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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
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AULA 09
Olá pessoal!
SUMÁRIO
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CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
NOÇÕES GERAIS
1 Sendo pessoa jurídica e, portanto, apta a contrair direitos e obrigações, o Estado possui a capacidade
necessária que lhe permite figurar como sujeito de contratos.
2 Abrangendo a Administração direta e indireta, inclusive as entidades com personalidade jurídica de
direito privado sob controle do poder público e das fundações por ele instituídas ou mantidas.
CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO
Contratos da
Administração
Contratos
Contratos de
administrativos
direito privado
(direito público)
Contratos administrativos
Diferentemente dos contratos privados, os contratos
administrativos são regidos predominantemente pelo direito público.
Mas, havendo alguma lacuna legislativa no trato de determinada situação,
*****
Vistas as principais diferenças entre os contratos de direito privado
firmados pela Administração e os contratos administrativos propriamente
ditos, passemos a nos concentrar apenas nestes últimos, começando pelo
seu conceito.
CONCEITO
O ponto chave dessa definição está na parte que diz que os contratos
administrativos são “regulados basicamente pelo direito público”.
Afinal, só o fato de o Estado ser sujeito na relação contratual não
serve, isoladamente, para caracterizar o contrato administrativo. O
mesmo deve ser dito em relação ao objeto: é que não só os contratos
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CARACTERÍSTICAS
CoFOCoI
Co nsensuais
F ormais
O nerosos
CO mutatividade
I ntuitu personae
FORMALISMO
Lei 8.666/1993.
Em regra, os contratos administrativos devem ser formais e
escritos.
Porém, nem sempre o contrato verbal é nulo e sem nenhum
efeito, pois, o próprio legislador autoriza sua celebração para pequenas
compras (e não serviços, cuidado!) de pronto pagamento (valores não
superiores a R$ 4.000,00), o chamado regime de adiantamento (art. 60,
parágrafo único).
Ademais, todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de
seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o
número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a
6Concorrência e tomada de preços são modalidades de licitação, assunto que estudaremos na próxima
aula.
3. (Cespe – TRT10 2013) Para os fins legais, somente será considerado contrato o
ajuste firmado entre a administração pública e particular que seja assim
Gabarito: Certo
ONEROSIDADE E COMUTATIVIDADE
prevista no edital; e
prevista no contrato; e
5. (Cespe – MTE 2014) Todos os contratos para os quais a lei exige licitação são
firmados intuitu personae, ou seja, em razão de condições pessoais do contratado,
apuradas no procedimento da licitação.
art. 13:
§ 3o A empresa de prestação de serviços técnicos especializados que apresente
relação de integrantes de seu corpo técnico em procedimento licitatório ou
como elemento de justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, ficará
obrigada a garantir que os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente os
serviços objeto do contrato.
CLÁUSULAS NECESSÁRIAS
CLÁUSULAS EXORBITANTES
ALTERAÇÃO UNILATERAL
12Nesse exemplo, estamos desconsiderando eventuais atualizações do valor inicial do contrato. Mas não
se esqueça de que o limite de acréscimos e supressões (25% ou 50%, conforme o caso) incide sobre o
valor inicial atualizado do contrato.
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as
devidas justificativas, nos seguintes casos:
(...)
II - por acordo das partes:
RESCISÃO UNILATERAL
Gabarito: Errado
FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO
14. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) Não cabe à fiscalização paralisar e(ou)
solicitar o refazimento de qualquer serviço que não seja executado em conformidade
com o projeto, norma técnica ou qualquer disposição oficial aplicável ao objeto do
contrato.
Comentário: Nos termos do art. 67, §1º da Lei 8.666/1993, o “representante
da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências
relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário
à regularização das faltas ou defeitos observados”. Assim, se o fiscal verificar
que o serviço está sendo executado em desconformidade com o projeto,
norma técnica ou qualquer outra disposição oficial aplicável ao objeto do
contrato, ele possui amparo legal para tomar as medidas necessárias para o
exato cumprimento do contrato, entre elas, paralisar ou solicitar o refazimento
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nele previstos.
Comentários: A redução no número de postos de vigilância previstos
num contrato de prestação de serviços de segurança não constitui simples ato
de fiscalização, a fim de assegurar a correção das faltas ou defeitos
observados, e sim efetiva alteração do contrato (diminuição quantitativa do
objeto), com impacto no valor devido pela Administração. Portanto, trata-se de
medida que extrapola as competências do fiscal do contrato, cuja missão é
acompanhar e fiscalizar o correto cumprimento daquilo que está previsto no
ajuste. No caso, se o fiscal verificar a necessidade de alterar o contrato para
diminuir o número de postos, aplica-se a hipótese do art. 67, §2º da Lei
8.666/1993, pelo qual as “decisões e providências que ultrapassarem a
competência do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em
tempo hábil para a adoção das medidas convenientes”.
Gabarito: Errado
APLICAÇÃO DE SANÇÕES
17. (Cespe – TCU 2010) A declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com
a administração pública constitui sanção, aplicável ao contratado, que não admite
reabilitação.
Comentário: A questão está errada. Nos termos do art. 87, IV da Lei
8.666/1933, a empresa declarada inidônea para licitar com a Administração
poderá ser reabilitada após dois anos da aplicação dessa sanção, sempre que
o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes. Vejamos:
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá,
garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar
com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública
enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja
promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade,
que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos
prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso
anterior.
