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1. INTRODUÇÃO À ECONOMIA
1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA
 Conceito de Economia
 Problemas Económicos Básicos
 Sistemas económicos / Organização
 Objecto de Economia
 Vertentes de Análise: Positiva e Normativa
 Fontes de Erros na Análise Económica
 As Possibilidades de Produção
 Microeconomia versus Macroeconomia

1.2. PRINCÍPIOS DE ECONOMIA

Microeconomia
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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


CONCEITO DE ECONOMIA

ETIMOLOGICAMENTE, Economia deriva de termos gregos oikos (casa) e nomos


(norma, lei), resultando em:

 “ADMINISTRAÇÃO DA CASA”

 “ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO”

 ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS ESCASSOS.

ENTÃO a Economia SURGE da QUESTÃO:

 Alocação de RECURSOS ESCASSOS (capital, trabalho e terra) que produzem


BENS ESCASSOS, que são OBJECTO de TROCA, e têm um PREÇO no
MERCADO para satisfazer NECESSIDADES ILIMITADAS.

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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


CONCEITO DE ECONOMIA

Interacção entre recursos finitos e necessidades ilimitadas origina ESCASSEZ.


Então é preciso ESCOLHER:

 Individual: decidir o que comprar e escolher que necessidades satisfazer, pois o


salário é limitado.
 Empresário, escolher a melhor maneira de aplicar seus recursos escassos:
 Colectividades, escolha básica é a que se faz entre presente e futuro.

DEFINIÇÃO

ECONOMIA: estuda como as pessoas e a sociedade escolhem (ou decidem) o


emprego de recursos escassos, que podem ter usos alternativos, de forma a
produzir bens variados e os distribuir para consumo, agora ou no futuro, entre as
várias pessoas e grupos na sociedade (Samuelson, 1999).

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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


PROBLEMAS ECONÓMICOS BÁSICOS

O problema económico é o de ESCASSEZ.


 que deriva da interacção entre recursos escassos e necessidades humanas
infinitas.

Assim, a economia estuda:


 COMO alocar recursos escassos para produzir bens finitos para satisfazer
necessidades humanas infinitas.

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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


PROBLEMAS ECONÓMICOS BÁSICOS

 O QUE E QUANTO produzir? – produzir mais Bens de consumo ou de capital?


e em que quantidades?
 COMO produzir? – Questão de eficiência produtiva. Capital ou mão-de-obra
intensiva.
 PARA QUEM produzir? – decidir como será distribuída a renda gerada pela
actividade económica. Quais os sectores beneficiados.

Resumindo OS PROBLEMAS ECONÓMICOS BÁSICOS:

NECESSIDADES HUMANAS − 𝐨 𝐐𝐔𝐄 produzir?


ILIMITADAS − 𝐐𝐔𝐀𝐍𝐓𝐎 produzir?
𝑥 → ESCASSEZ → 𝐄𝐒𝐂𝐎𝐋𝐇𝐀 →
− 𝐂𝐎𝐌𝐎 produzir?
RECURSOS PRODUTIVOS
− 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐐𝐔𝐄𝐌 produzir?
ESCASSOS

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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


SISTEMA ECONÓMICO / ORGANIZAÇÃO ECONÓMICA

É a forma como a sociedade está organizada para desenvolver as


actividades económicas.

Actividades de produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços.

Principais formas:
 Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista)
 Economia Planificada (ou centralizada, tipo socialista)

ECONOMIAS DE MERCADO
 Sistema de concorrência pura - sem interferências do governo
 Sistema de concorrência mista - com interferência governamental

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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


SISTEMA DE CONCORRÊNCIA PURA

Laissez-faire
 O mercado resolve os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto,
como e para quem produzir), como guiados por uma mão invisível, sem a
intervenção do governo.

Mão invisível: mecanismo de preço que promove o equilíbrio dos mercados.

