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Procedimentos e Normas para Registros de Leites,

Produtos Lácteos e suas Rotulagens

2ª Edição

Brasília, DF

Maio - 2009
Promoção e Realização

G-100 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS


COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
www.g100.org.br
e-mail: g100@g100.org.br

Diretoria do G-100
Presidência: Welson Souto Oliveira
1º Vice-Presidência: Cesar Helou

2º Vice-Presidente: Jones Raguzoni

3º Vice-Presidente: Wellington Silveira de Oliveira Braga

Diretor Executivo: Wilson Massote Primo

Apoio & Organização


(pesquisa, arte, capa, diagramação e editoração eletrônica)

Equipe Técnica:
Wilson Massote Primo, Elila Mendes Guimarães,
Vera Penalber, Henrique Godoy, Rafael Guimarães Rodrigues,
Maria José Rodrigues Ferreira, Carolina Pessôa Paccini Vaz

Patrocínio

ABLV
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA
G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
Sumário

Capítulo 1

INTRODUÇÃO

PRINCIPAIS DÚVIDAS ....................................................................................................................................23


CHECK-LIST – ROTULAGEM GERAL DE ALIMENTOS .................................................................................29
ELABORAÇÃO DE ATOS NORMATIVOS NO MAPA .....................................................................................32
CONSULTA PÚBLICA .....................................................................................................................................36
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – 1988 .................................................................................................................37
ROTULAGEM “ON-LINE” .................................................................................................................................38

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA HABILITAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS


FABRICANTES DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL INTERESSADOS EM DESTINAR
SEUS PRODUTOS AO COMÉRCIO INTERNACIONAL E PARA AS AUDITORIAS
E SUPERVISÕES PARA A VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS
SANITÁRIOS ESPECÍFICOS DOS PAÍSES OU BLOCOS DE PAÍSES IMPORTADORES
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 27, DE 27 DE AGOSTO DE 2008 ........................................................42

NOVO MODELO DE LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA AUDITORIAS E SUPERVISÕES EM


ESTABELECIMENTOS DE LEITE E DERIVADOS SOB INSPEÇÃO FEDERAL
OFÍCIO CIRCULAR Nº 02/2009, DE 24 DE ABRIL DE 2009 ...............................................................47

Capítulo 2
LEIS, DECRETOS E DECRETOS-LEIS RELACIONADOS

INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DOS PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL


LEI Nº 1.283 DE 18 DE DEZEMBRO DE 1950 ....................................................................................67

COMERCIALIZAÇÃO DE DERIVADOS DE LEITE COM ADIÇÃO DE SORO DE LEITE,


SOB A DENOMINAÇÃO “LEITE MODIFICADO”, NO DISTRITO FEDERAL.
LEI N° 3.417, DE 04 DE AGOSTO DE 2004 .........................................................................................70

NORMAS SOBRE O PROCESSO ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO DA ADMINSTRAÇÃO


FEDERAL.
LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999. .......................................................................................70

PROÍBE O USO INDUSTRIAL DE EMBALAGENS METÁLICAS SOLDADAS COM LIGA DE


CHUMBO E ESTANHO PARA ACONDICIONAMENTO DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS,
EXCETO PARA PRODUTOS SECOS OU DESIDRATADOS.
LEI Nº 9.832, DE 14 DE SETEMBRO DE 1999 ....................................................................................71
CONFIGURA INFRAÇÕES À LEGISLAÇÃO SANITÁRIA FEDERAL, ESTABELECE AS
SANÇÕES RESPECTIVAS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
LEI Nº 6.437, DE 20 DE AGOSTO DE 1977. ........................................................................................71

CONFIGURA INFRAÇÕES À LEGISLAÇÃO SANITÁRIA FEDERAL E ESTABELECE AS


SANÇÕES RESPECTIVAS
LEI Nº 7.889, DE 23 DE NOVEMBRO DE 1989....................................................................................72

CLASSIFICAÇÃO DOS DELITOS CONSIDERADOS HEDIONDOS CRIMES CONTRA A


SAÚDE PÚBLICA.
LEI Nº 9.677, DE 2 DE JULHO DE 1998...............................................................................................73

OBRIGA A QUE OS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS COMERCIALIZADOS INFORMEM


SOBRE A PRESENÇA DE GLÚTEN, COMO MEDIDA PREVENTIVA E DE CONTROLE DA
DOENÇA CELÍACA.
LEI Nº 10.674, DE 16 DE MAIO DE 2003 ............................................................................................75

DISPÕE SOBRE A AGRICULTURA ORGÂNICA


LEI Nº 10.831, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003 ..................................................................................76

REGULAMENTA A COMERCIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS PARA LACTENTES E


CRIANÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA E TAMBÉM A DE PRODUTOS DE PUERICULTURA
CORRELATOS.
LEI Nº 11.265, DE 03 DE JANEIRO DE 2006 .......................................................................................76

ALTERA A LEI NO 11.265, DE 3 DE JANEIRO DE 2006, QUE REGULAMENTA A


COMERCIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIANÇAS DE PRIMEIRA
INFÂNCIA E TAMBÉM A DE PRODUTOS DE PUERICULTURA CORRELATOS, E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
LEI Nº 11.474, DE 15 DE MAIO DE 2007..............................................................................................86

REGULAMENTO DE INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE PRODUTOS DE


ORIGEM ANIMAL
DECRETO Nº 30.691, DE 29 DE MARÇO DE 1952.- RIISPOA ...........................................................88

MODIFICA O DECRETO Nº 50.040, DE 24 DE JANEIRO DE 1961, REFERENTE A NORMAS


REGULADORAS DO EMPRÊGO DE ADITIVOS PARA ALIMENTOS, ALTERADO PELO
DECRETO Nº 691, DE 13 DE MARÇO DE 1962.
DECRETO Nº 55.871, DE 26 DE MARÇO DE 1965 ............................................................................88

REGULAMENTOA AS ATIVIDADES PERTINENTES AO DESENVOLVIMENTO DA


AGRICULTURA ORGÂNICA, DEFINIDAS PELA LEI NO 10.831, DE 23 DE DEZEMBRO
DE 2003.
DECRETO Nº 6.323, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007. .......................................................................88

INSTITUI NORMAS BÁSICAS SOBRE ALIMENTOS.


DECRETO-LEI Nº 986, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969 ......................................................................89

SISTEMA UNIFICADO DE ATENÇÃO À SANIDADE AGROPECUÁRIA.


DECRETO 5.741 - SUASA ..................................................................................................................89

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS DO
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Capítulo 3
MÉTODOS ANALÍTICOS OFICIAIS MICROBIOLÓGICOS E FÍSICO-QUÍMICOS

OFICIALIZAR OS MÉTODOS ANALÍTICOS OFICIAIS PARA ANÁLISES


MICROBIOLÓGICAS PARA CONTROLE DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL E ÁGUA
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 62, DE 26 DE AGOSTO DE 2003. .......................................................95

OFICIALIZAR OS MÉTODOS ANALÍTICOS OFICIAIS FÍSICO-QUÍMICOS, PARA


CONTROLE DE LEITE E PRODUTOS LÁCTEOS.
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 68, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2006. ..................................................95

INSTITUIR CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO LEITE IN NATURA,


CONCENTRADO E EM PÓ, RECONSTITUÍDOS, COM BASE NO MÉTODO ANALÍTICO
OFICIAL FÍSICO-QUÍMICO DENOMINADO “ÍNDICE CMP”
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 69, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2006 ...................................................96

REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE PADRÕES MICROBIOLÓGICOS PARA ALIMENTOS


RESOLUÇÃO - RDC Nº 12, DE 2 DE JANEIRO DE 2001 ...................................................................97

PROCEDIMENTOS DE CONTROLE E VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA


CONSUMO HUMANO
PORTARIA Nº 518, DE 25 DE MARÇO DE 2004 / MS. ........................................................................97

MÉTODOS OFICIAIS ALTERNATIVOS PARA ANÁLISE DA QUALIDADE DO LEITE E


SEUS DERIVADOS
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11, DE 30 DE ABRIL DE 2009 .............................................................98

Capítulo 4

NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA CONSTRUÇÃO


E OPERAÇÃO DE INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS

NORMAS HIGIÊNICO-SANITÁRIAS E TECNOLÓGICAS PARA LEITE E PRODUTOS


LÁCTEOS
PORTARIA Nº 4 DE 03 DE JANEIRO DE 1978 ..................................................................................103

APROVA OS CRITÉRIOS DE INSPEÇÃO DO LEITE E PRODUTOS LÁCTEOS


PORTARIA 5 DE 07 DE MARÇO DE 1983 .........................................................................................103

APROVA O REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE AS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-


SANITÁRIAS E DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA ESTABELECIMENTOS
ELABORADORES / INDUSTRIALIZADORES DE ALIMENTOS
PORTARIA Nº 368, DE 4 DE SETEMBRO 1997 ................................................................................ 112
INSTITUIR O SISTEMA DE ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE
- APPCC A SER IMPLANTADO, GRADATIVAMENTE, NAS INDÚSTRIAS DE PRODUTOS
DE ORIGEM ANIMAL SOB O REGIME DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO FEDERAL - SIF
PORTARIA N° 46, DE 10 DE FEVEREIRO DE 1998. .........................................................................126

INSTRUÇÕES PARA PERMITIR A ENTRADA E O USO DE PRODUTOS NOS


ESTABELECIMENTOS REGISTRADOS
INSTRUÇÃO NORMATIVA 49, DE 14 DE SETEMBRO DE 2006 .....................................................127

REGULAMENTO TÉCNICO DE EQUIPAMENTOS DE ORDENHA


INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA Nº 48, DE 12 DE AGOSTO DE 2002 ..............................................132

INSTITUI A REDE DE LABORATÓRIOS DE RESÍDUOS E CONTAMINANTES EM


PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL E VEGETAL DESTINADOS AO CONSUMO DIRETO
E INDIRETO.
PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 902, DE 22 DE SETEMBRO DE 2008 ......................................132

PLANILHA PARA VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE DOCUMENTAL DE PROJETOS


ENVIADOS AO DIPOA PARA ANÁLISE
OFÍCIO CIRCULAR CGI/DIPOA Nº 001/2009, DE 09 DE MARÇO DE 2009 .....................................133

DISPÕE SOBRE NORMAS GERAIS PARA FUNCIONAMENTO DE EMPRESAS


ESPECIALIZADAS NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONTROLE DE VETORES E
PRAGAS URBANAS.
CONTROLE DE PAGAS - RESOLUÇÃO-RDC Nº 18, DE 29 DE FEVEREIRO DE 2000 .................135

DIRETRIZES BÁSICAS PARA AVALIAÇÃO DE RISCO E SEGURANÇA DOS ALIMENTOS


RESOLUÇÃO RDC Nº 17, DE 30 DE ABRIL DE 1999 ......................................................................137

Capítulo 5

NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM


E ROTULAGEM DE PRODUTOS LÁCTEOS EM GERAL

REGULAMENTO TÉCNICO PARA ROTULAGEM DE PRODUTO DE ORIGEM ANIMAL


EMBALADO
INSTRUÇÃO NORMATIVA 22 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2005......................................................143

ANÁLISE E REGISTRO DE ROTULAGEM NOS SIPAíS


RESOLUÇÃO Nº 2, DE 22 DE MAIO DE 2000 ..................................................................................152

ATENDIMENTO À LEGISLAÇÃO SANITÁRIA DE OUTRAS INSTITUIÇÕES QUE NÃO


O DIPOA
RESOLUÇÃO Nº 8, DE 24 DE SETEMBRO DE 2001 ........................................................................158

CRITÉRIOS PARA O USO DA INDICAÇÃO “LONGA VIDA” NA ROTULAGEM DE


PRODUTOS LÁCTEOS
RESOLUÇÃO Nº 2, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2002 .......................................................................160

PROCEDIMENTOS GERAIS PARA APROVAÇÃO DE ROTULAGEM NOS SIPAís E NO


SELEI / DOI / DIPOA
INSTRUÇÃO DE SERVIÇO DIPOA / S.D.A. / MA Nº 003/ 2000........................................................161

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ROTULAGEM DE ALIMENTOS E BEBIDAS EMBALADOS QUE CONTENHAM GLÚTEN
RESOLUÇÃO - RDC Nº 40, DE 8 DE FEVEREIRO DE 2002 ............................................................167

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL COMPLEMENTAR “0% DE GORDURA TRANS”


OFÍCIO CIRCULAR Nº 17/2007 DE 24 DE AGOSTO DE 2007 ..........................................................169

Capítulo 6

LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E


PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS

REGULAMENTOS TÉCNICOS DE PRODUÇÃO, IDENTIDADE E QUALIDADE DO


LEITE TIPO A, DO LEITE TIPO B, DO LEITE TIPO C, DO LEITE PASTEURIZADO E DO
LEITE CRU REFRIGERADO E O REGULAMENTO TÉCNICO DA COLETA DE LEITE CRU
REFRIGERADO E SEU TRANSPORTE A GRANEL
INSTRUÇÃO NORMATIVA 51, DE 18 DE SETEMBRO DE 2002 ......................................................173
RTIQ DE LEITE TIPO A ......................................................................................................173
RTIQ DE LEITE TIPO B ......................................................................................................186
RTIQ DE LEITE TIPO C ......................................................................................................196
RTIQ DE LEITE PASTEURIZADO .....................................................................................204
RTIQ DE LEITE CRU REFRIGERADO...............................................................................208
RTIQ DA COLETA DE LEITE CRU REFRIGERADO
E SEU TRANSPORTE A GRANEL ......................................................................................213

RTIQ DE LEITE DE CABRA


INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 37, DE 31 DE OUTUBRO DE 2000. ...................................................217

RTIQ DE LEITE AROMATIZADO


INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 26, DE 12 DE JUNHO DE 2007. ........................................................226

RTIQ DE LEITE EM PÓ MODIFICADO


INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 27, DE 12 DE JUNHO DE 2007. ........................................................230

INCLUSÃO DE COADJUVANTE DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO NO REGULAMENTO


TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE LEITE EM PÓ - RTIQ
DE LEITE EM PÓ
PORTARIA Nº 369, DE 4 DE SETEMBRO DE 1997...........................................................................235

AQUISIÇÃO DE LEITE EM PÓ POR PROGRAMAS INSTITUCIONAIS DO GOVERNO


FEDERAL
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11, DE 09 DE SETEMBRO DE 1999 ..................................................240

LEITE PASTEURIZADO RECONSTITUÍDO


PORTARIA Nº 16, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1985. .........................................................................241

RTIQ DO LEITE U.H.T (U.A.T).


PORTARIA Nº 370, DE 04 DE SETEMBRO DE 1997.........................................................................245

ORIENTAÇÕES SOBRE O RTIQ DE LEITE UHT


OFÍCIO CIRCULAR GAB/DIPOA Nº 39 DE 18 DE MARÇO DE 2009 ...............................................249

LEITE TIPO FLUÍDO A GRANEL DE USO INDUSTRIAL


PORTARIA Nº 146 DE 07 DE MARÇO DE 1996 ...............................................................................251
RTIQ DE DOCE DE LEITE.
PORTARIA Nº 354, DE 04 DE SETEMBRO DE 1997.........................................................................254

RTIQ DE LEITES FERMENTADOS


INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 46, DE 23 DE OUTUBRO DE 2007 ....................................................259

UTILIZAÇÃO DO “SELO MINHA ESCOLHA” EM PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL


OFÍCIO CIRCULAR DIPOA Nº 10 DE 02 DE ABRIL DE 2009 ...........................................................275

Capítulo 7

PRODUTOS LÁCTEOS GORDUROSOS

REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE


CREME DE LEITE
PORTARIA Nº 146 DE 07 DE MARÇO DE 1996 ................................................................................279
RTIQ DE CREME DE LEITE ..............................................................................................279
RTIQ DE CREME DE LEITE A GRANEL DE USO INDUSTRIAL ......................................283
RTIQ DE GORDURA ANIDRA DE LEITE (BUTTEROIL) ..................................................285
RTIQ GORDURA LÁCTEA .................................................................................................287
RTIQ MANTEIGA ...............................................................................................................288

RTIQ DE MANTEIGA DA TERRA OU MANTEIGA DE GARRAFA; QUEIJO DE COALHO


E QUEIJO DE MANTEIGA
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 30, DE 26 DE JUNHO DE 2001 ........................................................291

ORIENTAÇÕES PARA COMERCIALIZAÇÃO DO CREME DE LEITE CRU EM SACOS


PLÁSTICOS
OFÍCIO CIRCULAR GAB/DIPOA Nº 38 DE 18 DE MARÇO DE 2009 ...............................................295

Capítulo 8

PRODUTOS LÁCTEOS DIVERSOS

RTIQ DE BEBIDA LÁCTEA


INSTRUÇÃO NORMATIVA 16, DE 23 DE AGOSTO DE 2005 ...........................................................299

RTIQ DE COMPOSTO LÁCTEO


INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 28, DE 12 DE JUNHO DE 2007 .........................................................317

RTIQ DOS PRODUTOS LÁCTEOS CASEÍNA ALIMENTAR E RTIQ DE CASEINATOS


ALIMENTÍCIOS
PORTARIA Nº 146 DE 07 DE MARÇO DE 1996 ...............................................................................327
RTIQ DE CASEÍNA ALIMENTAR .......................................................................................328
RTIQ DE CASEINATOS ALIMENTÍCIOS ...........................................................................330

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
Capítulo 9

QUEIJOS E SIMILARES

RTIQ DOS PRODUTOS LÁCTEOS EM ANEXO.


PORTARIA Nº 146 DE 07 DE MARÇO DE 1996 ...............................................................................335
RTIQ DOS QUEIJOS .........................................................................................................335
RTIQ DE REQUISITOS MICROBIOLÓGICOS DE QUEIJOS ...........................................340

RTIQ DE QUEIJO “PETIT SUISSE”


INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 53, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2000 .................................................343

RTIQ DE MANTEIGA DA TERRA OU MANTEIGA DE GARRAFA; QUEIJO DE COALHO


E QUEIJO DE MANTEIGA
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 30, DE 26 DE JUNHO DE 2001 ........................................................348
RTIQ DE QUEIJO DE MANTEIGA......................................................................................348
RTIQ DE QUEIJO DE COALHO .........................................................................................351

RTIQ DE QUEIJO MINAS FRESCAL


PORTARIA Nº 352, DE 04 DE SETEMBRO DE 1997 ........................................................................354

ALTERA RTIQ DO QUEIJO MINAS FRESCAL


INSTRUÇÃO NORMATIVA 4, DE 1 DE MARÇO DE 2004 ................................................................357

APROVA O REGULAMENTO DA LEI Nº 14185, DE 31 JANEIRO DE 2002, QUE DISPÕE


SOBRE O PROCESSO DE PRODUÇÃO DE QUEIJO MINAS ARTESANAL.
DECRETO Nº 42.645, DE 05 DE JUNHO DE 2002 -
PRODUÇÃO DE QUEIJO MINAS ARTESANAL ................................................................................358

RTIQ DE QUEIJO PARMESÃO, PARMESANO, REGGIANO, REGGIANITO E SBRINZ


PORTARIA Nº 353, DE 04 DE SETEMBRO DE 1997 ........................................................................369

RTIQ DE QUEIJO EM PÓ
PORTARIA Nº 355, DE 04 DE SETEMBRO DE 1997 ........................................................................376

RTIQ DE QUEIJO PROCESSADO OU FUNDIDO, PROCESSADO PASTEURIZADO E


PROCESSADO OU FUNDIDO UHT (UAT)
PORTARIA Nº 356, DE 04 DE SETEMBRO DE 1997 ........................................................................383

RTIQ DE QUEIJO RALADO


PORTARIA Nº 357, DE 4 DE SETEMBRO 1997 ................................................................................389

RTIQ DE QUEIJO PRATO


PORTARIA Nº 358, DE 4 DE SETEMBRO 1997 ................................................................................396

RTIQ DO REQUEJÃO OU REQUESÕN


PORTARIA Nº 359, DE 4 DE SETEMBRO 1997 ................................................................................399

RTIQ DE QUEIJO DANBO


PORTARIA Nº 360, DE 4 DE SETEMBRO 1997 ................................................................................404

RTIQ DE QUEIJO TILSIT


PORTARIA Nº 361, DE 4 DE SETEMBRO 1997 ................................................................................407
RTIQ DE QUEIJO TYBO
PORTARIA Nº 362, DE 4 DE SETEMBRO 1997 ................................................................................410

RTIQ DE QUEIJO PATEGRÁS SANDWICH


PORTARIA Nº 363, DE 4 DE SETEMBRO 1997 ................................................................................413

RTIQ DE QUEIJO MOZZARELLA (MUZZARELLA OU MUSSARELLA)


PORTARIA Nº 364, DE 4 DE SETEMBRO 1997 ................................................................................417

RTIQ DE QUEIJO TANDIL


PORTARIA Nº 365, DE 4 DE SETEMBRO 1997 ................................................................................420

RTIQ DE MASSA PARA ELABORAR QUEIJO MOZZARELLA (MUZZARELLA OU


MUSSARELA)
PORTARIA Nº 366, DE 4 DE SETEMBRO 1997 ................................................................................424

RTIQ DE QUEIJO AZUL


INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 45, DE 23 DE OUTUBRO DE 2007 ...................................................427

RTIQ DE QUEIJO REGIONAL DO NORTE OU QUEIJO TROPICAL DE USO INDUSTRIAL


INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 24, DE 04 DE ABRIL DE 2002 ...........................................................430

Capítulo 10

OFÍCIOS CIRCULARES, PARECERES E MEMORANDOS

INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO DE REGISTRO DE


RÓTULO DE PRODUTO DE ORIGEM ANIMAL IMPORTADO
CIRCULAR Nº 125 / 98 / DCI/DIPOA, DE 15 DE MAIO DE 1998.......................................................437

ALTERAÇÕES A SEREM INTRODUZIDAS NO TEXTO ORIGINAL DA CIRCULAR


Nº125/98
CIRCULAR Nº 416 /98/DCI/DIPOA,DE 16 DE DEZEMBRO DE 1998 ...............................................450

HARMONIZAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA REGISTRO DE ROTULAGENS


OFÍCIO CIRCULAR DILEI Nº 06, DE 25 DE MAIO DE 2006..............................................................452

AJUSTES EM PROCEDIMENTOS DEFINIDOS NA IN 49, DE 14/9/2006


OFÍCIO CIRCULAR SDA Nº 01 DE 01 DE FEVEREIRO DE 2007 ....................................................454

INSTITUI O FORMULÁRIO PADRÃO PARAALAVRATURADE AUTO DE COMPROVAÇÃO


NO ÂMBITO DO SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
PORTARIA N.º 22, DE 20 DE AGOSTO DE 2004...............................................................................456

ADEQUAÇAO DE RÓTULOS DE LEITE E PRODUTOS LÁCTEOS REGISTRADOS ANTES


DA IN 22/2005
OFÍCIO CIRCULAR N º 02/2007, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2007 ..................................................460

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DOS PROGRAMAS DE COLETA DE LEITE A


GRANEL
OFÍCIO CIRCULAR N º 09/2008, DE 14 DE JULHO DE 2008 ...........................................................462

HARMONIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DA LEI 11.265/2006


OFICIO-CIRCULAR N 15/GAB/DIPOA DE 14/8/2008 ........................................................................ 465

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS DO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
E ANVISA

Capítulo 11

ADITIVOS

ADITIVOS INTENCIONAIS
RESOLUÇÃO CNS/MS Nº. 04, DE 24 DE NOVEMBRO DE 1988 ....................................................473

ADITIVOS ALIMENTARES - DEFINIÇÕES, CLASSIFICAÇÃO E EMPREGO.


PORTARIA Nº 540, DE 27 DE OUTUBRO DE 1997 .........................................................................473

ADITIVOS PARA ALIMENTOS COM INFORMAÇÃO NUTRICIONAL COMPLEMENTAR


E ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS
PORTARIA N º 28, DE 13 DE JANEIRO DE 1998 .............................................................................479

USO DA PECTINA COMO ESTABILIZANTE E ESPESSANTE PARA GELADOS


COMESTÍVEIS
PORTARIA N º 156, DE 20 DE FEVEREIRO DE 1998 .......................................................................480

USO DE LACTINOL COMO EDULCORANTE


PORTARIA N ° 502, DE 22 DE JUNHO DE 1998 ...............................................................................480

INCLUSÃO DA GOMA GELANA (INS 418) COMO ESTABILIZANTE, ESPESSANTE E


GELIFICANTE
PORTARIA N º 503, DE 22 DE JUNHO DE 1998 ..............................................................................481

INCLUSÃO DOS ADITIVOS METILCELULOSE E HIDROXIPROPIL METILCELULOSE


NAS FUNÇÕES ESPESSANTE E ESTABILIZANTE QUANTUM SATIS
PORTARIA N º 376, DE 26 DE ABRIL DE 1999. ................................................................................483

ADITIVOS UTILIZADOS SEGUNDO AS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E SUAS


FUNÇÕES
RESOLUÇÃO Nº 386, DE 5 DE AGOSTO DE 1999 ..........................................................................485

ADITIVOS ALIMENTARES, ESTABELECENDO SUAS FUNÇÕES E SEUS LIMITES


MÁXIMOS
RESOLUÇÃO Nº 388, DE 5 DE AGOSTO DE 1999 ..........................................................................489

ADITIVOS UTILIZADOS SEGUNDO AS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E SUAS


FUNÇÕES
RESOLUÇÃO RDC Nº 234, DE 19 DE AGOSTO DE 2002 ...............................................................495

RISCOS ASSOCIADOS AO CONSUMO DE ALIMENTOS QUE CONTENHAM O ADITIVO


INS 102 CORANTE TARTRAZINA
RESOLUÇÃO RDC Nº. 340, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2002. .........................................................497

ESPECIFICAÇÕES SOBRE O SAL DE COZINHA (CLORETO DE SÓDIO) A USAR EM


ALIMENTOS
RESOLUÇÃO RDC Nº. 130, DE 26 DE MAIO DE 2003 ....................................................................498
NOVA COMPLEMENTAÇÃO À LISTA DE ADITIVOS UTILIZADOS SEGUNDO AS BOAS
PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
RESOLUÇÃO RDC Nº. 43, DE 1º DE MARÇO DE 2005. ..................................................................499

REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE ADITIVOS AROMATIZANTES


RESOLUÇÃO - RDC Nº. 2, DE 15 DE JANEIRO DE 2007 ...............................................................500

DISPÕE SOBRE O “REGULAMENTO TÉCNICO QUE AUTORIZA O USO DE ADITIVOS


EDULCORANTES EM ALIMENTOS, COM SEUS RESPECTIVOS LIMITES MÁXIMOS”.
RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº.18, DE 24 DE MARÇO DE 2008 .................514

Capítulo 12

ANÁLISE E COMPROVAÇÃO DE PROPRIEDADES


FUNCIONAIS E/OU DE SAÚDE

DIRETRIZES BÁSICAS PARA ANÁLISE E COMPROVAÇÃO DE PROPRIEDADES


FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE ALEGADAS EM ROTULAGEM DE ALIMENTOS
533
RESOLUÇÃO Nº 18, DE 30 DE ABRIL DE 1999 ...............................................................................523

REGULAMENTO DE PROCEDIMENTOS PARA REGISTRO DE ALIMENTO COM


ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE EM SUA
ROTULAGEM
RESOLUÇÃO Nº 19, DE 30 DE ABRIL DE 1999................................................................................526

SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS E PROBIÓTICOS ISOLADOS COM ALEGAÇÃO DE


PROPRIEDADES FUNCIONAL E OU DE SAÚDE
RESOLUÇÃO RDC Nº 2, DE 07 DE JANEIRO DE 2002 ...................................................................529

Capítulo 13

ANÁLISES LABORATORIAIS E PADRÕES ANALÍTICOS

EXPRESSÃO: “PRODUTO DESTINADO A PROGRAMA INSTITUCIONAL” - “PROIBIDA


A VENDA”
PORTARIA Nº 34, DE 14 DE MARÇO DE 1980 .................................................................................539

ROTULAGEM NUTRICIONAL DE ALIMENTOS EMBALADOS


RESOLUÇÃO RDC Nº 360, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003 ..........................................................539

PORÇÕES DE ALIMENTOS EMBALADOS PARA FINS DE ROTULAGEM


NUTRICIONAL
RESOLUÇÃO RDC Nº. 359, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003 .........................................................549

ROTULAGEM NUTRICIONAL DE ALIMENTOS EMBALADOS (COMPLEMENTAÇÃO


DAS RESOLUÇÕES RDC Nº.359/2003 E RDC Nº. 360/2003)
RESOLUÇÃO RDC Nº. 163, DE 17 DE AGOSTO DE 2006 ..............................................................567

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL COMPLEMENTAR
PORTARIA Nº 27, DE 13 DE JANEIRO DE 1998 ..............................................................................569

ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS


PORTARIA Nº 29, DE 13 DE JANEIRO DE 1998 ..............................................................................577

ALIMENTOS PARA CONTROLE DE PESO


PORTARIA Nº 30, DE 13 DE JANEIRO DE 1998 ..............................................................................582

ALIMENTOS ADICIONADOS DE NUTRIENTES ESSENCIAIS


PORTARIA N º 31, DE 13 DE JANEIRO DE 1998 .............................................................................588

SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS E OU MINERAIS


PORTARIA N º 32, DE 13 DE JANEIRO DE 1998 .............................................................................593

INGESTÃO DIÁRIA RECOMENDADA (IDR) PARA PROTEÍNA, VITAMINAS E


MINERAIS
RESOLUÇÃO RDC Nº 269, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005. .........................................................597

ALIMENTOS CONSIDERADOS COMO “NATURAIS”


PORTARIA N º 741, DE 16 DE SETEMBRO DE 1998........................................................................601

PROCEDIMENTOS PARA A INDICAÇÃO DO USO DE AROMA NA ROTULAGEM DE


ALIMENTOS
INFORME TÉCNICO Nº 26, DE 14 DE JUNHO DE 2007
ATUALIZADO EM 20 DE DEZEMBRO DE 2007 ................................................................................603

ORIENTAÇÕES SOBRE A DECLARAÇÃO DA INFORMAÇÃO NUTRICIONAL EM


ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS E OUTRAS CATEGORIAS ESPECÍFICAS
INFORME TÉCNICO Nº 36, DE 27 DE JUNHO DE 2008 ...................................................................604

ORIENTAÇÃO PARA UTILIZAÇÃO, EM RÓTULOS DE ALIMENTOS, DE ALEGAÇÕES


DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS DE NUTRIENTES COM FUNÇÕES PLENAMENTE
RECONHECIDAS PELA COMUNIDADE CIENTÍFICA
INFORME TÉCNICO Nº 9, DE 21 DE MAIO DE 2004 ........................................................................609

Capítulo 14

ALIMENTOS PARA LACTENTES


E CRIÂNÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA

ALIMENTOS DE TRANSIÇÃO PARA LACTENTES E CRIANÇAS DE PRIMEIRA


INFÂNCIA
PORTARIA N º 34, DE 13 DE JANEIRO DE 1998 .............................................................................615

REGULAMENTO TÉCNICO REFERENTE A ALIMENTOS À BASE DE CEREAIS PARA


ALIMENTAÇÃO INFANTIL
PORTARIA N º 36, DE 13 DE JANEIRO DE 1998 .............................................................................623
REGULAMENTO TÉCNICO PARA PROMOÇÃO COMERCIAL DE ALIMENTOS PARA
LACTENTES E CRIANÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA
RESOLUÇÃO RDC Nº 222, de 05 de agosto de 2002 .....................................................................630

PARECER DA CONSULTORIA JURÍDICA DO MAPA


RESOLUÇÃO 222/2002 ......................................................................................................................641

Capítulo 15

OUTRAS NORMAS MINISTÉRIO DA SAÚDE


E
ANVISA

NOVOS ALIMENTOS/INGREDIENTES, SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS E PROBIÓTICOS


ALIMENTOS COM ALEGAÇÕES DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE...............651

PERGUNTAS E RESPOSTAS
ISOFLAVONAS....................................................................................................................................653
LUTEÍNA E ZEAXANTINA ..................................................................................................................655
ÁRVORE DECISÓRIA .........................................................................................................................657

REVOGA AS RESOLUÇÕES, PORTARIAS E COMUNICADO LISTADOS NO ANEXO


RESOLUÇÃO RDC Nº 253, DE 15 DE SETEMBRO DE 2005. .........................................................658

REGULAMENTO TÉCNICO PARA MISTURAS PARA O PREPARO DE ALIMENTOS E


ALIMENTOS PRONTOS PARA O CONSUMO
RESOLUÇÃO RDC Nº. 273, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005. .......................................................659

Capítulo 16
LEGISLAÇÕES ASSOCIADAS À CTCAF
ANVISA

COMISSÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DE ASSESSORAMENTO EM ALIMENTOS


FUNCIONAIS E NOVOS ALIMENTOS (CTCAF)
PORTARIA Nº 15, DE 30 DE ABRIL DE 1999 ....................................................................................667

REGULAMENTO TÉCNICO DE SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS E PROBIÓTICOS ISOLADOS


COM ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAL E OU DE SAÚDE
RESOLUÇÃO RDC Nº 2, DE 07 DE JANEIRO DE 2002 ...................................................................669

ÁRVORE DECISÓRIA....................................................................................................................................675

SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS E PROBIÓTICOS COM ALEGAÇÕES DE PROPRIEDADES


FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE E NOVOS ALIMENTOS.
ORIENTAÇÕES PARA INSTRUÇÃO DO RELATÓRIO
TÉCNICO-CIENTÍFICO PARA ALIMENTOS .......................................................................................675
ÁCIDOS GRAXOS DA FAMÍLIA ÔMEGA 3 ........................................................................678

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
CAROTENÓIDES ...............................................................................................................678
FIBRAS ALIMENTARES ....................................................................................................679
BETA GLUCANA .................................................................................................................679
FRUTOOLIGOSSACARÍDEOS...........................................................................................679
INULINA ..............................................................................................................................680
LACTULOSE .......................................................................................................................680
PSILLINUM OU PSYLLIUM ................................................................................................680
QUITOSANA ......................................................................................................................680
FITOESTERÓIS .................................................................................................................681
PROBIÓTICOS ..................................................................................................................681
PROTEÍNA DE SOJA ..........................................................................................................682

NORMAS DO
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Capítulo 17

ASSUNTOS DIVERSOS

DISPÕE SOBRE A PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.


LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990...................................................................................687

ESTABELECE REGRA PARA A INFORMAÇÃO AOS CONSUMIDORES SOBRE MUDANÇA


DE QUANTIDADE DE PRODUTO COMERCIALIZADO NA EMBALAGEM
PORTARIA Nº 81, DE 23 DE JANEIRO DE 2002 ..............................................................................689

NORMAS DO
MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA
E COMÉRCIO EXTERIOR
E
INMETRO

Capítulo 18

ASSUNTOS DIVERSOS

INDICAÇÃO “DEVE SER PESADO EM PRESENÇA DO CONSUMIDOR”


PORTARIA INMETRO Nº 25, DE 02 DE FEVEREIRO DE 1986.........................................................695

EXPRESSÃO DO PESO LÍQUIDO EM UNIDADES DE MASSA PARA IOGURTES, LEITE


GELIFICADO, LEITE CONDENSADO, LEITE EVAPORADO OU CONCENTRADO,
CREMES DE LEITE, DOCE DE LEITE, SOBREMESA LÁCTEA, QUEIJOS E SIMILARES
PORTARIA INMETRO Nº 067, DE 31 DE MARÇO DE 1989 ..............................................................696
REGULAMENTO TÉCNICO METROLÓGICO
PORTARIA INMETRO Nº 157, DE 19 DE AGOSTO DE 2002 ............................................................696

ORIENTAÇÃO SOBRE INDICAÇÃO QUANTITATIVA DE BEBIDAS LÁCTEAS 701


MEMO. Nº 07, DE 26 DE JANEIRO DE 2009 .....................................................................................701

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PREFÁCIO

Dando continuidade aos trabalhos da gestão do Presidente Cesar Helou fizemos a


revisão do livro “Procedimentos e Normas para Registro de Leites, Produtos Lácteos
e Suas Rotulagens”, para uma segunda edição.
A demanda da 1ª Edição, que foi esgotada em menos de um ano, nos mostrou o
quanto é útil esse manual para os técnicos que atuam na produção, beneficiamento e
industrialização de leites e produtos lácteos. A observação das normas e legislações
higiênico-sanitárias em toda a cadeia láctea é um passo a mais na melhoria
da qualidade do leite e seus derivados. Se em passado recente o Brasil era um
importador líquido de produtos lácteos, e a legislação atendia apenas a demanda dos
consumidores do mercado interno, hoje, esse quadro mudou.
Passamos a exportadores, e os produtos “Made in Brazil” ultrapassam fronteiras,
precisando atender padrões internacionais de produção e industrialização. A
rotulagem é outro fator de suma importância, tanto para o mercado interno, quanto
para o mercado externo. E, nossa legislação já atende os mercados mais exigentes.
É preciso colocar em prática tais preceitos, para que os produtos lácteos brasileiros
fiquem entre os melhores do mundo. Na forma de manual, a publicação fica mais prática
para consultas e esclarecimento de dúvidas, e os responsáveis pelo desenvolvimento
de produtos, podem ter a segurança de estarem cumprindo os trâmites legais. Nessa
edição, os capítulos foram organizados por assunto, substituindo a versão anterior
que era cronológica, facilitando a consulta, e contribuindo para que os processos
sejam feitos e analisados com maior rapidez, desonerando o custo da empresa.
Contamos com a parceria dos Sindicatos da Indústria dos Estados de Goiás
(SINDILEITE/GO), Rio Grande do Sul (SIND-LAT), do Estado de Minas Gerais
(SILEMG/MG) e do Estado de São Paulo (SINDILEITE/SP). São entidades que estão
próximas às nossas associadas, e observam as dificuldades enfrentadas para o registro
de produtos e rótulos. Também contamos com o apoio da Associação Brasileira da
Indústria de Queijo (ABIQ) e da Associação Brasileira de Leite Longa Vida (ABLV),
por entenderem a importância desse roteiro para o dia a dia das indústrias.
Sem o imprescindível financiamento e colaboração dessas entidades seria difícil o
G-100 dar sequência a essa dialética de apropriação do conhecimento: a mobilização
das pessoas nas empresas. Elas serão responsáveis pela difusão do manual, levando
aos técnicos, onde quer que eles se encontrem.
Agradecemos ao Dr. Nelmon Oliveira da Costa, Diretor do DIPOA e a Dra. Luciana
Meneghetti, Chefe do DILEI por terem cedido minutos preciosos de seu tempo e o de
seus auxiliares para revisar e disponibilizar normas e legislações que nos faltavam.
Finalmente agradeço a minha equipe que trabalhou intensamente para cumprir com
os prazos planejados.

Welson Souto Oliveira


Presidente
PREFÁCIO - 1ª Edição

Durante o “Encontro das Indústrias de Laticínios”, realizado em 6 de fevereiro de


2007, em Brasília, a Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e
Empresas de Laticínios (G-100) solicitou ao diretor do Departamento de Inspeção
de Produtos de Origem Animal (DIPOA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), Nelmom Oliveira da Costa, a realização de um workshop
sobre registro de leites, produtos lácteos e suas rotulagens, destinado às indústrias
de laticínios do Brasil.
No evento, os técnicos dos laticínios tirariam suas dúvidas diretamente com os
órgãos responsáveis pela análise dos processos: a Divisão de Inspeção de Leite
(DILEI) e o próprio DIPOA. Além disso, o Ministério teria uma oportunidade ímpar de
compreender as dificuldades e os problemas enfrentados pelos laticínios, quando da
solicitação desses registros.
Dessa interação poderia advir a redução do prazo no trâmite de processos, que
atualmente vem prejudicando as indústrias e sobrecarregando os órgãos de análise,
em decorrência das inúmeras falhas no preenchimento dos requisitos estabelecidos
pela legislação vigente. Se, na maioria das vezes, ela é clara, explícita e perfeita, em
outras apresenta algum grau de subjetividade, o que dá margem a interpretações
variadas.
São inúmeras as legislações e normativas que nascem no Congresso Nacional,
na Presidência da República e nos ministérios da Agricultura, da Saúde, da Justiça e
do Desenvolvimento Indústria e Comércio, também responsáveis por regulamentar e
fiscalizar o setor. O presente trabalho tem por objetivo a condensação dessas leis e
normas pertinentes ao registro de leites, produtos lácteos e suas rotulagens.
Nossos agradecimentos ao diretor do DIPOA, Nelmom Oliveira da Costa, à chefe
da DILEI, Priscilla Bagnatori Rangel, e sua equipe técnica composta pelos fiscais
agropecuários: Antônio Moacyr , Ana Paula Franco de Souza e Luciana Meneghetti,
por possibilitarem a realização desse I Workshop sobre Procedimentos e Normas para
Registro de Leites, Produtos Lácteos e Suas Rotulagens.
Fica evidenciado que a participação ativa das Empresas de Laticínios e seus
técnicos também foi importante para os resultados alcançados pelo Workshop e pela
organização da presente publicação.
César Helou
Presidente

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
Capítulo 1

INTRODUÇÃO

Patrocinadores

ABLV
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
22 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
INTRODUÇÃO
PRINCIPAIS DÚVIDAS

PRINCIPAIS DÚVIDAS

1. SOBRE REGISTRO DE PRODUTOS PARA EXPORTAÇÃO:


A.Produto com RTIQ:
São necessários outros documentos além dos normalmente exigidos para
registro?
Historicamente sempre se exigiu apenas: a expressão “Indústria Brasileira” (ou
expressão equivalente); carimbo oficial do SIF; a expressão “Uso Autorizado pelo
Ministério da Agricultura / SIF / DIPOA sob nº _____ /_____”. Geralmente o importador
fixa condições especiais de identidade e qualidade do produto, ou, simplesmente,
aceita os RTIQ’s brasileiros. Prioritariamente devem ser atendidas as requisições do
importador.
B. Produtos sem RTIQ:
Tem que atender legislação do pais importador?
Importadores sempre devem fornecer especificações GERAIS (microbiologia, GST%,
aditivos autorizados, etc.) de sua legislação interna, principalmente quando for o caso
da importação de um produto desconhecido em seu país (exemplo: queijo minas
padrão, queijo montanhês, etc.), ou produto internacionalmente conhecido, mas
fabricado no Brasil sem um detalhado RTIQ ou legislação equivalente, como o leite
condensado (que não contém especificações microbiológicas, teor mínimo de lipídios
e de proteínas, etc.), o coalho, etc. Essas especificações devem, sim, acompanhar o
pedido de registro no DIPOA.

2.SOBRE REGISTRO DE PRODUTOS SEM RTIQ E NÃO CITADOS NO RIISPOA:


É melhor enviar documentos de registro de material técnico científico sobre o
mesmo, tais como CODEX, legislação de outros países, literatura nacional e
estrangeira com bibliografia, para facilitar a consulta a esses produtos?
Sim, sempre será melhor enviar o máximo possível de bibliografia, tendo como
referências básicas: CODEX, legislação da UE, CFR/USA, MERCOSUL,
principalmente para o caso de produtos regionais de outros países ou mesmo do
Brasil, relativamente pouco conhecidos, principalmente quanto à tecnologia de
fabricação. Essa literatura preferentemente deve ser originária de periódicos de boa
reputação e conhecidos do setor lácteo.

3. SOBRE QUEIJOS SEM RTIQ NO MERCOSUL E DE ORIGEM DE OUTRO PAÍS:


Precisa colocar a expressão tipo antes do nome? Exemplo: queijo tipo Cheddar
– com os mesmos caracteres de cor e tamanho de letra?
Sim (Resolução RDC nº 123, de 13.5.2004, art. 1º e IN MAPA nº 22, de 24.11.2005,
item 3.3., exceto os Queijos Parmesão e Mussarela, cujos RTIQ´s do MERCOSUL
não contemplam o uso da expressão “tipo”. Por outro lado, caso importadores peçam
dispensa da expressão “tipo” antes do nome do queijo originário de outro país, como
condição essencial para a efetivação da importação, pode-se sugerir que essa

23
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

demanda seja levada à consideração do DIPOA.

4.Se uso um queijo tipo emental como matéria-prima de um creme de queijo,


como deveria chamar o produto final? Creme de emental ou Creme de Queijo
tipo emental?
Resposta: Creme de queijo tipo emental.

5.MISTURAS DE QUEIJOS EM PRODUTOS, A EXEMPLO DO QUEIJO


PROCESSADO E RALADO:
Se o queijo entrar em proporção menor que 25% não precisa abrir sua formulação
na lista de ingredientes? Exemplo: queijo processado sabor cheddar; a lista
deve ficar: queijo prato, queijo minas frescal, queijo provolone, creme de leite,
sal, corante de tartrazina, e sempre que colocar corante de tartrazina tem que se
escrever por extenso – é exigência ANVISA ?
Respostas:
a) não é preciso “abrir” formulações de componentes do queijo processado ou ralado
quando em concentração inferior a 25%, desde que não contenham aditivos com ação
no produto final (item 6.2.2.c. da IN MAPA nº 22 / 2005). Se houver, esse(s) aditivo(s)
deve(m) ser declarado(s) entre parênteses, logo após o nome do(s) ingrediente(s) que
o(s) contém (contêm) ;
b) Ainda que o emprego do corante tartrazina possa ter sido citado nessa “dúvida”
apenas como exemplo, esclarece-se que seu uso em quaisquer alimentos implica sua
declaração por extenso, na lista de ingredientes (RDC nº 340 / 2002 – ANVISA);
c) O emprego de aditivos em produtos lácteos deve seguir o que preconiza o respectivo
RTIQ;
d) O RTIQ de Queijos (Resolução GMC Mercosul nº 79 / 93, internalizado pela Portaria
MA nº146 / 96) assim como os RTIQ’s de queijos processados e de queijos ralados,
não admitem o emprego do corante tartrazina.

6.SOBRE REQUEIJÃO:
Requeijão sem outra denominação precisa ser fatiável?
Por definição (item 4.2 do RTIQ, subitem 4.2.1.1.), requeijões são untáveis ou
fatiáveis;
O requeijão cremoso sem gordura vegetal pode colocar no rótulo a expressão
“tradicional”?
Foram aprovados pelo SIF registros de requeijão cremoso SEM gordura vegetal,
contendo a expressão “tradicional” ou a expressão “original”;
Mesmo colocando no nome do produto a gordura vegetal, é necessário escrever
logo abaixo do nome a frase “Contém Gordura Vegetal”?
A Portaria MAPA nº 359 / 97 não especifica a necessidade de se inserir, logo abaixo
do nome do produto (conforme item 9.4. do RTIQ de requeijão), a expressão “contém
gordura vegetal”, no que é secundada pelo Ofício Circular DIPOA / SDA nº 45, de

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
24 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
INTRODUÇÃO
PRINCIPAIS DÚVIDAS

20.12.2005. Por outro lado, a Instrução Normativa MAPA nº 22, de 24.11.2005,


estipula, em seu item 9 (“Casos Particulares”), que a expressão “CONTÉM GORDURA
VEGETAL” deve ser inserida LOGO ABAIXO DO NOME DO PRODUTO, em caracteres
uniformes em corpo e cor, sem intercalação de dizeres ou desenhos, em caixa alta e
em negrito, em qualquer produto de origem animal em cujo processo tecnológico se
empregue gordura vegetal, independentemente do que se declare na denominação
de venda do produto.
A matéria gorda no extrato seco (g/100g) deve ser de origem láctea ou não láctea,
se o produto for com gordura vegetal?
Deverá ser usada apenas a expressão “matéria gorda no extrato seco”, conforme
especificado no item 4.2.2. do RTIQ de requeijão, independentemente do uso isolado
ou combinado de gordura animal e ou vegetal.

7. É necessário escrever conteúdo líquido? A palavra Litro tem que vir em letra
minúscula? O peso líquido deve ser escrito em unidades legais de massa?
O assunto é disciplinado pela Portaria INMETRO nº 157, de 19.8.2002 (GMC nº
22 / 2002). Pode-se escrever “CONT. LIQ”; a palavra “litro” deve ser escrita com L
maiúsculo. O peso líquido sempre deverá ser expresso em unidades de massa.

8. Qual a frase obrigatória para queijos? DEVE SER PESADO EM PRESENÇA DO


CONSUMIDOR – também deve ser escrito abaixo, com letra maiúscula o peso
da embalagem?
O assunto está disciplinado pela Portaria INMETRO nº 25, de 02.02.1986: a expressão
obrigatória para produtos tais como queijos e requeijões que possam perder peso de
forma acentuada deverão conter a expressão “DEVE SER PESADO EM PRESENÇA
DO CONSUMIDOR”, indicando-se, ainda, nas mesmas proporções, o “PESO DA
EMBALAGEM”. Entretanto (se bem entendida a pergunta), a Portaria não obriga que
a declaração do peso da embalagem seja inserida exatamente abaixo da expressão
“DEVE SER PESADO...”.

9. É necessário apresentar novo processo para a aprovação de rotulagem


quando houver uma pequena modificação no leite?
Considerando a dificuldade de se definir o que seria uma “pequena modificação”,
a resposta é “SIM”. Sugere-se que a empresa interessada conceitue o que, a seu
ver, seria uma “pequena modificação no leite”, ao submeter ao DIPOA o pedido de
aprovação pela 1ª vez.

10. Como e onde colocar a expressão contém ou não contém glúten? Pode
ser colocado após a lista de ingredientes, ser escrita em caixa alta, negrito e
maiúsculo?
A Lei nº 10.674, de 16.5.2003, fixa que a advertência deve estar, nos rótulos e
embalagens de alimentos industrializados, em caracteres com destaque, nítidos e de
fácil leitura. O termo “DESTAQUE” está regulado pela Instrução Normativa nº 22, de

25
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

24.11.2005 (item 2.19). Entretanto, não há legislação que fixe um local específico, na
rotulagem, para sua inserção, podendo ser colocado após a Lista de Ingredientes.
11. Onde colocar as frases da bebida láctea? No painel principal abaixo do nome
e em negrito?
• No PAINEL PRINCIPAL, LOGO ABAIXO DO NOME DO PRODUTO, em
DESTAQUE (ver definição no item 9.8 da I.N. MAPA nº16, de 23.8.2005, ou no
item 2.19 da I.N. nº 22, de 24.11.2005), deve constar “Contém ....% de soro de
leite” (nas bebidas lácteas “brancas”) ou “contém soro de leite” (bebidas lácteas
coloridas).
• Em qualquer outra parte do rótulo, desde que de fácil visualização para o consumidor
devem, ainda, e sempre em destaque, constar as seguintes expressões:
• Para as bebidas lácteas “brancas”: “bebida láctea não é leite” ou “este produto
não é leite”;
• Para as bebidas lácteas “coloridas”: “bebida láctea não é iogurte” ou “este produto
não é iogurte”.

12. Se o produto tem aroma / corante natural ou artificial, precisa colocar no


rótulo a chamada? Ou somente se o Aroma adicionado for artificial?
As chamadas “aromatizado artificialmente”, “colorido artificialmente” e “aromatizado
e colorido artificialmente” devem ser inseridas na rotulagem (Decreto-Lei nº 986 /
1969).

13. É preciso indicar o tipo de aroma (natural, idêntico ao natural, ou artificial)


na lista de ingredientes?
Não (Para o caso dos aromas, declara-se somente a função e optativamente sua
classificação (natural, sintético idêntico ao natural, sintético artificial, de reação ou
transformação, de fumaça), conforme Resolução - RDC ANVISA/MS nº 259/2002.

14. É obrigatório colocar as porcentagens de ingredientes no memorial


descritivo?
Sim.

15. Como deve ser colocado o prazo de validade em queijos, a partir de sua
fabricação ou depois de sua maturaão?
O prazo de validade de queijos maturados deve ser fixado a partir do término de sua
maturação, pois somente a partir desse estágio, por definição (Portaria MAPA nº 146
/ 96, RTIQ dos Queijos, item 2.1.), poderá receber tal classificação.

16. Quem deve assinar os documentos enviados para registro?


Sempre devem assinar o responsável legal e o responsável técnico. Com o registro
de rotulagem “on line”, obviamente as regras serão outras, específicas (ver na edição
2009 do presente Manual de Procedimentos).

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
26 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
INTRODUÇÃO
PRINCIPAIS DÚVIDAS

17. Todas as folhas devem ter assinaturas do fiscal, representante da empresa


e responsável técnico?
O Ofício Circular DILEI nº 06, de 25.5.2006, estipula que em todas as vias do formulário
simplificado deverá constar o “de acordo” do encarregado da IF. Portanto, o fiscal e os
representantes legal e técnico devem assinar todas as vias do citado formulário. Isso
acabará, com o advento do registro “on line” de rotulagem.

18. É obrigatória a marca comercial?


Não (item 6.1.b da I.N. nº 22, de 24.11.2005).

19. A IN 22 fala que o nome do produto deve vir em destaque, mas não menciona
tamanho mínimo ou máximo do destaque. O que é considerado destaque? A IN
22 fala sobre isso?
Sim, a I.N. nº 22, de 24.11.2005, define fixa a proporção do “DESTAQUE”, no seu item
2.19.

20. Se um ingrediente (ex. vit. C) é colocado no início do processo e desaparece,


ao longo dele, na lista de ingredientes não necessita informar?
Considerando o interesse do consumidor e do próprio fabricante, se um determinado
ingrediente da formulação pode desaparecer ao longo do processo de produção
ou de validade, não deverá ser colocado no produto, uma vez que poderá não vir
a ser evidenciado. O fato de “informar” ou “deixar de informar” essa possibilidade
na rotulagem não eliminará a indução do consumidor a erro, equívoco, engano ou
confusão.

21. Pode ser colocado no rótulo que o queijo é rico em cálcio e ajuda na
prevenção da osteoporose? Qualquer alegação de propriedade funcional só
será aceita após o envio da solicitação à ANVISA e OK da mesma por escrito
sobre o assunto?
Qualquer alegação de propriedade funcional somente poderá ser empregada mediante
autorização expressa da CTCAF / ANVISA.

22. Pode ser colocado no rótulo de um produto “vencedor do concurso de


queijos no ILCT por “x” anos, caso envie junto, com o rótulo anexo, o documento
relativo a essa premiação/
Sim. Está previsto no Artigo 799 do RIISPOA (fevereiro de 2009).

23. Um queijo pode ter no seu rótulo a expressão Premium, caso se prove com
documentos e literatura por que esse produto é superior a outro?
Criam-se, com essas expressões, características de identidade e qualidade (nem
sempre cientificamente evidenciáveis) não previstas nos respectivos RTIQ’s ou
legislação similar de produtos lácteos, pelo que não devem ser usados. Casos

27
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

especiais poderão, contudo, ser submetidos à apreciação do DIPOA.

24. É necessário colocar o prazo de validade após aberto, para produtos que
possam se alterar após abertos?
SIM, conforme estipulam o Ofício Circular DIPOA nº 02 / 2007 e o Ofício circular DILEI
/ CGI / DIPOA n° 06 / 2006, com base na IN MAPA nº 22 / 2005.

25. Qual é a IDR de proteínas? Deve-se considerar a RDC 360 / 03 ou a RDC


269/05?
Pode-se dizer que, para produtos “normais”, deve-se seguir a IDR de proteínas
da RDC nº 360 / 2003 (75g), pois, com o uso de valores inferiores, não se obtém
valor energético de 2.000 Kcal. Contudo, para produtos adicionados de nutrientes
essenciais, deve-se usar a IDR de proteínas contida na RDC nº 269 / 2005 (50g), uma
vez que esta revoga a Portaria nº 33 SVS / MS. Pode ser interessante identificar a
citação do valor da proteína com asterisco, citando-se a fonte (360 / 03 ou 269 / 05),
abaixo da Informação Nutricional.

26. Se o sal que emprego não é iodado, tenho que mencionar no rótulo?
Não. Essa exigência estava contida na RDC nº 32, de 25.02.2003, que foi revogada
pela RDC nº 130, de 26.5.2003. Deve-se, entretanto, comprovar que o iodo causa
interferências indesejáveis no alimento, caso a ANVISA o exija.

27. Se o coalho é bovino, precisa mencionar que é coalho de origem animal?


“Coalho”, por definição (RIISPOA), é de origem animal. A nomenclatura “Coalho
Bovino” é pertinente pelo fato de poder ser originária também de cabritos ou de
cordeiros (art.776 do RIISPOA). Contudo, não há justificativa legal ou técnica que dê
amparo ao emprego compulsório de expressão que “esclareça” tratar-se de produto
de origem animal.

28. Pode ser chamado de queijo análogo um queijo que leva concentrado
protéico, gordura e estabilizantes?
“Queijo análogo” ou “queijo de imitação” são expressões usadas na legislação norte-
americana ou em textos técnicos da FAO / OMS para designar “queijos” elaborados
com proteína e ou gordura de origem vegetal. O DIPOA pode até vir a estudar
nomenclaturas ou denominações de venda para tais produtos, podendo-se, entretanto,
adiantar que, historicamente, adota a linha de conduta do CODEX ALIMENTARIUS
para uso de termos lácteos.

29. Pode ser chamado de bebida láctea o nome a ser dado a um produto que leva
leite, chocolate, açúcar e espessantes, tratado por UHT?
Pela IN MAPA nº 16, de 23.8.2005, somente poderá receber denominação de Bebida
Láctea o produto que contiver soro de leite na sua formulação.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
28 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
INTRODUÇÃO
CHECK-LIST – ROTULAGEM GERAL DE ALIMENTOS

CHECK-LIST – ROTULAGEM GERAL DE ALIMENTOS

01 - Utiliza vocábulos, sinais, denominações, símbolos, emblemas, ilustrações ou


outras representações gráficas que possam tornar as informações falsas, incorretas,
insuficientes, ou que possam induzir o consumidor a equívoco? (Item 3.1a da IN Nº
22/2005).
02 - Atribui efeitos ou propriedades que não possuam ou não possam ser
demonstradas?(Item 3.1b da IN Nº 22/2005).
03 - Destaca a presença ou ausência de componentes que sejam intrínsecos ou próprios
de produtos de origem animal de igual natureza?(Item 3.1c da IN Nº 22/2005)
04 - Ressalta a presença de componentes que sejam adicionados como ingredientes
em todos os produtos com tecnologia semelhante?(Item 3.1d da IN Nº 22/2005)
05 - Ressalta qualidades que possam induzir ao engano com relação a reais ou
supostas propriedades terapêuticas que alguns componentes ou ingredientes tenham
ou possam ter quando consumidos em quantidades diferentes daquelas que se
encontram no produto?(Item 3.1e da IN Nº 22/2005)
06 - Aconselha seu consumo como estimulante, para melhorar a saúde, para prevenir
doenças ou com ação curativa?(Item 3.1g da IN Nº 22/2005)
07 - Indica que o produto possui propriedades medicinais ou terapêuticas?(Item 3.1f
da IN Nº 22/2005).
08 - Apresenta na denominação a expressão “tipo” com letras de igual tamanho,
realce e visibilidade, no caso de alimentos fabricados com propriedades sensoriais
semelhantes ou parecidos com aquelas típicas de lugares geográficos reconhecidos?
(Item 3.3 da IN Nº 22/2005).
09 - A rotulagem está redigida no idioma oficial do país de consumo? Se não, existe
uma etiqueta contendo a informação obrigatória no idioma correspondente, em
caracteres de tamanho, realce e visibilidade adequados? Caso seja para exportação,
existe uma tradução para análise do mesmo?(Itens 3.4 e 4.1 da IN Nº 22/2005).
10 - Se a rotulagem for em mais de um idioma, as informações obrigatórias figuram
em caracteres de igual tamanho, realce ou visibilidade?(Item 4.2 da IN Nº 22/2005).
11 - Traz todas as informações obrigatórias? (Item 5 da IN Nº 22/2005).
• Denominação de venda
• Lista de ingredientes
• Conteúdo líquido
• Identificação da origem,
• Nome ou razão social
• Endereço do estabelecimento,
• Nome ou R. Social, endereço do importador (produto Importado)
• Carimbo oficial da inspeção
• Categoria do estabelecimento
• CNPJ

29
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

• Conservação
• Marca comercial
• Lote
• Data de fabricação
• Validade
• Expressão de registro
• Instruções de preparo e uso do produto (quando necessário)
12 - A denominação de venda está no painel principal, em caracteres destacados,
uniformes em corpo e cor, sem intercalação de desenhos e outros dizeres? (Item 5
da IN Nº 22/2005).
13 - O tamanho da letra é proporcional à indicação da marca comercial?(Item 5 da IN
Nº 22/2005).
14 - A denominação de venda está de acordo com o RTIQ/RIISPOA/CODEX do
produto?(Item 6.1 da IN Nº 22/2005).
15 - Constam palavras ou frases adicionais esclarecendo forma de apresentação do
produto (fracionado, bolinhas, etc.)? Obs.: a forma de apresentação não deverá fazer
parte do nome do produto.(Item 6.1c da IN Nº 22/2005).
16 - A lista de ingredientes está em ordem decrescente de quantidade, precedida da
expressão “ingredientes:” ou “ingr.:”? (Item 6.2.2 e 6.2.2a da IN Nº 22/2005).
17 - Os aditivos estão declarados após os ingredientes?(Item 6.2.2 e 6.2.2a da IN Nº
22/2005).
18 - Os ingredientes compostos contidos no alimento estão declarados como tal na
lista de ingredientes, acompanhado imediatamente de uma lista entre parênteses de
seus componentes? Obs.: este item não se aplica para os ingredientes compostos
estabelecidos em Regulamento Técnico específico e que representem menos que
25% do produto acabado (exceção aditivos)(Itens 6.2.2b e c IN 22/2005).
19 - O produto que contém água em sua composição traz este componente na lista
de ingredientes? Obs.: O produto que contém salmouras, xaropes, caldas, molhos ou
outros similares pode declarar estes ingredientes como tais na lista de ingredientes.
(Item 6.2.2d da IN Nº 22/2005).
20 - A função principal do aditivo, o nome completo ou número INS está declarado
na lista de ingredientes? Obs.: Os aromas podem ser declarados como aromas/
aromatizantes.(Item 6.2.3 da IN Nº 22/2005 e RDC Nº 259/2002).
21 - O conteúdo líquido está no painel principal do rótulo, expresso em caracteres
contrastantes e visíveis? (Portaria INMETRO Nº 157/2002)
22 - A unidade de medida utilizada, bem como seus símbolos foram representados
corretamente? (Portaria INMETRO Nº 157/2002)
23 - Foram obedecidas as dimensões mínimas dos caracteres alfa numéricos das
indicações quantitativas do conteúdo líquido? (Portaria INMETRO Nº 157/2002)
24 - As expressões que precedem a indicação quantitativa foram obedecidas, caso
utilizadas?(Portaria INMETRO Nº 157/2002)
25 - Para identificar a origem, utiliza-se uma das seguintes expressões: “fabricado em

G-100
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30 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
INTRODUÇÃO
CHECK-LIST – ROTULAGEM GERAL DE ALIMENTOS

...”, “produto ...” ou “indústria ...”?(Item 6.4.2 da IN Nº 22/2005).


26 - Consta o carimbo da inspeção federal? Se não, está determinado local onde
o mesmo será impresso? O modelo utilizado está correto? Está impresso em cor
única?(Item 5 da IN Nº 22/2005 e Art. 830 RIISPOA).
27 - Consta a descrição dos cuidados de armazenamento e conservação para produtos
que necessitam de cuidado especial de conservação? (Item 6.6.2 da IN Nº 22/2005)
28 - Consta a validade do produto após a aberta a embalagem?Item 6.6.2 da IN Nº
22/2005.
29 - O lote pode ser declarado por meio de código precedido pela letra “L” ou pela
data de fabricação, embalagem ou prazo de validade, sempre que constar no mínimo
o dia e o mês ou o mês e o ano. Há identificação do lote, conforme acima?(Item 6.5.3
da IN Nº 22/2005).
30 - Deve constar, no mínimo, Dia e Mês para produtos com prazos de validade inferior
a 3 meses e Mês e Ano para produtos com prazo de validade superior a 3 meses,
precedido de uma das seguintes expressões: “consumir antes de...”, “válido até...”,
“val:...”, “validade”, “vence...”, “vencimento...”, “vto:...”, “venc:...”. O prazo de validade
do produto está adequado?(Item 6.6b e c da INº 22/2005).
31 - Consta a expressão por extenso: “Registro no Ministério da Agricultura SIF/
DIPOA sob nº .../...? Caso seja exportação, consta a expressão: “Uso autorizado
pelo Ministério da Agricultura SIF/DIPOA sob nº ... / ...?(Item 5, da IN Nº 22, de
24/11/2005)
32 - Os tamanhos das letras e números da rotulagem obrigatória, exceto a indicação
da denominação de venda do produto de origem animal e dos conteúdos líquidos, não
está inferior a 1mm?(Item 8.2 da IN Nº 22/2005).
33 - Consta a expressão CONTÉM GORDURA VEGETAL, se no processo tecnológico
do produto for adicionado gordura vegetal? Os dizeres estão uniformes em corpo e
cor, sem intercalação de dizeres ou desenhos, letras em caixa alta e em negrito?(Item
9 da IN Nº 22/2005).
34 - Há a expressão “Contém Glúten” ou “Não contém Glúten?(Lei Nº 10.674/2003).
35 - Consta a tabela de informação nutricional? No caso de alegações nutricionais
complementares, consta a declaração dos nutrientes em questão?(RDC Nº
360/2003).
36 - A INC possibilita a interpretação errônea ou enganosa ao consumidor?(Item 3.3
da Portaria MS 27/98).
37 - Quando o rótulo apresentar INC de características inerentes ao alimento há
próximo à declaração, caracteres de igual realce e visibilidade, de que todos os
alimentos daquele tipo possuem essas características?(Item 3.4.1 da Portaria MS
27/98).

