33:38 ); (36:13 ), com três períodos
distintos, como seguem.

• ACAMPAMENTO JUNTO AO SINAI


( Uns vinte dias 1:1 e 10:11). Abrangendo os capítulos de 1:1 – 10:0)

• VIAGEM DO SINAI A CADES-BARNÉIA


( Significa / Deserto Sagrado ), abrangendo os capítulos de 10:10 – 20: 21

• VIAGEM DE CADES-BARNÉIA ÀS CAMPINAS DE MOABE


Abrangendo os capítulos de 20:22- 36:13

V – PROPÓSITO DO LIVRO
1- Registrar o maior tempo de peregrinação de Israel no deserto com a
finalidade de mostrar a fidelidade de deus no cumprimento de suas
promessas,.
2- As conseqüências negativas da desobediência e incredulidade
3- O triunfo que a fé verdadeira oferece.

VI – ANÁLISE DO LIVRO
• NO SINAI
O primeiro livro censo, 1:1-54
- Procede de uma ordem do Senhor;
- Tem por objetivo fazer um levantamento dos recursos militares.

Uma provisão de recursos, 1:3


- Os levitas são contados separadamente.

A Disposição (ordem) das tribos na viagem, 2:1-34


- No acampamento, 2:1-16
- O Oriente: Judá, Issacar e Zebulom;
- Ao Sul: Rúben, Semeão e Gade;
- Ao Ocidente: Dã, Aser e Naftali.

Contagem e o ofício dos levitas, 3:1-4:49


- O número 8.580,4:48
- Os três grupos: filhos de Gerson, 2.630;
Filhos de Coate, 2.150;

22
Filhos de Merari, 3.200-3:17
As suas tarefas:
Os Gersonitas transportavam a parte externa do tabernáculo 4:25-28
Os Meraritas transportavam as tábuas, varais, colunas e outros objetos do
tabernáculo, 4:29-33;
Os Coatitas transportavam nos ombros os utensílios sagrados, 4:20 (ver 7:7-9)

- Leis sobre a santificação do arraial, 5:1-31


- O voto do nazireu, 6:1-21
- A benção sacerdotal, 6:22-27
- As primeiras ofertas dos líderes das famílias, 7:1-89
- As lâmpadas do santuário e consagração dos levitas, 7:1-26
- A comemoração da páscoa junto ao Sinai, 9:1-14
- A orientação visível de Deus ao seu povo, 9:15-23

• NO DESERTO DE CADES

- A partida do Sinai ao deserto de Cades, 10:11-36


- A murmuração do povo, 11:1-35
- A revolta de Miriã e Arão, 12:1-16
- A missão dos espias, 13:1-33
- A revolta do povo, 14:1-45
- Novas leis promulgadas, 15:1-41
- A revolta de Coré, Datã e Abirão, 16:1-50
- A ratificação d sacerdócio de Arão, 17:1-19:22;
- Acontecimentos em Cades, 20: 1-29;
- A morte de Miriã, 20:1
- O pecado de Moisés: ferir em vez de falar a rocha
- A recusa de Edom, 20:14-21
- A morte de Arão, 20:22-29 comparar com 33,38,39
- A serpente de bronze, 21:4-9
- Jornadas e Vitórias do povo, 21:10-35

• EM MOABE
- O encontro entre Balaque e Balaão e suas conseqüências
• JUNTO AO JORDÃO 26-36

DEUTERONÔMIO

23
Introdução
O livro de Deuteronômio (segundo a lei) é situado em nossa bíblia como o
último dos cinco livros de Moisés, fazendo um resumo e pondo em relevo a
mensagem que os quatro livros precedentes contém. Recordando o amor de Deus
para com o seu povo durante as jornadas no deserto, para que pudesse estar seguros
quando entrassem em Canaã.
Admite-se que também este livro compõe-se de 5 grandes discursos proferidos
por Moisés na Planície de Moabe.

I- TÍTULO
A Bíblia dá ao livro de Deuteronômio o nome de Debãrim ( palavras ) ou
“estas são as palavras” – élleh haddbãrim – tomada do verso 1:1.
A Bíblia deu ao livro o título mais descritivo de Deuteronômio (Segunda
promulgação da lei ), porque consiste principalmente numa declaração das leis
contidas em êxodo, Levítico e Números.

II- AUTORIA DO LIVRO


Moisés tem sido apontado como o autor deste livro ( Cap 1:1;4:44;27:1;29:1 e
outros), exceto os textos que se referem à suas morte

III- TEMA
Israel é conclamado para que confie no Senhor de todo o coração e para que
se faça de sua lei o impulso contínuo de sua vida.

IV- MOMENTO HISTÓRICO


Dos cinco livros do Pentateuco, o Deuteronômio foi o que menos tempo
compreendeu: Gn. compreendei + ou – 1700 anos.
Êxodo compreendeu + ou – 13 meses.
Levítico não há cálculos
Números compreendeu + ou – 39 anos
Deuteronômio apenas + ou – 37 dias segundo Dt 1:13-34:8; Js 1:2-3:2;4:19
Quando este livro foi escrito, a nação de Israel se encontrava na terra de
Moabe, a leste do Rio Jordão e do Mar Morto antes disto, Israel havia fracassado por
falta de fé, e não entram na Palestina. Agora, passaram 38 anos e Moisés reúne o
povo e procura infundir a fé que os capacitaria entrar à terra prometida. Moisés não
somente foi um homem valoroso como escritor, líder, político, mas também um
exemplo de homem doutrinador.

V – PROPÓSITO

24
Mostrar os privilégios e as obrigações de Israel, diante do voto feito com o
Senhor, e receber as recomendações finais sobre o comportamento do povo, quando
estivessem dentro da Terra de Vanaã.

VI – ANÁLISE DO LIVRO

Idéias principais das mensagens de Moisés (Ver NCB pag. 223 )


• CATIVEIRO DA REDENÇÃO
O povo não deveria esquecer o que viu na parte do Senhor que os remiu, 4:9;
5:15; 5:6; 7:8; 4:34

• O AMOR DE DEUS DEVE SER CORRESPONDIDO


- Reconhecendo o amor de Deus, o povo deveria amar também ao Senhor, 5:10;
4:29; 4:10; 10:20; NÃO TENDO OUTROS DEUSES, 5:7
• ISRAEL DEVERIA VIVER
- Como um povo que deveria se santificar, 7:6 e praticar a justiça, cuidando dos
órfãos e das viúvas, dos estrangeiros que vivessem dentro de Israel, 10:18.
• O LUGAR DE CULTO AO SENHOR
- Somente um lugar seria indicado para adoração e ali o povo deveria älegrar-
se”perante o Senhor, 12:5; 711
• O MEIO INSTITUÍDO DE PURIFICAÇÃO DOS PECADOS
- O povo é chamado a não pecar, 15:9; falhando em suas responsabilidades sociais,
religiosas e morais, 7:25; 15:5; 7:11
• OUTRAS BÊNÇÃOS SÃO PROMETIDAS
- O caminho da obediência, outras bênçãos são prometidas, 7:13; 3:20; 5:1; 4:40;
2:7; 6:11; 12:15
• OUTROS TEMAS ABORDADOS POR MOISÉS
- Conforme o livro “Merece Confiança o A.T.” os seguintes temas que poderão ser
destacados nas mensagens de Moisés, pag. 282
- Deus na sua unicidade e espiritualidade, 4:12,15,16,35,39;6:4; 10:17
- A necessidade do amor, 6:5;7:8;10:13,15;11:1,13,22;13:3;19:9;30:6,16,20.
- O aviso sobre a ameaça da idolatria, 6:14, 15; 7:4;8:19,20;11:16, 17:20;13:2-
12;30:17,18
- O relacionamento do amor com Deus sob a aliança, 4:27; 7:13; 33:3
- Um viver santo, 7:6;26; 19; 29:9
- O prêmio da fidelidade a aliança e os castigos de sua violação 28-30.

• ÚLTIMAS RECOMENDAÇOÕES A JOSUÉ, 31:1-30


- Animando-o, 31:1-8;
- Recomendando a leitura da lei, 31:9-13;
- Prevenindo-o sobre a futura rebeldia, 31:14-23;

25
- Deixando o testemunho escrito, 31:24-29

• O CÂNTICO DE MOISÉS, 32:1-43


- O momento d cântico
- O motivo do cântico.

• O ÚLTIMO DIA DA VIDA DE MOISÉS


- O aviso de Deus sobre a sua morte, 32:48-52
- A benção proferida, 33:1-29;
- A sua morte, 34:1-8

JOSUÉ

Introdução:
O livro de Josué é chamado o livro das grandes conquistas. Após a morte de
Moisés na terra de Moabe, a vista da terra prometida, Josué foi deixado como o
sucessor, com a missão de liderar e conduzir o povo a terra de canaã.
Josué era da tribo de Efraim, Nm 13:8, Josué foi atender o pessoal de Moisés
através de 40 anos de peregrinação no deserto. Esteve com, Moisés no Monte, Êx
24:13. Foi um dos espias, Nm 13:8. Segundo o escritor Josefus ele tinha 85 anos
quando substituiu Moisés. Governou aproximadamente 25 anos sobre Israel ( 12

26
tribos ), morreu com cento e dez anos (110 anos) e foi sepultado em Timate-Sera em
Efraim. Foi guerreiro que disciplinava suas tropas segundo a ordem do Senhor. Foi
temente que disciplinava suas tropas segundo a ordem do Senhor. Foi temente e
homem de oração que confiava inteiramente em Deus.
Podemos dividir assim a sua história:
a- Descendente de Efraim, Nm 13:8-16
b- Comandante militar, Êx 17:8-16;
c- Esteve com Moisés no Sinai, Êx 24:13
d- Foi um dos doze espias, Nm 13:8
e- Foi um espia confiante, Nm 14:6-10
f- Foi recompensado com a promessa de entrar em Canaã, Nm
g- Foi nomeado o sucessor de Moisés, Nm 27:18, Dt 34:9
h- Foi líder de inteira confiança, Js 1:1 a 5:9

I – AUTORIA DO LIVRO
Evidências favoráveis a autoria de Josué:
- “Até que passamos”, 24:26; “Josué escreveu estas palavras”. Evidências
desfavoráveis à autoridade de Josué:
- 9:27 “Até o dia de hoje” (chamada linha de interpolação).
- 24:31 “todos os dias de Josué”( o mesmo que ocorre em Dt 3 com a autoridade
de Moisés )

II – TÍTULO DO LIVRO
Este livro recebe o nome de seus personagem central, que domina o cenário
do começo ao fim do livro, cujo o nome é Josué ( SO SENHOR Ë A
SALVAÇÃO”.

III- MONETO HISTÖRICO


Após a morte de Moisés, Deus confirma-o líder, e grande seria a sua tarefa, ou
seja, de conquistar a terra de canaã. Esta área a ser conquistada iria desde o
deserto do Sul até o Líbano, ao Monte da Palestina, virando a leste, até o
Eufrades, e para o Ocidente, até o Mediterrâneo. Abrange um período de 25 anos
aproximadamente, deste período 7 anos foram em lutas.
Divisão a conquista de Canaãs;
1º - conquista da região central, 5:1-10,15
2º - Conquista da região sul, 10:16-43
3º - Conquista da região norte, 12:1-32
- Todas as conquistas foram parcialmente ficando terras a serem possuídas,
Js 13:1.

27
IV – TEMA

O pode de Deus, sobre o povo em vencer as guerras e entrar na posse da sua


herança prometida.
A fidelidade de Deus. Nenhuma palavra de Deus caiu.
A santidade de Deus. Deus é Santo e é contrário a todo pecado
A graça de Deus e sua paciência com o povo

V – PROPÓSITO DO LIVRO
Registrar a conquista da Terra Prometida ( CANNÃ ), em consequência da
aliança estabelecida de Deus no cumprimento de suas promessas ao seu povo, Js
24:45.

JUIZES

Introdução

O livro dos Juizes descreve a época de contínua opressão e reação. A nação


hebraica não tinha mais uma governo central e forte, era um confederação de doze
tribos independentes sem qualquer força unificadora, exceto o seu Deus. A forma de
governo nos dias dos juizes era “TEOCRÁTICA”, isso é, acreditava-se que Deus era
o governador das nações. Mas o povo não levava o seu Deus muito a sério e estava
continuamente a lhe voltar as costas, caindo na idolatria.
A função do Juiz, na qualidade de líder, conselheiro e julgador dos problemas
do povo, aprece bem antes da história de Israel. Ver Êx. 18:21, 22; Dt 16:18

28
I- Título
Na Bíblia o nome é SHOPTHETIM, significando “JUÍZES ou líderes
executivos”, Líderes que procuravam trazer justiça ao povo em situação aflitiva de
sujeição estrangeira.
Na Bíblia LXX aparece “KRITAI”, tem o significado “JUÍZES”. O titulo é
derivado do tipo de governo que a TEOCRACIA israelita gozava durante intervalo
da morte de Josué e a coroação do rei Saul.

II – AUTORIDADE DO LIVRO
Várias pessoas apontam Samuel como o autor do livro.
Outros lutam em afirmar que teria sido um autor mais recente tomando como
preferência o texto de 18:30, onde aparece “Até o dia do cativeiro do povo”. Esta
expressão pode Ter sido um acréscimo posterior ou uma referência a uma invasão
sofrida na época dos Juízes.

III- TEMA
A falha de Israel com a TEOCRACIA, no sentido de não Ter conseguido
lealdade à aliança de Deus.

IV – MOMENTO HISTÓRICO

Não podemos afirma a duração do período de Juízes. Os anos de opressão são


considerados 111 anos, os governos dos Juízes com período de descanso é de
299 anos. Somando-se teremos 410 anos. Esta soma não se harmoniza com o
total de anos e I Rs. 6:1, podemos resumir em 4(quatro) palavras: pecado,
servidão, tristeza e salvação.

OPRESSÃO PELOS JUÍZES OU PERÍODO DE DESCANSO

Mesopotâmia 8 anos Otniel de Quiriate-Sefer em Judá 40 anos.


Moabitas
Amonitas 8 anos Eúde de Benjamim 80 anos.
Amalequitas

29
Filisteus Sangar
Cananeus 20 anos Débora de Efraim, Baraque de Naftali 40 anos.
Amalequitas 7 anos Gideão de Manassés 40 anos.
Abimeleque (usurpador) de Manassés 3 anos.
Tola de Issacar 23 anos.
Jair de Gileade em Manassés Oriental 22 anos.
Jefté de Gileade em Manassés Oriental 6 anos.
Amonitas 18 anos Ibsã de Belém de Judá 7 anos.
Elom de Zebulom 10 anos.
Absom de Efraim 8 anos.
Filisteus 40 anos Sansão de Dã 20 anos.
TOTAL DOS PERÍODOS: 111 ANOS.