Excesso de oferta (escassez de demanda)

Formam-se estoques

Redução de preços Até o equilíbrio

Existirá concorrência entre empresas para vender os bens aos escassos


consumidores.
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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


SISTEMA DE CONCORRÊNCIA PURA

Excesso de demanda (escassez de oferta)

Formam-se filas

Tendência ao aumento de preços Até o equilíbrio

Existirá concorrência entre consumidores para compra.

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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


SISTEMA DE CONCORRÊNCIA PURA

O QUE e QUANTO produzir ?


 (o que) Decidido pelos consumidores (soberania do consumidor).
 (quanto) Determinado pelo encontro da oferta e demanda de mercado.
COMO produzir ?
 Questão de eficiência produtiva. Resolvido no âmbito das empresas.

PARA QUEM produzir ?


 Decidido no mercado de factores de produção (demanda e oferta de fatores de
produção). Questão distributiva.

Base da filosofia do liberalismo económico

 Advoga a soberania do mercado, sem interferência do Estado. Este deve


responsabilizar mais com justiça, paz, segurança, e deixar o mercado resolver
as questões económicas fundamentais.

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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


SISTEMA DE CONCORRÊNCIA PURA

Mercado de
Oferta de bens Bens e Serviços Demanda de bens
e serviços
e serviços
O que e quanto
produzir

Como Famílias
Empresas produzir Para quem
produzir Oferta de
Demanda de serviços dos
serviços dos Mercado de factores de
factores de Factores de produção
produção. Produção
(mão-de-obra, terra,
Microeconomia
capital)
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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


SISTEMA DE CONCORRÊNCIA PURA

Críticas:

 Grande simplificação da realidade;


 Os preços podem variar não devido ao mercado mas, em função de:
• força de sindicatos ( através dos salários que remuneram os serviços de mão-
de-obra);
• poder de monopólios e oligopólios na formação de preços no mercado;
• intervenção do governo (impostos, subsídios, tarifas, política salarial, fixação
de preços mínimos, política cambial);
 o mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos. A produção ou
consumo de determinados bens ou serviços pode produzir efeitos colaterais
(externalidades); além disso, existem bens públicos, disponibilizados pelo
Governo.
 o mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda, pois as
empresas estão procurando a obtenção do máximo lucro, e não com questões
distributivas.

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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


SISTEMA DE CONCORRÊNCIA PURA
 Essas críticas justificam a actuação governamental para complementar a
iniciativa privada e regular alguns mercados.

SISTEMA DO MERCADO MISTO - O papel económico do governo

Actuação do sector público com o objectivo de evitar distorções alocativas e


distributivas:

 sobre a formação de preços, (via impostos, etc.);


 complemento da iniciativa privada (infra-estrutura, etc.);
 fornecimento de serviços públicos;
 fornecimento de bens públicos (não vendidos no mercado) Exemplo:
educação, segurança, justiça, etc.);
 compra de bens e serviços do sector privado.

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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


ECONOMIA CENTRALIZADA
Agência ou Órgão Central de Planeamento decide a forma como resolver os
problemas económicos fundamentais.

Meios de produção Estado


Matéria-prima, imóveis
capital.

Meios de sobrevivência Indivíduos


Carros, roupas, televisores, etc.

 Processo Produtivo: os preços representam apenas recursos contábeis que


permitem o controle da eficiência das empresas.
 Distribuição do Produto: os preços dos bens de consumo são determinados
pelo governo;
 Repartição do lucro: Governo, investimento da empresa e o restante dividido
entre os administradores e os trabalhadores.
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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA

SISTEMAS ECONÓMICOS - SÍNTESE

Mercado Centralizada

Propriedade Privada X Propriedade Pública

Problemas económicos fundamentais resolvidos

pelo mercado pelo orgão central

Maior eficiência alocativa Maior eficiência distributiva


Microeconomia
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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


OBJECTO DA ECONOMIA
A Economia tem por OBJECTO de estudo:
 a sociedade, prestando particular atenção à sua componente económica.
 a forma pela qual os recursos são combinados para produzir bens e serviços
capazes de satisfazer as necessidades existentes na sociedade.