38 - No caso de INC comparativa, os produtos comparados são versões diferentes do


mesmo alimento ou alimento similar?(Item 3.5.1 da Portaria MS 27/98).
39 - No caso de INC comparativa, há declaração sobre a diferença na quantidade do
valor energético e ou conteúdo de nutriente, expressa em percentagem, fração ou
quantidade absoluta? Esta declaração está próxima ao termo LIGHT?(Item 3.5.2 da

31
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Portaria MS 27/98).
40 - No caso de INC comparativa, a comparação atende uma diferença relativa
mínima de 25% e uma diferença absoluta mínima no valor energético ou conteúdo de
nutrientes, igual aos valores dos atributos “fonte” ou “baixo”?(Item 3.5.3 da Portaria
MS 27/98).
41 - O rótulo apresenta a INC de acordo com os critérios fixados no item 5 da Portaria
SVS/MS 27/98?(Item 5 da Portaria MS 27/98).
42 - Os termos utilizados para conteúdo absoluto e comparativo atendem a Tabela de
Termos da Portaria SVS/MS 27/98?(Item 4 da Portaria MS 27/98).
43 - Caso utilize o termo “diet”, está sendo utilizado apenas para os alimentos para
dietas com restrição de nutrientes, alimentos para controle de peso ou alimentos para
dietas com ingestão controlada de açúcares?(Item 8.1.2 da Portaria MS 29/98).
44 - Consta a frase de advertência em destaque e negrito: “Diabéticos: contém
(especificar o mono- e ou dissacarídeo)”, para os alimentos para dietas com restrição
de nutrientes (exceto alimentos para dietas com restrição de sódio) e os alimentos
para dietas com ingestão controlada de nutrientes (alimentos para dietas para nutrição
enteral) contiverem mono e ou dissacarídeos?(Item 8.2.4 da Portaria MS 29/98).
45 - Consta a frase de advertência em destaque e negrito: “Contém fenilalanina”, para
os alimentos com adição de aspartame?(Item 8.2.5 da Portaria MS 29/98)
46 - Consta a frase de advertência em destaque e negrito: “Este produto pode ter efeito
laxativo”, para os alimentos cuja previsão razoável de consumo resulte na ingestão
diária superior a 20g de manitol, 50g de sorbitol, 90g de polidextrose ou de outros
polióis que possam ter efeito laxativo?(Item 8.2.6 da Portaria MS 29/98)
47 - No caso de alimento com modificações no conteúdo de nutrientes, consta a frase
de advertência em destaque e negrito: “Consumir preferencialmente sob orientação
de nutricionista ou médico”?(Item 8.2.7 da Portaria MS 29/98)
48 - No caso de apresentar alegações de propriedades funcionais ou de saúde, a
empresa apresentou parecer conclusivo da ANVISA?(Oficio Circular DILEI 6/2006)
49 - Os aditivos utilizados estão de acordo com o estabelecido na
legislação?(Diversas)

ELABORAÇÃO DE ATOS NORMATIVOS NO MAPA

** PORTARIA Nº 215, DE 27 DE ABRIL DE 2001.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da


atribuição prevista no inciso II, do art. 87 da Constituição, considerando a necessidade
de consolidação de atos normativos e tendo em vista o disposto nos artigos 1º,
parágrafo único, 10, 11, 16 e 17, da Lei Complementar n° 95, de 26 de fevereiro
de 1998, e no inciso II, do art. 1°, do Decreto n° 3152, de 26 de agosto de 1999,
que aprovou a Estrutura Regimental do Ministério da Agricultura e do Abastecimento,

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32 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
INTRODUÇÃO
ELABORAÇÃO DE ATOS NORMATIVOS NO MAPA

resolve:
Art. 1° No âmbito do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, os atos normativos
s ordinatórios, autoridades que os expedem e finalidades segundo seu objeto, são os
seguintes:
I - INSTRUÇÃO NORMATIVA INTERMINISTERIAL - INI, ato expedido pelo Ministro
de Estado da Agricultura e do Abastecimento, em conjunto com titular de outra Pasta,
para disciplinar matéria de relacionamento comum, estabelecendo as respectivas
competências e áreas de atuação;
II - INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA - INC, ato expedido pelo Secretário
Executivo e Secretários Setoriais, em conjunto com autoridade congênere de outra
Pasta, para disciplinar as ações de interesse recíproco, no nível de suas atribuições
regimentais e delegadas;
III - INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN, ato expedido pelo Ministro de Estado da Agricultura
e do Abastecimento, pelo Secretário-Executivo, pelos Secretários setoriais, Delegados
Federais de Agricultura e Diretores de Unidades Orgânicas, de ação externa e
obrigando a terceiros, para disciplinar a aplicação de leis, decretos e regulamentos ou
para estabelecer diretrizes, e dispor sobre matéria de sua competência específica;
IV - RESOLUÇÃO, ato expedido pelos Diretores de Departamentos, quando
expressamente autorizados por norma de hierarquia superior, nos termos e limites
nela fixados;
V - PORTARIA INTERMINISTERIAL, ato expedido pelo Ministro de Estado da
Agricultura e do Abastecimento, em conjunto com titular de outra Pasta, para
constituição de grupos de trabalhos, colegiados ou congêneres e designação de
seus membros, estabelecendo as respectivas competências e áreas de atuação, e
para disciplinar outras matérias de relacionamento comum e de interesse interno das
respectivas pastas;
VI - PORTARIA, ato expedido pelo Ministro de Estado da Agricultura e do Abastecimento,
pelo Secretário-Executivo, Secretários setoriais, Consultor Jurídico, Subsecretários,
Diretores e Chefes de Unidades Orgânicas, Coordenadores-Gerais e Delegados
Federais de Agricultura, em virtude de competência regimental ou delegada, de
aplicação interna, para estabelecer instruções e procedimentos de caráter geral,
necessários à execução de leis, decretos e regulamentos, ou complementares a
instruções normativas, para a aplicação de regras consolidadoras da uniformidade
operacional, detalhando procedimentos e situações peculiares de cada unidade
administrativa ou sistêmica para:
a) designação de servidores para cargos e funções; e
b) determinação de abertura de sindicância ou processo administrativo disciplinar;
VII - NORMA INTERNA - NI, ato expedido pelo Secretário Executivo, Secretários
setoriais, Consultor Jurídico, Subsecretários e Diretores de Unidades Orgânicas,
Coordenadores-Gerais e Delegados Federais de Agricultura, para aplicação de regras
consolidadoras da uniformidade operacional, detalhando procedimentos e situações
peculiares de cada unidade orgânica;
VIII - DESPACHO MINISTERIAL DECISÓRIO - DMD, ato expedido pelo Ministro
de Estado da Agricultura e do Abastecimento, proferindo decisão terminativa sobre

33
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

matéria submetida à sua apreciação, podendo ser normativo se contiver ordem de


aplicação a casos idênticos, passando a vigorar como norma interna para situações
análogas subseqüentes;
IX - DESPACHO ADMINISTRATIVO DECISÓRIO - DAD, ato expedido pela autoridade
prolatora, com a finalidade de proferir decisão sobre requerimento submetido a seu
exame, podendo ser normativo, no âmbito da competência do seu signatário, se
contiver ordem de aplicação a casos idênticos;
X - PARECER NORMATIVO - PN, expedido pelo Consultor Jurídico, contendo
manifestação expendendo sua apreciação técnica sobre assunto que lhe é submetido
e que recebeu o “aprovo” do Ministro de Estado, de cumprimento interno obrigatório;
XI - COMUNICADO, expedido pelos Diretores de Departamentos, Coordenadores-
Gerais e Coordenadores, para dar conhecimento à parte interessada da decisão
setorial adotada.
§ 1° Nenhum outro tipo de ato normativo será elaborado no âmbito do MA, ressalvada
a competência da Consultoria Jurídica, na qualidade de órgão setorial da Advocacia-
Geral da União.
§ 2° Na hipótese de delegação de competência, a autoridade delegada disporá sobre
a matéria por intermédio da expedição de ato normativo, compatível com a hierarquia
do seu cargo.
Art. 2°- Na elaboração, redação, alternação e consolidação dos atos normativos
devem ser observadas as seguintes diretrizes e regras:
I - os atos limitar-se-ão a estabelecer normas gerais, observados os princípios
constitucionais, legais e regulamentares que regem a administração pública e, sempre
que possível, elaborados pela área técnica proponente ou revistos em parceria com
as unidades orgânicas subordinadas;
II - a mesma matéria não poderá ser disciplinada por mais de um ato de mesma
hierarquia;
III - a alteração de atos far-se-á mediante reprodução integral em novo texto, de forma
consolidada, com a revogação expressa do ato anterior;
IV - a ineficácia de ato normativo, por força da edição de outra de hierarquia superior,
será declarada, expressamente em cláusula revogatória de ato de mesmo nível
hierárquico ao da norma ineficaz;
V - nenhum ato conterá matéria estranha ao assunto que constitui seu objeto ou que
a este esteja vinculado por afinidade, pertinência ou conexão;
VI - a remissão a dispositivos de outro ato deve ser evitada e, quando necessária,
deverá permitir a compreensão do seu sentido sem o auxílio do texto a que se
refere.
Art. 3° Para a edição dos atos a que se referem os artigos 1° e 2° devem ser observados
os seguintes requisitos formais:
I - atos normativos:
a) Instrução Normativa Interministerial - INI, Instrução Normativa Conjunta - INC,
Instrução Normativa - IN e Resolução: epígrafe com identificação do ato; seguida
da sigla do órgão expedidor; da numeração seqüencial cronológica, vedada a

G-100
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34 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
INTRODUÇÃO
ELABORAÇÃO DE ATOS NORMATIVOS NO MAPA

reutilização numérica, e da data por extenso, grafados em caracteres maiúsculos e


em negrito; ementa que explicite de modo conciso o objeto da norma; autoria grafada
em caracteres maiúsculos e em negrito; fundamento legal; comando de execução;
cláusulas de vigência e, quando for o caso, revogatória e identificação da autoridade
signatária, grafada em caracteres maiúsculos e em negrito (Ex.: INSTRUÇÃO
NORMATIVA SDA N° , DE 24 DE MAIO DE 2000.);
b) Norma Interna - NI: a denominação por extenso do órgão expedidor, grafado em
caracteres maiúsculos e em negrito; epígrafe com identificação do ato, seguida da sigla
da unidade orgânica que a expedir, da numeração seqüencial cronológica, vedada a
reutilização numérica, e da data por extenso, grafados em caracteres maiúsculos e
em negrito; ementa que explicite de modo conciso o objeto da orientação; comando de
execução; identificação da autoridade signatária, grafada em caracteres maiúsculos e
em negrito (EX.: NORMA INTERNA SPOA N° , DE 31 DE MAIO DE 2000).
II - atos ordinatórios:
a) Portaria Interministerial e a Portaria: a denominação por extenso dos Ministérios ou
órgão expedidor, conforme o caso, grafado em caracteres maiúsculos e em negrito;
epígrafe com dentificação do ato, seguida da sigla do órgão ou unidade da estrutura
organizacional do MA, da numeração seqüencial cronológica, vedada a reutilização
numérica, e da data por extenso, rafados em caracteres maiúsculos e em negrito;
autoria grafada em caracteres maiúsculos e em negrito; undamento legal; comando
de execução; cláusulas; quando for o caso, de vigência e revogatória; e identificação
da autoridade signatária, grafada em caracteres maiúsculos e em negrito (Ex.:
PORTARIA SPA N° ,DE 24 DE MAIO DE 2000);
b) Despacho Ministerial Decisório - DMD, terá forma definida de acordo com a decisão
que venha a ser adotada, devendo conter a identificação do ato, grafada em caracteres
maiúsculas e em negrito; indicação do número do processo ou do documento, do
assunto, do requerente ou destinatário da ordenação; data por extenso e identificação
da autoridade signatária, grafada em caracteres maiúsculos e em negrito;
c) Despacho Decisório: a denominação por extenso do órgão expedidor, grafado em
caracteres maiúsculos e em negrito; epígrafe com identificação do ato, seguida da
sigla da unidade orgânica, grafado em caracteres maiúsculos e em negrito; indicação
do número do processo ou do documento, do assunto, do requerente ou destinatário
da ordenação; data por extenso e identificação da autoridade signatária, grafada em
caracteres maiúsculos e em negrito.
d) Comunicado: a denominação por extenso do órgão expedidor, grafado em
caracteres maiúsculos e em negrito; seguida da sigla da unidade orgânica, grafado
em caracteres maiúsculos e em negrito; indicação do número do processo ou do
documento; indicação do assunto, do interessado ou destinatário da comunicação;
decisão setorial adotada; data por extenso e identificação da autoridade signatária,
grafada em caracteres maiúsculos e em negrito.
Art. 4° Os atos normativos e ordinatórios devem ser redigidos com clareza, precisão
e ordem lógica, articulados conforme as regras contidas no Anexo II desta Portaria e
com a observância dos seguintes princípios:
I - a Instrução Normativa Interministerial - INI, a Instrução Normativa IN, a Resolução,
a Portaria Interministerial, a Portaria, a Norma Interna e a Norma Operacional devem

35
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

ser estruturadas em artigos, que se desdobrarão em parágrafos ou em incisos, os


parágrafos em incisos, os incisos em alíneas e as alíneas em itens, facultado o
agrupamento em partes, livros, títulos, capítulos, seções e subseções, observadas as
mesmas regras estabelecidas para a articulação e redação das leis; e
II - os Despachos Decisórios devem ser estruturados em parágrafos, numerados a
partir do segundo, na forma de algarismo arábico, seguido de ponto.
Art. 5º Na expedição de atos normativos devem ser observadas as seguintes regras
de publicidade:
I - Instrução Normativa - IN, Instrução Normativa Conjunta - INC, Resolução - R e
Portaria - P é obrigatória a publicação no Diário Oficial da União; e
II - Norma Operacional NO: obrigatória a publicação no Boletim Interno.
Art. 6° É vedada a utilização dos atos normativos e ordinatórios, a que se refere esta
Instrução Normativa, para desatinações diversas de suas respectivas finalidades.
Art. 7° A propositura dos atos normativos e da Portaria, excetuada a de designação de
servidores para cargos e funções, deve ser apresentada por expediente da autoridade
proponente, que indique, de forma clara e precisa, a conveniência e oportunidade do
ato, acompanhada de Nota Técnica, que justifique seu conteúdo normativo.
Art. 8º Os atos enunciativos e de comunicação, praticados no âmbito do MA, devem
ser elaborados de acordo com os padrões oficiais.
Art. 10. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

MARCUS VINICIUS PRATINI DE MORAES

CONSULTA PÚBLICA

DECRETO Nº 4.176, DE 28 DE MARÇO DE 2002

Estabelece normas e diretrizes para a elaboração, a redação, a alteração, a


consolidação e o encaminhamento ao Presidente da República de projetos de atos
normativos de competência dos órgãos do Poder Executivo Federal, e dá outras
providências.
..................................................... ...............................................................................
Consulta Pública e Encaminhamento dos Projetos de Consolidação
Art. 50. A critério do Chefe da Casa Civil, as matrizes de consolidação de leis federais
já concluídas poderão ser divulgadas para consulta pública, por meio da Rede Mundial
de Computadores, pelo prazo máximo de trinta dias.
Parágrafo único. Findo o prazo da consulta pública e após a análise das sugestões
recebidas, a versão final do projeto de consolidação será encaminhada ao Congresso
Nacional.

G-100
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36 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
INTRODUÇÃO
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – 1988

CONSTITUIÇÃO FEDERAL – 1988


..........................................................................................................................
Seção II
DA SAÚDE

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante


políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder
Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle,
devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por
pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes
diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo
dos serviços assistenciais;
(...)
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos
da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a
saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos,
hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde
do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento
básico;
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional,
bem como bebidas e águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização
de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

37
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

ROTULAGEM “ON-LINE”

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38 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
INTRODUÇÃO
ROTULAGEM “ON-LINE”

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PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
40 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
INTRODUÇÃO
ROTULAGEM “ON-LINE”

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PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA HABILITAÇÃO DE


ESTABELECIMENTOS FABRICANTES DE PRODUTOS DE ORIGEM
ANIMAL INTERESSADOS EM DESTINAR SEUS PRODUTOS AO COMÉRCIO
INTERNACIONAL E PARA AS AUDITORIAS E SUPERVISÕES PARA A
VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS SANITÁRIOS
ESPECÍFICOS DOS PAÍSES OU BLOCOS DE PAÍSES IMPORTADORES

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 27, DE 27 DE AGOSTO DE 2008

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe
conferem os arts. 9º e 42, do Anexo I, do Decreto nº 5.351, de 21 de janeiro de 2005,
tendo em vista o disposto no Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de
Produtos de Origem Animal, aprovado pelo Decreto nº 30.691, de 29 de março de
1952, e o que consta do Processo nº 21000.007596/2008-12, resolve:
Art. 1º Aprovar os procedimentos operacionais para habilitação de estabelecimentos
fabricantes de produtos de origem animal interessados em destinar seus produtos
ao comércio internacional e para as auditorias e supervisões para a verificação do
cumprimento dos requisitos sanitários específicos dos países ou blocos de países
importadores, constantes do Anexo I.
Art. 2º Esta Secretaria, por indicação do Departamento de Inspeção de Produtos de
Origem Animal - DIPOA, designará Fiscais Federais Agropecuários - FFAs - para
realizar auditorias e supervisões, a que se refere o art. 1º.
Parágrafo único. O DIPOA comunicará, previamente, às Divisões Técnicas das
Superintendências Federais de Agricultura - SFAs, os FFAs designados para a
realização das auditorias e supervisões nos estabelecimentos exportadores.
Art. 3º Quando constatadas não conformidades durante as auditorias e supervisões,
os estabelecimentos terão suspensa a certificação sanitária internacional.
Parágrafo único. A retirada de um estabelecimento da lista de estabelecimentos
exportadores deverá ser imediatamente comunicada ao país ou países interessados.
Art. 4º O restabelecimento da autorização da certificação destinada ao(s) país(es)
da(s) lista(s) para a (s) qual(is) o estabelecimento está habilitado é de competência
exclusiva do DIPOA, por meio de comprovação do cumprimento e da efetividade das
ações corretivas aplicadas pelo estabelecimento.
Art. 5º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6º Fica revogada a Resolução DIPOA/SDA nº 7, de 10 de abril de 2003.

INÁCIO AFONSO KROET

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INTRODUÇÃO
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 27, DE 27 DE AGOSTO DE 2008

ANEXO I
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA HABILITAÇÃO DE
ESTABELECIMENTOS FABRICANTES DE PRODUTOS DE ORIGEM
ANIMAL INTERESSADOS EM DESTINAR SEUS PRODUTOS AO COMÉRCIO
INTERNACIONAL E PARA AS AUDITORIAS E SUPERVISÕES PARA A
VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DE REQUISITOS SANITÁRIOS ESPECÍFICOS
DOS PAÍSES OU BLOCOS DE PAÍSES IMPORTADORES CAPÍTULO I DAS
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Para efeito desta Instrução Normativa, considera-se:
I - habilitação para exportação: concessão de autorização para emissão de certificação
sanitária internacional para produtos de origem animal, com embasamento na legislação
nacional e nos requisitos sanitários específicos do país ou países importadores;
II -suspensão de certificação: suspensão da emissão de certificação sanitária
internacional;
III - lista geral de estabelecimentos exportadores: lista de estabelecimentos que
atendem integralmente a legislação nacional e que estão habilitados a exportar
produtos de origem animal a países terceiros;
IV -listas específicas de estabelecimentos exportadores: listas de estabelecimentos
que atendem integralmente a legislação nacional e que estão habilitados a exportar
produtos de origem animal para países ou blocos de países que apresentam requisitos
sanitários específicos.
CAPÍTULO II DA HABILITAÇÃO DE ESTABELECIMENTOSPARA EXPORTAÇÃO
Art. 2º O interesse de um estabelecimento na habilitação para a exportação de
produtos de origem animal será manifestado ao DIPOA por meio de solicitação
acompanhada, quando for o caso, de termo de compromisso de atendimento das
exigências estabelecidas pela autoridade sanitária dos países ou blocos de países
importadores, de forma suplementar à legislação nacional, firmado pelo responsável
pelo estabelecimento.
Parágrafo único. Toda solicitação será acompanhada da relação de produtos que
pretende exportar.
Art. 3º A habilitação poderá ser requerida para inclusão na lista geral de estabelecimentos
exportadores ou em lista específica de estabelecimentos exportadores.
Parágrafo único. O estabelecimento deverá estar previamente incluído na lista
geral de exportadores ao manifestar interesse para inclusão na lista específica de
exportadores.
Art. 4º O Serviço de Inspeção Federal - SIF receberá a solicitação do responsável pelo
estabelecimento e a remeterá para o Serviço de Inspeção de Produtos Agropecuários
- SIPAG, acompanhada de parecer técnico conclusivo que incluirá:
I - avaliação do atendimento aos requisitos sanitários previstos na legislação nacional
vigente;
II - avaliação da implementação dos programas de autocontrole;
III - avaliação do atendimento aos requisitos sanitários específicos dos países ou
blocos de países importadores, quando for o caso.

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PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Art. 5º O SIPAG constituirá processo com solicitação de habilitação, parecer técnico


do SIF, relatório recente de supervisão e parecer conclusivo quanto ao solicitado, e o
enviará ao DIPOA para análise técnica.
Art. 6º Quando concluído o processo de habilitação do estabelecimento pelo DIPOA,
será expedido documento a todos os SIPAGs, ao Sistema de Vigilância Agropecuária -
VIGIAGRO, à Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio -SRI e à Divisão
de Produtos de Base - DPB do Ministério das Relações Exteriores -MRE.
Art. 7º Nos casos em que seja necessária a homologação da habilitação pela autoridade
sanitária do país importador ou bloco de países importadores, o documento somente
poderá ser expedido após confirmação da autoridade sanitária competente.
Art. 8º A emissão da certificação sanitária internacional para os produtos de origem
animal estará autorizada a partir da inclusão do estabelecimento na lista geral de
estabelecimentos exportadores ou na(s) lista(s) específica(s) de estabelecimentos
exportadores.
CAPÍTULO III DAS AUDITORIAS PARA A VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DE
REQUISITOS SANITÁRIOS ESPECÍFICOS DOS PAÍSES OU BLOCOS DE PAÍSES
IMPORTADORES
Art. 9º A auditoria tem por objetivo a avaliação do gerenciamento das atividades
fiscais desenvolvidas pelo SIPAG relacionadas aos estabelecimentos habilitados para
exportação.
Art. 10. A auditoria avaliará:
I - o atendimento à legislação nacional vigente;
II -a implementação dos programas de autocontrole pelos estabelecimentos;
III - os procedimentos de inspeção e as atividades de verificação oficial dos elementos
de inspeção junto aos estabelecimentos; IV - o cumprimento de requisitos sanitários
específicos dos países ou blocos de países importadores pelos estabelecimentos,
quando for o caso; V - a efetividade dos procedimentos de gerenciamento das
atividades fiscais de cada SIPAG, por amostragem de estabelecimentos.
Art. 11. O DIPOA programará, no mínimo, uma auditoria anual em cada SIPAG,
nas Unidades da Federação onde existam estabelecimentos habilitados a exportar
produtos de origem animal.
Parágrafo único. A freqüência das auditorias poderá ser alterada segundo prioridades
identificadas e em atendimento às exigências adicionais e específicas de países
importadores.
Art. 12. O DIPOA avaliará, no mínimo, 40% (quarenta por cento) dos estabelecimentos
habilitados à exportação, existentes em cada Unidade da Federação. Parágrafo único.
A amostragem poderá ser alterada mediante estudo dos indicadores de desempenho
dos estabelecimentos, das atividades fiscais dos SIFs, das
atividades de gerenciamento dos SIPAGs ou de requisitos sanitários específicos dos
países ou blocos de países importadores.

Art. 13. O DIPOA programará a execução das atividades de auditoria para verificar
o cumprimento de requisitos sanitários específicos dos países ou blocos de países
importadores.

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INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 27, DE 27 DE AGOSTO DE 2008

Art. 14. O relatório final de auditoria deverá ser encaminhado ao DIPOA e ao SIPAG,
apresentando os relatórios:
I - das atividades do SIPAG; e
II - individuais dos estabelecimentos amostrados.
Art. 15. O SIPAG deverá gerar plano de ação para correção das não conformidades
descritas no relatório final de auditoria, e o enviará ao DIPOA para análise técnica.
Art. 16. Os relatórios individuais dos estabelecimentos amostrados serão encaminhados
ao SIF, ao estabelecimento auditado, ao SIPAG e ao DIPOA. Estes estabelecimentos
apresentarão plano de ação para a correção das não conformidades descritas, e
enviarão ao SIPAG para análise técnica.
Parágrafo único. O DIPOA verificará o cumprimento e a efetividade das ações
corretivas aplicadas pelos estabelecimentos amostrados, por ocasião da auditoria
subseqüente.
CAPÍTULO IV DA SUPERVISÃO PARA A VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO
DE REQUISITOS SANITÁRIOS DOS PAÍSES OU BLOCOS DE PAÍSES
IMPORTADORES
Art. 17. A supervisão tem por objetivo a avaliação do gerenciamento das atividades
fiscais desenvolvidas pelo SIF relacionadas aos estabelecimentos habilitados para a
exportação.
Art. 18 A supervisão avaliará:
I - o atendimento à legislação nacional vigente;
II -a implementação dos programas de autocontrole pelos estabelecimentos;
III - os procedimentos de inspeção e as atividades de verificação oficial dos elementos
de inspeção junto aos estabelecimentos; IV - o cumprimento de requisitos sanitários
específicos dos países ou blocos de países importadores pelos estabelecimentos,
quando for o caso.
Art. 19. A freqüência das supervisões será definida pelo DIPOA, considerando os
indicadores de desempenho dos estabelecimentos habilitados à exportação. Parágrafo
único. Todos os estabelecimentos habilitados à exportação serão supervisionados,
pelo menos uma vez, no decorrer do ano.
Art. 20. O SIPAG das Unidades da Federação onde existam estabelecimentos
habilitados a exportar produtos de origem animal encaminhará ao DIPOA a
programação anual das supervisões.
Art. 21. Os FFAs designados para realizar as supervisões enviarão os relatórios de
supervisão ao SIF, ao estabelecimento supervisionado e ao SIPAG das Unidades da
Federação onde existam estabelecimentos habilitados a exportar produtos de origem
animal.
Art. 22. O estabelecimento supervisionado apresentará plano de ação para a correção
das não conformidades descritas no relatório de supervisão, e enviará ao SIPAG
das Unidades da Federação onde existam estabelecimentos habilitados a exportar
produtos de origem animal, para análise técnica.
Parágrafo único. O SIPAG verificará o cumprimento e a efetividade das ações corretivas
aplicadas pelo estabelecimento, por ocasião da supervisão subseqüente.

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CAPÍTULO V DOS RESULTADOS DAS AUDITORIAS E SUPERVISÕES PARA A


VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DE REQUISITOS SANITÁRIOS DOS PAÍSES
OU BLOCOS DE PAÍSES IMPORTADORES
Art. 23. No relatório individual de auditoria e no relatório de supervisão, para a
verificação do cumprimento de requisitos sanitários específicos dos países ou blocos
de países importadores, deverá ser emitido parecer técnico conclusivo que contemple
uma das seguintes alternativas:
I -o estabelecimento detém o controle dos processos para a certificação sanitária
internacional;
II - o estabelecimento detém o controle dos processos para a certificação sanitária
internacional, porém apresenta indícios de perda de controle;
III -o estabelecimento não demonstra controle dos processos para a certificação
sanitária internacional.
Art. 24. O estabelecimento que detém o controle dos processos para a certificação
sanitária internacional terá mantida a certificação para exportação.
Art. 25. O estabelecimento que detém o controle dos processos para a certificação
sanitária internacional, porém apresenta indícios de perda de controle, terá mantida a
certificação para exportação.
§ 1º O estabelecimento deverá elaborar plano de ação em até 30 dias após a data da
auditoria ou supervisão.
§ 2º O SIPAG verificará o cumprimento e a efetividade das ações corretivas aplicadas
pelo estabelecimento, determinando a realização de nova supervisão ou auditoria, a
critério do DIPOA.
§ 3º No caso do não cumprimento do plano de ação proposto pelo estabelecimento,
ou recorrência da não conformidade, será suspensa a certificação sanitária
internacional.
Art. 26. Quando o estabelecimento não demonstra controle dos processos, será
suspensa a certificação sanitária internacional.
§ 1º Poderá ser realizada nova supervisão ou auditoria, no prazo mínimo de 30 (trinta)
dias após suspensão, visando à verificação do cumprimento e da efetividade das
ações corretivas propostas no plano de ação do estabelecimento.
§ 2º No caso do não cumprimento do plano de ação proposto ou recorrência da não
conformidade, o estabelecimento deverá ser retirado da lista ou listas de exportação.

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NOVO MODELO DE LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA AUDITORIAS E SUPERVISÕES


EM ESTABELECIMENTOS DE LEITE E DERIVADOS SOB INSPEÇÃO FEDERAL

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Capítulo 2

LEIS, DECRETOS E
DECRETOS-LEIS RELACIONADOS

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INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA
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LEIS, DECRETOS E DECRETOS-LEIS RELACIONADOS
LEI Nº 1.283 DE 18 DE DEZEMBRO DE 1950

INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DOS PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

LEI Nº 1.283 DE 18 DE DEZEMBRO DE 1950

Dispõe sôbre a inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal.


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o CONGRESSO NACIONAL
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art 1º É estabelecida a obrigatoriedade da prévia fiscalização, sob o ponto de


vista industrial e sanitário, de todos dos produtos de origem animal, comestíveis e
não comestíveis, sejam ou não adicionados de produtos vegetais, preparados,
transformados, manipulados, recebidos, acondicionados, depositados e em trânsito.

Art 2º São sujeitos à fiscalização prevista nesta lei:


a) os animais destinados à matança, seus produtos e subprodutos e matérias
primas;
b) o pescado e seus derivados;
c) o leite e seus derivados;
d) o ovo e seus derivados;
e) o mel e cêra de abelhas e seus derivados.

Art 3º A fiscalização, de que trata esta lei, far-se-á:


a) nos estabelecimentos industriais especializados e nas propriedades rurais com
instalações adequadas para a matança de animais e o seu preparo ou industrialização,
sob qualquer forma, para o consumo;
b) nos entrepostos de recebimento e distribuição do pescado e nas fábricas que
industrializarem;
c) nas usinas de beneficiamento do leite, nas fábricas de laticínios, nos postos de
recebimento, refrigeração e desnatagem do leite ou de recebimento, refrigeração e
manipulação dos seus derivados e nos respectivos entrepostos;
d) nos entrepostos de ovos e nas fábricas de produtos derivados;
e) nos entrepostos que, de modo geral, recebam, manipulem, armazenem, conservem
ou acondicionem produtos de origem animal;
f) nas propriedades rurais;
g) nas casas atacadistas e nos estabelecimentos varegistas.

Art. 4º São competentes para realizar a fiscalização de que trata esta Lei: (Redação
dada pela Lei nº 7.889, de 1989)
a) o Ministério da Agricultura, nos estabelecimentos mencionados nas alíneas a, b, c,
d, e, e f, do art. 3º, que façam comércio interestadual ou internacional; (Redação dada
pela Lei nº 7.889, de 1989)

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PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

b) as Secretarias de Agricultura dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, nos


estabelecimentos de que trata a alínea anterior que trata a alínea anterior que façam
comércio intermunicipal; (Redação dada pela Lei nº 7.889, de 1989)
c) as Secretarias ou Departamentos de Agricultura dos Municípios, nos estabelecimentos
de que trata a alínea a desde artigo que façam apenas comércio municipal; (Redação
dada pela Lei nº 7.889, de 1989)
d) os órgãos de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, nos
estabelecimentos de que trata a alínea g do mesmo art. 3º. (Incluído pela Lei nº 7.889,
de 1989)
Art 5º Se qualquer dos Estados e Territórios não dispuser de aparelhamento ou
organização para a eficiênte realização da fiscalização dos estabelecimentos, nos
têrmos da alínea b do artigo anterior, os serviços respectivos poderão ser realizados
pelo Ministério da Agricultura, mediante acôrdo com os Govêrnos interessados, na
forma que fôr determinada para a fiscalização dos estabelecimentos incluídos na
alínea a do mesmo artigo.
Art 6º É expressamente proibida, em todo o território nacional, para os fins desta
lei, a duplicidade de fiscalização industrial e sanitária em qualquer estabelecimento
industrial ou entreposto de produtos de origem animal, que será exercida por um único
órgão.
Parágrafo único. A concessão de fiscalização do Ministério da Agricultura isenta o
estabelecimento industrial ou entreposto de fiscalização estadual ou municipal.
Art. 7º Nenhum estabelecimento industrial ou entreposto de produtos de origem
animal poderá funcionar no País, sem que esteja previamente registrado no órgão
competente para a fiscalização da sua atividade, na forma do art. 4º. (Redação dada
pela Lei nº 7.889, de 1989)
Parágrafo único. Às casas atacadistas, que façam comércio interestadual ou
internacional, com produtos procedentes de estabelecimentos sujeitos à fiscalização
do Ministério da Agricultura, não estão sujeitas a registro, devendo, porém, ser
relacionadas no órgão competente do mesmo Ministério, para efeito de reinspeção
dos produtos destinados àquêle comércio, sem prejuízo da fiscalização sanitária, a
que se refere a alínea c do art. 4º desta lei.
Art 8º Incumbe privativamente ao órgão competente do Ministério da Agricultura a
inspeção sanitária dos produtos e subprodutos e matérias primas de origem animal,
nos portos marítimos e fluviais e nos postos de fronteiras, sempre que se destinarem
ao comércio internacional ou interestadual.
Art 9º O poder Executivo da União baixará, dentro do prazo máximo de cento e
oitenta (180) dias, contados a partir da data da publicação desta lei, o regulamento
ou regulamentos e atos complementares sôbre inspeção industrial e sanitária dos
estabelecimentos referidos na alínea a do art. 4º citado.
§ 1º A regulamentação de que trata êste dispositivo abrangerá:
a) a classificação dos estabelecimentos;
b) as condições e exigências para registro e relacionamento, como também para as
respectivas transferências de propriedade;
c) a higiene dos estabelecimentos;

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LEIS, DECRETOS E DECRETOS-LEIS RELACIONADOS
LEI Nº 1.283 DE 18 DE DEZEMBRO DE 1950

d) as obrigações dos proprietários, responsáveis ou seus prepostos;


e) a inspeção ante e post mortem dos animais destinados à matança;
f) a inspeção e reinspeção de todos os produtos, subprodutos e matérias primas de
origem animal durante as diferentes fases da industrialização e transporte;
g) a fixação dos tipos e padrões e aprovação de fórmulas de produtos de origem
animal;
h) o registro de rótulos e marcas;
i) as penalidades a serem aplicadas por infrações cometidas;
j) a inspeção e reinspeção de produtos e subprodutos nos portos marítimos e fluviais
e postos de fronteiras;
k) as análises de laboratórios;
l) o trânsito de produtos e subprodutos e matérias primas de origem animal;
m) quaisquer outros detalhes, que se tornarem necessários para maior eficiência dos
trabalhos de fiscalização sanitária.
§ 2º Enquanto não fôr baixada a regulamentação estabelecida neste artigo, continua
em vigor a existente à data desta lei.
Art 10. Aos Poderes Executivos dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal
incumbe expedir o regulamento ou regulamentos e demais atos complementares para
a inspeção e reinspeção sanitária dos estabelecimentos mencionados na alínea b do
art. 4º desta lei, os quais, entretanto, não poderão colidir com a regulamentação de
que cogita o artigo anterior.
Parágrafo único. À falta dos regulamentos previstos neste artigo, a fiscalização
sanitária dos estabelecimentos, a que o mesmo se refere, reger-se-á no que lhes fôr
aplicável, pela regulamentação referida no art. 9º da presente lei.
Art 11. Os produtos, de que tratam as alíneas d e e do art. 2º desta lei, destinados ao
comércio interestadual, que não puderem ser fiscalizados nos centros de produção
ou nos pontos de embarque, serão inspecionados em entrepostos ou outros
estabelecimentos localizados nos centros consumidores, antes de serem dados ao
consumo público, na forma que fôr estabelecida na regulamentação prevista no art.
9º mencionado.
Art 12. Ao Poder Executivo da União cabe também expedir o regulamento e demais
atos complementares para fiscalização sanitária dos estabelecimentos, previstos na
alínea c do art. 4º desta lei. Os Estados, os Territórios e o Distrito Federal poderão
legislar supletivamente sôbre a mesma matéria.
Art 13. As autoridades de saúde pública em sua função de policiamento da alimentação
comunicarão aos órgãos competentes, indicados nas alíneas a e b do art. 4º citado, ou
às dependências que lhes estiverem subordinadas, os resultados das análises fiscais
que realizarem, se das mesmas resultar apreensão ou condenação dos produtos e
subprodutos.
Art 14. As regulamentações, de que cogitam os arts. 9º, 10 e 12 desta lei, poderão
ser alteradas no todo ou em parte sempre que o aconselharem a prática e o
desenvolvimento da indústria e do comércio de produtos de origem animal.
Art 15. Esta lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições

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PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

em contrário.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 1950; 129º da Independência e 62º da
República.
EURICO G.DUTRA
A.de Novaes FilhoPedro Calmon
COMERCIALIZAÇÃO DE DERIVADOS DE LEITE COM ADIÇÃO DE SORO
DE LEITE, SOB A DENOMINAÇÃO “LEITE MODIFICADO”, NO DISTRITO
FEDERAL.

LEI N° 3.417, DE 04 DE AGOSTO DE 2004


(Autor do Projeto: Deputado Distrital Peniel Pacheco)

COMENTÁRIO: Essa lei estadual, publicada em 2004, quando ainda não existia
o RTIQ de leite em pó modificado (IN nº 27, de 12.6.2007), provavelmente teve
finalidade mais política do que qualquer outra, uma vez que o Distrito Federal
não produz leite em pó modificado e sua produção de “soro de queijo”, se
existir, é desprezível. A própria IN nº 27 / 2007 não pressupõe que o leite em pó
modificado necessariamente deva apresentar soro lácteo em sua formulação.
Para ver a Lei na íntegra, consultar no sitio eletrônico do Ministério da Agricultura
- MAPA
www.agricultura.gov.br

NORMAS SOBRE O PROCESSO ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO DA


ADMINSTRAÇÃO FEDERAL.

LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999.

COMENTÁRIO: Essa Lei, ao tratar dos direitos e deveres da Administração e


dos Administrados, é fundamental na apresentação de defesa contra sanções
emanadas do Poder Público, nas situações de litígio, para a adequada
compreensão das etapas de instrução e tramitação de processos administrativos,
interposição de recursos, etc.

Para ver a Lei na íntegra, consultar no sitio eletrônico do Ministério da Agricultura


- MAPA
www.agricultura.gov.br

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70 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEIS, DECRETOS E DECRETOS-LEIS RELACIONADOS
LEI Nº 9.832, DE 14 DE SETEMBRO DE 1999

PROÍBE O USO INDUSTRIAL DE EMBALAGENS METÁLICAS SOLDADAS COM


LIGA DE CHUMBO E ESTANHO PARA ACONDICIONAMENTO DE GÊNEROS
ALIMENTÍCIOS, EXCETO PARA PRODUTOS SECOS OU DESIDRATADOS.

LEI Nº 9.832, DE 14 DE SETEMBRO DE 1999

COMENTÁRIO: A citação dessa lei neste Manual tem somente o objetivo de alertar
produtores de leite e industriais acerca dos cuidados ao adquirir / receber leite
em vasilhame metálico inadequado. Essa legislação tende a tornar-se obsoleta
com o advento da granelização e com a modernização e profissionalização da
produção de leite.
Para ver a Lei na íntegra, consultar no sitio eletrônico do Ministério da Agricultura
- MAPA
www.agricultura.gov.br

CONFIGURA INFRAÇÕES À LEGISLAÇÃO SANITÁRIA FEDERAL, ESTABELECE


AS SANÇÕES RESPECTIVAS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

LEI Nº 6.437, DE 20 DE AGOSTO DE 1977.

COMENTÁRIO: Muito utilizada pela ANVISA, essa legislação trata das infrações
à legislação sanitária federal e suas punições. Mais recente do que o RIISPOA
em 25 anos, define e classifica as infrações em leves, graves e gravíssimas,
descreve com detalhes as punições cabíveis, define circunstâncias atenuantes
e circunstâncias agravantes, fixas as condições para análises laboratoriais
de contraprova, etc. Em suma, também é outro instrumento extremamente
importante para os profissionais que que se ocupam da defesa contra sanções
aplicadas pela Administração.

Para ver a Lei na íntegra, consultar no sitio eletrônico do Ministério da Agricultura


- MAPA
www.agricultura.gov.br

71
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

CONFIGURA INFRAÇÕES À LEGISLAÇÃO SANITÁRIA FEDERAL E ESTABELECE


AS SANÇÕES RESPECTIVAS

LEI Nº 7.889, DE 23 DE NOVEMBRO DE 1989

Faço saber que o Presidente da República adotou a Medida Provisória nº 94, de


23 de outubro de 1989, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Nelson Carneiro,
Presidente do Senado Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo único, do
artigo 62, da Constituição Federal, promulgo a seguinte Lei:
Art. 1º A prévia inspeção sanitária e industrial dos produtos de origem animal, de que
trata a Lei nº. 1.283, de 18 de dezembro de 1950, é da competência da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do artigo 23, inciso II, da
Constituição.
Art. 2º Sem prejuízo da responsabilidade penal cabível, a infração à legislação
referente aos produtos de origem animal acarretará, isolada ou cumulativamente, as
seguintes sanções:
I - advertência, quando o infrator for primário e não tiver agido com dolo ou má-fé;
II - multa, de até 25.000 (vinte e cinco mil) Bônus do Tesouro Nacional BTN, nos casos
não compreendidos no inciso anterior;
III - apreensão ou condenação das matérias-primas, produtos, subprodutos e
derivados de origem animal, quando não apresentarem condições higiênico-sanitárias
adequadas ao fim a que se destinam, ou forem adulterados;
IV - suspensão de atividade que cause risco ou ameaça de natureza higiênico-sanitária
ou no caso de embaraço à ação fiscalizadora;
V - interdição, total ou parcial, do estabelecimento, quando a infração consistir na
adulteração ou falsificação habitual do produto ou se verificar, mediante inspeção
técnica realizada pela autoridade competente, a inexistência de condições higiênico-
sanitárias adequadas.
§ 1º As multas previstas neste artigo serão agravadas até o grau máximo, nos casos de
artifício, ardil, simulação, desacato, embaraço ou resistência a ação fiscal, levando-se
em conta, além das circunstâncias atenuantes ou agravantes, a situação econômico-
financeira do infrator e os meios ao seu alcance para cumprir a lei.
§ 2º A interdição de que trata o inciso V poderá ser levantada, após o atendimento das
exigências que motivaram a sanção.
§ 3º Se a interdição não for levantada nos termos do parágrafo anterior, decorridos 12
(doze) meses, será cancelado o registro (artigo 7º da Lei nº 1.283 / 50).
Art. 3º Nos casos de emergência em que ocorra risco à saúde ou ao abastecimento
público, a União poderá contratar especialistas, nos termos do artigo 37, inciso IX, da
Constituição, para atender os serviços de inspeção prévia e de fiscalização, por tempo
não superior a 6 (seis) meses.
Parágrafo único. A contratação será autorizada pelo Presidente da República, que
fixará a remuneração dos contratados em níveis compatíveis com o mercado de
trabalho e dentro dos recursos orçamentários disponíveis.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
72 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEIS, DECRETOS E DECRETOS-LEIS RELACIONADOS
LEI Nº 9.677, DE 2 DE JULHO DE 1998

Art. 4º Os arts. 4º e 7º da Lei nº 1283, de 1950, passam, a vigorar com a seguinte


redação:
“ Art. 4º São competentes para realizar a fiscalização de que trata esta Lei:
a) o Ministério da Agricultura, nos estabelecimentos mencionados nas alíneas a, b, c,
d, e, e f, do art. 3º, que façam comércio interestadual ou internacional;
b) as Secretarias de Agricultura dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, nos
estabelecimentos de que trata a alínea anterior que trata a alínea anterior que façam
comércio intermunicipal;
c) as Secretarias ou Departamentos de Agricultura dos Municípios, nos estabelecimentos
de que trata a alínea a desde artigo que façam apenas comércio municipal;
d) os órgãos de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, nos
estabelecimentos de que trata a alínea g do mesmo art. 3º.”
“ Art. 7º Nenhum estabelecimento industrial ou entreposto de produtos de origem
animal poderá funcionar no País, sem que esteja previamente registrado no órgão
competente para a fiscalização da sua atividade, na forma do art. 4º.
Parágrafo único. ..................................................................................”
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6º. Revogam-se as Leis nº 5.760, de 3 de dezembro de 1971, nº 6.275, de 1º de
dezembro de 1975, e demais disposições em contrário.
Senado Federal, 23 de novembro de 1989; 168º. da Independência e 101º. da
República.
NELSON CARNEIRO
Presidente do Senado Federal

CLASSIFICAÇÃO DOS DELITOS CONSIDERADOS HEDIONDOS CRIMES


CONTRA A SAÚDE PÚBLICA.

LEI Nº 9.677, DE 2 DE JULHO DE 1998

Altera os dispositivos do Capítulo III do Título VIII do Código Penal, incluindo na


classificação dos delitos considerados hediondos crimes contra a saúde pública, e dá
outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Os dispositivos a seguir indicados no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 - Código Penal, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Falsificação, corrupção, adulteração de substâncias ou produtos alimentícios”(NR)
“Art. 272. Corromper, adulterar, falsificar ou alterar substâncias ou produtoalimentício
destinado a consumo, tornando-o nocivo à saúde ou reduzindo-lhe o valor nutritivo:”
(NR)

73
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

“Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.” (NR)


“§ 1º A. Incorre nas penas deste artigo quem fabrica, vende, expõe à venda, importa,
tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo a
substâncias alimentícia ou o produto falsificado, corrompido ou adulterado.”
“§ 1º Esta sujeito às mesmas penas quem pratica as ações previstas neste artigo em
relação a bebidas, com ou sem teor alcoólico.” (NR)
“Modalidade culposa
§ 2º Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.” (NR)
“Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins
terapêuticos ou medicinais” (NR)
“Art. 273. Falsificar, corromper, adulterar ou aterar produto destinado a fins terapêuticos
ou medicinais:” (NR)
“Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa.” (NR)
‘’ § 1º Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em
depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto
fasificado, corrompido, adulterado ou alterado.” (NR)
“§ 1º A. Incluem-se entre os produtos a que se refere este artigo os medicamentos,
as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes e os de
uso em diagnóstico.”
“§ 1º B. Está sujeito às penas deste artigo quem pratica as ações previstas no § 1º em
relação a produtos em qualquer das seguintes condições:
I - sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente;
II - em desacordo com a fórmula constante do registro previsto no inciso anterior;
III - sem as características de identidade e qualidade admitidas para a sua
comercialização;
IV - com redução de seu valor terapêutico ou de sua atividade;
V - de procedência ignorada;
VI - adquiridos de estabelecimentos sem licença da autoridade sanitária
competente.”
“Modalidade culposa
§ 2º Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.” (NR)
“Emprego de processo proibido ou de substância não permitida
Art. 274. ..........................................................................................
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.” (NR)
“Invólucro ou recipiente com falsa indicação

Art. 275. Invulcar, em invólucro ou recipiente de produto alimentícios, terapêuticos ou


medicinais, a existência de substâncias que não se encontra em seu conteúdo ou que
nele existe em quantidade menor que a mencionada:” (NR)

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
74 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEIS, DECRETOS E DECRETOS-LEIS RELACIONADOS
LEI Nº 10.674, DE 16 DE MAIO DE 2003

“Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e muta.”(NR)


“Produtos ou substâncias nas condições dos dois artigos anteriores
Art. 276. .....................................................................................
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.” (NR)
“Substâncias destinada à falsificação
Art. 277. Vender, expor à venda, ter um depósito ou ceder substâncias destinada à
falsificação de produtos alimentícios, terapêuticos ou medicinais:” (NR)
“Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.”(NR)
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 2 de julho de 1998; 177º da Independência e 110º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Renan Calheiros
José Serra

OBRIGA A QUE OS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS COMERCIALIZADOS


INFORMEM SOBRE A PRESENÇA DE GLÚTEN, COMO MEDIDA PREVENTIVA E
DE CONTROLE DA DOENÇA CELÍACA.

LEI Nº 10.674, DE 16 DE MAIO DE 2003

Art 1º Todos os alimentos industrializados deverão conter em seu rótulo e bula,


obrigatoriamente, as inscrições “contém Glúten” ou “não contém Glúten”, conforme
o caso.
§ 1º A advertência deve ser impressa nos rótulos e embalagens dos produtos
respectivos assim como em cartazes e materiais de divulgação em caracteres com
destaque, nítidos e de fácil leitura.
§ 2º As indústrias alimentícias ligadas ao setor terão o prazo de um ano, a contar 0da
publicação desta Lei, para tomar as medidas necessárias ao seu cumprimento.
Art. 2o (VETADO)
Art. 3o (VETADO)
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Humberto Sérgio Costa Lima
Márcio Fortes de Almeida

75
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

DISPÕE SOBRE A AGRICULTURA ORGÂNICA

LEI Nº 10.831, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003

COMENTÁRIO: A lei em questão, regulamentada pelo Decreto nº 6.323, de 27.12.


2007, define Sistema Orgânico de Produção Agropecuária, estabelece suas
finalidades, abrangência, condições de comercialização, certificação, etc. A
recente IN MAPA nº64, de 18.12.2008, define as normas gerais sobre produtos
orgânicos. Esse conjunto normativo é essencial e indispensável para os que
pretendem se iniciar no sistema orgânico de produção agropecuária.
Para ver a Lei na íntegra, consultar no sitio eletrônico do Ministério da Agricultura
- MAPA
www.agricultura.gov.br

REGULAMENTA A COMERCIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS PARA LACTENTES


E CRIANÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA E TAMBÉM A DE PRODUTOS DE
PUERICULTURA CORRELATOS.

LEI Nº 11.265, DE 03 DE JANEIRO DE 2006

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
Disposições Preliminares
Art. 1o O objetivo desta Lei é contribuir para a adequada nutrição dos lactentes e das
crianças de primeira infância por meio dos seguintes meios:
I – regulamentação da promoção comercial e do uso apropriado dos alimentos para
lactentes e crianças de primeira infância, bem como do uso de mamadeiras, bicos e
chupetas;
II – proteção e incentivo ao aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 (seis)
meses de idade; e
III – proteção e incentivo à continuidade do aleitamento materno até os 2 (dois) anos
de idade após a introdução de novos alimentos na dieta dos lactentes e das crianças
de primeira infância.
Art. 2o Esta Lei se aplica à comercialização e às práticas correlatas, à qualidade e às
informações de uso dos seguintes produtos, fabricados no País ou importados:
I – fórmulas infantis para lactentes e fórmulas infantis de seguimento para lactentes;
II – fórmulas infantis de seguimento para crianças de primeira infância;
III – leites fluidos, leites em pó, leites modificados e similares de origem vegetal; (Vide
Lei nº 11.460, de 2007)
IV – alimentos de transição e alimentos à base de cereais indicados para lactentes ou

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76 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEIS, DECRETOS E DECRETOS-LEIS RELACIONADOS
LEI Nº 11.265, DE 03 DE JANEIRO DE 2006

crianças de primeira infância, bem como outros alimentos ou bebidas à base de leite
ou não, quando comercializados ou de outra forma apresentados como apropriados
para a alimentação de lactentes e crianças de primeira infância;
V – fórmula de nutrientes apresentada ou indicada para recém-nascido de alto risco;
VI – mamadeiras, bicos e chupetas.
Art. 3o Para os efeitos desta Lei, adotam-se as seguintes definições:
I – alimentos substitutos do leite materno ou humano: qualquer alimento comercializado
ou de alguma forma apresentado como um substituto parcial ou total do leite materno
ou humano;
II – alimento de transição para lactentes e crianças de primeira infância ou alimento
complementar: qualquer alimento industrializado para uso direto ou empregado em
preparado caseiro, utilizado como complemento do leite materno ou de fórmulas
infantis, introduzido na alimentação de lactentes e crianças de primeira infância com
o objetivo de promover uma adaptação progressiva aos alimentos comuns e propiciar
uma alimentação balanceada e adequada às suas necessidades, respeitando-se sua
maturidade fisiológica e seu desenvolvimento neuropsicomotor;
III – alimento à base de cereais para lactentes e crianças de primeira infância: qualquer
alimento à base de cereais próprio para a alimentação de lactentes após o 6o (sexto)
mês e de crianças de primeira infância, respeitando-se sua maturidade fisiológica e
seu desenvolvimento neuropsicomotor;
IV – amostra: 1 (uma) unidade de um produto fornecida gratuitamente, por 1 (uma)
única vez;
V – apresentação especial: qualquer forma de apresentação do produto relacionada
à promoção comercial que tenha por finalidade induzir a aquisição ou venda, tais
como embalagens promocionais, embalagens de fantasia ou conjuntos que agreguem
outros produtos não abrangidos por esta Lei;
VI – bico: objeto apresentado ou indicado para o processo de sucção nutritiva da
criança com a finalidade de administrar ou veicular alimentos ou líquidos;
VII – criança: indivíduo até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VIII – criança de primeira infância ou criança pequena: criança de 12 (doze) meses a
3 (três) anos de idade;
IX – chupeta: bico artificial destinado à sucção sem a finalidade de administrar
alimentos, medicamentos ou líquidos;
X – destaque: mensagem gráfica ou sonora que visa a ressaltar determinada
advertência, frase ou texto;
XI – doação: fornecimento gratuito de um produto em quantidade superior à
caracterizada como amostra;
XII – distribuidor: pessoa física, pessoa jurídica ou qualquer outra entidade no
setor público ou privado envolvida, direta ou indiretamente, na comercialização ou
importação, por atacado ou no varejo, de um produto contemplado nesta Lei;
XIII – kit: é o conjunto de produtos de marcas, formas ou tamanhos diferentes em uma
mesma embalagem;
XIV – exposição especial: qualquer forma de expor um produto de modo a destacá-

77
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

lo dos demais, no âmbito de um estabelecimento comercial, tais como vitrine, ponta


de gôndola, empilhamento de produtos em forma de pirâmide ou ilha, engradados,
ornamentação de prateleiras e outras definidas em regulamento;
XV – embalagem: é o recipiente, o pacote ou o envoltório destinado a garantir a
conservação e a facilitar o transporte e manuseio dos produtos;
XVI – importador: empresa ou entidade privada que pratique a importação de qualquer
produto abrangido por esta Lei;
XVII – fabricante: empresa ou entidade privada ou estatal envolvida na fabricação de
qualquer produto objeto desta Lei;
XVIII – fórmula infantil para lactentes: é o produto em forma líquida ou em pó destinado
à alimentação de lactentes até o 6o (sexto) mês, sob prescrição, em substituição total
ou parcial do leite materno ou humano, para satisfação das necessidades nutricionais
desse grupo etário;
XIX – fórmula infantil para necessidades dietoterápicas específicas: aquela cuja
composição foi alterada com o objetivo de atender às necessidades específicas
decorrentes de alterações fisiológicas ou patológicas temporárias ou permanentes e
que não esteja amparada pelo regulamento técnico específico de fórmulas infantis;
XX – fórmula infantil de seguimento para lactentes: produto em forma líquida ou em pó
utilizado, por indicação de profissional qualificado, como substituto do leite materno ou
humano, a partir do 6o (sexto) mês;
XXI – fórmula infantil de seguimento para crianças de primeira infância: produto em
forma líquida ou em pó utilizado como substituto do leite materno ou humano para
crianças de primeira infância;
XXII – lactente: criança com idade até 11 (onze) meses e 29 (vinte e nove) dias;
XXIII – leite modificado: aquele que como tal for classificado pelo órgão competente
do poder público;
XXIV – material educativo: todo material escrito ou audiovisual destinado ao público
em geral que vise a orientar sobre a adequada utilização de produtos destinados a
lactentes e crianças de primeira infância, tais como folhetos, livros, artigos em periódico
leigo, fitas cassetes, fitas de vídeo, sistema eletrônico de informações e outros;
XXV – material técnico-científico: todo material elaborado com informações
comprovadas sobre produtos ou relacionadas ao domínio de conhecimento da nutrição
e da pediatria destinado a profissionais e pessoal de saúde;
XXVI – representantes comerciais: profissionais (vendedores, promotores,
demonstradores ou representantes da empresa e de vendas) remunerados, direta
ou indiretamente, pelos fabricantes, fornecedores ou importadores dos produtos
abrangidos por esta Lei;
XXVII – promoção comercial: o conjunto de atividades informativas e de persuasão
procedente de empresas responsáveis pela produção ou manipulação, distribuição e
comercialização com o objetivo de induzir a aquisição ou venda de um determinado
produto;
XXVIII – (VETADO)
XXIX – rótulo: toda descrição efetuada na superfície do recipiente ou embalagem do

G-100
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78 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEIS, DECRETOS E DECRETOS-LEIS RELACIONADOS
LEI Nº 11.265, DE 03 DE JANEIRO DE 2006

produto, conforme dispuser o regulamento;


XXX – fórmula de nutrientes para recém-nascidos de alto risco: composto de nutrientes
apresentado ou indicado para suplementar a alimentação de recém-nascidos
prematuros ou de alto risco.
CAPÍTULO II
Do Comércio e da Publicidade
Art. 4o É vedada a promoção comercial dos produtos a que se referem os incisos I, V
e VI do caput do art. 2o desta Lei, em quaisquer meios de comunicação, conforme se
dispuser em regulamento.
Parágrafo único. (VETADO)
Art. 5o A promoção comercial de alimentos infantis referidos nos incisos II, III e IV do
caput do art. 2o desta Lei deverá incluir, em caráter obrigatório, o seguinte destaque,
visual ou auditivo, consoante o meio de divulgação:
I – para produtos referidos nos incisos II e III do caput do art. 2o desta Lei os dizeres “O
Ministério da Saúde informa: o aleitamento materno evita infecções e alergias e
é recomendado até os 2 (dois) anos de idade ou mais”;
II – para produtos referidos no inciso IV do caput do art. 2o desta Lei os dizeres “O
Ministério da Saúde informa: após os 6 (seis) meses de idade continue amamentando
seu filho e ofereça novos alimentos”.
Art. 6o Não é permitida a atuação de representantes comerciais nas unidades de
saúde, salvo para a comunicação de aspectos técnico-científicos dos produtos aos
médicos-pediatras e nutricionistas.
Parágrafo único. Constitui dever do fabricante, distribuidor ou importador informar
seus representantes comerciais e as agências de publicidade contratadas acerca do
conteúdo desta Lei.
Art. 7o Os fabricantes, distribuidores e importadores somente poderão fornecer
amostras dos produtos referidos nos incisos I a IV do caput do art. 2o desta Lei a
médicos-pediatras e nutricionistas por ocasião do lançamento do produto, de forma a
atender ao art. 15 desta Lei.
§ 1o Para os efeitos desta Lei, o lançamento nacional deverá ser feito no prazo máximo
de 18 (dezoito) meses, em todo o território brasileiro.
§ 2o É vedada a distribuição de amostra, por ocasião do relançamento do produto ou
da mudança de marca do produto, sem modificação significativa na sua composição
nutricional.
§ 3o É vedada a distribuição de amostras de mamadeiras, bicos, chupetas e
suplementos nutricionais indicados para recém-nascidos de alto risco.
§ 4o A amostra de fórmula infantil para lactentes deverá ser acompanhada de protocolo
de entrega da empresa, com cópia para o pediatra ou nutricionista.
Art. 8o Os fabricantes, importadores e distribuidores dos produtos de que trata esta Lei
somente poderão conceder patrocínios financeiros ou materiais às entidades científicas
de ensino e pesquisa ou às entidades associativas de pediatras e de nutricionistas
reconhecidas nacionalmente, vedada toda e qualquer forma de patrocínio a pessoas
físicas.

