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LEGISLAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
UIA 2 | A ESTRUTURAÇÃO DO ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL
LEGISLAÇÃO ORÇAMENTÁRIA | UIA 2 | 2
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informações e conteúdos protegidos e cuja divulgação é proibida por lei. O uso e/ou reprodução total ou
parcial não autorizado deste conteúdo é proibido e está sujeito às penalidades cabíveis, civil e
criminalmente.
SUMÁRIO
Olá, estudante, bem-vindo(a) à segunda Unidade de Interação e Aprendizagem (UIA). Estudaremos aqui como se
estrutura o Orçamento Público no Brasil. Nesta primeira aula, veremos sobre O Sistema de Planejamento e
Orçamento. Boa aula!
Dessa forma, você pode perceber que a legislação não descuidou de estruturar um modelo sistêmico para a
efetiva implantação das disposições previstas na Constituição Federal, no que se refere ao planejamento e ao
orçamento público. Dessa forma, conheceremos, no próximo tópico, a estrutura do Sistema de Planejamento
e de Orçamento Federal.
O órgão setorial desempenha o papel de articulador no âmbito da sua estrutura, coordenando o processo
decisório no nível sub setorial, ou seja, a nível das Unidades Orçamentárias (UO). Sua atuação no processo
orçamentário envolve o estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração e alterações orçamentárias.
Os órgãos setoriais são as unidades de planejamento e orçamento dos ministérios, da Advocacia-Geral da
União, da Vice-Presidência e da Casa Civil da Presidência da República.
Os órgãos específicos são aqueles vinculados ou
subordinados ao órgão central do sistema, cuja missão
está voltada para as atividades de planejamento e
orçamento. Os órgãos setoriais e específicos ficam
sujeitos à orientação normativa e à supervisão técnica
do órgão central do sistema, sem prejuízo da
subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa
estiverem integrados.
As unidades de planejamento e orçamento das
entidades vinculadas ou subordinadas aos ministérios e
órgãos setoriais ficam sujeitas à orientação normativa e à supervisão técnica do órgão central e também, no
que couber, do respectivo órgão setorial. O órgão setorial da Casa Civil da Presidência da República tem
como área de atuação todos os órgãos integrantes da Presidência da República, ressalvados outros
determinados em legislação específica.
Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros poderes, as unidades responsáveis pelos
seus orçamentos ficam sujeitas à orientação normativa do órgão central do sistema. Sem prejuízo das
competências constitucionais e legais de outros poderes e órgãos da Administração Pública Federal, os
órgãos integrantes do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal e as unidades responsáveis pelo
planejamento e orçamento dos demais poderes realizarão o acompanhamento e a avaliação dos planos e
programas respectivos.
Vimos que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) é o órgão central do sistema. Essas
responsabilidades são na verdade atribuídas à Secretaria e Orçamento Federal (SOF), que pertence à
estrutura do MPOG. Dessa forma, compete à SOF:
Essa missão pressupõe uma constante articulação com os agentes envolvidos na tarefa de elaboração das
propostas orçamentárias setoriais das diversas instâncias da Administração Pública Federal e dos demais
poderes da União.
O objetivo dos treinamentos oferecidos pela SOF é contribuir para a melhoria do processo de elaboração do
orçamento, além de proporcionar a utilização de instrumentos tecnológicos mais modernos e garantir a
participação de todos os entes do Sistema de Planejamento e Orçamento da União.
O Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento é constituído por módulos: SIOPLegis, SIOP Relatórios,
SIOP Gerencial-BI e SIOP Acesso Público.
SIOPLegis – É o sistema de consulta à legislação que reúne documentos oficiais publicados, como leis,
decretos, portarias, instrumentos normativos, regulamentos, decisões, declarações, comunicações e outros
cujo assunto seja relacionado direta ou indiretamente ao orçamento público ou sobre ele cause impacto.
Qualquer cidadão pode acessar o conteúdo, sem necessidade de cadastro prévio.
SIOP Relatórios – Disponibiliza uma série de informações sobre o orçamento da União, suas alterações e
execução no ano corrente e dados históricos de forma gerencial ou operacional, facilitando a análise e o
acompanhamento da execução orçamentária por meio de relatórios pré-formatados. Para acessar as
informações é necessário acesso identificado.