VERTENTES DA ECONOMIA: POSITIVA e NORMATIVA


 Na óptica positiva – os economistas tentam descrever (Descritiva) como o
mundo é.
 Ex.: Uma redução na taxa de crescimento da quantidade de moeda reduziu a
Taxa de Inflação. (Cientistas económicos)

 Na óptica normativa - os economistas prescrevem (Prescritivas) como o mundo


deveria ser.
 Ex.: O Banco Central deveria reduzir a quantidade de moeda emitida.
(Envolve: Valores, ética, política,etc.) (Formuladores de políticas)

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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


FONTES DE ERROS NA ANÁLISE ECONÓMICA
 Falácia do post hoc – tem a ver com a dedução da causalidade: ocorre quando
pelo facto de um acontecimento ocorrer antes de um outro, se admite que o
primeiro é a causa do segundo.

Quando A ocorre, B ocorre. Logo, A é a causa de B.

Ex.: na Grande Depressão - Como períodos de expansão económica eram


precedidos do aumento dos preços, logo, o remédio apropriado para combater a
depressão era o aumento dos preços e dos salários.

 Falha em manter o resto constante: quando estiver a analisar o impacto de uma


variável sobre o sistema económico, lembre-se de manter o resto constante.

Ex.: se se quer medir o impacto do aumento do preço de um determinado bem


na procura do mesmo bem, supõem-se que tudo resto mantém-se constante.

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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


FONTES DE ERROS NA ANÁLISE ECONÓMICA

Falácia da composição (ou de agregação): quando se admite que o que é


verdade para a parte é também para o todo.
Ex.:
Se um agricultor tiver uma colheita invulgarmente elevada, o seu rendimento
aumentará;
se todos os agricultores tiverem uma colheita-recorde o rendimento agrícola
aumentará.

POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO

A produção faz-se a partir de recursos e factores produtivos, a saber:


 A terra ou recursos naturais, que inclui a terra arável, os minérios, a água,
a energia, os peixes do mar, etc.
 O trabalho que é toda a actividade humana para produção.
 O capital, que é constituído pelos instrumentos duráveis, como máquinas,
fábricas, estradas, pontes, prédios etc.

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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
 Assim, temos três tipos de entidades económicas: os bens (o pão) que tem
utilidades em si, os recursos ou factores produtivos (terra, trabalho e capital) e
recursos intermédios, que são produzidos mas não tem utilidade em si.

 Obtemos assim um gráfico muito importante em Economia: a Fronteira de


Possibilidade de Produção (FPP) ou Curva de Possibilidades de Produção
(CPP).

FPP ou CPP representa o lugar geométrico dos pontos de produção máxima de


bens, dado um certo montante de recursos disponíveis.

Exemplo de FPP:

SUPOSIÇÃO: economia produz apenas 2 bens: bem X e bem Y. As alternativas de


produção são as seguintes:

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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
FPP ou CPP

Fronteira de Possibilidades Trade off da


de Produção sociedade
800
750
Modelo: 2 Bens 700 700 A obtenção
Qtd. Prod. Y

utilizando em 600 600 de alguma


conjunto todos 500
coisa, porém,
450 abrindo mão
os Fatores de 400
Produção. de outra.
300
250
200
100
0 0 “Nada é de
0 100 200 300 graça”

Qtd. Produzida de X
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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
FPP ou CPP
A – Capacidade Ociosa (Ineficiência)
Fronteira de
Neste ponto o custo de oportunidade é Possibilidades de
zero, pois não é necessário sacrifício
Produção
de recursos produtivos para aumentar a
produção de umbem, ou mesmo, dois bens. 750

Qtd. Prod. Y
D
B
B, C – Não há como produzir mais, sem 450
reduzir a produção do outro.
C
- Combinações de produto - (Nível de 250
produto Eficiente / Pleno Emprego)
A

D – Nível impossível de produção. 150 200 250


Posição inalcançável no período
imediato. Qtd. Produzida de X
Microeconomia
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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO

Custo de Oportunidade ou Custo alternativo / Custo implícito

 O custo de algo é o valor do que de melhor deixamos de fazer para fazer o que
fizemos.
Ex.: se você compra um livro por 250,00Mt, o seu custo não é o que você pagou, mas o
valor do que você deixou de fazer com esses 250,00MT, para poder comprar esse
livro.