79
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

§ 1o As entidades beneficiadas zelarão para que as empresas não realizem promoção


comercial de seus produtos nos eventos por elas patrocinados e limitem-se à
distribuição de material técnico-científico.
§ 2o Todos os eventos patrocinados deverão incluir nos materiais de divulgação o
destaque “Este evento recebeu patrocínio de empresas privadas, em conformidade
com a Lei no 11.265, de 3 de janeiro de 2006”.
Art. 9o São proibidas as doações ou vendas a preços reduzidos dos produtos abrangidos
por esta Lei às maternidades e instituições que prestem assistência a crianças.
§ 1o A proibição de que trata este artigo não se aplica às doações ou vendas a preços
reduzidos em situações de excepcional necessidade individual ou coletiva, a critério
da autoridade fiscalizadora competente.
§ 2o Nos casos previstos no § 1o deste artigo garantir-se-á que as provisões sejam
contínuas no período em que o lactente delas necessitar.
§ 3o Permitir-se-á a impressão do nome e do logotipo do doador, vedada qualquer
publicidade dos produtos.
§ 4o A doação para fins de pesquisa somente será permitida mediante a apresentação
de protocolo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição a que o
profissional estiver vinculado, observados os regulamentos editados pelos órgãos
competentes.
§ 5o O produto objeto de doação para pesquisa deverá conter, como identificação, no
painel frontal e com destaque, a expressão “Doação para pesquisa, de acordo com a
legislação em vigor”.
CAPÍTULO III
Da Rotulagem
Art. 10º. É vedado, nas embalagens ou rótulos de fórmula infantil para lactentes e
fórmula infantil de seguimento para lactentes: (Vide Lei nº 11.460, de 2007)
I – utilizar fotos, desenhos ou outras representações gráficas que não sejam aquelas
necessárias para ilustrar métodos de preparação ou uso do produto, exceto o uso de
marca ou logomarca desde que essa não utilize imagem de lactente, criança pequena
ou outras figuras humanizadas;
II – utilizar denominações ou frases com o intuito de sugerir forte semelhança do
produto com o leite materno, conforme disposto em regulamento;
III – utilizar frases ou expressões que induzam dúvida quanto à capacidade das mães
de amamentarem seus filhos;
IV – utilizar expressões ou denominações que identifiquem o produto como mais
adequado à alimentação infantil, conforme disposto em regulamento;
V – utilizar informações que possam induzir o uso dos produtos em virtude de falso
conceito de vantagem ou segurança;
VI – utilizar frases ou expressões que indiquem as condições de saúde para as quais
o produto seja adequado;
VII – promover os produtos da empresa fabricante ou de outros estabelecimentos.
§ 1o Os rótulos desses produtos exibirão no painel principal, de forma legível e de

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
80 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEIS, DECRETOS E DECRETOS-LEIS RELACIONADOS
LEI Nº 11.265, DE 03 DE JANEIRO DE 2006

fácil visualização, conforme disposto em regulamento, o seguinte destaque: AVISO


IMPORTANTE: Este produto somente deve ser usado na alimentação de crianças
menores de 1 (um) ano de idade com indicação expressa de médico ou nutricionista.
O aleitamento materno evita infecções e alergias e fortalece o vínculo mãe-filho.
(Redação dada pela Lei nº 11.474, de 2007)
§ 2o Os rótulos desses produtos exibirão um destaque sobre os riscos do preparo
inadequado e instruções para a correta preparação do produto, inclusive medidas de
higiene a serem observadas e dosagem para diluição, quando for o caso.
Art. 11º. É vedado, nas embalagens ou rótulos de fórmula infantil de seguimento para
crianças de primeira infância: (Vide Lei nº 11.460, de 2007)
I – utilizar fotos, desenhos ou outras representações gráficas que não sejam aquelas
necessárias para ilustrar métodos de preparação ou uso do produto, exceto o uso de
marca ou logomarca desde que essa não utilize imagem de lactente, criança pequena
ou outras figuras humanizadas, conforme disposto em regulamento;
II – utilizar denominações ou frases com o intuito de sugerir forte semelhança do
produto com o leite materno, conforme disposto em regulamento;
III – utilizar frases ou expressões que induzam dúvida quanto à capacidade das mães
de amamentarem seus filhos;
IV – utilizar expressões ou denominações que identifiquem o produto como mais
adequado à alimentação infantil, conforme disposto em regulamento;
V – utilizar informações que possam induzir o uso dos produtos em virtude de falso
conceito de vantagem ou segurança;
VI – utilizar marcas seqüenciais presentes nas fórmulas infantis de seguimento para
lactentes;
VII – promover os produtos da empresa fabricante ou de outros estabelecimentos.
§ 1o Os rótulos desses produtos exibirão no painel principal, de forma legível e de
fácil visualização, o seguinte destaque: AVISO IMPORTANTE: Este produto não deve
ser usado para alimentar crianças menores de 1 (um) ano de idade. O aleitamento
materno evita infecções e alergias e é recomendado até os 2 (dois) anos de idade ou
mais. (Redação dada pela Lei nº 11.474, de 2007)
§ 2o Os rótulos desses produtos exibirão um destaque para advertir sobre os riscos
do preparo inadequado e instruções para a correta preparação do produto, inclusive
medidas de higiene a serem observadas e dosagem para a diluição, vedada a
utilização de figuras de mamadeira.
Art. 12º. As embalagens ou rótulos de fórmulas infantis para atender às necessidades
dietoterápicas específicas exibirão informações sobre as características específicas
do alimento, vedada a indicação de condições de saúde para as quais o produto
possa ser utilizado.
Parágrafo único. Aplica-se a esses produtos o disposto no art. 8o desta Lei.
Art. 13º. É vedado, nas embalagens ou rótulos de leites fluidos, leites em pó, leites
modificados e similares de origem vegetal: (Vide Lei nº 11.460, de 2007)
I – utilizar fotos, desenhos ou outras representações gráficas que não sejam aquelas
necessárias para ilustrar métodos de preparação ou uso do produto, exceto o uso de

81
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

marca ou logomarca desde que essa não utilize imagem de lactente, criança pequena
ou outras figuras humanizadas ou induzam ao uso do produto para essas faixas
etárias;
II – utilizar denominações ou frases com o intuito de sugerir forte semelhança do
produto com o leite materno, conforme disposto em regulamento;
III – utilizar frases ou expressões que induzam dúvida quanto à capacidade das mães
de amamentarem seus filhos;
IV – utilizar expressões ou denominações que identifiquem o produto como mais
adequado à alimentação infantil, conforme disposto em regulamento;
V – utilizar informações que possam induzir o uso dos produtos em virtude de falso
conceito de vantagem ou segurança;
VI – promover os produtos da empresa fabricante ou de outros estabelecimentos que
se destinem a lactentes.
§ 1o Os rótulos desses produtos exibirão no painel principal, de forma legível e de fácil
visualização, conforme disposto em regulamento, o seguinte destaque:
I - leite desnatado e semidesnatado, com ou sem adição de nutrientes essenciais:
AVISO IMPORTANTE: Este produto não deve ser usado para alimentar crianças, a
não ser por indicação expressa de médico ou nutricionista. O aleitamento materno
evita infecções e alergias e é recomendado até os 2 (dois) anos de idade ou mais;
(Redação dada pela Lei nº 11.474, de 2007)
II - leite integral e similares de origem vegetal ou mistos, enriquecidos ou não: AVISO
IMPORTANTE: Este produto não deve ser usado para alimentar crianças menores
de 1 (um) ano de idade, a não ser por indicação expressa de médico ou nutricionista.
O aleitamento materno evita infecções e alergias e deve ser mantido até a criança
completar 2 (dois) anos de idade ou mais; (Redação dada pela Lei nº 11.474, de
2007)
III - leite modificado de origem animal ou vegetal: AVISO IMPORTANTE: Este produto
não deve ser usado para alimentar crianças menores de 1 (um) ano de idade. O
aleitamento materno evita infecções e alergias e é recomendado até os 2 (dois) anos
de idade ou mais. (Redação dada pela Lei nº 11.474, de 2007)
§ 2o É vedada a indicação, por qualquer meio, de leites condensados e aromatizados
para a alimentação de lactentes e de crianças de primeira infância.
Art. 14º. As embalagens ou rótulos de alimentos de transição e alimentos à base
de cereais indicados para lactentes e crianças de primeira infância e de alimentos
ou bebidas à base de leite ou não, quando comercializados ou apresentados como
apropriados para a alimentação de lactentes e crianças de primeira infância, não
poderão: (Vide Lei nº 11.460, de 2007)
I – utilizar ilustrações, fotos ou imagens de lactentes ou crianças de primeira infância;
II – utilizar frases ou expressões que induzam dúvida quanto à capacidade das mães
de amamentarem seus filhos;

III – utilizar expressões ou denominações que induzam à identificação do produto


como apropriado ou preferencial para a alimentação de lactente menor de 6 (seis)
meses de idade;

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
82 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEIS, DECRETOS E DECRETOS-LEIS RELACIONADOS
LEI Nº 11.265, DE 03 DE JANEIRO DE 2006

IV – utilizar informações que possam induzir o uso dos produtos baseado em falso
conceito de vantagem ou segurança;
V – promover as fórmulas infantis, leites, produtos com base em leite e os cereais que
possam ser administrados por mamadeira.
§ 1o Constará do painel frontal dos rótulos desses produtos a idade a partir da qual
eles poderão ser utilizados.
§ 2o Os rótulos desses produtos exibirão no painel principal, de forma legível e de fácil
visualização, conforme disposto em regulamento, o seguinte destaque: “O Ministério
da Saúde adverte: Este produto não deve ser usado para crianças menores de 6
(seis) meses de idade, a não ser por indicação expressa de médico ou nutricionista. O
aleitamento materno evita infecções e alergias e é recomendado até os 2 (dois) anos
de idade ou mais”.
Art. 15º. Relativamente às embalagens ou rótulos de fórmula de nutrientes para
recém-nascido de alto risco, é vedado: (Vide Lei nº 11.460, de 2007)
I – utilizar fotos, desenhos ou outras representações gráficas que não sejam aquelas
necessárias para ilustrar métodos de preparação ou uso do produto, exceto o uso de
marca ou logomarca desde que essa não utilize imagem de lactente, criança pequena
ou outras figuras humanizadas;
II – utilizar denominações ou frases sugestivas de que o leite materno necessite de
complementos, suplementos ou de enriquecimento;
III – utilizar frases ou expressões que induzam dúvida quanto à capacidade das mães
de amamentarem seus filhos;
IV – utilizar expressões ou denominações que identifiquem o produto como mais
adequado à alimentação infantil, conforme disposto em regulamento;
V – utilizar informações que possam induzir o uso dos produtos em virtude de falso
conceito de vantagem ou segurança;
VI – promover os produtos da empresa fabricante ou de outros estabelecimentos.
§ 1o O painel frontal dos rótulos desses produtos exibirá o seguinte destaque:
“Este produto somente deve ser usado para suplementar a alimentação do recém-
nascido de alto risco mediante prescrição médica e para uso exclusivo em unidades
hospitalares”.
§ 2o Os rótulos desses produtos exibirão no painel principal, de forma legível e de fácil
visualização, conforme disposto em regulamento, o seguinte destaque: “O Ministério
da Saúde adverte: O leite materno possui os nutrientes essenciais para o crescimento
e desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida”.
§ 3o Os rótulos desses produtos exibirão um destaque para advertir sobre os riscos do
preparo inadequado e instruções para a sua correta preparação, inclusive medidas de
higiene a serem observadas e a dosagem para a diluição, quando for o caso.
§ 4o O produto referido no caput deste artigo é de uso hospitalar exclusivo, vedada
sua comercialização fora do âmbito dos serviços de saúde.
Art. 16º. Com referência às embalagens ou rótulos de mamadeiras, bicos e chupetas,
é vedado:
I – utilizar fotos, imagens de crianças ou ilustrações humanizadas;

83
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

II – utilizar frases ou expressões que induzam dúvida quanto à capacidade das mães
de amamentarem seus filhos;
III – utilizar frases, expressões ou ilustrações que possam sugerir semelhança desses
produtos com a mama ou o mamilo;
IV – utilizar expressões ou denominações que identifiquem o produto como apropriado
para o uso infantil, conforme disposto em regulamento;
V – utilizar informações que possam induzir o uso dos produtos baseado em falso
conceito de vantagem ou segurança;
VI – promover o produto da empresa fabricante ou de outros estabelecimentos.
§ 1o Os rótulos desses produtos deverão exibir no painel principal, conforme disposto
em regulamento, o seguinte destaque: “O Ministério da Saúde adverte: A criança que
mama no peito não necessita de mamadeira, bico ou chupeta. O uso de mamadeira,
bico ou chupeta prejudica o aleitamento materno”.
§ 2o É obrigatório o uso de embalagens e rótulos em mamadeiras, bicos ou
chupetas.
Art. 17º. Os rótulos de amostras dos produtos abrangidos por esta Lei exibirão, no
painel frontal: “Amostra grátis para avaliação profissional. Proibida a distribuição a
mães, gestantes e familiares”.
CAPÍTULO IV
Da Educação e Informação ao Público
Art. 18º. Os órgãos públicos da área de saúde, educação e pesquisa e as entidades
associativas de médicos-pediatras e nutricionistas participarão do processo de
divulgação das informações sobre a alimentação dos lactentes e de crianças de
primeira infância, estendendo-se essa responsabilidade ao âmbito de formação e
capacitação de recursos humanos.
Art. 19º. Todo material educativo e técnico-científico, qualquer que seja a sua forma,
que trate de alimentação de lactentes e de crianças de primeira infância atenderá aos
dispositivos desta Lei e incluirá informações explícitas sobre os seguintes itens:
I – os benefícios e a superioridade da amamentação;
II – a orientação sobre a alimentação adequada da gestante e da nutriz, com ênfase
no preparo para o início e a manutenção do aleitamento materno até 2 (dois) anos de
idade ou mais;
III – os efeitos negativos do uso de mamadeira, bico ou chupeta sobre o aleitamento
natural, particularmente no que se refere às dificuldades para o retorno à amamentação
e aos inconvenientes inerentes ao preparo dos alimentos e à higienização desses
produtos;
IV – as implicações econômicas da opção pelos alimentos usados em substituição ao
leite materno ou humano, ademais dos prejuízos causados à saúde do lactente pelo
uso desnecessário ou inadequado de alimentos artificiais;
V – a relevância do desenvolvimento de hábitos educativos e culturais reforçadores da
utilização dos alimentos constitutivos da dieta familiar.
§ 1o Os materiais educativos e técnico-científicos não conterão imagens ou textos,
incluídos os de profissionais e autoridades de saúde, que recomendem ou possam

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
84 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEIS, DECRETOS E DECRETOS-LEIS RELACIONADOS
LEI Nº 11.265, DE 03 DE JANEIRO DE 2006

induzir o uso de chupetas, bicos ou mamadeiras ou o uso de outros alimentos


substitutivos do leite materno.
§ 2o Os materiais educativos que tratam da alimentação de lactentes não poderão
ser produzidos ou patrocinados por distribuidores, fornecedores, importadores ou
fabricantes de produtos abrangidos por esta Lei.
Art. 20º. As instituições responsáveis pela formação e capacitação de profissionais de
saúde incluirão a divulgação e as estratégias de cumprimento desta Lei como parte do
conteúdo programático das disciplinas que abordem a alimentação infantil.
Art. 21º. Constitui competência prioritária dos profissionais de saúde estimular e
divulgar a prática do aleitamento materno exclusivo até os 6 (seis) meses e continuado
até os 2 (dois) anos de idade ou mais.
Art. 22º. As instituições responsáveis pelo ensino fundamental e médio promoverão a
divulgação desta Lei.
CAPÍTULO V
Disposições Gerais
Art. 23º. Compete aos órgãos públicos, sob a orientação do gestor nacional de saúde,
a divulgação, aplicação, vigilância e fiscalização do cumprimento desta Lei.
Parágrafo único. Os órgãos competentes do poder público, em todas as suas esferas,
trabalharão em conjunto com as entidades da sociedade civil, com vistas na divulgação
e no cumprimento dos dispositivos desta Lei.
Art. 24. Os alimentos para lactentes atenderão aos padrões de qualidade dispostos
em regulamento.
Art. 25. As mamadeiras, bicos e chupetas não conterão mais de 10 (dez) partes por
bilhão de quaisquer N-nitrosaminas e, de todas essas substâncias em conjunto, mais
de 20 (vinte) partes por bilhão.
§ 1o O órgão competente do poder público estabelecerá, sempre que necessário,
a proibição ou a restrição de outras substâncias consideradas danosas à saúde do
público-alvo desta Lei.
§ 2o As disposições deste artigo entrarão em vigor imediatamente após o
credenciamento de laboratórios pelo órgão competente.
Art. 26. Os fabricantes, importadores e distribuidores de alimentos terão o prazo
de 12 (doze) meses, contado a partir da publicação desta Lei, para implementar as
alterações e adaptações necessárias ao seu fiel cumprimento.(Vide Lei nº 11.460, de
2007)
Parágrafo único. Relativamente aos fabricantes, importadores e distribuidores de
bicos, chupetas e mamadeiras, o prazo referido no caput deste artigo será de 18
(dezoito) meses.
Art. 27. O órgão competente do poder público, no âmbito nacional, estabelecerá,
quando oportuno e necessário, novas categorias de produtos e regulamentará sua
produção, comercialização e publicidade, com a finalidade de fazer cumprir o objetivo
estabelecido no caput do art. 1o desta Lei.
Art. 28. As infrações aos dispositivos desta Lei sujeitam-se às penalidades previstas
na Lei no 6.437, de 20 de agosto de 1977.

85
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Parágrafo único. Com vistas no cumprimento dos objetivos desta Lei, aplicam-se,
no que couber, as disposições da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, e suas
alterações, do Decreto-Lei no 986, de 21 de outubro de 1969, da Lei no 8.069, de 13
de julho de 1990, e dos demais regulamentos editados pelos órgãos competentes do
poder público.
Art. 29. Esta Lei será regulamentada pelo Poder Executivo.
Art. 30. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 3 de janeiro de 2006; 185o da Independência e 118o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto
Luiz Carlos Guedes Pinto
Saraiva Felipe
Ivan João Guimarães Ramalho
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 4.1.2006

ALTERA A LEI NO 11.265, DE 3 DE JANEIRO DE 2006, QUE REGULAMENTA A


COMERCIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIANÇAS DE
PRIMEIRA INFÂNCIA E TAMBÉM A DE PRODUTOS DE PUERICULTURA
CORRELATOS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

LEI Nº 11.474, DE 15 DE MAIO DE 2007.

Altera a Lei no 10.188, de 12 de fevereiro de 2001, que cria o Programa de


Arrendamento Residencial, institui o arrendamento residencial com opção de compra,
e a Lei no 11.265, de 3 de janeiro de 2006, que regulamenta a comercialização de
alimentos para lactentes e crianças de primeira infância e também a de produtos
de puericultura correlatos, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
(...)
......................................................................................................................................
Art. 3o O § 1o do art. 10, o § 1o do art. 11 e os incisos I, II e III do § 1o do art. 13 da
Lei no 11.265, de 3 de janeiro de 2006, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 10. ............................................................................................................
§ 1o Os rótulos desses produtos exibirão no painel principal, de forma legível e de
fácil visualização, conforme disposto em regulamento, o seguinte destaque: AVISO
IMPORTANTE: Este produto somente deve ser usado na alimentação de
crianças menores de 1 (um) ano de idade com indicação expressa de médico

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
86 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEIS, DECRETOS E DECRETOS-LEIS RELACIONADOS
LEI Nº 11.474, DE 15 DE MAIO DE 2007

ou nutricionista. O aleitamento materno evita infecções e alergias e fortalece o


vínculo mãe-filho.
................................................................................................................ ” (NR)
“Art. 11. ..............................................................................................................
§ 1o Os rótulos desses produtos exibirão no painel principal, de forma legível e de
fácil visualização, o seguinte destaque: AVISO IMPORTANTE: Este produto não
deve ser usado para alimentar crianças menores de 1 (um) ano de idade. O
aleitamento materno evita infecções e alergias e é recomendado até os 2 (dois)
anos de idade ou mais.
.............................................................................................................. ” (NR)
“Art. 13. ................................................................................................................
§ 1o ...................................................................................................................
I - leite desnatado e semidesnatado, com ou sem adição de nutrientes essenciais:
AVISO IMPORTANTE: Este produto não deve ser usado para alimentar crianças,
a não ser por indicação expressa de médico ou nutricionista. O aleitamento
materno evita infecções e alergias e é recomendado até os 2 (dois) anos de
idade ou mais;
II - leite integral e similares de origem vegetal ou mistos, enriquecidos ou não:
AVISO IMPORTANTE: Este produto não deve ser usado para alimentar crianças
menores de 1 (um) ano de idade, a não ser por indicação expressa de médico
ou nutricionista. O aleitamento materno evita infecções e alergias e deve ser
mantido até a criança completar 2 (dois) anos de idade ou mais;
III - leite modificado de origem animal ou vegetal: AVISO IMPORTANTE: Este produto
não deve ser usado para alimentar crianças menores de 1 (um) ano de idade. O
aleitamento materno evita infecções e alergias e é recomendado até os 2 (dois) anos
de idade ou mais.
................................................................................................................. ” (NR)
Art. 4o O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei.
Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 15 de maio de 2007; 186o da Independência e 119o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Guido Mantega
Carlos Lupi
Marcio Fortes de Almeida
Este texto não substitui o publicado no DOU de 16.5.2007

87
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

REGULAMENTO DE INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE PRODUTOS DE


ORIGEM ANIMAL

DECRETO Nº 30.691, DE 29 DE MARÇO DE 1952.- RIISPOA


COMENTÁRIO: Como é amplamente sabido, esse Decreto regulamenta a Inspeção
Industrial e Sanitária de produtos de origem animal. Publicado em 1952 e elaborado com
base na regulamentação sanitária mais avançada do mundo, na época, principalmente a
norte-americana, a francesa e a alemã, por várias décadas e até os tempos atuais norteou
o crescimento e a modernização do parque industrial de produtos de origem animal do
Brasil. Atualmente passa por uma revisão técnica para adaptação aos novos requerimentos
mundiais em termos de saúde pública, de segurança alimentar, das bases técnicas dos
novos produtos, das exigências do consumidor, dos sistemas de produção primária e de
rastreamento da produção, etc.
Para ver a Lei na íntegra, consultar no sitio eletrônico do Ministério da Agricultura
- MAPA www.agricultura.gov.br

MODIFICA O DECRETO Nº 50.040, DE 24 DE JANEIRO DE 1961, REFERENTE A


NORMAS REGULADORAS DO EMPRÊGO DE ADITIVOS PARA ALIMENTOS,
ALTERADO PELO DECRETO Nº 691, DE 13 DE MARÇO DE 1962.

DECRETO Nº 55.871, DE 26 DE MARÇO DE 1965

COMENTÁRIO: Refere-se a definições e normas gerais reguladoras do emprego


de aditivos para alimentos. Cabe observar que o tema “ADITIVOS” é de
grande importância e a ANVISA tem se dedicado ao mesmo com zelo extremo,
atualizando-o a par dos mais recentes avanços da ciência. Na Parte III do
presente Manual há um subtítulo específico sobre a legislação ANVISA / MS
sobre aditivos.
Para ver a Lei na íntegra, consultar no sitio eletrônico do Ministério da Saúde -
ANVISA www.anvisa.gov.br

REGULAMENTA AS ATIVIDADES PERTINENTES AO DESENVOLVIMENTO


DA AGRICULTURA ORGÂNICA, DEFINIDAS PELA LEI NO 10.831, DE 23 DE
DEZEMBRO DE 2003.
DECRETO Nº 6.323, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007.

COMENTÁRIO: conforme já mencionado acima, essa legislação é básica para os


que se iniciam ou praticam o Sistema Orgânico de Produção Agropecuária.
Para ver a Lei na íntegra, consultar no sitio eletrônico do Ministério da Agricultura
- MAPA - www.agricultura.gov.br

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
88 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEIS, DECRETOS E DECRETOS-LEIS RELACIONADOS
DECRETO-LEI Nº 986, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969

INSTITUI NORMAS BÁSICAS SOBRE ALIMENTOS.


Senado Federal Subsecretaria de Informações
Data 21/10/1969

DECRETO-LEI Nº 986, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969

COMENTÁRIO: essa legislação é básica para o Ministério da Saúde, na área de


alimentos, assim como o RIISPOA o é para a área de produtos de origem animal
do Ministério da Agricultura. Contém definições e conceitos generalizados que
nortearam muitos dos documentos que o seguiram, nessa área. Sua utilização
atualmente é mais limitada, face aos novos requerimentos da sociedade com
relação a alimentos e a necessidade de queimar etapas para o lançamento de
produtos no mercado, etc. Entretanto, trata-se de uma legislação muito bem
elaborada, em termos técnicos. É importante que os legisladores a conheçam
detalhadamente, assim como os tecnólogos.
Para ver a Lei na íntegra, consultar no sitio eletrônico do Ministério da Saúde -
ANVISA
www.anvisa.gov.b

SISTEMA UNIFICADO DE ATENÇÃO À SANIDADE AGROPECUÁRIA.

DECRETO 5.741 - SUASA

COMENTÁRIO: As regras e os processos do Sistema Unificado de Atenção à


Sanidade Agropecuária – SUASA - contêm princípios a serem observados
em matéria de sanidade agropecuária, especialmente os relacionados com
as responsabilidades dos produtores, dos fabricantes e das autoridades
competentes, com requisitos estruturais e operacionais da sanidade
agropecuária.
As regras gerais e específicas do SUASA objetivam garantir a proteção da
saúde dos animais e a sanidade dos vegetais, a idoneidade dos insumos e
dos serviços utilizados na agropecuária, e identidade, qualidade e segurança
higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos agropecuários finais destinados
aos consumidores.
O SUASA funciona de forma integrada para garantir a sanidade agropecuária,
desde o local da produção primária até a colocação do produto final no mercado
interno ou a sua destinação para a exportação. Assim, é importante que o setor
industrial de laticínios tenha informações básicas sobre suas atribuições e
responsabilidades no contexto desse Sistema.
Para ver a Lei na íntegra, consultar no sitio eletrônico do Ministério da Agricultura
- MAPA
www.agricultura.gov.br

89
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
90 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS DO MINISTÉRIO DA
AGRICULTURA, PECUÁRIA E
ABASTECIMENTO
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
92 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
Capítulo 3

MÉTODOS ANALÍTICOS OFICIAIS


MICROBIOLÓGICOS E
FÍSICO-QUÍMICOS

Patrocinadores

ABLV
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

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94 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
MÉTODOS ANALÍTICOS OFICIAIS MICROBIOLÓGICOS E FÍSICO-QUÍMICOS
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 62, DE 26 DE AGOSTO DE 2003

OFICIALIZAR OS MÉTODOS ANALÍTICOS OFICIAIS PARA ANÁLISES


MICROBIOLÓGICAS PARA CONTROLE DE PRODUTOS DE ORIGEM
ANIMAL E ÁGUA

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 62, DE 26 DE AGOSTO DE 2003.

COMENTÁRIO: essa metodologia analítica oficial do MAPA não é específica para


leite e derivados, mas contém todos os parâmetros de medição passíveis de
aplicação nas matrizes de origem láctea, tanto na avaliação do seu estado de
conservação, quanto da possível presença de microrganismos patogênicos e
outros índices de qualidade microbiológica para leite e derivados.

Para ver a Norma na íntegra, consultar no sitio eletrônico do Ministério da


Agricultura - MAPA
www.agricultura.gov.br

OFICIALIZAR OS MÉTODOS ANALÍTICOS OFICIAIS FÍSICO-QUÍMICOS, PARA


CONTROLE DE LEITE E PRODUTOS LÁCTEOS.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 68, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2006.

COMENTÁRIO: essa metodologia analítica oficial do MAPA foi elaborada


especificamente para leite e derivados, tomando por base as indicações dos
RTIQ’s oriundos das Resoluções MERCOSUL. Contém os principais parâmetros
de medição passíveis de aplicação nas matrizes de origem láctea.

Para ver a Norma na íntegra, consultar no sitio eletrônico do Ministério da


Agricultura - MAPA
www.agricultura.gov.br

95
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

INSTITUIR CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO LEITE IN NATURA,


CONCENTRADO E EM PÓ, RECONSTITUÍDOS, COM BASE NO MÉTODO
ANALÍTICO OFICIAL FÍSICO-QUÍMICO DENOMINADO “ÍNDICE CMP”,

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 69, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2006

COMENTÁRIO: essa metodologia analítica foi oficializada com o objetivo de


respaldar a instituição de um novo índice de qualidade do leite - seu teor de
“caseíno-macropeptídeo” (CMP). Objetivou reduzir ou eliminar problemas de
interpretação de resultados para a pesquisa da adição de soro lácteo ao leite
em natureza. Há indícios de que o MAPA vem desenvolvendo pesquisas para
empregar instrumental de altíssima tecnologia para a identificação da adição de
soro sem possibilidade de ocorrência de respostas falsamente positivas para a
fraude pela adição de soro ao leite.

O SECRETÁRIO DE DEFESAAGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DAAGRICULTURA,


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO , no uso da atribuição que lhe confere o art. 9º
combinado com o art. 42, do Anexo I, do Decreto nº 5.351, de 21 de janeiro de 2005,
tendo em vista o disposto no Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de
Produtos de Origem Animal, aprovado pelo Decreto nº 30.691, de 29 de março de
1952, e o que consta do Processo nº 21000.012951/2006-03, resolve:

Art. 1º - Instituir critério de avaliação da qualidade do leite in natura, concentrado e em


pó, reconstituídos, com base no método analítico oficial físico-químico denominado
“Índice CMP”, de que trata a Instrução Normativa nº 68, de 12 de dezembro de 2006.
Art. 2º - Somente quando o índice de CMP for de até 30 mg/l (trinta miligramas por
litro), o leite de que trata o art. 1º desta Instrução Normativa poderá ser destinado ao
abastecimento direto.
§ 1º Quando o índice de CMP do leite estiver entre 30mg/l (trinta miligramas por litro)
e 75mg/l (setenta e cinco miligramas por litro), este poderá ser destinado à produção
de derivados lácteos.
§ 2º Os derivados lácteos de que trata o § 1º serão avaliados tecnicamente, caso a
caso, pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal - DIPOA.
§ 3º Quando o índice de CMP do leite estiver acima de 75 mg/l (setenta e cinco
miligramas por litro), este poderá ser destinado à alimentação animal, à indústria
química em geral ou a outro destino a ser avaliado tecnicamente, caso a caso, pelo
DIPOA.
Art. 3º - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

GABRIEL ALVES MACIEL

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
96 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
MÉTODOS ANALÍTICOS OFICIAIS MICROBIOLÓGICOS E FÍSICO-QUÍMICOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 12, DE 2 DE JANEIRO DE 2001

REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE PADRÕES MICROBIOLÓGICOS PARA


ALIMENTOS

RESOLUÇÃO RDC Nº 12, DE 2 DE JANEIRO DE 2001

COMENTÁRIO: Essa RDC fixa importantes definições sobre os mais diversos


aspectos envolvidos na análise microbiológica de alimentos em geral, entre
eles os produtos lácteos. Estabelece limites de tolerância para microrganismos
coliformes a 45ºC/g, estafilococos coagulase (+) /g, Salmonella sp / 25g,
L. monocytogenes /25g e, no caso de leite em pó, pastas e molhos de base
láctea, sobremesas lácteas e misturas em pó para preparo de bebidas de base
láctea, também B. cereus / g, em amostras Indicativas e Representativas. No
anexo II insere-se a conclusão e interpretação dos resultados das análises
microbiológicas de alimentos destinados ao consumo humano, classificando-os
como aptos ou impróprios a essa finalidade. Todos os laboratórios industriais
de análises microbiológicas precisam dispor de uma cópia dessa legislação,
para permanente consulta.

Para ver a Lei na íntegra, consultar no sitio eletrônico do Ministério da Saúde -


ANVISA
www.anvisa.gov.br

PROCEDIMENTOS DE CONTROLE E VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA


PARA CONSUMO HUMANO

PORTARIA Nº 518, DE 25 DE MARÇO DE 2004 / MS.

COMENTÁRIO: Trata-se de legislação ampla e moderna sobre a qualidade da


água destinada a consumo humano. Seus parâmetros de qualidade encontram-se
em perfeita consonância com os mais exigentes códigos sanitários em aplicação
em todo o mundo. Devem ser usados pelos Sistemas de Controle de Qualidade
das indústrias de alimentos para controle da sua água de abastecimento e de
utilização no preparo de alimentos e na limpeza e desinfecção de equipamentos
e instalações.

Para ver a Lei na íntegra, consultar no sitio eletrônico do Ministério da Saúde -


ANVISA
www.anvisa.gov.br

97
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

MÉTODOS OFICIAIS ALTERNATIVOS PARA ANÁLISE DA QUALIDADE DO


LEITE E SEUS DERIVADOS

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11, DE 30 DE ABRIL DE 2009

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUáRIA E ABASTECIMENTO, no


uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição,
tendo em vista o disposto no Decreto no 5.351, de 21 de janeiro de 2005, no Decreto
no 30.691, de 29 de março de 1952, no Decreto no 5.741, de 30 de março de 2006,
na Instrução Normativa MAPA no 1, de 16 de janeiro de 2007, e o que consta do
Processo no 21000.007820/2008-68, resolve:
Art. 1o Aprovar os métodos oficiais alternativos para análise da qualidade do leite e
seus derivados, que utilizem o sistema de detecção por diferencial de pH e reação
enzimática - CL10 PLUS BCS.
Parágrafo único. Os métodos oficiais alternativos de que trata o caput deste artigo
restringem-se à determinação e à quantificação dos parâmetros para Acidez Titulável,
Citrato, Glicose, Sacarose, Uréia, Lactose e Lactulose.
Art. 2o Os métodos de que trata esta Instrução Normativa serão adotados pelos
laboratórios pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.
Art. 3o Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
REINHOLD STEPHANES

COMENTÁRIO:
Com este documento, aprovam-se métodos analíticos tecnologicamente
avançados e “alternativos” (presumivelmente, aos métodos descritos na IN nº
68, de 2006) para a determinação da acidez titulável e para os teores de glucose,
lactose e sacarose em leite e produtos lácteos. Para os outros itens de qualidade
descritos no documento, como teores de uréia, lactulose e citrato, os métodos
analíticos baseados em diferencial de pH aliado a reações enzimáticas, de que
trata a presente Instrução Normativa, passam a ser os únicos oficialmente
disponibilizados pela MAPA para análise de produtos lácteos.
O princípio dos métodos analíticos ora aprovados vem sendo usado na
Europa (particularmente na Itália e na Alemanha) por mais de uma década, já
tendo gerado método de referência ISO (ISO STANDARD) para a determinação
do teor de uréia em leite (NOTA: para lactose em leite, método ISO de referência
em adiantados estudos – final de 2008).
Para leite fluido não há preparação da amostra, a não ser incubação
prévia para lactulose e para fosfatase alcalina (para esse último item, método
analítico alternativo infelizmente não aprovado no documento em apreciação,
ou não oficialmente testado, para fins de aprovação; acusa pelo menos 3%
de contaminação do leite termicamente processado por leite cru. Adaptado, o
método poderia ser aplicado para derivados lácteos incorretamente produzidos

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
98 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
MÉTODOS ANALÍTICOS OFICIAIS MICROBIOLÓGICOS E FÍSICO-QUÍMICOS
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11, DE 30 DE ABRIL DE 2009

com leite cru, como queijos frescais...).


O fabricante, consultado por e-mail (2008), informa que o equipamento EC
TM CL-10 PLUS, usado nas citadas determinações analíticas, pode ser aplicado,
por exemplo, na determinação de sacarose em leite condensado e em doce de
leite, em leites fermentados, em bebidas lácteas, etc. Isso representa grande
facilidade operacional para laboratórios industriais (01 resultado analítico para
sacarose em aproximadamente 100 segundos, em leite fluido. Excelente para
a pesquisa de fraude do leite por adição de sacarose, como reconstituinte da
densidade...).
A determinação do teor de uréia em leite poderá vir a constituir mais um item
de pagamento pela sua qualidade. A determinação do teor de lactulose indicará
a intensidade do tratamento térmico a que terá sido submetido o leite fluido;
será de alto valor para a indústria e a fiscalização sanitária. A acidez titulável do
leite em pó, com alguns ajustes, provavelmente deixará de lado a “caixinha de
surpresas” do método IDF ora oficializado pela IN nº 68 / 2006. O mesmo deverá
valer para o teor de lactose de leite e derivados, permitindo-se “aposentar” os
velhos e ardilosos métodos de Lane & Eynon e da Cloramina T.

Obs: Os ANEXOS poderão ser consultados no sítio eletrônico


www.agricultura.gov.br

99
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
100 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
Capítulo 4

NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA


CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE
INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS

Patrocinadores

ABLV
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
102 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS
PORTARIA Nº 4 DE 03 DE JANEIRO DE 1978

NORMAS HIGIÊNICO-SANITÁRIAS E TECNOLÓGICAS PARA LEITE E


PRODUTOS LÁCTEOS

PORTARIA Nº 4 DE 03 DE JANEIRO DE 1978

COMENTÁRIO: essa legislação, emitida em 1978, foi a última de uma série de


documentos similares da área de inspeção sanitária federal de leite e derivados,
publicados ao longo de décadas desde os primórdios da instituição do SIF/ Área de
Leite. Com o advento da Portaria MA nº 368 / 97 (Boas Práticas de Fabricação)
perdeu bastante espaço, mas continua sendo um documento extremamente
útil tanto para a fiscalização do SIF quanto para o setor industrial, projetistas,
sanitaristas e para a comunidade acadêmica.

APROVA OS CRITÉRIOS DE INSPEÇÃO DO LEITE E PRODUTOS LÁCTEOS

PORTARIA 5 DE 07 DE MARÇO DE 1983

O Secretário de inspeção de produto animal, no uso das atribuições conferidas


pela Portaria/SNAD nº 8 de 01 de fevereiro de 1980,e do item 1 do Artigo 53 de
Regimento interno da Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária, aprovado pela
Portaria Ministerial nº 241 de 10 de março de 1978, e tendo em vista o que dispõe
o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal,
aprovado pelo Decreto 30.691 de 29 de março de 1952:
Considerando a importância do controle da qualidade sobre leites”in natura”, pré-
beneficiado, beneficiado e seus derivados;
Considerando a necessidade de ser preservada a saúde do consumidor, bem como
combatida a. fraude, as adulterações e falsificações do leite e seus derivados,

RESOLVE:

Aprovar, sem prejuízo de outras exigências já em vigor, os CRITÉRIOS DE INSPEÇÃO


DO LEITE E PRODUTOS LÁCTEOS, a serem adotados nos estabelecimentos de
laticínios registrados no SERVIÇO DE INSPEÇÃO FEDERAL/SIPA – MA.
ENIO A. M. PEREIRA

103
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

CRITÉRIOS DE INSPEÇÃO DE LEITE E PRODUTOS LÁCTEOS

PRODUTO DESTINO
Aproveitamento condicional Condenação
1. Leite “in natura”
Leite em pó industrial
Doce de leite

1.1. Impurezas Requeijão


Desnate (creme para manteiga
comum e o leite para qualquer
dos produtos acima).
1.2. Corpos estranhos ou causas
de repugnância (insetos, roedores,
outros animais, fezes, urina, Sabão
objetos, produtos químicos e outros Caseína industrial
que venham a alterar os caracteres
organolépticos).

Leite em pó industrial
1.3. Acidez fora do padrão Desnate (creme para manteiga
comum, e o leite desnatado,
(Acima de 20ºd)
para leite em pó industrial,
caseína industrial).

Sabão
1.4. Aguagem Caseína industrial
Alimentação animal
Leite em pó industrial
Desnate (creme para manteiga
1.5. Leite fisiológicamente anormal comum, e o leite desnatado,
para leite em pó industrial,
caseína industrial).
Sabão
1.6. Leite colostral Caseína industrial
Alimentação animal
Sabão
1.7. Leite coagulado
Alimentação animal
Sabão
1.8. Conservador e/ou inibidor
Caseína industrial
Sabão
1.9. Neutralizante da acidez
Caseína industrial
Sabão
1.10. Reconstituinte da densidade Caseína industrial
Alimentação animal

1.11. Leite viscoso com sangue Sabão


ou pus Caseína industrial

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
104 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS
PORTARIA 5 DE 07 DE MARÇO DE 1983

PRODUTO DESTINO
Aproveitamento condicional Condenação
Leite em pó industrial
Desnate (creme para manteiga
1.12. Leite fervido cozido comum, e o leite desnatado,
para leite em pó industrial,
caseína industrial).
Leite em pó industrial

1.13. Leite parcialmente desnatado Desnate (creme para manteiga


(na propriedade rural) comum, e o leite desnatado,
para leite em pó industrial,
caseína industrial).
2. Leite “pré beneficiado” Aproveitameto condicional Condenação

Leite em pó industrial
2.1. Acidez fora do padrão Desnate (creme para manteiga
comum, e o leite desnatado,
(Acima de 20º d)
para leite em pó industrial,
caseína industrial).

Leite em pó industrial, caseína


2.2. Aguagem industrial ou desnate (creme
(Quando ficar comprovado não ter para manteiga comum, e o leite
havido dolo ou má fé) desnatado, para leite em pó
industrial, caseína industrial).

Sabão
2.3. Leite coagulado
Alimentaçao animal

Sabão
2.4.Conservador e/ou inibidor
Alimentaçao animal
Sabão
2.5. Neutralizante da acidez Caseína industrial
Alimentaçao animal
Sabão
2.6. Reconstituinte da densidade Caseína industrial
Alimentaçao animal
2.7. "Pasteurizado" Qualque produto lacteo com
(Remetido como leite exceção do leite de consumo
"Pré-beneficiado"). humano direto

3. Leite beneficiado Aproveitamento condicional Condenação


Leite em pó industrial
3.1. Acidez fora do padrão Desnate (creme para manteiga
comum, e o leite desnatado,
(Acima de 20º d)
para leite em pó industrial,
caseína industrial).

105
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

PRODUTO DESTINO
Aproveitamento condicional Condenação
Leite em pó industrial
3.2. Aguagem Desnate (creme para manteiga
(Quando ficar comprovado não ter comum, e o leite desnatado,
havido dolo ou má fé) para leite em pó industrial,
caseína industrial).
Sabão
3.3. Leite coagulado
Alimentação animal
Sabão
3.4. Conservador e/ou inibidor
Caseína industrial
Sabão
3.5. Neutralizante da acidez
Caseína industrial
Sabão
3.6. Reconstituinte da densidade Caseína industrial
Alimentação animal
Leite em pó industrial
Desnate (creme para manteiga
3.7. Leite “retorno” comum, e o leite desnatado,
para leite em pó industrial,
caseína industrial).
Qualque produto lácteo com
3.8. Embalagens danificadas
exceção do leite de consumo
durante o ensacamento
humano direto
3.9. Problemas de rotulagem (leite
reconstituído embalado como leite Qualque produto lácteo com
tipo “c”; ou este embalado como exceção do leite de consumo
tipo “b” e do tipo “b” embalado humano direto
como tipo “a”)

O destino a ser dado ao LEITE, estará na dependência direta das instalações,


equipamentos industriais e do resultado das análises regulamentares.
Quanto à destinação para ALIMENTAÇAO ANIMAL E FABRICO DE SABÃO, há de
se observar a necessidade de existirem recipientes próprios para a sua guarda e
transporte, alem de produto indicado para sua desnaturação.
O LEITE só poderá ser destinado a ALIMENTAÇAO ANIMAL. desde que atendidas
exigências da LEGISLAÇAO que rege a matéria.
Em se tratando de CONDENAÇAO, a CASEÍNA INDUSTRIAL produzida, não poderá
se destinar A INDÚSTRIA DE ALIMENTOS PARA CONSUMO HUMANO e/ou para a
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA.
Quando o estabelecimento não apresentar meios capazes de atender às especificações
exigidas pelo SERVIÇO DE INSPEÇÃO FEDERAL, ou deixar de apresentar a solução
adequada ao caso, o LEITE será sumariamente INUTILIZADO.
A critério da INSPEÇAO FEDERAL, o LEITE destinado ao APROVEITAMENTO
CONDICIONAL ou CONDENAÇAO, poderá ser transferido para outra indústria
registrada no SIF e sob regime de INSPEÇÃO PERMANENTE, desde que o

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
106 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS
PORTARIA 5 DE 07 DE MARÇO DE 1983

transporte seja realizado em veículo e em recipientes próprios, devidamente lacrados,


acompanhado do respectivo CERTIFICADO SANITÁRIO, obedecidas a LEGISLAÇAO
e NORMAS vigentes.
Em se tratando de LEITE “IN NATURA” e/ou “PRÉ- BENEFICIADO”, destinado à
PASTEURIZAÇAO, ESTERILIZAÇÃO E FABRICAÇÃO DE LEITE EM PÓ PARA
CONSUMO HUMANO DIRETO, deverá ser observado o limite máximo de acidez, de
18º D.
Finalmente, o LEITE “PRÉ-BENEFICIADO” que apresentar temperatura acima de 10ºC,
poderá ser “LIBERADO”, desde que atendidos os demais PADRÕES regulamentares.
Isto não ocorrendo, o destino dar-se-á em função da causa identificada, observados
os critérios estabelecidos na presente PORTARIA.

DESTINO
PRODUTO APROVEITAMENTO
CONDENAÇÃO
CONDICIONAL

4. Creme de indústria

Manteiga comum, após a


operação de filtração mecânica
4.1. Impurezas
(centrífuga, tolerando-se a
filtração sob pressão).
4.2. Corpos estranhos ou causas
de repugnância (insetos, roedores,
outros animais, fezes, urina,
Sabão
objetos, produtos químicos e outros
que venham a alterar os caracteres
organolépticos).

Fabricação de manteiga
4.3. Acidez acima do padrão (desclassificação para o tipo
inferior)

4.4. Conservador ou inibidor Sabão


Sabão (somente quando a fraude
for oriunda do produtor do creme,
tendo em vista ser permitido o uso
4.5. Neutralizante da acidez de neutralizante de acidez pela
indústria manteigueira quando da
utilização de creme na elaboração
da manteiga comum).
4.6. Putrefação Sabão
4.7. Ranço Sabão

5. Creme pasteurizado Aproveitamento condicional Condenação

5.1. Corpos estranhos ou causas


de repugnância (insetos, roedores,
outros animais, fezes, urina,
Sabão
objetos, produtos químicos e outros
que venham a alterar os caracteres
organolépticos).

107
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

DESTINO
PRODUTO APROVEITAMENTO
CONDENAÇÃO
CONDICIONAL
Sabâo (quando a embalagem
Manteiga comum (quando a
estiver íntegra e/ou na análise
embalagem estiver íntegra e
5.3. Creme de “retorno” o produto apresentar-se sem
após análises o creme for julgado
condições de aproveitamento
em boas condições).
condicional).
5.4. Putrefação Sabâo
5.5 Rança Sabâo
5.6. Microorganismos patogênicos Sabâo
6. Creme esterelizado Aproveitamento condicional Condenação
Sabão (quando a embalagem não
Manteiga comum (quando a
estiver íntegra e/ou na análise
embalagem estiver íntegra e
6.1. Impurezas o produto apresentar-se sem
após as análises o creme for
condições de aproveitamento
julgado em boas condições).
condicional).
6.2. Corpos estranhos ou causas
de repugnância (insetos, roedores,
outros animais, fezes, urina,
Sabão
objetos, produtos químicos e outros
que venham a alterar os caracteres
organolépticos).
Sabão (quando a embalagem não
estiver íntegra e/ou na análise
6.3. Creme de “retorno” o produto apresentar-se sem
condições de aproveitamento
condicional).
6.4. Putrefação Sabão
6.5. Ranço Sabão
6.6. Microorganismos patogênicos Sabão
7. Manteiga Condenação
7.1. Impurezas (quando
Sabão
incorporadas)
7.2. Corpos estranhos ou causas
de repugnância (insetos, roedores,
outros animais, fezes, urina,
Sabão
objetos, produtos químicos e outros
que venham a alterar os caracteres
organolépticos).
7.3. Acidez fora do prazo
7.4. Umidade acima do padrão
7.5. Ranço Sabão
Sabão (quando fracionada ou
7.6. Mofo
npo comércio).
7.7. Caractéres organolépticos
Sabãõ
estranhos
7.8. Conservadores ou inibidores Sabão

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108 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS
PORTARIA 5 DE 07 DE MARÇO DE 1983

DESTINO
PRODUTO APROVEITAMENTO
CONDENAÇÃO
CONDICIONAL
7.9. Misturada à gorduras
Sabão
estranhas
7.10. Sal acima do padrâo
7.11. Manteiga de “retorno”
7.12. Coli e outros
microorganismos

A critério da INSPEÇÃO FEDERAL, os cremes de INDÚSTRIA, PASTEURIZADO,


ESTERELIZADO e MANTEIGA destinados ao APROVEITAMENTO CONDICIONAL,
poderão ser transferidos para outra indústria registrada no SIF e sob regime de
INSPEÇÃO PERMANENTE desde que o transporte seja realizado em veiculo
e em recipiente próprios. devidamente lacrados. acompanhados do respectivo
CERTIFICADO SANITÁRIO, obedecidas a Legislação e normas vigentes.

DESTINO
PRODUTO APROVEITAMENTO
CONDENAÇÃO
CONDICIONAL
8. Queijos Aproveitamento condicional Condenação
8.1. Impurezas (sujidades)
8.1.1. Superficiais Liberação após limpeza
8.1.2. Incorporadas na massa Queijo fundido
8.1.3. Disseminadas na massa Alimentação animal
8.2. Corpos estranhos ou causas
Alimentação animal
de repugnancia
8.3. Mofo (fungos)
8.3.1 Superficial Liberação após limpeza
8.3.2. Interno Queijo fundido
8.4. Defeito de crosta Fatiagem, ralação, fusão
8.5. Fendido (rachado) Ralação, fusão
8.6. Defeito de forma Ralação, fusão
8.7. Estufamento Alimentação animal
8.8. Caracteres organolépticos
Alimentação animal
anormais
8.9. Aditivos e/ou ingredientes não
Alimentação animal
permitidos
8.10. Parasitos Alimentação animal
8.11. Microorganismos patogênicos Sabão
8.12. Substâncias estranhas Alimentação animal

109
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

DESTINO
PRODUTO APROVEITAMENTO
CONDENAÇÃO
CONDICIONAL
8.13. Composição química fora do
Fusão
padrão
8.14. Maturação inadequada Fusão
8.15. Prazo de comercialização
Fusão
ultrapassado (validade).
8.15.1. Dentro do padrão Liberação após reinspeção
8.15.2. Fora do padrão Fusão
9. Leite esterilizado (os mesmos
critérios adotados para leite Aproveitamento condicional Condenação
beneficiado acrescido de :)
Alimentação animal
Estufamento das embalagens
Caseína industrial

10. Leite em pó (consumo humano) Aproveitamento condicional Condenação

10.1. Impurezas Alimentação animal


Para qualquer produto, exceto
10.2. Umidade acima dos padrões
consumo humano direto
10.3. Conservadores Alimentaçao animal
10.4. Gordura abaixo do padrão Desclassificação
10.5. Estufamento da embalagem Alimentação animal

10.6. Prazo de validade vencido Reidratação


(dentro dos padrões) Leite em pó industrial

10.7. Embalagem defeituosa Qualquer produto (exceto re- Alimentação animal (quando
(dentro dos padrões) embalagem) fora dos padrões)

10.8. Com substâncias não


Alimentação aninal
aprovadas
10.9. Microorganismos patogênicos Incineração
10.10. Parasitos Alimentação animal
10.11. Propriedades organolépticas
Alimentação animal
anormais
10.12. Acidez acima dos padrões Leite em pó industrial
10.13. Resultante de “varredura” Alimentação animal
10.14. Índice de solubilidade baixo Leite em pó industrial
10.15. Ranço Alimentação animal
10.16. Carga bacteriana acima dos Reidratação para fabricação de
padrões leite em pó industrial
11. Leites fermentados Aproveitamento condicional Condenação
11.1. Impurezas Alimentação animal

11.2. Flora contaminada Alimentação animal

G-100
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NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS
PORTARIA 5 DE 07 DE MARÇO DE 1983

DESTINO
PRODUTO APROVEITAMENTO
CONDENAÇÃO
CONDICIONAL
11.3. Inviabilidade da flora
Alimentação animal
específica
11.4. Acidez fora do padrão Alimentação animal
11.5. Substâncias estranhas à
Alimentação animal
composição do produto
11.6. Estufamento das embalagens Alimentação animal
11.7. Produto de “retorno” Alimentação animal
11.8. Conservadores e ingredientes
Alimentação animal
não permitidos
11.9. Defeitos de embalagem Alimentação animal
11.10.Putrefação Incineração
11.11. Caractéres organolépticos Alimentação animal
12. Sobremesas lácteas: leite
gelificado e outras (os mesmos
critérios estabelecidos para
leites fermentados excetuando
a presença de flora específica, e
acidez fora do padrão)
13. Leites parcialmente
desidratados (condensado – Aproveitamento condicional Condenação
evaporado -doce de leite)
13.1. Impurezas Alimentação animal
13.2. Propriedades organolépticas
Alimentação animal
anormais
13.3. Ranço Alimentação animal
13.4. Estufamento de embalagem Alimentação animal
Aproveitamento em produts de
13.5. Arenosidade
confeitaria e fabricação de balas
13.6. Corpos estranhos Alimentação animal
13.7. Embalagens defeituosas
expondo à contaminação e Alimentação animal
deterioração
13.8. Aditivos e ingredientes não
Alimentação animal
aprovaods
13.9. Adidez fora do padrão Alimentação animal
13.10. Môfo Alimentação animal
14. Leites aromatizados (os
mesmos critérios estabelecidos
para leite beneficiado, exceto para
acidez, observando os ingredientes
adicionados)
15. Leites modificados (os mesmos
critérios adotados para leite em pó)

111
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

DESTINO
PRODUTO APROVEITAMENTO
CONDENAÇÃO
CONDICIONAL
16. Farinhas (os mesmos
critérios adotados para leite em
pó, observando os ingredientes
adicionados)

O destino a ser dado aos produtos correspondentes aos ITENS 4 a 16, estarão também
na dependência direta das instalações, equipamentos industriais e do resultado das
análises regulamentares.
Quanto a destinação para ALIMENTAÇÃO ANIMAL e FABRICO DE SABÃO, há
de se observar a necessidade de existirem recipientes próprios para a sua guarda
e transporte, além de produto indicado para a sua desnaturação. Os produtos só
poderão ser destinados a ALIMENTAÇÃO ANIMAL, desde que atendidas exigências
da LEGISLAÇÃO que rege a matéria.
Quando o estabelecimento sob SIF não apresentar meios capazes de atender ás
especificações exigidas pelo SERVIÇO DE INSPEÇAO FEDERAL, ou deixar
de apresentar a solução adequada ao caso, o PRODUTO será sumariamente
INUTILIZADO.
A critério da INSPEÇAO FEDERAL, o PRODUTO destinado ao APROVEITAMENTO
CONDICIONAL ou CONDENAÇAO. poderá ser transferido para outra indústria
registrada no SIF e sob regime de INSPEÇAO PERMANETE, desde que o transporte
seja realizado em veículo e recipientes próprios, devidamente lacrados, acompanhados
do respectivo CERTIFICADO SANITARIO, obedecidas a LEGISLAÇAO e NORMAS
vigentes.

APROVA O REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE AS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-


SANITÁRIAS E DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA ESTABELECIMENTOS
ELABORADORES / INDUSTRIALIZADORES DE ALIMENTOS

PORTARIA Nº 368, DE 4 DE SETEMBRO 1997


(Internalizou a GMC, n° 80/96) .

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da


atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e nos
termos do disposto no Regulamento da inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de
Origem Animal, aprovado pelo Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952, e,
- Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 80/96, que aprovou o Regulamento
Técnico sobre as condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação
para Estabelecimentos Elaboradores / Industrializadores de Alimentos;
- Considerando a necessidade de padronizar os processos de elaboração dos produtos
de origem animal, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico sobre as condições Higiênico-Sanitárias e de

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
112 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS
PORTARIA Nº 368, DE 4 DE SETEMBRO 1997

Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores


de Alimentos;
Art. 2º O Regulamento Técnico sobre as condições Higiênico-Sanitárias e de Boas
Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/ Industrializadores
de Alimentos; aprovado por esta Portaria, estará disponível na Coordenação de
Informação Documental Agrícola, da Secretaria do Desenvolvimento Rural do
Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.

REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE AS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS


E DE BOAS PRÁTICAS DE ELABORAÇÃO PARA ESTABELECIMENTOS
ELABORADORES/ INDUSTRIALIZADORES DE ALIMENTOS.

1. OBJETIVO E ÂMBITO DE APLICAÇÃO

1.1. OBJETIVO: O presente Regulamento estabelece os requisitos gerais (essenciais)


de higiene e de boas práticas de elaboração para alimentos elaborados/industrializados
para o consumo humano.
1.2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO: O presente Regulamento se aplica, onde couber,
a toda pessoa física ou jurídica que possua pelo menos um estabelecimento no
qual se realizem algumas das seguintes atividades: elaboração/industrialização,
fracionamento, armazenamento e transporte de alimentos destinados ao comércio
nacional e internacional.
O atendimento a esses requisitos gerais não excetua cumprimento de outros
regulamentos específicos relacionados aquelas atividades que venham ser
determinadas, segundo os critérios estabelecidos no País.

2. DEFINIÇÕES:
Para os efeitos deste Regulamento, se define:
2.1. Estabelecimento de Alimentos Elaborados / Industrializados:é o espaço delimitado
que compreende o local e a área que o circunda, onde se efetiva um conjunto de
operações e processos que tem como finalidade a obtenção de um alimento elaborado,
assim como o armazenamento e transporte de alimentos e/ou matéria prima.
2.2. Manipulação de Alimentos: são as operações que se efetuam sobre a matéria prima
até o produto terminado, em qualquer etapa do seu processamento, armazenamento
e transporte.
2.3. Elaboração de Alimentos: é o conjunto de todas as operações e processos
praticados para a obtenção de um alimento terminado.
2.4. Fracionamento de Alimentos: são as operações pelas quais se fraciona um
alimento sem modificar sua composição original.
2.5. Armazenamento: é o conjunto de tarefas e requisitos para a correta conservação

113
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

de insumos e produtos terminados.


2.6. Boas Práticas de Elaboração: são os procedimentos necessários para a obtenção
de alimentos inócuos e saudáveis e sãos.
2.7. Organismo Competente: é o organismo oficial ou oficialmente reconhecido ao
qual o Governo outorga faculdades legais para exercer suas funções.
2.8. Adequado: entende-se como suficiente para alcançar o fim que se almeja.
2.9. Limpeza: é a eliminação de terra, restos de alimentos, pó ou outras matérias
indesejáveis.
2.10. Contaminação: entende-se como a presença de substâncias ou agentes
estranhos de origem biológica, química ou física, que se considere como nociva ou
não para a saúde humana.
2.11. Desinfecção: é a redução, por intermédio de agentes químicos ou métodos
físicos adequados, do número de microorganismos no prédio, instalações, maquinaria
e utensílios, a um nível que impeça a contaminação do alimento que se elabora.

3. DOS PRINCIPIOS GERAIS HIGIÊNICOS-SANITÁRIOS DAS MATÉRIAS PRIMAS


PARA ALIMENTOS ELABORADOS/INDUSTRIALIZADOS.
OBJETIVO: estabelecer os princípios gerais para a recepção de matérias primas
destinadas à produção de alimentos elaborados/industrializados, que assegurem
qualidade suficiente para não oferecer riscos à saúde humana.
3.1. ÁREA DE PROCEDÊNCIA DAS MATÉRIAS PRIMAS.
3.1.1. Áreas inadequadas de produção, criação, extração, cultivo e colheita: não
devem ser produzidos, cultivados, nem colhidos ou extraídos alimentos ou crias de
animais destinados à alimentação humana em áreas onde a presença de substâncias
potencialmente nocivas possam provocar a contaminação desses alimentos ou seus
derivados em níveis que representem risco para a saúde.
3.1.2. Proteção contra a contaminação com resíduos/sujidades: as matérias primas
alimentícias devem ser protegidas contra a contaminação por sujidades ou resíduos
de origem animal, de origem doméstica, industrial e agrícola, cuja presença possa
alcançar níveis que representem risco para a saúde.
3.1.3. Proteção contra a contaminação pela água: não se devem cultivar, produzir,
nem extrair alimentos ou crias de animais destinados à alimentação humana, em
áreas onde a água utilizada nos diversos processos produtivos possa constituir, por
intermédio dos alimentos risco para a saúde do consumidor.
3.1.4. Controle de pragas e enfermidades: as medidas de controle, que compreendem
o tratamento com agentes químicos, biológicos ou físicos, devem ser aplicados
somente sob a supervisão direta do pessoal que conheça os perigos potenciais que
representam para a saúde.
Tais medidas só devem ser aplicadas de conformidade com as recomendações do
organismo oficial competente.
3.2. Colheita, produção, extração e rotina de trabalho.
3.2.1. Os métodos e procedimentos para colheita, produção, extração e rotina de
trabalho devem ser higiênicos, sem constituir perigo para a saúde, nem provocar a

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contaminação dos produtos.


3.2.2. Equipamentos e recipientes: os equipamentos e recipientes utilizados nos
diversos processos produtivos não deverão constituir risco para a saúde.
Os recipientes que são reutilizados devem ser feitos de material que permita a limpeza
a desinfeção completas. Aqueles que foram usados com matérias tóxicas não devem
ser utilizados posteriormente para alimentos ou ingredientes alimentares.
3.2.3. Remoção de matérias primas inadequadas: as matérias primas que são
inadequadas para consumo humano devem ser separadas durante os processos
produtivos, de maneira a evitar-se a contaminação dos alimentos.
Deverão ser eliminadas de modo a não contaminar os alimentos, matérias primas,
água e meio ambiente.
3.2.4. Proteção contra a contaminação das matérias primas e danos à saúde pública:
devem ser tomadas precauções adequadas para evitar a contaminações químicas,
físicas ou microbiológicas ou por outras substâncias indesejáveis. Além disso, medidas
devem ser tomadas com relação à prevenção de possíveis danos.
3.3. Armazenamento no local de produção: as matérias primas devem ser armazenadas
em condições que garantam a proteção contra a contaminação e reduzam ao mínimo
os danos e deteriorações.
3.4. Transporte.
3.4.1. Meios de transporte: os meios para transportar alimentos colhidos,
transformados ou semi-processados dos locais de produção ou armazenamento
devem ser adequados para a finalidade a que se destinam e construídos de materiais
que permitam a limpeza, desinfeção e desinfestação fáceis e completas.
Procedimentos de manipulação: os procedimentos de manipulação devem ser tais
que impeçam a contaminação dos materiais.

4. CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DOS ESTABELECIMENTOS


ELABORADORES/ INDUSTRIALIZADORES DE ALIMENTOS.
OBJETIVO: estabelecer os requisitos gerais (essenciais) e de boas práticas de
elaboração a que deve atender todo estabelecimento que pretenda obter alimentos
aptos para o consumo humano.
Sobre os requisitos gerais de estabelecimentos elaboradores/ industrializadores de
alimentos.
4.1. DAS INSTALAÇÕES
4.1.1. Localização: os estabelecimentos deverão estar situados, preferivelmente, em
zonas isentas de odores indesejáveis, fumaça, poeira e outros contaminantes, e que
não estejam expostas a inundações.
4.1.2. Vias de transito interno: as vias e áreas utilizadas pelo estabelecimento, que se
encontram dentro do seu limite perimetral, deverão ter uma superfície compacta e/ou
pavimentada, apta para o tráfego de veículos. Devem possuir escoamento adequado,
assim como meios que permitam a sua limpeza.
4.1.3. Aprovação de projetos de prédios e instalações:
4.1.3.1. Os prédios e instalações deverão ser de construção sólida e sanitariamente

115
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

adequada. Todos os materiais usados na construção e na manutenção deverão ser de


natureza tal que não transmitam nenhuma substância indesejável ao alimento.
4.1.3.2. Para a aprovação dos projetos se deverá ter em conta a disponibilidade de
espaços suficientes à realização, de modo satisfatório, de todas as operações.
4.1.3.3. O fluxograma deverá permitir uma limpeza fácil e adequada, e facilitar a
devida inspeção da higiene do alimento.
4.1.3.4 Os prédios e instalações deverão ser de tal maneira que impeçam a entrada
ou abrigo de insetos, roedores e/ou pragas e de contaminantes ambientais, tais como
fumaça, poeira, vapor e outros.
4.1.3.5. Os prédios e instalações deverão ser de tal maneira que permitam separar,
por dependência, divisória e outros meios eficazes, as operações susceptíveis de
causar contaminação cruzada.
4.1.3.6. Os prédios e instalações deverão garantir que as operações possam realizar-
se nas condições ideais de higiene, desde a chegada da matéria prima até a obtenção
do produto final assegurando, ainda, condições apropriadas para o processo de
elaboração e para o produto final.
4.1.3.7. Nas áreas de manipulação de alimentos.
Os pisos deverão ser de materiais resistentes ao impacto, impermeáveis, laváveis e
antiderrapantes não podendo apresentar rachaduras, e devem facilitar a limpeza e
a desinfecção. Os líquidos deverão escorrer para os ralos (sifonados ou similares),
impedindo a acumulação nos pisos.
As paredes deverão ser construídas e revestidas com materiais não absorventes e
laváveis e apresentar cor clara. Até uma altura apropriada para as operações deverão
ser lisas, sem fendas, e fáceis de limpar e desinfetar. Os ângulos entre as paredes,
entre as paredes e os pisos, e entre as paredes e os tetos ou forros, deverão ser de
fácil limpeza. Nos projetos deve-se indicar a altura da faixa que será impermeável.
Os tetos ou forros deverão estar construídos e/ou acabados de modo que se impeça
a acumulação de sujidade e se reduza ao mínimo a condensação e a formação de
mofo. Devem, ainda, ser fáceis de limpar.
As janelas e outras aberturas deverão ser construídas de forma a evitar o acumulo
de sujidades; aquelas que se comuniquem com o exterior deverão estar providas
de proteção contra insetos. As proteções deverão ser de fácil limpeza e boa
conservação.
As portas deverão ser de material não absorvente e de fácil limpeza.
As escadas, montacargas e estruturas auxiliares, como plataformas, escadas de
mão e rampas deverão estar localizadas e construídas de forma a não causarem
contaminação.
4.1.3.8. Nas áreas de manipulação dos alimentos todas as estruturas e acessórios
elevados deverão estar instalados de maneira que se evite a contaminação direta ou
indireta dos alimentos, da matéria prima e do material de embalagem por intermédio
da condensação e bem como as dificuldades nas operações de limpeza.
4.1.3.9. Os alojamentos, lavabos, vestuários, sanitários e banheiros do pessoal
auxiliar do estabelecimento deverão estar completamente separados das áreas de

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manipulação de alimentos, sem acesso direto e nenhuma comunicação com estas.


4.1.3.10. Os insumos, matérias primas e produtos finais deverão ser depositados
sobre estrados de madeira ou similares, separados das paredes para permitir a
correta higienização da área.
4.1.3.11. Deverá ser evitado o uso de materiais que dificultem a limpeza e a desinfecção
adequadas, por exemplo a madeira, a menos que a tecnologia empregada torne
imprescindível o seu uso, e não constitua uma fonte de contaminação
4.1.3.12. Abastecimento de água
4.1.3.12.1Deverá dispor de um abundante abastecimento de água potável, com
pressão adequada e temperatura conveniente, um apropriado sistema de distribuição
e adequada proteção contra a contaminação.
Em caso de necessidade de armazenamento, dever-se-á dispor de instalações
apropriadas e nas condições indicadas anteriormente. Neste caso é imprescindível
um controle freqüente da potabilidade da referida água.
4.1.3.12.2 O órgão governamental competente poderá admitir variações das
especificações químicas e físico-químicas diferentes das estabelecidas quando a
composição da água for uma característica regional e sempre que não se comprometa
a inocuidade do produto e a saúde pública.
4.1.3.12.3 O vapor e o gelo utilizados em contato direto com os alimentos ou com as
superfícies que entrem em contato com estes não deverão conter qualquer substância
que cause perigo à saúde ou possa contaminar o alimento.
4.1.3.12.4 A água não potável utilizada na produção de vapor, refrigeração, combate
a incêndios e outros propósitos correlatos não relacionados com alimentos deverá ser
transportada por tubulações completamente separadas de preferencia identificadas
por cores, sem que haja nenhuma conexão transversal nem sifonada, refluxos ou
qualquer outro recurso técnico que as comuniquem com as tubulações que conduzem
a água potável.
4.1.3.13. Evacuação de efluentes e águas residuais: os estabelecimentos deverão
dispor de um sistema eficaz de e evacuação de efluentes e águas residuais, o qual
deverá ser mantido, a todo momento em bom estado de funcionamento. Todos os
condutos de evacuação (incluído o encanamento de despejo das águas) deverão ser
suficientemente grandes para suportar cargas máximas e deverão ser construídos de
maneira que se evite a contaminação do abastecimento de água potável.
4.1.3.14. Vestiários, sanitários e banheiros: todos os estabelecimentos deverão
dispor de vestuários, sanitários e banheiros adequados, convenientemente situados,
garantindo a eliminação higiênica das águas residuais. Estes locais deverão estar
bem iluminados ventiladas e não poderão ter comunicação direta com as áreas onde
os alimentos são manipulados. Junto aos sanitários e localizadas de tal maneira que
o pessoal tenha que passar junto a elas quando retornar em área de manipulação,
devem existir pias com água fria ou fria e quente, providas de elementos adequados à
lavagem das mãos e meios higiênicos conveniente para secá-las. Não se permitirá o
uso de toalhas de pano. No caso do uso de toalhas de papel deverá haver, em número
suficiente, porta-toalhas e recipientes coletores.
Deverão ser colocados avisos nos quais se indique que o pessoal deve lavar as mãos

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2ª EDIÇÃO

depois de usar as mencionadas dependências.