“40 ANOS”
Otniel, Débora e Baraque, Gideão, cada um, conforme se diz julgou Israel 40
anos; Eúde duas vezes 40. Mais adiante Eli julgou 40 anos; Saul, Davi e Salomão
cada qual reinou 40 anos. “40 anos” parece um número redondo, indicando uma
geração. Notem-se as vezes que o número 40 ocorre toda a Bíblia, no dilúvio choveu
40 dias, Moisés fugiu 40 anos; esteve em Midiã 40 anos; no monte 40 dias. Israel
peregrinou 40 anos no deserto. Os espias estiveram 40 dias em Canaã. Elias jejuou
40 dias. Um prazo foi dado `a Níneve. Jesus jejuou 40 dias e ainda permaneceu na
terra 40 dias após ressurgir.

V – A SITUAÇÃO DO POVO NA ÉPOCA DOS JUÍZES

v.1 – Uma nova geração, 2:10.


v.2 – Um tempo de apostasia, 3:7; 16:31.
v.3 – Acontecimentos do tempo anterior aos Juízes, 17:1; 21:25;
v.4 – Um tempo de libertação ocasionais e carismáticas, 2:16;
v.5 – Um tempo de oscilação, moral, social e espiritual, 2:7-19.

VI – PROPÓSITO DO LIVRO : (VER MB PÁG. 103)

Descrever a situação confusa de Israel nos primeiros séculos em Canaã,


quando “cada um fazia o que achava mais reto” (17:6; 21:25), mostrando também a
filiação de Deus, sempre que arrependidos confiavam no Senhor. (P.M.).

30
RUTE

Introdução
O que há de mais significativo no livro de Rute é exatamente o fato de sua
conversão, de sua entrada ao povo de Israel, e o de participar da linhagem dos
acontecimentos dos antecedentes de Jesus Cristo.
Mil anos antes, Abraão tinha sido chamado por Deus para fundar uma nação
com o propósito de um dia trazer o Salvador para a humanidade.
Neste livro de Rute temos a constituição da família, dentro dessa nação, que
trazia o Salvador. Rute foi bisavó de Davi. Daqui por diante, através do resto do A.
T. , o interessante gravita principalmente em torno da família de Davi.

1 – TÍTULO
O nome de livro deriva da pessoa central da narrativa , chamada Rute, a
moabita. O nome Rute significa a “Amizade”.
Quanto aos Moabitas, a sua origem aparece em Gn. 19:37. No tempo do
Êxodo procuraram impedir a passagem de Israel pelo seu território, Nm. 22:1 e Seg.

31
Os Moabitas mantiveram um clima de rivalidade com Israel durante quase toda a sua
história.

II. – AUTORIA DO LIVRO


II. 1 – Autor desconhecido.
II.2 – Alguns preferem uma data mais recente, após a reforma do rei Josias,
621 a. C.
II.3 – Outros preferem apontar Samuel ou alguém que teria vivido até a época
de Davi, em vista a geneologia citada no final do livro, 4:22.

III – MOMENTO HISTÓRICO


III.1 – O Livro abrange um período de mais ou menos dez anos.
III.2 – O livro pertence a época dos juizes, 1:1. Mais provavelmente durante o
tempo de Gideão, quando houve a opressão dos midianitas, Jz. 6:4.
III.3 – Descreve um tempo de fome para Israel, 1:1. Quando Elimeleque foi
para o Campo de Moabe, ele e sua mulher e seus dois filhos os quais casaram-se
com mulheres Moabitas. Em Moabe morreram Elimeleque que os seus dois filhos.
Após esse incidente, Noemi decide voltar para Israel, e sua nora Rute volta com ela.

IV – TEMA

É a história da conversão de uma mulher chamada Rute, 1:16. Rute enquanto


não entrara na família de Noemi, não conhecera a religião de Israel. Feita nora de
Noemi, e o Ter oportunidade de afastamento, não quis por motivo religioso: “O TEU
DEUS É O MEU DEUS”.

V - PROPÓSITO DO LIVRO
Exemplificar a função de preparo do parente remidor e descreve a introdução
de linhagem não israelita na família de Davi, mostrando o alcance da graça.
Comparar Rt. 4:22 e Mt. 1:5 – (P.M.).
Também nos ensina o grande alcance da graça de Deus, pronto a andar as
boas vindas aos convertidos gentios. Talvez o aspecto de maior importância desta
curta narrativa é exibir a função de gõel, ou “parente remidor ”.

VI – ANÁLISE DO LIVRO

VI.1 - Noemi em Moabe, 1:1-14;


VI.2 – A decisão de Rute, 1:16-18 (comp. c/ Dt. 23:3);

32
VI.3 – A chegada em Belém, 1:19-22;
VI.4 – A bondade de Boaz, 2:1-13;
VI.5 – A promessa do casamento, 3:1-8;
VI.6 – O casamento de Boaz e Rute, 4:1-22;
VI.7 – Os descendentes de Boaz e Rute, 4:13-22.

I e II SAMUEL

INTRODUÇÃO

Os livros de Samuel registram a transição de Israel, de uma Teocracia para a


Monarquia.
Samuel é o último dos Juízes, foi um dos fundadores da nacionalidade
hebraica. Moisés foi o seu fundador, mas Samuel o seu consolidador. Se um livrará
o povo do poder de um grande Estado. Escravagista, o outro livrou-o da Anarquia
que reinou por muitos anos.
Samuel e foi notável, não apenas porque foi fundador das escolas de profetas e
com essa iniciativa deu início à Teocracia, com os seus interpretes máximos, mas
ainda no conceito de um Deus Espiritual e Verdadeiro.
Samuel é o último dos Juízes, a ele coube o papel de ungir o primeiro rei
(Saul), e o segundo (Davi).

I – NOME DO LIVRO
O NOME SAMUEL (Shemuel tem sido interpretado como o nome de Deus)
“seu nome é Deus, ou até “ouvido de Deus” – forma abreviada de Shemuel.

II – AUTORIA DO LIVRO

33
Os livros que trazem o nome de Samuel revelam a estima e consideração que
a nação tinha por este notável vulto de sua história não que seja ele o maior e o autor
de todo o livro.
Alguns supõem que Samuel escreveu os primeiros 24 capítulos e pelo fato de
que os profetas Natã e Gade são mencionados juntamente com Samuel em I Cr.
29:29, como biógrafos acontecimentos da vida de Davi, incluindo-se que eles foram
os autores dos restantes dos capítulos.

III – TEMA

O conteúdo deste livro abrange três pessoas principais: Samuel um patriota e


juiz de coração humilde e consagrado, servindo obedientemente a Deus; Saul, um rei
egoísta, pródogo, ciumento e obstinado, faltoso e infiel, Davi, um homem segundo o
coração de Deus, varão de oração e louvor, provado, disciplinado e finalmente
coroado monarca de todo o Israel.

IV – DATA

Incerta. A possibilidade de ser entre os anos 930 e 722 a.C., isto porque o
autor nada fala sobre a queda de Samaria, ocorrido no ano de 722 a.C. (o. M.B.
prefere uma data mais antiga 1.100 – 1.050 a. C.).

V – MOMENTO HISTÓRICO

O livro de I Samuel começa com o relato do nascimento de Samuel, e encerra


com a sepultura de Saul.
O livro de II Samuel inicia com Davi recebendo a notícia da morte de Saul e
encerra com Davi edificando um altar ao Senhor.

VI – PROPÓSITO DO LIVRO

O propósito do livro era de registrar a função da monarquia hebraica,


incluindo portanto:
- A carreira de Samuel fundador de reis.
- A carreira de Saul, o infiel, que abandonando a aliança se transformou em tirano.
- A carreira de Davi, rei verdadeiramente Teocrático, que fundou a dinastia
permanente a válida de cuja descendência surgiria o Messias.

34
VII – ANÁLISE DO LIVRO DE I SAMUEL

VII.1 – A carreira de Samuel e a libertação da opressão dos filisteus, 1:1-7:17.


VII.2 – O surgimento do rei Saul, 8:1-15:35.
VII.3 – O declínio de Saul e o surgimento de Davi, 16:1-31:13.

VIII – ANÁLISE DO LIVRO DE II SAMUEL

VIII.1 – A carreira de Davi como rei sobre todo Judá e Israel, 1:1-14:3.
VIII.2 – Fase final do reino de Davi, 15:1-24:25.

CRONOLOGIA DE SAMUEL A DAVI: (A. N.M.)

Data de nascimento ....................................................1.094 a. C. I Sm. 1:20;


Data da vocação ..................................................1.084 a. C I Sm. 1:3: 1-14;
Morte de Eli................................................................1.070 a. C. I Sm. 4:18;
Eleição de Saul............................................................1.044 a.C. I Sm. 10:24;
(Fim do período dos juízes)
Morte de Samuel..........................................................1.019 a. C. I Sm. 25:1;
Morte de Saul em Gilboa............................................1.074 a. C. I Sm. 31:8;
Davi, rei de Judá...........................................................1.004 a. C. II Sm. 2:4;
Davi, rei de todo Israel................................................997 a. C. II Sm. 5:1-5;

35
I e II REIS

INTRODUÇÃO

Estes livros mostram a história de Israel sobre os reis, apesar de governarem


muitos reis de caráter reto, a história da maior parte deles é a de governar mau e de
iniquidade.
De acordo com a sua promessa em Is. 12:18-24, o Senhor não deixou de
abençoar o seu povo quando o buscava, mas por outra parte nunca deixou de castigá-
los quando se separavam dele.

I – NOME DOS LIVROS

- O nome desses livros deriva-se do seu conteúdo: a história dos reis de Judá e
Israel.
- Na Bíblia hebraica dos dois livros formam um só, tendo o nome de Malakim
(reis).
- Na LXX chamam-se 3º e 4º livros dos Reis (Reino), enquanto os de Samuel
chamam-se 1º e 2º.

II – AUTORIA DOS LIVROS

Tradicionalmente, o profeta Jeremias tem sido apontado como o autor de Reis.


(Por ser ele um considerado como coluna) porta voz de Deus naquela época.

III – TEMA DOS LIVROS

36
O Tema destes livros são demonstrados, na base histórica de Ismael, que o
bem-estar da nação dependia da sinceridade e da fidelidade à aliança com o Senhor.

IV – MOMENTO HISTÓRICO

Os livros de Reis narram a história dos Reis de Judá e Israel começando com
o reinado de Salomão na divisão do reino e a historia paralela de dois reinos e
concluindo com o cativeiro de Judá (reino Sul)
Em 586 a.C. juntos os dois livros abrem um período de + - 400 anos.

V – PROPÓSITO DOS LIVROS


Escrever os eventos mais importante do tempo dos reis, sob o ponto de vista
de seu relacionamento com Deus e a lei, usando no relato histórico um método
didático, no qual apresenta o “rei, descreve os seus erros em vista dos
acontecimentos”.
VI –ANÁLISE DOS LIVROS
VI. 1- A ascensão de Salomão ao trono, 1:1-53.
VI. 2- Ultimas recomendações de Davi, 2:1-12.
VI. 3- O afastamento dos suspeitos, 2:13-46.
VI. 4- O pedido de Salomão ao Senhor, 3:3-15.
VI. 5- Um exemplo de sabedoria de Salomão, 3:16-28.
VI. 6- A edificação do templo, 5:1-7:51.
VI 7- A dedicação do templo, 8:1-66
VI 8- Outros relatos sobre Salomão, 9:1-11:43
VI 9- A divisão do reino, 13:1-33
VI 9.1- Causas da divisão de reino, 12:1-19
VI 9.2- Líderes da divisão.
VI 9.3- Modificações religiosas no reino do norte, 12:15-33.
VI 10- O profeta de Judá, 13:1-32.
VI 11- A profecia de Aías para Jeroboão, 14:1-16.
VI 12- O reino de Roboão, 14:21-31
VI 13- O reino de Asa, 15:9-24
VI 14 Acontecimentos no reino de Acabe em Israel, 16:22-29 e 40.
VI 15- A doença de Acazias, II Rs. 1:1-18.
VI 16- Eliseu como sucessor de Elias, 2:1-25
VI 17- O profeta Eliseu, 3:1-13:20.
VI 18- O reinado de Jeú, em Israel, 9:1-10:36
VI 19- o reinado de Atalia em Judá, 11:1-21
VI 20- O reinado de Joáz, em Judá, 12:1-21.
VI 21- O reinado de Jeroboão II, em Israel, 14:23-29

37
VI 22- Os últimos reis de Israel, 15:8-31.
VI 23- O cativeiro de Israel, 15:19-17:41
VI 24- O reinado de Ezequias, em Judá, 18:1-20:21.
VI 25- O reinado de Manasses, em Judá, 21:1-18.
VI 26- O reinado de Josias , 22:1-23:30.
VI 27- Os últimos anos do reino de Judá, 23:11-25:30.
VI 28- O cativeiro de Judá, 25:8-22.

CRÔNICAS

INTRODUÇÃO
Os livros da Crônicas abrangem, na sua maioria, a matéria que se
encontra em I II Samuel e I II Reis. I Crônicas é, em parte, o mesmo que II Samuel.
Trata apenas da História de Davi, prefaciando-a com 9 capítulos de genealogias.
Estas cobrem o período de Adão até a volta dos Judeus do cativeiro.
I – NOME DOS LIVROS
Na Bíblia hebraica o nome dos livros é DIBEREY HAY HÃMIM,
(palavras ou narrativas do dia). O nome Crônicas vem da tradução Vulgata feita por
Jerônimo. Na LXX o nome é “PARALEIPOMENON” (das ou as coisas emitidas ).

II – DIFERENÇA ENTRE REIS E CRÔNICAS


a- Os reis foram escritos pouco depois do principio do cativeiro em
Babilônia. As “Crônicas” foram escritas pouco depois do regresso do cativeiro.
b- Os “Reis” foram compilados por um profeta- Jeremias, as Crônicas por um
sacerdote- Esdras.
c- Os “Reis” põem em relevo o trono dos reis terrestres; as “Crônicas”, o
trono terrestre (o templo) do rei celeste.
d- Os “Reis” tratam de Judá e Israel; as “Crônicas” de Judá, sendo Israel
mencionado apenas incidentemente.
e- Os “Reis” é um livro político e régio; as Crônicas, eclesiástico e sacerdotal.

III – AUTORIA DOS LIVROS


O autor foi alguém que viveu após o cativeiro, 386 a.C.; por isso narra
tais acontecimentos, II Cr. 36:22-23.
Esdras tem sido apontado como o autor das Crônicas.

IV – FONTES USADAS PELO AUTOR


- Livros dos Reis Judá e Israel, II Cr. 16:11; 25:26; 28:26.

38
- Crônicas de Samuel, Natã e Gade, I Cr. 26:29; II Cr. 9:29.
- Escritos de Isaias, II Cr. 26:22; 32:32.
- História dos Reis, II Cr. 24:27
- História dos Rei de Israel, II Cr. 33:18.

V – TEMA
Recapitulação do reinado de Davi, Salomão e dos Reis subsequentes de
Judá.