 Em geral o custo de oportunidade de algo é definido pelo benefício da melhor


alternativa sacrificada. Repare-se que em Economia, na verdade, não há custos.
O que existem são benefícios das alternativas.

 Em termos de produção, é o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção


de um bem, em termos da produção alternativa sacrificada.

 O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la.


Microeconomia
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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO

Trade off Frontei ra de


Ex.: Possi bi l i dades de
+ Produto X Produção
B => C
- Produto Y 750

Qtd. Prod. Y
D
450 B
Custo de Oportunidade
C
250
Ex.:
A
O custo de
C => B oportunidade 150 200 250
de 200 unid. de Qtd. Produzida de X
Y é 50 de X.
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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO

Razão do formato de CPP


Fronteira de Possibilidades
=> Decrescente, em virtude do sacrifício que de Produção
tem de ser feito ao optar-se pela produção de um 750
bem quando os recursos estão plenamente 700

Qtd. Prod. Y
empregados (aumentar a produção de X implica 600
a queda da produção do bem Y.
450
=> côncava em relação a origem em virtude da
chamada Lei dos custos crescentes (também
chamada Lei dos rendimentos decrescentes).
250
Para atrair trabalhadores que estão empregados
no sector do bem X e deslocá-los para sector do
bem Y, deverão ser oferecidos salários maiores, e 50 100 150 200 250
vice-versa. Portanto, os custos serão
gradativamente crescentes. Qtd. Produzida de X

Microeconomia
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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO

Mudanças na CPP
Deslocamentos Positivos:
Decorrem da expansão ou
melhoria dos fatores de Positivo
produção disponíveis.
(Crescimento Económico)

Deslocamentos Negativos:
Negativo
Decorrem da redução ou
progressiva desqualificação do
factores de produção
disponíveis.

Microeconomia
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1.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA


MICROECONOMIA VERSUS MACROECONOMIA

Microeconomia: estuda o comportamento de consumidores e produtores e o


mercado no qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e
quantidades em mercados específicos.

Macroeconomia: estuda a determinação e o comportamento dos grandes


agregados, como PIB, consumo nacional, investimento agregado, exportação, nível
geral de preços, etc., com o objectivo de delinear uma política económica.

Das definições anteriores podemos destacar as seguintes diferenças:


ACTORES
RAMO DA ECONOMIA PERSPECTIVA VARIÁVEIS
ECONÓMICOS
Individuais. Exemplo:
Específicos. Exemplo:
Microeconomia Individual quantidade produzida por
o consumidor.
uma só empresa.
Globais. Exemplo: um Agregadas. Exemplo: o PIB
Macroeconomia Geral
país. de um país.

Microeconomia
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1.2. PRINCÍPIOS DE ECONOMIA


PRINCÍPIO 1: Escolhas e trade-offs (As Pessoas Enfrentam Trade-offs)
No processo de escolha, os agentes económicos — indivíduos, empresas,
sociedades, etc. enfrentam trade-offs (confronto ou comparação) entre
factores que de alguma forma se opõem (sendo necessário sacrificar um em
prol de outro), a fim de atingir a melhor combinação.

“Nada é de graça”. Para conseguirmos algo que queremos, geralmente


precisamos abrir mão de outra coisa de que gostamos. A tomada de decisões
exige escolher um objectivo em detrimento de outro.