4.1.3.15. Instalações para a lavagem das mãos em dependências de fabricação:
deverão ser previstas instalações adequadas e convenientemente localizadas para a
lavagem e secagem das mãos sempre que assim o exija a natureza das operações.
Nos casos em que se manipulem substâncias contaminantes, ou quando o tipo
de tarefa requeira uma desinfecção adicional à lavagem, deverão existir também
instalações para a desinfecção das mãos. Deverá dispor-se de água fria ou fria e
quente, assim como de elementos adequados para a limpeza das mãos. Deverá
haver um meio higiênico apropriado para secagem das mãos. Não será permitido
o uso de toalhas de tecido. No caso do uso de toalhas de papel, deverá haver, em
número suficiente, porta-toalhas e recipientes coletores. As instalações deverão estar
providas de tubulações devidamente sifonadas que levem as águas residuais aos
condutos de escoamento.
4.1.3.16. Instalações de limpeza e desinfecção: quando for o caso, deverão existir
instalações adequadas para a limpeza e desinfecção dos utensílios e equipamentos
de trabalho. Estas instalações deverão ser construídas com matérias resistentes a
corrosão, que possam ser limpos com facilidade e deverão, ainda, estar providas de
meios adequados para o fornecimento de água fria ou fria e quente em quantidade
suficiente.
4.1.3.17. Iluminação e instalações elétricas: as dependências industriais deverão
dispor de iluminação natural e/ou artificial que possibilitem a realização das tarefas
e não comprometem a higiene dos alimentos. As fontes de luz artificial que estejam
suspensas ou aplicadas e que se encontrem sobre a área de manipulação de alimentos,
em qualquer das fases e produção, devem ser de tipo inócuo e estar protegidas contra
rompimentos. A iluminação não deve alterar as cores. As instalações elétricas deverão
ser embutidas ou aparentes e, neste caso, esta perfeitamente recobertas por canos
isolantes e apoiadas nas paredes e tetos, não se permitindo cabos pendurados sobre
as áreas de manipulação de alimentos. O órgão competente poderá autorizar outra
forma e a modificação das instalações aqui descritas, quando assim se justifique.
4.1.3.18. Ventilação: torna-se necessário que exista uma ventilação suficiente para
evitar o calor excessivo, a condensação de vapor, a acumulação de pó, para eliminar
o ar contaminado. A corrente de ar nunca deve fluir de uma zona suja para uma
zona limpa. As aberturas que permitem a ventilação (janelas, portas etc) deverão ser
dotadas de dispositivos que protejam contra a entrada de agentes contaminantes.
4.1.3.19. Armazenamento de resíduo e materiais não comestíveis: deverão existir
meios para o armazenamento dos resíduos e materiais não comestíveis, antes da
sua eliminação pelo estabelecimento, de forma que se impeça a presença de pragas
nos resíduos de matérias não comestíveis e se evite a contaminação das matérias
primas, do alimento, da água potável, do equipamento, dos prédios e vias internas
de acesso.
4.1.3.20. Devolução de Produtos: no caso de devolução de produtos, estes deverão
ser colocados em setores separados e destinados à finalidade, até que se estabeleça
seu destino.
4.1.4. Equipamentos e Utensílios.
4.1.4.1. Materiais:Todos os equipamentos e utensílios nas áreas de manipulação de

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alimentos, que possam entrar em contato com estes, devem ser de materiais que
não transmitam substâncias tóxicas, odores nem sabores, e sejam não absorventes
e resistentes à corrosão e capazes de resistir a repetidas operações de limpeza e
desinfecção. As superfícies deverão ser lisas e estar isentas de imperfeições (fendas,
amassaduras etc) que possam comprometer a higiene dos alimentos ou sejam fontes
de contaminação. Deve ser evitado o uso de madeira e outros materiais que não se
possa limpar e desinfetar adequadamente, a menos que não tenha certeza de seu
emprego não será uma fonte de contaminação. Deverá ser evitado o uso de diferentes
materiais com a finalidade de eviatar corrosão por contato.
4.1.4.2. Desenho Construção
4.1.4.2.1. Todos os equipamentos e utensílios deverão estar desenhados e
construídos de modo que assegurem a higiene e permita uma fácil e completa limpeza
e desinfecção e, quando possível, deverão ser visíveis, para facilitar a inspeção. Os
equipamentos fixos deverão ser instalados de modo que permitam fácil acesso e
uma limpeza profunda, além do que deverão ser usados, exclusivamente, para as
finalidades sugeridas pelo formato que apresentam.
4.1.4.2.2. Os recipientes para matérias não comestíveis e resíduos deverão estar
construídos de metal ou qualquer outro material não absorvente e resistente, que
facilite a limpeza e eliminação do conteúdo, e suas estruturas e vedações terão de
garantir que não ocorram perdas nem emanações. Os equipamentos e utensílios
empregados para matérias não comestíveis ou resíduos deverão ser marcados com a
indicação do seu uso e não poderão ser usados para produtos comestíveis.
Todos os locais refrigerados deverão estar providos de um termômetro de máxima e
mínima ou de dispositivos de registro da temperatura, para assegurar a uniformidade
da temperatura na conservação das matérias primas dos produtos e durante os
processos industriais.
Sobre as Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Elaboradores /
Industrializadores

5. ESTABELECIMENTO: REQUISITOS DE HIGIENE (SANEAMENTO DOS


ESTABELECIMENTOS)
5.1. Conservação: os prédios, equipamentos e utensílios, assim como todas as demais
instalações do estabelecimento, incluídos os condutos de escoamento das águas
deverão ser mantidos em bom estado de conservação e funcionamento. Na medida
do possível, as salas deverão estar isentas de vapor, poeira, fumaça e acúmulos de
água.
5.2. Limpeza e Desinfecção
5.2.1. Todos os produtos de limpeza e desinfecção deverão ter seu uso aprovado
previamente pelo controle da empresa, identificados e guardados em local adequado,
fora das áreas de manipulação de alimentos. Ademais, deverão ter uso autorizado
pelos órgãos competentes.
5.2.2. Para impedir a contaminação dos alimentos, toda área de manipulação
de alimentos, os equipamentos e utensílios, deverão ser limpos com a frequência
necessária e desinfetados sempre que as circunstancias assim o exijam.

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PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Deve-se dispor de recipientes adequados, em numero e capacidade, necessários


para depósitos de dejetos e/ou materiais não comestíveis.
5.2.3. Devem ser tomadas precauções adequadas, para impedir a contaminação dos
alimentos, quando as dependências os equipamentos e utensílios forem limpos ou
desinfetados com água e detergentes, ou com desinfetantes ou soluções destes.
Os detergentes e desinfetantes devem ser convenientes para o fim pretendido, devendo
ser aprovados pelo organismo oficial competente. os resíduos destes agentes que
permaneçam em superfícies susceptíveis de entrar em contato com alimentos, devem
ser eliminados mediante lavagem minuciosa, com água potável, antes que as áreas e
os equipamentos voltem a ser utilizados para a manipulação de alimentos.
Deverão ser tomadas precauções adequadas, em termos de limpeza e desinfecção,
quando se realizarem operações de manutenção geral e/ou específica em qualquer
local do estabelecimento, equipamentos, utensílios ou qualquer elemento que possa
contaminar o alimento.
5.2.4. Imediatamente após o término da jornada de trabalho, ou quantas vezes seja
necessário, deverão ser rigorosamente limpos o chão, incluídos os condutos de
escoamento de água, as estruturas de apoio e as paredes das áreas de manipulação
de alimentos.
5.2.5. Os vestiários, sanitários e banheiros deverão estar permanentemente limpos.
5.2.6. As vias de acesso e os pátios que fazem parte da área industrial deverão estar
permanentemente limpos.
5.3. Programa de higiene e desinfecção: Cada estabelecimento deverá assegurar
sua limpeza e desinfecção. Não deverão ser utilizados nos procedimentos de higiene
substâncias odorizantes e/ou desodorizantes, em qualquer de suas formas, nas áreas
de manipulação dos alimentos, com objetivo de evitar a contaminação pelos mesmos
e dissimulação dos odores.
O pessoal deve ter pleno conhecimento da importância da contaminação e dos riscos
que causam, devendo estar bem capacitado em técnicas de limpeza.
5.4. Subprodutos: os subprodutos deverão ser armazenados de maneira adequada e
aqueles subprodutos resultantes da elaboração que sejam veículos de contaminação
deverão ser retirados das áreas de trabalho quantas vezes seja necessário.
5.5. Manipulação, Armazenamento e Eliminação de Resíduos: o material de resíduo
deverá ser manipulado de forma que se evite a contaminação dos alimentos e/ou da
água potável.
Deve-se ter especial cuidado em impedir o acesso das pragas e resíduos. Os resíduos
deverão ser retirados das áreas de manipulação de alimentos e de outras áreas de
trabalho, todas as vezes que seja necessário e, pelo menos uma vez por dia.
Imediatamente depois da retirada dos resíduos dos recipientes utilizados para o
armazenamento, todos os equipamentos que tenham com eles entrado em contato
deverão ser limpos e desinfetados.
A área de armazenamento de resíduos deverá, ainda assim, ser limpa e
desinfectada.
5.6. Proibição de animais domésticos: deverá ser impedida a entrada de animais em

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todos os locais onde se encontrem matérias-primas, material de envase, alimentos


terminados ou em qualquer das etapas de industrialização.
5.7. Sistema de combate às pragas
5.7.1.Deverá ser aplicado um programa eficaz e contínuo de combate às pragas. Os
estabelecimentos e as áreas circundantes deverão ser inspecionados periodicamente,
de forma a diminuir ao mínimo os riscos de contaminação.
5.7.2. Em caso de alguma praga invadir os estabelecimentos deverão ser adotados
medidas de erradicação. As medidas de combate, que compreendem o tratamento
com agentes químicos e/ou biológicos autorizados, e físicos, só poderão ser aplicadas
sob supervisão direta de pessoas que conheçam profundamente os riscos que estes
agentes podem trazer para a saúde, especialmente se estes agentes podem trazer
para a saúde, especialmente se estes riscos originarem-se dos resíduos retidos no
produto.
5.7.3. Somente deverão ser empregados praguicidas se não for possível aplicar-se
com eficácia outras medidas de precaução.
Antes de aplicação de praguicidas se deverá ter o cuidado de proteger todos os
alimentos, equipamentos e utensílios contra a contaminação. Após a aplicação dos
praguicidas autorizados deverão ser limpos minuciosamente, o equipamento e os
utensílios contaminados, a fim de que, antes de serem novamente utilizados sejam
eliminados todos os resíduos.
5.8. Armazenamento de Substâncias Perigosas:
5.8.1. Os praguicidas, solventes ou outras substâncias tóxicas que possam representar
risco para a saúde deverão ser etiquetados adequadamente com rótulo no qual se
informe sobre a toxidade e emprego. Estes produtos deverão ser armazenados em
salas separadas ou armários, com chave, especialmente destinado a finalidade, e
só poderão ser distribuídos e manipulados por pessoal autorizado e devidamente
treinado, ou por outras pessoas desde que sob supervisão de pessoal competente.
Deverá ser evitada a contaminação de alimentos.
5.8.2. Salvo quando for necessário para a higiene ou a elaboração, não se deverá
utilizar ou armazenar na área de manipulação de alimentos, nenhuma substância que
possa contaminá-lo.
5.9. Roupa e Objetos Pessoais: não deverão ser depositados roupas nem objetos
pessoais nas áreas de manipulação de alimentos.

6. HIGIENE PESSOAL E REQUISITOS SANITÁRIOS

6.1. Ensinamento de higiene: a direção do estabelecimento deverá tomar medidas


para que todas as pessoas que manipule alimentos recebam instrução adequada e
contínua em matéria de manipulação higiênica dos alimentos e higiene pessoal, a
fim de que saibam adotar as precauções necessárias para evitar a contaminação
dos alimentos. Tal instrução deverá contemplar as partes pertinentes do presente
Regulamento.
6.2. Condições de saúde: as pessoas que se saiba ou se suspeite que padecem de

121
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2ª EDIÇÃO

alguma enfermidade ou mal que provavelmente possa transmitir-se por intermédio


dos alimentos ou sejam portadores, não poderão em nenhuma área de manipulação
ou operação de alimentos se existir a possibilidade de contaminação dos mesmos.
Qualquer pessoa que esteja afetada deve comunicar imediatamente a Direção do
estabelecimento que está enferma.
As pessoas que mantêm contato com os alimentos durante seu trabalho devem
submeter-se aos exames médicos por intermédio dos órgãos competentes de saúde
antes do seu ingresso e, depois, periodicamente.
Também deverá ser efetuado exame médico nos trabalhadores em outras ocasiões,
quando existam razões clínicas ou epidemiológicas.
6.3.. Doenças contagiosas: a Direção tomará as medidas necessárias para que não se
permita a nenhuma pessoa que se saiba, ou se suspeite que padece ou é agente de
uma doença susceptível de transmitir-se aos alimentos , ou seja portadora de feridas
infectadas, infecções cutâneas, chagas ou diarréia, trabalhar, sob nenhum pretexto,
em qualquer área de manipulação de alimentos ou onde haja possibilidade de que esta
pessoa possa contaminar direto ou indiretamente os alimentos com microorganismos
patogênicos até que o médico lhe dê alta. Qualquer pessoa que se encontre nestas
condições deve comunicar imediatamente à Direção do estabelecimento seu estado
físico.
6.4. Ferimentos: nenhuma pessoa portadora de ferimentos poderá continuar
manipulando alimentos, ou superfícies em contato com alimentos, até que se determine
sua reincorporação por determinação profissional.
6.5. Lavagem das mãos: toda pessoa que trabalhe em área de manipulação de
alimentos, deverá lavar as mãos de maneira freqüente e cuidadosa, com agentes
de limpeza autorizados e em água fria ou fria e quente potável. As mãos deverão ser
lavadas antes do inicio do trabalho, imediatamente depois de lavar os sanitários, após
manipulação de material contaminado, e sempre que seja necessário. Deverá lavar-se
e desinfetar-se as mãos imediatamente depois de haver manipulado qualquer material
contaminante que possa transmitir enfermidades. Deverão ser colocados avisos que
indiquem a obrigação de lavar-se as mãos.
Deverá ser realizado controle adequado para garantir o cumprimento destes
exigências.
6.6. Higiene Pessoal: toda pessoa que esteja de serviço em uma área de manipulação
de alimentos deverá manter-se em apurada higiene pessoal, em todas as etapas dos
trabalhos. Deverá manter-se uniformizado, protegido, calçado adequadamente e com
os cabelos cobertos. Todos os elementos do uniforme deverão ser laváveis, a menos
que sejam descartáveis, e manter-se limpos, de acordo com a natureza dos trabalhos
desenhados. Durante a manipulação das matérias primas e dos alimentos, devem ser
retirados todo e qualquer objeto de adorno como anéis, pulseiras e similares.
6.7. Conduta Pessoal: nas áreas onde sejam manipulados alimentos deverá ser
proibido todo ato que possa originar uma contaminação dos alimentos, como comer,
fumar, cuspir ou outras práticas anti-higiênicas.
6.8 Luvas: se para manipular certos alimentos, forem usadas luvas estas deverão ser
mantidas em perfeitas condições de limpeza e higiene. O uso das luvas não dispensa
o operário da obrigação de lavar as mãos cuidadosamente.

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6.9. Visitantes: consideram-se como visitantes todas as pessoas não pertencentes


às áreas ou setores onde se manipulem alimentos. Serão tomadas precauções
para impedir que os visitantes contaminem os alimentos nas áreas onde estes são
manipulados. As precauções podem incluir o uso de roupas protetoras. Os visitantes
devem cumprir as disposições recomendadas nos item 5.9, 6.3, 6.4, e 6.7 do presente
Regulamento.
6.10. Supervisão: as responsabilidades do cumprimento, por parte de todo o pessoal,
com respeito aos requisitos assinalados nas seções 6.1 a 6.9. é de responsabilidade,
especifica dos supervisores competentes.

7. REQUISITOS DE HIGIENE NA ELABORAÇÃO

7.1. Requisitos aplicáveis à matéria prima


7.1.1. O estabelecimento não deve aceitar nenhuma matéria prima ou ingrediente
que contenha parasitas microorganismos ou substancias tóxicas, decompostas ou
estranhas, que não possam ser reduzidas a níveis aceitáveis, pelos procedimentos
normais de classificação e/ou preparação ou elaboração.
7.1.2. As matérias primas ou ingredientes deverão ser inspecionados e classificados
antes de seguirem para a linha de fabricação/elaboração, e, se necessário, deverão
passar por controles laboratoriais. Na elaboração só deverão utilizar-se matérias
primas ou ingredientes limpos e em boas condições.
7.1.3. As matérias primas ou ingredientes armazenados nas dependências do
estabelecimento deverão ser mantidos em condições que evitem a sua deterioração,
proteja os contra a contaminação e reduza as perdas ao mínimo. Deverá se assegurar
a adequada rotatividade dos estoques de matérias primas e ingredientes.
7.2. Prevenção da Contaminação Cruzada
7.2.1. Deverão ser tomadas medidas eficazes para evitar a contaminação do material
alimentício por contato direto ou indireto com o material contaminado, que se encontre
nas fases iniciais do processamento.
7.2.2. As pessoas que manipulem matérias primas ou produtos semi-elaborados e que
apresentem o risco de contaminar o produto acabado, não devem entrar em contato
com nenhum produto acabado enquanto não tenham trocado a roupa de proteção
usada durante o aludido procedimento e que esteve em contato ou foi manchada com
as matérias primas ou produtos semi-elaborados. Além destes procedimentos que
inclui em conseqüência, o uso de outra roupa limpa, essas pessoas devem cumprir o
determinado nos itens 6.5. e 6.6.
7.2.3. Existindo a probabilidade de contaminação, as pessoas devem lavar bem as
mãos entre uma e outra manipulação de produtos, nas diversas fases de elaboração.
7.2.4. Todo o equipamento que entrou em contato com matérias primas ou com material
contaminado deverá ser rigorosamente limpo e desinfetado antes de ser utilizado para
produtos não contaminados.
7.3. Emprego da Água
7.3.1. Como princípio geral, na manipulação dos alimentos só deverá ser utilizada

123
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

água potável.
7.3.2. Desde que autorizado pelo órgão competente, poderá utilizar-se água não
potável para a produção de vapor e outros fins análogos, não relacionados com os
alimentos.
7.3.3. A água recirculada pode ser novamente utilizada desde que tratada e mantida
em condições tais que seu uso não apresente risco para a saúde. O processo de
tratamento deverá manter-se sob constante vigilância. Excepcionalmente, água
recirculada que não recebeu novo tratamento poderá ser utilizada naquelas condições
em que seu emprego não represente risco à saúde nem contamine a matéria prima
ou produto acabado.
Para a água recirculada deverá haver um sistema separado de distribuição que possa
ser facilmente identificado.
Os tratamentos de água recirculadas e sua utilização em qualquer processo de
elaboração de alimentos, deverão ser aprovados pelo órgão competente.
As situações particulares indicadas nos itens 7.3.2. e 7.3.3. deverão estar em
concordância com o disposto 4.1.3.12.4. do presente Regulamento.
7.4. Elaboração
7.4.1. A elaboração deverá ser realizada por pessoal capacitado e supervisionada por
pessoal tecnicamente competente.
7.4.2. Todas as operações do processo de produção, incluída a embalagem, deverão
realizar-se sem demoras inúteis e em condições que excluam toda a possibilidade
de contaminação, deterioração ou proliferação de microorganismos patogênicos e
causadores de putrefação.
7.4.3. Os recipientes deverão ser tratados com o devido cuidado, para evitar toda
possibilidade de contaminação do produto elaborado.
7.4.4. Os métodos de conservação e os controles necessários deverão ser tais
que protejam contra a contaminação ameaça de risco à saúde pública e contra a
deterioração dentro dos limites da prática comercial corretas.
7.5. Embalagem
7.5.1. Todo o material empregado na embalagem deverá ser armazenado em locais
destinados à finalidade, e em condições de sanidade e limpeza. O material deve
ser apropriado para o produto que vai ser embalado para as condições previstas de
armazenamento, não devendo transmitir ao produto substâncias indesejáveis que
ultrapassem os limites aceitáveis pelo órgão competente. O material de embalagem
deverá ser satisfatório e conferir proteção apropriada contra a contaminação.
7.5.2. As embalagens ou recipientes não deverão ter sido utilizados para nenhum fim
que possa causar a contaminação do produto.
Sempre que seja possível, as embalagens ou recipientes deverão ser inspecionados
imediatamente antes do uso, com o objetivo de que se assegure o seu bom estado e,
se necessário, limpos e/ou desinfetados; quando lavados, deverão ser bem enxutos
antes do envase . Na área de embalagem ou envase só deverão, permanecer as
embalagens ou recipientes necessários.
7.5..3. O envase deverá realizar-se de modo que se evite a contaminação do

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
124 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS
PORTARIA Nº 368, DE 4 DE SETEMBRO 1997

produto.
7.6. Direção e Supervisão: O tipo de controle e da supervisão necessários dependerá
do volume e característica da atividade, e dos tipos de alimentos. Os diretores deverão
ter conhecimentos suficientes sobre os princípios e práticas de higiene dos alimentos,
para que possam julgar os possíveis riscos e assegurar uma vigilância e supervisão
eficazes.
7.7. Documentação e Registro: Em função do risco inerente ao alimento, deverão ser
mantidos registros apropriados da elaboração, produção e distribuição, conservando-
os por um período superior ao da duração mínima do alimento.

8. ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DE MATÉRIAS PRIMAS E PRODUTOS


ACABADOS.

8.1. As matérias primas e os produtos acabados deverão ser armazenados e


transportados em condições tais que impeçam a contaminação e/ou a proliferação de
microorganismos e protejam contra a alteração do produto e danos aos recipientes
ou embalagens.
Durante o armazenamento deverá ser exercida uma inspeção periódica dos produtos
acabados, com o objetivo de que só sejam liberados alimentos aptos para o consumo
humano e se cumpram as especificações aplicáveis aos produtos acabados, quando
estas existam.
8.2. Os veículos de transporte pertencentes à empresa alimentícia ou por esta
contratados deverão estar autorizados pelo órgão competente.
Os veículos de transporte deverão realizar as operações de carga e descarga fora dos
locais de elaboração dos alimentos, devendo ser evitada a contaminação destes e do
ar pelos gases de combustão.
Os veículos destinados ao transporte de alimentos refrigerados ou congelados
devem dispor de meios que permitam verificar a umidade , quando necessário, e
a temperatura, que deve ser temperatura, que deve ser mantida dentro dos níveis
adequados.

9. CONTROLE DE ALIMENTOS:

É conveniente que o estabelecimento instrumente os controles de laboratório com


metodologia analítica reconhecida, que se considere necessária, para assegurar
alimentos aptos para o consumo.
ESTE TEXTO NÃO SUBSTITUI O PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 08/09/1997,
SEÇÃO 1, P. 19697.
ESTE TEXTO NÃO SUBSTITUI O PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE
08/09/1997.

125
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

INSTITUIR O SISTEMA DE ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS


DE CONTROLE - APPCC A SER IMPLANTADO, GRADATIVAMENTE, NAS
INDÚSTRIAS DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL SOB O REGIME DO SERVIÇO
DE INSPEÇÃO FEDERAL - SIF

PORTARIA N° 46, DE 10 DE FEVEREIRO DE 1998.

COMENTÁRIO: esse documento é básico para a implantação do APPCC nas


indústrias de laticínios. Suas referências internacionais são uma garantia para a
aceitação dos sistemas APPCC por importadores.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no


uso da atribuição que lhe confere o art. 87, Parágrafo único, inciso II, da Constituição
Federal, tendo em vista o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos
de Origem Animal, aprovado pelo Decreto n° 30.691, de 29 de março de 1952, e
Considerando a necessidade de adequação das atividades do Serviço de Inspeção
Federal - SIF aos modernos procedimentos adotados no controle higiênico-sanitário
das matérias-primas e dos produtos de origem animal;
Considerando a necessidade de atendimento aos compromissos internacionais
assumidos no âmbito da Organização Mundial de Comércio e conseqüentes
disposições do Codex Alimentarius, assim como no do MERCOSUL, resolve:
Art. 1° Instituir o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle - APPCC
a ser implantado, gradativamente, nas indústrias de produtos de origem animal sob o
regime do Serviço de Inspeção Federal - SIF, de acordo com o MANUAL GENÉRICO
DE PROCEDIMENTOS, anexo à presente Portaria.
§ 1° Na implantação do Sistema APPCC, o Serviço de Inspeção Federal - SIF
obedecerá um cronograma especialmente preparado e adotará os manuais específicos
por produto e o de auditoria do Sistema.
§ 2° Os manuais específicos por produto e o de auditoria do Sistema APPCC serão
submetidos à consulta pública com o objetivo de receber sugestões por parte de
interessados, antes de serem aprovados pela Secretaria de Defesa Agropecuária -
DAS.
Art. 2° Incumbir a SDA de instituir Comitês Técnicos com a finalidade de coordenar
e orientar à execução das atividades de implantação do Sistema APPCC nos
estabelecimentos de carne, leite, ovos, mel e produtos derivados, ficando
convalidados os Comitês Técnicos Intersetoriais - CTI, anteriormente instituídos nos
estabelecimentos de pescado e derivados.
Art. 3° Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
ARLINDO PORTO
Obs: Os ANEXOS poderão ser consultados no sítio eletrônico
www.agricultura.gov.br

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
126 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS
INSTRUÇÃO NORMATIVA 49, DE 14 DE SETEMBRO DE 2006

INSTRUÇÕES PARA ENTRADA E USO DE PRODUTOS NOS ESTABELECIMENTOS


COM SIF

INSTRUÇÃO NORMATIVA 49, DE 14 DE SETEMBRO DE 2006

O SECRETÁRIO DE DEFESAAGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DAAGRICULTURA,


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 9º, inciso
II, e o art. 42, do Anexo I, do Decreto nº 5.351, de 21 de janeiro de 2005, tendo em
vista o disposto no Decreto nº 30.691, de 29 de março de 1952, que regulamentou
a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, na Lei nº 7.889, de 23 de novembro
de 1989, na Lei nº 11.265, de 3 de janeiro de 2006, e o que consta do Processo nº
21000.008865/2000-01 e Apenso nº 21000.014737/2005-01, resolve:
Art. 1º Aprovar as Instruções para permitir a entrada e o uso de produtos nos
estabelecimentos registrados ou relacionados no Departamento de Inspeção de
Produtos de Origem Animal, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
em conformidade com os Anexos desta Instrução Normativa.
Art. 2º Fica revogada a Instrução Normativa nº 8, de 16 de janeiro de 2002.
Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
GABRIEL ALVES MACIEL

ANEXO I

INSTRUÇÕES PARA PERMITIR A ENTRADA E O USO DE PRODUTO (1) EM


ESTABELECIMENTO SOB SIF

1 - Só será permitida a entrada de quaisquer produtos (1) que façam parte da


higienização de pessoal, instalações, equipamentos e do processo de fabricação
(matériaprima e ingrediente) do produto de origem animal comestível e não comestível,
em estabelecimento registrado ou relacionado no Departamento de Produtos de
Origem Animal - DIPOA, quando esses já estejam registrados ou sejam isentos de
registro pelo órgão responsável competente, e que não conflitem com o já estabelecido
em legislações vigentes tais como: Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de
Produtos de Origem Animal - RIISPOA.
2 - O responsável pelo estabelecimento com SIF deve comunicar por meio de formulário
padronizado, conforme Anexo II, a entrada desses produtos (1) no estabelecimento
ao responsável pelo SIF local, como também deve lançar no Sistema de Informação
Gerencial - SIGSIF.
3 - Ao receber o referido formulário, o responsável pelo SIF local deve manter a
lista de produtos catalogados em pastas específicas atualizadas e à disposição da
fiscalização, de missão estrangeira ou da rastreabilidade do produto em questão.

127
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4 - O responsável pelo SIF, não obstante a condição legal do produto(1), exercerá


controle sempre que necessário do padrão microbiológico e físico-químico, por meio
de exames laboratoriais de amostras colhidas no estabelecimento sob SIF que o
estiver utilizando.
No caso de resultados desfavoráveis, tomará as providências necessárias para
a notificação da ocorrência ao órgão responsável competente pela fiscalização do
estabelecimento fabricante do produto, independentemente da adoção de ações de
Inspeção Sanitária de sua alçada e pertinentes ao caso.
Produtos (1)
1 - Açúcares e Produtos para adoçar;
2 - Água Mineral, Água Natural e Água Adicionada de Sais;
3 - Aditivos em Geral (Acidulante, Antioxidante, Antiaglutinante, Antiumectante,
Antiespumante, Agente de corpo, Agente de Firmeza, Aromatizante / Saborizante,
Corante, Conservador, Edulcorante, Estabilizante de Cor, Estabilizante, Espessante,
Emulsificante, Edulcorantes naturais e artificiais, Regulador de Acidez, Exaltador de
sabor Melhorador de Farinha, Espumante, Gelificante, Glaceante, Fermento químico,
Sequestrante e Umectante);
4 - Alimentos Adicionados de Nutrientes Essenciais, Alimentos com Alegações de
Propriedades Funcional e ou de Saúde, Alimentos Infantis, Alimentos para Controle de
Peso, Alimentos para Dietas com Restrição de Nutrientes, Alimentos para Dieta com
Ingestão Controlada de Açúcares, Alimentos para Gestantes e Nutrizes, Alimentos
para Idosos e Alimentos para Praticantes de Atividades Físicas;
5 - Alimentos e Bebidas com Informação Nutricional Complementar; 6 - Álcool, Álcool
em gel;
7 - Amaciante de roupas;
8 – Beneficiamento / alvejamento de envoltórios;
9 - Café, Cevada, Chá, Erva-mate e Produtos Solúveis; 10 - Coadjuvantes de
tecnologia;
11 - Chocolate e Produtos de Cacau;
12 - Condimentos naturais ou preparados (dessecados, liofilizados ou não);
13- Desnaturantes;
14 - Desinfetantes;
16 - Embalagens e Embalagens Recicladas;
17 - Enzimas e Preparação Enzimáticas;
18 - Especiarias, Temperos e Molhos;
19 - Fermentos lácticos em Geral;
20 - Graxa;
21 - Gel para assepsia das mãos;
22 - Impermeabilizante para a Superfície Externa de Embutido;
23 - Lubrificantes de trilhos / correntes;
24 - Misturas para o Preparo de Alimentos e Alimentos Prontos para consumo; 25 -

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
128 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS
INSTRUÇÃO NORMATIVA 49, DE 14 DE SETEMBRO DE 2006

Neutralizante;
26 - Óleos Vegetais, Gorduras Vegetais e Creme Vegetal;
27 - Produtos de Cereais, Amidos, Farinhas, Féculas, Farelos e Dextrinas em geral;
28 - Produtos Protéicos de Origem Vegetal;
29 - Produtos de Vegetais, Produtos de Frutas e Cogumelos Comestíveis;
30 - Produtos, comerciais ou não, de uso no diagnóstico ou avaliação rápidos da
Carga de microorganismo, da presença ou níveis de resíduo de substâncias ou
drogas empregadas na teraupêutica veterinária e a presença ou níveis de resíduo
de substâncias ou drogas empregadas nas operações de limpezas e sanitização de
equipamentos;
31 - Produtos de ação tóxica utilizados em programas de controle de pragas
(Inseticidas, Raticidas e Cupinicidas);
32 - Premix de vitaminas e ou sais minerais;
33 - produtos de soja em geral (farinhas, concentrados protéicos); 34 - Produtos de
origem animal;
35 - Óleo Lubrificante, usados para Higiene, Limpeza;
36 - Óleos e gorduras vegetais, como substituto de gordura animal ou como fonte de
veículo de ácidos graxos poliinsaturados;
37 - Sal (Cloreto de sódio), Sal Hipossódico / Sucedâneos do Sal; 38 - Sabão;
39 - Tintas em geral, para carimbos de aplicação na superfície de produtos de origem
animal; e
40 - Farinhas de origem vegetal em geral.

129
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

ANEXO II - FORMULARIO PADRONIZADO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
130 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS
INSTRUÇÃO NORMATIVA 49, DE 14 DE SETEMBRO DE 2006

131
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

REGULAMENTO TÉCNICO DE EQUIPAMENTOS DE ORDENHA

INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA Nº 48, DE 12 DE AGOSTO DE 2002

COMENTÁRIO: Essa legislação surgiu em decorrência das especificações


fixadas pela I.N. MAPA nº 51 / 2002, sobre a refrigeração do leite na propriedade
rural. É útil, sobretudo, para a comunidade acadêmica e para fabricantes de
equipamentos.

INSTITUI A REDE DE LABORATÓRIOS DE RESÍDUOS E CONTAMINANTES EM


PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL E VEGETAL DESTINADOS AO CONSUMO
DIRETO E INDIRETO.

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 902, DE 22 DE SETEMBRO DE 2008

COMENTÁRIO: O crescimento brasileiro na área de exportação de produtos


agropecuários está ensejando a criação de um sistema laboratorial amplo o
suficiente para realizar, com proficiência, rapidez, objetividade e permanente
respaldo tecnológico e científico, as determinações analíticas requeridas pelo
mercado internacional de alimentos.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
132 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS
OFÍCIO CIRCULAR CGI/DIPOA Nº 001/2009, DE 09 DE MARÇO DE 2009

PLANILHA PARA VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE DOCUMENTAL DE


PROJETOS ENVIADOS AO DIPOA PARA ANÁLISE

OFÍCIO CIRCULAR CGI/DIPOA Nº 001/2009, DE 09 DE MARÇO DE 2009

133
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
134 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS
CONTROLE DE PRAGAS - RESOLUÇÃO-RDC Nº 18, DE 29 DE FEVEREIRO DE 2000

DISPÕE SOBRE NORMAS GERAIS PARA FUNCIONAMENTO DE EMPRESAS


ESPECIALIZADAS NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONTROLE DE VETORES
E PRAGAS URBANAS.

CONTROLE DE PRAGAS - RESOLUÇÃO-RDC Nº 18, DE 29 DE


FEVEREIRO DE 2000

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária no uso da atribuição


que lhe confere o art. 11, inciso IV do Regulamento da ANVS aprovado pelo Decreto
3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o § 1º art. 95 do Regimento Interno aprovado pela
Resolução nº 1, de 26 de abril de 1999, em reunião realizada em 23 de fevereiro de
2000, adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente,
determino a sua publicação.
Art. 1º Aprovar as Normas Gerais para funcionamento de Empresas Especializadas
na prestação de serviços de controle de vetores e pragas urbanas.
1 - OBJETIVO
Esta norma tem como objetivo estabelecer diretrizes, definições e condições gerais
para o funcionamento das Empresas Especializadas controladoras de pragas urbanas,
visando o cumprimento das Boas Práticas Operacionais, a fim de garantir a qualidade
e segurança do serviço prestado e minimizar o impacto ao ambiente, à saúde do
consumidor e do aplicador.
2 - ALCANCE
Esta norma abrange as Empresas Especializadas na prestação de serviço de controle
de vetores e pragas urbanas.
3 - DEFINIÇÕES
Para as finalidades desta norma, são adotadas as seguintes definições:
Empresas Especializadas - empresa autorizada pelo poder público para efetuar
serviços de controle de vetores e pragas urbanas.
Produtos de venda restrita a Empresas Especializadas - formulações que podem estar
prontas para o uso ou concentradas para posterior diluição ou outras manipulações
autorizadas, imediatamente antes de serem utilizadas para aplicação.
Licença de Funcionamento - documento que habilita a Empresa Especializada a
exercer atividade de prestação de serviços de controle de vetores e pragas urbanas,
que é concedida pelo órgão competente do estado ou do município.
Vetores - artrópodes ou outros invertebrados que transmitem infecções, através do
carreamento externo (transmissão passiva ou mecânica) ou interno (transmissão
biológica) de microrganismos.
Pragas Urbanas - animais que infestam ambientes urbanos podendo causar agravos
à saúde e/ou prejuízos econômicos.
4 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
4.1 - As Empresas Especializadas somente poderão funcionar, depois de devidamente
licenciadas junto à autoridade sanitária ou ambiental competente.
4.2 - As Empresas Especializadas deverão ter um responsável técnico devidamente

135
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

habilitado para o exercício das funções relativas às atividades pertinentes ao controle


de vetores e pragas urbanas, devendo apresentar o registro da Empresa junto ao
respectivo Conselho Regional.
4.2.1 - São habilitados os seguintes profissionais: biólogo, engenheiro agrônomo,
engenheiro florestal, engenheiro químico, farmacêutico, médico-veterinário e
químico.
4.3 - É vedada a instalação do Estabelecimento Operacional das Empresas
Especializadas em edificações de uso coletivo, seja comercial ou residencial,
atendendo às legislações relativas à saúde, ao ambiente e ao uso e ocupação do solo
urbano, em vigor.
4.4 - As instalações operacionais deverão dispor de áreas específicas e adequadas para
armazenamento, preparo de misturas e diluições e vestiário para os aplicadores.
4.5 - Somente poderão ser utilizados os produtos desinfestantes devidamente
registrados no Ministério da Saúde e o responsável técnico responde pela sua
aquisição, utilização e controle.
4.6 - Todos os procedimentos de preparo de soluções, a técnica de aplicação, a
utilização e manutenção de equipamentos deverão estar descritos e disponíveis na
forma de Procedimentos Operacionais Padronizados.
4.7 - Os veículos para transporte dos produtos desinfestantes e equipamentos deverão
ser dotados de compartimento que os isolem dos ocupantes.
4.7.1 - O transporte dos produtos e equipamentos não poderá ser feito em veículos
coletivos.
4.8. - Quando aplicável, as embalagens dos produtos desinfestantes, antes de
serem descartadas, devem ser submetidas à tríplice lavagem, devendo a água ser
aproveitada para o preparo de calda ou inativada conforme instruções contidas na
rotulagem.
4.9 - As Empresas deverão fornecer aos clientes comprovante de execução de serviço
contendo, no mínimo, as seguintes informações:
a- nome do cliente;
b- endereço do imóvel;
c- praga(s) alvo;
d- grupo(s) químico(s) do(s) produto(s) utilizado(s);
e- nome e concentração de uso do princípio ativo e quantidade do produto aplicado
na área;
f- nome do responsável técnico com o número do seu registro no Conselho
correspondente;
g - número do telefone do Centro de Informação Toxicológica mais próximo e
h - endereço e telefone da Empresa Especializada.
Art. 2º Esta Resolução de Diretoria Colegiada entrará em vigor na data de sua
publicação.

GONZALO VECINA NETO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
136 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 17, DE 30 DE ABRIL DE 1999

DIRETRIZES BÁSICAS PARA AVALIAÇÃO DE RISCO E SEGURANÇA DOS


ALIMENTOS

RESOLUÇÃO RDC Nº 17, DE 30 DE ABRIL DE 1999

O Diretor - Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso de suas


atribuições legais, considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento
das ações de controle sanitário na área de alimentos visando a proteção à saúde
da população e a necessidade de estabelecer as DIRETRIZES BÁSICAS PARA
AVALIAÇÃO DE RISCO E SEGURANÇA DOS ALIMENTOS, e considerando:
o consenso científico sobre a relação existente entre alimentação-saúde-doença e
que vem despertando em todo o mundo o interesse no uso dos alimentos como um
dos determinantes importantes da qualidade de vida;
os novos conceitos relativos às necessidades de nutrientes em estados fisiológicos
especiais e a possibilidade de efeitos benéficos significativos de outros compostos,
não nutrientes, dos alimentos;
o aumento da expectativa de vida, os fatores ligados à urbanização, a influência da
mídia e os aspectos econômicos ligados à industrialização de novos alimentos;
as inovações tecnológicas, a globalização da economia, a intensificação da importação
de alimentos e a necessidade da harmonização da legislação em nível internacional;
a possibilidade de que novos alimentos ou ingredientes possam conter componentes,
nutrientes ou não nutrientes com ação biológica, em quantidades que causem efeitos
adversos à saúde, resolve:
Art. 1º Aprovar o REGULAMENTO TÉCNICO QUE ESTABELECE AS DIRETRIZES
BÁSICAS PARA AVALIAÇÃO DE RISCO E SEGURANÇA DOS ALIMENTOS,
constante do anexo desta Portaria.
Art. 2º O descumprimento desta Portaria constitui infração sanitária sujeitando os
infratores às penalidades previstas na Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, e demais
disposições aplicáveis.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as
disposições em contrário.
GONZALO VECINA NETO

ANEXO

REGULAMENTO TÉCNICO QUE ESTABELECE AS DIRETRIZES BÁSICAS PARA


AVALIAÇÃO DE RISCO E SEGURANÇA DOS ALIMENTOS.
1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO.
O presente regulamento se aplica aos alimentos e ingredientes para consumo
humano.
2. DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO.
Para efeito deste regulamento, considera-se:

137
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

2.1. Perigo: agente biológico, químico ou físico, ou propriedade de um alimento, capaz


de provocar um efeito nocivo à saúde.
2.2. Risco: função da probabilidade de ocorrência de um efeito adverso à saúde e da
gravidade de tal efeito, como conseqüência de um perigo ou perigos nos alimentos.
2.3. Análise de risco: processo que consta de três componentes: avaliação de Risco,
gerenciamento de risco e comunicação de risco.
2.4. Avaliação de risco: processo fundamentado em conhecimentos científicos,
envolvendo as seguintes fases: identificação do perigo, caracterização do perigo,
avaliação da exposição e caracterização do risco.
2.5. Identificação do perigo: identificação dos agentes biológicos, químicos e físicos
que podem causar efeitos adversos à saúde e que podem estar presentes em um
determinado alimento ou grupo de alimentos.
2.6. Caracterização do perigo: avaliação qualitativa e ou quantitativa da natureza dos
efeitos adversos à saúde associados com agentes biológicos, químicos e físicos que
podem estar presentes nos alimentos.
2.7. Avaliação da exposição: avaliação qualitativa e ou quantitativa da ingestão
provável de agentes biológicos, químicos e físicos através dos alimentos, assim como
as exposições que derivam de outras fontes, caso sejam relevantes.
2.8. Caracterização do risco: estimativa qualitativa e ou quantitativa, incluídas as
incertezas inerentes, da probabilidade de ocorrência de um efeito adverso, conhecido
ou potencial, e de sua gravidade para a saúde de uma determinada população, com
base na identificação do perigo, sua caracterização e a avaliação da exposição.
2.9. Gerenciamento de risco: processo de ponderação das distintas opções
normativas à luz dos resultados da avaliação de risco e, caso necessário, da seleção
e aplicação de possíveis medidas de controle apropriadas, incluídas as medidas de
regulamentação.
2.10. Comunicação de risco: intercâmbio interativo de informações e opiniões sobre
risco, entre as pessoas responsáveis pela avaliação de risco, pelo gerenciamento de
risco, os consumidores e outras partes interessadas.
3. REFERÊNCIAS.
3.1.FAO/WHO, Codex Alimentarius Comission, Procedural Manual, 10th ed., Joint
FAO/WHO Food Standards Programme, FAO, Rome, 1997.
3.2. Risk Management and Food Safety, Report of a Joint FAO/WHO Consultation,
Rome, Italy, 27 to 31 January 1997.
3.3. The Safety Assurance of Functional Foods, Nutrition Reviews, vol. 54, November
1996, nº 11 (part. II).
4. COMPROVAÇÃO DE SEGURANÇA.
4.1. A comprovação de segurança será conduzida com base em:
informações de finalidade e condições de uso do alimento ou ingrediente;
avaliação de risco fundamentada, conforme o caso, em uma ou mais evidências
científicas.
4.2. Evidências científicas aplicáveis, conforme o caso, à comprovação de segurança

G-100
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138 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 17, DE 30 DE ABRIL DE 1999

de uso:
• composição química com caracterização molecular, quando for o caso, e ou
formulação do produto;
• ensaios bioquímicos;
• ensaios nutricionais e ou fisiológicos e ou toxicológicos em animais de
experimentação;
• estudos epidemiológicos;
• ensaios clínicos;
• evidências abrangentes da literatura científica, organismos internacionais de
saúde e legislação internacionalmente reconhecida sobre as características do
alimento ou ingrediente;
• comprovação de uso tradicional observado na população, sem associação de
danos à saúde humana.
4.3. Informações documentadas sobre aprovação de uso do alimento ou ingrediente
em outros países, blocos econômicos, Codex Alimentarius e outros organismos
internacionalmente reconhecidos.
5. DISPOSIÇÕES GERAIS.
Embora já se conheçam metodologias de avaliação de risco para comprovar a
segurança de alimentos e ingredientes, podem ocorrer situações não previstas. Desta
forma, a avaliação de risco deve ser gerenciada, caso a caso, por uma Comissão
de Assessoramento Técnicocientífica em Alimentos Funcionais e Novos Alimentos
instituída por portaria específica, com base em conhecimentos científicos atuais,
levando-se em conta a natureza do material sob exame.

139
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
140 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
Capítulo 5

NORMAS TÉCNICAS GERAIS


PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM
DE PRODUTOS LÁCTEOS EM GERAL

Patrocinadores

ABLV
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

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NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE PRODUTOS LÁCTEOS EM GERAL
INSTRUÇÃO NORMATIVA 22 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2005

REGULAMENTO TÉCNICO PARA ROTULAGEM DE PRODUTO DE ORIGEM


ANIMAL EMBALADO

INSTRUÇÃO NORMATIVA 22 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2005.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no


uso da atribuição que lhe confere o art. 87, Parágrafo único, inciso II, da Constituição,
tendo em vista o Decreto nº 30.691, de 29 de março de 1952, e suas alterações
que regulamentam a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, que dispõe sobre a
inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal, a Lei nº 7.889, de 23 de
novembro de 1989, que dispõe sobre a inspeção industrial e sanitária dos produtos de
origem animal e dá outras providências, a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990,
que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências, e o que consta
dos Processos nos 21000.005172/01-29, 21000.005432/2002-57 (incorporado) e
Documento nº 70000.010271/2002-29 (apensado), resolve:
Art. 1º Aprovar o REGULAMENTO TÉCNICO PARA ROTULAGEM DE PRODUTO DE
ORIGEM ANIMAL EMBALADO, em anexo.
Art. 2º As empresas têm o prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data da publicação
desta Instrução Normativa, para se adequarem à mesma.
Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º Fica revogada a Portaria nº 371, de 4 de setembro de 1997.
ROBERTO RODRIGUES

ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO PARA ROTULAGEM DE PRODUTO DE ORIGEM
ANIMAL EMBALADO

1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
O presente Regulamento Técnico deve ser aplicado à rotulagem de todo produto de
origem animal que seja destinado ao comércio interestadual e internacional, qualquer
que seja sua origem, embalado na ausência do cliente e pronto para oferta ao
consumidor.
Naqueles casos em que as características particulares de um produto de origem
animal requerem uma regulamentação específica, a mesma se aplicará de maneira
complementar ao disposto no presente Regulamento Técnico.
2. DESCRIÇÃO
2.1. DEFINIÇÃO
Para efeito de aplicação deste Regulamento Técnico, entende-se por:
2.1. Rótulo ou Rotulagem: é toda inscrição, legenda, imagem ou toda matéria descritiva
ou gráfica, escrita, impressa, estampada, gravada, gravada em relevo ou litografada
ou colada sobre a embalagem do produto de origem animal.
2.2. Embalagem: é o recipiente, o pacote ou a embalagem destinada a garantir a

143
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

conservação e facilitar o transporte e manuseio dos produtos de origem animal.


2.2.1. Embalagem primária ou envoltório primário: é a embalagem que está em contato
direto com os produtos de origem animal.
2.2.2. Embalagem secundária ou pacote: é a embalagem destinada a conter a(s)
embalagem(ns) primária(s).
2.2.3. Embalagem terciária ou embalagem: é a embalagem destinada a conter uma ou
várias embalagens secundárias.
2.3. Produto de Origem Animal embalado: é todo o produto de origem animal que está
contido em uma embalagem pronta para ser oferecida ao consumidor.
2.4. Consumidor: é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto de
origem animal.
2.5. Ingrediente: é toda substância, incluídos os aditivos alimentares, que se emprega
na fabricação ou preparo dos produtos de origem animal, e que está presente no
produto final em sua forma original ou modificada.
2.6. Matéria-prima: é toda substância que, para ser utilizada como alimento, necessita
sofrer tratamento e/ou transformação de natureza física, química ou biológica.
2.7. Matéria-prima alimentar: é toda substância de origem vegetal ou animal, em
estado bruto, que, para ser utilizada como alimento, necessita sofrer tratamento e/ou
transformação de natureza física, química ou biológica.
2.8. Aditivo Alimentar: é qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos produtos
de origem animal, sem propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características
físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento,
preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou
manipulação de um produto de origem animal. Isto implicará direta ou indiretamente
fazer com que o próprio aditivo ou seus produtos se tornem componentes do produto
de origem animal. Esta definição não inclui os contaminantes ou substâncias nutritivas
que sejam incorporadas ao produto de origem animal para manter ou melhorar suas
propriedades nutricionais.
2.9. Alimento: é toda substância, elaborada, semi-elaborada ou bruta, que se destina
ao consumo humano, incluídas as bebidas, o chiclete e quaisquer outras substâncias
utilizadas na fabricação, preparação ou tratamento dos alimentos, porém sem incluir
os cosméticos, nem o tabaco, nem as substâncias utilizadas unicamente como
medicamentos.
2.10. Alimento in natura: é todo alimento de origem animal ou vegetal, para cujo
consumo imediato se exija apenas a remoção da parte não comestível e os tratamentos
indicados para a sua perfeita higienização e conservação.
2.11. Alimento enriquecido: é todo alimento que tenha sido adicionado de substância
nutriente com a finalidade de reforçar o seu valor nutritivo.
2.12. Produto de Origem Animal: é toda substância de origem animal, elaborada,
semi-elaborada ou bruta, que se destina ao consumo humano ou não.
2.12.1. Produto de Origem Animal Comestível: é toda substância de origem animal,
elaborada, semi-elaborada ou bruta, que se destina ao consumo humano.
2.12.2. Produto de Origem Animal não Comestível: é toda substância alimentícia

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NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE PRODUTOS LÁCTEOS EM GERAL
INSTRUÇÃO NORMATIVA 22 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2005

de origem animal, elaborada, semi-elaborada ou bruta, que se destina ao consumo


animal ou não.
2.13. Produto ou Substância Alimentícia: é todo o alimento derivado de matéria prima
alimentar ou de alimento in natura, ou não, de outras substâncias permitidas, obtido
por processo tecnológico adequado.
2.14. Denominação de venda do produto de origem animal: é o nome específico e não
genérico que indica a verdadeira natureza e as características do produto de origem
animal comestível ou alimento. Será fixado no Regulamento Técnico Específico que
estabelecer os padrões de identidade e qualidade inerentes ao produto.
2.15. Fracionamento do produto de origem animal: é a operação pela qual o produto
de origem animal é dividido e acondicionado, para atender a sua distribuição,
comercialização e disponibilização ao consumidor.
2.16. Lote: é o conjunto de produtos de um mesmo tipo,processados pelo mesmo
fabricante ou fracionador, em um espaço de tempo determinado, sob condições
essencialmente iguais.
2.17. País de origem: é aquele onde o produto de origem animal foi produzido ou,
tendo sido elaborado em mais de um país, onde recebeu o último processo substancial
de transformação.
2.18. Painel principal: é a parte da rotulagem onde se apresenta, de forma mais
relevante, a denominação de venda e marca ou o logotipo, caso existam.
2.18.1. Painel frontal: é a parte do painel principal imediatamente colocado ou mais
facilmente visível ao comprador, em condições habituais de exposição à venda.
Considera-se, ainda, parte do painel frontal as tampas metálicas que vedam as
garrafas e os filmes plásticos ou laminados utilizados para vedação de vasilhames em
forma de garrafa ou de corpo.
2.18.2. Painel lateral: é a parte do painel principal, contíguo ao painel frontal, onde
deverão estar dispostas as informações de natureza obrigatória.
2.18.3. Painel secundário: é a parte do rótulo, não habitualmente visível ao comprador,
nas condições de exposição à venda, onde deverão estar expressas as informações
facultativas ou obrigatórias, a critério da autoridade competente, bem como as
etiquetas ou outras informações escritas que constam da embalagem.
2.19. Destaque: aquilo que ressalta uma advertência, frase ou texto. Quando feito
por escrito, deverá manter fonte igual ao texto informativo de maior letra excluindo a
marca, em caixa alta e em negrito, quando deverá ser feito de forma clara e legível.
3. PRINCÍPIOS GERAIS
3.1. Os produtos de origem animal embalados não devem ser descritos ou apresentar
rótulo que:
a) utilize vocábulos, sinais, denominações, símbolos, emblemas, ilustrações ou
outras representações gráficas que possam tornar as informações falsas, incorretas,
insuficientes, ou que possa induzir o consumidor a equívoco, erro, confusão ou
engano, em relação à verdadeira natureza, composição, procedência, tipo, qualidade,
quantidade, validade, rendimento ou forma de uso do produto de origem animal;
b) atribua efeitos ou propriedades que não possuam ou não possam ser

145
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

demonstradas;
c) destaque a presença ou ausência de componentes que sejam intrínsecos ou
próprios de produtos de origem animal de igual natureza, exceto nos casos previstos
em regulamentos técnicos específicos;
d) ressalte, em certos tipos de produtos de origem animal processado, a presença
de componentes que sejam adicionadas como ingredientes em todos os produtos de
origem animal com tecnologia de fabricação semelhante;
e) ressalte qualidades que possam induzir a engano com relação a reais ou supostas
propriedades terapêuticas que alguns componentes ou ingredientes tenham ou possam
ter quando consumidos em quantidades diferentes daquelas que se encontram no
produto de origem animal ou quando consumidos sob forma farmacêutica;
f) indique que o produto de origem animal possui propriedades medicinais ou
terapêuticas;
g) aconselhe seu consumo como estimulante, para melhorar a saúde, para prevenir
doenças ou com ação curativa.
3.2. As denominações geográficas de um país, de uma região ou de uma população,
reconhecidas como lugares onde são fabricados produtos de origem animal com
determinadas características, não podem ser usadas na rotulagem ou na propaganda
de produtos de origem animal fabricados em outros lugares, quando possam induzir o
consumidor a erro, equívoco ou engano.
3.3. Quando os produtos de origem animal são fabricados segundo tecnologias
características de diferentes lugares geográficos, para obter produtos de origem
animal com propriedades sensoriais semelhantes ou parecidas com aquelas que são
típicas de certas zonas reconhecidas, na denominação do produto de origem animal
deve figurar a expressão “tipo”, com letras de igual tamanho, realce e visibilidade
que as correspondentes à denominação aprovada no regulamento vigente no país de
consumo.
3.4. A rotulagem dos produtos de origem animal deve ser feita exclusivamente nos
estabelecimentos processadores, habilitados pela autoridade competente do país de
origem, para elaboração ou fracionamento. Quando a rotulagem não estiver redigida no
idioma do país de destino, deve ser colocada uma etiqueta complementar, contendo a
informação obrigatória no idioma correspondente com caracteres de tamanho, realce
e visibilidade adequados. Esta etiqueta poderá ser colocada tanto na origem como no
destino. No último caso, a aplicação deve ser efetuada antes da comercialização.
4. IDIOMA
4.1. A informação obrigatória deve estar escrita, sendo que em uma das faces da
embalagem deve haver o mesmo rótulo exatamente reproduzido em todos os seus
detalhes no idioma oficial do país de consumo, com caracteres de tamanho, realce e
visibilidade adequados, sem prejuízo da existência de textos em outros idiomas.
4.2. Quando a rotulagem for em mais de um idioma, nenhuma informação obrigatória
de significação equivalente pode figurar em caracteres de tamanho, realce ou
visibilidade diferente.
5. INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA
Caso o presente Regulamento Técnico ou um regulamento técnico específico não

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INSTRUÇÃO NORMATIVA 22 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2005

determine algo em contrário, a rotulagem de produto de origem animal embalado deve


apresentar, obrigatoriamente, as seguintes informações:
- denominação (nome) de venda do produto de origem animal: o nome do produto
de origem animal deve ser indicado no painel principal do rótulo em caracteres
destacados, uniformes em corpo e cor, sem intercalação de desenhos e outros
dizeres. O tamanho da letra utilizada deve ser proporcional ao tamanho utilizado para
a indicação da marca comercial ou logotipo caso existam;
- lista de ingredientes: a lista de ingredientes deve ser indicada no rótulo em ordem
decrescente de quantidade, sendo os aditivos citados com função e nome e número
de INS;
- conteúdos líquidos: o(s) conteúdo(s) líquido(s) devem ser indicado(s) no painel
principal do rótulo de acordo com o Regulamento Técnico Específico;
- identificação da origem;
- nome ou razão social e endereço do estabelecimento;
- nome ou razão social e endereço do importador, no caso de produtos de origem
animal importado;
- carimbo oficial da Inspeção Federal;
- Categoria do estabelecimento, de acordo com a classificação oficial quando do
registro do mesmo no DIPOA;
- CNPJ;
- conservação do produto;
- marca comercial do produto;
- identificação do lote;
- data de fabricação;
- prazo de validade;
- composição do produto;
- indicação da expressão: Registro no Ministério da Agricultura SIF/DIPOA sob
nº-----/-----; e
- instruções sobre o preparo e uso do produto de origem animal comestível ou alimento,
quando necessário.
6. APRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA
6.1. A denominação (nome) de venda do produto de origem animal deve ser indicada
no rótulo de acordo com a estabelecida no Regulamento Técnico de Identidade e
Qualidade do Produto.
A denominação (nome) ou a denominação e a marca do produto de origem animal
deverá (ão) estar de acordo com os seguintes requisitos:
a) quando em um Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade for estabelecido
uma ou mais denominações para um produto de origem animal, deverá ser utilizada
pelo menos uma dessas denominações;
b) poderá ser empregada uma denominação consagrada, de fantasia, de fábrica ou
uma marca registrada, sempre que seja acompanhada de uma das denominações

147
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

(nome) indicadas na alínea “a”; e


c) poderão constar palavras ou frases adicionais, necessárias para evitar que o
consumidor seja induzido a erro ou engano com respeito a natureza e condições
físicas próprias do produto de origem animal, as quais devem estar junto ou próximas
da denominação (nome) do produto de origem animal. Por exemplo: tipo de cobertura,
forma de apresentação, condição ou tipo de tratamento a que tenha sido submetido.
6.2. Lista de ingredientes
6.2.1. Com exceção de produtos de origem animal com um único ingrediente (por
exemplo: carne resfriada, leite pasteurizado, peixe cru resfriado e outros) deve constar
do rótulo uma lista de ingredientes;
6.2.2. Alista de ingredientes deve constar do rótulo precedida da expressão
“ingredientes:” ou “ingr.:”, de acordo com o especificado abaixo:
a) todos os ingredientes deverão constar em ordem decrescente da respectiva
proporção;
b) quando um ingrediente for um produto de origem animal elaborado com dois ou
mais ingredientes, este ingrediente composto, definido em um regulamento técnico
específico, pode ser declarado como tal na lista de ingredientes, sempre que venha
acompanhado imediatamente de uma lista, entre parênteses, de seus ingredientes
em ordem decrescente de proporção;
c) quando para um ingrediente composto for estabelecido um nome em um
Regulamento Técnico específico, e represente menos que 25% (vinte e cinco por
cento) do produto de origem animal, não será necessário declarar seus ingredientes,
com exceção dos aditivos alimentares que desempenhem uma função tecnológica no
produto acabado;
d) a água deve ser declarada na lista de ingredientes, exceto quando formar parte de
salmouras, xaropes, caldas, molhos ou outros similares, e estes ingredientes compostos
forem declarados como tais na lista de ingredientes não será necessário declarar a
água e outros componentes voláteis que se evaporem durante a fabricação;
e) quando se tratar de produtos de origem animal desidratados, concentrados,
condensados ou evaporados, que necessitam de reconstituição para seu consumo,
por meio da adição de água, os ingredientes podem ser enumerados em ordem de
proporção (m/m) no produto de origem animal reconstituído. Nestes casos, deverá
ser incluída a seguinte expressão: “Ingredientes do produto preparado segundo as
indicações do rótulo”;
f) no caso de misturas de frutas, de hortaliças, de especiarias ou de plantas aromáticas
em que não haja predominância significativa de nenhuma delas (em peso), estas
poderão ser enumeradas seguindo uma ordem diferente, sempre que a lista desses
ingredientes venha acompanhada da expressão: “em proporção variável”.
6.2.3. Declaração de Aditivos Alimentares na Lista de Ingredientes Os aditivos
alimentares devem ser declarados fazendo parte da lista de ingredientes. Esta
declaração deve constar de: a) a função principal ou fundamental do aditivo no produto
de origem animal; e b) seu nome completo ou seu número INS (Sistema Internacional
de Numeração), ou ambos.
Quando houver mais de um aditivo alimentar com a mesma função, pode ser

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NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE PRODUTOS LÁCTEOS EM GERAL
INSTRUÇÃO NORMATIVA 22 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2005

mencionado um em continuação ao outro, agrupando-os por função.


Os aditivos alimentares serão declarados depois dos ingredientes.
Alguns produtos de origem animal devem mencionar em sua lista de ingredientes o
nome completo do aditivo utilizado. Esta situação deve ser indicada em Regulamento
Técnico Específico.
6.3. Conteúdos Líquidos Atender o estabelecido no Regulamento Técnico específico.
6.4. Identificação da Origem
6.4.1. Deve ser indicado:
- o nome (razão social) do fabricante ou produtor ou fracionador ou titular (proprietário)
da marca;
-endereço completo;
-país de origem e município;
-número de registro ou código de identificação do estabelecimento fabricante junto ao
órgão oficial competente.
6.4.2. Para identificar a origem, deve ser utilizada uma das seguintes expressões:
“fabricado em ....... “, “produto ........” ou “indústria ........”.
6.5. Identificação do Lote
6.5.1. Todo rótulo deverá ter impresso, gravado ou marcado de qualquer outro modo,
uma indicação em código ou linguagem clara, que permita identificar o lote a que
pertence o produto de origem animal, de forma que seja visível, legível e indelével.
6.5.2. O lote será determinado em cada caso pelo fabricante,produtor ou fracionador
do produto de origem animal ou alimento, segundo seus critérios.
6.5.3. Para indicação do lote, pode ser utilizado:
a) um código chave precedido da letra “L”. Este código deve estar à disposição
daautoridade competente e constar da documentação comercial quando ocorrer o
comércio entre os países; ou
b) a data de fabricação, embalagem ou de prazo de validade, sempre que a(s)
mesma(s) indique(m), pelo menos, o dia e o mês ou o mês e o ano (nesta ordem, em
conformidade com a alínea “b” do subitem 6.6.l.
6.6. Prazo de Validade
6.6.1. Caso não esteja previsto de outra maneira em um Regulamento Técnico
específico, vigora a seguinte indicação do prazo de validade:
a) deve ser declarado o “prazo de validade”;
b) do prazo de validade deve constar, pelo menos:
- o dia e o mês para produtos que tenham prazo de validade não superior a três
meses;
- o mês e o ano para produtos que tenham prazo de validade superior a três
meses. Se o mês de vencimento for dezembro, bastará indicar o ano, com a expressão
“fim de ......” (ano);
c) o prazo de validade deverá ser declarado por meio de uma das seguintes
expressões:

149
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

- “consumir antes de...”;


- “válido até...” ;
- “validade...” ;
- “val:...” ;
- “vence...” ;
- “vencimento...” ;
- “vto:...”; ou
- “venc:....”.
d) as expressões estabelecidas no item “c” deverão ser acompanhadas de:
- prazo de validade; ou
- uma indicação clara do local onde consta o prazo de validade; ou
- de uma impressão através de perfurações ou marcas indeléveis do dia e do mês ou
do mês e do ano, conforme os critérios especificados na alínea “b” do subitem 6.6.1.
Toda informação deve ser clara e precisa.
e) o dia, o mês e o ano devem ser expressos em algarismo , em ordem numérica não
codificada, com a ressalva de que o mês poderá ser indicado com letras onde este
uso não induza o consumidor a erro. Neste caso, é permitido abreviar o nome do mês
por meio das três primeiras letras do mesmo;
6.6.2. Nos rótulos das embalagens de produtos de origem animal que exijam
condições especiais para sua conservação, deve ser incluída uma legenda com
caracteres bem legíveis, indicando as precauções necessárias para manter suas
características normais, devendo ser indicadas as temperaturas máxima e mínima
para a conservação do produto de origem animal e o tempo que o fabricante, produtor
ou fracionador garante sua durabilidade nessas condições. O mesmo dispositivo é
aplicado para produto de origem animal que pode se alterar depois de abertas suas
embalagens.
Em particular, para os produtos de origem animal congelados, cujo prazo de validade
varia segundo a temperatura de conservação, deve ser indicada esta característica.
Nestes casos, pode ser indicado o prazo de validade para cada temperatura, em função
dos critérios já mencionados, ou então o prazo de validade para cada temperatura,
indicando o dia, o mês e o ano da fabricação. Para declarar o prazo de validade,
poderão ser utilizadas as seguintes expressões:
“validade a -18ºC (freezer): ...” ;
“validade a - 4ºC (congelador): ...” ; ou
“validade a 4ºC (refrigerador): ...” .
6.7. Preparo e instruções sobre o uso do produto
6.7.1. Quando necessário, o rótulo deve conter as instruções sobre o modo apropriado
de uso, incluídos a reconstituição, o descongelamento ou o tratamento que deve ser
dado pelo consumidor para o uso correto do produto.
6.7.2. Estas instruções não devem ser ambíguas, nem dar margem a falsas
interpretações, a fim de garantir a utilização correta do produto de origem animal.

