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O que é o Brexit?

Entenda a polêmica saída do Reino Unido da União Europeia com esta e outras
10 questões

Acordo para o Brexit já foi rejeitado no Parlamento três vezes, e o prazo para a saída do bloco,
adiado em duas ocasiões

Em 2016, eleitores escolheram, em plebiscito, que o Reino Unido deveria sair da União Europeia
(UE).

Em março de 2017, tal decisão foi notificada ao bloco - e, segundo o Artigo 50 do Tratado de
Lisboa, uma vez comunicado, o desmembramento se efetivaria dois anos depois. Março de 2019
chegou, mas a separação não aconteceu.

Neste período, um acordo de saída desenhado pela ex-primeira-ministra britânica Theresa May,
com a concordância da UE, foi rejeitado três vezes no Parlamento.

Isso a levou a deixar o cargo em junho, após quase três anos de desgastes causados por
sucessivos fracassos na condução do Brexit. Foi a segunda baixa no cargo provocada pelo Brexit -
o antecessor de May, David Cameron, renunciou após a vitória da saída no referendo.

Para o lugar de May, foi eleito Boris Johnson, que foi chanceler da ex-premiê por dois anos e
deixou o posto depois de vários desentendimentos por conta do Brexit. Ele prometeu, durante a
campanha, que o Reino Unido sairá da UE dentro do prazo, com ou sem acordo.

O premiê Boris Johnson prometeu que o Reino Unido sairá da UE dentro do prazo, com ou sem
acordo

Diante do risco de uma saída abrupta, sem acordo ou termos detalhados para a separação, 27
líderes europeus já concordaram duas vezes em adiar o prazo para a saída - flexibilizando,
portanto, o limite originalmente determinado sob o Artigo 50.

Agora, o próximo prazo para que o Reino Unido decida sobre seu vínculo com o bloco é 31 de
outubro. Caso o Brexit se concretize, será o primeiro caso de um Estado-membro a se retirar da
UE.

No início de setembro, o Parlamento britânico aprovou uma lei que impede um Brexit sem
acordo e obriga a solicitação de um novo prazo para a saída do bloco.

Mas o que exatamente é o Brexit? A BBC News reuniu uma série de perguntas e respostas para
você finalmente entender do que trata.

O que é Brexit?

Brexit é uma abreviação para "British exit" ("saída britânica", na tradução literal para o
português). Esse é o termo mais comumente usado quando se fala sobre a decisão do Reino
Unido de deixar a UE.
O que é União Europeia?

É um grupo formado por 28 países europeus que praticam livre comércio entre si e facilitam o
trânsito de sua população para trabalhar e morar em qualquer parte do território. O Reino Unido
se tornou parte da UE - na época chamada de Comunidade Econômica Europeia - em 1973.

Decisão de sair foi tomada nas urnas em 2016

Por que o Reino Unido está deixando o bloco?

Num plebiscito em 23 de junho de 2016, os britânicos foram perguntados se o Reino Unido


deveria permanecer ou deixar a UE. A maioria - 52% contra 48% - decidiu que o país deveria
deixar o bloco. Mas a saída não aconteceu de imediato, foi agendada para o dia 29 de março de
2019.

O que aconteceu desde então?

O plebiscito foi apenas o começo de um processo. Desde então, negociações foram feitas entre o
Reino Unido e os outros países da UE. As discussões se centraram nos termos desse "divórcio",
que definiriam como seria essa saída do Reino Unido, não no que ocorreria após essa
"separação".

A proposta apresentada pela ex-premiê Theresa May ficou conhecida como "acordo de retirada".
Ela levou ao Parlamento britânico planos que definem as regras para a saída, mas eles foram
rejeitados três vezes.

O que faz parte do acordo?

O rascunho desse acordo de retirada do Reino Unido da UE inclui:

- O valor que o Reino Unido deverá pagar à UE por quebrar o contrato de parceria: cerca de 39
bilhões de libras (R$ 191 bilhões);

- O que vai acontecer com cidadãos britânicos que moram em outros países europeus e com os
europeus que moram no Reino Unido: cidadãos europeus que já estejam no Reino Unido antes
do Brexit e do fim do período de transição poderão manter os atuais direitos de residência e
acesso a serviços públicos (o mesmo vale para britânicos que moram em países da UE);

- Sugere uma forma de evitar o retorno a uma fronteira fechada entre a Irlanda do Norte (que é
parte do Reino Unido) e a República da Irlanda (que é um país independente que faz parte da
UE).

