Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
RECLAMAÇÃO
O ato impugnado na reclamação deve ser posterior à decisão paradigma que se alega violada
Importante!!!
Na reclamação fundada no descumprimento de decisão emanada pelo STF, o ato alvo de
controle deve ser posterior ao paradigma.
Ex: em 2016, o Juiz proferiu decisão negando a homologação do acordo de colaboração
premiada celebrado com o Delegado de Polícia sob o argumento de que a autoridade policial
não poderia firmar esse pacto. Em 2018, o STF proferiu decisão afirmando que o Delegado de
Polícia pode formalizar acordos de colaboração premiada na fase de inquérito policial. Não
cabe reclamação contra esta decisão do Juiz de 2016 sob o argumento de que ela teria violado
o acórdão do STF de 2018. Isso porque só há que se falar em reclamação se o ato impugnado
por meio desta ação é posterior à decisão paradigma.
STF. 2ª Turma. Rcl 32655 AgR/PR, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 23/4/2019 (Info 938).
DIREITO PENAL
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA
Possibilidade de aplicar o regime inicial aberto ao condenado por furto, mesmo ele sendo
reincidente, desde que seja insignificante o bem subtraído
A reincidência não impede, por si só, que o juiz da causa reconheça a insignificância penal da
conduta, à luz dos elementos do caso concreto.
No entanto, com base no caso concreto, o juiz pode entender que a absolvição com base nesse
princípio é penal ou socialmente indesejável. Nesta hipótese, o magistrado condena o réu, mas
utiliza a circunstância de o bem furtado ser insignificante para fins de fixar o regime inicial
aberto. Desse modo, o juiz não absolve o réu, mas utiliza a insignificância para criar uma
exceção jurisprudencial à regra do art. 33, § 2º, “c”, do CP, com base no princípio da
proporcionalidade
STF. 1ª Turma. HC 135164/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado
em 23/4/2019 (Info 938).
Importante!!!
Na reclamação fundada no descumprimento de decisão emanada pelo STF, o ato alvo de
controle deve ser posterior ao paradigma.
Ex: em 2016, o Juiz proferiu decisão negando a homologação do acordo de colaboração
premiada celebrado com o Delegado de Polícia sob o argumento de que a autoridade policial
não poderia firmar esse pacto. Em 2018, o STF proferiu decisão afirmando que o Delegado de
Polícia pode formalizar acordos de colaboração premiada,na fase de inquérito policial. Não
cabe reclamação contra esta decisão do Juiz de 2016 sob o argumento de que ela teria violado
o acórdão do STF de 2018. Isso porque só há que se falar em reclamação se o ato impugnado
por meio desta ação é posterior à decisão paradigma.
STF. 2ª Turma. Rcl 32655 AgR/PR, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 23/4/2019 (Info 938).
DIREITO TRIBUTÁRIO
IPI
Empresas que adquirem insumos, matéria prima e material de embalagem de indústrias da ZFM
possuem direito ao creditamento de IPI mesmo que a venda tenha ocorrido sob o regime de
isenção
ISSQN
É inconstitucional lei municipal que crie restrições não previstas no art. 9º, §1º, do DL 406/68
para que sociedades de advogados tenham direito ao regime do ISSQN Fixo
DIREITO FINANCEIRO
ORÇAMENTO
LC federal deve fixar os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde, não podendo norma de
Constituição estadual ou lei orgânica prever esses percentuais
A LC federal 141/2012 fixa os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde.
O art. 11 desta Lei estabelece que as Constituições dos Estados ou as Leis Orgânicas dos
Municípios podem fixar valores mais altos do que o previsto na LC 141/2012 de repasses em
prol da saúde.
O STF julgou inconstitucional esse art. 11 da LC 141/2012 porque, segundo o art. 198, § 3º, I,
da CF/88, os percentuais mínimos que os Estados, DF e Municípios são obrigados a aplicar na
saúde devem estar previstos em lei complementar federal editada pelo Congresso Nacional,
não podendo isso ser delegado para os Estados/DF e Municípios.
Além disso, o STF afirmou que são inconstitucionais normas da Constituição Estadual que
prevejam percentuais de aplicação mínima na saúde em patamares diferentes daquele fixado
pela Lei complementar federal.
STF. Plenário. ADI 5897/SC, Rel. Min. Luz Fux, julgado em 24/4/2019 (Info 938).