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NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE PRODUTOS LÁCTEOS EM GERAL
INSTRUÇÃO NORMATIVA 22 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2005

7. ROTULAGEM FACULTATIVA
7.1. Da rotulagem pode constar qualquer informação ou representação gráfica, assim
como matéria escrita, impressa ou gravada, sempre que não estejam em contradição
com os requisitos obrigatórios do presente regulamento, incluídos os referentes à
declaração de propriedades e as informações enganosas, estabelecidos no item 3 -
Princípios Gerais.
7.2. Denominação de Qualidade
7.2.1. Somente podem ser utilizadas denominações de qualidade quando tenham
sido estabelecidas as especificações correspondentes para um determinado produto
de origem animal, por meio de um Regulamento Técnico específico.
7.2.2. Essas denominações deverão ser facilmente compreensíveis e nãodeverão de
forma alguma levar o consumidor a equívocos ou enganos, devendocumprir com a
totalidade dos parâmetros que identifica a qualidade do produto de origem animal.
7.3. Informação Nutricional Pode ser utilizada a informação nutricional sempre que
não entre em contradição com o disposto no item 3 - Princípios Gerais.
8. APRESENTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DA INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA
8.1. Deve constar do painel principal a denominação de venda do produto de origem
animal, sua qualidade, pureza ou mistura, quando regulamentada, a quantidade
nominal do conteúdo do produto, em sua forma mais relevante em conjunto com o
desenho, se houver, e em contraste de cores que assegure sua correta visibilidade.
8.2. O tamanho das letras e números da rotulagem obrigatória, exceto a indicação
da denominação (nome) de venda do produto de origem animal e dos conteúdos
líquidos, não será inferior a 1mm.
9. CASOS PARTICULARES
As unidades pequenas, cuja superfície do painel principal para rotulagem, depois de
embaladas, for inferior a 10 cm2, poderão ficar isentas dos requisitos estabelecidos
no item 5 – Informação Obrigatória, com exceção da declaração de, no mínimo,
denominação de venda e marca do produto.
Nos casos estabelecidos no item 9.1, a embalagem que contiver as unidades pequenas
deverá apresentar a totalidade da informação obrigatória exigida.
Quando no processo tecnológico do produto de origem animal for adicionado gordura
vegetal, deve ser indicado no painel principal do rótulo logo abaixo do nome do produto,
em caracteres uniformes em corpo e cor sem intercalação de dizeres ou desenhos,
letras em caixa alta e em negrito, a expressão: CONTÉM GORDURA VEGETAL.
A rotulagem de produtos de origem animal não destinados à alimentação humana
devem conter, além do carimbo da Inspeção Federal competente, a declaração “não
comestível” obrigatória também nas embalagens, a fogo ou por gravação e, em
qualquer dos casos, em caracteres bem destacados.
A rotulagem destinada à embalagem de produtos de origem animal próprio à
alimentação dos animais conterão, além do carimbo da Inspeção Federal próprio, a
declaração “alimento para animais.”
A rotulagem destinada a embalagens de produtos de origem animal transgênicos e
orgânicos devem atender ao Regulamento Técnico Específico.

151
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

ANÁLISE E REGISTRO DE ROTULAGEM NOS SIPA’S

RESOLUÇÃO Nº 2, DE 22 DE MAIO DE 2000

O DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM


ANIMAL,no uso da atribuição que lhe confere o art. 902 do Regulamento da Inspeção
Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo Decreto no 30.691,
de 29 de março de 1952 e alterado pelo art. 84 parágrafo único alínea C da Portaria
Ministerial nº 574, de 8 de dezembro de 1998, e
Considerando que a Portaria n° 371 197 - M.A., de 4 de setembro de 1997 - “regulamento
Técnico para Rotulagem de Produtos Embalados”, entrou definitivamente em vigor no
dia 4 de janeiro de 2000, de acordo com o que estabelece a instrução Normativa n°
005198, de 31/12/98 - do Gabinete do Sr. Ministro da Agricultura e do Abastecimento,
resolve:
Art. 1° Após terem sido decorridos mais de 29 (vinte e nove) meses da publicação
da citada Portaria, devera ser automaticamente cancelada toda rotulagem de Leite e
Produtos Lácteos de industrias de laticínios sob Serviço de Inspeção Federal (SIF),
previamente aprovada e / ou registrada anteriormente a data de publicação da Portaria
Ministerial n° 371/97.
Art. 2° A revalidação da rotulagem cancelada, quando solicitada pelo estabelecimento
industrial, assim como a analise de novos memoriais de fabricação / rotulagem de
Leite e Produtos Lácteos será, feita nas seguintes condições, depois de decorridos 30
(trinta) dias da data de publicação da presente Resolução / DIPOA n° 002 / 2000:
1. Passam a ser da responsabilidade do Órgão competente do Serviço de Inspeção
Federal junto às Delegacias Federais de Agricultura (DFA’s) nos Estados, quanto as
atividades a desenvolver na área de rotulagem de leite e derivados: a Análise e o
Registro; a Alteração de Rotulagem Registrada e / ou do processo de fabricação e
/ ou da composição do produto e o Cancelamento de rótulos e dos correspondentes
memoriais descritivos de fabricação de:
1.1. Leite e produtos lácteos, a seguir relacionados: leite cru resfriado, leite concentrado
resfriado e leite pasteurizado de quaisquer tipos / variedades;
1.2. Leite e produtos lácteos, de qualquer espécie animal, definidos em Regulamentos
Técnicos de Identidade e Qualidade (RTIQ’s) que incorporem Resoluções Mercosul
a legislação nacional ou em RTIQ’s de aplicação exclusiva no mercado interno
brasileiro;
1.3. Matérias-primas e produtos a seguir relacioNados: leitenho cru resfriado 1 leitelho
cru concentrado resfriado / leitenho em p´pó; soro de leite cru resfriado / soro de leite
cru concentrado resfriado / soro de leite em pó;
1.4 Coalho e Coagulantes;
1.5. Margarinas.
1.6. Leites Condensado / Evaporado.
1.7. Queijos não descritos em RTIQ’s, mas definidos no R.I.I.S.P.O.A.
Art. 3° Devera ser definitivamente eliminada pelo SIF, a partir da publicação da
presente Resolução, a figura da chamada “Aprovação Previa” de Rotulagem de Leite

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
152 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE PRODUTOS LÁCTEOS EM GERAL
RESOLUÇÃO Nº 2, DE 22 DE MAIO DE 2000

e de Produtos lácteos, por se considerar que, em muitos casos, tal pratica substituiu
ou protelou indefinidamente o Registro de Rotulagem Ademais a legislação atual é
suficientemente ampla, clara e disponibilizada por diversos meios de comunicação
á sociedade em geral, podendo ser facilmente consultada pelos interessados em:
elaborar rotulagem para leite e produtos lácteos.
Art. 4° Ate que seja completa e definitivamente implantado o Sistema de Informação
Nosográfica - SIN / DIPOA, a empresa remetera ao Serviço de Inspeção de Produto
Animal (SIPA) ou ao SELEI / DOI / DIPOA, quando se tratar de produtos / matérias
- primas descritos no item 2.1 e seus sub - itens ou nos itens 12 e 13 da presente
Resolução, respectivamente, dois (02) exemplares do “Registro de Memoriais
Descritivos de Processos de Fabricação, de Composição e de Rotulagem de Produtos
de Origem Animal” (“Formulário Simplificado”, modelos constantes dos Anexos da
presente Resolução, bem como a ser disponibilizado no Sistema de Informação
Nosográfica - SIN / DIPOA), acompanhados de envelope já selado e sobrescrito com
os dados de identificação do destinatário e seu endereço completo, para a devolução
dos originais do parecer técnico do SIPA ou do SELEI / DOI / DIPOA à interessada.
Uma vez implantado SIN / DIPOA e treinados os servidores de todos os SIPA’s na
sua utilização, não mais serão aceitos os formulários convencionais, dado que todo o
processo de analise de memoriais / rotulagem será realizado “on line”.
Art. 5° As duas (02) vias do Formulário Simplificado poderão ser remetidas da empresa
ao SIPA ou ao SELEI / DOI/DIPOA através de disquete ou CD, enquanto não vigorar
o SIN / DIPOA, sempre que o SIPA se dispuser a aceitar esse processo, em função
da sua disponibilidade de equipamentos, devendo ficar previamente esclarecido o
programa de gravação e a linguagem a ser usada para sua leitura
Art. 6° 0 parecer técnico será emitido em 02 (duas) vias originais, observado o disposto
no item 4, urna das quais ficará arquivada no SIPA ou no SELEI / DOI / DIPOA,
junto com uma das vias do o formulário simplificado analisado, enquanto a outra será
remetida juntamente com um dos originais do referido Formulário, com todas as suas
paginas devidamente rubricadas pelo analista, diretamente empresa interessada, via
Correios.
Art. 7º A empresa fará, para o SIF Regional ou Local, a expedição sistemática
e compulsória de uma cópia xerográfica de todos os pareceres do SIF relativos a
rotulagem submetida à apreciação do SIPA ou do DIPOA, nos termos da presente
Resolução, sempre que a interessada os receber de volta, após analise.
Art. 8º A partir da presente data, qualquer solicitação de cancelamento de rotulagem a
ser feita pela empresa interessada devera obedecer a seguinte metodologia:
1. Oficio em papel timbrado da empresa, contendo nome e assinatura do seu Diretor e
do seu Responsável Técnico a ser encaminhado ao SIPA ou ao SELEI / DOI / DIPOA,
conforme o caso, onde serão discriminados os produtos e a numeração seqüencial
dos rótulos a serem cancelados;
2. No mesmo Oficio, a empresa deverá firmar Termo de Compromisso onde colocará à
disposição do SIF eventuais estoques remanescentes da rotulagem a ser cancelada,
para sua inutilização ou destruição;
3. Declaração de que não possui estoques remanescentes da rotulagem a ser
cancelada, se for o caso;

153
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4. 0 SIPA e 0 SELEI / DOI / DIPOA poderão determinar a apreensão dos estoques de


rótulos mesmo antes da homologação do seu cancelamento, como forma de garantir
a segurança dos procedimentos até a sua conclusão.
Art. 9° Quando ocorrer somente alteração de rótulo, fica dispensado o preenchimento
dos campos relativos ao memorial descritivo de composição e de fabricação do
produto, bastando mencionar a data de aprovação dos mesmos.
Art. 10 Para a analise dos rótulos desses produtos, o SIF nos Estados deve ter
disponíveis pelo menos os seguintes instrumentos(*) legais básicos, sem prejuízo de
outros ainda em vigor (como Ofícios - Circulares, Resoluções, Instruções de Serviço,
etc.):
- Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade;
- R.I.I.S.P.O.A.;
- Portaria Ministerial n° 371 / 97 - MA (Regulamento Técnico para Rotulagem de
Alimentos Embalados);
-Instrução Normativa nº 5 / 98, de 31/12/98 - do Gabinete do Sr. Ministro da Agricultura
e do Abastecimento;
- Resolução no 31/92, de 12/10/92 - MS (Norma Brasileira para Comercialização
Alimentos para Lactentes, do Conselho Nacional de Saúde / Instituto Nacional de
Alimentação e Nutrição / Ministério da Saúde): especialmente o Artigo 10°, sobre
expressões obrigat6rias em rotulagem de leite para consumo direto.
- Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078, de 11/9/90). (*)Tais documentos,
em sua maioria , estão disponibilizados na Internet, no seguinte endereço: www.
defesaagropecuaria.gov.br
Art. 11. Além da legislação citada acima, o SIF nos Estados deverá ter disponíveis,
desde já, pelo menos os seguintes documentos oficiais, que tratam de produtos com
características específicas:
Portaria Nº 27/98 - SVS/MS (Informação Nutricional Complementar);
Portaria Nº 28/98 - SVS/MS (Aditivos para Alimentos com Informação Nutricional
Complementar e Alimentos para Fins Especiais);
Portaria N° 29/98 - SVS/MS (Alimentos para Fins Especiais);
Portaria Nº 31/98 -SVS/MS(Alimentos adicionados de Nutrientes Essenciais);
Portaria N° 33/98 - SVS/MS (Tabelas com Valores de “Ingestão Diária Recomendada
para Adultos, Lactentes e Crianças, Gestantes e Lactantes);
Portaria N° 41/98- SVS/MS (Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados);
Portaria Nº 977/98 - SVS/MS (Fórmulas Infantis para Lactentes e Fórmulas Infantis
de Seguimento).
Art. 12. Ficam excluídos do âmbito de aplicação da presente Resolução os produtos
lácteos cuja formulação se encaixe no que estabelecem as Portarias SVS/MS de n° S
27/98, 28 /98, 29/98, 31/98, 33/98,41/98 e 977/98 Tais produtos continuarão a sofrer
análise no SELEI / DOI / DIPOA.
Art. 13 Igualmente permanecerão sob analise do SELEI / DOI / DIPOA os memoriais
descritivos de fabricação / rotulagem dos seguintes produtos lácteos, em qualquer de

G-100
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154 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE PRODUTOS LÁCTEOS EM GERAL
RESOLUÇÃO Nº 2, DE 22 DE MAIO DE 2000

suas variedades e / ou apresentações, até o advento de RTIQ’s específicos, oriundos


ou não de Resoluções Mercosul:
leites fermentados;
bebidas lácteas;
sobremesas lácteas;
leites modificados;
farinhas lácteas; .
leites aromatizados.
Novos produtos lácteos ou à base de produtos lácteos.
Art. 14 0 DIPOA, através do SELEI / DOI, da Divisão de Comércio Intencional (DCI),
da Divisão de Planejamento e Avaliação (DPA) e da Divisão de Normas Técnicas
(DNT), preparará nova “Listagem e Conceituação dos Produtos Lácteos”, visando
substituir, atualizando, a que foi divulgada pelo Ofício - Circular DILEI n° 014 , de 21
de agosto de 1989, para orientação aos SIPA’s acerca de eventuais alterações na
nomenclatura oficial / denominação de venda de produtos lácteos.Igualmente para
orientação geral, junto a presente Resolução estará sendo divulgada a Instrução de
Serviço n° 001/2000 - DIPOA sobre “Procedimentos Gerais para Análise de Rotulagem
de Leite e Derivados nos SIPA’s e no SELEI / DOI / DIPOA”.
Art. 15. A partir da data de entrada em vigor da presente Resolução e conforme o
item 3, ficam sem efeito todos os itens da Resolução 001/91 CIPOA / DNDA / SNAD
/ MARA e de demais documentos oriundos do DIPOA que estabeleceram o modelo
de Formulário para Analise de Memoriais de Fabricação / Rotulagem e fixaram as
condições para a “Aprovação Previa” de memoriais de fabricação e de “croquis” de
rótulos, na sua aplicação para leite e derivados (“Formulário de 05 folhas”),
Art, 16. 0 DIPOA poderá determinar, através de auditorias nos Estados ou por
intermédio do Sistema Nosografico, o cancelamento da rotulagem de produtos
registrados nos SIPA’s que estejam em desacordo com Regulamentos, Boas Praticas
de Fabricação e outros instrumentos legais em vigor, bem como possam induzir o
consumidor a engano.
Art. 17. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação

ANTÔNIO JORGE CAMARDELLI

155
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
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156 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE PRODUTOS LÁCTEOS EM GERAL
RESOLUÇÃO Nº 2, DE 22 DE MAIO DE 2000

157
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

ATENDIMENTO À LEGISLAÇÃO SANITÁRIA DE OUTRAS INSTITUIÇÕES QUE


NÃO O DIPOA

RESOLUÇÃO Nº 8, DE 24 DE SETEMBRO DE 2001

O DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM


ANIMAL, no uso da atribuição que lhe confere o art. 902, do Regulamento da Inspeção
Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), aprovado pelo Decreto
nº 30.691, de 29 de março de 1952, o art. 84, da Portaria Ministerial nº 574, de 8 de
dezembro de 1998,
Considerando a publicação na Seção I do DOU de 22/03/01 das Resoluções RDC
no 39/2001 (Tabela de Valores de Referência para Porções de Alimentos e Bebidas
Embalados) e no 40/2001 (Rotulagem Nutricional Obrigatória de Alimentos e Bebidas
Embalados) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde
(ANVISA/MS);
Considerando que o setor industrial de produtos de origem animal sob Inspeção
Federal insere-se em especificações legais regulamentadas pelas Portarias nos 27/98
(DOU de 16/01/98, Seção I), 31/98 (DOU de 23/12/98, Seção I) e 33/98 (DOU de
16/01/98, Seção I) da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (SVS/
MS), implicando a alteração de processos produtivos, e o que consta do Processo nº
21000.005234/2001-11, resolve:
Art. 1º A partir da data de publicação da presente Resolução, competirá ao Departamento
de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) ou aos Serviços de Inspeção de
Produtos de Origem Animal - SIPAs, das Delegacias Federais da Agricultura (DFAs)
nas Unidades FederativXas, a análise técnica e o registro da rotulagem de produtos
de origem animal nos termos da legislação emitida pelo Ministério da Agricultura e do
Abastecimento, no que se refere à rotulagem de produtos de origem animal, conforme
o teor da Portaria no 371, de 4/09/97, do Ministério da Agricultura, dos Regulamentos
Técnicos de Identidade e Qualidade de Produtos de Origem Animal, do RIISPOA, ou
de documentos em vigor ou que possam vir a substituí-los parcial ou totalmente, ou a
complementar as suas disposições.
Art. 2º Quando for o caso, a análise técnica e o registro de rotulagem se estenderão
aos produtos de origem animal inseridos no contexto das Portarias nos 27/98, 31/98
e 33/98 - SVS/MS, ou por legislação oriunda de outras Instituições Públicas Federais,
que implique introdução e/ou alteração de processos produtivos industriais sob a
égide do Serviço de Inspeção Federal (SIF).
Art. 3º O atendimento à legislação originária de outras Instituições Públicas Federais,
que implique veiculação compulsória de informações específicas e de interesse
público na rotulagem de produtos de origem animal, e que não se inclua no contexto
do art. 2o da presente Resolução, passará a ser de exclusiva responsabilidade
dos estabelecimentos registrados no DIPOA, dispensando-se a apresentação de
requerimento especial a esta Instituição para reapreciação e/ou novo registro da
mencionada rotulagem.
Art. 4º A rotulagem de produtos de origem animal procedente de estabelecimentos
registrados no Serviço de Inspeção Federal e aprovada até a presente data, nos termos

G-100
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158 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE PRODUTOS LÁCTEOS EM GERAL
RESOLUÇÃO Nº 8, DE 24 DE SETEMBRO DE 2001

da legislação federal em vigor pertinente ao assunto, não deverá retornar ao DIPOA


quando única e exclusivamente para nova apreciação nos termos das Resoluções
RDC no 39/2001 e no 40/2001 - ANVISA/MS.
Art. 5º A adaptação da rotulagem tratada no art. 4o aos textos das Resoluções RDC no
39/2001 e no 40/2001 - ANVISA/MS, dentro dos prazos nelas fixados, será atribuição
exclusiva dos estabelecimentos registrados no SIF/DIPOA, que assumirão inteira
responsabilidade pelas declarações relacionadas com a mencionada legislação,
inseridas nos rótulos de seus produtos, independente do fato da referida rotulagem já
ter recebido registro no Serviço de Inspeção Federal.
Art. 6º Eventuais incorreções apostas nos rótulos de produtos de origem animal,
doravante submetidos à apreciação do SIF/DIPOA, quando relacionadas
exclusivamente às especificações das Resoluções RDC no 39/2001 e no 40/2001
- ANVISA/MS, não deverão constituir, isoladamente, base para indeferimento das
solicitações de registro por esta Instituição.
Art. 7º A fiscalização das especificações da “Rotulagem Nutricional”, conforme
definições e demais especificações das Resoluções RDC no 39/2001 e no 40/2001 -
ANVISA/MS, na rotulagem de produtos de origem animal, ficará a cargo da Instituição
que as emitiu, quando tais produtos forem colocados à disposição do consumidor nos
pontos de venda.
Art. 8º O SIF/DIPOA, deverá observar a necessidade do cumprimento das Resoluções
039/2001 e 040/2001- ANVISA/MS e eventuais incorreções técnicas nos dados
inseridos na rotulagem de alimentos de origem animal, relacionados às especificações
das legislações emitidas por outras instituições federais.
Art. 9º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação

RUI EDUARDO SALDANHA VARGAS

159
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

CRITÉRIOS PARA O USO DA INDICAÇÃO “LONGA VIDA” NA ROTULAGEM DE


PRODUTOS LÁCTEOS

RESOLUÇÃO Nº 2, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2002

O DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM


ANIMAL, DA SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DA
AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 902 do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de
Origem Animal, aprovado pelo Decreto nº 30.691, de 29 de março de 1952, e o que
consta do Processo nº 21000.008775/2002-73, resolve:
Art. 1º Aprovar a presente Resolução, que estabelece critérios para o uso da indicação
“Longa Vida” na rotulagem de produtos lácteos submetidos a tratamento térmico pelo
processo UHT.
Art. 2º Na apreciação técnica das solicitações de registro de rotulagem no Serviço
de Inspeção Federal – SIF/DIPOA, não deverão ser registrados produtos lácteos de
qualquer natureza, seja de leite destinado ao abastecimento público na forma fluída,
seja de qualquer outro derivado lácteo submetido a tratamento UHT, nos quais a
expressão “Longa Vida”, quando opcionalmente utilizada, seja aposta, na rotulagem,
em caracteres de dimensões superiores ou de cor diferente da Denominação de
Venda do produto, ou artifícios outros que indiquem a intenção de destaque maior que
o nome do produto.
Art. 3º A expressão “Longa Vida”, uma vez utilizada na rotulagem do produto por
opção do fabricante, sempre deverá ser inserida abaixo da Denominação de Venda
do produto ou em painéis do rótulo que não o principal, obedecida a restrição contida
na alínea anterior.
Art. 4º A rotulagem já registrada e confeccionada que não se enquadrar nas
especificações contidas nos arts. 1º e 2º da presente Resolução deverá ser adaptada
por ocasião da encomenda de novos estoques.
Art. 5º Fica a cargo do SIF local o levantamento do estoque remanescente, para o qual
será concedido um prazo de uso, segundo a produção média atual do estabelecimento,
prazo este que, em qualquer situação, não deve exceder o período de 6 (seis) meses,
a contar da data de publicação da presente Resolução.
Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
RUI EDUARDO SALDANHA VARGAS

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
160 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE PRODUTOS LÁCTEOS EM GERAL
INSTRUÇÃO DE SERVIÇO DIPOA / S.D.A. / MA Nº 003/ 2000

PROCEDIMENTOS GERAIS PARA APROVAÇÃO DE ROTULAGEM NOS SIPA’s


E NO SELEI / DOI / DIPOA

INSTRUÇÃO DE SERVIÇO DIPOA / S.D.A. / MA Nº 003/ 2000

1- CONSIDERAÇÕES GERAIS
1.1 INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIAS BÁSICAS DE UM RÓTULO
Painel Principal: (dizeres obrigatórios)
Denominação do produto em caracteres uniformes em corpo e cor
·Marca
Conteúdo Líquido
·Origem ou Procedência
Nos demais painéis (ou no painel principal, quando somente houver este), deverão
constar, também obrigatoriamente (exceto “Data de Fabricação”, que deverá ser
apenas recomendada - ver item 2.3 deste documento):
·Lista de Ingredientes: em ordem decrescente de quantidade, sendo os aditivos
citados com função e nome e/ou número de INS, ou ambos.
·Validade:
Dia e Mês: para produtos com duração mínima não superior a 3 (três) meses;
Mês e Ano: para produtos com duração mínima superior a 3 (três) meses;
·Lote (recomenda-se identificar com a data de fabricação. Ver item 2.3)
·Razão Social da empresa
·Localização (endereço do estabelecimento industrial)
·Classificação do estabelecimento industrial
·CNPJ
·Modo de conservação do produto
·Registro no Ministério da Agricultura SIF/DIPOA sob n0 ----/ ----;
·Carimbo do SIF
·Declaração nutricional: quando presente, deverá atender especificações da Portaria
041/98 SVS/MS.
·Modo de Preparo (quando for o caso).
1.2- Ficam dispensadas de autorização e registro as testeiras ou embalagens
secundárias e terciárias de leite e produtos lácteos, ficando revogados os itens 2.2 e
2.3 do Ofício-Circular nº 013/SIPA, de 28/7/80, cabendo às interessadas tão somente
os demais itens do Ofício-Circular mencionado, sob a supervisão do SIF junto ao
estabelecimento.
1.3- Inscrever no rótulo a expressão “Proibida a Venda Fracionada”, quando a
quantidade a ser acondicionada for igual ou superior a 5Kg.
1.4- DECLARAÇÃO DE COMPOSIÇÃO CENTESIMAL
Sempre que se declarar a composição centesimal na rotulagem de um produto, tanto

161
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

por interesse do fabricante quanto por atendimento a qualquer regulamentação sobre


o assunto, os itens da referida composição centesimal deverão ser lançados no rótulo
no mínimo com as expressões e a seqüência abaixo estabelecidas, :
- Valor Energético (ou Energia) (em Kcal ou KJ / 100g ou 100 mL);
- Proteínas [em gramas (g) / 100g ou g/100 mL)];
- Glicídios (ou Carboidratos ou Hidratos de Carbono) (em g/100g ou g/100 mL);
- Lipídios (ou Gorduras) (em g/100g ou g/100 mL);
- Fibra Alimentar (em g/100g ou g/100 mL, mesmo que igual a zero).
A declaração, no rótulo, dos teores desses e de outros nutrientes naturalmente
presentes num produto, como vitaminas, sais minerais, etc., será de exclusiva
responsabilidade do fabricante, tornando-se passível de comprovação laboratorial a
qualquer momento por exigência do DIPOA, de demandas judiciais ou por requerimento
de consumidores.
A declaração mencionada acima, deverá seguir as diretrizes da Portaria nº 41/98, da
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, particularmente quanto ao
item 3.1.5.
Também a declaração de uso de determinados ingredientes/aditivos, nos memoriais
descritivos de produção ou na rotulagem, deverá ser passível de demonstração
analítica, principalmente no caso de substâncias com limites máximos permitidos para
emprego em alimentos, nos termos da legislação em vigor.
Dessa forma, todas as empresas que fizeram tais declarações deverão dispor de
resultados de analises laboratoriais que comprovem as especificações de cada
produto lançadas na sua rotulagem ou nos memoriais de fabricação.
As empresas deverão, igualmente, dispor de resultados de análises microbiológicas
dos produtos por ela elaborados e colocados no mercado consumidor, atestando o
cumprimento de especificações contidas em Regulamentos Técnicos de Identidade e
Qualidade ou, na inexistência destes, de outra legislação sanitária federal pertinente.
As análises laboratoriais poderão ser feitas em instituição à escolha da empresa ou
em laboratório próprio, mas os resultados devem ser lançados em Laudo especifico,
arquivado junto à documentação oficial do produto pertinente.
Cálculo do valor energético:
Proteínas (valor declarado x 4);
Glicídios (valor declarado x 4);
Lipídios (valor declarado x 9).
Para produtos lácteos incluídos nas disposições das Portarias 27, 31, 33 e 41/98 –
SVS/MS, as empresas fabricantes igualmente deverão dispor de laudos de análises
comprovando todas as especificações declaradas na rotulagem, facultando-se sua
anexação ao formulário de registro.
Tais laudos deverão ficar disponíveis às autoridades públicas e a eventuais consultas
de consumidores, sob única e exclusiva responsabilidade da empresa responsável
pela elaboração do produto e do(s) laboratório(s) que emitir (em) os resultados
analíticos, quando não oficial (is) e/ou de fé pública.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
162 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE PRODUTOS LÁCTEOS EM GERAL
INSTRUÇÃO DE SERVIÇO DIPOA / S.D.A. / MA Nº 003/ 2000

Em qualquer situação, uma determinada formulação deverá resultar em produto final


que atenda às especificações contidas em Regulamento Técnico de Identidade e
Qualidade (RTIQ) do produto que se pretende elaborar.
1.5 - INGREDIENTES
Todos os ingredientes e aditivos descritos nos memoriais de fabricação devem estar
claramente identificados quanto à origem e, quando for o caso, conter os respectivos
níveis de garantia (Laudos fornecidos pelo fabricante, que deverão ficar à disposição
da indústria), principalmente para mix de vitaminas, minerais, etc., além de dispor
de Autorização de Uso de Produto (AUP) e/ou registro no MS. Portanto, bastará às
empresas citar, nos memoriais descritivos de fabricação, o(s) número(s) de registro no
MS ou da AUP, ou a declaração de isenção de registro.
Na Lista de Ingredientes, contida no memorial e no rótulo, observar:
· os aditivos devem ser citados com função, nome e/ou número de INS (Ex.:
conservador ácido sórbico; estabilizante polifosfato de sódio).
· Quanto aos aromas, deverá ser obrigatoriamente citada apenas a função
(“Aromatizante” ou “Aroma de ...”), ficando optativa a classificação (Portaria 42/98 -
SVS / MS, item 6.4.4).
· Incluir a expressão “Aromatizado e/ou Colorido Artificialmente” em qualquer
local do rótulo, no caso do uso de aromas artificiais e/ou corantes artificiais (Decreto
986/69).
· A expressão “Contém” não é mais utilizada, devendo ser excluída.
1.6 - MATERIAL PLÁSTICO DE EMBALAGEM DE PRODUTOS LÁCTEOS
O material plástico empregado na embalagem de um produto lácteo deverá ter
certificação de emprego para alimentos, nos termos da Resolução Nº 105/99 – ANVS/
MS ou de outra legislação que venha a substituí-la.
O fabricante da embalagem plástica deverá, para tanto, identificar laboratório que
possa cumprir as especificações químicas contidas na mencionada Resolução,
fornecendo Laudo de Análise com os resultados obtidos.
Esse Laudo deverá acompanhar cada partida de embalagens plásticas remetidas aos
clientes (no caso, indústrias de laticínios sob SIF).
No memorial de fabricação deverão ser mencionados: identificação do laboratório,
número do laudo de análises, data de expedição dos resultados e a conclusão dos
exames realizados.
1.7- NÚMERO SEQÜENCIAL
- Produtos acondicionados em embalagens constituídas de material diferente entre
si deverão receber número seqüencial diferente. Nessa conceituação de materiais
diferentes, pode-se citar, a título de ilustração que o plástico rígido e material diferente
do plástico flexível, comportando números seqüenciais diferentes para cada tipo
dessas embalagens.
- Um número seqüencial cancelado poderá ser novamente utilizado pela empresa,
desde que esta declare não existir mais a embalagem anterior no mercado.
- Produtos fracionados em geral deverão ter número seqüencial diferente daqueles
que os originaram.

163
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

- Ao variar apenas o peso líquido, deverá ser mantido o mesmo número seqüencial
de um rótulo.
- Número de registro: 4 dígitos;
OBSERVAÇÃO: O número do SIF deverá ser indicado exclusivamente com os dígitos
fornecidos pela DPA/DIPOA ( Exemplos: 1; 87; 322; 4441).
1.8 - DENOMINAÇÃO DO PRODUTO
· A denominação do produto deverá apresentar-se em caracteres uniformes em
corpo e cor, sem intercalação de dizeres ou desenhos (Art.796-RIISPOA, item1).
1.9- CONDIÇÕES DE CONSERVAÇÃO
As condições de conservação do produto devem ser indicadas de forma clara e
precisa ao consumidor, lembrando que em alguns RTIQ’s as temperaturas máximas
estão indicadas.
1.10 - CRITÉRIOS PARA INDEFERIMENTO
Ao indeferir um pedido de Registro para rótulo de Leite e Produtos Lácteos, o Serviço de
Inspeção Federal deverá citar os itens que deverão ser corrigidos para que a indústria
se adeqüe. A via da Repartição encarregada da análise e que propôs o indeferimento
deverá ser arquivada na pasta correspondente até o retorno da proposta da empresa,
com as correções feitas, para evitar a completa re-análise da documentação.
1.11- OBSERVAÇÕES GERAIS
· Deverão ser revogadas as disposições em contrário referentes a rotulagem de
leite e derivados ( Ofício Circular DOI/DIPOA nº 004/98, N.H.S.T.L.P.L, etc.)
· Rótulos de produtos para exportação: Deverão constar, obrigatoriamente,”Uso
autorizado pelo Ministério da Agricultura SIF/DIPOA sob o n0----/--------”, bem como
o carimbo do SIF. Serão dispensadas outras expressões, como a identificação do
fabricante, categoria do estabelecimento, etc., a não ser por especificação do país
importador.
· Creme de Leite: mencionar na rotulagem: Creme de Leite Pasteurizado.
· Controle de Qualidade: descrever sucintamente, no memorial descritivo, como será
feito (mencionar análises efetuadas na matéria-prima e no produto final, freqüência de
análises, referência da metodologia utilizada, local de realização quando parcial ou
totalmente terceirizado, etc).
2. PARTICULARIDADES DA ROTULAGEM
2.1- QUEIJOS
·A expressão “tipo” não foi contemplada para os queijos que possuem Regulamentos
Técnicos, ficando mantida para os demais. Este tem sido o critério do SELEI / DOI
/ DIPOA. Observar, entretanto, que a Port. 371/97 - MA fixa o uso dessa expressão
em determinados casos. As diferenças entre os diversos Regulamentos Técnicos
oriundos das Resoluções MERCOSUL é que motivaram a adoção de um critério para
uniformizar procedimentos.
·Quando o queijo for submetido ao processo de defumação natural deverá constar na
denominação do produto a expressão “defumado”.
·No caso de uso de aroma de fumaça, deverá constar a expressão “sabor defumado”

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
164 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE PRODUTOS LÁCTEOS EM GERAL
INSTRUÇÃO DE SERVIÇO DIPOA / S.D.A. / MA Nº 003/ 2000

na denominação do produto.
·Queijos com diferentes formas de apresentação deverão ter diferentes números de
registro (Ex.: Queijo Mussarela trança; Nozinho; palitinho; bolotinha; bolinha), para
permitir operações de “recall”, etc. Observar, entretanto, que a forma de apresentação
de um produto, conforme descrito no item anterior, não deverá fazer parte da sua
denominação de venda.
·Ao analisar memoriais descritivos ou modelos de rótulos, sempre que possível deverá
ser observada a composição centesimal média dos queijos, verificando os teores de
umidade e de gordura no extrato seco, associando-os com a classificação recebida
pelo produto na Portaria 146/96 - MA.
·A declaração do teor de gordura no extrato seco será optativa, uma vez que o Artigo
825 do RIISPOA, que trata do assunto, foi revogado;
·Queijos Fatiados: As expressões “Fatiado”, “em Fatias”, “em Rodelas”, “em Cunha”,
“em Roletes”, etc., não deverão fazer parte da denominação de venda do produto.
A embalagem e a rotulagem de queijos fatiados em geral serão operações a serem
conduzidas nos estabelecimentos fabricantes, ou em terceiros, desde que devidamente
registrados no SIF.
·Queijos adicionados de condimentos: quando for adicionado de apenas 01 (um)
condimento, o mesmo deverá ser citado na denominação do produto; quando for
adicionado de mais de um condimento, não haverá necessidade de menção de todos
eles na denominação, podendo ser utilizada apenas a expressão “condimentado”.
·Temperaturas de conservação e comercialização de queijos: recomendar, nos casos
em que não houver fixação legal de limites, aquelas citadas para produtos similares
regulamentados ou, ainda, valores mencionados em literatura científica. Determinados
produtos poderão perder características típicas, inclusive com comprometimento
de sua qualidade (exsudação de gordura / umidade, rancificação, etc.), com a sua
manutenção, na rede de distribuição e comercialização, em temperaturas iguais ou
superiores às observadas durante a sua produção. Um determinado queijo curado não
deve ser estocado em temperatura de comercialização igual ou superior à observada
durante sua maturação, após terminada essa etapa, sob risco de descaracterizar-se.
·Em determinados casos, como o dos queijos duros ralados, fatiados ou em peças
íntegras, sua rotulagem deverá conter, no mínimo, a expressão “Conservar em local
fresco e arejado”.
·Queijos “Artesanais”: deverão ser aceitas as nomenclaturas de forma genérica ou
com especificações (Ex. “Queijo Minas” ou “Queijo Minas tipo Araxá”, “Queijo Minas
Araxá”, “Queijo Minas do Serro” e denominações similares), da maneira proposta pelo
fabricante, desde que observado o método típico de fabricação.
·A data de fabricação de queijos, declarada na rotulagem desses produtos, será
aquela do término da maturação, aí entendido o período de tempo especificado em
Regulamentos Técnicos próprios, no RIISPOA ou, ainda, com base em literatura
técnico-científica. Os queijos a maturar deverão ser datados na sua superfície,
mediante carimbo, logo após sua saída da prensagem, para permitir a avaliação
correta do período de maturação pelo SIF.

165
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

2.2 - PRODUTOS DESTINADOS A PROGRAMAS INSTITUCIONAIS


-Inserir as expressões “Venda Proibida” e “Produto Institucional” na rotulagem de tais
produtos, quando submetida a análise do SIF.
-Formulações Especiais de Produtos, desde que, claramente apostas em editais de
licitação, poderão ser analisadas e receber deferimento do SELEI/DOI/DIPOA. As
empresas fabricantes deverão, para isso, anexar ao Formulário Simplificado uma
cópia do Edital com as especificações do produto.
2.3. DATA DE FABRICAÇÃO
·Recomendar sempre, na emissão do parecer técnico, que a identificação do lote seja
feita com a data de fabricação, atendendo tanto especificações da Port. 371/97- M.A.
quanto ao Artigo 797 do RIISPOA.
·Recorde-se entretanto, que a Port. 371/ 97 – MA admite tão somente o uso da letra
“L” seguida de um código – chave.
2.4. CONTEÚDO LÍQUIDO
(Port. 371/97 - MA. x Port. 88 INMETRO): até que seja revisada a Resolução Mercosul,
as indicações constantes em ambas as Portarias poderão ser aceitas.
2.5- INFORMAÇÕES ESPECIAIS
·Inserir a expressão “Contém glúten” nos casos pertinentes (emprego de determinadas
farinhas ou de outros derivados de alguns cereais como trigo, aveia, centeio, cevada,
etc.) na manufatura de determinados produtos lácteos (Lei no 8.543, de 23/12/1992).
·Atenção para adição de alguns edulcorantes ou de umectantes (Lactitol, Sorbitol,
Polidextrose, por exemplo): a partir da estimativa de consumo de uma determinada
quantidade diária, a rotulagem deverá conter a seguinte expressão: “Este produto
pode ter efeito laxativo”. Pode ser o caso de alguns Doces de Leite, por exemplo, onde
o uso de Sorbitol está permitido como umectante (ver Portaria 29/98 - SVS/MS).
·Adição de aspartame: usar na rotulagem a expressão: “Contém Fenilalanina”.
·Nos leites fluidos e desidratados: observar criteriosamente as especificações da
Resolução 31/92 (“Frases dos Lactentes”) - Conselho Nacional de Saúde/MS .
2.6- RESPONSABILIDADE DO FABRICANTE
·Ilustrações, textos explicativos, modo de preparo/reconstituição, etc., são de exclusiva
responsabilidade do fabricante, desde que não afrontem a legislação.
·Expressões tais como “Sem Conservantes”, “Sem Aditivos”, “Sem Conservantes e
Aditivos” e similares não poderão ser admitidas nos casos em que não há permissão
de seu emprego em um determinado tipo de produto.
2.7- LEITE EM PÓ “INSTANTÂNEO”
A expressão “Instantâneo” poderá ou não fazer parte da denominação de venda dos
produtos “Leite em Pó Integral” e “Leite em Pó Desnatado”.
O emprego da expressão “Instantâneo” implicará prévia análise laboratorial do produto
ao qual se pretende atribuir tal característica, de acordo com a metodologia analítica
indicada no RTIQ especifico.
O emprego da expressão “Instantâneo” em produtos lácteos outros além de “leite em
pó integral” e “leite em pó desnatado” implicará, igualmente, demonstração laboratorial

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166 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE PRODUTOS LÁCTEOS EM GERAL
RESOLUÇÃO RDC Nº 40, DE 8 DE FEVEREIRO DE 2002

de tal característica pelo método analítico indicado no RTIQ de Leite em Pó.


Brasília, DF 25 de maio de 2000
Antonio Jorge Camardelli
Diretor do DIPOA / S.D.A./ MA

ROTULAGEM DE ALIMENTOS E BEBIDAS EMBALADOS QUE CONTENHAM


GLÚTEN

RESOLUÇÃO RDC Nº 40, DE 8 DE FEVEREIRO DE 2002

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição


que lhe confere o art.11, inciso IV do Regulamento da ANVISA, aprovado pelo Decreto
nº. 3.029, de 16 de abril de 1999, em reunião realizada em 6 de fevereiro de 2002,
considerando o § 1º do art. 111, do Regimento Interno aprovado pela Portaria nº 593,
de 25 de agosto de 2000, republicada no DO de 22 de dezembro de 2000;
considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de prevenção
e controle sanitário na área de alimentos, visando à saúde da população;
considerando que a doença celíaca ou síndrome celíaca e a dermatite herpetiforme
são doenças causadas pela intolerância permanente ao glúten;
considerando que o glúten é o nome dado a um conjunto de proteínas presentes no
trigo, aveia, cevada, malte e centeio; e
considerando a necessidade de padronização da advertência a ser declarada em
rótulos de alimentos que contenham glúten;
adotou a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente,
determino a sua publicação:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para ROTULAGEM DE ALIMENTOS E
BEBIDAS EMBALADOS QUE CONTENHAM GLÚTÊN, constante do anexo desta
Resolução.
Art. 2º O descumprimento aos termos desta Resolução constitui infração sanitária
ficando o infrator sujeito aos dispositivos da Lei n.º 6.437, de 20 de agosto de 1977 e
demais disposições aplicáveis.
Art. 3º As empresas têm um prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de
publicação deste Regulamento para se adequarem ao mesmo.
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
GONZALO VECINA NETO

167
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO PARA ROTULAGEM DE ALIMENTOS E BEBIDAS
EMBALADOS QUE CONTENHAM GLÚTEN
1.Alcance
1.2Objetivo
Padronizar a declaração sobre a presença de glúten nos rótulos de alimentos e
bebidas embalados.
1.2. Âmbito de Aplicação
O presente Regulamento Técnico se aplica à Rotulagem de Alimentos e Bebidas que
contenham glúten, produzidos, comercializados e embalados na ausência do cliente
e prontos para oferta ao consumidor, sem prejuízo das disposições estabelecidas nas
legislações de rotulagem de alimentos embalados. Excluem-se deste Regulamento
as bebidas alcoólicas.
2. Rotulagem
2.1. Todos os alimentos e bebidas embalados que contenham glúten, como trigo,
aveia, cevada, malte e centeio e/ou seus derivados, devem conter, no rótulo,
obrigatoriamente, a advertência: “CONTÉM GLÚTEN”.
2.2. A advertência deve ser impressa nos rótulos dos alimentos e bebidas embalados
em caracteres com destaque, nítidos e de fácil leitura.
3. REFERÊNCIAS
3.1. BRASIL. Decreto-Lei n.º 986, de 21 de outubro de 1969. Institui normas básicas sobre alimentos. Diário Oficial da União,
Brasília, 21 de outubro de 1996. Seção I, pt.1.
3.2. BRASIL. Lei n.o 8.543, de 23 de dezembro de 1992. Determina a impressão de advertência em rótulos e embalagens de
alimentos industrializados que contenham glúten. Diário Oficial da União, Brasília, 24 de dezembro de 1992. Seção 1, pt.1.
3.3. BRASIL. Portaria SVS/MS no 42, de 14 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico para Rotulagem de Alimentos Embalados.
Diário Oficial da União, Brasília, 16 de janeiro de 1998. Seção 1, pt.1.
3.4. BRASIL. Lei n.o 9.782, de 26 de janeiro de 1999. Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 27 de janeiro de 1999.
3.5. BRASIL. Resolução n.º 23, de 15 de março de 2000. Regulamento Técnico sobre o Manual de Procedimentos Básicos para
o Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de Produtos Pertinentes à Área de Alimentos. Diário Oficial da União,
Brasília, 16 de março de 2000. Seção 1, pt.1.
3.6. ARGENTINA. Ley 24.827 de 12 de junio de 1997. Establécese que a través dos Ministério de Salud y Accion Social, se
determinará la lista de productos alimenticios, que contengam o no glúten de trigo, avena, cebada o centeno em su fórmula
química, incluido sus aditivos.
3.7. AUSTRALIA. ANZFA - Australia New Zeland Food Autority. Guides to Food Labelling. FDR, B.24.019. Amended 31/01/97.
3.8. CANADA. Canadian Food Inspection Agency - Proposed Labelling of Foods Causing Severe Adverse Reactions, Food and
Drug Regulations Review, Project 19, 1998.
3.9. CODEX ALIMENTARIUS. Programa Conjunto FAO/OMS sobre Normas Alimentarias. Comisión del Codex Alimentarius.
Norma General del Codex para el Etiquetado de los Alimentos Preenvasados. CODEX STAN 1-1985 (ver.2 - 1999).
3.10. EUROPEAN UNION. Directive 97/4/EC. Official journal NO. L 043, 14/02/97 P.0021 - 0024.
3.11. UNITED KINGTON. MAFF - Statutory Instrument 1998 N. º 1398, The Food Labelling Amendment Regulations 199, ISBN
0 11 079151 7, UK.

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168 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE PRODUTOS LÁCTEOS EM GERAL
OFÍCIO CIRCULAR Nº 17/2007 DE 24 DE AGOSTO DE 2007

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL COMPLEMENTAR “0% DE GORDURA TRANS”

OFÍCIO CIRCULAR Nº 17/2007 DE 24 DE AGOSTO DE 2007

169
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
170 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
Capítulo 6

LEITES FLUIDOS EM GERAL,


LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS
CONCENTRADOS E DESIDRATADOS

Patrocinadores

ABLV
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
172 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
INSTRUÇÃO NORMATIVA 51, DE 18 DE SETEMBRO DE 2002

REGULAMENTOS TÉCNICOS DE PRODUÇÃO, IDENTIDADE E QUALIDADE DO


LEITE TIPO A, DO LEITE TIPO B, DO LEITE TIPO C, DO LEITE PASTEURIZADO
E DO LEITE CRU REFRIGERADO E O REGULAMENTO TÉCNICO DA COLETA
DE LEITE CRU REFRIGERADO E SEU TRANSPORTE A GRANEL

INSTRUÇÃO NORMATIVA 51, DE 18 DE SETEMBRO DE 2002

**Esta normativa requer alterações no RIISPOA – DECRETO 30.691/52 – para ser


plenamente aplicável.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 87, Parágrafo único, inciso II da Constituição e considerando a necessidade de
aperfeiçoamento e modernização da legislação sanitária federal sobre a produção de leite, resolve:
Art. 1º Aprovar os Regulamentos Técnicos de Produção, Identidade e Qualidade do Leite tipo A, do Leite
tipo B, do Leite tipo C, do Leite Pasteurizado e do Leite Cru Refrigerado e o Regulamento Técnico da Coleta
de Leite Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel, em conformidade com os Anexos a esta Instrução
Normativa.
Parágrafo único. Exclui-se das disposições desta Instrução Normativa o Leite de Cabra, objeto de
regulamentação técnica específica.
Art. 2º A Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA/MAPA expedirá instruções para monitoramento da
qualidade do leite aplicáveis aos estabelecimentos que se anteciparem aos prazos fixados para a vigência da
presente Instrução Normativa.
Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, observados os prazos
estabelecidos na Tabela 2 do Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Leite Cru Refrigerado.
MARCUS VINICIUS PRATINI DE MORAES

RTIQ DE LEITE TIPO A

1. Alcance
1.1. Objetivo
Fixar os requisitos mínimos que devem ser observados para a produção, a identidade
e a qualidade do leite tipo A.
1.2. Âmbito de Aplicação
O presente Regulamento se refere ao leite tipo A destinado ao comércio nacional.
2. Descrição
2.1. Definições
2.1.1. Entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha
completa e ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas
e descansadas. O leite de outros animais deve denominar-se segundo a espécie de
que proceda;
2.1.2. Entende-se por Leite Pasteurizado tipo A o leite classificado quanto ao teor de
gordura em integral, padronizado, semidesnatado ou desnatado, produzido,beneficiado
e envasado em estabelecimento denominado Granja Leiteira, observadas as
prescrições contidas no presente Regulamento Técnico;
2.1.2.1. Imediatamente após a pasteurização o produto assim processado deve

173
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

apresentar teste qualitativo negativo para fosfatase alcalina, teste positivo para
peroxidase e enumeração de coliformes a 30/35ºC (trinta/trinta e cinco graus Celsius)
menor do que 0,3 NMP/mL (zero vírgula três Número Mais Provável / mililitro) da
amostra.
2.2. Designação (denominação de venda)
2.2.1. Leite Pasteurizado tipo A Integral;
2.2.2. Leite Pasteurizado tipo A Padronizado;
2.2.3. Leite Pasteurizado tipo A Semidesnatado;
2.2.4. Leite Pasteurizado tipo A Desnatado;
Deve constar a expressão Homogeneizado na rotulagem do produto, quando for
submetido a esse tratamento, nos termos do presente Regulamento Técnico.
3. Classificação e Características do Estabelecimento
3.1. Classificação: Granja Leiteira é o estabelecimento destinado à produção,
pasteurização e envase de leite Pasteurizado tipo A para o consumo humano, podendo,
ainda, elaborar derivados lácteos a partir de leite de sua própria produção.
3.2. Localização: localizada fora da área urbana, a Granja deve dispor de terreno
para as pastagens, manejo do gado e construção das dependências e anexos, com
disponibilidade para futura expansão das edificações e aumento do plantel. Deve estar
situada distante de fontes poluidoras e oferecer facilidades para o fornecimento de
água de abastecimento, bem como para a eliminação de resíduos e águas servidas. A
localização da Granja e o tratamento e eliminação de águas residuais devem sempre
atender as prescrições das autoridades e órgãos competentes. Deve estar afastada
no mínimo 50 m (cinqüenta metros) das vias públicas de tráfego de veículos estranhos
às suas atividades, bem como possuir perfeita circulação interna de veículos. Os
acessos nas proximidades das instalações e os locais de estacionamento e manobra
devem estar devidamente pavimentados de modo a não permitir a formação de
poeira e lama. As demais áreas devem ser tratadas e/ou drenadas visando facilitar
o escoamento das águas, para evitar estagnação. A área das instalações industriais
deve ser delimitada através de cercas que impeçam a entrada de pequenos animais,
sendo que as residências, quando existentes, devem situar-se fora dessa delimitação.
É vedada a residência nas construções destinadas às instalações da Granja, como
também a criação de outros animais (aves, suínos, por exemplo) na proximidade das
instalações.
3.3. Instalações e Equipamentos
3.3.1. Currais de espera e manejo: de existência obrigatória, devem possuir área mínima
de 2,50 m2 (dois vírgula cinqüenta metros quadrados) por animal a ser ordenhado,
pavimentação de paralelepípedos rejuntados, lajotas ou piso concretado, cercas de
material adequado (tubos de ferro galvanizado, correntes, réguas de madeira, etc.) e
mangueiras com água sob pressão para sanitização. Destinados aos animais a serem
ordenhados, o conjunto deve ser situado estrategicamente em relação à dependência
de ordenha. Quando a Granja possuir outras instalações destinadas a confinamento,
abrigo de touros, etc., que exijam a existência de currais específicos, devem ser
separados dos currais dos animais de ordenha.
3.3.2. Dependência de abrigo e arraçoamento: destinada somente para os fins

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
174 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITE TIPO A

mencionados, deve observar às seguintes exigências:


3.3.2.1. Estrutura coberta bem acabada e de material de boa qualidade. Paredes,
quando existentes, em alvenaria, com acabamento e pintadas com tintas de cor
clara. Como substitutivos das paredes podem ser empregados tubos galvanizados,
correntes ou outro material adequado;
3.3.2.2. Piso impermeável, revestido de cimento áspero ou outro material de qualidade
superior, com dimensões e inclinação suficiente para o fácil escoamento de águas e
resíduos orgânicos;
3.3.2.3. Sistema de contenção de fácil limpeza e sanitização;
3.3.2.4. Manjedouras (cochos) de fácil limpeza e sanitização sem cantos vivos,
revestidas com material impermeável, de modo a facilitar o escoamento das águas
de limpeza. Os bebedouros devem igualmente ser de material de bom acabamento,
côncavos e de fácil limpeza, recomendando-se o uso de bebedouros individuais.
Instalação de água sob pressão para limpeza.
3.3.3. Dependências de Ordenha: a ordenha, obrigatoriamente, deve ser feita em
dependência apropriada, destinada exclusivamente a esta finalidade, e localizada
afastada da dependência de abrigo e arraçoamento, bem como de outras construções
para alojamento de animais. Devem observar às seguintes condições:
3.3.3.1. Construção em alvenaria, com pé-direito, iluminação e ventilação suficientes;
3.3.3.2. Recomenda-se o emprego de parede ou meia-parede para proteção contra
poeira, ventos ou chuva. Estas podem ser revestidas com material que facilite a
limpeza;
3.3.3.3. Piso impermeável, antiderrapante, revestido de cimento ou outro material
de qualidade superior, provido de canaletas de fundo côncavo, com dimensões e
inclinação suficientes para fácil escoamento de águas e resíduos orgânicos;
3.3.3.4. O teto deve possuir forro em material impermeável de fácil limpeza. Em se
tratando de cobertura em estrutura metálica com telhas de alumínio ou tipo “calhetão”,
é dispensado o forro;
3.3.3.5. Portas e caixilhos das janelas metálicos;
3.3.3.6. Instalação de água sob pressão, para limpeza e sanitização da dependência;
3.3.3.7. Sistema de contenção de fácil limpeza e sanitização, não sendo permitido
nesta dependência o uso de canzil de madeira;

3.3.3.8. Possuir, obrigatoriamente, equipamento para a ordenha mecânica, pré-


filtragem e bombeamento até o tanque de depósito (este localizado na dependência
de beneficiamento e envase) em circuito fechado, não sendo permitida a ordenha
manual ou ordenha mecânica em sistema semi-fechado, tipo “balde-ao-pé” ou similar.
O equipamento referido, constituído de ordenhadeiras, tubulações, bombas sanitárias
e outros, deve ser, conforme o caso, em aço inoxidável, vidro, fibra de vidro, ou outros
materiais, desde que observado o Regulamento Técnico específico. Deve possuir
bom acabamento e garantir facilidade de sanitização mecânica e conservação.
Recomenda-se a instalação de coletores individuais de amostra no equipamento de
ordenha.
3.3.4. Dependência de sanitização e guarda do material de ordenha: localizada anexa

175
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

à dependência de ordenha, deve observar, quanto às características da construção


civil, as mesmas condições da dependência de ordenha. As janelas devem ser
providas de telas à prova de insetos.
Nesta dependência localizar-se-ão:
- os tanques para sanitização de ordenhadeiras e outros utensílios;
- tanques e bombas para a circulação de solução para sanitização do circuito de
ordenha;
- prateleiras, estantes, suportes para a guarda de material e equipamentos utilizados na
ordenha, além do material usado na sanitização, tais como recipientes com soluções,
escovas, etc. Os tanques, prateleiras, estantes e suportes aqui mencionados devem
ser construídos com material adequado, tais como: revestimento em azulejo, fibra de
vidro, alumínio ou similar. O equipamento para a produção do vácuo deve ser situado
em lugar isolado e de acesso externo.
3.3.5. Dependências de Beneficiamento, Industrialização e Envase
3.3.5.1. Localizadas no mesmo prédio da dependência de ordenha ou contíguas a
esta, obedecendo, entretanto, completo isolamento e permitindo a condução do leite
da ordenha em circuito fechado, através de tubulação menos extensa possível. Devem
estar afastadas de outras construções para abrigo de animais. As características
de construção civil devem atender às condições exigidas pelo Serviço de Inspeção
Federal (SIF) para uma usina de beneficiamento;
3.3.5.2. Devem dispor de equipamentos em aço inoxidável, de bom acabamento, para
realização das operações de beneficiamento e envase do leite, em sistema automático
de circuito fechado, constituído de refrigerador a placas para o leite proveniente
da ordenha, tanque regulador de nível constante provido de tampa, bombas
sanitárias, filtro-padronizadora centrífuga, pasteurizador, tanque isotérmico para leite
pasteurizado e máquinas de envase. Não deve ser aceito pelo SIF o resfriamento do
leite pasteurizado pelo sistema de tanque de expansão;
3.3.5.3. O pasteurizador deve ser de placas e possuir painel de controle, termoregistrador
automático, termômetros e válvula automática de desvio de fluxo, bomba positiva ou
homogeneizador, sendo que a refrigeração a 4°C (quatro graus Celsius) máximos
após a pasteurização deve ser feita igualmente em seção de placas;
3.3.5.4. No conjunto de equipamentos é obrigatório o emprego de homogeneizador,
se a validade do produto for superior a 24 h (vinte e quatro horas). Os equipamentos
devem ser localizados de acordo com o fluxo operacional, com o espaçamento
entre si, e entre as paredes e divisórias, que proporcione facilidades de operação e
sanitização;
3.3.5.5. Para a fabricação de outros produtos lácteos devem ser previstas as
instalações e equipamentos exigidos em normas ou Regulamentos Técnicos do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
3.3.6. Câmara Frigorífica: com capacidade compatível com a produção da Granja, a
câmara deve ser situada anexa à dependência de beneficiamento e em fluxo lógico
em relação ao local de envase e à expedição. São aceitas câmaras pré-moldadas ou
construídas em outros materiais, desde que de bom acabamento e funcionamento. As
aberturas devem ser de aço inoxidável, fibra de vidro ou outro material adequado. A

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LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITE TIPO A

câmara deve possuir termômetro de leitura para o exterior e assegurar a manutenção


do leite em temperatura máxima de 4°C (quatro graus Celsius), e os demais produtos,
conforme indicação tecnológica.
3.3.7. Dependências de recepção e sanitização de caixas plásticas : possuindo
as mesmas características físicas relativas ao pé direito, piso, paredes e teto da
dependência de beneficiamento e envase, devem ser situadas anexas à mesma,
porém isoladas, com abertura apenas suficiente para passagem das caixas lavadas.
Na sua localização deve ser levada em conta a posição do local de envase, de forma
que ofereçam facilidade ao fluxo de caixas lavadas até o mesmo. As suas dimensões
devem ser suficientes para comportar os tanques ou máquinas para lavagem e
oferecer espaço para a guarda da quantidade de caixas em uso. Os tanques devem
ser construídos em alvenaria, revestidos com azulejos ou outro material adequado.
Não se permite o uso de tanques tipo caixas de cimento-amianto. Devem ser providas
de instalação de água sob pressão. No local de descarga das caixas a cobertura deve
ser projetada para o exterior, de modo a oferecer abrigo ao veículo.
3.3.8. Expedição: a expedição deve ser localizada levando-se em conta a posição
das câmaras frigoríficas e a saída do leite e dos demais produtos do estabelecimento.
Deve estar separada da recepção de caixas plásticas, considerada como “área suja”,
bem como ser provida de cobertura com dimensões para abrigo dos veículos em
operação.
3.3.9. Laboratórios: os laboratórios devem estar devidamente equipados para a
realização do controle físico-químico e microbiológico do leite e demais produtos.
Devem constar de áreas específicas para os fins distintos acima mencionados,
compatíveis com os equipamentos a serem instalados, com o volume de trabalho
a ser executado e com as características das análises. Podem ser localizados no
prédio principal ou dele afastados. As características físicas da construção, relativas
ao piso, paredes, portas e janelas devem observar às mesmas da dependência de
beneficiamento e envase, com exceção do pé direito, que pode ser inferior, e do forro,
que deve estar presente, exigindo-se na sua confecção material apropriado, de fácil
limpeza e conservação.
3.3.10. Dependência para guarda de embalagens: deve estar situada no prédio da
dependência de beneficiamento e envase ou num dos seus anexos.
3.3.11. Abastecimento de água: a fonte de abastecimento deve assegurar um volume
total disponível correspondente à soma de 100 l (cem litros) por animal a ordenhar e 6 l
(seis litros) para cada litro de leite produzido. Deve ser de boa qualidade e apresentar,
obrigatoriamente, as características de potabilidade fixadas no Regulamento da
Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal - RIISPOA. Deve ser
instalado equipamento automático de cloração, como medida de garantia de sua
qualidade microbiológica, independentemente de sua procedência;
3.3.11.1. Nos casos em que for necessário, deve ser feito o tratamento completo
(floculação, sedimentação, filtração, neutralização e outras fases);
3.3.11.2. Os reservatórios de água tratada devem ser situados com o necessário
afastamento das instalações que lhes possam trazer prejuízos e mantidos
permanentemente tampados e isolados através de cerca. Diariamente deve ser feito
o controle da taxa de cloro;

177
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

3.3.11.3. Todas as dependências da granja destinadas à produção e abrigo de animais


devem ter mangueiras com água sob pressão, além de água quente nas seções de
sanitização, beneficiamento, industrialização e envase, bem como na de limpeza de
caixas plásticas;
3.3.11.4. As mangueiras existentes nestas seções devem ser mantidas em suporte
metálico. A água de recuperação utilizada na refrigeração só pode ser reutilizada na
produção de vapor.
3.3.12. Redes de esgotos e de resíduos orgânicos: todas as dependências da granja
destinadas ao abrigo, arraçoamento ou confinamento de animais e a dependência
para ordenha devem ser providas de canaletas de fundo côncavo, com largura,
profundidade e inclinação suficientes para fácil escoamento das águas e resíduos
orgânicos, os quais, obrigatoriamente, devem ser conduzidos por tubulação para
fossas esterqueiras devidamente afastadas, não sendo permitida a deposição em
estrumeiras abertas;
3.3.12.1. Nas demais seções, a rede de esgotos deve constar de canaletas de fundo
côncavo ou ralos sifonados ligados a sistemas de tubulações para condução e
eliminação, não se permitindo o deságüe direto das águas residuais na superfície do
terreno, devendo, no seu tratamento, ser observadas as prescrições estabelecidas
pelo órgão competente. As instalações sanitárias devem ter sistema de esgotos
independente.
3.3.13. Anexos e Outras Instalações
3.3.13.1. Bezerreiro: o bezerreiro deve ser localizado em áreas afastadas das
dependências de ordenha e de beneficiamento, industrialização e envase, sendo que
as características gerais da construção devem observar às mesmas estabelecidas
para a dependência de abrigo e arraçoamento;
3.3.13.2. Dependência para isolamento e tratamento de animais doentes: de existência
obrigatória e específica para os fins mencionados, deve constar de currais, abrigos e
piquetes, devidamente afastados das demais construções e instalações, de forma que
assegurem o necessário isolamento dos animais;
3.3.13.3. Silos, depósitos de feno, dependência para preparo e depósito de ração,
banheiro ou pulverizadores de carrapaticidas e brete: estas instalações, quando
existentes, devem ser situadas em locais apropriados, suficientemente distanciadas
das dependências de ordenha e de beneficiamento, industrialização e envase, de
modo a não prejudicar o funcionamento e higiene operacional das mesmas;
3.3.13.4. Sala de máquinas: deve possuir área suficiente para comportar os
equipamentos a serem instalados, e, quando localizada no corpo do prédio, deve
ser separada por paredes completas, podendo ser aplicados elementos vazados tipo
“cobogó” somente nas paredes externas, quando existentes;
3.3.13.5. Caldeira: quando existente, deve ser localizada em prédio específico,
guardando adequado afastamento de quaisquer outras construções, observando-se
a legislação específica. Os depósitos de lenha ou de outros combustíveis devem ser
localizados adequadamente e de modo a não prejudicar a higiene e o funcionamento
do estabelecimento;
3.3.13.6. Sanitários e vestiários: localizados de forma adequada ao fluxo de operários.
Estas instalações devem ser dimensionadas de acordo com o número de funcionários,

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LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITE TIPO A

recomendando-se a proporção de 1 (um) lavatório, 1 (um) sanitário e 1(um) chuveiro


para até 15 (quinze) operários do sexo feminino e de 1 (um) chuveiro para até 20
(vinte) operários do sexo masculino. Devem ainda ser quantificados de forma que
sejam de uso separado: para os operários do setor de beneficiamento e envase, e
para os demais ligados aos trabalhos nas instalações de animais. Observada esta
mesma separação, os mictórios devem ser dimensionados na proporção de 1 (um)
para cada 30 (trinta) homens. Não é permitida a instalação de vaso tipo “turco”. Os
vestiários devem ser providos de armários, preferentemente metálicos, com telas
que permitam boa ventilação; devem ser individuais e com separação interna para
roupas e calçados. Quanto às características da construção, devem possuir paredes
azulejadas até 1,50m (um vírgula cinqüenta metro), pisos impermeáveis, e forros
adequados, ventilação e iluminação suficientes. Os lavatórios devem ter à disposição,
permanentemente, sabão líquido e neutro, toalhas descartáveis e cestas coletoras;
3.3.13.7. Refeitório: quando necessário os operários devem dispor de instalações
adequadas para as suas refeições, sendo proibido realizá-las nas dependências de
trabalho ou em locais impróprios;
3.3.13.8. Almoxarifado, escritórios e farmácia veterinária: localizados de modo a não
permitir acesso direto às dependências destinadas à produção e beneficiamento
do leite, estas instalações devem constar de dependências específicas para cada
finalidade. O almoxarifado deve se destinar à guarda dos materiais de uso geral nas
instalações voltadas a produção e beneficiamento do leite, possuindo dimensões
suficientes para o depósito dos mesmos em locais separados, de acordo com sua
natureza;
3.3.13.9. Sede do Serviço de Inspeção Federal. composta de um gabinete com
instalação sanitária e vestiário. Os móveis, material e utensílios necessários devem
ser fornecidos pelo estabelecimento;
3.3.13.10. Garagem, oficinas e local para lavagem de veículos: estas instalações
devem ser situadas em setor específico, observando o devido afastamento das demais
construções. Anexos às mesmas devem ser depositados os materiais e insumos do
setor, tais como máquinas, peças, arados, pneus, etc.
4. Sanidade do Rebanho
A sanidade do rebanho leiteiro deve ser atestada por médico veterinário, nos termos
discriminados abaixo e em normas e regulamentos técnicos específicos, sempre que
requisitado pelas Autoridades Sanitárias.
4.1. As atribuições do médico veterinário responsável pela granja leiteira incluem:
4.1.1. Controle sistemático de parasitoses;
4.1.2. Controle sistemático de mastites;
4.1.3. Controle rigoroso de brucelose (Brucella bovis) e tuberculose (Mycobacterium
bovis): o estabelecimento de criação deve cumprir normas e procedimentos de
profilaxia e saneamento com o objetivo de obter certificado de livre de brucelose e de
tuberculose, em conformidade com o Regulamento Técnico do Programa Nacional de
Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal;
4.1.4. Controle zootécnico dos animais.
4.2. Não é permitido o processamento na Granja ou o envio de leite a Posto de