VI –ÉPOCA DOS LIVROS


Os livros de Crônicas apresentam a história dos reis de Judá desde Davi
e Salomão até o cativeiro. Começa com uma genealogia desde Adão até Davi,
destacando assim a linhagem davídica.

VII –PROPÓSITO DOS LIVROS


Registrar a história do povo escolhido desde o inicio da raça humana
até o cativeiro demonstrando o privilégio do relacionamento com Deus da
Aliança e mostrando o comportamento a luz desse compromisso.
O Reino do Norte só é mencionado quando relacionado historicamente
com o reino de Judá. O interesse do autor é mostrar a história dos reis de Judá
sob o ponto de vista religioso.
Recapitulando a história de Israel desde a ordem da raça humana até o
cativeiro na Babilônia, e o edito da restauração; também o propósito destes
livros é demonstrar que a verdadeira glória da nação hebraica se acha feito
entre o povo e o seu Deus.

VIII –DIVISÕES DOS LIVROS I Crônicas


VIII. 1 – Primeira divisão.
VIII. 2 – Genealogia desde Adão até Davi, I Cr. 1:1 - 9:44
VIII. 3 – A história do rei Davi , 10:1 – 29:30.
(II Crônicas)
VIII. 4 – Primeira divisão:
VIII. 5 – A história do rei Salomão, II Cr. 1:1-9-31.
VIII. 6 – A história dos reis de Judá, 10:1 – 36;23.

IX – PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS
IX. 1 – Sobre Deus, sua grandeza e onipresença, I Cr. 29:10 – 11; I Cr.
16:9.
IX. 2 – Sobre a idolatria, I Cr. 14:12; II Cr. 14;33
IX. 3 – Sobre a oração, I Cr. 17;16-27; 29:10-19; II Cr. 6:1-42; 7:1.

39
IX. 4 – Sobre a atuação de Satanás, I Cr. 21:1(Comp. II Rs. 24:1).
IX. 5 – Sobre o ensinamento da Lei, I CR. 17:1-9 (Comp. I Rs. 22:1.
IX.6 – Sobre a purificação do templo, restabelecimento do culto,
Páscoa, II Cr. 29:12; 31:21 (Comp. II Rs. 18:1-7).
IX.7 – Sobre o oração de Manassés, II Cr. 33:10-17 – Comp. II Rs.
21:1.
IX.8 – A Páscoa no tempo de Josias, I Cr.35:1-19 Comp. II Rs. 23:21-
23.
IX.9 – O decreto de Ciro, II Cr. 36:22-23.

40
ESDRAS

INTRODUÇÃO:
Os livros de Esdras e Neemias são de extrema necessidade para nós, pois se
ausentássemos dos livros, estaríamos no escuro quanto ao curso da história depois da
derrota da monarquia judaica.

I. NOME DO LIVRO:
O nome ESDRAS segundo alguns escritores é uma forma aramaica do hebraico
EZER, “AJUDA”.

II. AUTORIA DO LIVRO:

Alguns apontam Esdras como o autor do livro, devido o emprego da 1 ª pessoa do


singular “EU” em Esdras 7-10.
Duas secções do livro foram escritas em aramaico, cap. 4:8- 6:18 e 7:12-16. Esta
linhagem semítica era comumente empregada por todo o ORIENTE PRÓXIMO
naquele tempo.

III. DATA DO LIVRO:


Incerta. Alguns escritores colocam a data até 330 a. C.

IV – TEMA:
A idéia predominante do livro é mostrar o regresso de Israel. Este se deu através de
dois retornos:
1º. O retorno sob Zorobabel, 1-6.
2º. O retorno sob Esdras, 7-10.

V – PROPÓSITO:
É demonstrar o uso que Deus faz de governantes pagão para cumprimento de seus
propósitos, e fornece encorajamento a advertência ao povo de Deus.

VI – MOMENTO HISTÓRICO:
Este livro narra quase tudo quanto se sabe acerca da história do judeus entre 538 a.C,
quando (Esdras) Ciro, o persa conquistou a Babilônia e mais ou menos 457 a. C
quando Esdras tem ligação com Crônicas, Neemias e Ester.

41
É quase certo que o ministério de Esdras, se deu durante o reinado de
ARTAXERXES I (entre os anos 465-424 a. C., 7:1). A sua chegada em Jerusalém
deve Ter ocorrido em 457 a. C (“O sétimo ano do rei”, 7:8). Assim a carreira de
Esdras em Jerusalém; começou doze anos antes de Neemias, 445 a.C.
Obs.: O livro abrange o tempo que vai do 1º retorno, 538 a. C., até a visita de
Neemias à Jerusalém, 432 a. C.

VII – DIVISÃO DO LIVRO:


7.1. Primeira divisão:
7.1.1. O regresso sob Zorobabel, 1-6;
7.1.2. O regresso sob Esdras, 7-10;
7.1.3 Segunda divisão:
7.2.1. O decreto de Ciro, 1;
7.2.2. A lista dos que voltaram de Babilônia, 2;
7.2.3. É levantado o altar, 3;
7.2.4. Os inimigos fazem parar a construção do templo, 4;
7.2.5. As exortações de Ageu e Zacarias, 5;
7.2.6. O decreto de Dário, 6;
7.2.7. ARTAXERXES envia ESDRAS a Jerusalém, 7;
7.2.8. A lista dos que voltaram com Esdras, 8;
7.2.9. A seção e oração de Esdras, 9;
7.2.10. Os israelitas despedem suas mulheres hetéias, 10.

VIII – CRONOLOGIA DA ÉPOCA:


8.1 Período caldeus:
Líder: Data:
Nabucodosor 605-562
Heriglissar 561-556
Nabonido 555-538
8.2 Período Persa:
Ciro, o persa 538-529
Cambises 529-522
Gaumata, o Pseudo
Semerdis (usurpador) 522-486
Dario I 521-486
Xerxes I (Esposo de Ester) 486-465
Artaxerxes 464-424
Xerxes II 424-423
Dario II 423-404
Artaxerxes 401-359
Artaxerxes II 359-338

42
Dário III 338-331
333- queda do
império Persa,
sob o domínio de
Alexandre.

IX – ANÁLISE DO LIVRO:
9.1 O regresso os Israelitas sob a liderança de Zorobabel, 1:1-6:22.
- O decreto de Ciro, 1:1-3;
- Os utensílios retornam a Jerusalém, 1:4-11;
- O preparo para a construção do templo;
- O altar é levantado, 3;1-7;
- O início da construção do templo, 3:8-13 (+ ou – 536 a. C);
- A obra é interrompida pelos inimigos do templo, 4:1-24 ( + ou – 536
a.C.);
- Recomeça a construção, 5:1-6 :12 (+ ou – 52 a. C.)
- A dedicação do templo, 6:16-22;

9.2. Esdras revigora a lei de Moisés, 7:1-10:44:


Obs.: Devemos reconhecer um intervalo de + ou – 58 anos entre os capítulos 6
e7 (458 a. C.);
- A vinda de Esdras a Judá, 7:1-10 (458 a.C.);
- E a carta de Artaxerxes, 7:11-28;
- A lista dos que voltaram com Esdras, 8:11-14;
- Esdras manda buscar levitas, 8:15-20;
- O jejum, 8:21-23;
- A entrega das contribuições aos sacerdotes, 8:24-30;
- A chegada a Jerusalém, 8:31-36;
- O problema dos casamentos mistos, 9:1-15;
- Os israelitas despedem suas mulheres estrangeiras, 10:1-17;
- Relação das pessoas que despediram sua mulher estrangeiras, 10:18-44.

NEEMIAS

43
Introdução:

O livro é uma lição sobre sacrifício e tenacidade. O personagem principal é


Neemias, este deixou um cargo de grande responsabilidade perante o rei da Pérsia
em 445 a.C. a fim de reedificar os muros de Jerusalém e reunir os judeus como uma
nação, 1:1-3:32.
Sua obra despertou intensa oposição por parte de homens poderosos ao
derredor, mas Neemias venceu as ameaças de ataques.
Tomando sábias medidas de ofensivas, 4:1-23

I –Nome do livro:
O nome Neemias no hebraico (NEHEM-YAH) quer dizer “consolo do senhor,
Deus é meu deleito”. Esdras e Neemias são tratados como sendo um só pelos
escribas hebreus, não há nenhum espaço no texto Massorético, entre o fim de Esdras
10 e 0, começo de Neemias.

II. Autoria do livro:


Esdras ou Neemias.
III. Tema do livro:
A necessidade de oração e a firmeza no trabalho de Deus.
IV. Data:
Incerta escritores colocam a data até 330 a.C.
V. Momento Histórico:
Neemias foi a Jerusalém 445 a.C. Esdras estivera 1 a 13 anos. Este porém, era
sacerdote que ensinava religião ao povo. Neemias veio como governador civil, com
autoridade do rei Pérsia, para reconstruir o mesmo e restaurar Jerusalém como
cidade fortificada.
Os judeus já estavam na pátria perto de 100 anos, e pouco progresso
Fizeram, além da reedificação do templo, e até este era muito insignificante, porque
quando quiseram encerta a obra do muro, seus vizinhos, mais poderosos, os
intimavam pela força ou mediante intriga obtiveram ordem da persa, que obra
cessasse.
VI. Divisão do livro:

- A viagem de Neemias a Jerusalém 1:2;


- As portas são reparadas, 3;
- O muro é edificado. 4-6;
- A leitura do livro da lei, 7-9;
- A aliança e a dedicação do muro, 9-12;
- O fim da obra de Neemias, 13;

44
VII. Analise do livro:

7.1. Neemias é informado e liberado para ir em Jerusalém, 1:1-7


1. Noticias tristes chegavam a Neemias, 1:1-11;
1.1 Neemias chora a situação de seus irmãos, vv. 3-11;
2. Artaxerxes permite Neemias ir Jerusalém, 2:1-20;
2.1. Artaxerxes ouve Neemias. vv. 4-10;
2.2. Neemias em Jerusalém, vv. 11-20;
3. Lista dos que trabalharam nas obras do muro – um grande mutirão, 3:1-32.
3.1. O programa de trabalho.
4. O muro fica pronto apesar da oposição, 4:1-23;
5. Medidas contra a usura dos Judeus, 5:1-19;
6. Os inimigos conspiram contra Neemias, 6:1-14;
7. Terminada a construção do muro, 6:15-19;
8. Neemias defende a sua cidade, 7:1-4;
9. Relação dos que regressaram do cativeiro, 7:5-69;
10. A manutenção do culto, 7:70-73;
7.2 Neemias lidera um avivamento, 8:1-12-47:
1. O povo se ajuntou na praça para ouvir a leitura da sua lei, Num. 8:1-44;
2. Esdras abre o livro a vista do povo. vv. 5-8
3. Os efeitos da leitura na consciência do povo, vv. 9-12;
4. A festa dos tabernáculos, 8:13-18;
5. O grande arrependimento nacional e o concerto, 9:1-10:28;
6. Os compromissos do concerto, 10:28-39;
7. Os habitantes de Jerusalém, 11:1-12:26;
8. Dedicação do muro da cidade e organização da vida religiosa, 12:27-47.

7.3. A reforma de Neemias, 13;1-31;


1. Neemias voltou e encontrou muitas irregularidades, 13;

ESTER

Introdução:
O livro de Esdras e Neemias, ocultam-se somente dos fatos de Judá os de
Daniel e Ester, das ocorrências dos Persas. Ester, especialmente nos dá um retrato de
corpo inteiro destas hábitos, convenções, costumes e formas do reino dos XERXEX

45
e DARIOS. É também um retrato do patrimônio dos judeus, que não voltaram a Judá
com Zorobabel, Esdras ou Neemias. Estavam bem situados muitos deles eram
comerciantes, preferido continuar na terra do cativeiro, onde tinham vida
relativamente fácil e próspera, talvez melhor daquela que poderiam esperar em
Jerusalém, mesmo sabendo que eram estrangeiros e mal vistos de qualquer outro
povo. O livro também tem uma peculiaridade que distingue de qualquer outro livro
da Bíblia; a saber, nele o nome de Deus não é mencionado nenhuma vez, nem
tampouco na referencia à lei ou religião judaica. Apesar do nome de Deus não ser
mencionado, há abundantes sinais de que Ele estava operando e cuidando do seu
povo. Se a nação hebraica tivesse deixado de existir 500 anos antes de trazer Cristo
ao mundo, isso alteraria o destino da humanidade, sem a nação hebraica haveria o
Messias: sem o Messias o mundo se perderia. Essa formosa judia ainda não o
soubesse, contribuiu com sua parte na preparação do caminho para a vinda do
Salvador do mundo – Jesus Cristo.

I – TÍTULO DO LIVRO:

O nome do livro deriva-se da pessoa central da narrativa, chamada “ESTER”


este nome é aparentemente derivado da palavra persa indicando “ESTRELA”,
STARA.

II – AUTORIA DO LIVRO:

O livro não indica seu autor. Há sugestões de nomes como autor do livro,
JOSEFO, MORDECAI, ESDRAS E NEEMIAS.

III – DATA:

Incerta. O capítulo 10:2-3 nos leva a pensar numa data depois da morte de
Assuero ou Xuxer I, no ano de + ou – 465 a.C.
E no máximo até 330 a. C. Época quando já não havia nenhum sinal de
influência grega, na linhagem, seja na linha de pensamento de Ester.

IV – TEMA DO LIVRO:

É uma ilustração da providência triunfante de Deus soberano que liberta e


preserva Seu povo da malícia dos pagãos, que queriam tramar sua destruição.

V – PROPÓSITO DO LIVRO:

46
“É de mostrar que assim, como Deus salvou o seu povo do poder de Faraó,
Ele salvou Israel das mãos de Hamã. Sendo que no primeiro caso, o salvamento foi
efetuado por uma manifestação do Seu poder e uma revelação de Si mesmo, mas no
último caso, Deus permaneceu invisível ao Seu povo e Seu inimigos, efetuando a
salvação por intermédio de instrumentos humanos e meios naturais”. É esta ausência
do nome de Deus que constitui sua beleza principal e não uma mancha sobre Ele
mesmo. Henry disse: Se o nome de Deus não está aui, está o seu dedo”. Segundo o
Dr. Pierson, este livro “O ROMANCE DA PROVIDÊNCIA”.

