Sunteți pe pagina 1din 5

Entendendo os conceitos que organizam a Base

Nacional
Rodrigo Ratier

Habilidades, competências, campos, objetivos, direitos. À primeira vista, a profusão de


conceitos para organizar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) pode parecer um
pouco confusa. O texto do Plano Nacional de Educação (PNE) determinava que o
documento fosse organizado por direitos e objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento, mas as duas últimas versões do documento alteraram os termos
usados no Ensino Fundamental. No lugar, entraram as competências e as habilidades.
Pode parecer uma mudança simples, mas causou discussão. Movimentos sociais e parte
da academia acreditam que a nova nomenclatura remete demais ao mundo técnico. "O
ideal seria falar em direito à Educação, que contempla a aprendizagem, o acesso à
escola e as condições de ensino", defende Daniel Cara, coordenador geral da
Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Outras interpretações são possíveis. No livro Ensaios Pedagógicos, Lino de Macedo,
professor da USP e referência na obra de Jean Piaget (1896-1980), define competências
como "conjuntos de saberes, de possibilidades ou de repertórios de atuação e
compreensão". A Base contempla em parte essa ideia, associando o conceito a
conhecimentos indispensáveis para a vida em sociedade. Já o Conselho Nacional de
Educação (CNE), responsável por aprovar o texto final em dezembro de 2017, resolveu
que, na BNCC, competências e habilidades podem ser entendidas como sinônimos de
direitos e objetivos de aprendizagem.
Ficaram definidas dez competências gerais, que devem guiar o trabalho em todos os
anos e em todas as áreas de conhecimento. A especificidade vai aumentando conforme
se avança na leitura do texto. Cada área e componente curricular possuem suas
competências específicas. Em cada componente - que as redes decidirão se deverão se
tornar disciplinas - estão definidas unidades, objetos de conhecimento e as habilidades
(entenda o que significa cada termo na ilustração abaixo).
Para a Educação Infantil, manteve-se uma organização diferente, já existente desde a
primeira versão do documento. Além das competências gerais - que também se aplicam
a essa etapa -, há direitos de aprendizagem e campos de experiência. O objetivo foi
preservar as características do trabalho com os pequenos, mantendo o foco na
experimentação e no brincar.

EDUCAÇÃO INFANTIL
Nomenclatura procura respeitar o foco
da etapa nas interações e no brincar
DIREITOS DE APRENDIZAGEM
Substituem na Educação Infantil a noção
de competência para colocar ênfase no
desenvolvimento integral da criança (e não
apenas escolar). Há direitos estéticos
(explorar, expressar-se), éticos (brincar e
conviver) e políticos (participar e conhecer-
se).
CAMPOS DE EXPERIÊNCIA
São as situações e experiências concretas
da vida infantil. São cinco:
1. Eu, o outro e nós.
2. Corpo, gestos e movimentos.
3. Traços, sons, cores e formas.
4. Escuta, fala, pensamento e imaginação.
5. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Comportamentos, habilidades, conhecimentos e vivências que a criança precisa
desenvolver. Em cada campo, os objetivos são separados por faixa etária: bebês (até 1
ano e 6 meses), crianças bem pequenas (até 3 anos e 11 meses) e pequenas (até 5
anos e 11 meses)
ENSINO FUNDAMENTAL
Abaixo, as categorias que organizam
as aprendizagens em cada disciplina
COMPETÊNCIAS
Definidas como a "mobilização de
conhecimentos, habilidades, atitudes e
valores para resolver demandas
complexas da vida cotidiana, do pleno
exercício da cidadania e do mundo de
trabalho". Além das dez competências
gerais, cada área e cada componente
curricular têm competências específicas.
UNIDADES
São os grandes blocos temáticos em que
a BNCC organizou o conhecimento escolar
de cada componente. Um exemplo: em
Ciências do Fundamental 1, há três
unidades (Matéria e Energia, Vida e
Evolução e Terra e Universo).
OBJETOS DE CONHECIMENTO
Para cada unidade, são os conteúdos, conceitos e processos abordados nas
habilidades, onde aparecem como o complemento do verbo. Por exemplo, em Ciências,
a habilidade "nomear e representar graficamente partes do corpo humano" trabalha o
objeto de conhecimento "corpo humano".
HABILIDADES
Dizem respeito às aprendizagens essenciais esperadas para cada disciplina e ano. São
sempre iniciadas por um verbo que, segundo o texto da Base, "explicita o processo
cognitivo envolvido". Exemplo: em Ciências, "deduzir que a estrutura, a sustentação e a
movimentação dos animais resultam da interação entre os sistemas muscular, ósseo e
nervoso".
https://novaescola.org.br/conteudo/10053/entendendo-os-conceitos-que-organizam-a-base-nacional
CONHEÇA E ENTENDA AS COMPETÊNCIAS GERAIS DA
BNCC
As propostas estruturam o documento, apontam caminhos do aprendizado e avançam no
campo das socioemocionais
Referência para a construção dos currículos de todas as escolas do país, a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) foi elaborada estabelecendo como pilares 10
competências gerais que irão nortear o trabalho das escolas e dos professores em
todos os anos e componentes curriculares – as antigas disciplinas – da Educação
Básica.
“Mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas,
cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da
vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.”(Definição de
competências presente na BNCC)
Leia também
Habilidades, com petências, campos, objetivos, direitos: entendendo os
conceitos que organizam a Base Nacional
O que a definição dada pela BNCC significa, na prática? Ela aponta para a
necessidade de os alunos serem capazes de utilizar os saberes que adquirirem para dar
conta do seu dia a dia, sempre respeitando princípios universais, como a ética, os
direitos humanos, a justiça social e a sustentabilidade ambiental. Ela também indica que
as escolas promovam não apenas o desenvolvimento intelectual, mas também o social, o
físico, o emocional e o cultural, compreendidos como dimensões fundamentais para a
perspectiva de uma educação integral. Isso as diferencia das habilidades, que são mais
focadas no desenvolvimento cognitivo.
VÍDEO As 10 competências
Como ensinar as competências
A ideia não é planejar uma aula específica sobre essas competências ou transformá-
las em componente curricular, mas articular a sua aprendizagem à de outras habilidades
relacionadas às áreas do conhecimento. Muitas dizem respeito ao desenvolvimento
socioemocional que, para acontecer de fato, deve estar incorporado ao cotidiano
escolar, permeando todas as suas disciplinas e ações. O desafio, portanto, é complexo,
pois impacta não apenas os currículos, mas processos de ensino e aprendizagem,
gestão, formação de professores e avaliação (Leia mais: Como colocar as emoções no
currículo e desenvolver as habilidade socioemocionais)
VÍDEO Cortella Responde: Qual a relação entre afetividade, vínculo e
aprendizagem?
Ainda que pela primeira vez organizadas dessa maneira – como 10 competências
gerais –, as propostas não são totalmente novas. Várias delas, como a necessidade de
trabalhar empatia e cooperação com os estudantes, já são praticadas em muitas escolas.
A questão, agora, é expandi-las para as demais instituições de ensino e, naquelas em
que isso é feito intuitivamente, incentivar a reflexão para que o planejamento seja
realizado com intencionalidade.
E quais são essas competências? Listamos abaixo todas elas. Ao clicar nos links
você será encaminhado para um texto com informações detalhadas sobre cada uma.
Para facilitar o entendimento, elas ganharam um título que sintetiza suas principais
características:
1- Conhecimento