Theresa May renunciou ao cargo de premiê depois de não conseguir aprovar um acordo

Um período de transição foi proposto para permitir que Reino Unido e UE formulem um acordo
de comércio e para permitir que empresas se organizem. Isso significa que, se o "acordo de
retirada" recebesse sinal verde, não haveria qualquer mudança na situação atual até o dia 31 de
dezembro de 2020.

Outro documento bem mais curto foi elaborado com uma previsão de como será o futuro
relacionamento entre Reino Unido e UE. Trata-se de uma declaração política. Mas nenhum lado
precisará se fiar exatamente no que prevê esse documento - é apenas um conjunto de intenções
para as futuras negociações.

Por que o Parlamento rejeitou o acordo do Brexit?

O principal ponto de discórdia para muitos parlamentares conservadores e do Partido Unionista


Democrático, um dos mais importantes na Irlanda do Norte, foi a questão relativa à fronteira
com a República da Irlanda.

Atualmente, não há postos de fronteira, barreiras físicas ou verificações de pessoas ou


mercadorias que cruzam de um país para outro.

O governo britânico teme que a restituição de pontos de checagens de passaportes e


mercadorias na divisa entre os dois países - a chamada "fronteira dura" - traga à tona antigas
tensões entre irlandeses e norte-irlandeses.

O acordo de paz de 1998 pôs fim a três décadas de conflito entre nacionalistas, que queriam a
integração com a Irlanda, e unionistas, que queriam continuar fazendo parte do Reino Unido.

Está previsto no acordo um entendimento entre Londres e Bruxelas para não fixar uma fronteira
dura após o Brexit. Mas isso só entraria em vigor se um acordo abrangente de livre comércio não
fosse rapidamente firmado entre o Reino Unido e a UE.

Isso manteria o Reino Unido dentro da união aduaneira da UE e a Irlanda do Norte em


conformidade com algumas regras do mercado único.

Assim, a Irlanda do Norte continuaria alinhada com algumas das normas do mercado único da
União Europeia - algo que gera descontentamento em parte dos membros do Partido
Conservador e do Partido Unionista Democrático.

Críticos dizem ainda que um status diferente para a Irlanda do Norte pode ameaçar a existência
do Reino Unido e temem que esse recuo possa se tornar permanente. Mas os

Parlamentares pró-Brexit questionam se o acordo garantirá, de fato, a retomada do controle das


fronteiras do território britânico

O que acontecerá agora?

Com a aprovação da lei que barra um Brexit sem acordo com o bloco econômico, o estado atual
das coisas na política britânica indica que deve haver uma prorrogação do debate em torno do
acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia - e da data prevista para o Brexit ser
concretizado.
O texto aprovado pelos parlamentares determina que o primeiro-ministro, Boris Johnson, tem
até o dia 19 de outubro para conseguir aprovar um acordo para a saída no Parlamento. Se o
prazo expirar, o líder britânico é obrigado a pedir ao bloco europeu uma extensão da data-limite
atual, 31 de outubro, para o Reino Unido sair - mais especificamente, até 31 de janeiro de 2020.

Estabeleceu-se assim um novo impasse no processo.

Como alternativa, Johnson propôs a realização de uma nova eleição geral antes do prazo atual
do Brexit, em 31 de outubro, a fim de tentar garantir nas urnas uma maioria parlamentar que lhe
desse força política para aprovar a saída em seus termos.

Mas o Partido Trabalhista, a principal sigla de oposição na Casa, rejeitou a proposta.

E se o Reino Unido deixar o bloco sem um acordo?

A princípio, isso significaria não haver um período de transição após o Brexit - neste caso, o
Reino Unido cortaria todos os laços com a UE de um dia para o outro.

A maioria dos economistas e grupos empresariais acredita que a saída sem acordo levaria a
danos econômicos. Por exemplo, o Departamento de Responsabilidade Orçamentária - que
fornece análise independente das finanças públicas do Reino Unido - acredita que um Brexit sem
acordo causaria uma recessão.

Se o Reino Unido deixar a união aduaneira e o mercado único, a UE começará a realizar


verificações nos produtos britânicos. Isso pode levar a atrasos nos portos, como Dover. Alguns
temem que isso possa levar a gargalos no tráfego, interrompendo as rotas de fornecimento.

O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, diz que seria um "desastre nacional" se o Reino
Unido deixasse a UE sem um acordo. Mas alguns parlamentares defensores do Brexit minimizam
o impacto e defendem uma ruptura clara com o bloco europeu.

Muitos apoiadores do Brexit dizem que é difícil prever com precisão o que acontecerá ou que
qualquer impacto econômico será pequeno e de curto prazo.