VI - MOMENTO HISTÓRICO:

“O livro de Ester nos mostra a vigorosa luta do judeus, dispersos durante o


tempo do rei persa, Assuero , contra as tramas nefandas de certo primeiro ministro
chamado Hamã. Ester, por sua beleza, suplanta Vasti como rainha: Mordecai por sua
habilidade suplanta Hamã como primeiro ministro. Hamã é o exemplo de maldade;
Mordecai a essência de bondade; Assuero embora fraco e manuseável, também tinha
pontos fortes em seu caráter; Ester prima e tutelada de Mordecai, tornou-se a heroína
da história, devido a sua disposição em arriscar sua própria vida e posição, a pedido
de Mordecai em prol de seu próprio povo e em seu período de urgência e
necessidade. (V; N;O)

INTRODUÇÃO:
O livro de Jó é o primeiro dos livros do A. T. chamado poético, este livro
responde a pergunta: Por que o justo sofre, enquanto o ímpio prospera? É o livro que
nos mostra a piedade de um homem justo e nobre, e não obstante foi tirado às mais
sóbrias masmorras do sofrimento, embora ao mesmo tempo mantivesse a sua
integridade e fé em Deus, contra as insinuações de sua mulher e dos seus amigos. É
o livro que nos mostra o poder e a liberdade que as trevas têm no mundo moral de

47
Deus, É o livro de conforto para o abatido, o sofredor, o perseguido. É o livro que
nos mostra a justiça divina, que a seu tempo virá, e não tardará.

I - NOME DO LIVRO:
O significado do nome “JÓ” (YYOB em hebraico), possivelmente é derivado
duma raiz que significa” voltar ou arrepender-se, e pode significar “QUEM VOLTA
PARA DEUS”. Esta interpretação é baseada no ÁRABE ÃBA: arrepender-se ou
voltar pra trás. É importante saber em favor desta etimologia árabe, que Jó era nativo
do norte da Arábia, e assim sendo, o conteúdo desta história é mais árabe do que
hebreu.

II – AUTORIA DO LIVRO
Desconhecido. Uma velha tradição judaica atribuía o livro a Moisés; enquanto
este esteve no deserto de Midiã. Êx 2:15. Havendo possibilidade que Moisés ouviu
esta história dos descendentes deste patriarca, ou mesmo dos próprios lábios de Jó,
quando este ouvindo poderia estar vivo.
Outros atribuem a Salomão, mas parece que não seria possível uma obra tal,
nesta época.
Pensam outros que teria sido escrito por Eliú, 32:16; Esdras, Neemias ou
mesmo Mardoqueu. Nada disso nos parece natural.

III – DATA

Incerta. Há cinco pontos de vista principais mantidos pelos estudiosos da


Bíblia: 1. Na época patriarcal; 2. No reinado de Salomão; 3. No reinado de
Manassés; 4. No período de Jeremias e 5. Durante ou depois do exílio.
Destas épocas a mais possível é a do período patriarcal, porque:
a. O livro indica um tipo de organização patriarcal.
b. O chefe de família que oferece sacrifício, ao invés dum sacerdote oficial.

IV – TEMA DO LIVRO:

Este livro trata do problema teórico da dor na vida dos fiéis. Procura responder
a pergunta: Por que os justos sofrem? Esta resposta chega de forma tríplice: 1. Deus
merece nosso amor à parte das bênçãos que concede; 2. Deus pode permitir o
sofrimento como meio de purificar e fortalecer a alma em piedade; 3. Os
pensamentos e os caminhos de Deus são movidos considerações vastas demais para
mente do homem compreender, já o homem não pode ver os grandes assuntos da
vida com a mesma visão ampla do Onipotente. Mesmo assim Deus realmente sabe o
que é melhor para Sua própria glória e para nosso bem final.

48
Esta resposta é dada em contraste aos conceitos limitados dos três
“consoladores” de Jó Elifaz, Bildade e Zofar.

V – MOMENTO HISTÓRICO:

A primeira parte do livro de Jó é um contraste entre a prosperidade e a


provação. Deus permite que o justo seja provado. O livro apresenta Jó com um bom
caráter e uma família unida e próspera.
Pode-se dizer: “EIS AÍ O HOMEM FELIZ”. A esta altura Satanás chegando a
uma Assembléia celestial, disse que Jó era justo porque não era provado, Deus lhe
permite submeter Jó à provação da pobreza, depois à da enfermidade, depois à do
isolamento.
Devemos saber que por meio de maior força do mal, porém, não são maiores
que as forças divinas. As provações de nossa existência não estão fora da alçada
divina. Jó perdeu o que tinha: família, riqueza e até mesmo a saúde. Ele perdeu todo
o contexto humano possível, mas não perdeu o seu contato com Deus. E no final do
livro vemos Deus transformar o cativeiro de Jó, quando orava por seus amigos; o
Senhor acrescentou a Jó ouro tanto em dobo a tudo quanto dantes possuía, 42:10.

VI – PROPÓSITO DO LIVRO:

É de transmitir lições préticas. A primeira é que Satanás tem acesso a Deus. O


seu papel destruidor, esta enquadrado nos eternos planos de Deus, e deste círculo
não pode sair. Isso se torna visível pela leitura dos caps. 1:12 e 2:6. Podemos, pois,
descansar, que Satanás não faz o que deseja. É bem verdade que as provações
trazem muitas amarguras e sofrimentos, mas também é certo que o governo do
mundo esta nas mãos de Deus Onipotente, Senhor e Criador de todas as coisas. A
Segunda lição: não devemos pensar em Deus, Onisciente, careça de informações,
sejam de Satanás ou seja de qualquer outra força. Tudo Ele sabe e conhece, nada
escapa do seu domínio. A terceira lição: nos mostra que precisamos sempre Ter em
vista que não conhecemos o pensamento divino, nem os Seus planos para a vida de
cada um de nós. Devemos descansar nas mãos do Senhor Todo-Poderoso, sabendo
que Ele cuida dos passarinhos, e dos servos muito mais.
Armados com esta idéia, podemos vencer Satanás e os seus Anjos, e ficar
firmes na segurança, sabendo que tudo está nas mãos de Deus, daquele que tudo
pode, e que tudo governa.

49
SALMOS

INTRODUÇÃO:

O livro de Salmos é uma coleção de poesias hebraicas inspiradas, mostrando a


adoração, e descrevendo as experiências espirituais do povo judaico. É a parte mais
íntima do Antigo Testamento, dando-nos uma revelação do coração do judeu santo,
e percorrendo todas as escalas de sua experiência com Deus e a humanidade. Nos
Salmos também vemos o homem falando a Deus, descobrindo o seu coração em
oração o elogia e falando a Deus e a humanidade. Nos Salmos também vemos
falando acerca de Deus, descrevendo e exaltando-o pela manifestação de seus
atributos.

50
I – NOME DO LIVRO:

a. No texto hebraico o título do livro é TEHILLIM (Cântico de louvores);


b. Na tradução LXX, o título do livro é PSALMOI – Gr. (Cânticos para
instrumentos de cordas).
c. Enquanto o texto hebraico enfatiza o conteúdo, o grego destaca a forma.

II – AUTORIA DO LIVRO:

2.1 Não são todos os Salmos que contém os nomes dos autores;
2.2 Na LXX, os seguintes autores:
a. Filhos de Jobadabe, Sl. 71;
b. Zacarias, Sls. 138, 139;
c. Ageu, Zacarias, Sls. 146, 148;
d. Jeremias, 137;

2.3 Alguns autores são indicados nos subtítulos:


a. Davi em 73 Salmos, Ex. Sl.23;
b. Moisés em 1 Salmos, Sl. 90;
c. Asafe em 12 Salmos, Ex. Sl. 73;
d. Filhos de Coré em 10 Salmos, Ex. Sl. 84;
e. Salomão, em 2 Salmos, Ex. Sl. 72 e 127.

III – DIVISÃO DO LIVRO:

Saltério parece Ter sido dividido em cinco livros, talvez para corresponder aos
cinco livros da lei (TORÁ), ou feito por cinco grupos.
3.1. O primeiro livro 1 Salmo 1 a 41;
3.2. O segundo livro 2 Salmo 42 a 72;
3.3. O terceiro livro 3 Salmo 73 a 89;
3.4. O quarto livro 2 Salmos 90 a 106;
3.5. O quinto livro 2 Salmos 107 a 150.

IV – DATA:

4.1. Salmo 90, escrito por Moisés, chefe e legislador de Israel, é o mais antigo
pressumimente escrito por volta do ano 1.400 a. C.;
4.2. Salmo de Davi (73 a maioria se acha nos livros I e II), devem Ter surgido
entre os anos 1.020 a 975 a. C.;

51
4.3. Salmos de Asafe diretos dos serviços do côro do templo de I Davi (I Cr.
6:31-39 e II Cr. 29:30), total 12, possivelmente escrito no mesmo período dos
Salmos davídicos.
4.4. Salmos de Salomão (72 e 127) possivelmente no ano 950 a.C.;
4.5. Salmos Filhos de Coré (II) dirigentes da adoração em Israel, supõe-se que
foi escrito no exílio;
4.6. Salmo de Etã (89) cantor (Cr. 15:19) supõe-se que foi escrito antes do
exílio;
4.7. Salmos considerados anônimos (50), pensa-se que alguns destes podem
ser atribuídos ao autor do Salmo precedente.

V – PECULIARIDADE DO LIVRO:

5.1. Sobre a numeração dos capítulos:


A LXX, a VULGATA e a tradução católica seguem uma ordem diferente
do texto hebraico e da tradução evangélica.
Na LXX, os Salmos, 9, 10, 11 e 115 formam um só. Salmo 116 e 147
estão divididos em dois, o número total é o mesmo.
5.2. Sobre a numeração dos versos:
Em geral no texto hebraico o título é contado como primeiro verso,
ocasionando uma diferença no número total dos versos.
5.3. Sobre os termos técnicos:
Tipos de Salmos:
a. MASKIL – Salmo instrutivo ou didático, Ex, 44 (+- 13 Salmos);
b. MISMOR – Salmo acompanhamento por instrumento musical, Ex. (+
ou – 57);
c. SHIR – Salmo sem acompanhamento musical, só cântico, Ex. (+ ou
-27);
d. MIKTAM – Salmo de “expiação”, Ex. (+- 6);
e. TEPLLANH – Salmo de “oração”, Ex. 17 (+- 5);
f. TEPLAH – Salmo de “louvor” Ex. 145 (+ -5)
g. SHIGGAYON – Salmo de cântico irregular, Ex. (7).
A – LAM-MENSSEAH “ao mestre do canto”. Tem sido plausivelmente
sugerido que este termo foi acrescentado aqueles Salmos que formavam uma
antologia especial feita pelo líder do corpo do coro do templo para conveniência dos
cantores – ao invés de incluir o grupo inteiro de 150 Salmos no repertório normal
dos seus grupos corais. 55 dos Salmos recebem este titulo.
B – NEGINOT significa “instrumento de cordas”, ou “cânticos a serem
cantados com o acompanhamento de instrumentos de corda”.
C – NEHILLOT significa “instrumento de sopro”(cf. hill “flata”).

52
D – SHEMINIT parece ser ou “alúde de oito cordas, ou possivelmente uma
oitava (i.é) uma oitava mais baixo do que o soprano ou ALÃMOTH.
E – ALÃMOTH ou “virgens” pode significar “soprano” ou “tom alto” ( cf. I
Cr. 15:20).
F – MAHALATH quer dizer “doença / tristeza”, e, pode, portanto, sugerir um
cântico de lamentações.
G – SELÃ aparece 71 vexes nos Salmos como sinal musical ou litúrgico,
tendo as seguintes interpretações:
a. Sina de elevação, para tocar mais forte;
b. Sinal que indica a elevação da voz e das mãos e sina de oração
(talvez prostrado).

c. Sinal que indica expressão semelhante ao Amem ou Aleluia.


d. Sinal que indica uma pausa, especialmente no fim.
5.4. Sobre o uso litúrgico:
- Usado nas três principais festas, Sl 145;
- Na páscoa Sl 135;
- No dia da expiação Sl 130;
- Na festa do tabernáculo ( Salmos dos 120 – 134 degraus);
- No sábado, Sl 90-100;
- Nos eventos dos reis ( exaltando as vitorias ) Sl. 18.

VI. CLASSIFICAÇÃO DOS SALMOS: (segundo Jerome-Bíblica 1


Commenty)

6.1. Hinos de louvor:


A estrutura destes Salmos é, em geral, a seguinte:
6.1.1. introdução;
6.1.2. Motivo de louvor;
6.1.3. Conclusão.
Exemplos: Salmos 8, 19:1, 29, 33, 46-48, 65, 66:1-12, 68, 76, 77:14-21, 84,
87, 93, 95, 99, 104, 111, 113, 114, 117, 122, 134-136, 139, 145, 150.
6.2. Salmos de Lamentos:
Salmos de lamentos individuais ( representam cerca de ½ saltério).
A estrutura destes Salmos é em geral as seguintes:
a – invocação do Senhor;
b – Assunto do seu lamento;
c – Conclusão: Certeza de que o senhor ouviu.

53
Exemplos: 3, 4, 5-7, 10, 14 ( = 53 ) 17, 22, 25-28, 35, 38, 39, 40:12-18, 42,
43, 51, 52, 54, 57, 58, 59, 61, 63, 64, 69, 71, 77:2-11, 86, 88, 102, 109, 120, 140,
141, 143.

6.2.1. Salmos de lamento da comunidade, sua estrutura é semelhante ao


anterior.

Exemplo: 44, 74, 79, 80, 83, 90, 94, 123, 126, 129, 137.

Doença Sl. 6,10:2


Morte Sl. 69
Pecado Sl. 51
Individuais Injustiça Sl. 35
Abandono Sl. 88
Acusação Sl. 7, 35, 57, 69
Lamento Guerra Sl.4
Comunidade Fome
epidemia

7. Salmos Messiânicos:

7.1. Cantados na coroação do rei visto como representante do filho de


Deus, Sl. 2;
7.2. Salmos escatológicos mostram que a vitoria do Senhor Deus
acontecera, com poder e espanto, 95, 96, 98.
Temas centrais dos Salmos.
Sobre o Senhor Deus:
O senhor Deus é representado como:
- Juís Sl. 82
- Senhor Inabalável Sl. 19:14; 33:3-7; 74:13; 89:10-11.
- Deus glorioso Sl. 24
- Criador Sl. 19:1-4
- Onipresente Sl. 139
- Dominador Sl. 2, 72, 110, 47, 95, 98
- Providente Sl. 37:25; 78; 104:13-15
- Poderoso Sl. 24:8
- Salvador Sl. 136

54
- Amoroso Sl. 36:5-9; 78:38
- Perdoador Sl 79:8-10; 80:7-14

8. PASSAGENS MESSIÂNICAS:
Vão aqui declarações de salmos que o N.T. aplica explicitamente a Cristo
( ver mais sobre 2º Sm 7 e Mt. 22:22).
“Tu és meu filho: eu hoje te gerei”, Sl. 2:7; At. 13:33.
“Sob seus pés tudo lhe puseste”, Sl. 8:6; Heb. 2:6-10.
“Não deixarás minha alma na morte, nem permitirás que teu santo veja
corrupção”, Sl. 16:10; At. 2:27.
“Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançam sortes”,
Sl. 22:18; Jo. 19:24.
“Eis que estou para fazer a tua vontade, ó Deus”, Sl. 40:7; Hb. 10:7.
“Até o meu amigo intimo... que comia do meu pão, levantou contra mim o seu
calcanhar “Sl. 109:8; At. 1:20.
“Disse o senhor ao meu Senhor: Assenta-te a minha direita, ate que eu ponha
os teus inimigos por escabelo dos teus pés”, Sl. 110:1; Mt. 22:44.
“O Senhor jurou e não se arrependerá: tu és sacerdote para sempre, segundo
Melquisedec”, Sl. 110:4; Hb. 21:42.
“Bendito o que vem em nome do Senhor”, Sl. 118:26; Mt. 21;9.

