Sunteți pe pagina 1din 8

TUTELA

Disciplina: Direito Civil IV - Família


Professor: Marcelo
Aluno: Paulo César Dutra Sales
Turma: 7 “A” - Noturno

TUTELA & CURATELA

TUTELA

A tutela destina-se à representação ou assistência de menores chamados de


incapazes relativos. Isso ocorre com os maiores de 16 anos e menores de 18 anos, os
quais deverão se assistidos ou representados em qualquer ato jurídico, sob pena de
serem anuláveis os atos por eles praticados, contudo, dependendo do ato, este pode ser
convalidado.

Sílvio Rodrigues conceitua a tutela como “instituto de nítido caráter assistencial e


que visa substituir o poder familiar em face das pessoas cujos pais faleceram ou foram
julgados ausentes, ou ainda quando foram suspensos ou destituídos daquele poder”.
Sílvio de Salvo Venosa diz que “a tutela, assim como a curatela, é um instituto que
objetiva suprir incapacidades de fato e de direito de pessoas que não têm e que
necessitam de proteção”. Para Caio Mário da Silva Pereira, “consiste no encargo ou
múnus conferidos a alguém para que dirija a pessoa e administre os bens de menores de
idade que não incide no poder familiar do pai ou da mãe”.

A tutela tem fundamento legal no artigo 1.728 do Código Civil que diz:

Os filhos menores são postos em tutela:

I - com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes;


II - em caso de os pais decaírem do poder familiar.

Os tutores exercem o poder familiar sempre que os pais estiverem ausentes ou


incapacitados de fazê-lo. Se um dos pais falecer, o poder familiar continuará concentrado
no outro cônjuge. Porém, se ambos falecerem, o Estado transferirá o poder familiar a um
terceiro, que é o tutor.

A tutela, nas palavras de Venosa, é “instituição supletiva do poder familiar”.

O artigo 1.729 dispõe da nomeação do tutor, que é restringido aos pais, em


conjunto:

Art. 1.729. O direito de nomear tutor compete aos pais, em conjunto.

Parágrafo único. A nomeação deve constar de testamento ou de qualquer outro


documento autêntico.
ESPÉCIES

De acordo com Sílvio Rodrigues, três são espécies de tutela, a saber:


testamentária, legítima e dativa.

TESTAMENTÁRIA

É quando o tutor, escolhido pelos pais, é indicado no testamento ou documento


autêntico. Documento autêntico pode ser entendido como todo aquele que não deixa
dúvidas quanto à nomeação do tutor e a identidade do signatário.

Porém, existem dois requisitos para que esta espécie de tutela tenha eficácia:

a) que o outro cônjuge não possa exercer o poder familiar,

b) que aquele que nomeia o tutor esteja no exercício do poder familiar ao tempo
de sua morte. (O artigo 1.730 torna nula a nomeação de pai ou mãe que ao tempo de sua
morte não tinha o poder familiar).

LEGÍTIMA

É a que se dá na falta da testamentária, ou seja, não havendo sido um tutor


nomeado pelos pais, o artigo 1.731 elenca os parentes consanguíneos aos quais pode
ser incumbida a tutela, na seguinte ordem:

Art. 1.731. Em falta de tutor nomeado pelos pais incumbe a tutela aos parentes
consanguíneos do menor, por esta ordem:

I - aos ascendentes, preferindo o de grau mais próximo ao mais remoto;

II - aos colaterais até o terceiro grau, preferindo os mais próximos aos mais
remotos, e, no mesmo grau, os mais velhos aos mais moços; em qualquer dos casos, o
juiz escolherá entre eles o mais apto a exercer a tutela em benefício do menor.

DATIVA

É aquela derivada de sentença judicial, quando não há tutor testamentário ou


legítimo, ou então quando eles forem escusados ou excluídos da tutela, conforme artigo
1.732:

Art. 1.732. O juiz nomeará tutor idôneo e residente no domicílio do menor:

I - na falta de tutor testamentário ou legítimo;


II - quando estes forem excluídos ou escusados da tutela;

III - quando removidos por não idôneos o tutor legítimo e o testamentário.

INCAPAZES DE EXERCER A TUTELA

O artigo 1.735 enumera os incapazes de exercer o instituto da tutela, quais sejam


aqueles que não podem administrar seus próprios bens, ou pessoas desonestas a quem
seria temerário confiar a administração de valores de terceiros, e ainda pessoas que,
devido a uma determinada relação com o menor, apenas não podem ser tutores daquele
incapaz, mas podem o ser de outros:

Art. 1.735. Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam:

I - aqueles que não tiverem a livre administração de seus bens;

II - aqueles que, no momento de lhes ser deferida a tutela, se acharem


constituídos em obrigação para com o menor, ou tiverem que fazer valer direitos contra
este, e aqueles cujos pais, filhos ou cônjuges tiverem demanda contra o menor;

III - os inimigos do menor, ou de seus pais, ou que tiverem sido por estes
expressamente excluídos da tutela;

IV - os condenados por crime de furto, roubo, estelionato, falsidade, contra a


família ou os costumes, tenham ou não cumprido pena;

V - as pessoas de mau procedimento, ou falhas em probidade, e as culpadas de


abuso em tutorias anteriores;

VI - aqueles que exercerem função pública incompatível com a boa administração


da tutela.