Gabarito: Errado
quaisquer tributos.
Comentário: O quesito está correto. Em regra, as sanções de advertência,
multa, suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de
contratar, e a declaração de inidoneidade são aplicadas ao contratado em
razão da inexecução total ou parcial do contrato (Lei 8.666/1993, art. 87, caput).
Todavia, nos termos do art. 88 da lei, as sanções suspensão temporária
de participação em licitação e impedimento de contratar e a declaração de
inidoneidade, especificamente, também podem ser aplicadas às empresas ou
aos profissionais que, em razão dos contratos administrativos firmados com a
Administração Pública:
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA
Ocupação temporária
19. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) Em casos de faltas contratuais por parte
do contratado, é assegurado ao ente contratante o direito de intervir na execução do
contrato, de modo a garantir a continuidade de um serviço público considerado
essencial à sociedade.
Comentário: O item está correto. A possibilidade de ocupação temporária
de bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato
é uma das cláusulas exorbitantes previstas na lei que colocam a
Administração em um patamar superior em relação à outra parte do contrato, a
fim de assegurar a continuidade de serviços essenciais ao interesse público.
Eis o teor da lei:
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere
à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
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EXIGÊNCIA DE GARANTIAS
Seguro-garantia
Fiança bancária
Caução
REGRA: até 5%
Seguro do valor do
Fiança contrato
Contratual
EXCEÇÃO: até Contratações de
10% do valor do grande vulto e
Garantia contrato complexidade
até 1% do valor
Proposta orçado
21. (Cespe – MIN 2013) A prestação de garantia pelo particular é obrigatória para a
execução de contratos administrativos, por constituir exigência expressa em lei.
Comentário: A questão está errada. A prestação de garantia pelo
particular não é obrigatória para a execução de contratos administrativos.
Podem existir contratos administrativos cuja execução não é coberta por
nenhuma garantia prestada pelo contratado, daí o erro. Na verdade, a
Administração poderá, a seu critério, exigir garantia para assegurar o
cumprimento do contrato. Para tanto, deve prever tal exigência de forma
expressa no instrumento convocatório da licitação. É claro que, se a
Administração, no uso do seu poder discricionário, exigir a constituição de
garantia, aí sim o contratado será obrigado a optar por uma das modalidades
previstas na lei, quais sejam, caução, seguro ou fiança bancária (o contratado
deverá optar por uma, mas não deixar de escolher alguma).
Gabarito: Errado
Até 60 meses e
Serviços de execução
excepcionalmente por
continuada
mais 12 meses
Exceção
Aluguel equipamentos e
Até 48 meses
programas informática
Segurança nacional e
Até 120 meses inovação tecnológica
(licitação dispensável)
Por fim, cumpre anotar que, nos termos do art. 57, §2º da
Lei 8.666/1993, a prorrogação de prazo (mantidas as demais cláusulas
do contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-
financeiro) deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada
pela autoridade competente para celebrar o contrato.
A lei enumera as seguintes razões que podem ensejar a prorrogação
do prazo do contrato:
Alteração do projeto ou especificações, pela Administração;
Superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade
das partes, que altere fundamentalmente as condições de execução do
contrato;
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XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso
pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura
de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por
decreto;
XXVIII para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam,
cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão
especialmente designada pela autoridade máxima do órgão.
XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei no 10.973, de
2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela constantes. [a Lei
dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente
produtivo e dá outras providências
22. (Cespe – MPU 2010) A duração de contratos regidos pela Lei de Licitações está
limitada à vigência dos créditos orçamentários referentes a tais contratos. A única
exceção feita por essa lei são os projetos cujos produtos estejam contemplados nas
metas estabelecidas no plano plurianual, os quais podem ser prorrogados se houver
interesse da administração.
Comentários: De fato, é verdade que a duração de contratos regidos pela
Lei de Licitações está limitada à vigência dos créditos orçamentários
referentes a tais contratos. Também é correto que, como exceção, os projetos
cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no plano
plurianual podem ser prorrogados se houver interesse da administração,
nesse caso, até o máximo de 4 anos. O erro é que a lei prevê outras exceções.
São elas: 71229128417
Gabarito: Errado
23. (Cespe – TCU 2010) Quando regidos pela Lei n.o 8.666/1993, os contratos
relativos ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática
devem ter duração adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários.
Comentário: O quesito está errado. Em regra, os contratos
Fiscais
Comerciais Da empresa contratada
ENCARGOS
Trabalhistas
Previdenciários Solidária com a Adm.
Na ADC 16/DF, o Supremo Tribunal Federal declarou que o art. 71, §1º da Lei
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17 Rcl-AgR 12.758/DF
18 De acordo com o art. 6º, V da Lei 8.666/1993, considera-se obras, serviços e compras de grande vulto -
aquelas cujo valor estimado seja superior a 25 vezes o limite para a licitação na modalidade concorrência
de obras e serviços de engenharia (R$ 1,5 milhão).