Diante de ocasiões em que o risco de uma saída abrupta parecia iminente, o governo chegou a
preparar o país para essa hipótese mais radical. Publicou, por exemplo, uma série de orientações
que abarcam desde passaportes para bichos de estimação ao impacto no fornecimento de
energia.

Boris Johnson tentou acalmar os ânimos anunciando um financiamento extra de 2,1 bilhões de
libras para lidar com as consequências de um Brexit sem acordo.

Brexit

Juliana Bezerra
Professora de História

Brexit é o processo de saída do Reino Unido da União Europeia iniciado em 2017 e com previsão
para terminar em 2020.

Em 24 de novembro de 2018, após dois anos de negociação, a União Europeia aceitou os termos
de retirada apresentado pela então primeira-ministra Theresa May.

No entanto, sem conseguir que seu projeto fosse aprovado no Parlamento, May demitiu-se e foi
substituída pelo deputado Boris Johnson.

O Brexit está previsto para 31 de janeiro de 2020.

Significado de Brexit

A palavra Brexit vem da junção das palavras inglesas “Britain” (Bretanha) e “Exit” (saída).

Significado de Brexit

Com o Brexit, o Reino Unido deixa de fazer parte da União Europeia

A expressão é usada para caracterizar o processo de desligamento do Reino Unido da União


Europeia iniciado com o referendo de 23 de junho de 2016. Nesta data, os britânicos escolheram
deixar o bloco econômico.

De todas as formas, o país terá um período de dois anos para completar sua retirada definitiva.

Saída do Reino Unido da União Europeia

O ano de 2019 tem sido o mais complicado, pois as diferenças entre os políticos britânicos se
tornam mais evidentes, pois é preciso que o plano de saída da União Europeia seja aprovado
pelo Parlamento britânico.

Por outro lado, o Parlamento britânico garantiu em 13 de março de 2019, que o Reino Unido não
sairia sem acordo. Esta era uma proposta defendida por muitos membros do próprio partido de
Theresa May.

No entanto, em 12 de março de 2019 e, posteriormente, 25 do mesmo mês, o Parlamento


britânico rejeitou o plano apresentado pela então primeira-ministra Theresa May de se retirar da
União Europeia.

Sem conseguir chegar um acordo com o Parlamento, Theresa May teve que pedir uma nova
prorrogação à União Europeia. Segundo este acordo, a data prevista para a saída do Reino Unido
seria 31 de outubro de 2019.

Com sua posição enfraquecida, May demitiu-se do cargo. Como a a lei britânica não previa a
convocação de novas eleições e sim uma substituição dentro do próprio partido.

Atualmente, quem lidera o governo britânico é primeiro-ministro conservador Boris Johnson.

Boris Johnson e o Brexit

O novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, é um conhecido defensor de um "brexit


duro", ou seja: retirar o Reino Unido da União Europeia sem fazer qualquer tipo de acordo.

A fim de pressionar os deputados, Johnson pediu a Rainha Elizabeth II que adiasse a abertura
oficial do Parlamento, que acontece em setembro, para 14 de outubro, o que foi aceito pela
soberana. Milhares protestaram nas ruas contra o "fechamento" do parlamento britânico, mas o
premiê não voltou atrás.

O objetivo de Boris Johnson era impedir articulação da oposição.

No entanto, os primeiros debates realizados pelo primeiro-ministro no Parlamento se revelaram


um fracasso. O Partido Conservador perdeu um dos seus deputados e outros 21 parlamentares
foram suspensos por indisciplina.

Além disso, o Parlamento rejeitou, mais uma vez, o projeto de um Brexit sem acordo.

Aprovação do acordo do Brexit

Após intensas negociações com os 27 países integrantes da União Europeia, o Reino Unido
conseguiu um acordo para a saída desse bloco econômico, em 16 de outubro de 2019.

Desta vez, estão garantidas a livre circulação de pessoas e mercadorias entre a fronteira da
República da Irlanda e da Irlanda do Norte. No entanto, o novo acordo prevê o fim do status
especial para o Reino Unido e o torna um rival.

O projeto foi aprovado no Parlamento britânico no mesmo mês. Porém, os parlamentares não
concederam debater o texto em apenas dois dias e obrigaram ao primeiro-ministro pedir um
adiamento de três meses.

Como consequência, Johnson teve que pedir novo adiamento à União Europeia. Desta vez, a
data para um possível Brexit será 31 de janeiro de 2020.