A tutela não pode ser deferida a quem não tenha condições para exercê-la.
Aqueles que tiverem qualquer conflito de interesses com o que pretende acolher como
tutelado devem entrar no “rol” dos impedidos para o exercício da tutela. Tais
impedimentos “inspiram-se em razões de ordem pessoal, de natureza econômica e por
incompatibilidade real ou presumida.” O impedimento pode ser arguido pelo próprio
nomeado, por provocação dos legitimados e até de ofício, pelo juiz. Este, então, deve
indeferir a tutoria ou destituir do que já exerce.

ESCUSA DOS TUTORES

O artigo 1.736 elenca aqueles que podem escusar-se do exercício da tutela, quais
sejam:

Art. 1.736. Podem escusar-se da tutela:

I - mulheres casadas;
II - maiores de sessenta anos;

III - aqueles que tiverem sob sua autoridade mais de três filhos;

IV - os impossibilitados por enfermidade;

V - aqueles que habitarem longe do lugar onde se haja de exercer a tutela;

VI - aqueles que já exercerem tutela ou curatela;

VII - militares em serviço.

Em regra, o convocado não pode escusar-se, por ser a tutela um múnus público.
Os que, por força da idade, sobrecarga ou doença, dificilmente poderiam dedicar-se
integralmente ao encargo, têm a exclusiva prerrogativa de se escusarem.

REQUISITOS DA TUTELA

Um dos requisitos da tutela é que “os pais do menor tenham sido destituídos ou
estejam suspensos do poder familiar”. Também na hipótese de os pais se encontrarem
em local incerto e não sabido, caberá o instituto da tutela, até que o menor volte aos seus
progenitores. Quando o desaparecimento for voluntário, ocorrerá a destituição do poder
familiar, mas quando for fortuito, somente será deferida a tutela após declaração judicial
de ausência.

EXERCÍCIO DA TUTELA

O tutor não tem total liberdade para desempenhar o seu múnus. Não pode exercê-
lo com a amplitude e a discricionariedade de quem está no exercício do pátrio poder. Ele
depende da supervisão judicial para exercer quaisquer atos referentes à pessoa e aos
bens do pupilo. Essa dependência é característica mor, o marco fundamental que
estabelece os limites entre a tutela e o pátrio poder. Em última análise, o responsável
pelo exercício da tutela é o juiz.

O art. 1.741 do Código Civil diz que:

Art. 1.741. Incumbe ao tutor, sob a inspeção do juiz, administrar os bens do


tutelado, em proveito deste, cumprindo seus deveres com zelo e boa-fé.

O artigo 1.747 fala da competência do tutor, que é, logicamente, bem menos


ampla que a dos pais:

Art. 1.747. Compete mais ao tutor:

I - representar o menor, até os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-lo,
após essa idade, nos atos em que for parte;

II - receber as rendas e pensões do menor, e as quantias a ele devidas;


III - fazer-lhe as despesas de subsistência e educação, bem como as de
administração, conservação e melhoramentos de seus bens;

IV - alienar os bens do menor destinados à venda;

V - promover-lhe, mediante preço conveniente, o arrendamento de bens de raiz.

O artigo 1.748 dispõe sobre o que o tutor pode fazer, necessitando, contudo, de
autorização judicial para tal:

Art. 1.748. Compete também ao tutor, com autorização do juiz:

I - pagar as dívidas do menor;

II - aceitar por ele heranças, legados ou doações, ainda que com encargos;

III - transigir;

IV - vender-lhe os bens móveis, cuja conservação não convier, e os imóveis nos


casos em que for permitido;

V - propor em juízo as ações, ou nelas assistir o menor, e promover todas as


diligências a bem deste, assim como defendê-lo nos pleitos contra ele movidos.

Nesse rol não se encontra o arrendamento de imóveis do menor. Anteriormente o


tutor só podia promover o arrendamento de imóveis do menor em hasta pública e com
autorização judicial. O novo Código Civil retirou tal exigência, estabelecendo a
possibilidade de arrendamento mediante preço conveniente, respondendo, o tutor, pelos
seus atos.