Compras ou locação de
equipamentos EXCEÇÃO:
equipamentos de
grande vulto - termo
circunstanciado
- Gênereos perecíveis
- Serviços técnicos
Definitivo (dispensado
profissionais Recibo
o provisório)
- Obras e serviços até
R$ 80 mil
EXTINÇÃO DO CONTRATO
Anulação
Rescisão
ANULAÇÃO
26. (Cespe – TCU 2012) Aplica-se ao contrato administrativo a teoria das nulidades,
segundo sua configuração tradicional do direito privado. Assim, a declaração de
nulidade do contrato administrativo opera retroativamente, impedindo os efeitos
jurídicos que ele deveria produzir e desconstituindo os já produzidos, o que isenta
inteiramente a administração pública do dever de indenizar o contratado.
Comentário: Em se tratando de ilegalidade verificada nos contratos de
RESCISÃO
27. (Cespe – TJDFT 2013) Suponha que, na execução de determinada obra pública,
o contratado paralise a obra sem justa causa e sem prévia comunicação à
28. (Cespe – Polícia Federal 2013) Considere que uma empresa vencedora de
certame licitatório subcontrate, com terceiro, o objeto do contrato firmado com a
administração pública, apesar de não haver previsão expressa para tanto no edital
ou no contrato. Nessa situação, caso o contrato seja prestado dentro do prazo
estipulado e com estrita observância aos critérios de qualidade impostos
contratualmente, não poderá a administração rescindir o contrato unilateralmente,
visto que não se configura hipótese de prejuízo ou descumprimento de cláusulas
contratuais.
Comentário: O quesito está errado, pois a subcontratação (sempre
parcial) só é permitida se houver previsão expressa no edital e no contrato.
Além disso, a subcontratação deve estar dentro do limite admitido, em cada
caso, pela Administração. Se não for observada alguma dessas três condições
cumulativas, a subcontratação é ilegal, o que é motivo para a rescisão
unilateral do contrato, nos termos do art. 78, VI da Lei 8.666/1993.
Gabarito: Errado
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29. (Cespe – CNJ 2013) Considere que uma sociedade empresária tenha celebrado
contrato administrativo de prestação de serviço com determinado órgão público.
Nessa situação hipotética, caso a administração julgue conveniente a substituição
da garantia de execução, o contrato poderá ser alterado unilateralmente.
Comentário: Durante a execução do contrato, a Administração não pode
exigir, unilateralmente, a alteração da garantia, daí o erro. A troca só é possível
se houver acordo entre as partes, nos termos do art. 65, II, “a” da Lei 8.666:
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas
justificativas, nos seguintes casos:
(...)
TEORIA DA IMPREVISÃO
Maria Sylvia Di Pietro ensina que a álea ordinária, por se referir aos
riscos comuns a qualquer contrato, decorrentes das flutuações ordinárias
do mercado, deve ser suportada pelos contratados, ou seja, não ensejam
a revisão/rescisão do contrato. Por outro lado, as outras áleas
(administrativa e econômica) são extraordinárias ou extracontratuais,
podendo levar a diferentes resultados: a revisão (reequilíbrio) do
contrato, sua dilação temporal (prorrogação) ou mesmo rescisão sem
culpa das partes.
A seguir, vamos examinar as áleas extraordinárias, circunstâncias
que conferem a característica de mutabilidade aos contratos
administrativos. São elas: fato do príncipe, fato da Administração, caso
fortuito e força maior e interferências imprevistas.
Atos ou omissões da
Fato da Administração que
Administração incidem diretamente
sobre o contrato
TEORIA DA
IMPREVISÃO
Eventos imprevisíveis ou
Caso fortuito e força inevitáveis que impedem
maior ou oneram a execução do
contrato
Fatos imprevistos,
Interferências preexistentes, que
imprevisíveis oneram, mas não
impedem a execução
FATO DO PRÍNCIPE
FATO DA ADMINISTRAÇÃO
INTERFERÊNCIAS IMPREVISTAS
30. (Cespe – MPE/TO 2012) O regime jurídico dos contratos previsto na Lei n.º
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31. (Cespe – GDF 2013) Dada a necessidade de aumento da rede pública de ensino
do estado Y, o secretário de educação, com o intuito de construir uma nova escola
pública, resolveu consultar a procuradoria do estado para que esta esclarecesse
algumas dúvidas relacionadas ao modelo licitatório e às normas contratuais
aplicáveis à espécie.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Desde que haja previsão editalícia e contratual, e depois de demonstrada
analiticamente a variação dos custos, a eventual contratada no processo licitatório
poderá solicitar a repactuação dos preços ajustados.
Comentário: O item está errado. Primeiramente, ressalte-se que a
repactuação dos preços, a fim de restabelecer o equilíbrio econômico-
financeiro do contrato, só pode ser efetuada na ocorrência de fatos
imprevisíveis, extraordinários e extracontratuais (a chamada álea
extraordinária) e, mesmo assim, quando sua ocorrência provoque ou um
desequilíbrio excessivo da equação econômico-financeira original ou a
impossibilidade da execução do contrato a contento. A simples variação de
custos, decorrente de oscilações comuns de mercado (a chamada álea
ordinária), não é motivo para a revisão, pois faz parte do risco econômico a
que se sujeita qualquer empresário.
Contudo, o erro da questão, a meu ver, é que a possibilidade de revisão
do contrato na ocorrência de fatos enquadráveis na álea extraordinária não
precisa estar prevista no edital ou no contrato, pois constitui cláusula implícita
em todo contrato de execução prolongada.
Gabarito: Errado
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Contratos
administrativos
CONTRATOS DE SERVIÇO
Empreitada integral
Tarefa
de terraplanagem.