Consideremos, por EXEMPLO:


 Uma ESTUDANTE que precisa decidir como alocar seu recurso mais
precioso, o tempo: Pode passar todo o seu tempo estudando economia,
ou estudando psicologia, ou pode dividir seu tempo entre as duas
disciplinas.
 Um CASAL decidindo como gastar sua renda familiar. Eles podem
comprar comida, roupas, ou pagar uma viagem para a família.
 Quando as pessoas estão agrupadas em SOCIEDADE, deparam - se com
tipos diferentes de trade-off: O trade-off clássico se dá entre “armas e
manteiga” Microeconomia
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1.2. PRINCÍPIOS DE ECONOMIA


PRINCÍPIO 2: Trade-offs e o “custo de oportunidade” (O Custo de
Alguma Coisa é Aquilo de que Você Desiste para Obtê-la)
Escolhas dos agentes económicos envolvem trade-offs; em geral, é
necessário sacrificar uma alternativa, para se obter o que se escolheu. Do
ponto de vista económico, o custo da alternativa escolhida é dado pelo
valor da melhor alternativa que foi preterida.

 Se você, como ESTUDANTE, considera a opção de ficar em casa


estudando ou sair com os amigos, o custo de oportunidade de sua saída
serão as horas de estudo que você vai perder (e os benefícios que tiraria
disso). É, portanto, o que se “perde” (ou se deixa de ganhar) ao fazer
uma escolha qualquer.

 “Custo”, em Economia, significa, essencialmente, custo de oportunidade.


Num investimento, por EXEMPLO, custo de oportunidade são os lucros
que o empresário deixou de ganhar em oportunidades alternativas de
investimento.

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1.2. PRINCÍPIOS DE ECONOMIA


PRINCÍPIO 3: Escolha e decisão “na margem” (As Pessoas Racionais
Pensam na Margem)

Muitas escolhas e decisões económicas só têm sentido se feitas na margem,


ou seja, considerando não grandezas totais (como custos ou receitas), mas
os acréscimos a esses valores associados à decisão considerada.

Vejamos os EXEMPLOS:

 O caso de VIAGENS AÉREAS quando a venda de passagens, ao preço


normal, deixa lugares vagos nos aviões. Nesse caso, o custo de transportar
uma pessoa adicional — ou seja, o custo marginal — é irrelevante para a
companhia aérea. Valerá a pena, então, oferecer os assentos que ficariam
vagos a preços muito inferiores ao normal, o que traz para a companhia
ganhos de publicidade e de conquista de novos passageiros.

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1.2. PRINCÍPIOS DE ECONOMIA


PRINCÍPIO 3: Escolha e decisão “na margem” (As Pessoas Racionais
Pensam na Margem)

 Comparando ÁGUA E DIAMANTES. Quando consideramos o benefício


trazido por um balde de diamantes e um balde de água, o relevante é
considerar o benefício marginal de cada um. Qual traz maior benefício
marginal? Depende. No deserto e morrendo de sede, escolheria água
(com benefício marginal superior ao das pedras preciosas. Mas, à medida
que for saciando sua sede, o benefício trazido pela água irá diminuindo, e
o interesse nos diamantes passará a ser maior. O benefício marginal da
água é decrescente. E o processo de escolha é afectado pelo facto de o
benefício marginal ser decrescente.

Outro conceito importante em microeconomia: O ganho marginal


derivado do consumo de um dado bem (ou a utilidade marginal)
decresce, em geral, com a quantidade consumida.

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1.2. PRINCÍPIOS DE ECONOMIA


PRINCÍPIO 4: Decisões e incentivos (As Pessoas Reagem a Incentivos)
Os agentes económicos respondem a incentivos. As pessoas analisam e
comparam custos e benefícios ao tomar decisões, seu comportamento e
suas escolhas podem mudar quando mudam os custos ou os benefícios
envolvidos.