Antecedentes do Brexit

A União Europeia (UE) foi criada com o objetivo de manter a paz entre os países do continente
europeu.

O embrião foi a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), nascida em 1952. A CECA unia
os ex-adversários da Segunda Guerra Mundial: França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda e
Luxemburgo.

Mais tarde, esta comunidade foi ampliada num movimento que criou a Comunidade Econômica
Europeia (CEE), em 1957.

Campanha contra o Brexit

O prefeito de Londres, Sadiq Khan (à esq.) e o ex-primeiro-ministro David Cameron fazem


campanha pela permanência do Reino Unido na União Europeia

O Reino Unido, porém, sempre se manteve à margem da CEE e só aceitou fazer parte do clube
em 1973. Mesmo assim, dois anos depois, convocaram um referendo para que a população
decidisse se queriam ou não continuar. Naquela época, ganhou o “sim”.

Desta maneira, o Reino Unido continuou a fazer parte da UE, mas não participou dos dois
maiores projetos europeus:

a criação de uma moeda única, o euro;

o Espaço Schengen, que permite a livre circulação de pessoas.

VEJA TAMBÉM: União Europeia

Referendo sobre o Brexit

O Brexit tem origem no governo do primeiro-ministro conservador David Cameron.

Para disputar a reeleição, Cameron se aliou ao partido nacionalista, Partido da Independência do


Reino Unido (UKIP, na sigla em inglês).

Em troca do seu apoio, este partido exigiu a convocação de um referendo onde os eleitores
pudessem escolher entre seguir ou sair da União Europeia.

O UKIP argumentava que a União Europeia retirava a soberania do Reino Unido em assuntos
econômicos e de imigração. Por isso, pedia que fosse feito uma consulta à população sobre a
permanência neste bloco econômico.

O referendo foi marcado para 23 de junho 2016: 48,1% votou não à saída da UE, mas 51,9%
votou sim.

"Vote para sair da União Europeia", pediam os partidários do Brexit

As consequências do Brexit são difíceis de prever, pois se trata de um processo inédito. Por
enquanto, observamos impactos políticos, como por exemplo:

Foi criado no Reino Unido, o Ministério da Saída da União Europeia que emprega pelo menos
300 pessoas para tratar exclusivamente do assunto;

David Cameron renunciou ao cargo de primeiro-ministro e após discussões internas no Partido


Conservador, foi substituído por Theresa May, que assegurou que não voltaria atrás no processo
do Brexit;

Diante dos impasses para chegar a uma acordo, a primeira-ministra Theresa May renunciou ao
cargo e viu seu maior opositor, Boris Johnson, ser investido como premiê.

Consequências econômicas para o Reino Unido

No dia seguinte ao referendo, a libra esterlina registrou uma forte queda, assim como o dólar
australiano e o dólar neozelandês;

a bolsa e o mercado mobiliário sofreram uma forte queda naquela semana. Por isso, o governo
britânico abaixou as taxas de juros e fez empréstimos bancários para conter uma possível perda
de capitais;

A libra esterlina tem perdido valor frente ao dólar e ao euro;

Várias empresas já mudaram suas sedes para países como Holanda e França.

Consequências econômicas do Brexit para a União Europeia

A União Europeia perde a contribuição monetária do Reino Unido;

A UE terá que renegociar todos os tratados comerciais com o Reino Unido;

Medo que o Brexit inspire outros países a fazer o mesmo;

Preocupação com a situação da Irlanda do Norte, que faz parte da UE, mas tem fronteiras com o
Reino Unido.

VEJA TAMBÉM: Europa

Calendário para o Brexit

O artigo 50 estipula que a negociação pode durar 2 anos; e o processo deveria estar concluído
em março 2019.

Em dezembro de 2017, a primeira-ministra britânica Theresa May aceitou pagar 45 bilhões de


euros para deixar a União Europeia.

Em março de 2018 foi anunciado que haverá um período de transição de dois anos quando o
Reino Unido deixar a União Europeia definitivamente em 2019.

Em 24 de novembro, os 27 países da União Europeia concordaram com os termos de saída feitos


pela Grã-Bretanha. Este deverá ser ratificado pelo parlamento britânico.
Assim, o Reino Unido sairia oficialmente da União Europeia em 29 de março de 2019, mas o
processo foi adiado para 12 de abril de 2019.

Sem aprovação do Parlamento, o Brexit foi novamente fixado para 31 de janeiro de 2020.

VEJA TAMBÉM: Blocos Econômicos

Negociações para o Brexit

As negociações entre o Reino Unido e a União Europeia vão acontecendo pouco a pouco. As
propostas que causaram mais controvérsias diziam a respeito sobre o modelo alfandegário e a
fronteira da Irlanda.

