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A micropolítica dos gestos e afetos

em Las Acacias

Mariana Dias Miranda (PPGCine/UFF)



Desconfiança em uma política institucional, pós-2000:
contexto no qual a narrativa como organizadora do
Cinema mundo perde força
Argentino 
Cinema ambíguo, contornos indefinidos, “vontade de
expressar o presente”
Contemporâne
Questionamento dos próprios modos de se analisar e
o

estudar o cinema (AGUILAR, 2008): repensar uma


ontologia do cinema político

Recusa de se comentar narrativamente os problemas
do presente nacional: muitas vezes considerado como
apolítico pela ênfase dada ao sensório

Não visam responder às perguntas auto-acusatórias:
“quem somos?” e “o que fazer?”

Passa de uma macropolítica (grandes temas) para o
Cinema cotidiano e esfera íntima
Argentino 
Narrativas rarefeitas e apelo ao sensório . “guinada
para subjetivo”, trabalha para evocar intensidades de
Contemporâne experiência
o 
Tendência de direcionamento para vidas periféricas,
para além de uma classe média portenha (Martin, 2016)

Cinema contemporâneo é caracterizado por um
“comportamento do olhar” por parte do tecido fílmico
(Vieira Jr, 2014)

”Formas políticas”, através da montagem,
enquadramentos, planos e não somente de modo
discursivo

Visa estabelecer uma outra relação com o espectador,
que é convidado a habitar o espaço cênico
Afeto, corpo e 
Afeto como algo que irrompe, pulsação que surge no
narrativa  encontro entre os corpos (da tela, na tela, do
espectador)

Evento, intensidade que escapa uma direção ou
objetivo (força desregulada, précognitivo)

Tem lugar no corpo em performance “afeto são os
poderes do corpo”, (Del Rio, 2008)

Dimensão produtiva, capacidade incessante de gerar
novos fluxos de sensação e pensamento (dimensão
política inerente)

Afeto/emoção como o que molda as relações entre os
seres no espaço social. (Ahmed, 2004) (Massumi, 2015)

Cria e recria a percepção dos corpos. Circula: Economia
Molar (dimensão estruturada das identidades,
Afeto, corpo e

organizador)
narrativa Associável a narrativa, ou a noção de polícia
em Rancière (2014). Corpo circunscrito socialmente

Molecular (dinâmica e movimento, dessubjetivação e
desterritorialização de lugares pré-estabelecidos).
Onde se abre o processo de subjetivação,
associável a noção de política em Rancière

Afetivo, retira coisas do seu lugar

Mesmo que parta da narrativa (em termos de
sequências de ações), visa-se explorar também o que
escapa aos processos de significação. “micropolítica do
desejo”

Afeto e narrativa, portanto, são modos que se

Vontade de expressar o presente complexifica o modo
Mise-èn-scène com que a encenação foi teorizada no cinema (Oliveira
Jr, 2013)
dos gestos e
Passa da finalidade de potencialização do drama, em
afetos

termos de ação e coesão narrativa para um


“escoamento do presente”

Sem um recorte preciso de tempo e espaço, plano
como bloco ou recorte aleatório. Borramento de
fronteiras entre os planos

Corpo (e seus gestos) como guia da mise èn scène

Centralidade do corpo no contemporâneo, para além
de um instrumento da racionalidade, mas como lócus
de reinvenção e disputas (Baltar, 2017)

Dar a ver o corpo em movimento (exibicionismo)
Mise èn scène 
Modernidade tenta controlar as dinâmicas do corpo
(Lepecki, 2012) tem uma concepção kinéctica de
dos gestos e disciplinar os corpos
afetos 
Abertura para a criação e espontaneidade ”ontologia
política do movimento”

Abertura de potência e processos de subjetivação

É através dos: ”(...) gestos e movimentos do corpo em
performance que forças incorpóreas e afetos se tornam
expressão-evento que atestam para os poderes de ação
e transformação do corpo.” (DEL RIO, 2008)

Cinema como meio privilegiado de expressar
diretamente os gestos e contato
Las Acacias
(Pablo
Giorgelli,
2011)
Las Acacias 
Narrativa minima Rubem (caminhoneiro argentino),
Jacinta (paraguaia) com a filha Anahi.