179
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Refrigeração ou estabelecimento industrial adequado, quando oriundo de animais


que:
4.2.1. Estejam em fase colostral003
4.2.2. Cujo diagnóstico clínico ou resultado positivo a provas diagnósticas indiquem
presença de doenças infecto-contagiosas que possam ser transmitidas ao homem
através do leite;
4.2.3. Estejam sendo submetidos a tratamento com drogas e medicamentos de uso
veterinário em geral, passíveis de eliminação pelo leite, motivo pelo qual devem
ser afastados da produção pelo período recomendado pelo fabricante, de forma a
assegurar que os resíduos da droga não sejam superiores aos níveis fixados em
normas específicas.
4.3. É proibido o fornecimento de alimentos e alimentos com medicamentos às vacas
em lactação, sempre que tais alimentos possam prejudicar a qualidade do leite
destinado ao consumo humano.
4.4. Qualquer alteração no estado de saúde dos animais, capaz de modificar a
qualidade sanitária do leite, constatada durante ou após a ordenha, deve implicar
condenação imediata desse leite e do conjunto a ele misturado. As fêmeas em tais
condições devem ser afastadas do rebanho, em caráter provisório ou definitivo, de
acordo com a gravidade da doença.
4.5. É proibido ministrar alimentos que possam prejudicar os animais lactantes ou a
qualidade do leite, incluindo-se nesta proibição substâncias estimulantes de qualquer
natureza, não aprovadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
capazes de provocarem aumento de secreção láctea.
5. Higiene da Produção
5.1. Condições Higiênico-Sanitárias Gerais para a Obtenção da Matéria-Prima :
Devem ser seguidos os preceitos contidos no “Regulamento Técnico sobre as Condições
Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
Elaboradores/Industrializadores de Alimentos, item 3: Dos Princípios Gerais Higiênico
- Sanitários das Matérias - Primas para Alimentos Elaborados / Industrializados”,
aprovado pela Portaria nº 368 / 97 - MA, de 04 de setembro de 1997, para os seguintes
itens:
5.1.1. Localização e adequação dos currais à finalidade;
5.1.2. Condições gerais das edificações (área coberta, piso, paredes ou equivalentes),
relativas `a prevenção de contaminações;
5.1.3. Controle de pragas;
5.1.4. Água de abastecimento;
5.1.5. Eliminação de resíduos orgânicos;
5.1.6. Rotina de trabalho e procedimentos gerais de manipulação;
5.1.7. Equipamentos, vasilhame e utensílios;
5.1.8. Proteção contra a contaminação da matéria-prima;
5.1.9. Acondicionamento, refrigeração, estocagem e transporte.
5.2. Condições Higiênico - Sanitárias Específicas para a Obtenção da Matéria-Prima:

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LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITE TIPO A

5.2.1. As tetas do animal a ser ordenhado devem sofrer prévia lavagem com água
corrente, seguindo-se secagem com toalhas descartáveis e início imediato da
ordenha, com descarte dos jatos iniciais de leite em caneca de fundo escuro ou em
outro recipiente específico para essa finalidade;
5.2.2. Em casos especiais, como os de alta prevalência de mamite causada por
microrganismos do ambiente, pode-se adotar o sistema de desinfecção das tetas
antes da ordenha, mediante técnica e produtos desinfetantes apropriados, adotando-
se rigorosos cuidados para evitar a transferência de resíduos desses produtos para o
leite (secagem criteriosa das tetas antes da ordenha); 5.2.3. Após a ordenha, desinfetar
imediatamente as tetas com produtos apropriados. Os animais devem ser mantidos
em pé pelo tempo suficiente para que o esfíncter da teta volte a se fechar. Para isso,
recomenda-se oferecer alimentação no cocho após a ordenha;
5.2.4. Os trabalhadores da Granja, quaisquer que sejam suas funções, devem dispor
de carteira de saúde, que será renovada anualmente ou quando necessário;
5.2.5. A divisão dos trabalhos na Granja Leiteira deve ser feita de maneira que o
ordenhador se restrinja a sua função, cabendo aos outros trabalhadores as demais
operações, por ocasião da ordenha;
5.2.6. Todos os funcionários ocupados com operações nas dependências de ordenha
e de beneficiamento e envase devem usar uniformes brancos completos (gorro,
macacão ou jaleco, calça e botas). Para os demais devem ser uniformes azuis e
botas pretas;
5.2.7. Todo o pessoal que trabalha nas dependências voltadas à produção deve
apresentar hábitos higiênicos;
5.2.8. O operador do equipamento de ordenha deve, no seu manuseio, conservar as
mãos sempre limpas;
5.2.9. Todas as dependências da granja leiteira devem ser mantidas permanentemente
limpas;
5.2.10. A dependência de ordenha deve ser mantida limpa antes, durante e após
a permanência dos animais. Ao término de seu uso deve ser realizada completa
sanitização do piso e paredes para total remoção de resíduos;
5.2.11. Todo equipamento, após a utilização, deve ser cuidadosamente lavado e
sanitizado, de acordo com Procedimentos Padronizados de Higiene Operacional
(PPHO). Para o equipamento de ordenha devem ser seguidas as recomendações
do fabricante quanto a desmontagem, limpeza e substituição de componentes nos
períodos indicados. A realização desses procedimentos deve ser registrada em
documentos específicos, caracterizando a padronização e garantia da qualidade, para
gerar rastreabilidade e confiabilidade, a exemplo do processo de Análise de Perigos e
Pontos Críticos de Controle - APPCC.
6. Controle da Produção
6.1. As instalações e equipamentos devem estar em perfeitas condições de conservação
e funcionamento, de forma a assegurar a obtenção, tratamento e conservação do
produto dentro dos níveis de garantia obrigatórios;
6.2. O filtro do circuito de ordenha (pré-filtro) deve ser constituído de aço inoxidável e
o elemento filtrante, de material adequado a essa função;

181
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

6.3. Na pasteurização devem ser fielmente observados os limites quanto a temperatura


e tempo de aquecimento de 72º a 75ºC (setenta e dois graus a setenta e cinco graus
Celsius) por 15 a 20s (quinze a vinte segundos). Na refrigeração subseqüente, a
temperatura de saída do leite não deve ser superior a 4°C (quatro graus Celsius);
6.4. Especial cuidado deve ser sempre dispensado para a correta observação do
tempo de sangria do pasteurizador, de forma que a água acumulada no seu interior
seja totalmente eliminada;
6.5. Os gráficos de registro das temperaturas do pasteurizador devem ser rubricados
e datados pelo encarregado dos trabalhos;
6.6. O envase deve iniciar-se em seguida à pasteurização e de modo a otimizar as
operações;
6.7. A máquina de envase (quando o processo de envase empregar lactofilme)
deve possuir lâmpada ultravioleta sempre em funcionamento e, antes de iniciar-se a
operação, deve-se assegurar de que o sistema de alimentação esteja esgotado;
6.8. O leite envasado deve ser imediatamente depositado na câmara frigorífica
e mantido à temperatura máxima de 4°C (quatro graus Celsius), aguardando a
expedição.
7. Procedimentos Específicos para o Controle de Qualidade da Matéria-Prima
7.1. Contagem Padrão em Placas (CPP);
7.2. Contagem de Células Somáticas (CCS);
7.3. Redutase ou Teste de Redução do Azul de Metileno (TRAM) (ver Nota nº 1);
7.4. Pesquisa de Resíduos de Antibióticos (ver Nota nº 2);
7.5. Determinação do Índice Crioscópico (Depressão do Ponto de Congelamento,
DPC);
7.6. Determinação do Teor de Sólidos Totais e Não-Gordurosos;
7.7. Determinação da Densidade Relativa;
7.8. Determinação da Acidez Titulável;
7.9. Determinação do Teor de Gordura;
7.10. Medição da Temperatura do Leite Cru Refrigerado;
Nota nº 1: o Teste de Redução do Azul de Metileno pode ser substituído pela Contagem Padrão
em Placas.
Nota nº 2: os métodos analíticos empregados na pesquisa de resíduos de antibióticos no leite
devem apresentar sensibilidade para os LMR (Limites Máximos de Resíduos) adotados pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sobre o assunto.
Nota nº 3: periodicidade das análises:
- Gordura, Acidez Titulável, Densidade Relativa, Índice Crioscópico (Depressão do Ponto de
Congelamento), Sólidos Não Gordurosos, Alizarol, Tempo de Redução do Azul de Metileno
(quando for o caso): diária, tantas vezes quanto necessário.
- Contagem Padrão em Placas: média geométrica sobre um período de 03 (três) meses, com pelo
menos 01 (uma) análise mensal, em Unidade Operacional da Rede Brasileira de Laboratórios
para Controle da Qualidade do Leite, independentemente das análises realizadas na freqüência
estipulada pelo Programa de Controle de Qualidade interno da Granja Leiteira.
- Contagem de Células Somáticas: média geométrica sobre um período de 03 (três) meses, com

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LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITE TIPO A

pelo menos 01 (uma) análise mensal em Unidade Operacional da Rede Brasileira de Laboratórios
para Controle da Qualidade do Leite, independentemente das análises realizadas na freqüência
estipulada pelo Programa de Controle de Qualidade interno da Granja Leiteira.
- Pesquisa de Resíduos de Antibióticos: pelo menos 01 (uma) análise mensal, em Unidade
Operacional da Rede Brasileira de Laboratórios para Controle da Qualidade do Leite,
independentemente das análises realizadas na freqüência estipulada pelo Programa de Controle
de Qualidade interno da Granja Leiteira.
7.11. A Granja Leiteira pode medir alguns destes parâmetros, além de outros não
relacionados, via análise instrumental;
7.12. É permitido às Granjas Leiteiras utilizar, individual ou coletivamente,
laboratórios credenciados ou reconhecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento para a realização do seu controle de qualidade, rotineiro ou não,
através de metodologia analítica convencional ou instrumental, de parâmetros físicos,
químicos e microbiológicos usualmente não realizados nos laboratórios das Granjas
Leiteiras, tanto por questões de risco biológico quanto pelo custo e nível de dificuldade
da metodologia analítica ou dos equipamentos requeridos para sua execução;
7.13. A responsabilidade pelo controle de qualidade do produto elaborado é exclusiva
da Granja Leiteira, inclusive durante sua distribuição. Sua verificação deve ser feita
periódica ou permanentemente pelo Serviço de Inspeção Federal, de acordo com
procedimentos oficialmente previstos, a exemplo das Auditorias de Boas Práticas
de Fabricação (BPF) e dos Sistemas de Análise de Perigos e de Pontos Críticos
de Controle (APPCC) de cada estabelecimento e segundo a classificação que este
receber como conclusão da Auditoria realizada.
8. Composição e Requisitos Físicos, Químicos e Microbiológicos do Leite Cru
Refrigerado Tipo A Integral e do Leite Pasteurizado Tipo A.
8.1. Ingrediente Obrigatório: Leite Cru Refrigerado tipo A Integral;
8.2. Conjunto do Leite Cru Refrigerado tipo A Integral:

Nota nº (4): Densidade Relativa: dispensada quando os teores de Sólidos Totais (ST) e Sólidos Não Gordurosos
(SNG) forem determinados eletronicamente.

183
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

8.3. Leite Pasteurizado tipo A

* Teor mínimo de SNG, com base no leite integral. Para os demais teores de gordura,
esse valor deve ser corrigido pela seguinte fórmula: SNG = 8,652 - (0,084 x G) (onde
SNG = Sólidos Não-Gordurosos, g/100g; G = Gordura, g/100g).
** Padrões microbiológicos a serem observados até a saída do estabelecimento
industrial produtor.
Nota nº (5): imediatamente após a pasteurização, o leite pasteurizado tipo A deve
apresentar enumeração de coliformes a 30/35o C (trinta/trinta e cinco graus Celsius)
menor do que 0,3 NMP/ml (zero vírgula três Número Mais Provável/mililitro) da
amostra.
Nota nº (6): todos os métodos analíticos estabelecidos acima são de referência,
podendo ser utilizados outros métodos de controle operacional, desde que conhecidos
os seus desvios e correlações em relação aos respectivos métodos de referência.
9. Higiene Geral e Sanitização das Instalações e Equipamentos de Beneficiamento,
Industrialização e Envase
Devem ser observados os Regulamentos Técnicos de Boas Práticas de Fabricação e
os Procedimentos Padronizados de Higiene Operacional (PPHO).
10. Pesos e Medidas
Deve ser aplicada a legislação específica.
11. Rotulagem
11.1. Deve ser aplicada a legislação específica;
11.2. A seguinte denominação do produto deve constar na sua rotulagem, de acordo
com o seu teor de gordura:

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RTIQ DE LEITE TIPO A

11.2.1. Leite Pasteurizado tipo A Integral;


11.2.2. Leite Pasteurizado tipo A Semidesnatado;
11.2.3. Leite Pasteurizado tipo A Padronizado;
11.2.4. Leite Pasteurizado tipo A Desnatado;
11.3. Deve constar no rótulo à expressão “Homogeneizado”, quando o leite for
submetido a esse tratamento, em conformidade com o que especifica o item 3.3.5.4
do presente Regulamento Técnico, em função da sua validade.
12. Acondicionamento
O leite pasteurizado deve ser envasado com material adequado para as condições
previstas de armazenamento e que garanta a hermeticidade da embalagem e proteção
apropriada contra contaminação.
13. Expedição e Transporte do Leite Envasado
A expedição do Leite Pasteurizado tipo A deve ser conduzida sob temperatura máxima
de 4°C (quatro graus Celsius), mediante seu acondicionamento adequado, e levado
ao comércio distribuidor através de veículos com carroçarias providas de isolamento
térmico e dotadas de unidade frigorífica, para alcançar os pontos de venda com
temperatura não superior a 7°C (sete graus Celsius).
14. Aditivos e Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração
Não é permitida a utilização.
15. Contaminantes
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos eventualmente presentes no produto não
devem superar os limites estabelecidos pela legislação específica.
16. Higiene
16.1. Todo equipamento, após a utilização, deve ser cuidadosamente lavado e
sanitizado, de acordo com Procedimentos Padronizados de Higiene Operacional
(PPHO). A realização desses procedimentos deve ser registrada em documentos
específicos, caracterizando a padronização e garantia da qualidade, para gerar
rastreabilidade e confiabilidade, a exemplo do processo de Análise de Perigos e
Pontos Críticos de Controle - APPCC;
16.2. Ademais, as práticas de higiene para elaboração do produto devem estar de
acordo com o estabelecido no Código Internacional Recomendado de Práticas,
Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos (CAC/RCP I -1969, Rev. 3, 1997), além
do disposto no “Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de
Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores
de Alimentos”, aprovado pela Portaria nº 368 / 97 -MA, de 04 de setembro de 1997;
16.3. Critérios Macroscópicos e Microscópicos: ausência de qualquer tipo de impurezas
ou elementos estranhos.
17. Métodos de Análise
17.1. Os métodos de análise recomendados são os indicados no presente Regulamento
Técnico. Esses são métodos de referência, podendo ser utilizados outros métodos
de controle operacional, desde que conhecidos os seus desvios e correlações em
relação aos respectivos métodos de referência.

185
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

18. Amostragem
Devem ser seguidos os procedimentos recomendados na Norma IDF 50 C : 1995.
19. Disposições Gerais
19.1. Para as Granjas que distribuem o Leite Pasteurizado tipo A nos municípios
integrantes das grandes metrópoles e localizadas fora desses municípios, recomenda-
se dispor de entrepostos nos locais de distribuição;
19.2. No transporte e distribuição do Leite Pasteurizado tipo A não é permitido o
transvase do produto para outros veículos fora dos entrepostos referidos no item
anterior;
19.3. Os critérios a serem observados para a desclassificação do Leite tipo A são
aqueles previstos nos Critérios de Inspeção de Leite e Derivados.

RTIQ DE LEITE TIPO B

1.Alcance
1.1. Objetivo
Fixar os requisitos mínimos que devem ser observados para a produção, a identidade
e a qualidade do Leite Cru Refrigerado tipo B e Leite Pasteurizado tipo B;
1.2. Âmbito de Aplicação:
O presente Regulamento se refere ao Leite tipo B destinado ao comércio nacional.
2. Descrição
2.1. Definições
2.1.1. Entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha
completa e ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas
e descansadas. O leite de outros animais deve denominar-se segundo a espécie de
que proceda;
2.1.2. Entende-se por Leite Cru Refrigerado tipo B o produto definido neste
Regulamento Técnico, integral quanto ao teor de gordura, refrigerado em propriedade
rural produtora de leite e nela mantido pelo período máximo de 48h (quarenta e oito
horas), em temperatura igual ou inferior a 4ºC (quatro graus Celsius), que deve ser
atingida no máximo 3h (três horas) após o término da ordenha, transportado para
estabelecimento industrial, para ser processado, onde deve apresentar, no momento
do seu recebimento, temperatura igual ou inferior a 7ºC (sete graus Celsius).
2.1.3. Entende-se por Leite Pasteurizado tipo B o produto definido neste Regulamento
Técnico, classificado quanto ao teor de gordura como integral, padronizado,
semidesnatado ou desnatado, submetido à temperatura de 72 a 75ºC (setenta e
dois a setenta e cinco graus Celsius) durante 15 a 20s (quinze a vinte segundos),
exclusivamente em equipamento de pasteurização a placas, dotado de painel de
controle com termo-registrador computadorizado ou de disco e termo-regulador
automáticos, válvula automática de desvio de fluxo, termômetros e torneiras de prova,
seguindo-se resfriamento imediato em equipamento a placas até temperatura igual ou

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LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITE TIPO B

inferior a 4ºC (quatro graus Celsius) e envase no menor prazo possível, sob condições
que minimizem contaminações;
2.1.3.1. Imediatamente após a pasteurização o produto assim processado deve
apresentar teste qualitativo negativo para fosfatase alcalina, teste positivo para
peroxidase e enumeração de coliformes a 30/350C (trinta/trinta e cinco graus
Celsius) menor que 0,3 NMP/ml (zero vírgula três Número Mais Provável/ mililitro) da
amostra.
2.2. Designação (denominação de venda)
2.2.1. Leite Cru Refrigerado tipo B;
2.2.2. Leite Pasteurizado tipo B Integral;
2.2.3. Leite Pasteurizado tipo B Padronizado;
2.2.4. Leite Pasteurizado tipo B Semidesnatado;
2.2.5. Leite Pasteurizado tipo B Desnatado.
Deve constar a expressão “Homogeneizado” na rotulagem do produto, quando for
submetido a esse tratamento.
3. Características do Estabelecimento
3.1. Estábulo:
3.1.1. Deve estar localizado em área distante de fontes produtoras de mau cheiro, que
possam comprometer a qualidade do leite;
3.1.2. Deve dispor de currais de espera de bom acabamento, com área mínima de
2,50 m2 (dois vírgula cinqüenta metros quadrados) por animal do lote a ser ordenhado.
Entende-se como bem acabado o curral dotado de piso concretado, blocos de
cimento ou pedras rejuntadas com declive não inferior a 2% (dois por cento), provido
de canaletas sem cantos vivos, e de largura, profundidade e inclinação suficientes, de
modo a permitirem fácil escoamento das águas e de resíduos orgânicos;
3.1.3. Os currais devem estar devidamente cercados com tubos de ferro galvanizado,
correntes, réguas de madeira, ou outro material adequado e possuírem mangueiras
com água sob pressão para sanitização.
3.1.4. O estábulo propriamente dito deve atender ainda as seguintes exigências:
3.1.4.1. Ter sistema de contenção de fácil limpeza e sanitização;
3.1.4.2. Ter piso impermeável, revestido de cimento áspero ou outro material aprovado,
com declive não inferior a 2% (dois por cento) e provido de canaletas sem cantos
vivos, de largura, profundidade e inclinação suficientes, de modo a permitirem fácil
escoamento das águas e de resíduos orgânicos;
3.1.4.3. Ser delimitado por tubos de ferro galvanizado, correntes ou outro material,
como substitutos dos muros e paredes, que, quando existentes, devem ser
impermeabilizados com material de fácil sanitização até a altura mínima de 1,20 m
(um vírgula vinte metro);
3.1.4.4. Ter manjedouras ou cochos de fácil sanitização, sem cantos vivos,
impermeabilizadas com material adequado, possuindo sistema de rápido escoamento
para as águas de limpeza. As manjedouras do tipo individual devem dispor de sistema
próprio para escoamento das águas;

187
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

3.1.4.5. Abastecimento de água: Recomenda-se que a fonte de abastecimento


assegure um volume total disponível correspondente à soma de 100 l (cem litros) por
animal a ordenhar e 6 l (seis litros) para cada litro de leite produzido. Deve ser de boa
qualidade e apresentar, obrigatoriamente, as características de potabilidade fixadas
no Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal -
RIISPOA. Deve ser instalado equipamento que assegure cloração permanente, como
medida de garantia de sua qualidade microbiológica, independentemente de sua
procedência;
3.1.5. Todas as dependências do estábulo devem possuir mangueiras com água sob
pressão;
3.1.6. Possuir rede de esgoto para escoamento de águas servidas e dos resíduos
orgânicos, canalizados a uma distância tal que não venham a constituir-se em
fonte produtora de mau cheiro. As áreas adjacentes devem ser drenadas e possuir
escoamento para águas pluviais;
3.1.7. Ter dependência apropriada para o leite, denominada Sala de Leite, quando a
ordenha for realizada no estábulo, que também deve servir para a guarda e higiene
dos utensílios e equipamentos, os quais não devem ter contato direto com o piso;
3.1.7.1. A Sala de Leite deve ser ampla o suficiente e apresentar áreas de iluminação e
ventilação adequadas, piso impermeabilizado e paredes impermeabilizadas até altura
adequada. As janelas e basculantes devem ser providos de telas à prova de insetos;
3.1.7.2. O equipamento de refrigeração do leite deve ser localizado nessa dependência.
Assim, deve oferecer as condições básicas para a transferência do leite refrigerado
para o caminhãotanque;
3.1.8. O estábulo deve possuir instalações sanitárias completas para os operadores e
dotadas de fossa séptica. O acesso a essas instalações deve ser indireto em relação
às demais edificações;
3.1.9. Permite-se a ordenha no Estábulo, desde que seja mecânica. Quando o Estábulo
não atender integralmente a essa disposição, torna-se obrigatória à construção de
Dependência para a Ordenha propriamente dita.
3.2. Dependência para Ordenha
3.2.1. Deverá ser dotada de Sala de Leite, onde deve ser instalado o equipamento
de refrigeração do leite em placas ou por expansão direta. Nessa dependência, a
ordenha pode ser manual ou mecânica. Quando manual, deve ser provida de paredes
na altura mínima de 2 m (dois metros);
3.2.2. Deve estar afastada de fonte produtora de mau cheiro e/ou construção que
venha causar prejuízos à obtenção higiênica do leite. Deve atender, ainda, às
seguintes condições: ser suficientemente ampla, apresentar áreas de iluminação e
ventilação adequadas, forro, piso impermeabilizado, paredes impermeabilizadas
até altura adequada e possuir mangueiras com água sob pressão. É facultativa a
instalação de telas e basculantes;
3.2.3. No caso de ordenha mecânica, ficam dispensados forro e paredes. Em qualquer
modalidade de ordenha o forro está dispensado no caso de estrutura metálica e
cobertura de alumínio ou cimento- amianto.
3.3. Boxes dos bezerros

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3.3.1. Devem ser destinados apenas à contenção durante a ordenha. O bezerreiro


(criação) pode estar localizado em área contígua ao estábulo ou dependência para
ordenha, desde que isolado por parede e com acesso indireto, observados os cuidados
técnicos e higiênico-sanitários compatíveis com a produção do leite;
3.3.2. Quando o estábulo leiteiro dispuser de instalações complementares (silos,
depósitos de feno, banheiro ou pulverizadores de carrapaticidas, depósitos de
forragem, local para o preparo de rações, tanques de cevada ou melaço, estrumeiras,
etc.), estas devem ficar afastadas do local de ordenha a uma distância que não cause
interferência na qualidade do leite. Os tanques de cevada e melaço devem estar
tampados com telas milimetradas ou outro material adequado.
4. Sanidade do Rebanho
A sanidade do rebanho leiteiro deve ser atestada por médico veterinário, nos termos
discriminados abaixo e em normas e regulamentos técnicos específicos, sempre que
requisitado pelas Autoridades Sanitárias.
4.1. As atribuições do médico veterinário responsável pelo estábulo leiteiro incluem:
4.1.1. Controle sistemático de parasitoses;
4.1.2. Controle sistemático de mastites;
4.1.3. Controle rigoroso de brucelose (Brucella bovis) e tuberculose (Mycobacterium
bovis): o estabelecimento de criação deve cumprir normas e procedimentos de
profilaxia e saneamento com o objetivo de obter certificado de livre de brucelose e de
tuberculose, em conformidade com o Regulamento Técnico do Programa Nacional de
Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal;
4.1.4. Controle zootécnico dos animais.
4.2. Não é permitido o processamento do leite no Estábulo ou o seu envio a Posto
de Refrigeração de leite ou estabelecimento industrial adequado, quando oriundo de
animais que:
4.2.1. Estejam em fase colostral;
4.2.2. Cujo diagnóstico clínico ou resultado positivo a provas diagnósticas indiquem
presença de doenças infecto-contagiosas que possam ser transmitidas ao homem
através do leite;
4.2.3. Estejam sendo submetidos a tratamento com drogas e medicamentos de uso
veterinário em geral, passíveis de eliminação pelo leite, motivo pelo qual devem
ser afastados da produção pelo período recomendado pelo fabricante, de forma a
assegurar que os resíduos da droga não sejam superiores aos níveis fixados em
normas específicas.
4.3. É proibido o fornecimento de alimentos e alimentos com medicamentos às vacas
em lactação, sempre que tais alimentos possam prejudicar a qualidade do leite
destinado ao consumo humano;
4.4. Qualquer alteração no estado de saúde dos animais, capaz de modificar a
qualidade sanitária do leite, constatada durante ou após a ordenha, deve implicar
condenação imediata desse leite e do conjunto a ele misturado. As fêmeas em tais
condições devem ser afastadas do rebanho, em caráter provisório ou definitivo, de
acordo com a gravidade da doença;

189
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4.5. É proibido ministrar alimentos que possam prejudicar os animais lactantes ou a


qualidade do leite, incluindo-se nesta proibição substâncias estimulantes de qualquer
natureza, não aprovadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
capazes de provocarem aumento de secreção láctea.
5. Higiene da Produção
5.1. Condições Higiênico-Sanitárias Gerais para a Obtenção da Matéria-Prima:
Devem ser seguidos os preceitos contidos no “Regulamento Técnico sobre as Condições
Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
Elaboradores/ Industrializadores de Alimentos, item 3: Dos Princípios Gerais Higiênico-
Sanitários das MatériasPrimas para Alimentos Elaborados/Industrializados”, aprovado
pela Portaria nº 368 / 97 - MA, de 04 de setembro de 1997, para os seguintes itens:
5.1.1. Localização e adequação dos currais à finalidade;
5.1.2. Condições gerais das edificações (área coberta, piso, paredes ou equivalentes),
relativas à prevenção de contaminações;
5.1.3. Controle de pragas;
5.1.4. Água de abastecimento;
5.1.5. Eliminação de resíduos orgânicos;
5.1.6. Rotina de trabalho e procedimentos gerais de manipulação;
5.1.7. Equipamentos, vasilhame e utensílios;
5.1.8. Proteção contra a contaminação da matéria-prima;
5.1.9. Acondicionamento, refrigeração, estocagem e transporte.
5.2. Condições Higiênico-Sanitárias Específicas para a Obtenção da Matéria-Prima:
5.2.1. As tetas do animal a ser ordenhado devem sofrer prévia lavagem com água
corrente, seguindo-se secagem com toalhas descartáveis e início imediato da
ordenha, com descarte dos jatos iniciais de leite em caneca de fundo escuro ou em
outro recipiente específico para essa finalidade. Em casos especiais, como os de alta
prevalência de mamite causada por microrganismos do ambiente, pode-se adotar o
sistema de desinfecção das tetas antes da ordenha, mediante técnica e produtos
desinfetantes apropriados, adotando-se rigorosos cuidados para evitar a transferência
de resíduos desses produtos para o leite (secagem criteriosa das tetas antes da
ordenha);
5.2.2. Após a ordenha, desinfetar imediatamente as tetas com produtos apropriados.
Os animais devem ser mantidos em pé, pelo tempo suficiente para que o esfíncter da
teta volte a se fechar. Para isso, recomenda-se oferecer alimentação no cocho após
a ordenha;
5.2.3. O leite obtido deve ser coado em recipiente apropriado de aço inoxidável, náilon,
alumínio ou plástico atóxico e refrigerado até a temperatura máxima de 4ºC (quatro
graus Celsius), em até 3h (três horas) após o término da ordenha;
5.2.4. A limpeza do equipamento de ordenha e do equipamento de refrigeração do
leite deve ser feita de acordo com instruções do fabricante, usando-se material e
utensílios adequados, bem como detergentes inodoros e incolores;
5.2.5. A alteração e/ou inclusão ou exclusão de animais do rebanho deve ser

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acompanhada das providências de ordem sanitária cabíveis;


5.2.6. Os trabalhadores do estábulo devem apresentar carteira de saúde, renovada
anualmente ou quando necessário;
5.2.7. É obrigatório o uso de macacão de cor clara, gorro e botas de borracha para
todos os funcionários que trabalham no estábulo. Para o ordenhador recomenda-se o
uso de avental plástico ou similar de cor branca;
5.2.8. Deve haver divisão dos trabalhos no estábulo, de maneira que o ordenhador
se restrinja à sua função, cabendo a outros as operações de contenção dos animais,
lavagem e sanitização das tetas;
5.2.9. O local de ordenha deve ser mantido sob rigorosas condições de higiene;
5.2.10. É obrigatória a lavagem das mãos do ordenhador, em água corrente, seguida
de imersão em solução desinfetante apropriada, antes de iniciar a ordenha de cada
animal;
5.2.11. Na ordenha, deve ser usado balde de abertura lateral, sem costuras ou soldas
que dificultem sua limpeza e sanitização;
5.2.12 As vacas com mastite devem ser ordenhadas por último e seu leite não pode
ser destinado para consumo humano;
5.2.13. Devem ser exigidos hábitos higiênicos de todo pessoal que trabalhe no
estábulo, como também a proibição de fumar nos locais de ordenha e de manipulação
do leite.
6. Transporte do Leite do Estábulo Leiteiro para o Estabelecimento Industrial
6.1. A proteção da matéria-prima, a adequação do vasilhame utilizado no seu
acondicionamento e as condições de transporte devem observar o que dispõe o
“Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas
de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializa-dores de Alimentos,
item 3: Dos Princípios Gerais Higiênico-Sanitários das Matérias-Primas para Alimentos
Elaborados/Industrializados”, aprovado pela Portaria nº 368 / 97 -MA, de 04 de
setembro de 1997.
6.1.1. Para o transporte, a ser realizado exclusivamente em carros - tanque, do Leite
Cru Refrigerado Tipo B oriundo de uma ou mais propriedades rurais, devem ser
seguidas as especificações gerais contidas no Regulamento Técnico de Coleta de
Leite Cru Refrigerado e seu Transporte a granel, além das seguintes:
6.1.2. O leite deverá ser mantido sob refrigeração à temperatura máxima de 4°C
(quatro graus Celsius). A transferência do leite do tanque estacionário para o veículo
coletor deve se processar em circuito fechado e em local devidamente coberto;
6.1.3. Devem ser coletadas amostras por produtor, devidamente acondicionadas,
para complementação dos exames no estabelecimento de industrialização. A coleta
dessa amostra deve ser feita por pessoal treinado e capacitado para esse fim, e em
condições apropriadas aos exames físico-químicos e microbiológicos;
6.1.4. O carro-tanque deve ser dotado de compartimento destinado ao transporte do
leite desclassificado.
7. Controle de Qualidade da Matéria-Prima no Estabelecimento Beneficiador
7.1. Considerações Gerais:

191
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

7.1.1. O leite só pode ser recebido na categoria tipo B, quando se enquadrar nos
requisitos microbiológicos e às condições de transporte e de temperatura estabelecidos
no presente Regulamento Técnico;
7.1.2. Entende-se como sistema de recepção totalmente independente aquele
composto de medidor volumétrico, bombas, tubulações, refrigerador e tanque de
estocagem, distintos e identificados para o Leite tipo B;
7.1.3. O estabelecimento beneficiador deve organizar seus horários de recepção da
matéria - prima quando possuir apenas um equipamento de recepção, comum para o
Leite Cru Refrigerado tipo B, para o Leite Cru refrigerado e, quando for o caso, para o
Leite Cru tipo C, enquanto perdurar a produção desse último tipo de leite;
7.1.4. A recepção de outros tipos de Leite Cru, refrigerado ou não, antes do Leite
Cru tipo B refrigerado deve implicar lavagem e sanitização compulsórias do circuito
comum a ambos os tipos;
7.1.5. Quando dispuser de mais de um equipamento de recepção, podem ser recebidos
mais de um tipo de leite no mesmo horário, desde que seja feito controle rigoroso
das operações e perfeita identificação dos equipamentos e das tubulações, não se
permitindo que estas tenham derivações que permitam ao Leite tipo B misturar-se
com outro tipo de leite em processamento simultâneo;
7.1.6. Em qualquer um dos sistemas de recepção acima mencionados é obrigatória
a existência de tanque de estocagem específico para Leite tipo B, bem como para o
leite de outros tipos;
7.1.7. O leite que for desclassificado pode ser recebido na indústria dentro da categoria
que alcançar. O produto deve retornar à sua categoria original após apresentar-se
novamente dentro do padrão fixado no presente Regulamento.
7.2. Procedimentos Específicos para o Controle de Qualidade da Matéria-Prima
7.2.1. Seleção do leite, tanque por tanque, através do teste do álcool/alizarol na
concentração mínima de 72 % (setenta e dois por cento) (v/v);
7.2.2. Contagem Padrão em Placas (CPP);
7.2.3. Contagem de Células Somáticas (CCS);
7.2.4. Redutase ou Teste de Redução do Azul de Metileno (TRAM) (ver Nota nº 1,
abaixo);
7.2.5. Pesquisa de Resíduos de Antibióticos (ver Nota nº 2, abaixo);
7.2.6. Determinação do Índice Crioscópico (Depressão do Ponto de Congelamento,
DPC);
7.2.7. Determinação do teor de Sólidos Totais e Não-Gordurosos;
7.2.8. Determinação da Densidade Relativa;
7.2.9. Determinação da Acidez Titulável;
7.2.10. Determinação do teor de Gordura;
7.2.11. Medição da Temperatura do Leite Cru Refrigerado;
7.2.12. Pesquisa de indicadores de Fraudes e Adulterações.
Nota nº 1: o Teste de Redução do Azul de Metileno poderá ser substituído pela Contagem Padrão
em Placas.

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Nota nº 2: os métodos analíticos empregados na pesquisa de resíduos de antibióticos no leite


devem apresentar sensibilidade para os LMR (Limites Máximos de Resíduos) adotados pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sobre o assunto.
Nota nº 3: periodicidade das Análises / Produtor:
- Determinação da temperatura do leite cru refrigerado: diariamente, no momento da colheita
do Leite Cru Refrigerado na propriedade rural e quando da sua entrega no estabelecimento
beneficiador;
- Gordura, Acidez Titulável, Densidade Relativa, Índice Crioscópico (Depressão do Ponto de
Congelamento), Sólidos Não Gordurosos, Tempo de Redução do Azul de Metileno (quando for o
caso): pelo menos 02 (duas) vezes ao mês;
- Contagem Padrão em Placas: média geométrica sobre um período de 03 (três) meses, com pelo
menos 01 (uma) análise mensal, em Unidade Operacional da Rede Brasileira de Laboratórios
para Controle da Qualidade do Leite, independentemente das análises realizadas na freqüência
estipulada pelo Programa de Controle de Qualidade interno do estabelecimento processador;
- Contagem de Células Somáticas: média geométrica sobre um período de 03 (três) meses, com
pelo menos 01 (uma) análise mensal em Unidade Operacional da Rede Brasileira de Laboratórios
para Controle da Qualidade do Leite, independentemente das análises realizadas na freqüência
estipulada pelo Programa de Controle de Qualidade interno do estabelecimento processador;
- Pesquisa de Resíduos de Antibióticos: pelo menos 01 (uma) análise mensal, em Unidade
Operacional da Rede Brasileira de Laboratórios para Controle da Qualidade do Leite,
independentemente das análises realizadas na freqüência estipulada pelo Programa de Controle
de Qualidade interno do estabelecimento processador;
- Pesquisa de indicadores de Fraudes e Adulterações: pelo menos 02 (duas) vezes ao mês.
7.2.13. O estabelecimento beneficiador pode medir alguns destes parâmetros, além
de outros não relacionados, via análise instrumental;
7.2.14. É permitido aos estabelecimentos beneficiadores utilizar, individual ou
coletivamente, laboratórios credenciados ou reconhecidos pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a realização do controle de qualidade
da empresa, rotineiro ou não, através de metodologia analítica convencional ou
instrumental, de parâmetros físicos, químicos e microbiológicos usualmente não
realizados nos laboratórios industriais, tanto por questões de risco biológico quanto
pelo custo e nível de dificuldade da metodologia analítica ou dos equipamentos
requeridos para sua execução;
7.2.15. A responsabilidade pela seleção adequada da matéria-prima e pelo controle de
qualidade do produto elaborado é exclusiva do estabelecimento beneficiador, inclusive
durante sua distribuição. Sua verificação será feita periódica ou permanentemente pelo
Serviço de Inspeção Federal, de acordo com procedimentos oficialmente previstos, a
exemplo das Auditorias de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e dos Sistemas de
Análise de Perigos e de Pontos Críticos de Controle (APPCC) de cada estabelecimento
e segundo a classificação que este receber como conclusão da Auditoria realizada.
8. Composição e Requisitos Físicos, Químicos e Microbiológicos do Leite Cru
Refrigerado Tipo B Integral e do Leite Pasteurizado Tipo B
8.1. Ingrediente Obrigatório: Leite Cru Refrigerado tipo B Integral.

193
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

8.2 Leite Cru Refrigerado Tipo B Integral


Item de Composição Requisito Método de Análise
Gordura (g/100 g) min. 3,0 IDF 1 C 1987
Acidez, em g de ácido láctico/100 mL 0,14 a 0,18 LANARA/MA, 1981
Densidade Relativa, 15/15ºC, g/mL (4) 1,028 a 1,034 LANARA/MA, 1981
Índice Crioscópico máximo - 0,530ºH (-0,512ºC) IDF 108 A: 1969
Índice de Refração do Soro Cúprico a 20ºC Mín. 37º Zeiss CLA/DDA/SDA/MAPA
Sólidos Não-Gordurosos(g/100g): mín. 8,4 IDF 21 B 1987
Proteína Total (g/100 g) mín. 2,9 IDF 20 B 1993
Redutase (TRAM) mín. 3:30h CLA/DDA/ MA
Estabilidade ao Alizarol 72% (v/v) Estável CLA/DDA/ MA
Contagem Padrão em Placas (UFC/mL) máx. 5x105 S.D.A/MA, 1993
Contagem de Células Somáticas(CS/mL): máx. 6x105 IDF 148 A 1995

Nota nº (4): Densidade Relativa: dispensada quando os teores de Sólidos Totais (ST) e Sólidos Não Gordurosos
(SNG) forem determinados eletronicamente.
8.3 Controle Diário de Qualidade do Leite Cru Refrigerado Tipo B, de conjunto de
produtores, quando do seu recebimento no estabelecimento de destino (para cada
compartimento do tanque):
- temperatura;
- teste do álcool / alizarol na concentração mínima de 72% (setenta e dois por cento)
v/v; - acidez titulável;
- índice crioscópico;
- densidade relativa, a 15/15o C;
- teor de gordura;
- pesquisa de fosfatase alcalina (quando a matéria-prima transitar entre Usinas e ou
Fábricas); - pesquisa de peroxidase; (quando a matéria-prima transitar entre Usinas e
ou Fábricas); - % de ST e de SNG;
- pesquisa de neutralizantes da acidez e de reconstituintes da densidade; - outras
pesquisas que se façam necessárias.
8.4. Leite Pasteurizado tipo B
Semi- Método de
Requisitos Integral Padronizado Desnatado
desnatado Análise
Teor IDF 1 C
Gordura (g/100g) 3,0 0,6 a 2,9 máx. 0,5
Original :1987
Acidez, (g ác. LANARA/MA
0,14 a 0,18para todas as variedades
Láctico/100mL) 1981
Estabilidade ao Alizarol CLA/DDA/
Estável para todas as variedades
72% (v/ v) MA
Sólidos Não IDF 21 B :
mínimo de 8,4 *
Gordurosos(g/100g) 1987
IDF 108 A :
Índice Crioscópico máx -0,530ºH (-0,512ºC)
1969
Índice de Refração do CLA/DDA/
mínimo 37º Zeiss
Soro Cúprico a 20ºC SDA/ MAPA
Testes Enzimáticos LANARA/
prova de fosfatase MA, 1981
negativa positiva
alcalina prova de LANARA/
peroxidase MA, 1981
Contagem Padrão em S.D.A/
n = 5; c = 2; m = 4,0x10⁴; M = 8,0x10⁴
Placas (UFC/mL) ** MA,1993

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Coliformes/ NMP/mL S.D.A/


n = 5; c = 2; m=2; M=5
(30/35ºC)** MA,1993
Coliformes/ NMP/mL S.D.A/
n = 5; c = 1; m=1; M=2
(45ºC)** MA,1993
S.D.A/
Salmonella spp/25mL** n = 5; c = 0; m= ausência
MA,1993
* Teor mínimo de SNG, com base no leite integral. Para os demais teores de gordura, esse valor deverá ser
corrigido pela seguinte fórmula:
SNG = 8,652 - (0,084 x G)
(onde SNG = Sólidos Não-Gordurosos, g/100g; G = Gordura, g/100g)
** Padrões microbiológicos a serem observados até a saída do estabelecimento industrial produtor.
Nota nº 5: imediatamente após a pasteurização, o leite pasteurizado tipo B deve apresentar enumeração de
coliformes a 30/35ºC (trinta/trinta e cinco graus Celsius) menor do que 0,3 NMP (zero vírgula três Número Mais
Provável/mililitro) da amostra.
Nota nº 6: todos os métodos analíticos estabelecidos acima são de referência, podendo ser utilizados outros
métodos de controle operacional, desde que conhecidos os seus desvios e correlações em relação aos
respectivos métodos de referência.
9. Expedição e Transporte do Leite Pasteurizado Tipo B
9.1. A expedição do Leite Pasteurizado tipo B deve ser conduzida sob temperatura
máxima de 4°C (quatro graus Celsius), mediante seu acondicionamento adequado,
e levado ao comércio distribuidor através de veículos com carroçarias providas de
isolamento térmico e dotadas de unidade frigorífica, para alcançar os pontos de venda
com temperatura não superior a 7°C (sete graus Celsius).
10. Pesos e Medidas
Deve ser aplicada a legislação específica.
11. Rotulagem
11.1. Deve ser aplicada a legislação específica;
11.2. A seguinte denominação do produto deve constar na sua rotulagem, de acordo
com o seu teor de gordura:
11.2.1.Leite Pasteurizado tipo B Integral; 11.2.2.Leite Pasteurizado tipo B Padronizado;
11.2.3.Leite Pasteurizado tipo B Semidesnatado; 11.2.4.Leite Pasteurizado tipo B
Desnatado;
11.3. Deve constar no rótulo à expressão “Homogeneizado”, quando o leite for
submetido a esse tratamento.
12. Acondicionamento
12.1. O leite pasteurizado tipo B deve ser envasado com material adequado para as
condições previstas de armazenamento e que garanta a hermeticidade da embalagem
e proteção apropriada contra contaminação
13. Aditivos e Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração Não é permitida a utilização.
14. Contaminantes
14.1. Os contaminantes orgânicos e inorgânicos eventualmente presentes no produto
não devem superar os limites estabelecidos pela legislação específica.
15. Higiene
15.1. Todo equipamento, após a utilização, deve ser cuidadosamente lavado e
sanitizado, de acordo com Procedimentos Padronizados de Higiene Operacional
(PPHO). A realização desses procedimentos deve ser registrada em documentos

195
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

específicos, caracterizando a padronização e garantia da qualidade, para gerar


rastreabilidade e confiabilidade, a exemplo do processo de Análise de Perigos e
Pontos Críticos de Controle - APPCC;
15.2. Ademais, as práticas de higiene para elaboração do produto devem estar de
acordo com o estabelecido no Código Internacional Recomendado de Práticas,
Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos (CAC/RCP I -1969, Rev. 3, 1997), além
do disposto no “Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de
Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores
de Alimentos”, aprovado pela Portaria nº 368 / 97 -MA, de 04 de setembro de 1997;
15.3. Critérios Macroscópicos e Microscópicos:
Ausência de qualquer tipo de impurezas ou elementos estranhos.
16.Métodos de Análise
16.1. Os métodos de análise recomendados são os indicados no presente Regulamento
Técnico. Esses são métodos de referência, podendo ser utilizados outros métodos
de controle operacional, desde que conhecidos os seus desvios e correlações em
relação aos respectivos métodos de referência.
17. Amostragem
Devem ser seguidos os procedimentos recomendados na Norma IDF 50 C: 1995.
18. Disposições Gerais
18.1. Torna-se obrigatório ao produtor de Leite tipo B destinar toda sua produção para
estabelecimento inspecionado;
18.2. Recomenda-se às usinas de beneficiamento que distribuírem Leite Pasteurizado
tipo B nos municípios abrangidos pelas regiões metropolitanas, e que estejam
localizadas fora desses municípios, manter entrepostos de distribuição nessas
cidades;
18.3. No transporte e distribuição do Leite Pasteurizado tipo B não é permitida a
transferência do produto para outros veículos fora dos entrepostos referidos no item
anterior.
18.4. A autorização para a indústria sob SIF receber e/ou beneficiar Leite tipo B
somente é concedida pelo SIF/DIPOA;
18.5. Os critérios a serem observados para a desclassificação do Leite tipo B no nível
de produtores e de estabelecimentos industriais são aqueles previstos nos Critérios
de Julgamento de Leite e Derivados do DIPOA/SDA/MAPA.

RTIQ DE LEITE TIPO C

1.Alcance
1.1. Objetivo
Fixar os requisitos mínimos que devem ser observados na identidade e na qualidade
do Leite Cru tipo C, do Leite Cru Refrigerado tipo C e do Leite Pasteurizado tipo C,
enquanto perdurar a produção desse tipo de leite.

G-100
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RTIQ DE LEITE TIPO C

1.2. Âmbito de Aplicação


O presente Regulamento se refere ao Leite tipo C, destinado ao comércio nacional.
2. Descrição
2.1. Definições
2.1.1. Entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha
completa e ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas
e descansadas. O leite de outros animais deve denominar-se segundo a espécie de
que proceda;
2.1.2. Entende-se por Leite Cru tipo C o produto definido neste Regulamento Técnico,
não submetido a qualquer tipo de tratamento térmico na fazenda leiteira onde foi
produzido e integral quanto ao teor de gordura, transportado em vasilhame adequado
e individual de capacidade até 50 l (cinqüenta litros) e entregue em estabelecimento
industrial adequado até as 10:00 h (dez horas) do dia de sua obtenção;
2.1.3. Entende-se por Leite Cru Refrigerado tipo C o produto definido nos itens 2.1.1.
e 2.1.2. deste Regulamento Técnico, após ser entregue em temperatura ambiente até
as 10:00 h (dez horas) do dia de sua obtenção, em Posto de Refrigeração de leite ou
estabelecimento industrial adequado e nele ser refrigerado e mantido em temperatura
igual ou inferior a 4ºC (quatro graus Celsius);
2.1.3.1. O Leite Cru tipo C, após sofrer refrigeração em Posto de Refrigeração, nos
termos do item 2.1.3., pode permanecer estocado nesse Posto pelo período máximo
de 24 h (vinte e quatro horas), sendo remetido em seguida ao estabelecimento
beneficiador;
2.1.3.2. Admite-se a manutenção do Leite Cru Refrigerado tipo C em uma determinada
indústria por no máximo 12 h (doze horas), até ser transportado para outra indústria,
visando processamento final, onde deve apresentar, no momento do seu recebimento,
temperatura igual ou inferior a 7ºC (sete graus Celsius);
2.1.3.3. Em se tratando de Leite Cru tipo C, obtido em segunda ordenha, deve o
mesmo sofrer refrigeração na propriedade rural e ser entregue no estabelecimento
beneficiador até as 10:00 h (dez horas) do dia seguinte à sua obtenção, na temperatura
máxima de 10ºC (dez graus Celsius), enquanto perdurar a produção desse tipo de
leite;
2.1.4. Entende-se por Leite Pasteurizado tipo C o produto definido neste Regulamento
Técnico, classificado quanto ao teor de gordura como integral, padronizado a 3%
m/m (três por cento massa por massa), semidesnatado ou desnatado, submetido à
temperatura de 72 a 75ºC (setenta e dois a setenta e cinco graus Celsius) durante
15 a 20s (quinze a vinte segundos), em equipamento de pasteurização a placas,
dotado de painel de controle com termo-registrador e termo-regulador automáticos,
válvula automática de desvio de fluxo, termômetros e torneiras de prova, seguindo-
se resfriamento imediato em aparelhagem a placas até temperatura igual ou inferior
a 4ºC (quatro graus Celsius) e envase no menor prazo possível, sob condições que
minimizem contaminações;
2.1.4.1. Imediatamente após a pasteurização o produto assim processado deve
apresentar teste negativo para fosfatase alcalina, teste positivo para peroxidase e
coliformes a 30/350C (trinta/trinta e cinco graus Celsius) menor que 0,3 NMP/ml (zero

197
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

vírgula três Número Mais Provável / mililitro) da amostra;


2.1.4.2. Em estabelecimentos de laticínios de pequeno porte pode ser adotada a
pasteurização lenta (“ Low Temperature Long Time”, equivalente à expressão em
vernáculo “Baixa Temperatura/Longo Tempo”) para produção de Leite Pasteurizado
para abastecimento público ou para a produção de derivados lácteos, nos termos do
presente Regulamento, desde que:
2.1.4.2.1. O equipamento de pasteurização a ser utilizado cumpra com os requisitos
operacionais ditados pelo Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos
de Origem Animal - RIISPOA e pelo Regulamento Técnico específico, no que for
pertinente;
2.1.4.2.2. O envase seja realizado em circuito fechado, no menor tempo possível e
sob condições que minimizem contaminações;
2.1.4.2.3. Não é permitida a pasteurização lenta de leite previamente envasado em
estabelecimentos sob Inspeção Sanitária Federal.
2.1.5. Designação (denominação de venda)
2.1.5.1. Leite Cru tipo C;
2.1.5.2. Leite Cru Refrigerado tipo C;
2.1.5.3. Leite Pasteurizado tipo C Integral;
2.1.5.4. Leite Pasteurizado tipo C Padronizado;
2.1.5.5. Leite Pasteurizado tipo C Semidesnatado;
2.1.5.6. Leite Pasteurizado tipo C Desnatado.
2.1.5.7. Deve constar a expressão “Homogeneizado” na rotulagem do produto quando
for submetido a esse tratamento.
3. Sanidade do Rebanho
A sanidade do rebanho leiteiro deve ser atestada por médico veterinário, nos termos
discriminados abaixo e em normas e regulamentos técnicos específicos, sempre que
requisitado pelas Autoridades Sanitárias.
3.1. As atribuições do médico veterinário responsável pela propriedade rural incluem:
3.1.1. Controle sistemático de parasitoses;
3.1.2. Controle sistemático de mastites;
3.1.3. Controle de brucelose (Brucella bovis) e tuberculose (Mycobacterium bovis),
respeitando normas e procedimentos estabelecidos no Regulamento Técnico do
Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal;
3.1.4. Controle zootécnico dos animais.
3.2. Não é permitido o envio de leite a Posto de Refrigeração de leite ou estabelecimento
industrial adequado, quando oriundo de animais que:
3.2.1. Estejam em fase colostral;
3.2.2. Cujo diagnóstico clínico ou resultado positivo a provas diagnósticas indiquem
presença de doenças infecto-contagiosas que possam ser transmitidas ao homem
através do leite;
3.2.3. Estejam sendo submetidos a tratamento com drogas e medicamentos de uso

G-100
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198 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITE TIPO C

veterinário em geral, passíveis de eliminação pelo leite, motivo pelo qual devem
ser afastados da produção pelo período recomendado pelo fabricante, de forma a
assegurar que os resíduos da droga não sejam superiores aos níveis fixados em
normas específicas.
3.3. É proibido o fornecimento de alimentos e alimentos com medicamentos às vacas
em lactação, sempre que tais alimentos possam prejudicar a qualidade do leite
destinado ao consumo humano.
3.4. Qualquer alteração no estado de saúde dos animais, capaz de modificar a
qualidade sanitária do leite, constatada durante ou após a ordenha, implicará
condenação imediata desse leite e do conjunto a ele misturado.As fêmeas em tais
condições serão afastadas do rebanho, em caráter provisório ou definitivo, de acordo
com a gravidade da doença.
3.5. É proibido ministrar alimentos que possam prejudicar os animais lactantes ou a
qualidade do leite, incluindo-se nesta proibição substâncias estimulantes de qualquer
natureza, não aprovadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
capazes de provocarem aumento de secreção láctea.

4. Higiene de Produção
4.1. Condições Higiênico-Sanitárias Gerais para a Obtenção da Matéria-Prima:
Devem ser seguidos os preceitos contidos no “Regulamento Técnico sobre as Condições
Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
Elaboradores/Industrializadores de Alimentos, item 3: Dos Princípios Gerais Higiênico-
Sanitários das Matérias-Primas para Alimentos Elaborados/ Industrializados”, aprovado
pela Portaria nº 368 / 97 - MA, de 04 de setembro de 1997, para os seguintes itens:
4.1.1. Localização e adequação dos currais à finalidade;
4.1.2. Condições gerais das edificações (área coberta, piso, paredes ou equivalentes),
relativas à prevenção de contaminações;
4.1.3. Controle de pragas;
4.1.4. Água de abastecimento;
4.1.5. Eliminação de resíduos orgânicos;
4.1.6. Rotina de trabalho e procedimentos gerais de manipulação;
4.1.7. Equipamentos, vasilhame e utensílios;
4.1.8. Proteção contra a contaminação da matéria-prima;
4.1.9. Acondicionamento, refrigeração, estocagem e transporte.
4.2. Condições Higiênico-Sanitárias Específicas para a Obtenção da Matéria-Prima:
4.2.1. As tetas do animal a ser ordenhado devem sofrer prévia lavagem com água
corrente, seguindo-se secagem com toalhas descartáveis e início imediato da
ordenha, com descarte dos jatos iniciais de leite em caneca de fundo escuro ou
em outro recipiente específico para essa finalidade. Em casos especiais, como os
de alta prevalência de mamite causada por microrganismos do ambiente, pode-se
adotar o sistema de desinfecção das tetas antes da ordenha, mediante técnica e
produtos desinfetantes apropriados, adotando-se cuidados para evitar a transferência
de resíduos desses produtos para o leite (secagem criteriosa das tetas antes da

199
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

ordenha);
4.2.2. Após a ordenha, desinfetar imediatamente as tetas com produtos apropriados.
Os animais devem ser mantidos em pé, pelo tempo suficiente para que o esfíncter da
teta volte a se fechar. Para isso, recomenda-se oferecer alimentação no cocho após
a ordenha;
4.2.3. O leite obtido deve ser filtrado em recipiente apropriado de aço inoxidável,
náilon, alumínio ou plástico atóxico.
5. Transporte da Matéria-Prima
5.1. O transporte do Leite Cru tipo C, em latões, desde a fonte de produção até seu
destino deve observar as disposições do item 2.1.2. deste Regulamento Técnico, no
que for pertinente. Adicionalmente, a proteção da matéria-prima, a adequação do
vasilhame utilizado no seu acondicionamento e as condições de transporte devem
atender ao que dispõe o “Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-
Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/
Industrializadores de Alimentos, item 3: Dos Princípios Gerais Higiênico-Sanitários
das Matérias-Primas para Alimentos Elaborados/Industrializados”, aprovado pela
Portaria nº 368 / 97 - MA, de 04 de setembro de 1997, ou outra legislação pertinente.
5.2. Para o transporte, em carros - tanque, do Leite Cru Refrigerado Tipo C oriundo
de Postos de Refrigeração ou estabelecimentos industriais adequados, devem ser
seguidas as especificações contidas no Regulamento Técnico para Coleta de Leite
Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel, no que couber.
6. Procedimentos específicos para o Controle de Qualidade da Matéria-Prima no
Estabelecimento Beneficiador
6.1. Seleção diária do leite, vasilhame por vasilhame ou tanque por tanque, através do
teste do álcool/alizarol na concentração mínima de 72% v/v (setenta e dois por cento
volume/ volume).
6.2. O leite excepcionalmente recebido em latões após as 10:00 h (dez horas) deve
ser selecionado pelo teste do álcool/alizarol na concentração mínima de 76% v/v
(setenta e seis por cento volume/volume).
6.3. Colheita de amostra, por produtor, no mínimo 2 (duas) vezes por mês, para análise
completa, que incluirá pelo menos os seguintes parâmetros:
6.3.1.Redutase ou Teste de Redução do Azul de Metileno (TRAM) (ver Nota nº 1,
abaixo);
6.3.2. Pesquisa de Resíduos de Antibióticos (ver Nota nº 2, abaixo); 6.3.3. Determinação
do Índice Crioscópico (Depressão do Ponto de Congelamento, DPC);
6.3.4. Determinação do teor de Sólidos Totais (ST) e de Sólidos Não Gordurosos
(SNG);
6.3.5. Determinação da Densidade Relativa;
6.3.6. Determinação da Acidez Titulável;
6.3.7. Determinação do teor de Gordura;
6.3.8. Medição da Temperatura do Leite Cru Refrigerado (segunda ordenha ou
proveniente de Postos de Refrigeração);
6.3.9. Pesquisa de indicadores de Fraudes e Adulterações.

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RTIQ DE LEITE TIPO C

Nota nº 1: o Teste de Redução do Azul de Metileno pode ser substituído pela Contagem
Padrão em Placas.
Nota nº 2: os métodos analíticos empregados na pesquisa de resíduos de antibióticos
no leite devem apresentar sensibilidade para os LMR (Limites Máximos de Resíduos)
adotados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sobre o assunto.
Nota nº 3: periodicidade das análises / produtor:
- Gordura, Acidez Titulável, Densidade Relativa, Índice Crioscópico (Depressão do
Ponto de Congelamento), Sólidos Não Gordurosos, Tempo de Redução do Azul de
Metileno (quando for o caso): pelo menos 02 (duas) vezes ao mês.
- Pesquisa de indicadores de Fraudes e Adulterações: pelo menos 02 (duas) vezes
ao mês.
6.4. O estabelecimento beneficiador pode medir alguns destes parâmetros, além de
outros não relacionados, via análise instrumental.
6.5. É permitido aos estabelecimentos beneficiadores utilizar, individual ou
coletivamente, laboratórios credenciados ou reconhecidos pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a realização do controle de qualidade
da empresa, rotineiro ou não, através de metodologia analítica convencional ou
instrumental, de parâmetros físicos, químicos e microbiológicos usualmente não
realizados nos laboratórios industriais, tanto por questões de risco biológico quanto
pelo custo e nível de dificuldade da metodologia analítica ou dos equipamentos
requeridos para sua execução.
6.6. A responsabilidade pela seleção adequada da matéria-prima e pelo controle de
qualidade do produto elaborado é exclusiva do estabelecimento beneficiador, inclusive
durante sua distribuição. Sua verificação deve ser feita periódica ou permanentemente
pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF), de acordo com procedimentos oficialmente
previstos, a exemplo das Auditorias de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e dos
Sistemas de Análise de Perigos e de Pontos Críticos de Controle (APPCC) de cada
estabelecimento e segundo a classificação que este receber como conclusão da
Auditoria realizada.
6.7. Controle Diário de Qualidade do Leite Cru Refrigerado Tipo C, de conjunto
de produtores, quando entregue no Estabelecimento Beneficiador (para cada
compartimento do tanque, quando oriundo de Posto de Refrigeração, ou de tanques/
silos fixos, após completada sua carga):
- Temperatura;
- Teste do Álcool/Alizarol na concentração mínima de 72% v/v (setenta e dois por
cento volume/volume);
- Acidez Titulável;
- Índice Crioscópico;
- Densidade Relativa, a 15/15º C;
- Teor de Gordura;
- % de ST e de SNG;
- Pesquisa de Fosfatase Alcalina (quando a matéria-prima transitar entre Usinas
e ou Fábricas); - Pesquisa de Peroxidase (quando a matéria-prima transitar entre

201
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Usinas e ou Fábricas); - Pesquisa de Neutralizantes da Acidez e de Reconstituintes


da Densidade; - outras pesquisas que se façam necessárias.

7. Composição e Requisitos Físicos, Químicos e Microbiológicos do Leite Cru Tipo C,


do Leite Cru Refrigerado Tipo C e do Leite Pasteurizado Tipo C
7.1.Ingredientes Obrigatórios: Leite Cru tipo C ou Leite Cru Refrigerado tipo C.

7.2.Leite Cru tipo C e Leite Cru Refrigerado tipo C


Item de Composição Requisito Método de Análise
Gordura (g/100 g) min. 3,0 IDF 1 C 1987
Acidez, em g de ácido láctico/100 mL 0,14 a 0,18 LANARA/MA, 1981
Densidade Relativa, 15/15ºC, g/mL 1,028 a 1,034 LANARA/MA, 1981
Índice Crioscópico máximo - 0,530ºH (-0,512ºC) IDF 108 A: 1969
Índice de Refração do Soro Cúprico a 20ºC Mín. 37º Zeiss CLA/DDA/SDA/MAPA
Sólidos Não-Gordurosos(g/100g): mín. 8,4 IDF 21 B 1987
Proteína Total (g/100 g) mín. 2,9 IDF 20 B 1993
Redutase (TRAM) mín. 90 CLA/DDA/ MA
Estabilidade ao Alizarol 72% (v/v) Estável CLA/DDA/ MA
Estabilidade ao Alizarol 76% (v/v) Estável (4) CLA/DDA/ MA

Nota nº (4): Aplicável à matéria-prima recebida em estabelecimentos sob SIF após as 10:00 h da manhã do dia de sua
obtenção.