9. PALAVRA DOMINANTE NOS SALMOS:


9.1. Confiança, podemos considera-la a primeira palavra do livro. É a palavra
que aparece em qualquer ocasião de alegria ou tristeza.
9.2 Louvor, esta não faltava nos lábios dos salmistas.
9.3 Benignidade e Misericórdia, palavras pronunciadas muitas vezes por Davi.
9.4 Regozijai-vos, as grandes tribulações não tinham forca tão grande que
pudesse esconder estas palavras dos lábios de Davi.
9.5 Os ímpios, esta é uma das palavras que feria os salmistas.
9.6 Os inimigos, esta palavra se refere aos inimigos pessoais de Israel e de
Deus.

10. INSTRUMENTOS MUSICAIS:

Eram instrumentos de cordas, principalmente a harpa e o saltério,


instrumentos de assopro: a flauta, a gaita, a corneta e a trombeta e instrumentos de
percussão: o pandeiro e os címbalos. Davi tinha uma orquestra de 4.000
instrumentistas, 1Cr. 23:5.

55
11.SALMOS EMPREGATÓRIOS:

São salmos nos quais o salmista expressa o desejo de punição sobre os maus,
os inimigos, os perversos, etc. Por exemplo: 59:13; 69:22-28; 35:168; 109:6-
15.
11.1. Nele o salmista retrata a época sob lei de Moisés, quando a
doutrina da retribuição por parte da comunidade era enfatizada. Comparar
com Lv. 24:19.
11.2. Num tempo quando era diminuta a revelação sobre o juízo final o
e castigo futuro, ver, Sl. 52:1-7.
11.3. As implicações não são de vingança humana, mas súplicas pela
manifestação pela justiça divina, Sl. 59:13, esperando em alguns casos a
conversão deles, Sl. 83:16; pois em geral, são vistos como inimigo de Deus,
Sl. 139:19-22; 101:6-8.
Salmos com doutrinas instantes:
São Salmos nos quais não estão suficientemente claro ao ensino
doutrinário sobre o juízo futuro, a perdição do ímpio, sobre a morte, sobre a
vida além, etc. Exemplos: Sl. 72:23-28; 143:3; 88:12; 115:17.

PROVÉRBIOS

INTRODUÇÃO:

O termo hebraico “mashal” , que se traduz pela palavra “provérbio”, vem de uma
raiz significando de comparação, similitude e é aplicado a muitos discursos,
sentenças e expressões que não poderíamos classificar como provérbios, como
geralmente se faz (“um dito enérgico”). A profecia de Balaão (Nm 23:7) é assim
chamada; da mesma forma o poema didático de Jó; também as parábolas em
Ezequiel 17:2; e 20:49. Há no livro de Provérbios, muitas passagens que são
provérbios no sentido estrito ( cf. 13:12, 14:10, 14:12, 16:2, 16:3, 17:22, 22:1).
Entretanto, há muitas que não podem ser consideradas dessa natureza. Mesmo se,
como o próprio significado hebraico faz deduzir os “provérbio” foram, a princípio,
restritos aos ditos, contendo algo de similar, logo saíram do limite de tais aplicações.
Um provérbio hebraico é simplesmente uma declaração sábia, dita de qualquer
forma. Os provérbios podem ser dividido em cinco classes:

1. PROVÉRBIOS HISTÓRICOS:

56
Nos quais um acontecimento do passado passou para o vulgo popular (cf.
“Está Saul também entre os profetas?”). Entretanto, não parece haver qualquer
exemplo desses no livro de Provérbios.

2. PROVÉRBIOS MATAFÓRICOS:
Estes são os que devemos realmente chamar de provérbios.

3. ENIGMAS:
Estes são adivinhações ou perguntas absurdas (Cp, 30)

4. PROVÉRBIOS PARABÓLICOS:
Estes são os que apresenta verdades em forma alegórica. O melhor exemplo desta
classe são que tratam da sabedoria.

5. PROVÉRBIOS DIDÁTICOS:

Que dão informações e instruções preciosas quanto à conduta especialmente os


capítulos 1-9.
O livro afirma que há um só Deus. Não há alusões ao templo, sacerdotes, anjos e
idolatria. O messias não é mencionado nem Moisés, o cativeiro ou qualquer evento
da história de Israel. O livro consta em si mesmo de sabedoria, da qual apresenta
dois diferentes significados em suas passagens: (1) religião prática, retidão
inteligente, uma qualidade humana (10-31); (2) sabedoria personificada como
soberana, sobre a vida, a ajudadora da YAHWEH, em sua criação, diretora dos
negócios dos homens (1-9). O quadro da sabedoria no capítulo 8, é semelhante ao
conceito de LOGOS , em Jo. 1:1. Esta concepção é certamente o embrião, de onde
se desenvolve essa doutrina. É uma sombra – apenas de uma grande idéia, que
somente séculos de revelação poderiam, finalmente esclarecer.
A tradição tem atribuído toda a autoria do livro de Salomão, rei de Israel. É
verdade que três partes do livro são prefaciadas com seu nome, mas duas partes são
atribuídas, uma a Agur e a outra a Lemuel. Assim o livra, em si mesma, informa que
têm três partes, diferentes autores e inclui duas partes, contendo “palavras de sábio.
No entanto, há quem diga e tente explicar o fato, dizendo que Agur e Lemuel são
outros nomes dados a Salomão, embora não tenha base para tal aplicação, quando
existe uma quantidade de evidências para a opinião de que a autoria do livro está
dividida. Tal qual acontece com os salmos, entretanto, não dependem da data que
foram escritos. O fato é que nos interessa é a verdade contida nessas passagens
inspiradas.

SUMÁRIO DO LIVRO:

57
1. Louvor de sabedoria.
O estilo é fluente e poético. Os textos mais longos predominam. (1-9).
2. Coleção de provérbios curtos atribuídos a Salomão. Predomínio de
sentidos pares em contrastes. (101 a 22:16).
3. Dois grupos ditos de sábio.
Mais um corpo de máximas, do quem estritamente de provérbios.
Prevaleceram maiores provérbios. (22:17 a 24:34).
4. Várias coleções de provérbios atribuídos a Salomão.
Prevaleceram os grupos pares comparativos. Há mais agrupamento pelo
assunto de qualquer outra parte. (25-29).
Discurso de Agur (30), mãe de Lemuel (31:1-9) e um poema acróstico sobre a
dona de casa ideal (31:10-31).

CLASSIFICAÇÃO DE PROVÉRBIOS:
É proveitoso agrupar as passagens de acordo com seus ensinamentos
sobre conduta moral.
1. Preguiça – 6:6-10; 10:4-5; 10:26; 15:12; 18:9; 19:24; 22:13.
2. A língua – 6:12-19; 14:29; 15:1; 16:32; 18:8; 18:13; 18:21; 26:L2;
26:20; 29:20.
3. Contraste entre o tolo e o sábio – 9:8; 11:14; 12:15; 13:20; 14:7-8;
14:15; 15:20; 17:10; 20:3; 26:1; 29:9.
4. Embriaguez – 20:1; 23:29-35.
5. A vida reta e o tratamento com os inimigos – 1:10-19; 31-12”; 4:18-
19, 23; 11:17; 11:30; 12:10; 13:15; 14:34; 15:16; 23:71; 24:12;
24:29; 25:21, 22; 28:13; 29:01.
6. Tratamento dos amigos e vizinhos – 3:27-29; 10:12; 17:09; 17:17;
18:19; 18:24; 21:14; 25:17; 25:19; 25:20; 26:18; 27:5;27:6; 27:14;
29:6.
7. Orgulho e Ostentação – 16:18; 25:14; 26:12; 27:1; 27:2.
8. Relação entre pais e filhos – 1:8; 4:2-4; 10:1; 13:24; 20:11; 22:06;
22:15; 30:17.
9. Êxito no trabalho: indústria – (20:4; 24:30-34); honestidade (11:1;
15:27; 20:10-14); veracidade (12:19-22); cuidado no falar (12:16;
13:3”; 16:24; 19:11) evitar contrair débitos (6:1-5; 11:15; 22:26 e
ss); uma sábia beneficência (11:
24-26; 13:7; 14:31; 19:17); boa companhia *15:22; 27:9-
10); confiança em Deus ( 3:5-6; 16:3).

58
10.Mulheres: mulher estranha (5:6-7; 9:13-189); rixosa (15:17; 17:1;
21:9-19; 25:24; 27:5; 15:16); tola e indiscreta (11:22; 12:14; 14:1);
digna (18:22; 31:10-1); que é industriosa (631:13-16, 19, 24, 27);
boa dona de casa (versos 1, 22, 25); sábia e gentil (26) caridosa (20);
religiosa (30); recompensada no êxito do esposo e filhos (23, 28-31.)

ECLESIASTES

INTRODUÇÃO:

A mensagem , do livro é que, separada de Deus, a vida se enche de


enfado e desapontamento. Ainda bem que ao Eclesiastes segue cantares de
Salomão, um é complemento do outro. Em Eclesiastes aprendemos que sem
Cristo não podemos ser felizes, mesmo que possuamos o mundo inteiro, o
qual é por demais pequeno para o coração. Nos Cantares de Salomão, o ensino
é que se renunciarmos o mundo e concentrarmos toda nossa afeição em
Cristo, não poderemos sondar a infinita preciosidade excelência do seu amor.
O objeto Cristo e demasiadamente grande para o coração.

1. TÍTULO:

A palavra : “ECLESIASTES”, significa “o pregador”, pode Ter sido


chamado assim pelo fato de Ter Salomão, depois de sua triste experiência
de desviar-se, ensinado publicamente as suas experiências e as lições
aprendidas.

2. AUTORIA DO LIVRO:

Este livro originou-se no triste afastamento de Salomão Criador. Não existe


dúvida, quanto à autoria deste livro ser de Salomão.

59
3. CONTEÚDO DO LIVRO:
1. A futilidade do prazer e da sabedoria humana, Caps. 1-2;
2. A felicidade terrestre, seus obstáculos, e meios de progresso, Caps. 3 a
5;
3. A sabedoria verdadeira e prática, 6:1 a 8:15;
4. A relação entre a verdadeira sabedoria e a vida do homem, Caps. 8:16 a
10:20.
5. Conclusão- 11:1 a 12:14.
- A fidelidade na benevolência e na vocação – 11:1-6;
- Gozar desta vida de uma maneira tranqüila e feliz – 11:7-10;
- O temor de Deus para jovens, e velhos, em vista de um juízo vindouro – 12:1-7;
- O temor de Deus e a obsevêancia de Seus mandamentos, 12;13, 14.

4. ANÁLISE DO LIVRO:

4.1. O problema, 1:1-3


Como satisfazer-se e viver feliz sem Deus?

4.2. A experiência, 1:4-12; 12.


- Ele buscou satisfazer-se com:
1. Ciência, 1:4-11, mas colheu enfadonha monotomia;
2. Sabedoria e filosofia, 1:12-18. Tufo sem nenhum proveito;
3. Prazeres, 2:1-11 em alegria, 1 – em beber, 3 – em construir, 4 – em Ter grandes
possessões, 5-7 – em riquezas e músicas, 8 – tudo em vão.
- Experimentou também:
4. Materialismo, 2:12-26, vivendo só para o presente;
5. Fatalismo, 3:1-15;
6. Deísmo; 3:14 até o fim do cap. 4, aí, tudo falho;
7. Religião (sem Deus) – 5:1-8;
8. Riquezas, 5:9 até o fim do cap. 6, sem satisfação.
- Finalmente experimentou:
9. Moralidade 7:1 a 12:12. Aqui ele respira numa atmosfera mais pura. Eleva-se um
plano superior. Mas, nem a moralidade o satisfez.

d. Conclusão:
1. Salomão surge aos nossos olhos, cada vez, como homem de ciência e de
prazer; como fatalista e materialista; como cético, epicurista e estóico, com
poucos intervalos ardentes e brilhantes, até o fim do livro. Mas no fecho da
obra, ele se desliza de todas as vaidades enganosas e se firma, aos nossos
olhos, como o mais nobre tipo humano: o arrependido e o crente.

60
2. Notar: “dever” está em grifo, isto é, “este homem íntegro”. Como que
dizendo: fazendo isto sereis o todo e não a metade de um homem, santo!

3. Somente Deus pode satisfazer.

CANTARES DE SALOMÃO

INTRODUÇÃO

Este é um dos livros mais mal entendidos da Bíblia. Não poucos são os
cristãos que lhe negam lugar no cânon sagrado.
Antes de o condenar, notemos a opinião de outros. Os judeus sempre o
tiveram em elevado apreço e o reconheciam entre os mais santos dos livros.
Comparavam “Provérbios” ao átrio exterior do Tempo, “Eclesiastes” ao lugar
santo e “Cantares” ao santo dos santos. Jonathan Edwards, de venerada
memória, escreveu: - “O livro inteiro me era agradável e lia-o em todo o
tempo, achando nele, cada vez que o lia, uma doçura sempre crescente que me
elevava na minha contemplação’. O fato é, que, os homens mais espirituais
que o mundo conheceu, encontraram gozo profundo nas suas páginas.
A causa de ele ser mal interpretado esta no fato de os críticos severos
não se lembrarem que é:
a. Poesia e não prosa. Damos aos poetas ampla licença. Esquecem-se
também que é:
b. Um poema oriental. Os orientais se comprazem em figuras de retórica que
nós, ocidentais, nos aborrecem. Aqui nada há que melindre ao mais
modesto oriental.
c. Tratando-se de uma parábola, temos que nos ater mais à questão da
interpretação do que a da inspiração.
d. É importante notar que foi cantado, anualmente, no oitavo dia da Festa da
Páscoa. Portanto, somente os que reconhecem em Jesus Cristo, seu
Cordeiro Pascal, é que podem compreendê-lo.

61
TÍTULO DO LIVRO:
O nome deste livro na Bíblia hebraica é “Cantares de Salomão”
chamado evidentemente assim, pelo fato de ser cântico o principal de todos os
cânticos de Salomão (I Rs. 4)

1. AUTOR

“SALOMÃO: , (1:1)

2. CONTEÚDO:

Neste estudo limitar-nos-emos a um breve esboço da história contida no


cântico, e dois diálogos entre Salomão e sua noiva.
“A história em que está entrelaçado este idílio parece ser esta:
O rei Salomão visita sua vinha no Monte Líbano, chega de improviso
onde está uma formosa donzela sulamita. Ela foge, mas ele vai visitá-la,
disfarçado de pastor e a persuade a casar-se com ele. Logo vem recebê-la
como rainha. Encaminham-se para o palácio real. Aqui começa o poema e
relata a história de amor” – Dr. Haas.