Na empreitada integral, a Administração contrata um
empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as
etapas das obras, serviços e instalações necessárias. Normalmente
diz respeito a objetos revestidos de maior vulto e complexidade. Nesse
regime, o contratado assume inteira responsabilidade pela execução do
objeto até a entrega à Administração contratante para uso. Ex: construção
de um hospital, incluindo, além do edifício em si, os leitos, as máquinas e
os demais equipamentos necessários ao funcionamento; ou seja, o
empreiteiro entrega o objeto pronto para uso. Repare que a empreitada
integral não se confunde com a empreitada por preço global. No nosso
Pequenos
Tarefa
trabalhos
CONTRATOS DE FORNECIMENTO
CONTRATOS DE CONCESSÃO
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CONTRATOS CONVÊNIOS
Interesses Interesses
opostos comuns
QUESTÕES DE PROVA
32. (ESAF – Susep 2010) Caracterizam-se por serem regidos pelo direito privado
quanto ao conteúdo e aos efeitos, porém sem ignorar as limitações trazidas pelo
regime jurídico público, os contratos de:
a) fornecimento de mão de obra.
b) locação em que o Poder Público seja locatário.
c) concessão de serviço público. 71229128417
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a) 1 / 2 / 3
b) 3 / 1 / 2
c) 2 / 1 / 3
d) 1 / 3 / 2
e) 3 / 2 / 1
Comentário: Revisão, reajuste e repactuação não são a mesma coisa. A
relação correta é a seguinte:
Repactuação: solução aplicável apenas para os contratos de serviços
contínuos, que venham a ser objeto de renovação, de forma a garantir a
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato em face da
variação dos custos contratuais (principalmente custos trabalhistas). Deve
haver previsão para tanto no instrumento convocatório.
Revisão: consiste em análise realizada ordinária e extraordinariamente,
destinada a reestabelecer a relação original entre encargos e vantagens,
independentemente de previsão contratual. Resume-se numa comparação
entre as situações existentes em dois momentos distintos.
Reajuste: envolve uma previsão contratual de indexação da remuneração
devida ao particular a um determinado índice (ex: índice de inflação), de
modo a promover a alteração do preço periodicamente de acordo com a
variação do referido índice.
Gabarito: alternativa “b”
II. A lei faculta à Administração Pública substituir o instrumento de contrato por outro,
como, por exemplo, a Nota de Empenho, para valores situados abaixo dos limites de
Tomada de Preços e Concorrência.
III. Os contratos podem ser alterados unilateralmente pela Administração Pública
quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor
adequação técnica aos seus objetivos.
IV. A variação do valor contratual em razão de reajustes nele previstos é também
considerada alteração contratual.
a) V,V,V,F
b) F,V,F,V
c) F,V,F,F
d) V,F,V,V
e) V,V,F,V
Comentários: Vamos analisar cada alternativa:
I) VERDADEIRO, nos termos do art. 61, parágrafo único da Lei 8.666/1993:
Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus
aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia,
será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua
assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu
valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei.
será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua
assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu
valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei.
37. (ESAF – CGU 2008) Na elaboração dos contratos a serem celebrados pela
Administração Pública, são cláusulas necessárias, exceto:
a) os casos de rescisão.
b) o regime de execução e a forma de recebimento.
c) o cronograma de desembolso dos recursos. 71229128417
39. (ESAF – CGU 2012) São contratos que podem durar além da vigência da Lei
Orçamentária Anual, exceto:
a) os contratos autorizados pelo plano plurianual.
b) a contratação de serviços contínuos.
c) a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade
certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade.
d) a contratação de equipamentos e programas de informática.
e) a locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da
administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua
escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo
avaliação prévia.
Comentários: De acordo com o art. 57 da Lei 8.666/1993, a duração dos
contratos administrativos ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos
orçamentários, exceto quanto aos relativos:
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no
Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da
Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão
ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção
de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta
meses; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática,
podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o
início da vigência do contrato.
V - às hipóteses previstas nos incisos IX [segurança nacional], XIX [material de uso
das Forças Armadas], XXVIII [alta complexidade tecnológica e defesa nacional] e
XXXI [pesquisa científica] do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120
(cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração.
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Portanto, as opções “a”, “b” e “d” estão contempladas nos incisos acima,
de tal sorte que ficamos entre as alternativas “c” e “e”. Quanto a esta última,
referente aos contratos de locação de imóveis para uso da Administração, a
jurisprudência do TCU entende que eles não estão sujeitos aos limites
constantes do art. 57 da Lei 8.666/1993 (Acórdão 1.127/2009-Plenário).
Portanto, só nos restou a letra “c”, que é o gabarito. Com efeito, a aquisição ou
restauração de obras de arte e objetos históricos constitui hipótese de
licitação dispensável, mas está prevista no inciso XV do art. 24 da
Lei 8.666/1993, ou seja, não está em um daqueles incisos do art. 24 que
autorizam a prorrogação por prazo superior à vigência dos créditos, conforme
se vê no art. 57, V, acima transcrito.