Imerso no fluxo do cotidiano no encontro entre os
personagens (presentificado)

Poucos diálogos e causalidade narrativa (escassez de
dados racionais). Microeventos no interior do plano

Gera ênfase para o aspecto material e sensível do
filme, corpo e gestos dos personagens como centro

Origem guarani de Jacinta e Anahi, simultaneidade
desses corpos na pequena cabine do caminhão

Mise en scène em um “entre-lugar”: ultrapassa uma
alegorização do nacional

Molar: identidades fixas entram em choque. Recusa do
olhar por parte de Rúben. Molecular: estabelecem uma
negociação que suspende os binarismos de gênero,
raça e nacionalidade (simultaneidade)

Cortes com os enquadramentos laterais em unir,
aproximar no nível de intensidade: “gerar ressonância e
dissonância entre corpos que realisticamente ocupam
shots separados, mas que ainda sim são colocados
juntos em um nó afetivo.” (DEL RIO, 2008)

Enquadramentos laterais, portanto, tem o papel de
enfatizar essa aproximação ou colisão entre esses
personagens . Concentração de “energia afetiva”.

Molar: identidades fixas entram em choque. Recusa do
olhar por parte de Rúben. Molecular: estabelecem uma
negociação que suspende os binarismos de gênero,
raça e nacionalidade (simultaneidade)

Cortes com os enquadramentos laterais em unir,
aproximar no nível de intensidade: “gerar ressonância e
dissonância entre corpos que realisticamente ocupam
shots separados, mas que ainda sim são colocados
juntos em um nó afetivo.” (DEL RIO, 2008)

Enquadramentos laterais, portanto, tem o papel de
enfatizar essa aproximação ou colisão entre esses
personagens . Concentração de “energia afetiva”.

Ausência de juízos de valor sobre os personagens:
sem estruturação de um discurso acerca do mundo, é
no corpo que a historicidade se expressa, sem um
“diagnóstico”.

Suspensão eu e outro cena exemplo pelo diálogo, em
que discutem as diferenças do guarani para espanhol.
“caminhonero”, no que Rúbem diz “é bem fácil” e
Jacinta aponta que “algumas coisas não se traduzem”
e fala “mba’eryu mboguataha” que repete mesmo
sem saber o significado, se resigna, sem questionar, a
impossibilidade da tradução.

Gesto de olhar fundamental para a dinâmica afetiva.
câmera passa dos enquadramentos paralelos (padrão)

Gesto fora da lógica narrativa, sem função, apenas
movimento dos corpos em relação uns aos outros e da
câmera também como um corpo que troca olhares com os
personagens.

“Pela emoção, o passado persiste na superfície dos
corpos. Emoções nos mostram como as histórias
permanecem vivas, mesmo quando não são
conscientemente lembradas; como histórias de
colonialismo, escravidão e violência moldam vidas e
mundos no presente. O tempo da emoção não é sempre
sobre o passado, e como ele se adere. Emoções também
abrem futuros, no modo com que elas envolvem
diferentes orientações para os outros.” (AHMED, 2004,
p.202)

Ahmed (2015): “Corpos tomam forma a partir do próprio
contato que têm com os objetos e os outros”.

Considerar capacidades expressivas e afetivas
Conclusão permite entender as movimentações do mundo atual
de maneira menos personalizada: (Del Rio, 2008)
“Retirando a ênfase no ego-centrado e na
subjetividade individual nas formas com que
abordamos o evento humano hoje pode ser de
grande benefício para o estado conflituoso e difuso
dos assuntos globais e locais.”

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