NOTA:

TRÊS FASES DO AMOR:

1. O primeiro pensamento da alma é “o meu amado é meu” e “eu sou


dele”, 2:16; a esta altura pensamos, principalmente, que Cristo é nosso,
e para nosso gozo.
2. Chegamos a “eu sou do meu amado, e o meu amado é meu” 6:3. O
desejo de sermos propriedade dele é nosso primeiro pensamento.
3. Por fim, chegamos a “eu sou do meu amado e Ele me tem afeição”,
7:10. Segurança perfeita.

62
ISAIAS

INTRODUÇÃO

É o mais belo e sublime de todos os escritores proféticos. Tem sido


chamado de o maior do profetas. Com exceção de 4 capítulos, do 36 ao 39,
o livro é todo profético e que poesia magnífica. O livro é exuberante em
metáforas, 2:19 e 24:20. Para um estudo em tópico da Bíblia, o livro possui
uma reserva extraordinária de material.
O livro de Isaias está dividido naturalmente em três partes: 1ª parte –
Principia com o Senhor dando a razão do julgamento e cativeiros iminentes
de Israel, porém finaliza com a sua benção e restauração. 2ª parte –
Focaliza a intervenção do Senhor, e o livramento de Israel. 3ª parte – Tem
três secções, duas terminam com palavras: “Mas os ímpios não têm paz,
diz o Senhor,” e a terceira anuncia e acaba com o Novo Testamento, isto
é, com João, o Batista, no deserto e um novo céu. Notar também, que,
intercaladas sem ameaça de julgamento, há promessas animadoras de
bênçãos e garantias de uma gloriosa restauração.

1. AUTOR:

“Isaias”. Isaías, o maior dos profetas, foi chamado de ministério


no reinado de Uzias, cap. 6. Seu nome, que significa “salvação de
Jeová” descreve bem o seu ministério e mensagem. Profetizou durante
os reinados de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias e talvez durante profeta,
porque o encontramos falando e tratando dos assuntos públicos da
nação.
A tradição nos diz que foi morto pelo ímpio Manassés sendo
serrado pelo meio do corpo.

2. ESFERA DE AÇÃO:
Os acontecimentos históricos registrados em Isaías abrangem um
período de mais ou menos 62 desde 760 até 698 a.C.

63
3. DIVISÃO DO LIVRO:

3.1 O livro de admoestações e promessas, caps. 1-6; possivelmente


pregados, na maior parte, durante os reinos de Jotão e Acaz;
3.2 O livro de Emanuel, caps. 7-12 (discursos proferidos, talvez nos reinos
de Acaz e Ezequias);
3.3 O livro das profecias contra os estrangeiros, caps. 13-23; datas
diversas;
3.4 O primeiro livro do julgamento geral, caps. 24-27; tem geral deste
trecho parece-se com Joel, em íntima relação com 13-23. Data
ignorada;
3.5 O livro de Sião (Livro de Ais), caps. 28-33; no reinado de Ezequias;
3.6 Segundo a descrição do juízo geral, caps. 34-35; data ignorada;
3.7 O livro de Ezequias, interlúdio histórico; caps 36-39;
3.8 O livro do conforto, caps. 40-66.

64
JEREMIAS

INTRODUÇÃO
“Este livro, depois dos Salmos, impõe-se até hoje, como um dos mais
espirituais ao A.T.
Na leitura deste livro, algumas palavras são freqüentes: “deixai”,
“deixade”, 24 vezes; “apostasia”, “apostando”, 13 vezes; estas últimas, só
se encontram em Jeremias, salvo uma vez em Provérbios e três vezes em
Oséias – “voltai”, 47 vezes, por isso, Jeremias é um livro cheio de
mensagens para os apóstatas. Judá deixara o Senhor – Jeremias advertiu-o
quanto ao juízo iminente, e incitou para que voltassem ao Senhor
endireitassem suas veredas, pois o Senhor ainda os amava eternamente.

MENSAGEM DO LIVRO DE JEREMIAS:

“A certeza do juízo de Deus em face do pecado, todavia benignidade e


o caráter do amor de Deus”.

1. TEMA:

Isaías e Jeremias ambos levaram mensagem de condenação ao Israel


apóstata. Enquanto que o tom de Isaías é vigoroso e severo, de Jeremias
é moderado e suave. O primeiro leva uma expressão de seu pesar por
causa dele. Ao repreender Israel, Isaías imergiu sua pena no fogo e
Jeremias a sua nas lágrimas. O que abaixou se segue servirá como tema
de seu livro: “O amor imutável de Jeová com seu povo apóstata”.

2. AUTOR:

Jeremias. Era filho de Hilquias, um sacerdote de Anatote em terra


de Benjamin. Foi ao ministério quando era jovem ainda, (1:6) no
ano décimo-terceiro do rei Josias, mais ou menos setenta anos
depois da morte de Isaías. Mais tarde, provavelmente por causa
da perseguição dos seus patrícios e de duas própria família
(11:212, 12:26). Deixou Anatote e foi para Jerusalém em outras
cidades de Judá, exerceu seu ministério sem embarações, mas
durante os reinados de Jeoiaquim e Zedequias, sofreu

65
perseguições severas. No reinada de Jeoiaquim foi aprisionado
por audácia em profetizar a deslocação de Jerusalém. Durante o
reinado de Zedequias foi preso como desertor, e permaneceu na
prisão até a tomada da cidade época em que foi posto em
liberdade por Nabucodonozor que lhe permitiu voltar a
Jerusalém. Quando do seu regresso, procurou dissuadir o povo de
voltar par o Egito para escapar do que acreditavam ser um perigo
eminente. Recusaram seus apelos e emigraram para o Egito
levando consigo Jeremais. No Egito continuou os seus esforços
para levar o povo de volta ao Senhor. A tradição antiga conta
que, encolerizados por suas contínuas admoestações, os judeus
mataram no Egito.

3. ESFERA DE AÇÃO:

Desde o ano 13 de Josias até a primeira parte do cativeiro de Babilônia,


cobrindo um período de mais ou menos 40 anos.

4. ANÁLISE DO LIVRO:

O livro é uma entrosagem de história, biografia e profecia. Não está


escrito em ordem cronológica.

5.1. Jeremias, sua chamada e comissão (caps. 1)


- Introdução, 1-3
- Chamada , 4-8
- Unção, 9-10
- Encorajamento, 11-19

5.2. Ministério
5.2.1. Em Judá antes da queda de Jerusalém (Caps. 2-38)
- Tomando a fórmula profética usual “veio a Palavra do Senhor”, como guia,
parece que neste livro, temos 51 profecia distintas.
5.2.2. Queda de Jerusalém (Cap. 39)
- Alguns detalhes da queda.
5.2.3. Aos remanescentes no país e cativeiro (Cap. 40-52)
- História e profecia em conjunto.
5.2.4. No Egito (Cap. 43-51)
- Aos judeus, 43, 45
- As nações gentias, 46-51
5.3. Retrospecto

66
5.4. Cativeiro de Judá (cap.52)
- Livro começa com a predição do juízo, e termina com o seu cumprimento.

LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS

67
INTRODUÇÃO:
O livro e lamentações é um apêndice de Jeremias, registrando a tristeza
aguda e dolorosa do profeta pelas misérias e desolações de Jerusalém,
resultantes de seu sítio e destruição a dor e lamentação exprimidas na profecia
de Jeremias encontram aqui o seu auge, o rio de lágrimas que correu ali, chega
a transbordar neste livro.

1. OBJETIVO PRINCIPAL DO LIVRO:


O objetivo principal do livro era ensinar os judeus que reconhecessem a
mão castigadora de Deus em suas calamidades e que se voltassem a Ele
com arrependimento sincero.

3. TEMA:

O tema de lamentações podem ser resumido da seguinte maneira: As


desolações de Jerusalém e o resultado de seus pecados; e o castigo de
Deus, fiel, que visava conduzi-los ao arrependimento.

4. AUTOR:
O livro foi escrito por Jeremias após o 3º sítio e queda de
Jerusalém. Na versão septuaginta, o livro traz um prefácio com estas
palavras: “ E aconteceu que depois que Israel foi levado cativo e
Jerusalém ficou desilada, Jeremias assentou-se chorando e lamentando
com esta lamentações sobre Jerusalém...”

5. ANÁLISE DO LIVRO:
Há cinco poemas conforma indicam os capítulos. Em cada
poema, exceto no último, há referências às condições miseráveis
da cidade, seguidas de justificação de Deus quanto ao tratamento
drástico aplicado ao seu povo e um referência aos viandantes.
Cada poema termina com uma oração ao Senhor, com exceção
feita ao quarto que é beneficiado pelo último, pois esse todo é
uma oração. A pérola do livro se encontra em 3:22 e 23.

EZEQUIEL

INTRODUÇÃO:

68
Cada um dos três grandes profetas enfatizou uma pessoa da Santíssima Trindade.
Ezequiel é o profeta do Espírito; como Isaías é do Filho e Jeremias é do Pai. O
ministério do Espírito é muito notável neste livro, há pelo menos, 25 referências ao
Espírito. O nome EZEQUIEL significa “a quem Deus fortalece”, e o agente neste
fortalecer foi o Espírito Santo.
Existe no livro de Ezequiel, algumas verdades notáveis, tais como:
a. Ezequiel fala de Israel no Egito mais que qualquer
outro profeta. Somente neste livro, (20:1-9), são informados da idolatria de Israel no
Egito e do pensamento de Deus em destruí-lo naquele país, por esta razão.
b. Somente em Ezequiel nos revela a história de Satanás,
(28:11-29), lemos aqui um vislumbre da história do nosso grande adversário.
c. Ainda, somente neste livro, temos a história, em muito
detalhe, do templo a ser edificado, (cap. 4-42) e do novo rio, ( Cap. 47).

1. TEMA:
O afastamento da glória de Deus de Israel, em vista do juízo vindouro;
e a volta da sua glória em vista da restauração futura.

2. AUTOR:
Ezequiel, como Jeremias, era no mesmo tempo sacerdote e profeta. Foi
levado cativo juntamente com o rei Jeoiaquim, por Nabucodonozor,
cerca de dez anos antes da destruição de Jerusalém. Seu lar foi em
Telabib em Babilônia. Ali ministrou aos desterrados os quais, em sua
maioria, resistiam às suas palavras aderindo `a esperança falsa de um
regresso rápido. O tradição informa que foi morto por desterrados que
ele repreendera por causa da sua idolatria.

3. ESFERA DA AÇÃO

Os acontecimentos históricos registrados neste livro abrangem um


período de cerca de 21 anos desde o ano 595 ate 574 a.C.

4. ANALISE DO LIVRO:

4.1. Este é um livro do qual muitos se desinteressam de o ler.


A razão reside no fato do que não compreendem sua chave, sua estrutura, e
não alcançam sua mensagem.
4.2. Sua frase chave é : “A glória do Senhor” que ocorre 14 vezes nos
primeiros 11 capítulos. No V.T., “a glória do Senhor” significa a luz
visível que brilhava entre os querubins no lugar do Santo dos Santos, no

69
Tabernáculo e no templo e que proclamava a presença de Deus. Antes
da destruição do Templo, Ezequiel viu, em visão a “Glória do Senhor”
deixando o Templo. Há, em 9:3, uma descrição breve, deste fato, do
qual tem mais particularidade no cap. 10. Enquanto olhava, viu acima
dos querubins a semelhança do trono de Deus com rodas, e portanto,
uma espécie de carro real, 10:1. Daí a “Glória do Senhor” dirigiu-se
para entrada da casa, 10:4 e daí, do Templo para o meio da cidade e em
seguida para o monte que está ao Oriente, 10:18,19,e daí, do Templo
para o meio da cidade do Senhor, 11:22 e 23 assim aos poucos, com
pesar porém majestosamente, a “Glória do Senhor” deixou o santuário e
a cidade. Mas, a glória, certamente, voltara, cap. 43. O ministério de
Ezequiel principiou com uma visão de Deus e termina com uma visão
de Deus entre o seu povo. Bendito final. Sua mensagem é a severidade
de Deus ao seu povo desviado e impenitente e sua bondade para
penitente.
5. DIVISÕES DO LIVRO :

4.1. Preparação e chamada do profeta (cap. 1-3)


- Aparecimento da glória do Senhor.

4.2. Profecia da destruição de Jerusalém


- Desaparecimento da glória do Senhor. ( cap. 4:24).
- Razões para o desaparecimento da glória de Deus. Ele a Israel principia a
seu ministério.
4.3. Profecia contra 7 Nações
- A Glória de Deus e as nações circunvizinhas (cap. 25-32)
- A Glória de Deus agindo em defesa do seu povo.

4.4. Profecias gloriosa em relação ao futuro de Israel:


- A volta da glória do Senhor (cap. 33-48)

DANIEL

INTRODUÇÃO:

O livro de Daniel é, na sua maior parte, uma história profética dos poderes gentílicos
mundiais desde o período de Nabucodonozor até a vinda de Cristo. Os profetas em

70
geral salientam o poder e a soberania de Deus com relação a Israel, e O revelam
como quem determinam os destinos de seu povo escolhido através dos séculos até a
sua restauração final. Daniel, por outra parte, desta a soberania de Deus com relação
aos impérios gentílicos do mundo, e revela Deus como Aquele que domina e
governa os negócios desses, até o tempo de sua destruição, na ocasião da vinda de
seu filho. “A visão é a de um Deus que governa, por meio de sabedoria e poder, de
reis que desaparecem, de dinastias e impérios que surgem e caem enquanto Deus
entronizado no céu, governa seus movimentos”.

1. TEMA DO LIVRO:
Deus revelado como o que domina a elevação e a queda dos reinos deste
mundo até a sua destruição final e que estabelece seu próprio reino. Por causa de
suas muitas visões, o livro de Daniel tem sido chamado “O Apocalipse do V.T.”.

2. AUTOR:
Daniel. Daniel era da Tribo de Judá e provavelmente membro da família real
(1:3-6). Quando ainda muito jovem, foi levado cativo à Babilônia no 3º ano do
rei Jeoaquim (II Cr. 36:4-7), e oito anos antes de Ezequiel. Juntamente com
outros três jovens foi colocado na corte de Nabucodonozor a fim de obter uma
preocupação especial na educação dos caldeus. Ali chegou a um dos postos
mais elevados do reino, posição que reteve durante o governo persa, que se
seguiu ao babilônico, profetizou durante todo o cativeiro, sendo proferida a
sua última profecia durante o reinado de Ciro, dois anos antes da nação à
Palestina. Por causa da sua vida imaculada em meio da corrupção de uma
corte oriental, é um daqueles mencionados por Ezequiel como exemplos
notáveis de piedade. O mesmo profeta dá testemunha de sua sabedoria (Ez.
28:3).