Vejamos como esse impasse foi solucionado:

Modelo alfandegário

Inicialmente, pretendia-se fazer uma zona de livre comércio entre o Reino Unido e a UE. Este
plano, porém, foi rechaçado pelos partidários mais radicais do Brexit que alegam que isto não
traria de volta a soberania ao Reino Unido.

Assim, o Reino Unido não terá nenhum privilégio ao comercializar com o bloco europeu e
receberá o mesmo tratamento que os demais países do mundo.

Irlanda do Norte

A Irlanda do Norte faz fronteira com a República da Irlanda, que é membro da União Europeia.
Com o Brexit, os dois países voltariam a ter postos de controle, o que dificultaria a circulação de
pessoas e mercadorias.

Em outubro de 2019, Boris Johnson apresentou um proposta que agradou o bloco europeu. Este
território formará parte da União Aduaneira do Reino Unido, mas deverá respeitar as regras do
Mercado Comum Europeu.

Discordâncias no Governo Britânico pelo Brexit

Os choques entre os partidários de uma ruptura total com a União Europeia e um divórcio
amigável, como deseja Theresa May, expuseram as diferenças existentes no governo britânico.

Theresa May e seu ministro

Boris Johnson e Theresa May tinham sérias divergências quanto a forma de fazer o Brexit

Em 8 de julho de 2018, após um fim de semana de tensas negociações, o ministro responsável


pelo Brexit, David Davis, pediu demissão ao discordar sobre a manutenção da união aduaneira
entre o Reino Unido e a UE, após o Brexit.

Dois dias depois, foi a vez do então Ministro de Relações Exteriores, Boris Johnson pedir
demissão do seu cargo pelo mesmo motivo. Boris Johnson era um dos principais críticos da
política de May.

Proposta do Governo Britânico para o Brexit

Em 12 de julho de 2018, o governo britânico apresentou sua proposta de saída da União


Europeia. O documento sugere a formação de uma zona de livre de comércio de bens com a
União Europeia. Além disso, propõe:

O controle de impostos alfandegários e sua política comercial;

A aprovação, pelo parlamento britânico, de leis e normas europeias que fossem entrar em vigor
no Reino Unido;

A extinção da livre circulação de pessoas, mas seria criada uma nova legislação para aqueles que
buscam trabalho ou quisessem estudar no Reino Unido.

Em 14 de novembro de 2018, Theresa May apresentou a proposta ao Parlamento britânico que


contempla suas ideias de Brexit. Por discordar com os termos do documento, o ministro para o
Brexit, Dominic Raab, demitiu-se do governo.

Alguns pontos desse acordo são:

Cidadãos europeus

Quem possui nacionalidade de algum país da União Europeia e entrou no Reino Unido antes de
29 de março de 2019 poderá continuar no país com todos seus direitos respeitados.

Igualmente, o Reino Unido se comprometeu a respeitar também aqueles que fixem residência ali
durante o período de transição.

Por sua parte, os britânicos perderão o direito de andar livremente e fixar residência nos países
da União Europeia.

Orçamento

O Reino Unido continuará aportando contribuições até o ano de 2020 ao orçamento europeu.
No entanto, para o quinquênio de 2021-2027, os britânicos já não devem fazer mais
contribuições.

Continuarão a pagar as despesas e as aposentadorias dos funcionários britânicos na UE, algo que
deve se alongar até 2064.

Gibraltar

A Grã-Bretanha possui um território que faz fronteira com a Espanha: Gibraltar. Pressionada pela
Espanha, a União Europeia garantiu que qualquer mudança no estatuto terá que contar com a
aprovação espanhola.

Esta ideia foi rejeitada três vezes pelo Parlamento britânico.

Brexit: sim ou não?

A ex-primeira-ministra reafirmava categoricamente que o governo não contemplava a


possibilidade do Brexit não acontecer. Igualmente, reiterava que não haveria outro referendo
sobre esta questão.

O Tribunal de Justiça da União Europeia sentenciou em 9 de dezembro de 2018 que o Reino


Unido poderia sair da União Europeia sem um acordo com os 27 sócios europeus.

Novamente, os parlamentários britânicos votaram sobre o Brexit em 12 e 29 de março de 2019


e, mais uma vez, a proposta de Theresa May foi rechaçada. Diante desta derrota, May demitiu-
se.

Nas ruas, tanto os partidários da saída quanto da permanência, organizam manifestações a fim
de pressionar o governo.

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