Gabarito: alternativa “c”
42. (ESAF – CGU 2008) São motivos para a rescisão do contrato administrativo,
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exceto:
a) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que
prejudique a execução do contrato.
b) a subcontratação total ou parcial do seu objeto, não admitidas no edital e no
contrato.
c) a alteração do valor do contrato para reduzi-lo em vinte por cento.
d) o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento.
e) o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos.
b) Quando a suspensão das obras se der em razão de interesse público, não há que
se falar em indenização ou reequilíbrio econômico-financeiro do contrato.
c) Como a paralisação da obra constava do termo de contrato, a contratada deveria
tê-la embutido no preço contratado.
d) Em se tratando de contrato administrativo, era dado à Administração rescindir ou
suspender unilateralmente o pactuado sem qualquer indenização.
e) A paralisação da obra, já prevista em instrumento contratual integra a álea
ordinária, ainda que o termo contratual disponha que haverá acordo a seu respeito.
Comentário: A jurisprudência do STJ a que o comando da questão se
refere é a seguinte decisão, tomada no REsp 734.696/SP, de 16/10/2007
(Informativo 336):
45. (ESAF – STN 2008) O regime jurídico dos contratos administrativos instituído
pela Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993, confere à Administração certas
prerrogativas em relação a eles. São prerrogativas da Administração Pública frente a
seus contratos, exceto:
a) modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse
público, respeitados os direitos do contratado.
b) fiscalizar-lhes a execução.
c) aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste.
d) exigir o cumprimento do contrato, sem alteração das condições inicialmente
pactuadas, independente da ocorrência de álea econômica ou administrativa.
46. (ESAF – MIN 2012) Não constitui cláusula exorbitante dos contratos
administrativos, legalmente prevista, a que estabeleça a seguinte possibilidade:
a) de aplicação de sanções pela Administração contratante.
b) de alteração unilateral de cláusulas contratuais.
c) de rescisão unilateral do contrato. 71229128417
47. (ESAF – CVM 2010) O regime jurídico dos contratos administrativos instituído
pela Lei n. 8.666/1993 confere à Administração, em relação a eles, as seguintes
prerrogativas, exceto:
a) modificá-los unilateralmente, respeitados os direitos do contratado.
b) aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste.
c) rescindi-los unilateralmente, nos casos especificados.
d) suspender pagamentos devidos, a título de sanção administrativa.
e) fiscalizar-lhes a execução.
Comentários: Dentre as alternativas, apenas a opção “d” não constitui
exemplo de cláusula exorbitante dos contratos administrativos. Com efeito,
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48. (ESAF – CVM 2010) A critério da autoridade competente, e desde que prevista
no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas
contratações de obras, serviços e compras, cabendo ao contratado optar por uma
das seguintes modalidades de garantia, exceto:
a) caução em dinheiro.
b) seguro-garantia.
c) cédula hipotecária.
d) fiança bancária.
e) caução em títulos da dívida pública.
Comentário: A resposta está no art. 56 da Lei 8.666/1993:
Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no
instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações
de obras, serviços e compras.
§ 1o Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia:
I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido
emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de
liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos
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49. (ESAF – CGU 2012) Determinada empresa "A" fora punida com a penalidade
inscrita no inciso IV do art. 87 da Lei n. 8.666/93. Passados seis meses após a
50. (ESAF – CGU 2012) Nos termos da IN 02, de 11/10/10 e alterações posteriores,
a única penalidade que exige requerimento junto à autoridade competente para a
cessação de seus efeitos é
a) a advertência estabelecida no inciso I do art. 87 da Lei n. 8.666/93.
b) a suspensão temporária estabelecida no inciso III do art. 87 da Lei n. 8.666/93.
c) a declaração de inidoneidade estabelecida no inciso IV do art. 87 da Lei n.
8.666/93.
d) a multa estabelecida no inciso II do art. 87 da Lei n. 8.666/93.
e) o impedimento de licitar e contratar, estabelecido no art. 70 da Lei n. 10.520/2002.
Por outro lado, a álea ordinária são os riscos inerentes ao negócio, ou seja,
riscos comuns, que podem e devem ser suportados pelo contratado, estando
fora do âmbito de aplicação da teoria da imprevisão, daí o gabarito.
Gabarito: alternativa “e”
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52. (ESAF – CGU 2012) A empresa "X", contratada pela União Federal, por
intermédio do Ministério da Fazenda para prestar serviços de limpeza, conservação
e asseio, solicita ao contratante a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro
do contrato em virtude do aumento salarial determinado por dissídio coletivo da
categoria profissional e com base na teoria da imprevisão.
Acerca da situação fática acima narrada e de acordo com a jurisprudência
majoritária no STJ, assinale a opção correta.
a) O dissídio coletivo é acontecimento imprevisível capaz de legitimar a aplicação da
teoria da imprevisão.
b) O dissídio coletivo é acontecimento previsível, porém de consequências
incalculáveis e, portanto, legitima a aplicação da teoria da imprevisão.
53. (Cespe – DP/MA 2011) Com relação ao que estabelece a Lei de Licitações
acerca dos contratos administrativos, assinale a opção correta.
a) Será nulo e sem nenhum efeito o contrato verbal com a administração, ainda que
seu objeto envolva pequenas compras de pronto pagamento.
b) Os contratos podem ser alterados unilateralmente pela administração quando
conveniente a substituição da garantia de execução.
c) As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos
podem ser alteradas sem prévia concordância do contratado.
d) A declaração de nulidade do contrato, imputável ao contratado, exonera a
administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado
até a data da declaração.
e) Tratando-se de serviços essenciais, é vedada a ocupação provisória de bens
móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, caso haja
rescisão do contrato administrativo.