SIOP Gerencial-BI – Permite acesso amplo e facilitado às informações do SIOP, SIAFI e a outras bases de dados
sobre planos e orçamentos públicos por meio de uma única ferramenta de consulta de Business Intelligence (BI).
O módulo disponibiliza informações do orçamento da União, suas alterações, execução do ano corrente e
restos a pagar, bem como dados históricos desde 1994. Para acessar os dados é necessário acesso identificado.
SIOP Acesso Público – Tem como objetivo fornecer acesso a todos os cidadãos que tenham interesse de
acompanhar as informações sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA), utilizando a base de dados do SIOP.
Qualquer cidadão com acesso à internet pode consultar as informações atualizadas sobre a LOA, sem
necessidade de autenticação, autorização ou mesmo um cadastro prévio.
Nesta aula, tivermos a oportunidade de estudar sobre a finalidade do SIOP, os órgãos integrantes desse sistema e
o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento. Continue estudando, pois na aula seguinte veremos os
princípios orçamentários. Até lá!
Estudantes, chegou a hora de aprofundarmos nosso conhecimento em relação aos princípios orçamentários. Os
conceitos apreendidos aqui têm grande valia para a formação nessa área. Continue estudando e boa aula!
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Não existe uma ordem hierárquica para os princípios orçamentários. Então, apenas para efeito didático,
separamos os princípios em: oriundos da Lei nº 4.320/64; oriundos da Constituição Federal; e estabelecidos
pela doutrina.
A Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, que estatui normas de direito financeiro para a elaboração e controle
dos orçamentos e balanços da União, dos estados, dos municípios e do Distrito federal, estabeleceu, em seu
artigo 2º, os princípios de unidade, universalidade e anualidade.
A Constituição Federal também reforça esse princípio, ao orientar, no § 5º do artigo 165, que o orçamento
deve conter todas as receitas e as despesas referentes aos poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da Administração direta e indireta, inclusive as fundações instituídas e mantidas pelo poder público. Assim,
em atendimento ao princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas as receitas a serem
arrecadadas e todas as despesas a serem realizadas em determinado período de tempo.
No Brasil, por força do artigo 34, que definiu que o exercício financeiro coincidirá com o ano civil, este
período coincide com o ano civil, ou seja, vai de 1º de janeiro a 31 de dezembro.
O princípio da periodicidade permite mais controle do Legislativo sobre os atos administrativos de natureza
financeira, além de possibilitar que os planos sejam revistos anualmente, de forma a aperfeiçoá-los. O
Decreto-Lei nº 200/67, em seu artigo 16, reforça a ideia de periodicidade anual da Lei de Orçamento ao
estabelecer que, em cada ano, será elaborado um orçamento-programa. A Constituição Federal manteve a
anualidade do orçamento quando, no inciso III, do artigo 165 e no seu §5º, faz referência aos orçamentos
anuais e a Lei Orçamentária Anual.
A exceção a esse princípio são os créditos adicionais especiais e extraordinários, que poderão ser reabertos,
nos limites dos seus saldos, e incorporados ao orçamento do exercício seguinte, conforme previsto no § 2º
do artigo 167 da Constituição Federal:
Este princípio possibilita verificar a origem e a aplicação dos recursos. Está consagrado nos artigos 5º e 15º da
Lei nº 4.320/64, conforme a seguir transcrito:
Existem duas exceções ao princípio da especificação, a primeira diz respeito aos programas especiais de
trabalho, previsto no parágrafo único do artigo 20 da Lei nº 4.320/64. A segunda exceção são as reservas de
contingências, que são uma dotação global colocada na lei orçamentária, destinada a atender passivos
contingentes e outras despesas imprevistas – prevista no artigo 91 do Decreto-Lei nº 200/67.
Esse princípio tem se apresentado nas sucessivas LOAs, garantindo que a discriminação da despesa obedeça
à classificação funcional-programática, que é a base estrutural do orçamento-programa, definindo um
mecanismo de classificação e permitindo a agregação de forma sistemática e coerente.
Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais,
vedadas quaisquer deduções.
(BRASIL, 1964)
Assim, todas as receitas e despesas são registradas no orçamento pelos seus valores totais. Até os tributos
arrecadados por uma esfera de governo e transferidos para outra esfera devem constar no orçamento pelo
valor total.
§ 1º - As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão,
como despesa, no orçamento da entidade obrigada à transferência e, como receita, no
orçamento da que as deva receber.