3. ESFERA DE AÇÃO:

Desde Nabucodonozor até Ciro, abrangendo um período de cera de 73


anos até 534 a. C.

4. DIVISÕES DO LIVRO:
1. História de Daniel: (Caps. 1-6)
1.1. A juventude e educação de Daniel (cap. 1)
1.2. O sonho de Nabucodonozor (cap. 2)
1.3. A fidelidade dos companheiros de Daniel (cap.3)
1.4. Os três sonhos de Nabucodonozor são relatados na forma de um decreto
para todos dos povos da terra (cap.4)

71
1.5. O banquete de Belsasar (539a.C.) (cap.5);
1.6. Daniel na cova dos leões (cap.6).

2. Visões de Daniel: (Caps. 7-12)


2.1. A visão dos quatro animais ( primeiro ano de Belsasar) (cap.7);
2.2. A visão do cordeiro e do bode ( em Susã, no terceiro ano de Belsasar).
(cap.8);
2.3. A oração de Daniel (primeiro ano de Dario, o medo) 539 a.C. (cap.9);
2.4. A última visão de Daniel (à margem do Tigre, no terceiro ano de Ciro),
o futuro de Israel, (caps. 10-12).

OBS. Estes cinco profetas estudados até agora, são chamados “OS
PROFETAS MAIORES”; passaremos, portanto, a estudar agora: “OS
PROFETAS MENORES”.

LIVROS PROFÉTICOS MENORES

São 12 livros, os proféticos menores. Estes livros são chamados


“menores”, não com relação à sua importância, mas com relação ao seu
tamanho, e a esse respeito estão em contraste com os escritos dos profetas
maiores.

OSÉIAS

72
INTRODUÇÃO
O livro de Oséias é o primeiro dos livros proféticos menores. A
mensagem de Oséias foi, particularmente, dirigida a Israel, (às 10 tribos). O
nome de Efraim aparece, neste livro, mais de 35 vezes e o nome de Israel com
igual freqüência. Enquanto que a Judéia é mencionada só 14 vezes, e
Jerusalém, não é mencionada uma vez sequer.
Os escritos de Oséias são mais poéticos do que a maioria dos profetas;
são ricos em notáveis metáforas.
O atributo divino mais usado por Oséias, é: “Senhor”. O aspecto do
caráter de Deus, sobre o qual, Oséias medita mais carinhosamente, é aquele
que simboliza o esposo e a esposa. (Israel é a Noiva de Jeová enquanto que, a
Igreja é a noiva do Cordeiro).

1. TEMA:
É o seguinte tema de Oséias: Israel, a esposa infiel abandonado seu esposo
( Jeová) compassivo, que a acolhe novamente.

2. AUTOR:
Oséias era um profeta do reino do Norte (as dez tribos). Profetizou no
mesmo tempo que Amós , Isaias e Miquéias em Judá. Seu ministério, de cera
de 60 anos, é o mais longo de todos os profetas.

3. ESFERA DE AÇÃO:
Os acontecimentos históricos a que se refere o livro de Oséias cobrem um
período d mais ou menos 60 anos desde 785 a.C. até o tempo do cativeiro das
dez tribos.
1. INFIDELIDADE DE Israel, ILUSTRADA PELAS AMARGAS
EXPERIÊNCIAS DO PROFETA (Caps. 1-3);
2. SELEÇÕES DAS PROFECIAS DE OSÉIAS: (4-14)
2.1. Decadência moral, 4:1-7; 7;
2.2. Decadência política, 7:8-10; 15;
2.3. Compaixão de Deus Pai. 11:1-11;
2.4. Apelo final em vão. Condenação inevitável, 11:12-13; 16;
2.5. Restauração final, seguida de verdadeiro arrependimento; 14.

JOEL

73
INTRODUÇÃO:
Destacadas autoridades literárias são unanimes em afirmar que, quanto
ao seu estilo, este pequeno livro é uma verdadeiro gema literária. “Seu estilo,
é evidentemente, puro e se caracteriza pela suavidade, fluência, força e
ternura”.
Três cousas o tornam, por demais, notável: a. Contém a maior
descrição, conhecida em toda a literatura, de uma devastação por gafanhotos ;
b. É o livro que, em primeiro lugar, nos prediz o derramamento do “Espírito
sobre toda a carne”, 2:28 e 29; c. Suas profecias se notabilizam pelo seu
escopo, e se estendem, desde aqueles dias, até o final dos tempos.
A missão de Joel foi a de mostrar que a condição tristíssima da vida
espiritual da nação foi a cauda de lhe ser enviado a praga, e, exortar ao
arrependimento toda a nação como passo essencial para voltar-se a Deus.

1. TEMA:
O dia do Senhor visto como imediato na invasão dos gafanhotos, como
iminente (na vinda da invasão Assíria), e como futuro ( na invasão final).

2. MENSAGEM:
Joel tem sido chamado o “profeta do avivamento religioso”. Ele
compreendeu que o arrependimento sincero é a base de todo o avivamento
verdadeiro; e era para isto que ele se esforçava. Este é o livro do
arrependimento. Ao coração rasgado segue-se o véu e o céu rasgados, isto é:
acesso a Deus e as bênçãos do Pentecostes seguem ao ver o arrependimento.

3. CHAVE:
Para se compreender o livro, a chave é a frase: “O dia do Senhor”, 1:15-21,
11; 31 e 3:14.
“O dia do Senhor” começará com o arrependimento da igreja. É o dia em o
qual o Senhor julgará e intervirá, mais uma vez, diretamente no curso político
deste mundo, e reinará por mil anos.

4. AUTOR:
Pouco se sabe acerca de Joel. Acredita-se que profetizou durante o
tempo de Joás, rei de Judá, II Rs. 12.

AMÓS

INTRODUÇÃO

74
Israel estava no auge da prosperidade, mas em descarada idolatria e
exalando o mau cheiro e sua podridão moral; era uma terra de falsos
juramentos, furtos, injustiças, opressões, roubalheiras, adultérios e homicídios.
Fazia uns 200 anos que as dez tribos se haviam separado do reino de
Davi (931 a.C.) e estabeleceu o reino independente do Norte, tendo como
religião o culto do bezerro, II Rs. 12:25-33. Durante parte desse tempo o
culto de Baal também fora adotado, e muitas das abomináveis da idolatria
cananita ainda predominava. Entrementes, Deus enviara Elias, depois
Elizeu e mais ainda Jonas. Mas sem nenhum efeito sobre o povo. Israel,
empedernido na idolatria e perversidade, descambava agora, veloz para a
ruína. Foi então que Deus enviou Amós e Oséias, num derradeiro esforço
por frear a nação na sua arremetida para a morte.

1. TEMA:
O tema de Amós pode expor-se da seguinte maneira: A exposição dos
pecados de um povo privilegiado, cujo privilégios lhes trouxeram
grande responsabilidade e cujas faltas sob essa responsabilidade lhes
acarretaram um castigo de acordo com a luz que tinha recebido.

2. MENSAGEM:
O peso de Amós era concernente ao castigo. Possuía uma mensagem
rigorosa para aquela época de luxo e indulgência. Era o profeta da ira e
dos ais. O livro mostra que o pecado da nação resulta no julgamento da
nação. O pecado individual será julgado no Trono Branco, ao passo
que, as nações serão julgadas, a seu tempo, neste mundo. A história dos
povos e da civilização, confirma isto.

3. AUTOR:
Amós era natural de Tecoa, situada cerca de seis milhas ao Sul de
Belém, habitada na sua maioria por pastores e cuja classe Amós
pertencia, sendo também um dos que recolhia figos silvestres.
Amós foi contemporâneo de Oséias e Jonas. Embora natural de
Judéia, profetizou contra Israel.

4. ESBOÇO DO LIVRO:
4.1. Uma séria de profecias contra as nações, culminando na sua
condenação (caps. 1-2);
4.2. Três discurso sobre Israel e sua iniquidade, cada um introduzido por
“Ouvi esta palavra” (caps. 3-6);
4.3. Cinco visões concernentes a Israel (7:1-9:10).

75
CONCLUSÃO:
Promessas de restauração, 9:11-15.

OBADIAS

INTRODUÇÃO:
Este é o menor livro do V.T.; é um brilhante precioso da profecia.
Forma um manifesto severo contra os ferozes Idumeus, inimigos perpétuos
de Israel. Mostra o caráter, a condenação e a queda de Edom.
Nada se sabe, absolutamente, quanto ao autor deste livro vários Obadias
são mencionados no V.T. , mas, nada há que indique a ser um deles o autor
deste livro. É difícil positivar quando foi escrito o livro, no entanto os
versos 10-14, provam, claramente, que o livro foi escrito depois da queda
de Jerusalém. II Cr. 36:17-21.

MENSAGEM:
Este pequenino livro tem um dupla mensagem: um aviso contra o
barulho pecaminoso e o desfio do ímpio, v.3, e ainda contra o odiar e
maltratar os judeus, cuja causa Deus defenderá, e cuja inimigos Ele
destruirá.

3. ESBOÇO DO LIVRO:
1. A destruição de EDOM é inevitável, vv. 1-9, 15b.
1.1. YAHWEH anuncia, por seu embaixador, a união de EDOM, devido ao
seu barulho e ganância, 1-4;
1.2. Os aliados de EDOM serão os motivos imediatos de sua ruína, 5-7;
1.3. YAHWEH continuará a matança, até que a destruição seja total 8-9;
15b.
2. RAZÕES PARA A DESTRUIÇÃO, 10-14
2.1. Indiferença pelas tribulações de Jacó, 19-11;
2.2. Alegria pelas calamidades de Judá, 12;
2.3. Avivamento empenhados em pelhagens e tráficos escravagistas, 13-14.
3. O DIA DE YAHWER ESTÁ PRÓXIMO, 15 a, 16-21.
3.1. A destruição de todos os inimigos do povo de Deus, juntamente com
Edom, 15 a, 16;
3.2. Israel perseguirá as suas antigas fronteiras e Deus reinará na seu reino,
17-21.

76
JONAS

INTRODUÇÃO:
Este livro é um campo de trabalho ao criticismo destruidor do
modernismo. É considerado, por muitos, uma simples alegoria sem fundo
histórico algum; porém, II Rs. 14:25 prova que Jonas era um personagem
histórico. Ainda o caráter histórico deste homem é confirmado pelo Senhor
Jesus em Mt. 12:39-41. Portanto não hesitamos em afirmar que, temos aqui
um fato e não ficção; uma história e não fábula.

1. TEMA:
O tema do livro do V.T. pode ser resumido da seguinte maneira: O
amor de Deus para com os gentios revela-se ao enviar-lhe um profeta que
os chama ao arrependimento.

2. O PROFETA:
Jonas era natural de Gate-hefer perto de Nazaré, mentiram os fariseus
ao dizerem que “da Galiléia nenhum profeta surgiu”, Jo. 7:52. Naum e
Malaquias, também eram da Galiléia. Jonas iniciou sua carreira profética
quando Eliseu terminava a sua. Algumas autoridades antigas dos judeus
eram de opinião de que Jonas era filho da viúva de Zrefate que Elias
ressuscitará.

3. ESBOÇO DO LIVRO:
1. A chamada de Jonas e sua inútil tentativa de fugir da presença do dever,
cap.1;
2. O Salmo da Libertação, seguido, do ato que jogou Jonas à praia, cap.2;
3. O sucerro fenomenal da pregação de Jonas, cap.3;
4. Deus repreende a Jonas, por sua rebelião, cap.4.

4. LIÇÕES:

Mostra quão inúteis são os esforços humanos para impedir os divinos


propósitos da Graça.
A lição principal é a declaração em Rm. 3:29, e designava-se a ensinar o
povo de Deus que Ele era Deus dos gentios como era do judeu e que tinha
propósito de graça e amor, tanto para gentios como para judeus. No entanto,
Israel nunca aprendeu esta lição mesmo apesar do ensino eloqüente deste
livro.

77
5. TIPO:
Em Mt. 12:38-42; Jesus declara que Jonas era tipo de sua morte e
ressurreição e o povo de Nínive um exemplo de arrependimento sincero.
Jonas é tipo, não só do Senhor como de Israel. O Dr. Rullinger
sugestivamente, o tem apontado dizendo: “Jonas é o embaixador de Deus
enviado a pregar o arrependimento aos gentios. Assim foi Israel. Opondo-se à
benção aos gentios Jonas foge da desagradável tarefa. Alcançada por uma
tempestade, divinamente enviada é lançado ao mar. Assim, é com Israel, que
foi lançado ao mar das nações; mas, com Jonas, não está perdida, viste que,
mais tarde, será atirada à terra, e será, então o embaixador de Jeová e o
transmissor da benção aos gentios.

MIQUÉIAS

INTRODUÇÃO:
Miquéias profetizou, mais ou menos na mesma época de Isaias com o
qual provavelmente teve contato, havendo semelhanças notáveis nas suas
profecias (como por exemplo, Is 2:1-4, com Mq. 4:1-5). 17 ou 18 anos antes
que Miquéias iniciasse seu ministério. Embora fosse um camponês, seu
ministério foi dedicado às cidades.
Seu nome “quem é como Jeová” reflete seu caráter. Para ele, Deus era
tudo. Tinha em alto conceito a Santidade, a Justiça, a Compaixão de Deus.
Termina seu livro exclamando “Quem ó Deus, é semelhante a ti?...”, 7:18
compreende muito bem o que dizia .
Julgar pelos seus escritos , era um homem de poder notável, calmo, juízo
são, coração terno, todavia fiel e contudo reconhecia ser Deus a fonte, 3:8.

4. ANÁLISE
Alguns sustentam que o livro contém três discursos, começando com a
palavra “ouvi”. Este ponto de vista é prejudicado visto que, essa palavra
aparece cinco vezes. A exemplo de Isaías temos duas divisões distintas.
Denunciadora, caps. 1-3, Consoladora, caps. 4-7. Tem uma semelhança
notável com Isaías e tem sido julgada por alguns como sendo um sumário
das predições de Isaías “Isaías abreviado”, mas naturalmente é um livro
distinto. Divide-se em duas subdivisões
1ª. DENUNCIATÓRIA, caps. 1-3.
2ª. CONSOLADORA, caps. 4-7.

78
NAUM

INTRODUÇÃO
Naum é um livro poema, vivido, pintado, concernentes à grandeza
poder e justiça de Deus, e sobre o conflito entre Jeová e o cruel império
desafiador de Nínive. Um grande estudioso dos profetas, escravo:
“Nenhum dos profetas menores parece igualar-se a Naum em ousadia,
ardor e sublimidade. Sua profecia é um poema perfeito, o prefácio não é
simplesmente magnífico, é, verdadeiramente majestoso. A preparação para
destruição de Nínive e a descrição de sua queda e desolação, se expressa,
vivamente, nas cores mais fortes, são ousadas, luminosas no mais alto
grau”.