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JURISPRUDÊNCIA
Bons estudos!
Erick Alves
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RESUMÃO DA AULA
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS: características
Administração atua nessa qualidade, com supremacia sobre o particular.
São regulados pelo direito público e, supletivamente, pelo direito privado.
Existência de cláusulas exorbitantes.
Natureza de contrato de adesão (cláusulas fixadas unilateralmente pela Administração).
Onerosidade e comutatividade.
Formalismo:
o Instrumento formal de contrato é obrigatório -> valores de concorrência e tomada de preços (inclusive
em casos de dispensa e inexigibilidade), exceto compras com entrega imediata.
o É possível contratos verbais para pequenas compras.
Natureza pessoal (intuitu personae): admite subcontratação parcial apenas se houver previsão no edital e
no contrato e estiver dentro do limite autorizado pela Administração.
Mutabilidade (ex: alteração unilateral, teoria da imprevisão).
Contratos privados: seguro, financiamento, locação, prestação de serviço público em que a Administração é
usuária (regem-se, predominantemente, pelo direito privado e, no que couber, pelo direito público,
inclusive cláusulas exorbitantes).
CLÁUSULAS NECESSÁRIAS
I. Objeto.
II. Regime de execução ou forma de fornecimento.
III. Preço, condições de pagamento e critérios de ajuste.
IV. Prazos de início e de conclusão, de entrega.
V. Crédito pelo qual correrá a despesa.
VI. Garantias oferecidas, quando exigidas.
VII. Direitos e responsabilidades das partes, penalidades cabíveis e valores das multas.
VIII. Casos de rescisão.
IX. Reconhecimento de direitos da Administração em caso de rescisão por inexecução do contrato.
X. Condições de importação, quando for o caso.
XI. Vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou.
XII. Legislação aplicável.
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CLÁUSULAS EXORBITANTES
Por modificação do projeto ou das especificações;
Alteração Por acréscimo ou diminuição de seu objeto, em até 25% (ou até 50% de acréscimo em caso
unilateral de reforma de edifícios ou equipamentos).
Somente cláusulas de execução -> não pode alterar o equilíbrio econômico-financeiro.
Advertência
Multa
Aplicação de
Suspensão temporária de participação em licitação e de contratar, por até dois anos.
sanções
Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração enquanto
perdurarem os motivos da punição ou até a reabilitação, no mínimo após dois anos.
Poderá ser exigida garantia do contratado, até 5% do valor do contrato (até 10% em
contrato de grande vulto com alta complexidade).
Exigência de Deve haver previsão expressa no instrumento convocatório.
garantia Modalidades de garantia (opção do contratado): caução em dinheiro ou títulos da dívida
pública; seguro garantia; fiança bancária.
Não se confunde com garantia da proposta (até 1% do valor estimado do objeto).
Fiscalização Realizada por representante designado, permitida a contratação de terceiros para auxílio.
pela Poderá determinar o que for necessário à regularização dos problemas observados ou, se
Administração as decisões ultrapassarem sua competência, solicitá-las a seus superiores.
Restrições à Somente após 90 dias de atraso é que o contratado pode demandar a rescisão do contrato
oposição da administrativo ou, ainda, paralisar a execução dos serviços, após notificação prévia.
exceção do Em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, o
contrato não particular não poderá opor a exceção do contrato não cumprido mesmo diante de atraso de
cumprido pagamento superior a 90 dias.
TEORIA DA IMPREVISÃO
Eventos excepcionais e imprevisíveis, ou de consequências imprevisíveis, que provocam desequilíbrio da
equação econômico-financeira do contrato, e totalmente estranhos à vontade das partes.
Fato do príncipe: ato geral de Governo, não relacionado diretamente com o contrato, que proíbe ou
encarece a execução.
Fato da Administração: ato da Administração diretamente ligado ao contrato, que dificulta ou impede sua
execução.
Força maior: evento humano, como uma greve ou rebelião.
Caso fortuito: evento da natureza, como uma inundação.
Interferências imprevistas: fatos imprevisíveis, preexistentes ao contrato, mas só descobertos
posteriormente ao início da execução; oneram, mas não impedem a execução.
3. (Cespe – TRT10 2013) Para os fins legais, somente será considerado contrato o ajuste
firmado entre a administração pública e particular que seja assim expressamente
denominado em documento formal por escrito.
14. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) Não cabe à fiscalização paralisar e(ou) solicitar o
refazimento de qualquer serviço que não seja executado em conformidade com o projeto,
norma técnica ou qualquer disposição oficial aplicável ao objeto do contrato.
15. (Cespe – Bacen 2013) Durante a execução do contrato dos serviços de segurança e
vigilância do edifício sede do Banco Central do Brasil, o representante da administração
pública responsável por acompanhar e fiscalizar a execução do contrato tem autonomia
para autorizar a redução no número de postos de vigilância nele previstos.
municípios.
21. (Cespe – MIN 2013) A prestação de garantia pelo particular é obrigatória para a
execução de contratos administrativos, por constituir exigência expressa em lei.
22. (Cespe – MPU 2010) A duração de contratos regidos pela Lei de Licitações está limitada
à vigência dos créditos orçamentários referentes a tais contratos. A única exceção feita por
essa lei são os projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no
plano plurianual, os quais podem ser prorrogados se houver interesse da administração.