(BRASIL, 1964, Art. 6º)
Todas as receitas e despesas constarão da LOA pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções: isso significa
que a União, por exemplo, que arrecada o Imposto de Renda e o IPI, deve colocar a sua estimativa integral no
seu orçamento, no lado das receitas, e que a parte que constitucionalmente se destina a estados e
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municípios (FPE e FPM) deve constar integralmente no orçamento no lado das despesas, não sendo
permitido, por exemplo, que a União apresente apenas o valor líquido previstos para o IR e IPI.
Ou seja, a lei estabelece que a arrecadação de todas as receitas das entidades governamentais sujeitas a
essas normas serão centralizadas em uma só caixa, formando um todo e vedando a utilização de caixas
especiais para cada espécie de receita e, consequentemente, a sua vinculação com a despesa.
No entanto, a Constituição Federal, no que diz respeito aos impostos, foi bem mais categórica, proibindo,
ressalvadas as disposições da própria Constituição, a vinculação do produto da sua arrecadação a órgão,
fundo ou despesa (MACHADO; REIS, 2003).
§8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.
(BRASIL, 1988)
O próprio artigo 165, supracitado, traz as duas exceções a esse princípio, quais sejam: a autorização para
abertura de créditos suplementares na própria LOA e a contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação da receita.
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e
leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o
Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as
versões simplificadas desses documentos. [...]
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante
todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua
elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
(BRASIL, 2000)
Para o legislador, a não vinculação dificulta acompanhar a utilização de determinados tributos, criados para
atender demandas específicas. Atente-se que esse princípio não se aplica a outras categoriais de receitas
tributárias (contribuições, taxas e emolumentos) e empréstimos.
Sua previsão constitucional está no artigo 167, que reza que nenhuma receita de impostos poderá ser vinculada
com determinada despesa pelo legislador, ressalvados os casos previstos no próprio texto constitucional.
A ressalva do artigo 158 são os impostos que pertencem aos municípios referentes à parcela do IRRF, do ITR,
impostos federais e relativos ao IPVA e ao ICMS, impostos estaduais. A ressalva do artigo 159 são as
transferências de parcelas dos impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos
industrializados para os fundos de participação dos estados (FPE), de participação dos municípios (FPM) e
para os programas de financiamento ao setor produtivo das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
As transferências para as ações e serviços de saúde (Art. 198) e para a manutenção e desenvolvimento do
ensino (Art. 212) visam à aplicação de um mínimo constitucional nessas áreas.
Para Timbo e Piscitelli (2012), em um sentido mais amplo, as receitas podem ser caraterizadas como um
ingresso de recursos ao patrimônio público, como uma entrada de recursos financeiros que se reflete no
aumento das disponibilidades do setor público.
É necessário construir classificações para as receitas públicas. As classificações são importantes porque cada
receita possui caraterística diversa. Ou seja, não são a mesma coisa e possuem finalidades distintas. Assim, as
receitas do governo, tal qual as nossas receitas, possuem caraterísticas distintas. Vejamos um exemplo.
Suponha que você vai fazer uma viagem para Miami e sua mãe deposita um dinheiro em sua conta para que você
compre um perfume para seu irmão caçula. Esse depósito de sua mãe é uma receita na sua conta. Entretanto, essa
receita já tem um compromisso vinculado (um passivo). Ela possui uma caraterística distinta das receitas oriundas
de seu salário, que estão disponíveis para que você dê o destino que desejar durante a sua viagem.
Com as receitas públicas ocorre a mesma coisa. Entretanto, como o fluxo de entradas e saídas é bem mais
elevado que o volume de depósitos e retiradas de sua conta bancária, fazem-se necessárias diversas
classificações. Nas contas públicas, outras necessidades também se apresentam como, por exemplo, as
demandas por mecanismos de controle, fato que evidencia a necessidade de outras classificações. Veremos,
nos próximos dois itens, as principais classificações empregadas nas receitas públicas, sendo cinco as
classificações mais consagradas pela doutrina: quanto à natureza; quanto à categoria econômica; quanto à
regularidade; quanto à coercitividade; quanto ao poder de tributar.