7.3. Leite Pasteurizado tipo C.


Semi- Método de
Requisitos Integral Padronizado Desnatado
desnatado Análise
Teor IDF 1 C
Gordura (g/100g) 3,0 0,6 a 2,9 máx. 0,5
Original :1987
Acidez, (g ác. LANARA/MA
0,14 a 0,18 para todas as variedades
Láctico/100mL) 1981
Estabilidade ao Alizarol CLA/DDA/
Estável para todas as variedades
72% (v/ v) MA
Sólidos Não IDF 21 B :
mínimo de 8,4 (5)*
Gordurosos(g/100g) 1987
IDF 108 A :
Índice Crioscópico máx -0,530ºH (-0,512ºC)
1969
Índice de Refração do CLA/DDA/
mínimo 37º Zeiss
Soro Cúprico a 20ºC SDA/ MAPA
Testes Enzimáticos LANARA/
prova de fosfatase MA, 1981
negativa positiva
alcalina prova de LANARA/
peroxidase MA, 1981
Contagem Padrão em S.D.A/
Placas (UFC/mL) ** n = 5; c = 2; m = 1,0x105; M = 3,0x10 5 MA,1993
Coliformes/ NMP/mL S.D.A/
n = 5; c = 2; m=2; M=4
(30/35ºC)** MA,1993

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LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITE TIPO C

Coliformes/ NMP/mL S.D.A/


n = 5; c = 1; m=1; M=2
(45ºC)** MA,1993
S.D.A/
Salmonella spp/25mL** n = 5; c = 0; m= ausência
MA,1993
Nota nº (5): teor mínimo de SNG, com base no leite integral. Para os demais teores de gordura, esse valor deve
ser corrigido pela seguinte fórmula:
SNG = 8,652 - (0,084 x G) (onde SNG = Sólidos Não-Gordurosos, g/100g; G = Gordura, g/100g)
Nota nº 6: imediatamente após a pasteurização, o leite pasteurizado tipo C deve apresentar enumeração de
coliformes a 30/35ºC (trinta/trinta e cinco graus Celsius) menor do que 0,3 NMP (zero vírgula três Número Mais
Provável /mililitro) da amostra.
Nota nº 7: todos os métodos analíticos estabelecidos acima são de referência, podendo ser utilizados outros
métodos de controle operacional, desde que conhecidos os seus desvios e correlações em relação aos
respectivos métodos de referência.
8. Pesos e Medidas
Deve ser aplicada a legislação específica.
9. Rotulagem
9.1 Deve ser aplicada a legislação específica.
9.2 A seguinte denominação do produto deve constar na sua rotulagem, de acordo
com o seu teor de gordura:
9.3 Leite Pasteurizado tipo C Integral;
9.4 Leite Pasteurizado tipo C Padronizado; 9.5 Leite Pasteurizado tipo C Semidesnatado;
9.6 Leite Pasteurizado tipo C Desnatado;
9.7 Deve constar a expressão “Homogeneizado” quando o produto for submetido a
esse tratamento.
10. Acondicionamento
O leite pasteurizado deve ser envasado com material adequado para as condições
previstas de armazenamento e que garanta a hermeticidade da embalagem e proteção
apropriada contra contaminação.
11. Aditivos e Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração Não é permitida a utilização.
12. Expedição e Transporte do Leite Pasteurizado Tipo C
12.1. A expedição do Leite Pasteurizado tipo C deve ser conduzida sob temperatura
máxima de 4°C (quatro graus Celsius), mediante seu acondicionamento adequado,
e levado ao comércio distribuidor através de veículos com carroçarias providas de
isolamento térmico e dotadas de unidade frigorífica, para alcançar os pontos de venda
com temperatura não superior a 7°C (sete graus Celsius).
13. Contaminantes
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos eventualmente presentes no produto não
devem superar os limites estabelecidos pela legislação específica.
14. Higiene
14.1. Todo equipamento, após a utilização, deve ser cuidadosamente lavado e
sanitizado, de acordo com Procedimentos Padronizados de Higiene Operacional
(PPHO). A realização desses procedimentos deve ser registrada em documentos
específicos, caracterizando a padronização e garantia da qualidade, para gerar
rastreabilidade e confiabilidade, a exemplo do processo de Análise de Perigos e
Pontos Críticos de Controle - APPCC.

203
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

14.2. Ademais, as práticas de higiene para elaboração do produto devem estar de


acordo com o estabelecido no Código Internacional Recomendado de Práticas,
Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos (CAC/RCP I -1969, Rev. 3, 1997) , além
do disposto no “Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de
Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores
de Alimentos”, aprovado pela Portaria nº 368 / 97 -MA, de 04 de setembro de 1997.
14.3. Critérios Macroscópicos e Microscópicos
Ausência de qualquer tipo de impurezas ou elementos estranhos.
15. Métodos de Análise
15.1. Os métodos de análise recomendados são os indicados no presente Regulamento
Técnico. Esses são métodos de referência, podendo ser utilizados outros métodos
de controle operacional, desde que conhecidos os seus desvios e correlações em
relação aos respectivos métodos de referência.
16. Amostragem
Serão seguidos os procedimentos recomendados na Norma IDF 50 C: 1995.
17. Prazos de vigência

RTIQ DE LEITE PASTEURIZADO

1.Alcance
1.1. Objetivo
Fixar a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que deve ter o Leite
Pasteurizado, sendo permitida a produção de outros tipos de leite pasteurizado desde
que definidos em regulamentos técnicos de identidade e qualidade específicos.
2. Descrição
2.1. Definições
2.1.1. Leite Pasteurizado é o leite fluido elaborado a partir do Leite Cru Refrigerado
na propriedade rural, que apresente as especificações de produção, de coleta e de
qualidade dessa matéria-prima contidas em Regulamento Técnico próprio e que tenha
sido transportado a granel até o estabelecimento processador;
2.1.1.1 O Leite Pasteurizado definido no item 2.1.1. deste Regulamento Técnico deve
ser classificado quanto ao teor de gordura como integral, padronizado a 3% m/m
(três por cento massa/massa), semidesnatado ou desnatado, e, quando destinado
ao consumo humano direto na forma fluida, submetido a tratamento térmico na faixa
de temperatura de 72 a 75ºC (setenta e dois a setenta e cinco graus Celsius) durante
15 a 20s (quinze a vinte segundos), em equipamento de pasteurização a placas,
dotado de painel de controle com termo-registrador e termo-regulador automáticos,
válvula automática de desvio de fluxo, termômetros e torneiras de prova, seguindo-se

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
204 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITE PASTEURIZADO

resfriamento imediato em aparelhagem a placas até temperatura igual ou inferior a


4ºC (quatro graus Celsius) e envase em circuito fechado no menor prazo possível, sob
condições que minimizem contaminações;
2.1.1.2. Imediatamente após a pasteurização o produto assim processado deve
apresentar teste negativo para fosfatase alcalina, teste positivo para peroxidase e
coliformes 30/350C (trinta/trinta e cinco graus Celsius) menor que 0,3 NMP/ml (zero
vírgula três Número Mais Provável /mililitro) da amostra;
2.1.1.3. Podem ser aceitos outros binômios para o tratamento térmico acima descrito,
equivalentes ao da pasteurização rápida clássica e de acordo com as indicações
tecnológicas pertinentes, visando a destinação do leite para a elaboração de derivados
lácteos.
2.1.1.4. Em estabelecimentos de laticínios de pequeno porte pode ser adotada a
pasteurização lenta
(“Low Temperature, Long Time” - LTLT, equivalente à expressão em vernáculo
“Baixa Temperatura/Longo Tempo”) para produção de Leite Pasteurizado para
abastecimento
público ou para a produção de derivados lácteos, nos termos do presente Regulamento,
desde que:
2.1.1.4.1. O equipamento de pasteurização a ser utilizado cumpra com os requisitos
ditados pelo Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos Animal -
RIISPOA ou em Regulamento Técnico específico, no que for pertinente;
2.1.1.4.2. O envase seja realizado em circuito fechado, no menor tempo possível e
sob condições que minimizem contaminações;
2.1.1.4.3. A matéria-prima satisfaça às especificações de qualidade estabelecidas pela
legislação referente à produção de Leite Pasteurizado, excetuando-se a refrigeração
do leite e o seu transporte a granel, quando o leite puder ser entregue em latões
ou tarros e em temperatura ambiente ao estabelecimento processador no máximo 2
(duas) horas após o término da ordenha;
2.1.1.4.4. Não é permitida a pasteurização lenta de leite previamente envasado em
estabelecimentos sob inspeção sanitária federal.
2.2. Classificação
De acordo com o conteúdo da matéria gorda, o leite pasteurizado classifica-se em:
2.2.1. Leite Pasteurizado Integral;
2.2.2. Leite Pasteurizado Padronizado;
2.2.3. Leite Pasteurizado Semidesnatado;
2.2.4. Leite Pasteurizado Desnatado.
2.3. Designação (denominação de venda)
Deve ser denominado “Leite Pasteurizado Integral, Padronizado, Semidesnatado ou
Desnatado”, de acordo com a classificação mencionada no item 2.2.
Deve constar na rotulagem a expressão “Homogeneizado”, quando o produto for
submetido a esse tratamento.
3. Composição e Requisitos

205
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

3.1. Composição
3.1.1. Ingrediente Obrigatório
Leite Cru Refrigerado na propriedade rural e transportado a granel; 3.2. Requisitos
3.2.1. Características sensoriais
3.2.1.1. Aspecto: líquido;
3.2.1.2. Cor: branca;
3.2.1.3. Odor e sabor: característicos, sem sabores nem odores estranhos.
3.2.2. Características Físicas, Químicas e Microbiológicas.
Semi- Método de
Requisitos Integral Padronizado Desnatado
desnatado Análise
Teor IDF 1 C
Gordura (g/100g) 3,0 0,6 a 2,9 máx. 0,5
Original :1987
Acidez, (g ác. 0,14 a 0,18 para todas as variedades quanto ao teor de LANARA/MA
Láctico/100mL) gordura 1981
Estabilidade ao Alizarol CLA/DDA/
Estável para todas as variedades quanto ao teor de gordura
72% (v/ v) MA
Sólidos Não IDF 21 B :
mínimo de 8,4 (1)*
Gordurosos(g/100g) 1987
IDF 108 A :
Índice Crioscópico máx -0,530ºH (-0,512ºC)
1969

Índice de Refração do CLA/DDA/


mínimo 37º Zeiss
Soro Cúprico a 20ºC SDA/ MAPA

Contagem Padrão em S.D.A/


n = 5; c = 2; m = 4,0x10⁴; M = 8,0x10 ⁴
Placas (UFC/mL) ** MA,1993
Coliformes/ NMP/mL S.D.A/
n = 5; c = 2; m=2; M=4
(30/35ºC)** MA,1993
Coliformes/ NMP/mL S.D.A/
n = 5; c = 1; m=1; M=2
(45ºC)** MA,1993
S.D.A/
Salmonella spp/25mL** n = 5; c = 0; m= ausência
MA,1993
Nota nº 1: teor mínimo de SNG, com base no leite integral. Para os demais teores de gordura, esse valor deve
ser corrigido pela seguinte fórmula:
SNG = 8,652 - (0,084 x G)
(onde SNG = Sólidos Não-Gordurosos, g/100g; G = Gordura, g/100g)
Nota nº 2: imediatamente após a pasteurização, o leite pasteurizado tipo C deve apresentar enumeração de
coliformes a 30/35ºC (trinta/trinta e cinco graus Celsius) menor do que 0,3 NMP/ml (zero vírgula três Número
Mais Provável/ mililitro) da amostra.
Nota nº 3: todos os métodos analíticos estabelecidos acima são de referência, podendo ser utilizados outros
métodos de controle operacional, desde que conhecidos os seus desvios e correlações em relação aos
respectivos métodos de referência.

3.2.3. Acondicionamento
O Leite Pasteurizado deve ser envasado com materiais adequados para as condições
previstas de armazenamento e que garantam a hermeticidade da embalagem e
proteção apropriada contra a contaminação.
4. Aditivos e Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração Não é permitida a utilização.
5. Contaminantes

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LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
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Os contaminantes orgânicos e inorgânicos presentes não devem superar os limites


estabelecidos pela legislação específica.
6. Higiene
6.1. Considerações Gerais:
6.1.1. Todo equipamento, após a utilização, deve ser cuidadosamente lavado e
sanitizado, de acordo com Procedimentos Padronizados de Higiene Operacional
(PPHO). A realização desses procedimentos deve ser registrada em documentos
específicos, caracterizando a padronização e garantia da qualidade, para gerar
rastreabilidade e confiabilidade, a exemplo do processo de Análise de Perigos e
Pontos Críticos de Controle - APPCC.
6.1.2. Ademais, as práticas de higiene para elaboração do produto devem estar
de acordo com o estabelecido no Código Internacional Recomendado de Práticas,
Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos (CAC/RCP I -1969, Rev. 3, 1997), além
do disposto no “Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de
Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores
de Alimentos”, aprovado pela Portaria nº 368/97 - MA, de 04 de setembro de 1997.
6.2.. Critérios Macroscópicos e Microscópicos
Ausência de qualquer tipo de impurezas ou elementos estranhos.
7. Pesos e Medidas
Deve ser aplicada a legislação específica.
8. Rotulagem
8.1. Deve ser aplicada a legislação específica.
8.2. O produto deve ser rotulado como “Leite Pasteurizado Integral”, “Leite Pasteurizado
Padronizado”, “Leite Pasteurizado Semidesnatado” e “Leite Pasteurizado Desnatado”,
segundo o tipo correspondente.
8.3. Deve ser usada a expressão “Homogeneizado” quando for o caso.
9. Expedição e Transporte do Leite Pasteurizado
9.1. A expedição do Leite Pasteurizado deve ser conduzida sob temperatura máxima
de 4°C (quatro graus Celsius), mediante seu acondicionamento adequado, e levado
ao comércio distribuidor através de veículos com carroçarias providas de isolamento
térmico e dotadas de unidade frigorífica, para alcançar os pontos de venda com
temperatura não superior a 7°C (sete graus Celsius).
10. Métodos de Análise
10.1. Os métodos de análises recomendados são os indicados no item 3.2.2. do
presente Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade. Esses métodos são de
referência, podendo ser utilizados outros métodos de controle operacional, desde que
conhecidos os seus desvios e correlações em relação aos respectivos métodos de
referência.
11. Amostragem
Devem ser seguidos os procedimentos recomendados na norma FIL 50 C:

207
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

RTIQ DE LEITE CRU REFRIGERADO

1. Alcance
1.1. Objetivo
O presente Regulamento fixa a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que
deve apresentar o Leite Cru Refrigerado nas propriedades rurais.
1.2. Âmbito de Aplicação
O presente Regulamento se refere ao Leite Cru Refrigerado produzido nas
propriedades rurais do território nacional e destinado à obtenção de Leite Pasteurizado
para consumo humano direto ou para transformação em derivados lácteos em todos
os estabelecimentos de laticínios submetidos a inspeção sanitária oficial.

2. Descrição
2.1. Definições
2.1.1. Entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha
completa, ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas
e descansadas. O leite de outras espécies deve denominar-se segundo a espécie da
qual proceda;
2.1.2. Entende-se por Leite Cru Refrigerado, o produto definido em 2.1.1., refrigerado
e mantido nas temperaturas constantes da tabela 2 do presente Regulamento Técnico,
transportado em carro-tanque isotérmico da propriedade rural para um Posto de
Refrigeração de leite ou estabelecimento industrial adequado, para ser processado.
2.2. Designação (denominação de venda) - Leite Cru Refrigerado.

3. Composição e Qualidade
3.1. Requisitos
3.1.1. Características Sensoriais
3.1.1.1. Aspecto e Cor: líquido branco opalescente homogêneo;
3.1.1.2. Sabor e Odor: característicos. O Leite Cru Refrigerado deve apresentar-se
isento de sabores e odores estranhos.
3.1.2. Requisitos gerais
3.1.2.1. Ausência de neutralizantes da acidez e reconstituintes de densidade;
3.1.2.2. Ausência de resíduos de antibióticos e de outros agentes inibidores do
crescimento microbiano.
3.1.3. Requisitos Físico-Químicos, Microbiológicos, Contagem de Células Somáticas
e Resíduos Químicos:
3.1.3.1. O leite definido no item 2.1.2. deve seguir os requisitos físicos, químicos,
microbiológicos, de contagem de células somáticas e de resíduos químicos
relacionados nas Tabelas 1 e 2, onde estão também indicados os métodos de análises
e freqüências correspondentes:

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LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
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Tabela 1 - Requisitos Físicos e Químicos

Nota nº (1): todos os métodos estabelecidos acima são métodos de referência, podendo ser utilizados outros
métodos de controle operacional, desde que conhecidos os seus desvios e correlações em relação aos
respectivos métodos de referência.
Nota nº (2): é proibida a realização de padronização ou desnate na propriedade rural.
Nota nº (3): dispensada a realização quando o ESD for determinado eletronicamente.

Tabela 2: Requisitos microbiológicos, físicos, químicos, de CCS, de resíduos químicos


a serem avaliados pela Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do
Leite:

209
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4. Controle Diário de Qualidade do Leite Cru Refrigerado na Propriedade Rural


4.1. Leite de conjunto de produtores, quando do seu recebimento no Estabelecimento
Beneficiador (para cada compartimento do tanque):
- Temperatura;
- Teste do Álcool /Alizarol na concentração mínima de 72% v/v (setenta e dois por
cento volume/volume);
- Acidez Titulável;
- Índice Crioscópico;
- Densidade Relativa, a 15/15ºC; - Teor de Gordura;
- Pesquisa de Fosfatase Alcalina (quando a matéria-prima for proveniente de Usina e
ou Fábrica);
- Pesquisa de Peroxidase (quando a matéria-prima for proveniente de Usina e ou
Fábrica);
- % de ST e de SNG;
- Pesquisa de Neutralizantes da Acidez e de Reconstituintes da Densidade; - outras
pesquisas que se façam necessárias.
5. Aditivos e Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração
Não se admite nenhum tipo de aditivo ou coadjuvante.
6. Contaminantes
O leite deve atender a legislação vigente quanto aos contaminantes orgânicos,
inorgânicos e os resíduos biológicos.
7. Higiene
7.1. Condições Higiênicas - Sanitárias Gerais para a Obtenção da Matéria-Prima:
Devem ser seguidos os preceitos contidos no “Regulamento Técnico sobre as Condições
Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
Elaboradores/Industrializadores de Alimentos, item 3: Dos Princípios Gerais Higiênico-
Sanitários das Matérias-Primas para Alimentos Elaborados/Industrializados”, aprovado
pela Portaria nº 368/97 - MA, de 04 de setembro de 1997, para os seguintes itens:
7.1.1. Localização e adequação dos currais à finalidade;
7.1.2. Condições gerais das edificações (área coberta, piso, paredes ou equivalentes),
relativas à prevenção de contaminações;
7.1.3. Controle de pragas;
7.1.4. Água de abastecimento;
7.1.5. Eliminação de resíduos orgânicos;

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7.1.6. Rotina de trabalho e procedimentos gerais de manipulação;


7.1.7. Equipamentos, vasilhame e utensílios;
7.1.8. Proteção contra a contaminação da matéria-prima;
7.1.9. Acondicionamento, refrigeração, estocagem e transporte.
7.2. Condições Higiênico-Sanitárias Específicas para a Obtenção da Matéria-Prima:
7.2.1. As tetas do animal a ser ordenhado devem sofrer prévia lavagem com água
corrente, seguindo-se secagem com toalhas descartáveis e início imediato da
ordenha, com descarte dos jatos iniciais de leite em caneca de fundo escuro ou
em outro recipiente específico para essa finalidade. Em casos especiais, como os
de alta prevalência de mamite causada por microrganismos do ambiente, pode-se
adotar o sistema de desinfecção das tetas antes da ordenha, mediante técnica e
produtos desinfetantes apropriados, adotando-se cuidados para evitar a transferência
de resíduos desses produtos para o leite (secagem criteriosa das tetas antes da
ordenha);
7.2.2. Após a ordenha, desinfetar imediatamente as tetas com produtos apropriados.
Os animais devem ser mantidos em pé pelo tempo necessário para que o esfíncter da
teta volte a se fechar. Para isso, recomenda-se oferecer alimentação no cocho após
a ordenha;
7.2.3. O leite obtido deve ser coado em recipiente apropriado de aço inoxidável, náilon,
alumínio ou plástico atóxico e refrigerado até a temperatura fixada neste Regulamento,
em até 3 h (três horas);
7.2.4. A limpeza do equipamento de ordenha e do equipamento de refrigeração do
leite deve ser feita de acordo com instruções do fabricante, usando-se material e
utensílios adequados, bem como detergentes inodoros e incolores.
Para o seu transporte, deve ser aplicado o Regulamento Técnico para Coleta de Leite
Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel.
9. Identificação/Rotulagem
Deve ser observada a legislação específica.
10. Métodos de Análise
Os métodos de análises oficiais são os indicados nas tabelas 1 e 2.
11. Colheita de Amostras
Devem ser seguidos os procedimentos padronizados recomendados pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento através de Instrução Normativa, ou por
delegação deste à Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite
ou Instituição Oficial de Referência.
12. Laboratórios credenciados para realização das análises de caráter oficial:
As determinações analíticas de caráter oficial previstas nas tabelas 1 e 2 do presente
Regulamento devem ser realizadas exclusivamente pelas Unidades Operacionais
integrantes da Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite,
constituída através da Instrução Normativa nº 37/2002, de 18 de abril de 2002
(D.O.U. de 19.4.2002), ou integrantes da Coordenação de Laboratório Animal
(CLA), do Departamento de Defesa Animal (DDA), vinculado à Secretaria de Defesa
Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) ou por

211
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

este credenciada.
13. Disposições Gerais
13.1. A coleta de amostras nos tanques de refrigeração individuais localizados
nas propriedades rurais e nos tanques comunitários, o seu encaminhamento e o
requerimento para realização de análises laboratoriais de caráter oficial, dentro da
freqüência e para os itens de qualidade estipulados na Tabela 2 deste Regulamento,
devem ser de responsabilidade e correr às expensas do estabelecimento que
primeiramente receber o leite de produtores individuais;
13.2. Fica facultado aos estabelecimentos de laticínios anteciparem-se aos prazos
fixados na Tabela 2 do presente Regulamento. Para tanto, devem:
13.2.1. Observar o disposto no item 13.1., acima;
13.2.2. Atender os demais instrumentos legais pertinentes;
13.2.3. Apresentar solicitação e receber autorização específica para tal, a ser
concedida pelo SIF/DIPOA através de procedimento próprio;
13.3. O controle da qualidade do Leite Cru Refrigerado na propriedade rural ou em
tanques comunitários, nos termos do presente Regulamento e dos demais instrumentos
legais pertinentes ao assunto, somente será reconhecido pelo sistema
oficial de inspeção sanitária a que estiver ligado o estabelecimento, quando realizado
exclusivamente em unidade operacional da Rede Brasileira de Laboratórios de
Controle da Qualidade do Leite;
13.4. O SIF/DIPOA, a seu critério, pode colher amostras de leite cru refrigerado na
propriedade rural para realização de análises fiscais em Laboratório Oficial do MAPA ou
em Unidade Operacional credenciada da Rede Brasileira, referida no item 12, acima.
Quando necessário recorrer esta última alternativa, os custos financeiros decorrentes
da realização das análises laboratoriais e da remessa dos resultados analíticos ao
Fiscal Federal Agropecuário responsável pela colheita das amostras devem correr por
conta da Unidade Operacional credenciada utilizada;
13.5. Durante o período de tempo entre a publicação do presente Regulamento e da
sua entrada em vigor, de acordo com os prazos estipulados na Tabela 2, os produtores
rurais e ou os estabelecimentos de laticínios que não optarem pela adesão antecipada
a esta legislação podem utilizar os serviços da Rede Brasileira de Laboratórios de
Controle da Qualidade do Leite para monitorizar a evolução da qualidade do leite;
13.6. Admite-se o transporte do leite em latões ou tarros e em temperatura ambiente,
desde que:
13.6.1. O estabelecimento processador concorde em aceitar trabalhar com esse tipo
de matéria-prima;
13.6.2. A matéria-prima atinja os padrões de qualidade fixadas no presente
Regulamento Técnico, a partir dos prazos constantes da Tabela 2;
13.6.3. O leite seja entregue ao estabelecimento processador no máximo até 2h (duas
horas) após a conclusão da ordenha.
1995.

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RTIQ DA COLETA DE LEITE CRU REFRIGERADO E SEU TRANSPORTE A GRANEL

ANEXO VI

REGULAMENTO TÉCNICO
RTIQ DA COLETA DE LEITE CRU REFRIGERADO E SEU TRANSPORTE
A GRANEL

1. Alcance
1.1. Objetivo
Fixar as condições sob as quais o Leite Cru Refrigerado, independentemente do
seu tipo, deve ser coletado na propriedade rural e transportado a granel, visando
promover a redução geral de custos de obtenção e, principalmente, a conservação
de sua qualidade até a recepção em estabelecimento submetido a inspeção sanitária
oficial.
2. Descrição
2.1. Definição
2.1.1. O processo de coleta de Leite Cru Refrigerado a Granel consiste em recolher
o produto em caminhões com tanques isotérmicos construídos internamente de aço
inoxidável, através de mangote flexível e bomba sanitária, acionada pela energia
elétrica da propriedade rural, pelo sistema de transmissão ou caixa de câmbio do
próprio caminhão, diretamente do tanque de refrigeração por expansão direta ou dos
latões contidos nos refrigeradores de imersão.
3. Instalações e Equipamentos de Refrigeração
3.1. Instalações: deve existir local próprio e específico para a instalação do tanque de
refrigeração e armazenagem do leite, mantido sob condições adequadas de limpeza
e higiene, atendendo, ainda, o seguinte:
- ser coberto, arejado, pavimentado e de fácil acesso ao veículo coletor, recomendando-
se isolamento por paredes;
- ter iluminação natural e artificial adequadas;
- ter ponto de água corrente de boa qualidade, tanque para lavagem de latões (quando
utilizados) e de utensílios de coleta, que devem estar reunidos sobre uma bancada de
apoio às operações de coleta de amostras;
- a qualidade microbiológica da água utilizada na limpeza e sanitização do equipamento
de refrigeração e utensílios em geral constitui ponto crítico no processo de obtenção
e refrigeração do leite, devendo ser adequadamente clorada.
3.2. Equipamentos de Refrigeração
3.2.1. Devem ter capacidade mínima de armazenar a produção de acordo com a
estratégia de coleta;
3.2.2. Em se tratando de tanque de refrigeração por expansão direta, ser dimensionado
de modo tal que permita refrigerar o leite até temperatura igual ou
inferior a 4ºC (quatro graus Celsius) no tempo máximo de 3h (três horas) após o
término da ordenha, independentemente de sua capacidade;
3.2.3. Em se tratando de tanque de refrigeração por imersão, ser dimensionado de

213
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

modo tal que permita refrigerar o leite até temperatura igual ou inferior a 7ºC (sete
graus Celsius) no tempo máximo de 3h (três horas) após o término da ordenha,
independentemente de sua capacidade;
3.2.4. O motor do refrigerador deve ser instalado em local arejado;
3.2.5. Os tanques de expansão direta devem ser construídos e operados de acordo
com Regulamento Técnico específico.
4. Especificações Gerais para Tanques Comunitários
4.1. Admite-se o uso coletivo de tanques de refrigeração a granel (“tanques
comunitários”), por produtores de leite, desde que baseados no princípio de operação
por expansão direta. A localização do equipamento deve ser estratégica, facilitando a
entrega do leite de cada ordenha no local onde o mesmo estiver instalado;
4.2. Não é permitido acumular, em determinada propriedade rural, a produção de mais
de uma ordenha para enviá-la uma única vez por dia ao tanque comunitário;
4.3. Não são admitidos tanques de refrigeração comunitários que operem pelo sistema
de imersão de latões;
4.4. Os latões devem ser higienizados logo após a entrega do leite, através do
enxágüe com água corrente e a utilização de detergentes biodegradáveis e escovas
apropriadas;
4.5. A capacidade do tanque de refrigeração para uso coletivo deve ser dimensionada
de modo a propiciar condições mais adequadas de operacionalização do sistema,
particularmente no que diz respeito à velocidade de refrigeração da matéria-prima.
5. Carro com tanque isotérmico para coleta de leite a granel
5.1. Além das especificações gerais dos carros-tanque, contidas no presente
Regulamento ou em legislação específica, devem ser observadas mais as seguintes:
5.1.1. A mangueira coletora deve ser constituída de material atóxico e apto para
entrar em contato com alimentos, apresentar-se internamente lisa e fazer parte dos
equipamentos do carro-tanque;
5.1.2. No caso da coleta de diferentes tipos de leite, a propriedade produtora de
Leite tipo B deve dispor do equipamento necessário ao bombeamento do leite até o
caminhão-tanque;
5.1.3. Deve ser provido de caixa isotérmica de fácil sanitização para transporte de
amostras e local para guarda dos utensílios e aparelhos utilizados na coleta;
5.1.4. Deve ser dotado de dispositivo para guarda e proteção da ponteira, da conexão
e da régua de medição do volume de leite;
5.1.5. Deve ser, obrigatoriamente, submetido à limpeza e sanitização após cada
descarregamento, juntamente com os seus componentes e acessórios.
6. Procedimentos de Coleta
6.1. O funcionário encarregado da coleta deve receber treinamento básico sobre
higiene, análises preliminares do produto e coleta de amostras, podendo ser o próprio
motorista do carro-tanque. Deve estar devidamente uniformizado durante a coleta. A
ele cabe rejeitar o leite que não atender às exigências, o qual deve permanecer na
propriedade;

G-100
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LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DA COLETA DE LEITE CRU REFRIGERADO E SEU TRANSPORTE A GRANEL

6.2. A transferência do leite do tanque de refrigeração por expansão direta para o


carro-tanque deve se processar sempre em circuito fechado;
6.3. São permitidas coletas simultâneas de diferentes tipos de leite, desde que sejam
depositadas em compartimentos diferenciados e devidamente identificados;
6.4. O tempo transcorrido entre a ordenha inicial e seu recebimento no estabelecimento
que vai beneficiá-lo (pasteurização, esterilização, etc.) deve ser no máximo de 48h
(quarenta e oito horas), independentemente do seu tipo, recomendando-se como
ideal um período de tempo não superior a 24h (vinte e quatro horas);
6.5. A eventual passagem do Leite Cru Refrigerado na propriedade rural por um Posto
de Refrigeração implica sua refrigeração em equipamento a placas até temperatura
não superior a 4ºC (quatro graus Celsius), admitindo-se sua permanência nesse tipo
de estabelecimento pelo período máximo de 6h (seis horas);
6.6. A passagem do Leite Cru tipo C, enquanto perdurar a sua produção, por um Posto
de Refrigeração implica sua refrigeração em equipamento a placas até temperatura
não superior a 4ºC (quatro graus Celsius), admitindo-se sua permanência nesse tipo
de estabelecimento pelo período máximo de 24h (vinte e quatro horas);
6.7. Antes do início da coleta, o leite deve ser agitado com utensílio próprio e ter a
temperatura anotada, realizando-se a prova de alizarol na concentração mínima de
72% v/v (setenta e dois por cento volume/volume). Em seguida deve ser feita a coleta
da amostra, bem como a sanitização do engate da mangueira e da saída do tanque de
expansão ou da ponteira coletora de aço inoxidável. A coleta do leite refrigerado deve
ser realizada no local de refrigeração e armazenagem do leite;
6.8. Após a coleta, a mangueira e demais utensílios utilizados na transferência do leite
devem ser enxaguados para retirada dos resíduos de leite. Para limpeza e sanitização
do tanque de refrigeração por expansão direta, seguir instruções do fabricante do
equipamento. O enxágüe final deve ser realizado com água em abundância;
6.9. No caso de tanque de expansão comunitário, o responsável pela recepção do
leite e manutenção das suas adequadas condições operacionais deve realizar a prova
do alizarol na concentração mínima de 72% v/v(setenta e dois por cento volume/
volume )
no leite de cada latão antes de transferir o seu conteúdo para o tanque, no próprio
interesse de todos os seus usuários;
6.10. As amostras de leite a serem submetidas a análises laboratoriais devem ser
transportadas em caixas térmicas higienizáveis, na temperatura e demais condições
recomendadas pelo laboratório que procederá às análises;
6.11. A temperatura e o volume do leite devem ser registrados em formulários
próprios;
6.12. As instalações devem ser limpas diariamente. As vassouras utilizadas na
sanitização do piso devem ser exclusivas para este fim;
6.13. O leite que apresentar qualquer anormalidade ou não estiver refrigerado até
a temperatura máxima admitida pela legislação em vigor não deve ser coletado a
granel.
7. Controle no Estabelecimento Industrial

215
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

7.1. A temperatura máxima do Leite Cru Refrigerado no ato de sua recepção no


estabelecimento processador é a estabelecida no Regulamento Técnico específico;
7.2. As análises laboratoriais de cada compartimento dos carros-tanque devem ser
realizadas no mínimo de acordo com a freqüência especificada para os produtores
nos Regulamentos Técnicos de cada tipo de leite;
7.3. O Serviço de Inspeção Federal - SIF/DIPOA pode determinar a alteração dessa
freqüência mínima, abrangendo total ou parcialmente os tipos de análises indicadas
para cada tipo de leite, sempre que constatar desvios graves nos dados analíticos
obtidos ou que ficar evidenciado risco à saúde pública;
7.4. Para recepção de diferentes tipos de leite, a plataforma deve descarregar
primeiramente o Leite tipo B ou efetuar a sanitização após a recepção de outros tipos
de leite ou, ainda, utilizar linhas separadas para a sua recepção;
7.5. No descarregamento do leite contido nos carros - tanques, podem ser utilizadas
mangueiras no comprimento estritamente necessário para efetuar as conexões. Tais
mangueiras devem apresentar as características de acabamento mencionadas neste
Regulamento;
7.6. O leite refrigerado a granel pode ser recebido a qualquer hora, de comum
acordo com a empresa, observados os prazos de permanência na propriedade/
estabelecimentos intermediários e as temperaturas de refrigeração.
8. Procedimentos para Leite com Problema
8.1. O leite do produtor cujas análises revelarem problemas deve ser, obrigatoriamente,
submetido a nova coleta para análises no dia subseqüente. Nesse caso, o produtor
deve ser comunicado da anormalidade e o leite não deve ser coletado a granel.
8.2. Fica a critério da empresa retirar esse leite separadamente ou deixar que seja
entregue pelo próprio produtor diretamente na plataforma de recepção, no horário
regulamentar, onde deve ser submetido às análises laboratoriais.
8.3. O leite com problema deve sofrer destinação conforme Plano de Controle de
Qualidade do estabelecimento, que deve tratar da questão baseando-se nos Critérios
de Julgamento de Leite e Produtos Lácteos, do SIF/DIPOA.
9. Obrigações da Empresa
9.1. A interessada deve manter formalizado e atualizado seu Programa de Coleta a
Granel, onde constem:
9.1.1 Nome do produtor, volume e tipo de leite, capacidade do refrigerador, horário e
freqüência de coleta;
9.1.2. Rota da linha granelizada, inserida em mapa de localização;
9.1.3. Programa de Controle de Qualidade da matéria-prima, por conjunto de produtores
e se necessário, por produtor, observando o estabelecido nos Regulamentos
Técnicos;
9.1.4. A empresa deve implantar um programa de educação continuada dos
participantes;
9.1.5. Para fins de rastreamento da origem do leite, fica expressamente proibida a
recepção de Leite Cru Refrigerado transportado em veículo de propriedade de pessoas
físicas ou jurídicas independentes ou não vinculadas formal e comprovadamente ao

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INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 37, DE 31 DE OUTUBRO DE 2000

Programa de Coleta a Granel dos estabelecimentos sob Serviço de Inspeção Federal


(SIF) que realizem qualquer tipo de processamento industrial ao leite, incluindo-se sua
simples refrigeração.
10. Disposições Gerais
10.1. O produtor integrante de um Programa de Granelização está obrigado a cumprir
as especificações do presente Regulamento Técnico. Seu descumprimento parcial ou
total pode acarretar, inclusive, seu afastamento desse Programa.

RTIQ DE LEITE DE CABRA

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 37, DE 31 DE OUTUBRO DE 2000.


O SECRETÁRIO DE DEFESAAGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DAAGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO,
no uso da atribuição que lhe confere o art. 83, inciso IV do Regimento Interno da Secretaria, aprovado pela
Portaria Ministerial nº 574, de 8 de dezembro de 1998, considerando que é necessário instituir medidas que
normatizem a industrialização de produtos de origem animal, garantindo condições de igualdade entre os
produtores e assegurando a transparência na produção, processamento e comercialização, e o que consta do
Processo MA 21000.005238/99-79, resolve:
Art. 1º. Aprovar o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Leite de Cabra, conforme consta do
Anexo desta Instrução Normativa.
Art. 2º. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA

RTIQ DE LEITE DE CABRA

1. Alcance
1.1. Objetivo: O presente Regulamento fixa as condições de produção, a identidade
e os requisitos mínimos de qualidade do leite de cabra destinado ao consumo
humano.
1.2. Âmbito de Aplicação: O presente Regulamento se refere ao leite de cabra
destinado ao comércio nacional.
2. Descrição
2.1.Definição: Leite de cabra é o produto oriundo da ordenha completa, ininterrupta,
em condições de higiene, de animais da espécie caprina sadios, bem alimentados e
descansados.
3. Processo de Produção:
3.1. Para a produção de leite de cabra deverão ser respeitadas as seguintes
disposições gerais:
3.1.1. O criatório deverá ser localizado em área rural, admitindo-se a localização em
área urbana ou suburbana desde que respeitados os códigos de postura municipais.
3.1.2. Poderá constituir-se, em princípio, de área para criação intensiva ou extensiva
e dependência para ordenha. Terá sala para beneficiamento do leite, a menos que a
produção seja destinada para um outro estabelecimento para pasteurização e demais

217
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

operações industriais.
3.1.3. Para a implantação ou reforma dos estabelecimentos que visem exercer a
atividade disciplinada por este Regulamento, deverão ser observadas as especificações
contidas na Portaria no. 368 / 97 - Ministério da Agricultura e do Abastecimento, que
trata do Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas
Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores / Industrializadores de
Alimentos, bem como as seguintes condições particulares:
3.1.3.1.O capril deve dispor de área proporcional ao número de cabras, recomendando-
se 1,20 m2 (um vírgula vinte metros quadrados) de área útil por matriz;
3.1.3.2.A dependência de ordenha, exclusiva para a finalidade, deverá estar afastada
de fontes de mau cheiro e/ou de construções que venham a causar prejuízos à
obtenção higiênica do leite, podendo ser construída contígua ao capril.
3.1.3.3.Esta dependência deverá atender, ainda, as seguintes especificações:
3.1.3.3.1. A plataforma de ordenha deverá ter piso suspenso, de madeira ou de
material impermeável. Tal plataforma deverá ser mantida permanentemente limpa,
devendo ser substituída quando suas condições de conservação e limpeza estiverem
comprometidas.
3.1.3.3.2. Possuir abastecimento de água potável com residual máximo de cloro ativo
de 2 mg/L (dois miligramas por litro), em volume e pressão suficientes para atender os
trabalhos diários de higienização dos equipamentos e instalações.
3.1.3.3.3. Poderão ser utilizados os sistemas de ordenha mecânica ou manual durante
o processo de obtenção do leite de cabra.
3.1.3.4.O Beneficiamento do leite de cabra deverá ocorrer em sala própria, isolada
da dependência de ordenha, para que as condições higiênico-sanitárias sejam
alcançadas e preservadas com maior facilidade. Para a sua construção e operação,
deverão ser observadas as especificações da Portaria 368 / 97 / MA.
3.1.3.5.O congelamento e/ou a manutenção do leite beneficiado sob congelamento
ou refrigeração deverão ser realizados em equipamento próprio, com capacidade de
armazenamento e de produção de frio compatíveis com o volume de produção e o
período de estocagem do produto no estabelecimento beneficiador. De acordo com
as dimensões físicas da sala de beneficiamento, o equipamento de produção de frio
poderá ser nela localizado, desde que não ocorram prejuízos de ordem higiênico-
sanitária às operações conduzidas nesse local. De outra forma, deverá ser exigida
dependência específica para tal finalidade, tanto para acomodar equipamentos de
pequeno porte, quanto para a montagem de câmara frigorífica.
3.1.3.6.Os estabelecimentos produtores e/ou beneficiadores do leite de cabra deverão,
igualmente, ser dotados de local próprio para limpeza e sanitização de equipamentos
e utensílios utilizados na prática diária.
3.2.Sanidade do Rebanho
3.2.1. Só será permitido o aproveitamento do leite de cabra quando as fêmeas não
apresentarem sinais clínicos ou resultado positivo a provas diagnósticas indicativas
de presença de doenças infecto-contagiosas que possam ser transmitidas ao homem
através do leite e, adicionalmente:
3.2.1.1.Apresentarem-se em bom estado de nutrição;

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3.2.1.2.Não estiverem em período final de gestação nem na fase colostral;


3.2.2. Qualquer alteração no estado de saúde dos animais, capaz de modificar a
qualidade do leite de cabra, justifica a condenação do produto para fins alimentícios.
As fêmeas em tais condições devem ser afastadas do rebanho ou da produção,
conforme a gravidade do caso, em caráter provisório ou definitivo;
3.2.3. A utilização, para consumo humano, de leite proveniente de cabras submetidas
a tratamento com antibióticos ou quimioterápicos, de uso autorizado pela legislação,
fica condicionada à liberação pelo técnico responsável pelo capril, que, para isso,
observará as recomendações e precauções de uso do produto constantes da
rotulagem, de modo a assegurar que os níveis de resíduos estejam dentro dos limites
máximos de resíduos (LMR) admissíveis estabelecidos por organismos científicos
reconhecidos internacionalmente. O mesmo procedimento será observado quando da
utilização de antiparasitários ou outro qualquer produto passível de eliminação pelo
leite.
3.2.4. Igualmente deverão ser afastadas da produção leiteira, a juízo da assistência
médico-veterinária, as fêmeas que se apresentarem em estado de magreza extrema
ou caquéticas, febris, com mamite, diarréia, corrimento vaginal ou qualquer outra
manifestação patológica.
3.2.5. O animal afastado da produção só poderá voltar à ordenha após exame
procedido pelo médico veterinário responsável pela sanidade do rebanho.
4. Higiene da Produção.
4.1.Além dos preceitos contidos na Portaria 368/97 - MA, deverão ser observadas as
seguintes particularidades:
4.1.1. Os animais devem ser ordenhados com os tetos previamente lavados e
devidamente enxutos com papel toalha individual e descartável. Admite-se o uso de
produtos de higienização sempre que oficialmente aprovados para tal finalidade e nas
condições de uso recomendadas pelo fabricante, com as devidas precauções para
que seja evitada a transferência de resíduos de tais produtos ao leite.
4.1.2. Será compulsória a prática do “post-dipping”, com o emprego de produto
adequado e oficialmente aprovado para a prevenção de infecção do úbere.
4.1.3. O vasilhame utilizado não deverá apresentar costuras ou soldas que dificultem
a limpeza e sanitização.
4.1.4. Os três primeiros jatos de cada teto devem ser obrigatoriamente rejeitados,
recolhendo-os em recipiente adequado, de fundo escuro, para detectar
sinais reveladores de mamite. As cabras com mamite serão ordenhadas por último e
seu leite deverá ser inutilizado.
4.1.5. O leite de cabra deverá ser coado logo após a ordenha, em coador apropriado,
de aço inoxidável ou plástico.
4.1.6. Após o término da ordenha, todo o equipamento utilizado deverá ser rigorosamente
lavado e sanitizado com produtos de eficácia comprovada e oficialmente aprovados,
de acordo com métodos preconizados nos “Procedimentos Padronizados de Higiene
Operacional” (PPHO) oficiais do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
5. Controle da Produção

219
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

5.1. O leite de cabra, quando cru, deverá apresentar Contagem Padrão em Placas
(CPP) de, no máximo, 500.000 UFC/mL(quinhentas mil Unidades Formadoras de
Colônias por mililitro).
5.2. Para a avaliação rotineira da matéria-prima deverão ser efetuados os seguintes
testes básicos no estabelecimento beneficiador: 5.2.1. Determinação da acidez
titulável;
5.2.2. Determinação da densidade relativa a 15/15.
Observação: O Teste de Resistência do Leite ou Prova do Álcool/Alizarol não é
aplicável à seleção do leite de cabra.
5.3. Cada estabelecimento beneficiador de leite de cabra deverá elaborar um Plano
de Controle de Qualidade, onde serão descritos os métodos de acompanhamento
da qualidade da matéria-prima e dos produtos, o sistema de limpeza e higienização
de instalações e equipamentos, métodos e freqüência de amostragem, controle de
efluentes e dejetos industriais, controle de pragas e outras especificações que poderão
vir a ser exigidas pelo SIF/ DIPOA.
5.4. O estabelecimento poderá contratar os serviços de um laboratório de controle
de qualidade para a realização rotineira dessa atividade, ficando obrigado a realizar,
no mínimo 01 (uma) vez por mês, todas as análises previstas nos itens 9.3 e 14 do
presente Regulamento, independentemente do volume de produção.
5.5. O SIF deverá colher amostras periódicas do leite beneficiado, no estabelecimento
beneficiador ou apenas no mercado consumidor, para a realização das análises
fiscais físico-químicas e microbiológicas previstas nos itens 9.3 e 14 do presente
Regulamento, além de outras que julgar necessárias.
5.6. Todo vasilhame empregado no acondicionamento do leite de cabra deverá seguir
as especificações contidas no item 4.1.4. da Portaria 368/97-MA.
5.7. O leite obtido em um determinado capril poderá ser transferido imediatamente após
a ordenha e em temperatura ambiente a outro estabelecimento, para beneficiamento
e/ou industrialização, observados os critérios de seleção e aceitação da matéria-prima
especificados no presente Regulamento.
5.8. A estocagem, na fonte de produção, do leite a ser destinado a outro estabelecimento
exclusivamente para industrialização, aqui entendida como sua transformação em
derivados do leite, poderá ser realizada através dos seguintes processos:
a) após congelamento em latões metálicos de capacidade variável até 50L (cinqüenta
litros) e manutenção da matéria-prima em temperatura igual ou inferior a - 18oC
(dezoito graus Celsius negativos). Deverão ser empregados equipamentos que
permitam alcançar essa temperatura no mais curto intervalo de tempo possível;
b) refrigeração até temperatura igual ou inferior a 4ºC (quatro graus Celsius) num
período de tempo não superior a 2 (duas) horas após o término da ordenha.
5.9. A estocagem, na fonte de produção, do leite a ser destinado a outro estabelecimento
visando beneficiamento (pasteurização, esterilização ou tratamento UHT) e distribuição
ao consumo na forma fluida, somente poderá ser realizada
mediante refrigeração à temperatura igual ou inferior a 4ºC (quatro graus Celsius) num
período de tempo não superior a 2 (duas) horas após o término da ordenha.

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RTIQ DE LEITE DE CABRA

5.10. A duração do período de estocagem da matéria-prima será função da sua


qualidade microbiológica e físico-química intrínseca, avaliada no momento da sua
recepção na indústria ou estabelecimento para onde for destinada.
5.11. A refrigeração do leite deverá ser conduzida preferentemente em tanque de
expansão direta provido de dupla camisa, agitador, termômetro, termostato, tampa
e válvula para transferência do produto, construído com acabamento sanitário. Será
admitida a refrigeração através de outros equipamentos, desde que se alcance a
temperatura de 4ºC (quatro graus Celsius) no período de tempo máximo de 2 (duas)
horas após a ordenha.
5.12. No transporte do leite de cabra desde a dependência de ordenha até a sala
de beneficiamento ou até um outro estabelecimento para beneficiamento e/ou
processamento, deverão ser observadas as seguintes condições básicas:
5.12.1. Quando o beneficiamento for executado na fonte de produção, o
acondicionamento e o transporte até a sala específica para essa atividade deverão
ser feitos em baldes com abertura lateral, latões ou via bombeamento através de
tubulação própria.
5.12.2. Quando o beneficiamento e/ou processamento forem realizados em outro
estabelecimento, o acondicionamento e o transporte da matéria-prima deverão ser
realizados de maneira diferenciada, de acordo com o método empregado para a sua
estocagem. Dessa forma, para o leite em temperatura ambiente ou sob refrigeração,
o acondicionamento e o transporte poderão ser feitos em latões metálicos ou de
plástico, bem como a granel, em veículo com tanque específico para tal finalidade.
Nesse último caso, deverá ser observado o Regulamento Técnico do Ministério da
Agricultura e do Abastecimento que disciplina o assunto, no que for pertinente.
5.12.3. Para a matéria-prima estocada sob congelamento em latões metálicos, o
transporte deverá ser feito no próprio recipiente em que foi congelado, pelo menos
já parcialmente descongelado na origem, de modo tal que, ao chegar ao seu destino,
estará no estado fluido, mas com temperatura igual ou inferior a 7ºC (sete graus
Celsius).
5.12.4. Além dessas especificações, os veículos transportadores de latões deverão
possuir carroçarias protegidas contra o sol e a chuva. Não será permitido o transporte
do leite junto a material impróprio ou o seu transvase em local que o exponha a
contaminações.
6. Beneficiamento
6.1. Constituem processos de beneficiamento a serem utilizados para o leite de cabra
destinado a consumo humano direto ou para industrialização: 6.1.1. Pasteurização;
6.1.1.1. Admitem-se os seguintes processos de pasteurização:
6.1.1.1.1. Pasteurização de curta duração: consiste no tratamento térmico do leite
de cabra, em aparelhagem própria de camada laminar, a uma temperatura de 72 a
75ºC (setenta e dois a setenta e cinco graus Celsius) durante 15 a 20 (quinze a vinte)
segundos, seguindo-se refrigeração, no mesmo equipamento, até temperatura igual
ou inferior a 4oC (quatro graus Celsius);
6.1.1.1.2. Pasteurização lenta: consiste no tratamento térmico do leite de cabra em
aparelhagem própria (consistindo de tanque de aço inoxidável de dupla camisa

221
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

acoplado a fontes de água quente ou vapor e de água gelada, com tampa, agitador
mecânico, injeção de vapor no espaço situado acima do nível do leite (“head space”),
termômetros e painel de controle com termo - registrador), a uma temperatura entre 63
e 65ºC (sessenta e três e sessenta e cinco graus Celsius) por 30 minutos, contados
a partir do momento em que o leite atingir a temperatura mencionada acima. Concluída
a fase de aquecimento, proceder-se-á à imediata refrigeração do leite no mesmo
equipamento, até temperatura igual ou inferior a 4ºC (quatro graus Celsius), exceto se
o leite for imediatamente destinado à industrialização;
6.1.1.2. Recomenda-se a pasteurização do leite imediatamente após a ordenha ou,
no máximo em período não superior a 30minutos após sua obtenção. Não atendida
essa condição, o leite deverá ser imediatamente refrigerado, até atingir a temperatura
de 4ºC (quatro graus Celsius).
6.1.1.3. O leite de cabra pasteurizado deverá ser destinado ao consumo no estado
fluido, devidamente embalado e rotulado, deixando o estabelecimento beneficiador
com a temperatura máxima de 4ºC (quatro graus Celsius) e alcançando o ponto de
venda com a temperatura máxima de 7ºC (sete graus Celsius). Entretanto, poderá ser
comercializado sob a forma congelada.
6.1.2. Esterilização em autoclave;
6.1.3. Processamento UHT.
6.2. Durante o beneficiamento do leite de cabra, poderão ser realizadas operações
de acerto do teor de gordura através de equipamento acoplado ao circuito de
beneficiamento, visando a oferta ao consumo de produtos padronizados, desnatados
ou semi-desnatados, segundo parâmetros de qualidade fixados neste Regulamento.
7. Classificação
7.1. O leite de cabra pode ser classificado, quanto ao teor de gordura, em:
7.1.1. Leite de cabra integral: quando não houver qualquer alteração do teor de
gordura contido na matéria-prima.
7.1.2. Leite de cabra padronizado: quando o teor de gordura, expresso em % m/m, for
acertado para 3%.
7.1.3. Leite de cabra semi-desnatado: quando o teor de gordura, expresso em % m/m,
for acertado para o intervalo entre 0,6 e 2,9 %.
7.1.4. Leite de cabra desnatado: quando o teor de gordura, expresso em % m/m, não
superar o limite máximo de 0,5%.
NOTA: Essa classificação deverá ser seguida para o leite beneficiado e comercializado
sob as formas fluída e congelada, independentemente do tipo de processamento
térmico.
8. Designação (Denominação de Venda):
8.1. “Leite de Cabra Pasteurizado Integral, ou Padronizado, ou Semi-Desnatado ou
Desnatado”. Deverá ser adicionada a expressão “Congelado” no final da denominação
de venda descrita acima, quando for o caso.
8.2. “Leite de Cabra Esterilizado...”, seguindo-se a classificação quanto ao teor de
gordura.
8.3. “Leite de Cabra UHT (UAT) ...”, seguindo-se a classificação quanto ao teor de

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LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITE DE CABRA

gordura.
O emprego de aromatizantes implicará a inscrição compulsória da expressão
“Aromatizado” no final da denominação de venda do produto.
9. Composição e Requisitos
9.1 Ingrediente obrigatório: leite de cabra.
9.2. Ingredientes opcionais: ácido fólico, de acordo com os termos da Portaria 33/98 /
SVS / MS. O enriquecimento com outras vitaminas, sais minerais e outros nutrientes
deverá atender as especificações das Portarias 31/98, 33/98 e 41/98 - SVS/MS.
9.3. Requisitos:
9.3.1. Características sensoriais
9.3.1.1. Aspecto: líquido ou, quando for o caso, congelado. 9.3.1.2. Cor: branca.
9.3.1.3.Odor e Sabor: característicos.
9.3.2.Características Físico-Químicas

Requisitos Leite Integral Leite Semi- Leite M étodo Analítico


Desnatado Desnatado Referencial
Gordura, % m/m (ver Nota 1) Teor Original 0,6 a 2,9 M áx . 0,5 FIL 1 C: 1987

Acidez, em % ácido lático 0,13 a 0,18 para todas as variedades LANARA/MA,1981


( ver Nota 2)
Sólidos Não-Gordurosos, % Mínimo 8,20 para todas as variedades
m/m DF 21 B : 1987
Densidade, 15/15ºC 1,0280-1,0340 para todas as variedades
LANARA/MA,1981
Índice Crioscópico, º H -0,550ºH a -0,585 IDF 108 A: 1986
para todas as variedades
Proteína Total (N x 6,38) Mínimo 2,8 IDF 20 B : 1993
% m/m para todas as variedades
Lactose % m/v Mínimo 4,3 Lane Eynon ou Cloramina T
para todas as variedades
Cinzas, % m/v Mínimo 0,70 LANARA/MA,1981
para todas as variedades

Nota 1: Serão admitidos valores inferiores a 2,9% m/m para as variedades integral e semi-desnatada, mediante
comprovação de que o teor médio de gordura de um determinado rebanho não atinge esse nível.
Nota 2: A faixa normal para a acidez titulável de leite de cabra cru congelado variará de 0,11% a 0,18%,
expressa em ácido láctico.

8.4. Acondicionamento: O leite de cabra poderá ser embalado por processo automático
ou semi - automático. Nesse último caso, o fechamento do filme plástico deverá ser
feito individualmente, através de instrumento próprio, acionado mecanicamente, e
dotado de resistência elétrica capaz de produzir o calor necessário à perfeita vedação
da embalagem.
Qualquer material a ser empregado na embalagem do leite de cabra deverá ser
previamente analisado em laboratório oficial de Saúde Pública quanto à sua adequação
para o fim a que se destina (entrar em contato com alimentos).
Quando embalado em garrafas, estas deverão ser fechadas com lacre inviolável ou
processo similar, que garanta proteção apropriada contra contaminação ou fraude.

223
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Deverão ser observadas as demais especificações contidas na Portaria 371/97–MA -


Regulamento Técnico para a Rotulagem de Alimentos Embalados, com particular
ênfase ao item “Instruções sobre o Preparo e Uso do Alimento” e principalmente no
que diz respeito ao leite congelado.
As embalagens utilizadas para o acondicionamento do leite de cabra em nenhuma
hipótese poderão ser reaproveitadas.
9. Aditivos e Coadjuvantes de Tecnologia / Elaboração
9.1. Para o leite de cabra esterilizado e o leite de cabra UHT será aceito o uso dos
seguintes estabilizantes:
- Citrato de sódio;
- Monofosfato de sódio, difosfato e trifosfato de sódio, separados ou em combinação,
em quantidade não superior a 0,1g/100 mL, expressos em P2O5.
9.2. Para o emprego de aromatizantes deverá ser empregada a legislação sanitária
federal em vigor (para o caso de elaboração de leite de cabra aromatizado).
10. Contaminantes
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos eventualmente presentes no leite de
cabra não devem exceder os limites estabelecidos pela legislação sanitária federal
específica.
11. Fraudes/Falsificações
Será considerado fraudado ou falsificado o leite de cabra que tiver sofrido: 11.1. adição
de água;
11.2. adição, subtração ou substituição de quaisquer componentes naturais ou
estranhos à composição normal do leite de cabra, sem a devida aprovação prévia do
Serviço de Inspeção Federal e declaração na rotulagem;
11.3. adição ou presença de substâncias conservadoras ou inibidoras do crescimento
de microrganismos;
11.4. estiver cru e for comercializado como pasteurizado, esterilizado ou UHT; 11.5.
adição de leite de outras espécies animais.
12. Higiene
As práticas de higiene para elaboração do produto estarão de acordo com o
estabelecido no Código Internacional recomendado de Práticas Gerais de Higiene
dos Alimentos (Comitê do Codex Alimentarius, vol. A, 1985) e na Portaria 368/97 - MA
(Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas
de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos).
13. Critérios Macroscópicos e Microscópicos
Ausência de qualquer tipo de impurezas ou elementos estranhos.

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14. Critérios Microbiológicos e Tolerâncias


Requisito Critérios de Categoria Método de
Aceitação (ICMSF) Análise
Microrganismo Aeróbios mesófilos Portaria S.D.A/MA
(UFC/mL): 101, de 11/8/93
1- Pasteurizado: n= 5 ; c=2; m= 1 5 idem item anterior
x 104;
4
M= 5 x 10
2- Esteriliz./UHT: n= 5; c=0 ; m= 10 idem item anterior
10.
Coliformes/mL (30/35ºC)
1 - L. Pasteuriz. n= 5; c=2 ; m= 2 5 idem item anterior
2 - L. Esteriliz./UHT ; M= 4 5
n= 5; c=0 ; m= 0
Coliformes/mL (45ºC)
1 - L. Pasteuriz. n= 5 ; c= 2 ; m= 0 5 idem item anterior
2 - L. Esteriliz./UHT ; M= 1 5
n= 5 ; c= 0 ; m= 0
Salmonella spp./ 25Ml N= 5 ; c= 0 ; m= 0 10 idem item anterior
(L. Past./Esteriliz./UHT)

Nota 3: Os parâmetros contidos na tabela acima deverão ser obtidos no produto imediatamente após sua
fabricação, a partir de amostras colhidas no estabelecimento produtor.

15. Pesos e Medidas


Aplica-se o Regulamento correspondente.
16. Rotulagem
Será aplicada a legislação específica do MA, inclusive para registro de memoriais
descritivos de fabricação e de rótulos.
A identificação do produto, no rótulo, será feita através de uma das seguintes
nomenclaturas oficiais.
16.1. Leite de Cabra Pasteurizado Integral, ou Semi - Desnatado ou Desnatado.
Deverá ser adicionada a expressão “Congelado” no final da denominação de venda
descrita acima, quando for o caso.
16.2. Leite de Cabra Esterilizado... , seguindo-se a classificação quanto ao teor de
gordura.
16.3. Leite de Cabra UHT (UAT) ... seguindo-se a classificação quanto ao teor de
gordura.
Para o caso de leite semi-desnatado deverá ser declarada, no rótulo, a porcentagem
de gordura do produto exposto ao consumo.
O emprego de aromatizantes implicará a inscrição compulsória da expressão
“Aromatizado” no final da denominação de venda do produto.
Para o produto UHT, poderá ser utilizada a expressão “Longa Vida”, desde que não
faça parte da denominação de venda do produto.
17. Métodos de Análise
Os métodos de análise de referência são os assinalados nos itens 8.3 e 14 do
presente Regulamento. O SIF/DIPOA poderá aceitar o emprego de outra metodologia
analítica, desde que, comprovadamente, guarde estreita correlação com o método de

225
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

referência.
18. Amostragem
Serão seguidos os procedimentos recomendados na norma IDF 50 B: 1985.
19. Registro do Estabelecimento no SIF/DIPOA
Deverão ser observadas as especificações contidas na legislação sanitária do MA
pertinente ao assunto.

RTIQ DE LEITE AROMATIZADO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 26, DE 12 DE JUNHO DE 2007.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que


lhe conferem os art 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, tendo em vista o Decreto nº 30.691, de 29
de março de 1952, e suas alterações, que regulamenta a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, a Lei nº
7.889, de 23 de novembro de 1989, a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, a Lei nº 11.265, de 3 de janeiro
de 2006, e o que consta dos Processos nos 21000.005422/2000-50 e 21000.000436/2003-20, resolve:
Art. 1º Aprovar o REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE LEITE
AROMATIZADO, em anexo.
Art. 2º As empresas têm um prazo de 60 (sessenta) dias para se adequarem a esta Instrução Normativa, a
contar da data da sua publicação.
Art. 3º As empresas tem um prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da publicação desta Instrução
Normativa, para adequação de seus rótulos que identificam as embalagens que acondicionam o produto Leite
Aromatizado.
Art. 4º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data da sua publicação.
REINHOLD STEPHANES

ANEXO
RTIQ DE LEITE AROMATIZADO.

1. ALCANCE
1.1. OBJETIVO: estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que
deve atender o Leite Aromatizado destinado ao consumo humano.
1.2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO: o presente Regulamento refere-se ao leite aromatizado
destinado ao comércio nacional e internacional.
2. DESCRIÇÃO
2.1. DEFINIÇÃO: para os efeitos de aplicação deste Regulamento, adotam-se as
seguintes definições:
2.1.1. Leite Aromatizado: é o produto lácteo, convenientemente homogeneizado,
resultante da mistura preparada com leite, açúcar, aromatizantes (cacau, sucos
ou essências de frutas) ou outras substâncias a juízo do DIPOA, submetido à
pasteurização esterilização nos próprios frascos.(art.689, do Decreto nº 30.691, de 29

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
226 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITE AROMATIZADO

de março de 1952 - RIISPOA).


2.1.1.1. Leite Aromatizado Pasteurizado: é o produto descrito no subitem 2.1.1,
submetido à temperatura de Pasteurização Lenta de 62 a 65º C (sessenta e dois a
sessenta e cinco graus Celsius) por 30 (trinta) minutos ou Pasteurização de Curta
Duração de 72 a 75º C (setenta e dois a setenta e cinco graus Celsius) durante 15
a 20 segundos (quinze a vinte segundos), em aparelhagem própria, imediatamente
resfriada entre 2º e 5º C (dois e cinco graus Celsius) e, em seguida, envasado.
2.1.1.2. Leite Aromatizado Esterilizado: é o produto descrito no subitem 2.1.1,
embalado, submetido a vácuo direto ou indireto e afinal convenientemente esterilizado
pelo calor úmido e imediatamente resfriado, respeitada a peculiaridade do produto. A
esterilização do produto embalado obedecerá a diferentes graduações de tempo e
temperatura, segundo a capacidade da embalagem do produto.
2.2. CLASSIFICAÇÃO
2.2.1. De acordo com o tratamento térmico, o leite aromatizado classifica-se em:
2.2.1.1 Leite Aromatizado Pasteurizado;
2.2.1.2 Leite Aromatizado Esterilizado.
2.3. DESIGNAÇÃO (Denominação de venda):
2.3.1. O produto classificado em 2.2.1.1. designar-se-á Leite Aromatizado
Pasteurizado.
2.3.2. O produto classificado em 2.2.1.2. designar-se á Leite Aromatizado
Esterilizado.
3. REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Institui o Código de Defesa do
Consumidor.
BRASIL. Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e seus Decretos. Institui o
Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal -
RIISPOA.
BRASIL. Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989. Dispõe sobre Inspeção Sanitária
e Industrial dos Produtos de Origem Animal, e dá outras providências.
BRASIL. Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas
Práticas de Elaboração para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de
Alimentos - Portaria nº 368, de 4 de setembro de 1997-Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Brasil. Diário Oficial da União. Brasília, 8 de setembro de
1997,seção 1, página 19697.
BRASIL. Regulamento Técnico para Rotulagem de Produto de Origem Animal
Embalado - Instrução Normativa nº 22 de 24 de novembro de 2005 - Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Brasil. Diário Oficial da União Brasília, 25 de
novembro de 2005, seção 1, páginas 15 e 16.
BRASIL. Oficializa os Métodos Analíticos Oficiais Físico-Químicos, para Controle de
Leite e Produtos Lácteos, em Conformidade com o Anexo desta Instrução Normativa,
determinando que sejam utilizados nos Laboratórios Nacionais Agropecuários –
Instrução Normativa Nº 68, de 12 de dezembro de 2006. Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento - Diário Oficial da União. Brasília, 14 de dezembro de 2006,

227
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

seção 1, página 8.
BRASIL. Oficializa os Métodos Analíticos Oficiais para Análises Microbiológicas para
Controle de Produtos de Origem Animal e Água - Instrução Normativa Nº 62, de 26 de
agosto de 2003. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Diário Oficial da
União. Brasília, 19 de setembro de 2003, seção 1, página 14.
BRASIL. Regulamento Técnico: “Princípios Gerais para o Estabelecimento de Níveis
Máximos de Contaminantes Químicos em Alimentos” e seu Anexo: “Limites máximos
de tolerância para contaminantes inorgânicos” - Portaria nº 685, de 27 de agosto de
1998. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária, Brasil. Diário Oficial da
União. Brasília, 28 de agosto de 1998, seção 1, página 28.
BRASIL. Decreto-Lei Nº 986, de 21 de outubro de 1969. Institui normas básicas sobre
alimentos. Diário Oficial da União. Brasília, 21 de outubro de 1969, Seção 1.
BRASIL. Aprova o Regulamento Técnico: Aditivos Alimentares Definição Classificação
e emprego -PORTARIA nº 540 SVS/MS, de 27 de outubro de 1997. Ministério da
Saúde, Brasil. Diário Oficial da União. Brasília, 28 de outubro de 1997.
BRASIL. Aprova o Regulamento Técnico Sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos
Embalados - Resolução RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003 - ANVISA - Ministério
da Saúde, Brasil. Diário Oficial da União. Brasília, 26 de dezembro de 2003.
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. COMPOSIÇÃO:
4.1.1. Ingredientes Obrigatórios ou Matéria-Prima:
4.1.1.1. leite;
4.1.1.2. açúcar;
4.1.1.3. aromatizante (cacau, sucos ou essências de frutas); ou
4.1.1.4.outras substâncias a juízo do DIPOA (atender a Nota 4).
Nota 1: leite (in natura, integral (tipo A, tipo B) tipo C ou padronizado, magro ou
desnatado), bem como do leite desidratado (*) no mínimo 70%(setenta por cento)
v/v (volume/volume) expresso em leite, e nas quantidades necessárias de farinhas
lácteas, sacarose e gelatina.
(*) Leite desidratado total e parcial - no mínimo 70% v/v no produto pronto para
consumo.
Nota 2: Açúcar - sacarose.
Nota 3: Aromatizante - Essências - natural (is) ou artificial (is) ou idêntica(s) ao
natural.
Nota 4: Onde se lê: ou outras substâncias a juízo do DIPOA, leia-se: produto(s) ou
substância(s) alimentícia(s) permitida(s) no presente Regulamento.
Nota 5: Frascos ou embalagens apropriadas. 4.1.2. Ingrediente Opcional: Não
autorizado
4.2. REQUISITOS:
4.2.1. Características Sensoriais:
4.2.1.1. Consistência: líquida.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
228 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITE AROMATIZADO

4.2.1.2. Cor: característica de acordo com a(s) substância(s) adicionada(s).


4.2.1.3. Odor e Sabor: característicos de acordo com a(s) substância(s)
adicionada(s).
4.2.2. Requisitos Físico-Químicos:
O leite aromatizado definido no subitem 2.1.1 deve cumprir com o requisito físico-
químico indicado na tabela 1.