1. TEMA:
O livro de Naum tem um único tema saliente “a destruição de Nínive”.

2. ASSUNTO:
Este livro focaliza apenas um tema como já dissemos: “destruição de
Nínive”. Foi escrito 150 anos após o missão de Jonas. O avivamento,
ou antes o arrependimento ocasionado pela pregação de Jonas, sincero
que fosse, não foi duradouro, dando lugar a uma completa e deliberada
apostasia contra Deus, não era simplesmente desviados, mas bem
piores, eram apóstatas deliberados, rejeitando e desafiando a Deus que
tinha aceito e adorado, II Rs. 1: 25, 30, 35 e 19: 10-13. O Senhor
aceitou e desafiou o orgulho da Assíria, II Rs. 19:22-23 e Naum foi
escolhido para recordar a profecia pela violência e opressão cruel, mas
sentenciada a perecer duma maneira toda especial e violenta. Toda esta
profecia se cumpriu 86 anos depois. O livro de Naum é um grande
“Duma Vez”.

3. MENSAGEM:
A sentença e o fim horrível dos apóstata.

4. AUTOR:
Praticamente não se sabe nada a respeito de Naum. Era nativo de El-
Kosh, uma aldeia que alguns crêem Ter sido situada na Galiléia. Ele
profetizou durante o reinado de Ezequias e foi testemunha do sítio de
Jerusalém por Senaqueribe, acontecimentos que pode Ter sido a ocasião
de sua profecia.

79
5. ESBOÇO DO LIVRO
1. A natureza do Deus de Israel assegura a destruição de Nínive, 1:2-15.
1.1. YAHWEH e sua natureza pessoal, 1:2-3a.
1.2. Sua relação com o mundo material, 1:3b-6;
1.3. Sua relação com os homens, 1:7;
1.4. Conseqüência da destruição da Assíria, para a opressão do seu povo,
1:9-15.
2. Vívida descrição do cerco e captura de Nínive, Caps. 2.
3. Causas da destruição de Nínive, cap.3.
3.1. Guerra constante e violência, 3:1-7.
3.2. Nínive não é melhor do que Tebas, que foi levada em cativeiro. Do
mesmo modo, também esta cidade sofrerá, porque as suas fortalezas
são fracas, seu povo é como as mulheres e os seus fiéis estão
adormecidos, 3:8-11.

HABACUQUE

INTRODUÇÃO
Este livro é notável pelo fato de que quase dois terços dele constituem
diálogos entre o profeta e Deus.
O profeta está rodeado por todos os lados pela injustiça triunfante e não
castigada. A princípio seu clamor era de julgamento, aparentemente não é
ouvido por Deus. Quando finalmente é respondida a sua oração e pronunciado
o julgamento, ele fica ainda mais surpreendido, por que os agentes do
julgamento de Deus, os Caldeus, são mais mais ímpios e mais dignos de
castigos do que suas vítimas. Leva à sua inquietação a Deus que logo a
dissipa, e apresenta uma solução dos seus problemas resumida na declaração
que é o coração do livro: “O justo pela fé viverá”, 2:4.

1. TEMA
Resumiremos o tema de Habacuque da seguinte maneira: “O conflito é o
triunfo final da fé”.

2. AUTOR:
Praticamente nada se sabe de Habacuque, a não ser que se pode deduzir de
tradições contraditórias, Hb. 3:1, 19, conclui-se que era levita e participava da
música no templo. Como Naum predisse a destruição da nação Assíria e
Ovadias a de Edom, assim Habacuque profetizou a queda do Império Caldeu.

80
Sendo que ele fala do poder crescente da última nação mencionada, e da
eminência de sua invasão por Judá, conclui-se que Habacuque profetizou
durante os reinados de Jeoacaz e Jeoiaquim.

3. O AVÔ DA REFORMA:
Este profeta foi um autêntico avô da Reforma. A grande doutrina da
justificação pela fé, Paulo aprendeu com Habacuque e Martinho Lutero
aprendeu com Paulo.
Pode-se concluir que este livro foi um dos prediletos de Paulo, porque ele
cita 1:5 na sua advertência aos judeus incrédulos, em Antioquia, (At.
13:41) e quanto a célebre declaração de 2:4, Paulo a cita 3 vezes, Rm. 17;
3:11 3 Hb. 10:38.

4. MENSAGEM CENTRAL
A constância de Deis consigo mesmo à vista do mal permitido.

5. ESBOÇO DO LIVRO
5.1. Castigo de Judá, Cap.1.
5.2. O castigo dos Caldeus, cap.2.
5.3. A oração do profeta (visão) (Cap.3) título (v.1).

SOFONIAS

INTRODUÇÃO:
A repetição freqüente da frase “O dia do Senhor’ sugere imediatamente
que Sofonias tinha uma mensagem de julgamento. Mas, como sucedeu com
quase todos os demais profetas, tem também uma mensagem de restauração.
Um expositor moderno disse que é perfeitamente evidente que este
último capítulo (cap.3) não foi escrito por Sofonias, porque o contraste é
muito grande entre o quadro do juízo terrível, devastador, irrevogável e o de
restauração. Ninguém pode imaginar, declara ele, que o mesmo homem
escrevesse ambas. Tudo isso é resultado da cegueira do expositor. O último
quadro é o de Jeová entronizado, o quadro de uma nova ordem: cânticos em
voz de tristeza, serviço em vez de egoísmo, e solidariedade em lugar de
disposição.
Esta é a intenção do juízo... O próprio contraste mostra a unidade da
autoria do livro.

81
1. TEMA:
Pode-se resumir da seguinte maneira: A noite do Juízo sobre Israel e sobre
as nações, seguida pela manhã da restauração do primeiro e da conversão
das últimas.

2. PALAVRA-CHAVE:
“Zelo”.

3. VERSOS-CHAVE:
1:18 e 3:8.

4. MENSAGEM CENTRAL:
“Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso”.

5. AUTOR:
Muito pouco se sabe de Sofonias, o autor deste livro. Através de 1:1
aprendemos que, provavelmente, era um príncipe da casa real de Judá, sendo
um dos descendentes de Ezequias. Acredita-se que tenha profetizado ainda
moço. Seu nome, que significa: “Escondido em Jeová”, talvez tivesse influído
quando escreveu, 2:3.
Ele profetizou durante o reinado de Josias, rei de Judá. No período entre
a cessação das profecias de Isaías, Miquéias e Naum nos dia de Sofonias e
Jeremias, houve um período de 50 anos, durante o qual reinou o ímpio
Manassés. Durante esse tempo o espírito profético estava adormecido.
Reviveu durante o reinado de Josias, quando o monarca começou a sua grande
reforma, na qual Sofonias provavelmente desempenhou uma parte importante.

6. ESBOÇO DO LIVRO:
Título 1:1. Texto da mensagem divina (1:2-6). O dia YAHWEH significa
destruição de tudo, especialmente da idolatria de Judá.
1. Judá será punido severamente, 1:7 - 2:3.
2. Os pagãos também serão punidos, 2:4-15.
3. Ainda que realmente todos merecem a destruição, um remanesceu de
Judá e dos gentios será salvo, 3:1-20.

AGEU

INTRODUÇÃO

82
Dezesseis anos haviam decorridos após a volta do cativeiro. Esdras,
cap.3, declara que a primeira idéia do povo foi reconstruir o Altar e o Templo,
porém, surgiram dificuldades. Finalmente as intrigas políticas paralisaram o
trabalho, zelo e entusiasmo do povo enfureceu em face destas dificuldades,
que mesmo depois de apaziguadas o povo não voltou ao trabalho. Surgiu logo
depois, um tempo de aflição a colheita falhou, houve seca, aflições e tristeza,
1:6, 9, 10, 11. Ageu foi enviado a interpretar-lhes as calamidades e incentivá-
los a deixar sua indolência e desânimos pecaminosos. O resultado foi bom.
Em vinte e quatro dias, o povo reivindicou um obra. Então, outras mensagens
animadoras e de conforto foram entregues.

1. TEMA:
O resultado de relaxamento na obra de terminar o templo trouxe o
desagrado divino e castigo; o resultado da terminação do templo traria a
benção divina e a promessa de glória futura.

2. FRASE-CHAVE:
“A palavra do Senhor”.

3. MENSAGEM:
“Deus em primeiro lugar” na vida e no serviço é a mensagem do livro.
É um ilustração e um comentário velho-testamentário sobre I Co. 15:58.

4. TEMPO;
O “segundo ano de Dario” no qual Ageu profetizou foi de 520 a.C.
quando o célebre filósofo chinês Confúcio, brilhava e progredia na China.

5. AUTOR:
Nada se sabe a respeito de Ageu, além do fato de que trabalhava em
harmonia com Zacarias. Provavelmente, nasceu na Babilônia durante o
cativeiro. Seu nome significa: “ Minha festa” e, podem muito bem ser que
assim o acharam antecipando a alegria da volta do cativeiro. Ele começou a
profetizar dois meses depois de Zacarias, no entanto, Zacarias profetizou
durante 3 anos, enquanto que Ageu não o fez durante 3 meses e 24 dias.

6. ESBOÇO
HOUVE CINCO MENSAGENS TRANSMITIDAS EM
OCASIÕES ESPECIALMENTE DISTINTAS.
1. Primeira Mensagem: rigorosa e de repreensão, 1:1-11.
2. Segunda Mensagem: confortadora e de Recomendação, 1:12-15.

83
3. Terceira Mensagem: Alegre e de Animação, 2:1-9.
4. Quarta Mensagem: Confirmadora concernente à purificação e
Benção, 2:10-19.
5. Quinta mensagem: Firmeza concernente a Segurança, 2:20 a 5.

ZACARIAS

INTRODUÇÃO
Dos antigos e inspirados videntes, Zacarias era um dos maiores. Seus
14 capítulos estão repletos das mais notáveis visões do V.T. Era um grande
poeta, e assim um companheiro apropriado para o simples e prático Ageu.
O livro não se compõe de profecias já cumpridas como muitos a
desejariam; é, na maior parte, sem cumprimento ainda. Mesmo algumas
profecias que pareciam cumpridas estão evidentemente, só parcialmente
cumpridas.

1. TEMA:
Resumiremos o tema da seguinte maneira: um estímulo à nação para servir
fielmente ao Seu Deus por mio de aflições atuais, com a visão das glórias
futuras dos tempos do Messias.

2. VERSOS-CHAVE:
Cap. 1:12; 2:8 e 8:2.

3. MENSAGEM CENTRAL:
“O amor e cuidado de Deus pelo seu povo”.

4. AUTOR:
Zacarias provavelmente nasceu em Babilônia. Entrou no ministério ainda
jovem (2:4), começou a profetizar pouco depois de Ageu, sendo seu
companheiro. A sua missão era animar o zelo do debilitado povo e
encorajá-lo, desviando o seu olhar da tenebroso presente, e dirigindo-o
para um futuro refulgente.

5. ESBOÇO DO LIVRO:
Introdução. Volta a YAHWEH, 1:1-6.

84
1. Mensagem de encorajamento aos construtores, 1:7 a 8:23.
2. O castigo de Hadraque e de outras cidades pagãs, juntamente com as
mensagens cheias de promessas e avisos para Israel, Cap. 9-11.
3. Um grupo de profecias sobre Israel, Cap. 12-14.
Zacarias usa Israel para dirigir o povo que voltou, embora fosse de Judá
ou de outras tribos.

MALAQUIAS

INTRODUÇÃO
Em Neemias lemos a última página da história do Antigo
Testamento; no livro do profeta Malaquias, contemporâneo de Neemias.
Malaquias, o último dos profetas, testifica, como fazem os seu
predecessores, o triste fato de que Israel falhou. Ele apresenta um
quadro de um povo exteriormente religioso, mas interiormente
indiferente, falso, um para o qual o serviço de Jeová se tornou um
formalismo vazio, desempenhado por um sacerdócio corrompido que
não o respeitava. Sob o ministério de Ageu e Zacarias, o povo estava
disposto a reconhecer suas falhas e corrigi-las, mas eles, endureceram-
se tanto que negam insolentemente as acusações de Jeová, 1;1, 2; 2:17;
3:7. Pior ainda muitos professam ceticismo quanto à existência de um
Deus de Juízo e outras perguntas se valem a pena servir a Deus. Qual
raio de luz nesta noite escura, brilha a promessa da vinda do messias,
que chegará para libertar o resto dos fiéis e julgar as nações. O livro
termina com uma profecia da vida de Elias, o precursor do Messias,
encerrando a cortina da revelação do A.T., para não mais se levantar até
400 anos mais tarde, quando o Anjo do Senhor anunciou a vinda
daquele que irá adiante dele e sua vitória virá com o espírito de Elias,
Lc. 1:17.

1. TEMA:
Pode-se resumi-lo assim: “ A última profecia do A.T. uma revelação
de um povo rebelde e falso de um remanescente fiel e do Messias
vindouro que julgará e purificará a nação”.

2. FRASE CHAVE:
“Vós dizeis”.

85
3. MENSAGEM CENTRAL
“Lembrai-vos, arrependei-vos, voltai, relatai’.

4. AUTOR:
Nada se sabe da história pessoal de Malaquias. Crê-se que profetizou
durante o tempo de Neemias e o apoiou, como Ageu e Zacarias anunciaram a
Zorobabel. O livro de Malaquias adapta-se à situação em que Neemias agiu
como o anel no dedo. O profeta anunciou os mesmos males que existiam no
tempo de Neemias, denunciando-os. Escreveu tanto acerca de Cristo que
alguém disse: “A profecia do A.T. expirou com o Evangelho já em sua
língua”.

5. ESBOÇO DO LIVRO:
Título, 1:1.
Introdução: O amor de Jeová por Israel, embora visto na história de
Israel e Edom, 1:2-5.
1. Negligência de Israel para com Jeová, especialmente pelos próprios
sacerdotes, 1:6 e 2:9.
2. Tomando por esposas mulheres pagãs e divorciando-se de esposas
judias, o que era proibido, 2;10-16.
3. Ceticismo censurado, 2:17 e 4:3.

CONCLUSÃO:
Conservai a lei de Moisés, e aguardai o precursor, que trará o
amor e a unidade, 4:4-6.

BIBLIOGRAFIA:
Introdução do A.T. – Francisco, Clyio. JUERP, 1979.
- Manual Bíblico – Um Comentário Abreviado da Bíblia.
- Halley, Henry – Edições Vida Nova.
- A Bíblia em esboço,
- Lee, Robert – Editora duas irmãs Ltda.
- Através da Bíblia livro por livro.
- Pearlman – Editora Vida.

86
CURSO TEOLÓGICO POR EXTENSÃO – SEMINÁRIO PRESBITERIANO RENOVADO – ASSOCIAÇÃO
EVANGÉLICA EDUCACIONAL BENEFICIENTE – IGREJA PRESBITERIANA RENOVADA DO BRASIL.
ANO 2004

87

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