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SULACAP
MATRÍCULA 201505219272
DATA 4/10/17
Prof. Thais
TDAH
INTRODUÇÃO
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é considerado pelos
educadores um fator preocupante, principalmente na fase escolar. Caracterizado pelos
sintomas de desatenção, impulsividade e hiperatividade, afeta de 3 a 5% das crianças. É um
transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente
acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Apesar de não existir cura, sua manifestação
tende a diminuir com a idade e com o uso de medicação.
Tem características persistentes durante o desenvolvimento da criança: ocorre em diversas
situações; não é facilmente explicado por causas ambientais ou sociais e relaciona-se a
anormalidades no funcionamento ou desenvolvimento cerebral que podem estar associadas a
fatores biológicos. Pesquisadores consideram que existem três problemas primários no
TDAH: Dificuldade para manter a atenção, pouco controle ou inibição (impulsividade) e
atividade excessiva (Hiperatividade), que resultam em atrasos no desenvolvimento da inibição
de comportamento que é o problema Central do transtorno.
A avaliação neuropsicológica pode ser feita pelo psicólogo clínico, cognitivo e do
desenvolvimento, além de psiquiatras, neurologistas, neurocirurgiões e pediatras, sendo
aplicada nos pacientes com queixas relacionadas aos indicadores estabelecidos pelo DSM-V
para o TDAH. A avaliação inicia-se com entrevista clínica onde o histórico do paciente é
investigado para verificar se o comportamento disfuncional se repete nas diversas áreas (casa,
escola, antecedentes familiares e história da doença atual) e esses parâmetros são utilizados na
análise de resultados e na interpretação do impacto cognitivo das doenças neurológicas.
ETIOLOGIA
Quanto à etiologia do TDAH, há mais hipóteses do que certezas e o conhecimento sobre suas
causas ainda é ilimitado e grande parte continua especulativa. Os estudiosos concordam que
não há uma causa, mas uma combinação de fatores.
Dentre os possíveis fatores etiológicos estão a hereditariedade, algum dano cerebral,
substâncias ingeridas na gravidez (nicotina e álcool por exemplo, que podem causar alterações
em algumas partes do cérebro do bebê), sofrimento fetal (problemas na gravidez ou no parto),
nutrição pré-natal deficitária e exposição ao chumbo, que é um irritante neurológico e devido
à falta de conhecimento sobre este transtorno
DIAGNÓSTICO
O diagnostico do TDAH fundamenta-se no quando clínico comportamental, já que não existe
um marcador biológico especifico que contemple todos os casos desse transtorno. Não existe,
portanto, nenhum quadro psicométrico, neurológico ou laboratorial que permita diagnosticar o
TDAH. O diagnóstico é resultado da análise de informações obtidas de várias fontes e em
diversas situações, incluindo desde a queixa feita no consultório do profissional até as
informações obtidas mediante entrevistas e escalas com os pais ou responsáveis, os
professores e a anamnese da criança.
Em pesquisa feita em uma escola particular de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, realizamos
uma entrevista com o Diretor da escola que relatou a experiência de B., um aluno com
diagnóstico de TDAH. Ao verificar os relatórios de professores observou-se que B. tinha
comportamento agressivo com os colegas, dificuldades de cumprir regras, não aceitava
correção de seus erros e queria atenção somente para si, chegando a chorar quando não era
atendido. B. demonstra ser inteligente e com bom raciocínio lógico.
BARKLEY(2002) “Aponta para a importância de realizar um diagnóstico acertado e precoce,
pois é através dele que se dá o adequado manejo e tratamento da criança.”
PREVALÊNCIA
Ocorre com mais frequência em crianças, principalmente, do gênero masculino. Segundo
Gentille(2000),pela alta incidência em meninos, cerca de 80% dos casos.
Os estudos nacionais e internacionais situam a prevalência do transtorno de déficit de
atenção/hiperatividade (TDAH) entre 3% e 6%, sendo realizados com crianças em idade
escolar na sua maioria (ROHDE,1998).
Acredita-se que o problema possa estar relacionado, também, ao hormônio masculino
testosterona. No menino o transtorno se torna mais explícito, pois, apresentam maiores
características de impulsividade e hiperatividade.
Em adultos, além de distração e hiperatividade mental, há desorganização, bagunça,
esquecimentos, atrasos e adiamento crônico; podem não cumprir compromissos ou deixar
atividades pela metade (Congresso Latino Americano de TDAH, realizado em 04 e 05 de
agosto de 2011).
PRINCIPAIS SINTOMAS
São três grupos de sintomas Sendo uma tríade...
DESATENÇÃO;
HIPERATIVIDADE;
IMPULSIVIDADE.
As pessoas podem ter:
No comportamento: agressão, excitabilidade, hiperatividade, impulsividade, inquietação,
irritabilidade ou falta de moderação.
Na cognição: dificuldade de concentração, esquecimento ou falta de atenção.
No humor: ansiedade, excitação ou raiva;
Também é comum: depressão ou dificuldade de aprendizagem.
TRATAMENTO
Para os sintomas do TDAH, como desatenção ou hiperatividade por exemplo, a terapia não
funciona e um tratamento medicamentoso é necessário. A medicação mais utilizada é o Metil
Metato, mais conhecido como RITALINA.
A terapia não tem o objetivo de tratar os sintomas do TDAH, porém a terapia é importante para
o tratamento das consequências que o transtorno causa na vida do sujeito.
CONCLUSÃO
Sendo uma síndrome psiquiátrica de alta prevalência em crianças e adolescentes apresenta
critérios clínicos operacionais bem estabelecidos para o seu diagnóstico. Portanto, todos em um
dado momento da vida deveria ser assistido por um profissional da área de Psicologia e/ou
Psiquiatria, tão logo apresente qualquer tipo de desconforto consigo mesmo e com os demais
para evitar maiores sofrimentos e deixar com que se arraste por toda a vida causando um
desconforto enorme na própria pessoa e nos demais que estão a sua volta. Para fazer o
diagnóstico de déficit de atenção e hiperatividade, os sintomas precisam manifestar-se em
ambientes distintos. Em geral, eles ocorrem em casa e na escola. Os pais geralmente
acompanham a criança nos deveres de casa, percebe a agitação e a demora para fazer as tarefas.
A professora nota o mesmo comportamento na escola. Por isso, pais e professores são bons
informantes para ajudar no diagnóstico.
REFERÊNCIAS
ROHDE, Luís Augusto; MATTOS, Paulo. Princípios e Práticas em Tdah. Artmed, 2003.
Sites:
https://static.scielo.org/scielobooks/963vf/pdf/bonadio-9788576286578.pdf
https://www.gstatic.com/healthricherkp/pdf/attention_deficit_hyperactivity_disorder_pt_BR.pdf
https://drauziovarella.com.br/crianca-2/deficit-de-atencao-e-hiperatividade-tdah
Mídias:
TDAH - Prof. Paulo Mattos - Globo News - Entrevista completa
Youtube: https://youtu.be/Ylqh_3UVtzM