Outro exemplo, já previsto no artigo 3º da Lei nº 4.320/64, são as receitas de ARO. Esta não é uma receita
nova, que se incorpora ao Estado, é, simplesmente, uma antecipação da receita orçamentária prevista no
orçamento e que, no entanto, ainda não se realizou. O procedimento normal é o governo esperar a receita se
realizar para depois gastá-la. Entretanto, às vezes, por problemas de indisponibilidade de caixa, o Estado não
pode esperar essa realização acontecer. Assim, o governo faz um empréstimo e se compromete a pagá-lo
com a receita orçamentária que se realizará, por isso, é preciso contabilizar a ARO como extra orçamentária,
sob pena de o Estado duplicar sua receita.
Interessante lembrar que uma receita extra orçamentária poderá se converter em receita orçamentária a
partir do momento que se constatar que essa não caracteriza mais uma obrigação a pagar. Veja o quadro
resumo a seguir.
Quanto à categoria econômica, as receitas se classificam em: receitas correntes e receitas de capital. Essa
classificação é oriunda da Lei nº 4.320/64.
Receitas correntes são os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou de direito privado,
quando destinados a atender despesas classificáveis em despesas correntes. As receitas correntes se dividem
em: tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuárias, industrial, de serviços, de transferências
correntes e outras receitas correntes.
Receitas de capital são recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou de direito privado
destinados a atender despesas classificáveis em despesas de capital e ainda o superávit do orçamento
corrente. Exemplo: as provenientes da realização de recursos financeiros de constituição de dívidas; da
conversão em espécie, de bens e direitos.
A Lei nº 4.320, no seu artigo 11, § 4º, estabelece que a classificação da receita deve obedecer à seguinte
estrutura:
Receitas correntes: receita tributária; receita de contribuições; receita patrimonial; receita agropecuária;
receita industrial; receita de serviços; transferências correntes e outras receitas correntes.
Receitas de capital: operações de crédito; alienação de bens; amortização de capital, amortização de
empréstimos, transferências de capital e outras receitas de capital.
Vejamos o detalhamento apenas das receitas mais importantes para o governo. Nas receitas correntes,
destacamos as receitas tributárias e as de contribuições. As receitas tributárias são os ingressos provenientes da
arrecadação das receitas de impostos, taxas e contribuições de melhoria. É uma receita privativa das entidades
competentes para tributar: União, estados, Distrito Federal e os municípios. As receitas de contribuições são os
No exemplo acima, temos, então, uma receita pública que possui a seguinte classificação: 1.1.1.2.04.10.
Desde modo, todas as receitas públicas poderão ser devidamente classificadas em um plano de contas de
receitas públicas. O quadro a seguir explica o que significa cada elemento dessa classificação, do ponto de
vista da classificação econômica.
Terminamos esta aula! Após vermos algumas classificações das receitas, chegou a hora de passarmos para a
última aula da unidade. Continue os estudos desta disciplina e até breve!
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Da mesma maneira que acontece para as receitas, parece interessante classificar as receitas públicas em
algumas categorias. Iremos, assim como na receita, descrever as cinco classificações que são mais
consagradas pela doutrina, classificando, dessa maneira, as receitas quanto à: natureza; categoria econômica;
afetação patrimonial; competência institucional; e regularidade.
A despesa extra orçamentária representa a saída de recursos financeiros transitórios, anteriormente registrados
como receita extra orçamentária. São as despesas que não constam na lei orçamentária anual ou em créditos
adicionais, como, por exemplo, restituição de cauções, pagamento de restos a pagar, resgate de ARO.
1
Um dos estágios da despesa. É a verificação do implemento de condição, ou seja, verificação objetiva do cumprimento contratual.
2
Um dos estágios da despesa. É a emissão do cheque ou ordem bancária em favor do credor. A classificação da despesa em estágios tem
natureza teórica ou doutrinária (ainda que as etapas de empenho, liquidação e pagamento estejam bem individualizadas na Lei Federal nº
4.320, de 17 de março de 1964).
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Essa classificação foi estabelecida pela Lei nº 4.320/64, que classifica a despesa em duas categorias
econômicas:
A classificação da despesa elaborada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), por meio da portaria citada,
ficou assim definida:
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Na figura, a seguir, apresenta-se um exemplo de uma classificação completa com uma despesa classificada
sobre o código3 3.1.90.11.00.
Para entender a codificação das despesas no orçamento é importante saber o que cada dígito da codificação
da despesa significa:
3
Conjunto de dígitos utilizados para individualizar órgãos, instituições, classificações, fontes de recursos etc.