2- Pensamento científico, crítico e criativo


3- Repertório cultural
4- Comunicação
5- Cultura digital
6- Trabalho e projeto de vida
7- Argumentação
8- Autoconhecimento e autocuidado
9- Empatia e cooperação
10- Responsabilidade e cidadania
1.Conhecimento — Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos
sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade,
continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.
Objetivo: Entender e explicar a realidade, colaborar com a sociedade e continuar a
aprender.
2.Pensamento Científico, Crítico e Criativo — Exercitar a curiosidade intelectual e
recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise
crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos
conhecimentos das diferentes áreas.
Objetivo: Investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver
problemas e criar soluções.
3.Repertório Cultural — Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e
culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da
produção artístico-cultural.
Objetivo: Fruir e participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
4.Comunicação — Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora,
como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das
linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações,
experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que
levem ao entendimento mútuo.
Objetivo: Expressar-se e partilhar informações, sentimentos, ideias, experiências e
produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5.Cultura Digital — Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais
(incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e
coletiva.
Objetivo: Comunicar-se, acessar e produzir informações e conhecimento, resolver
problemas e exercer protagonismo de autoria.
6.Trabalho e Projeto de Vida — Valorizar a diversidade de saberes e vivências
culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender
as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e
responsabilidade.
Objetivo: Entender o mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas à cidadania e ao
seu projeto de vida com liberdade, autonomia, criticidade e responsabilidade.
7.Argumentação — Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis,
para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que
respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao
cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
Objetivo: Formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns
com base em direitos humanos, consciência socioambiental, consumo responsável e
ética.
8.Autoconhecimento e Autocuidado — Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua
saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo
suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
Objetivo: Cuidar da saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e a dos
outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9.Empatia e Cooperação — Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos
e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos
humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de
qualquer natureza.
Objetivo: Fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro e aos direitos humanos,
com acolhimento e valorização da diversidade, sem preconceito de qualquer natureza.
10.Responsabilidade e Cidadania — Agir pessoal e coletivamente com autonomia,
responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base
em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Objetivo: Tomar decisões com princípios éticos, democráticos, inclusivos,
sustentáveis e democráticos.
Fontes: Texto da terceira versão da BNCC Infantil e Fundamental, MEC, Porvir e
Anna Penido, diretora do Instituto Inspirare e integrante do Movimento Pela Base (leitura
crítica)
https://www.revistaeducacao.com.br/bncc-competenciasgerais/

S-ar putea să vă placă și