CESSAÇÃO DA TUTELA

A tutela, como instituto de proteção, destina-se à vigência temporária. Pode


terminar por uma causa natural ou jurisdicional. E sua cessação pode dar-se tanto em
relação ao pupilo, como ao próprio tutor. A lei faz diferença entre a cessação da condição
de pupilo e a cessação da condição de tutor. Segundo o art. 1.763 do Código Civil:

Art. 1.763. Cessa a condição de tutelado:

I - com a maioridade ou a emancipação do menor;

II - ao cair o menor sob o poder familiar, no caso de reconhecimento ou adoção.

Nessas hipóteses são considerados os fatos que dizem respeito estritamente ao


tutelado. Atingida a maioridade, não será mais necessária a tutela, pois terá cumprido o
primeiro requisito para obter o exercício pleno da cidadania.

A lei ainda faz diferença nos artigos 1.763 e 1.764 do Código Civil, uma vez que o
término das funções do tutor nem sempre acarreta a cessação da condição de
pupilo. Dispõe o art. 1.764 que:
Art. 1.764. Cessam as funções do tutor:

I - ao expirar o termo, em que era obrigado a servir;

II - ao sobrevir escusa legítima;

III - ao ser removido.

Em qualquer desses casos, se o tutelado ainda for incapaz, continuará sendo


pupilo de outrem, cessando para seu antigo tutor o exercício do múnus.

A morte do tutelado também extingue a tutela.

CURATELA

Igualmente à tutela, a curatela é, também, um instituto de interesse público, “um


encargo imposto pelo Estado em benefício coletivo”. Porém, a diferença é que ela
serve para reger a pessoa e administrar os bens de pessoas maiores incapazes, em
função de moléstia, prodigalidade ou até ausência. Nas lições de Caio Mário da Silva
Pereira, “incidem na curatela todos aqueles que, por motivos de ordem patológica ou
acidental, congênita ou adquirida, não estão em condições de dirigir a sua pessoa ou
administrar os seus bens, posto que maiores de idade”.

O artigo 1.767 elenca quem são as pessoas sujeitas à curatela, inclusive o


nascituro:

Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:

I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário


discernimento para os atos da vida civil;

II - aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade;

III - os deficientes mentais, os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;

IV - os excepcionais sem completo desenvolvimento mental;

V - os pródigos.

A curatela do nascituro tem fulcro no artigo 1.779:

Art. 1.779. Dar-se-á curador ao nascituro, se o pai falecer estando grávida a


mulher, e não tendo o poder familiar.

Parágrafo único. Se a mulher estiver interdita, seu curador será o do nascituro.

O nascituro e seus bens também devem ser protegidos pelo ordenamento jurídico.

REQUISITOS DA CURATELA
Existem dois requisitos para que a curatela seja deferida – a incapacidade e
decisão judicial. Só será concedida a curatela mediante prévia decretação do juiz.

ESPÉCIES DE CURATELA

Conforme a doutrina de Venosa são sete as espécies de curatela: as cinco


elencadas no artigo 1.767; a do nascituro, no 1.779 e a do enfermo ou portador de
deficiência física, no artigo 1.780.

Da mesma forma que a tutela, a curatela também pode ser legítima, testamentária
ou dativa.

Também se aplicam à curatela as regras pertinentes ao exercício da tutela, com


exceção do artigo 1.782, que dispõe:

Art. 1.782. A interdição do pródigo só o privará de, sem curador, emprestar,


transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e praticar, em
geral, os atos que não sejam de mera administração.

As regras que dizem respeito à incapacidade para o exercício da curatela, as


escusas e incumbências do curador, são as mesmas às atinentes à tutela.

CESSAÇÃO DA CURATELA

No caso do incapaz, cessa a curatela quando sua integridade se recobrar. Para o


pródigo, será levantada a curatela quando a incapacidade que o determinou cessar. “A
deficiência mental pode desaparecer, o ébrio ou o toxicômano podem curar-se, assim
como pode o surdo-mudo, mediante educação apropriada, adquirir capacidade de
entendimento.” O próprio Código Civil permite tal assertiva:

Art. 1.186 - Levantar-se-á a Interdição, cessando a causa que a determinou.

§ 1º - O pedido de levantamento poderá ser feito pelo interditado e será apensado


aos autos da interdição. O juiz nomeará perito para proceder ao exame de sanidade no
interditado e após a apresentação do laudo designará audiência de instrução e
julgamento.

§ 2º - Acolhido o pedido, o juiz decretará o levantamento da interdição e mandará


publicar a sentença, após o transito em julgado, pela imprensa local e órgão oficial por
três vezes, com intervalo de 10 (dez) dias, seguindo-se a averbação no Registro de
Pessoas Naturais.

“Cessada a incapacidade, poderá ser levantada a interdição, mediante pedido


formulado pelo próprio interessado.”

BIBLIOGRAFIA:

1 RODRIGUES, Sílvio. Direito civil: direito de família: volume 6. 28. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
2 VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: direito de família. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

3 PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. Rio de Janeiro: Forense, 2006.

S-ar putea să vă placă și