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http://tinyurl.com/oeppk46
Finalizando esta aula, sugiro que você assista à mais uma videoaula do
projeto Saber Direito, produzido pelo Supremo Tribunal Federal e ministrada
pelo professor Caio Bartine. O vídeo está disponível no link a seguir.
http://tinyurl.com/nodalj8
Termina aqui nossa Unidade de Interação e Aprendizagem (UIA). Ficou com alguma dúvida? Retorne ao conteúdo
ou busque esclarecimentos no Fórum de Dúvidas. Senão, passe para a unidade seguinte. Até lá.
Você terminou o estudo desta unidade. Chegou o momento de verificar sua aprendizagem.
Ficou com alguma dúvida? Retome a leitura.
Quando se sentir preparado, acesse a Verificação de Aprendizagem da unidade no menu
lateral das aulas ou na sala de aula da disciplina. Fique atento, essas questões valem nota!
Você terá uma única tentativa antes de receber o feedback das suas respostas, com
comentários das questões que você acertou e errou.
Vamos lá?!
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Brasília, 2000. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm>. Acesso em: 25 set. 2014.
BRASIL. Portaria Interministerial nº 163, de 4 de maio de 2001. Brasília, 2011b Disponível em:
<http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Portaria_Interm_163_2001_Atual
izada_2011_23DEZ2011.pdf>. Acesso em: 25 dez. 2014.
BURKHEAD, Jesse. Orçamento público. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 1971.
GIACOMONI, James. Orçamento Público. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
IUDÍCIUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
MACHADO, J.; TEIXEIRA E REIS, H. da Costa. A Lei 4.320 comentada. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de
Administração Municipal, 2003.
SILVA, Sebastião de Sant’Anna. Os princípios orçamentários. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 1962.
GLOSSÁRIO
Classificação da despesa pública: Agrupamento da despesa por categorias. Esse agrupamento é utilizado
para facilitar e padronizar as informações que se deseja obter. Pela classificação é possível visualizar o
orçamento por poder, por função de governo, por subfunção, por programa e por categoria econômica.
Classificação da receita pública: Agrupamento da receita por categorias. Os modos de classificação podem
variar conforme a necessidade e o interesse de quem os estabelece. No âmbito da União, o detalhamento da
classificação da receita cabe à Secretaria de Orçamento Federal (SOF), que é feito por meio de portaria que
estabelece as classificações orçamentárias por natureza de receita e por fonte de recursos.
Classificação econômica da despesa: Agrupamento de contas de despesas públicas previstas na Lei nº
4.320, de 17 de março de 1964, com o fim de propiciar elementos para avaliação do efeito econômico das
transações do setor público. De acordo com o artigo 12 da citada lei, a despesa será classificada nas
seguintes categorias econômicas: despesa corrente e despesa de capital.
Classificação por categoria econômica: Classificação das receitas e despesas em operações correntes ou de
capital, objetivando propiciar elementos para uma avaliação do efeito econômico das transações do setor
público.
Classificação por natureza de despesa: Agrupamento de oito dígitos constituído pela combinação da
classificação da despesa por categoria econômica (1º dígito), grupo de natureza da despesa (2º dígito),
modalidade de aplicação (3º e 4º dígitos) e elemento de despesa (5º e 6º dígitos).
Classificação por natureza de receita: Agrupamento que identifica a origem dos recursos, se
orçamentários ou extra orçamentários. Busca identificar a origem dos recursos segundo o fato gerador.
Constituem receitas orçamentárias os valores constantes da lei orçamentária, enquanto as extra
orçamentárias são todas aquelas provenientes de qualquer arrecadação que não figure no orçamento e,
consequentemente, toda arrecadação que não constitui renda do Estado.
Código: Conjunto de dígitos utilizados para individualizar órgãos, instituições, classificações, fontes de
recursos etc.
Empenho da Despesa: Um dos estágios da despesa. Constitui o emanado de autoridade competente, que
cria para o estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição (artigo 58 da Lei
Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964). Funciona como garantia ao credor do ente público de que existe
o crédito necessário para a liquidação de um compromisso assumido.
Liquidação: Um dos estágios da despesa. É a verificação do implemento de condição, ou seja, verificação
objetiva do cumprimento contratual.
Pagamento: Um dos estágios da despesa. É a emissão do cheque ou ordem bancária em favor do credor. A
classificação da despesa em estágios tem natureza teórica ou doutrinária (ainda que as etapas de empenho,
liquidação e pagamento estejam bem individualizadas na Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964).