23. (Cespe – TCU 2010) Quando regidos pela Lei n.o 8.666/1993, os contratos relativos ao
aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática devem ter duração
adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários.
25. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) Considerados os limites estabelecidos pela lei, o
recebimento provisório ou definitivo da obra não exclui a responsabilidade civil e ético
profissional, por parte da contratada, pela solidez e segurança da obra ou do serviço e pela
perfeita execução do contrato.
26. (Cespe – TCU 2012) Aplica-se ao contrato administrativo a teoria das nulidades,
segundo sua configuração tradicional do direito privado. Assim, a declaração de nulidade do
contrato administrativo opera retroativamente, impedindo os efeitos jurídicos que ele deveria
produzir e desconstituindo os já produzidos, o que isenta inteiramente a administração
pública do dever de indenizar o contratado.
27. (Cespe – TJDFT 2013) Suponha que, na execução de determinada obra pública, o
contratado paralise a obra sem justa causa e sem prévia comunicação à administração.
Nesse caso, a administração estará legitimada a promover a rescisão do contrato após obter
autorização judicial em ação proposta com essa finalidade específica.
28. (Cespe – Polícia Federal 2013) Considere que uma empresa vencedora de certame
licitatório subcontrate, com terceiro, o objeto do contrato firmado com a administração
pública, apesar de não haver previsão expressa para tanto no edital ou no contrato. Nessa
situação, caso o contrato seja prestado dentro do prazo estipulado e com estrita observância
aos critérios de qualidade impostos contratualmente, não poderá a administração rescindir o
contrato unilateralmente, visto que não se configura hipótese de prejuízo ou
descumprimento de cláusulas contratuais.
29. (Cespe – CNJ 2013) Considere que uma sociedade empresária tenha celebrado
contrato administrativo de prestação de serviço com determinado órgão público. Nessa
situação hipotética, caso a administração julgue conveniente a substituição da garantia de
execução, o contrato poderá ser alterado unilateralmente.
30. (Cespe – MPE/TO 2012) O regime jurídico dos contratos previsto na Lei n.º 8.666/1993
confere à administração pública prerrogativas que incluem a exigência do cumprimento do
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31. (Cespe – GDF 2013) Dada a necessidade de aumento da rede pública de ensino do
estado Y, o secretário de educação, com o intuito de construir uma nova escola pública,
resolveu consultar a procuradoria do estado para que esta esclarecesse algumas dúvidas
relacionadas ao modelo licitatório e às normas contratuais aplicáveis à espécie.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Desde que haja previsão editalícia e contratual, e depois de demonstrada analiticamente a
variação dos custos, a eventual contratada no processo licitatório poderá solicitar a
repactuação dos preços ajustados.
33. (ESAF – CGU 2012) A coluna I, abaixo, traz as características de três instrumentos
jurídicos utilizados para a recomposição da equação econômico-financeira. Já a coluna II
traz a nomenclatura desses institutos. Correlacione as colunas I e II para, ao final, assinale a
sequência correta para a coluna I.
a) 1 / 2 / 3 71229128417
b) 3 / 1 / 2
c) 2 / 1 / 3
d) 1 / 3 / 2
e) 3 / 2 / 1
35. (ESAF – Pref./RJ 2010) Referente aos contratos administrativos, assinale a opção
incorreta.
a) É motivo de rescisão contratual a subcontratação parcial do objeto do ajuste, desde que
não admitida no edital e no contrato.
b) Considera-se condição de eficácia do contrato administrativo a publicação do seu extrato
na imprensa oficial.
c) A Lei 8.666, de 1993, mitigou a lição tradicional de óbice à "Exceção de Contrato não
Cumprido", por parte do particular, quando houver inadimplemento da Administração,
prevendo hipótese de rescisão contratual em face do atraso de pagamento pelo Poder
Público.
d) É vedada a realização, pela Administração, de contratação verbal, de sorte que todo
ajuste pressupõe formalização mediante termo de contrato.
e) O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a
terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução contratual, não excluindo ou
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38. (ESAF – ATRFB 2012) Conforme determina a Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993, são
cláusulas necessárias em todo contrato administrativo:
I. o objeto e seus elementos característicos.
II. o preço e as condições de pagamento.
III. o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional
programática e da categoria econômica.
IV. a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em
compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e
qualificação exigidas na licitação.
V. os casos de rescisão.
a) Todas as assertivas estão corretas.
b) Apenas as assertivas I, II, IV e V estão corretas.
c) Apenas as assertivas I, II e V estão corretas.
d) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
e) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
39. (ESAF – CGU 2012) São contratos que podem durar além da vigência da Lei
Orçamentária Anual, exceto:
a) os contratos autorizados pelo plano plurianual.
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40. (ESAF – CGU 2012) O Tribunal de Contas da União, em sede de tomada de contas
ordinária, recomendou a autarquia federal que se abstivesse de prorrogar determinado
contrato firmado após procedimento licitatório ocorrido sob a modalidade de Pregão.
41. (ESAF – CGU 2012) Em se tratando de serviços, executado o contrato, o seu objeto
será recebido provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização,
mediante termo circunstanciado assinado
a) pelo fiscal em até cinco dias úteis da comunicação escrita do contratado.
b) pelo fiscal em até quinze dias úteis da comunicação oral do contratado.
c) pelo gestor administrativo em até três dias úteis da comunicação escrita do contratado.
d) pelas partes em até quinze dias da comunicação escrita do contratado.
e) pelas partes em até três dias da comunicação escrita do contratado.