Vejamos ALGUNS EXEMPLOS:


 Incentivos financeiros: se o preço das bananas sobe, há um incentivo maior
para que as pessoas comprem outras frutas… mas, o preço mais alto das
bananas trará estímulo aos que cultivam a fruta, os quais tenderão a
aumentar sua produção… Incentivos ao consumo quanto à produção.
 Incentivos morais: a desaprovação social a certas práticas, como a de
jogar detritos nas ruas, faz com que pessoas bem-educadas as evitem. A
conscientização quanto a questões ambientais tem induzido mudanças
de comportamento, no sentido da preservação do meio ambiente.
Quando tomamos decisões, portanto, levamos em consideração não
apenas o custo de oportunidade de cada escolha ou a análise “marginal”
dessa escolha, mas também os incentivos, positivos ou negativos,
associados a certas opções. Microeconomia
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1.2. PRINCÍPIOS DE ECONOMIA


PRINCÍPIO 5: Especialização na produção e trocas (O Comércio Pode
Ser Bom para Todos)

Numa colectividade onde há especialização de funções e trocas entre


produtores, todos podem viver melhor do que num mundo onde cada um
produz tudo o que consome.

EXEMPLO:
 Se o padeiro faz só pães, o sapateiro sapatos, e o alfaiate roupas, a
produção desses itens será mais eficiente do que se cada produtor fabricasse
todos eles.
A especialização está associada à troca: cada um produz seu artigo e o
vende, e com o produto da venda compra os demais artigos para seu
consumo. Como a produção é maior, com a especialização de funções, em
princípio todos podem viver melhor.
Essa é uma proposição da maior importância: o comércio entre produtores
pode melhorar a vida de todos.
Microeconomia
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1.2. PRINCÍPIOS DE ECONOMIA


PRINCÍPIO 6: Trocas e mercados (Os Mercados São Geralmente uma
Boa Maneira de Organizar a Actividade Económica)

A melhor forma de se organizar o sistema de especialização de funções e


trocas entre produtores na maioria dos casos é pelo funcionamento livre dos
mercados, sendo a alocação de recursos determinada, de forma
descentralizada, pela interacção entre os agentes económicos, cada um
tomando decisões guiado pelos seus próprios interesses e pela sinalização
dada pelos preços.

Funcionamento das PADARIAS: centralização das decisões (quais? e


quantos pães produzir?), muita burocracia e ineficiência. É melhor deixar o
mercado funcionar.

Em suma, as decisões de cada um, orientadas por seu próprio interesse


individual, têm como resultado uma situação desejável para a
colectividade.

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1.2. PRINCÍPIOS DE ECONOMIA


PRINCÍPIO 7: Falhas de mercado e funções económicas do Governo
(Às Vezes os Governos Podem Melhorar os Resultados dos Mercados)
Quando o mercado não funciona adequadamente (quando há “falhas de
mercado”), é necessária a intervenção, indicando uma acção correctiva ou
de coordenação por parte do governo.

Por EXEMPLO, são desejáveis e necessárias acções do governo:


 Quando há um conflito entre o interesse individual e o colectivo
 No sentido de reduzir desigualdades, seja diminuindo o poder de mercado
de certos agentes seja por acções directas de distribuição de renda, ou
por outros instrumentos
 Na efectivação de investimentos de infra-estruturas e na provisão de
serviços de educação e saúde.
 No sentido de garantir o cumprimento de contractos entre agentes
económicos (como no caso de empréstimos e financiamentos).
 No sentido de promover investimentos em determinados sectores

Microeconomia
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1.2. PRINCÍPIOS DE ECONOMIA


PRINCÍPIO 8: Padrões de vida e produtividade (O Padrão de Vida de
um País Depende de sua Capacidade de Produzir Bens e Serviços)

O que explica a riqueza, ou pobreza, de países ou de regiões?


 A disponibilidade de certos recursos
 Instituições estáveis e confiáveis facilitam o investimento e, por consequência,
o crescimento económico.
 O padrão de vida médio de um país depende de sua capacidade de
produzir bens; e essa capacidade produtiva tem relação directa com a
eficiência, a produtividade de sua economia.
E de que depende a produtividade?
 Muito da tecnologia de produção: máquinas mais eficientes produzem mais
 Do nível de preparação, da educação e experiência da força de trabalho.

Os conceitos e princípios básicos, reunidos acima, serão a base de muitos conteúdos


que virão pela frente, servindo de fundamento para análises mais elaboradas.

Resolva Aula Prática 1 (AP1)


Microeconomia

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