42. (ESAF – CGU 2008) São motivos para a rescisão do contrato administrativo, exceto:
a) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que
prejudique a execução do contrato.
b) a subcontratação total ou parcial do seu objeto, não admitidas no edital e no contrato.
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45. (ESAF – STN 2008) O regime jurídico dos contratos administrativos instituído pela Lei n.
8.666, de 21 de junho de 1993, confere à Administração certas prerrogativas em relação a
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46. (ESAF – MIN 2012) Não constitui cláusula exorbitante dos contratos administrativos,
legalmente prevista, a que estabeleça a seguinte possibilidade:
47. (ESAF – CVM 2010) O regime jurídico dos contratos administrativos instituído pela Lei n.
8.666/1993 confere à Administração, em relação a eles, as seguintes prerrogativas, exceto:
a) modificá-los unilateralmente, respeitados os direitos do contratado.
b) aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste.
c) rescindi-los unilateralmente, nos casos especificados.
d) suspender pagamentos devidos, a título de sanção administrativa.
e) fiscalizar-lhes a execução.
48. (ESAF – CVM 2010) A critério da autoridade competente, e desde que prevista no
instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de
obras, serviços e compras, cabendo ao contratado optar por uma das seguintes
modalidades de garantia, exceto:
a) caução em dinheiro.
b) seguro-garantia.
c) cédula hipotecária.
d) fiança bancária.
e) caução em títulos da dívida pública.
49. (ESAF – CGU 2012) Determinada empresa "A" fora punida com a penalidade inscrita no
inciso IV do art. 87 da Lei n. 8.666/93. Passados seis meses após a aplicação definitiva da
penalidade, seus únicos dois sócios constituíram a empresa "B", com o mesmo objetivo
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50. (ESAF – CGU 2012) Nos termos da IN 02, de 11/10/10 e alterações posteriores, a única
penalidade que exige requerimento junto à autoridade competente para a cessação de seus
efeitos é
a) a advertência estabelecida no inciso I do art. 87 da Lei n. 8.666/93.
b) a suspensão temporária estabelecida no inciso III do art. 87 da Lei n. 8.666/93.
c) a declaração de inidoneidade estabelecida no inciso IV do art. 87 da Lei n. 8.666/93.
d) a multa estabelecida no inciso II do art. 87 da Lei n. 8.666/93.
e) o impedimento de licitar e contratar, estabelecido no art. 70 da Lei n. 10.520/2002.
51. (ESAF – CGU 2012) A aplicação da teoria da imprevisão deriva da conjugação dos
seguintes requisitos, exceto:
a) Inimputabilidade do evento às partes.
b) Ausência de impedimento absoluto.
c) Imprevisibilidade do evento ou incalculabilidade de seus efeitos.
d) Grave modificação das condições do contrato.
e) Álea ordinária, também chamada de risco do negócio.
52. (ESAF – CGU 2012) A empresa "X", contratada pela União Federal, por intermédio
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do
Ministério da Fazenda para prestar serviços de limpeza, conservação e asseio, solicita ao
contratante a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do contrato em virtude do
aumento salarial determinado por dissídio coletivo da categoria profissional e com base na
teoria da imprevisão.
Acerca da situação fática acima narrada e de acordo com a jurisprudência majoritária no
STJ, assinale a opção correta.
a) O dissídio coletivo é acontecimento imprevisível capaz de legitimar a aplicação da teoria
da imprevisão.
b) O dissídio coletivo é acontecimento previsível, porém de consequências incalculáveis e,
portanto, legitima a aplicação da teoria da imprevisão.
c) O dissídio coletivo da categoria profissional constitui-se em álea ordinária, capaz de
legitimar a teoria da imprevisão.
53. (Cespe – DP/MA 2011) Com relação ao que estabelece a Lei de Licitações acerca dos
contratos administrativos, assinale a opção correta.
a) Será nulo e sem nenhum efeito o contrato verbal com a administração, ainda que seu
objeto envolva pequenas compras de pronto pagamento.
b) Os contratos podem ser alterados unilateralmente pela administração quando
conveniente a substituição da garantia de execução.
c) As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos podem
ser alteradas sem prévia concordância do contratado.
d) A declaração de nulidade do contrato, imputável ao contratado, exonera a administração
do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data da
declaração.
e) Tratando-se de serviços essenciais, é vedada a ocupação provisória de bens móveis,
imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, caso haja rescisão do contrato
administrativo.
*****
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GABARITO
2) C 3) E 4) C 5) C
1) C
7) C 8) E 9) E 10) E
6) E
12) E 13) E 14) E 15) E
11) C
17) E 18) C 19) C 20) E
16) E
22) E 23) E 24) C 25) C
21) E
27) E 28) E 29) E 30) E
26) E
32) b 33) b 34) a 35) d
31) E
37) c 38) a 39) c 40) c
36) a
42) c 43) a 44) c 45) d
41) d
47) d 48) c 49) d 50) c
46) e
52) d 53) d
51) e
Referências:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São Paulo:
Método, 2014.
Bandeira de Mello, C. A. Curso de Direito Administrativo. 32ª ed. São Paulo: Malheiros,
2015.
Borges, C.; Sá, A. Direito Administrativo Facilitado. São Paulo: Método, 2015.
Carvalho Filho, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 28ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2014.
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