Tabela 1.

4.3. Acondicionamento: Leite Aromatizado Pasteurizado e Leite Aromatizado


Esterilizado devem ser envasados em recipientes ou materiais herméticos, adequados
para as condições previstas de armazenamento e que confiram uma proteção
apropriada contra a contaminação.
4.4. Condição de conservação e comercialização: o Leite Aromatizado Pasteurizado
deve ser conservado e comercializado em temperatura não superior a 10ºC (dez graus
Celsius). O Leite Aromatizado Esterilizado deve ser conservado e comercializado em
temperaturas adequadas em ambientes secos e arejados.
5.ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO.
5.1. Aditivos:
5.1.1. Não está autorizado o uso de aditivos exceto o aromatizante/saborizante
como boas práticas de fabricação (BPF) e o citrato de sódio (BPF), somente no
leite aromatizado UHT (UAT), com finalidade tecnológica inerente ao seu tratamento
térmico permitida em legislação específica vigente.
5.1.2 - Não revelar presença de conservadores nem de antioxidantes.
5.2. Coadjuvantes opcionais de tecnologia: Não autorizado.
6. CONTAMINANTES
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em quantidades
superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento Técnico especifico vigente.
7. HIGIENE
7.1. Considerações gerais:
As práticas de higiene para elaboração do produto deverão estar de acordo com a
Portaria nº 368, de 04 de setembro de 1997, que aprovou o Regulamento Técnico
sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para
Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos.
7.2. O leite (ingrediente obrigatório ou matéria-prima), a ser utilizado na elaboração do
produto leite aromatizado pasteurizado e esterilizado deve ser higienizado por meios

229
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

mecânicos adequados e previamente submetida a tratamento térmico adequado


(pasteurização ou esterilização)combinado ou não a outros processos físicos e
biológicos que possam vir a ser aceitos/oficializados e que contribuam para garantir a
inocuidade do produto.
7.3. Critérios Macroscópicos e Microscópicos: o produto não deve conter substâncias
estranhas de qualquer natureza.
7.4. Critérios Microbiológicos
O leite aromatizado não pode conter leveduras, germes patogênicos, coliformes ou
germes que causem deterioração ou indiquem manipulação defeituosa. Não pode
conter mais de 50.000 (cinqüenta mil) germes por mililitro.
8. PESOS E MEDIDAS.
Aplica-se legislação específica vigente.
9. ROTULAGEM
Deve ser atendida a legislação específica vigente. NOTA: é proibida ou vedada a
indicação, por qualquer meio, de Leite Aromatizado para a alimentação de lactentes e
de crianças de primeira infância.
10. MÉTODOS DE ANÁLISES
Os métodos de análises recomendados são indicados nos subitens 4.2.2. e 7.4.
11. AMOSTRAGEM.
Seguem-se os procedimentos recomendados na Lei nº 6.437, de 20 de agosto de
1997, no Decreto-Lei nº 986, de 21 de outubro de 1969, e na Resolução-RDC nº 12,
de 2 de janeiro de 2001.
(*) N. da COEJO: Publicada nesta data, por ter sido omitida no DOU de 14/6/2007.

RTIQ DE LEITE EM PÓ MODIFICADO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 27, DE 12 DE JUNHO DE 2007.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no


uso da atribuição que lhe conferem os art 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição,
tendo em vista o Decreto nº 30.691, de 29 de março de 1952, e suas alterações, que
regulamenta a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, a Lei nº 7.889, de 23 de
novembro de 1989, a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, a Lei nº 11.265, de
3 de janeiro de 2006, e o que consta dos Processos nos 21000.005422/2000-50 e
21000.000436/2003-20, resolve:

Art. 1º Aprovar o REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E


QUALIDADE DE LEITE EM PÓ MODIFICADO, em anexo.
Art. 2º As empresas têm o prazo de 60 (sessenta) dias para se adequarem a esta
Instrução Normativa, a contar da data da sua publicação.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
230 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITE EM PÓ MODIFICADO

Art. 3º As empresas têm o prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da publicação


desta Instrução Normativa, para adequação de seus rótulos que identificam as
embalagens que acondicionam o produto Leite em Pó Modificado.
Art. 4º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data da sua publicação.

REINHOLD STEPHANES

ANEXO
RTIQ DE LEITE EM PÓ MODIFICADO

1. ALCANCE
1.1. OBJETIVO: estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que
deve atender o Leite em Pó Modificado destinado ao consumo humano.
1.2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO: o presente Regulamento refere-se ao leite em pó
modificado destinado ao comércio nacional e internacional.
2. DESCRIÇÃO
2.1. DEFINIÇÃO: para os efeitos de aplicação deste Regulamento, adotamse as
seguintes definições:
2.1.1. Leite em Pó Modificado: entende-se por leite em pó modificado o produto
resultante da dessecação do leite previamente preparado, considerando-se como tal,
além do acerto de teor de gordura, a acidificação por adição de fermentos láticos ou
de ácido lático e o enriquecimento com açúcares, com sucos de frutas ou com outras
substâncias permitidas, que a dietética e a técnica indicarem (art. 669 do Decreto nº
30.691, de 29 de março de 1952 - RIISPOA).
2.2. CLASSIFICAÇÃO
2.2.1. Por conteúdo de matéria gorda:
2.2.1.1. Integral (maior ou igual a 18,0%);
2.2.1.2. Semidesnatado ou Parcialmente Desnatado (entre 1,5 a 17,9%);
2.2.1.3. Desnatado (menos que 1,5%).
2.3. DESIGNAÇÃO (Denominação de venda):
O produto deve ser designado Leite em Pó Modificado ou Leite em Pó Modificado
Acidificado.
3. REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 11.265, de 3 de janeiro de 2006, que regulamenta a comercialização
de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância e também a de produtos
de puericultura correlatos.
BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Institui o Código de Defesa do
Consumidor.
BRASIL. Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e seus Decretos. Institui o
Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal -
RIISPOA.

231
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

BRASIL. Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989. Dispõe sobre Inspeção Sanitária


e Industrial dos Produtos de Origem Animal, e dá outras providências.
BRASIL. Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas
Práticas de Elaboração para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores
de Alimentos - Portaria nº 368, de 4 de setembro de 1997 - Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Brasil. Diário Oficial da União. Brasília, 8 de setembro de
1997, seção 1, página 19697.
BRASIL. Oficializa os Métodos Analíticos Oficiais Físico-Químicos, para Controle de
Leite e Produtos Lácteos, em Conformidade com o Anexo desta Instrução Normativa,
determinando que sejam utilizados nos Laboratórios Nacionais Agropecuários -
Instrução Normativa nº 68, de 12 de dezembro de 2006. Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento - Diário Oficial da União. Brasília, 14 de dezembro de 2006,
seção 1, página 8.
BRASIL. Oficializa os Métodos Analíticos Oficiais para Análises Microbiológicas para
Controle de Produtos de Origem Animal e Água - Instrução Normativa nº 62, de 26 de
agosto de 2003. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Diário Oficial da
União. Brasília, 19 de setembro de 2003, seção 1, página 14.
BRASIL. Regulamento Técnico: “Princípios Gerais para o Estabelecimento de Níveis
Máximos de Contaminantes Químicos em Alimentos” e seu Anexo: “Limites máximos
de tolerância para contaminantes inorgânicos” - Portaria nº 685, de 27 de agosto de
1998.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária, Brasil.
Diário Oficial da União. Brasília, 28 de agosto de 1998, seção 1, página 28. BRASIL.
Decreto-Lei nº. 986, de 21 de outubro de 1969. Institui normas básicas sobre alimentos.
Diário Oficial da União. Brasília, 21 de outubro de 1969, seção 1.
BRASIL. Aprova o Regulamento Técnico: Aditivos Alimentares Definição Classificação
e emprego - PORTARIA nº 540 SVS/MS, de 27 de outubro de 1997. Ministério da
Saúde, Brasil. Diário Oficial da União. Brasília, 28 de outubro de 1997.
BRASIL. Aprova o Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos
Embalados – Resolução RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003 – ANVISA - Ministério
da Saúde, Brasil. Diário Oficial da União. Brasília, 26 de dezembro de 2003.
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. COMPOSIÇÃO
4.1.1. Ingredientes Obrigatórios ou Matérias-Primas:
4.1.1.1. leite fluído (in natura (resfriado ou não), pasteurizado (integral, padronizado ou
tipo C, magro, desnatado e reconstituído), esterilizado, UHT (integral, semidesnatado,
ou parcialmente desnatado e desnatado)), no mínimo 70%(setenta por cento) m/m
(massa sobre massa) no produto pronto para consumo;
4.1.1.2. Fermento láctico ou ácido láctico;
4.1.1.3. Açúcares, sucos de frutas ou outras substâncias que a dietética e a técnica
indicarem.
Nota 1: Leite fluído (in natura (resfriado ou não), pasteurizado (integral, padronizado ou
tipo C, magro, desnatado e reconstituído), esterilizado, UHT (integral, semidesnatado,
ou parcialmente desnatado e desnatado)).

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
232 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITE EM PÓ MODIFICADO

Nota 2: Considera-se enriquecimento a mistura previamente preparada do leite (em


qualquer das suas formas ou tratamentos) com açúcares, sucos de frutas ou outras
substâncias que a dietética e a técnica indicarem.
Nota 3: Consideram-se açúcares todos os monossacarídeos e dissacarídeos presentes
em um alimento que são digeridos, absorvidos e metabolizados pelo ser humano. Não
se inclui os polióis.
Nota 3.a: O teor de açúcares existentes no produto pronto para consumo deve ser
no mínimo de 50% (cinqüenta por cento). Este teor (mínimo de 50%) representa a
somatória dos açúcares presente na matéria-prima (leite fluído, fermento láctico ou
ácido láctico, açúcares, sucos de frutas ou com outras substâncias permitidas, que a
dietética e a técnica indicarem).
Nota 4: Consideram-se outras substâncias permitidas que a dietética e a técnica
indicarem os produtos ou substâncias alimentícias aptas para o consumo humano,
desde que seu uso no processo de fabricação do produto esteja comprovado técnica
e cientificamente. A referida comprovação deve ser apresentada ao DIPOA quando da
solicitação da aprovação prévia ou registro do produto.
4.1.2. Ingrediente Opcional: Não autorizado.

4.2. REQUISITOS
4.2.1. Características Sensoriais:
4.2.1.1. Aspectos: pó uniforme sem grumos.
4.2.1.2. Cor: branca ou de acordo com a (s) matéria(s)-prima(s) adicionada(s).
4.2.1.3. Odor e Sabor: característico ou de acordo com a(s) matéria(s)- prima(s)
adicionada(s).
4.2.2. Requisitos Físico-Químicos: o leite em pó modificado definido no subitem 2.1.1
deve cumprir com o requisito físico-químico indicado na tabela 1.

Tabela 1

Nota 5: O leite em pó modificado deve apresentar acidez total no produto pronto para
consumo expressa em ácido lático entre 2,5% (dois e meio por cento) e 5,5% (cinco e
meio por cento), quando for adicionado de açúcares.
Nota 6: O leite em pó modificado deve apresentar acidez mínima no produto pronto
para consumo expressa em ácido lático de 3,8% (três vírgula oito por cento), quando
não for adicionado de açúcares.

233
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Nota 7: Gordura de acordo com o subitem 2.2 - Classificação. 4.3. Acondicionamento:


o leite em pó modificado deve ser envasado em recipientes ou materiais de um único
uso, herméticos, adequados para as condições previstas de armazenamento e que
confira uma proteção apropriada contra a contaminação.
4.4 Condição de conservação e comercialização: O leite em pó modificado deve ser
mantido conservado e comercializado em local seco e arejado.
5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA /ELABORAÇÃO
5.1. Aditivos:
5.1.1. Não autorizado o uso de aditivos.
5.2. Coadjuvantes opcionais de tecnologia: não se autoriza, com exceção dos gases
inertes (nitrogênio e dióxido de carbono) para o envase do produto.
6. CONTAMINANTES
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em quantidades
superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento Técnico Especifico vigente.
7. HIGIENE
7.1. Considerações gerais
As práticas de higiene para elaboração do produto deverão estar de acordo com a
Portaria nº 368, de 04 de setembro de 1997, que aprovou o Regulamento Técnico
sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para
Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos.
7.2. A matéria-prima de origem láctea na forma líquida, a ser utilizada na elaboração do
produto leite em pó modificado, deve ser higienizada por meios mecânicos adequados
e previamente submetida a tratamento térmico adequado (pasteurização,UHT ou
esterilização) combinado ou não a outros processos físicos e biológicos que possam vir
a ser aceitos/oficializados e que contribuam para garantir a inocuidade do produto.
7.3. Critérios Macroscópicos e Microscópicos: o produto não deve conter substâncias
estranhas de qualquer natureza.
7.4. Critérios Microbiológicos: o leite em pó modificado deve estar isento de
microorganismo patogênicos (Salmonella sp. Stafilococos coagulase positivo) e
indicadores de higiene deficiente (grupo coliformes) .

Os parâmetros contidos na tabela acima deverão ser obtidos no produto final (pronto
para consumo) imediatamente após sua fabricação, a partir de amostras colhidas no
estabelecimento produtor.
8. PESOS E MEDIDAS.
Aplica-se legislação específica vigente.
9. ROTULAGEM
Deve ser atendida a legislação específica vigente e mais o seguinte:

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
234 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
PORTARIA Nº 369, DE 4 DE SETEMBRO DE 1997

I - Indicar no rótulo ou rotulagem do produto:


1 - o teor de gordura ou indicação de categoria.
Ex: Leite em Pó Modificado desnatado.
2 - a composição base do produto na ordem decrescente.
Ex: leite, fermento láctico.
3 - a quantidade de água a ser adicionada para a reconstituição, bem como instruções
sobre essa operação.
4 - a adição de amido dextrinizado quando adicionado.
5 - quando o produto for objeto de doação para pesquisa, deve conter como
identificação, no painel frontal e com destaque, a expressão “Doação para pesquisa,
de acordo com a legislação em vigor”.
II - Deve ser atendida a legislação que regulamenta a comercialização de alimentos
para lactentes e crianças de primeira infância e demais legislações pertinentes.
10. MÉTODOS DE ANÁLISES.
Os métodos de análises recomendados são indicados nos subitens 4.2.2. e 7.4
11. AMOSTRAGEM.
Seguem-se os procedimentos recomendados na Lei nº 6.437, de 20 de agosto de
1997, no Decreto-Lei nº 986, de 21 de outubro de 1969, e na Resolução- RDC nº 12,
de 2 de janeiro de 2001.

INCLUSÃO DE COADJUVANTE DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO NO


REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE
DE LEITE EM PÓ

PORTARIA Nº 369, DE 4 DE SETEMBRO DE 1997

O Ministro de Estado da Agricultura e do Abastecimento, no uso da atribuição que


lhe confere o artigo 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, o nos termos do
disposto no Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem
Animal, aprovado pelo Decreto n. 30.961 (1), de 29 de março de 1952, e
Considerando a necessidade de padronizar os processos de elaboração dos produtos
de origem animal, resolve:
Art. 1º Aprovar a Inclusão de Coadjuvante de Tecnologia/Elaboração no Regulamento
Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Leite em Pó
Art. 2º A Inclusão de Coadjuvante de Tecnologia/Elaboração no Regulamento do Técnico
para Fixação de Identidade e Qualidade de Leite em Pó, aprovado por esta Portaria,
estará disponível na Coordenação de Informação Documental Agrícola, da Secretaria
do Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.
Arlindo Porto, Ministro da Agricultura e do Abastecimento

235
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

ANEXO À PORTARIA N. 369, DE 4 DE SETEMBRO DE 1997


RTIQ DE LEITE EM PÓ

1 - ALCANCE
1.1 - Objetivo
Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade que deverá apresentar o
leite em pó e o leite em pó instantâneo destinado ao consumo humano, com exceção
do destinado a formulações para lactantes e farmacêuticas.

2 - DESCRIÇÃO

2.1 - Definição
Entende-se por leite em pó o produto obtido por desidratação do leite de vaca integral,
desnatado ou parcialmente desnatado e apto para a alimentação humana, mediante
processos tecnologicamente adequados.
2.2 - Classificação
2.2.1 - Por conteúdo de matéria gorda em:
2.2.1.1 - Integral (maior ou igual a 26,0%)
2.2.1.2 - Parcialmente desnatado (entre 1,5 a 25,9%)
2.2.1.3 - Desnatado (menor que 1,5%)
2.2.2 - De acordo com o tratamento térmico mediante o qual foi processado, o leite em
pó desnatado, classifica-se em:
2.2.2.1 - De baixo tratamento térmico, cujo conteúdo de nitrogênio da proteína do soro
não desnaturada é maior ou igual a 6,00mg/g (ADMI 916).
2.2.2.2 - De médio tratamento térmico, cujo conteúdo de nitrogênio da proteína do
soro não desnaturada está compreendido entre 1,51 e 5,99mg/g (ADMI 916).
2.2.2.3 - De alto tratamento térmico, cujo conteúdo de nitrogênio da proteína do soro
não desnaturada é menor que 1,50mg/g (ADMI 916).
2.2.3 - De acordo com a sua umectabilidade e dispesibilidade pode-se classificar em
instantâneo ou não (ver item 4.2.2).
2.3 - .Designação (denominação de venda):
O produto deverá ser designado “leite em pó integral”, “leite em pó parcialmente
desnatado” ou “leite em pó desnatado”.
A palavra “instantâneo” será acrescentada se o produto corresponder à designação.
No caso de leite em pó desnatado poderá utilizar-se a denominada de alto, médio, ou
baixo tratamento, segundo a classificação (2.2.2).
O produto que apresentar um mínimo de 12% e um máximo de 14,0% de matéria
gorda poderá, opcionalmente, ser denominado como “leite em pó semidesnatado”.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
236 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITE EM PÓ

QUADRO (Nº 1)

Requisitos Integral Parcialmente Desnatado Métodos de


Desnatado Análise
Matéria gorda Maior ou igual 1,5 a 25,9 Menor que FIL 9C: 1987
(%m/m) a 26,0 1,5
U m i d a d e Máx. 3,5 Máx. 4,0 Máx. 4,0 FIL 26: 1982
(%m/m) Acidez
titulável (ml
NaoH 0,1
N/10g)
Sólidos não Máx. 18,0 Máx. 18,0 Máx. 18,0 FIL 86: 1981
gorduroso
Índice de Máx. 1,0 Máx. 1,0 Máx. 1,0 FIL 129ª: 1988
solubilidade
(ml)
Leite de alto Máx. 2,0
tratamento
térmico
P a r t í c u l a s Disco B Disco B Disco B ADMI 916
queimadas
(máx.)

QUADRO (Nº 2)
Para Leite em Pó Instantâneo
Requisitos Integral Parcialmente Desnatado Métodos de
Desnatado Análise
Umectabilidade 60 60 60 FIL 87: 1979
Máx. (s)
Dispersabilidade 85 90 90
(%m/m)

3 – REFERÊNCIAS
ADMI, 1971, Bulletin 916
AOAC, 15th. ed. 1990, 930.30
CODEX ALIMENTARIUS, Vol. H, CAC/RCP 31-1983
FIL 9C: 1987
FIL 26: 1982
FIL 60A: 1978
FIL 73A: 1985
FIL 81: 1981
FIL 82A: 1987
FIL 86: 1981
FIL 87: 1979
FIL 93A: 1985
FIL 100A: 1987
FIL 129A: 1988
APHA. Compendium Of Methods for the Microbiological Examination of Foods 1992. Cap. 24

237
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4 – COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1 – Composição
4.1.1- Ingredientes obrigatórios
Leite de vaca
4.2 - Requisitos
4.2.1 - Características sensoriais
4.2.1.1- Aspecto: Pó uniforme sem grumos. Não conterá substâncias estranhas macro
e microscopicamente visíveis.
4.2.1.2 - Cor: Branco amarelado.
4.2.1.3 - Sabor e odor: agradável, não rançoso, semelhante ao leite fluido.
4.2.2 - Características físico-químicas
O leite em pó deverá conter somente as proteínas, açúcares, gorduras e outras
substâncias minerais do leite e nas mesmas proporções relativas, salvo quando
ocorrer modificações originadas por um processo tecnologicamente adequado (ver
quadro n. 1). Para Leite em Pó Instantâneo (ver quadro n. 2).
4.2.3 - Acondicionamento
Os leites em pó deverão ser envasados em recipientes de um único uso, herméticos,
adequados para as condições previstas de armazenamento e que confiram uma
proteção apropriada contra a contaminação.

5 - ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO


5.1 - Aditivos
Serão aceitos como aditivos unicamente:
5.1.1 - A lecitina, como emulsionante, para a elaboração de leites instantâneos, em
uma proporção máxima de 5g/kg.
5.1.2 - Antiumectantes, para a utilização restrita ao leite em pó a ser utilizado em
máquina de venda automática.
Silicatos de alumínio, cálcio Máximo de 10g/kg separados ou em combinação.
Fosfato tricálcico idem
Dióxido de silício idem
Carbonato de cálcio idem
Carbonato de magnésio idem
5.2 - Coadjuvantes de tecnologia/elaboração
Não se autoriza, com exceção dos gases inertes, nitrogênio e dióxido de carbono para
o envase.

6 - CONTAMINANTES
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em quantidades
superiores aos limites estabelecidos pela legislação específica.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
238 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITE EM PÓ

7 - HIGIENE
7.1 - Considerações Gerais
As indústrias e as práticas de elaboração, assim como as medidas de higiene, estarão
de acordo com o estabelecido no Código Internacional Recomendado de Práticas de
Higiene para o Leite em Pó (CAC/RCP 31-1983).

7.2 - Critérios microbiológicos e tolerância


Critérios de Aceitação
Categoria
Microorganismos (CODEX, Vol. H CAC/RCP Métodos de Análise
ICMSF
31-1983)

Microorganismos aeróbicos n= c=2


5 FIL 100A: 1987
mesófilos estáveis/g m=30.000 M=100.000
n=5 c=2
Coliformes/g (a 30ºC) 5 FIL 73A: 1985
m=10 M=100
n=5 c=2
Coliformes/g (a 45ºC) 5 APHA 1992 (Cap. 24) (*)
m<3 M=10

n=5 c=1
Estafilococos coag. Pos./g 8 FIL 60A: 1978
M=10 m=100

Salmonella sp (25g) n=10 c=0 m=0 11 FIL 93A: 1985


(*) Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods.
8 – PESOS E MEDIDAS
Será aplicada a legislação específica.
9 – ROTULAGEM
Será aplicada a legislação específica.
Deverá indicar-se no rótulo de “leite em pó parcialmente desnatado” e “leite
semidesnatado” o percentual de matéria gorda correspondente.
10 – MÉTODOS DE ANÁLISE
Os métodos de análise correspondentes são os indicados os itens 4.2.2 e 7.2
11 – AMOSTRAGEM
Serão seguidos os procedimentos recomendados na Norma FIL 50B: 1985.
12 – BIBLIOGRAFIA
CODEX ALIMENTARIUS, NORMA A-5

239
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

AQUISIÇÃO DE LEITE EM PÓ POR PROGRAMAS INSTITUCIONAIS DO


GOVERNO FEDERAL

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11, DE 09 DE SETEMBRO DE 1999

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E 00 ABASTECIMENTO, no uso da


atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e tendo
em vista o que consta do Processo n.21000.004018199-37, resolve:
Art. 1º Os Programas Institucionais do Governo Federal, financiados com recursos
do Tesouro Nacional, que incluam a distribuição de Leite em Pó em qualquer de
suas variedades quanto ao teor de gordura, elaborado de acordo com os requisitos
mínimos estabelecidos em Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade específico
e adicionados ou não de vitaminas e sais minerais, de acordo com especificações
próprias dos Processos de Licitação Pública, somente poderão adquirir este produto a
partir de matéria-prima láctea de origem exclusivamente nacional.
Parágrafo único. O Leite em Pó Integral a ser fornecido a esses Programas Institucionais,
além de atender às demais especificações de seu Regulamento Técnico, deverá
apresentar teor mínimo de Proteína Total (N x 6,38) de 25g/100g (vinte e cinco gramas
por cem gramas), determinado de acordo com metodologia oficial do Ministério da
Agricultura e do Abastecimento.
Art. 2º - Será admitido em tais Programas Institucionais o fornecimento de Preparados
à base de Leite em Pó, contendo outros sólidos de origem láctea, desde que oriundos
de produção exclusivamente nacional, adicionados ou não de vitaminas e sais minerais
ou, ainda, de outras substâncias alimentícias.
Parágrafo único. Esses Preparados deverão apresentar em sua composição um teor
mínimo de proteína láctea não inferior a 15g/100g (quinze gramas por cem gramas).
Art. 3º - Será exigida das empresas participantes de Licitação Pública para
fornecimento dos produtos especificados nos arts. 1º e 2º, a apresentação de Laudo
de Análises Laboratoriais emitido pelo órgão competente do Ministério da Agricultura
e do Abastecimento ou por ele credenciado, atestando atendimento às especificações
contidas nesta Instrução Normativa. As determinações analíticas que não são
realizadas nas referidas Instituições oficiais ou credenciadas poderão ser solicitadas
pelas empresas a outras Instituições, mediante prévia consulta e anuência do MA.
Art. 4º - A Secretaria de Defesa Agropecuária, através do Departamento de Inspeção
de Produtos de Origem Animal, baixará Instruções Normativas visando estabelecer
métodos para controle da produção de origem nacional de leite em pó e de outros
derivados lácteos que possam vir a integrar a composição ou a formulação dos
produtos especificados nas licitações promovidas pelos Programas Institucionais,
bem como estender aos Preparados mencionados no art. 2º, os requisitos mínimos
de identidade e qualidade microbiológica especificados no Regulamento Técnico
de Identidade e Qualidade de Leite em Pó de que trata a Portaria n. 369, de 4 de
setembro de 1997.
Art. 5º - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
MARCUS VINICIUS PRATINI DE MORAES

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
240 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
PORTARIA Nº 16, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1985

LEITE PASTEURIZADO RECONSTITUÍDO

PORTARIA Nº 16, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1985.


O Secretário de Inspeção de Produtos Animal, no uso das atribuições conferidas pela Portaria
SNAD nº 08, de 01 de fevereiro de 1980, combinado com o artigo 53, item I do Regimento da
Secretaria Nacional Defesa Agropecuária, aprovado pela Portaria Ministerial nº 241, de 10 de
março de 1978, e tendo em vista o disposto no artigo 14 da Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de
1950, regulamento pelo Decreto nº 155, de 25 de julho de 1962;
Considerando que a reconstituição de leite firma-se como um procedimento constante e
necessário, em função da ocorrência natural dos períodos de baixa produção (entressafra);
Considerando que a peculiaridade do processo de elaboração do leite reconstituído exige um
controle mais intenso, em face dos aspectos higiênico-sanitários envolvidos;
Considerando o disposto nos Capítulos I e VII do Título VIII, do Regulamento da Inspeção
Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo Decreto nº 30.691, de
29.03.52;
Considerando, ainda, a necessidade de atualização das normas vigorantes para esse tipo de
leite;
RESOLVE:
Aprovar as Normas para Elaboração de Leite Pasteurizado Reconstituído, propostas pela Divisão
de Inspeção de Leite e Derivados, da Secretaria de Inspeção de Produtos Animal.
Esta Portaria entrará em vigor a partir do dia 31 de março de 1986, revogando-se as disposições
em contrário.
José Pinto da Rocha

LEITE PASTEURIZADO RECONSTITUÍDO

1. Definição
Entende-se por leite pasteurizado reconstituído o produto resultante da dissolução em
água do leite em pó ou concentrado, com adição ou não de gordura láctea, observado o
teor gorduroso fixado para o respectivo tipo, homogeneizado ou não e pasteurizado.
2. Equipamentos e Instalações
2.1. Para a elaboração de leite pasteurizado reconstituído o estabelecimento deverá
dispor de dependência própria e específica para a reconstituição, recomendando-
se que exista um depósito contíguo para o leite em pó a ser usado nos trabalhos
diários.
2.2. Os equipamentos necessários à reconstituição deverão ser de aço inoxidável,
ou outro material aprovado pelo SIF, e constarão, no mínimo, de um funil receptor do
leite em pó, de uma bomba sanitária para a circulação da mistura de leite em pó com
água, e de um tanque para circulação desta mistura, ou destinado à mistura do leite
concentrado com a água, provido de agitador, e no qual devem também ser recebidos
os produtos destinados à padronização do leite reconstituído (leite integral, creme de
leite, manteiga ou óleo de manteiga).

241
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

2.2.1. Fica recomendado o uso do homogeneizador de pistão quando da utilização de


manteiga e/ou óleo de manteiga (butter oil), para a homogeneização da gordura.
3. Particularidade da Produção
3.1. O leite em pó utilizado na reconstituição deve ser o estritamente especificado
para consumo humano direto, cuja procedência, qualidade e estocagem serão
permanentemente controladas pelas IFF, exigindo-se periodicamente as suas análises
físico-químicas e microbiológicas. No caso de leite em pó importado ou leite em pó
nacional estocado por longo período, a critério da inspeção federal será tolerado
índice de umidade superior a 3% (três por cento), não ultrapassando entretanto os
4,5% (quatro e meio por cento), observando-se que se devem manter inalterados os
demais padrões de qualidade do produto.
3.2. As quantidades de leite em pó, ou leite concentrado e de água, deverão ser
calculadas em função do extrato seco desengordurado (ESD) exigido para o produto
final, observados os padrões físico-químicos fixados no item 3.3. destas normas.
3.3. Admite-se a mistura do leite reconstituído ao leite “in natura”, desde que antes
da mistura o leite reconstituído atenda aos padrões de extrato seco desengordurado
fixados para os seus diversos tipos, isto é:
- Desnatado 9,0% mínimo
- Padronizado - 1% gordura 8,9% mínimo
- Padronizado - 2% gordura 8,8% mínimo
- Padronizado - 3% gordura 8,7% mínimo

Exige-se, ainda, que o leite “in natura” a ser usado no processo atenda aos padrões
estabelecidos para o leite tipo C, inclusive crioscopia.
3.4. Não se permitem, quando houver mistura do leite reconstituído com o leite “in
natura”, acertos de sólidos não gordurosos (ESD), tolerando-se, tão somente, a
padronização da gordura.
3.5. Proíbe-se, terminantemente, a mistura de leite em pó ao leite “in natura”, seguida
da adição de água para o acerto do extrato seco desengordurado.
3.6. Para efeito de padronização da gordura, poderão ser utilizadas no processo de
reconstituição de leite as seguintes matérias-primas:
3.6.1. Óleo de manteiga (butter oil) ou óleo de manteiga desidratado.
3.6.2. Manteiga Extra e/ou de 1ª qualidade, sem sal.
3.6.3. As matérias-primas citadas nos sub-itens 3.6.1, 3.6.2 e 3.6.3, devem ser
igualmente analisadas pelas IIFF, para controle físico-químico e microbiológico.
3.8. A água utilizada na elaboração de leite reconstituído deverá obedecer aos padrões
previstos no Artigo 62 do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos
de Origem Animal - RIISPOA.
3.8.1. O controle da taxa de cloro da água deverá ser realizado diariamente, não se
tolerando valores acima de 1 ppm.
4. Embalagem e Rotulagem
4.1. É obrigatória a declaração na rotulagem do teor de gordura do leite

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
242 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
LEITE PASTEURIZADO RECONSTITUÍDO

reconstituído.
4.2. O rótulo deve ser totalmente impresso (dizeres e desenhos alusivos à marca) na
cor MARROM.
4.3. O espaço de tempo exigido para o consumo do produto obedecerá a validade até
o dia subseqüente o da sua produção, sendo obrigatória a citação do dia da semana
em dimensões mínimas de 18 x 4 mm precedida da expressão “VÁLIDO ATÉ...” em
dimensões mínimas de 32 x 4mm.
4.4. Dos memoriais descritivos constantes dos processos de aprovação prévia de
rótulo deve obrigatoriamente constar o percentual de extrato seco desengordurado
(ESD) presente no produto final.
4.5. Sejam quais forem os percentuais de leite “in natura” empregados no caso da
mistura deste com o leite reconstituído, a denominação do produto final será sempre
“Leite Pasteurizado (Reconstituído)”.
5. Distribuição ao Consumo
Para ser exposto ao consumo, o Leite Pasteurizado Reconstituído deve atender aos
seguintes padrões:
5.1. Padrões Físico-Químicos
5.1.1. Leite Pasteurizado Magro (Reconstituído) - 2% gordura:
- Acidez: 14
-18º DORNIC;
- Densidade a 15ºC; mínima de 1,032;
- Extrato Seco Desengordurado: mínimo 8,8%;
- Ponto crioscópico: máximo de (-0,530ºC)
5.1.2. Leite Pasteurizado (Reconstituído) - 3% gordura:
- Acidez: 14
-18º DORNIC;
- Densidade a 15ºC: mínima de 1,031;
- Extrato Seco Desengordurado: mínimo de 8,7%;
- Ponto crioscópico: máximo de (-0,530ºC)
5.1.3. Para outros padrões de gordura, deverá ser observado o extrato seco
desengordurado previsto no item 3.3.
5.1.4. Seja qual for o padrão de gordura, o leite reconstituído deverá apresentar em
sua composição:
- Lactose: máximo 4,9%
- Proteínas: mínimo 3,0%
- Sais: máximo 0,8%
5.2. Padrões Microbiológicos
5.2.7.1. Número de germes por mililitros: máximo de 150.000 (cento e cinqüenta mil)
depois da pasteurização.
5.2.2. O número de germes termófilos e psicrófilos não deve ultrapassar de 10% (dez

243
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

por cento) o número de mesófilos.


5.2.3. O número mais provável de coliformes será de no máximo 5/ml.
5.2.4. Imediatamente após a pasteurização, o leite deve se apresentar isento de
coliformes em 1 ml da amostra.
6. Considerações Gerais
6.1. A reconstituição de leite somente será permitida na usina ou entreposto que o
vai pasteurizar, sendo obrigatória a sua pasteurização imediata ou o seu resfriamento
a temperatura inferior a 5ºC, também imediatamente, admitindo-se, neste caso, um
prazo de 12 horas até a sua pasteurização.
6.2. Para a análise do leite reconstituído recém obtido deve ser observado o
aquecimento prévio da amostra a 45ºC com imediato resfriamento a 15ºC, em
recipiente semi-fechado , com agitação suave.
6.3. A pasteurização do leite será efetuada obrigatoriamente em aparelhos a placas,
dotados de painel de controle com termoregistrador e termoregulador automáticos,
válvula de derivação e termômetro; todo o equipamento deverá ser mantido em
perfeitas condições de funcionamento, devendo a indústria possuir estoque de peças
para pronta reposição.
6.4. A relação temperatura/tempo de pasteurização será 72/75ºC, de 15 a 20 segundos,
seguindo-se o resfriamento de 2 a 5ºC.
6.5. Os gráficos de controle da temperatura de pasteurização deverão ser datados e
rubricados pela firma, autenticados pelo funcionário do SIF e arquivados na sede da
IF.
6.6. As condições de temperatura e transporte deverão atender as já previstas para os
demais leites pasteurizados de consumo.
6.7. Para o controle microbiológico do leite pasteurizado, deverão ser colhidas
amostras nos seguintes pontos:
6.7.1. Saída da seção de resfriamento do pasteurizador;
6.7.2. Tanques de estocagem de leite pasteurizado;
6.7.3. Saída das máquinas de empacotamento;
6.7.4. Ato de expedição do leite empacotado, quando armazenado em câmaras
frigoríficas.
6.8. Após os prazos estipulados, as matérias-primas abaixo relacionadas só poderão
ser utilizadas na reconstituição de leite mediante análise nos LARAís e autorização
da DILEI;
- Leite em pó desnatado com mais de 1 (um) ano;
- Leite em pó integral com mais de 90 (noventa) dias;
- Manteiga extra congelada com mais de 1 (um) ano;
- Óleo de manteiga (Butter oil) com mais de 1 (um) ano.
6.9. Fica terminantemente proibida a utilização dos seguintes produtos na reconstituição
de leite:
- Leite “in natura” que não atenda aos padrões do leite tipo C ou 3.2% de gordura;

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
244 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
PORTARIA Nº 370, DE 04 DE SETEMBRO DE 1997

- Manteiga que não atenda aos padrões de qualidade extra, ou 1ª qualidade, sem
sal;
- Produtos de retorno como o próprio leite, manteiga, requeijão, etc;
- Quaisquer produtos estranhos à composição normal do leite reconstituído.
6.10. Admite-se a reação negativa na prova de peroxidase para o leite reconstituído
puro ou antes da mistura ao leite “in natura”.
6.11. A reconstituição do leite será obrigatoriamente controlada pelo Veterinário
responsável pela IF, dentro do critério de leite reconstituído que passa para o dia
seguinte, (tudo em litros); de verificação da quantidade em Kg dos leites em pó
desnatado e integral aplicados; da verificação da quantidade em Kg da matéria
gorda empregada; e da conversão obtida diariamente, em função da quantidade de
pó empregada e do volume em litros obtido de leite reconstituído, observando-se
que o normal é de 1:8 a 1:8,2 no leite em pó integral e 1:11 a 1:11,2 no leite em pó
desnatado.
6.12. Deve ainda a Inspeção Federal conferir e apontar diariamente o volume de leite
reconstituído empacotado, e, no caso de mistura, o volume de leite reconstituído e de
leite “in natura”, analisando os três produtos, isto é, o leite reconstituído inicial (pó +
água), o leite “in natura” a ser misturado e o produto final, após a mistura.
6.13. Além da uniformização obrigatoriamente estabelecida pelo SIF, os funcionários que
manipulam o leite em pó, para dissolução na água, deverão usar, complementarmente,
máscaras apropriadas.
6.14. Além do previsto nas presentes Normas far-se-ão observar os dispositivos gerais
e inerentes à produção e beneficiamento de leite contidos no RIISPOA.

RTIQ DO LEITE U.H.T (U.A.T).

PORTARIA Nº 370, DE 04 DE SETEMBRO DE 1997.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da


atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e nos termos
do disposto no Regulamento da inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal,
aprovado pelo Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952, e,
Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 135/96, que aprovou a Inclusão do Citrato de
Sódio no Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Leite U.H.T (U.A.T);
Considerando a necessidade de padronizar os processos de elaboração dos Produtos de Origem
Animal, resolve:
Art. 1º Aprovar a Inclusão do Citrato de Sódio no Regulamento Técnico para Fixação de Identidade
e Qualidade do Leite U.H.T (U.A.T).
Art. 2º A Inclusão do Citrato de Sódio no Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e
Qualidade do Leite U.H.T (U.A.T), aprovado por esta Portaria, estará disponível na Coordenação
de Informação Documental Agrícola, da Secretaria do Desenvolvimento Rural do Ministério da
Agricultura e do Abastecimento.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.
ARLINDO PORTO

245
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

RTIQ DO LEITE UHT (UAT)

1. ALCANCE
1.1. Objetivo: Fixar a identidade e as características mínimas que deverá obedecer o
leite UHT (UAT)
2. DESCRIÇÃO
2.1. Definição: Entende-se por leite UHT (Ultra-Alta Temperatura, UAT) o leite
homogeneizado que foi submetido, durante 2 a 4 segundos, a uma temperatura entre
130°C e 150°C, mediante um processo térmico de fluxo contínuo, imediatamente
resfriado a uma temperatura inferior a 32°C e envasado sob condições assépticas em
embalagens estéreis e hermeticamente fechadas.
2.2. Classificação
De acordo com o conteúdo da matéria gorda (4.2.2.1), o leite UHT (UAT) classifica-se
em:
2.2.1. Leite UHT (UAT) integral.
2.2.2. Leite UHT (UAT) semidesnatado ou parcialmente desnatado.
2.2.3. Leite UHT (UAT) desnatado.
2.3. Designação (denominação de venda): Será denominado “leite UHT (UAT)
integral, semidesnatado ou parcialmente desnatado” ou “desnatado” de acordo com
a classificação 2.2. Poderão ser acrescentadas as expressões “longa vida” e/ou
“homogeneizado”.

3. REFERÊNCIAS
AOAC, 15ª ed. 947.05
CAC Vol. A 1985
FIL 1C: 1987
FIL 48: 1969
FIL 50B: 1985
FIL 100B: 1991

4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. Composição
4.1.1- Ingredientes obrigatórios
Leite de vaca
4.1.2. Ingredientes opcionais
Creme
4.2. Requisitos
4.2.1. Características sensoriais
4.2.1.1- Aspecto: líquido
4.2.1.2. Cor: branca
4.2.1.3. Odor e sabor: Característicos, sem sabores nem odores estranhos.
4.2.2. Características físico-químicas
4.2.2.1. Parâmetros mínimos de qualidade

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
246 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DO LEITE UHT (UAT)

Leite Semi ou Leite Métodos de


Requisitos Leite Integral
Parcialmente Desnatado Desnatado Análises
Matéria Gorda % m/v Min. 3,0 0,6 a 2,9 Máx. de 0,5 FIL 1C: 1987

Acidez g ac 0,14 a 0,18 0,14 a 0,18 0,14 a 0,18 AOAC 15 ed.


lático/100ml 947.05
Estabilidade ao etanol Estável Estável Estável FIL 48: 1969
68% (v/v)
Extrato seco Mín. 8.2 Mín. 8.3 Mín. 8.4 FIL 21B: 1987
desengordurado %
(m/m)

4.2.2.2. Após uma incubação em embalagem fechada a 35-37° durante 7 dias,


deve obedecer:
a) Não deve sofrer modificações que alteram a embalagem. -
b) Deve ser estável ao etanol 68% v/v.
c) A acidez não deve ir além O,O2g de ácido lático/100ml em relação a acidez
determinada em outra amostra original fechada, sem incubação prévia.
d) As características sensoriais não devem diferir sensivelmente das de um leite UHT
(UAT) sem incubar.
4.2.3. Acondicionamento: O leite UHT (UAT) deverá ser envasado com materiais
adequados para as condições previstas de armazenamento e que garantam a
hermeticidade da embalagem e uma proteção apropriada contra a contaminação.

5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO


5.1. Será aceito o uso dos seguintes estabilizantes:
Citrato de sódio, Monofosfato de sódio, Difosfato de sódio, Trifosfato de sódio,
separados ou em combinação, em uma quantidade não superior a 0.1g/100ml
expressos em P205.

6. CONTAMINANTES
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos presentes não devem superar os limites
estabelecidos pela legislação específica.

7. HIGIENE
7.1. As práticas de higiene para elaboração do produto estarão de acordo com o
estabelecido no Código Internacional recomendado de Práticas, Princípios Gerais de
Higiene dos Alimentos (CAC. Vol. A 1985).
7.2. Critérios macroscópicos e microscópicos: Ausência de qualquer tipo de impurezas
ou elementos estranhos.
7.3. Critérios microbiológicos e tolerâncias: O leite UHT (UAT) não deve ter
microorganismos capazes de proliferar em condições normais de armazenamento e
distribuição, pelo que após uma incubação na embalagem fechada a 35-37°C, durante

247
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

7 dias, deve obedecer:


Requisito Critério de Aceitação Categoria(ICMSF) Método de Análise
Aeróbios n=5 c=0 m=100 10 FIL 100B: 191
Mesófilos/ml

8. PESOS E MEDIDAS
Será aplicada a legislação específica.

9. ROTULAGEM
9.1. Será aplicada a legislação específica.
9.2. O produto será rotulado como “leite UHT (UAT) integral”, “leite UHT (UAT)
parcIalmente desnatado ou semidesnatado” e “leite UHT (UHT) desnatado”, segundo
o tipo correspondente.
Poderá ser usada a expressão “Longa Vida” e/ou “Homogeneizado”.
Deverá ser indicado no rótulo do “Leite UHT (UAT) parcialmente desnatado” ou “Leite
UHT (UAT) semidesnatado” a percentagem da matéria gorda correspondente.

10. MÉTODOS DE ANALISE


Os métodos de análises recomendados são os indicados nos itens 4.2.2 e 7.3 do
presente Padrão de Identidade e Qualidade.

11. AMOSTRAGEM
Serão seguidos os procedimentos recomendados na Norma FIL 50B: 1985.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
248 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
OFÍCIO CIRCULAR GAB/DIPOA No 39 DE 18 DE MARÇO DE 2009

ORIENTAÇÕES SOBRE O RTIQ DE LEITE UHT

OFÍCIO CIRCULAR GAB/DIPOA No 39 DE 18 DE MARÇO DE 2009

249
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
250 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
PORTARIA Nº 146 DE 07 DE MARÇO DE 1996

LEITE TIPO FLUÍDO A GRANEL DE USO INDUSTRIAL

PORTARIA Nº 146 DE 07 DE MARÇO DE 1996


(Internalizou a GMC números 69/93, 70/93, 71/93, 72/93, 82/93, 16/94, 43/94, 63/94,
76/94, 78/94 e 79/94).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA DO ABASTECIMENTO E DA


REFORMA AGRÁRIA, no uso da atribuição que lhe confere a Art. 87, II, da Constituição
da República , e que nos termos do disposto no Regulamento da Inspeção Industrial
e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo Decreto nº 1.255, de 25 de
junho de 1962, alterado pelo Decreto nº 1.812 de 08 de fevereiro de 1996 e
Considerando as Resoluções Mercosul/GMC números 69/93, 70/93, 71/93, 72/93,
82/93, 16/94, 43/94, 63/94, 76/94, 78/94 e 79/94 que aprovam os Regulamentos
Técnicos de Identidades e Qualidades de Produtos Lácteos;
Considerando a necessidade de Padronização dos Métodos de Elaboração dos
Produtos de Origem Animal no Tocante aos Regulamentos Técnicos de Identidade e
Qualidades de Produtos Lácteos, Resolve;
Art. 1º Aprovar os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade dos Produtos
Lácteos em anexo.
Art. 2º Os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidades dos Produtos Lácteos
aprovados por esta Portaria, estarão disponíveis na Coordenação de Informação
Documental Agrícola, da Secretária de Documental Agrícola, da Secretaria do
Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura e do Abastecimento e da Reforma
Agrária.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor 60 (sessenta) dias após a data de sua
publicação.
JOSÉ EDUARDO DE ANDRADE VIEIRA

RTIQ DE LEITE TIPO FLUÍDO A GRANEL DE USO INDUSTRIAL


(Internalizou a GMC 80/94).

1.ALCANCE
O presente Regulamento fixa a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que
deverá ter o leite fluido a granel de uso industrial.
2. DESCRIÇÃO.
2.1. Definição.
2.1.1. Entende-se por leite, sem especificar a espécie animal, o produto obtido da
ordenha completa e ininterrupta em condições de higiene, de vacas leiteiras sãs, bem
alimentadas e em repouso. O leite de outros animais deve denominar-se segundo a
espécie da qual proceda.
2.1.2. Entende-se por “Leite fluido a granel de uso industrial” o leite higienizado,
resfriado e mantido a 5°C, submentido, opcionalmente, à termização (pré-aquecimento),

251
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

pasteurização e/ou estandardização (padronização) da matéria gorda, transportado


em volume de um estabelecimento industrial de produtos lácteos habilitado a outro, a
ser processado e que não seja destinado diretamente ao consumidor final.
2.2. Designação ( denominação de venda).
Será designado “Leite fluido a granel de uso industrial”.
3. REFERÊNCIAS
AOAC 15° Ed. 1990, 925.22
AOAC 15ª Ed. 1990, 947.5
CODEX ALIMENTARIUS, CAC/VOL : 1985
FIL lC:1987
FIL 21B: 1987
4. COMPOSIÇÃO E QUALIDADE.
4.1. Requisitos
4.1.1. Características sensoriais.
4.1.1.1. Aspecto e cor: Líquido branco opalescente homogêneo.
4.2.1.2. Sabor e odor: Odor e sabor característicos, isento de odores e sabores
estranhos.
4.1.2. Requisitos gerais.
4.1.2.1. Deve permitir o desenvolvimento de flora láctica.
4.1.2.2. A matéria gorda do leite deve obedecer o padrão de Identidade de Gordura
Láctea.
4.2.2. Requisitos Físicos e Químicos.
O leite definido no ítem 2.1.1. deve obedecer aos requisitos físicos e químicos
relacionados na tabela 1, onde estão também indicados os métodos de análises
correspondentes.
TABELA 1
REQUISITOS FÍSICOS E QUÍMICOS PARA O LEITE (Def. 2.1.1.)

5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO


Não admite-se nenhum tipo de aditivo ou coadjuvante.

6. CONTAMINANTES
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos e os resíduos biológicos não devem
estar presentes em quantidade superiores aos limites estabelecidos pela legislação
específica.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
252 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITE TIPO FLUÍDO A GRANEL DE USO INDUSTRIAL

7. HIGIENE
7.1. As práticas de higiene para o tratamento e transporte do produto estarão de
acordo com o estabelecido no Código Internacional Recomendado de Práticas -
Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos 9CAC/VOL A - 1985).
7.2. Tratamento. e transporte
7.2.1. Tratamento O leite destinado à comercialização como leite a granel de uso
industrial em estabelecimentos processadores de produtos lácteos habilitados deverá
ser submetido aos seguintes tratamentos:
7.2.1.1. Resfriamento e manutenção a uma temperatura não superior a 5°C.
7.2.1.2. Higienização por métodos mecânicos adequados.
Poderá disso, ser submetido aos seguintes tratamentos isolados ou combinado:
7.2.1.3. Terminação (pré-aquecimento): tratamento térmico que não inativa a fostatase
alcalina.
7.2.1.4. Pausterização: tratamento térmico que assegura a inativação da fostatase
alcalina (ACAC 1990, 15º Ed. 979,13).
7.2.1.5. Estandardização (padronização) do conteúdo da matéria gorda.
No caso do item 7.2.1.5. o conteúdo estabelecido na Tabela 1.
7.2.2. Transporte: O leite fluido a granel deve ser transportado em tanques isotérmicos,
a uma temperatura não superior a 6°C. A temperatura mais alta do leite não deve ser
superior a 8° C.
7.3. Critérios macroscópicos e microscópicos.
7.3.1. Critérios macroscópicos: O leite a granel deve estar isento de qualquer tipo de
impurezas ou elementos estranhos.
7.3.2. Critérios microscópicos: O leite não deve conter resíduos de colostro, sangue
ou pus.

8. ROTULAGEM
Deverá ser obedecida a legislação específica.
9. MÉTODOS DE ANALISE
Os métodos de análises recomendados são os indicados em 4.2.2.
10. COLHEITA DE AMOSTRAS
Serão seguidos os procedimentos recomendados na norma Fl 508: 1985.

253
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

RTIQ DOCE DE LEITE.

PORTARIA Nº 354, DE 04 DE SETEMBRO DE 1997


(Internalizou a GMC, n° 137/96).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e nos termos do disposto no
Regulamento da inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo
Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952, e,
Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 137/96, que aprovou o Regulamento Técnico
de Identidade e Qualidade de Doce de Leite;
Considerando a necessidade de padronizar os processos de elaboração dos Produtos de Origem
Animal, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Doce de
Leite.
Art. 2º O Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Doce de Leite, aprovado
por esta Portaria, estará disponível na Coordenação de Informação Documental Agrícola, da
Secretaria do Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.
ARLINDO PORTO

RTIQ DE DOCE DE LEITE

1. ALCANCE
1.1. OBJETIVO: Estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que
deverá cumprir o Doce de Leite destinado ao consumo humano .
1.2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO: O presente regulamento se refere ao Doce de Leite a
ser comercializado no MERCOSUL.
2. DESCRIÇÃO
2.1. DEFINIÇÃO: Entende-se por Doce de Leite o produto, com ou sem adição de
outras substâncias alimentícias, obtido por concentração e ação do calor a pressão
normal ou reduzida do leite ou leite reconstituído, com ou sem adição de sólidos de
origem láctea e/ou creme e adicionado de sacarose (parcialmente substituída ou não
por monossacarídeos e/ou outros dissacarídeos).
2.2.Classificação
2.2.1. De acordo com o conteúdo de matéria gorda, o Doce de Leite se classifica em:
2.2.1.1. Doce de Leite
2.2.1.2. Doce de Leite com Creme
2.2.2. De acordo com a adição ou não de outras substâncias alimentícias se classifica
em:
2.2.2.1. Doce de Leite ou Doce de Leite sem adições
2.2.2.2. Doce de Leite com adições.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
254 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE DOCE DE LEITE

2.3. DESIGNAÇÃO (DENOMINAÇÃO DE VENDA): A denominação Doce de Leite


está reservada ao produto em que a base láctea não contenha gordura e/ou proteína
de origem não láctea.
2.3.1. O produto que corresponda à classificação 2.2.2.1. se denominará “Doce de
Leite”
2.3.2. O produto que corresponda a classificação 2.2.2.1 que tenha sido adicionado
de aditivos espessantes/estabilizantes e/ou umectantes autorizados no item 5.1.1. do
presente Regulamento, se denominará “Doce de Leite para Confeitaria”.
2.3.3. O produto que corresponda a classificação 2.2.2.2. adicionado de cacau,
chocolate, amêndoas, amendoim, frutas secas, cereais e/ou outros produtos
alimentícios isolados ou misturados e que tenham sido adicionados ou não de aditivos
espessantes/estabilizantes e/ou umectantes autorizados no item 5.1.1. do presente
Regulamento, denominar-se-á “Doce de Leite com .....”preenchendo o espaço em
branco com o (s) nome(s) do(s) produto(s) adicionado(s). Poderá opcionalmente
denominar-se “Doce de Leite Misto”.
2.3.4. Os produtos mencionados nos itens 2.3.1., 2.3.2. e 2.3.3. poderão denominar-se
“Doce de Leite para Sorveteria” ou “Doce de Leite para Sorveteria com ......... segundo
corresponda e quando forem destinados a elaboração de sorvetes. Esta denominação
de venda será obrigatória quando os produtos mencionados no presente inciso,
tenham sido adicionados dos corantes incluídos no item 5.1.1.
2.3.5. Em todos os casos, nas denominações mencionadas nos itens 2.3.1.,
2.3.2. e 2.3.3., indicar-se-á “Com Creme”, segundo corresponda a classificação
2.2.1.2. e 4.2.2.
3 -REFERÊNCIAS.
ILCT (Instituto de Laticínios Cândido Tostes) Revista Nº. 37, (222) - 3 - 7, 1982
FIL 15B: 1988
FIL 13C: 1987
AOAC 15 Ed. 1990, 930.30
FIL 28A: 1974
FIL 20B: 1993
Codex Alimentarius CAC/Vol.A, 1985
FIL 73A: 1985
FIL 145: 1990
FIL 94B: 1990
FIL 50C: 1995
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. COMPOSIÇÃO
4.1.1. Ingredientes obrigatórios.
4.1.1.1. Leite e/ou leite reconstituído
4.1.1.2. Sacarose no máximo 30kg/100 l de Leite
4.1.2. Ingredientes opcionais: Creme; sólidos de origem láctea; mono e dissacarídeos
que substitua a sacarose em no máximo de 40% m/m; amidos ou amidos modificados
em uma proporção não superior a 0,5g/100ml no leite; cacau, chocolate, coco,
amêndoas, amendoim, frutas secas, cereais e/ou outros produtos alimentícios isolados
ou misturados em uma proporção entre 5% e 30% m/m do produto final.

255
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4.2.Requisitos
4.2.1. Características Sensoriais
4.2.1.1.Consistência: cremosa ou pastosa, sem cristais perceptíveis sensorialmente.
A consistência poderá ser mais firme no caso do Doce de Leite para Confeitaria e/ou
Sorveteria.
Poderá ainda apresentar consistência semi-sólida ou sólida e parcialmente cristalizada
quando a umidade não supere 20%m/m.
4.2.1.2. Cor: castanho caramelado proveniente da reação de Maillard.
No caso de Doce de Leite para sorveteria a cor poderá corresponder ao corante
adicionado.
4.2.1.3. Sabor e Odor: doce característico, sem sabores e odores estranhos.
4.2.2. Requisitos Físico-Químicos
DOCE DE LEITE COM
REQUISITO DOCE DE LEITE MÉTODO DE ANÁLISE
CREME
Umidade g/100g máx. 30,0 máx. 30,0 FIL 15B: 1988
Matéria gorda g/100g 6,0 a 9,0 maior de 9,0 FIL 13C: 1987

Cinzas g/100g máx. 2,0 máx. 2,0 AOAC 15» Ed. 1990 - 930.30
Proteína (g/100g) mín. 5,0 mín 5,0 FIL 20B: 1993

4.3. Acondicionamento: O Doce de Leite deverá ser envasado com materiais


adequados para as condições de armazenamento e que confiram uma proteção
apropriada contra a contaminação

5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO


5.1.ADITIVOS
5.1.1. Autoriza-se na elaboração do Doce de Leite o uso dos aditivos relacionados a
seguir, nas concentrações máximas indicadas no produto final:
ADITIVOS FUNÇÃO CONC. MÁX. NO PROD. FINAL
600mg/kg (em ac. sórbico) 1000mg/
Ácido sórbico e seus Sais de Na ou K ou Ca. Conservador kg em ac. sórbico em Doce de Leite
para uso industrial exclusivo
2
Natamicina ( em superfície livre) Conservador 1 mg/dm
Lactato de Cálcio Texturizante b.p.f.
Aromatizante de baunilha, vanilina e/ou etil
Aromatizante b.p.f.
vanilina isolados ou em misturas
Citrato de Sódio Estabilizante b.p.f.
Sorbitol Umectante 5g/100g
Caramelo (INS 150 a,b,c,d) Corante b.p.f.
Espessante/
Acido Alginíco 5000 mg/kg(*)
Estabilizante
Espessante/
Alginato de Amônio 5000 mg/kg(*)
Estabilizante
Espessante/
Alginato de Cálcio 5000mg/kg(*)
Estabilizante

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
256 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE DOCE DE LEITE

ADITIVOS FUNÇÃO CONC. MÁX. NO PROD. FINAL


Carragena incluídas furcelarana e sais de sódio Espessante/
5000mg/kg(*)
e potássio Estabilizante
Espessante/
Pectina e Pectina Amidada 5000mg/kg(*)
Estabilizante
Espessante/
Alginato de Potássio 5000mg/kg(*)
Estabilizante
Espessante/
Alginato de Propilenoglicol 5000mg/kg(*)
Estabilizante
Espessante/
Alginato de Sódio 5000mg/kg(*)
Estabilizante
Espessante/
Agar 5000mg/kg(*)
Estabilizante
Espessante/
Carboximetilcelulose 5000mg/kg(*)
Estabilizante
Espessante/
Carboximetilcelulose sódica 5000mg/kg(*)
Estabilizante
Espessante/
Metilcelulose 5000mg/kg(*)
Estabilizante
Espessante/
Metiletilcelulose 5000mg/kg(*)
Estabilizante
Espessante/
Hidroxipropilcelulose 5000mg/kg(*)
Estabilizante
Espessante/
Goma arábica 5000mg/kg(*)
Estabilizante
Espessante/
Goma Xantana 5000mg/kg(*)
Estabilizante
Espessante/
Goma Garrofin 5000mg/kg(*)
Estabilizante
Espessante/
Goma Caraia 5000mg/kg(*)
Estabilizante
(*) O uso destes estabilizantes/espessantes quando utilizados em mistura não poderá
ser superior a 20.000 mg/kg do produto final.
5.1.2. Se admitirá também a presença dos aditivos através dos ingredientes opcionais
de conformidade com o Princípio de Transferência dos Aditivos Alimentares (Codex
Alimentarius Vol. 1A, 1995 Seção 5.3) e sua concentração no produto final não deverá
superar a proporção que corresponda à concentração máxima admitida no ingrediente
opcional e quando se tratar dos aditivos indicados no presente Regulamento não
deverá superar os limites máximos autorizados pelo mesmo.
5.2. Coadjuvantes de tecnologia/elaboração.
Betagalactosidase (lactase)...........b.p.f.
Bicarbonato de sódio..................... b.p.f.
Hidróxido de sódio..........................b.p.f.
Hidróxido de cálcio.........................b.p.f.
Carbonato de sódio........................b.p.f.
6. CONTAMINANTES:
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em
quantidade superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento MERCOSUL
correspondente.
7- HIGIENE
7.1.Considerações Gerais: As práticas de higiene para elaboração do produto deverão
estar de acordo com o Regulamento Técnico MERCOSUL sobre as Condições

257
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Higiênico-Sanitarias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos


Elaboradores/Industrializadores de Alimentos. O leite a ser utilizado deverá ser
higienizado por meios mecânicos adequados.
7.2.Critérios Macroscópicos e Microscópicos: O produto não deverá conter substâncias
estranhas de qualquer natureza.
7.3. Critérios Microbiológicos e Tolerâncias:
Microorganismo Critério de Aceitação Categoria I.C.M.S.F. Método de Análise
Sthaphilococcus Coag Pos/g n=5 c=2 m=10 M=100 8 FIL 145: 1990
Fungos e Leveduras/g n=5 c=2 m=50 M=100 5 FIL 94 B; 1990
8. PESOS E MEDIDAS.
Aplica-se o Regulamento MERCOSUL correspondente.
9. ROTULAGEM
9.1. Aplica-se o Regulamento MERCOSUL correspondente.
9.2. Designar-se-á como “Doce de Leite” o produto que corresponda a classificação
2.2.2.1.
Quando na elaboração do produto não for utilizado amidos ou amidos modificados,
poderá ser indicado no rótulo a expressão: “Sem amido” ou “Sem fécula”.
9.3. O Doce de Leite que corresponda ao item 2.3.2. denominar-se-á “Doce de Leite
para Confeitaria”.
9.4. O Doce de Leite que corresponda ao item 2.3.3. denominar-se-a “Doce de Leite
com...............” preenchendo o espaço em branco com o (s) nome (s) do (s) produto
(s) adicionado (s). Poderá denominar-se opcionalmente “Doce de Leite Misto”. 9.5. O
Doce De Leite que corresponda ao item 2.3.4. poderá ser denominado como “Doce de
Leite para Sorveteria” ou “Doce de Leite para Sorveteria com ..............” preenchendo
o espaço em branco com o(s) nome (s) do (s) produto (s) adicionado (s).
O Doce de Leite que tenha sido adicionado do (s) corante (s) incluídos no item 5.1.1.
obrigatoriamente será denominado “Doce de Leite para Sorveteria” ou “Doce de Leite
para Sorveteria com ........” segundo corresponda.
9.6. Em todos os casos, nas denominações mencionadas, será incluída a expressão
“Com Creme” segundo corresponda aos itens 2.2.1.2 e 4.2.2.
9.7. Em todos os casos quando o Doce de Leite for exclusivo para uso industrial
como matéria-prima para elaboração de outros produtos alimentícios e contenham
uma concentração de Ácido Sórbico e/ou seus sais de Na, K ou Ca maior que 600
mg/kg até 1000 mg/kg (ambos expressos em ácido sórbico), deverá obrigatoriamente
indicar no rótulo a expressão “Exclusivo Para Uso Industrial”.
9.8. Poderá ser indicado no rótulo a expressão que se refira a sua forma de
apresentação.
Exemplo: em tablete, em pasta, pastoso, etc.
10 - MÉTODOS DE ANÁLISES
Os métodos de análise recomendados são os indicados nos itens 4.2.2. e 7.3.
11 - AMOSTRAGEM
Seguem-se os procedimentos recomendados na norma FIL 50 C: 1995.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
258 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 46, DE 23 DE OUTUBRO DE 2007

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE LEITES


FERMENTADOS

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 46, DE 23 DE OUTUBRO DE 2007

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da


atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, tendo em vista o
disposto na Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, regulamentada pelo Decreto nº 30.691,
de 29 de março de 1952, que dispõe sobre a Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de
Origem Animal, considerando a Resolução MERCOSUL/GMC/RES. nº 47/97, que aprovou o
Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Leites Fermentados, e o que consta do
Processo no 21000.003345/2007-70, resolve:
Art. 1º Adotar o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Leites Fermentados, anexo
à presente Instrução Normativa.
Art. 2º As empresas têm o prazo de 90 (noventa) dias, a contar da data da publicação desta
Instrução Normativa, para providenciarem a adequação dos registros dos produtos, promovendo
as alterações necessárias.
Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
REINHOLD STEPHANES

RTIQ DE LEITES FERMENTADOS

1. Alcance
1.1. Objetivo: estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que
deverão atender os leites fermentados destinados ao consumo humano.
Âmbito de Aplicação: o presente Regulamento se refere aos Leites Fermentados
destinados ao comércio interestadual ou internacional.
Descrição
2.1. Definição: entendese por Leites Fermentados os produtos adicionados ou não de
outras substâncias alimentícias, obtidas por coagulação e diminuição do pH do leite,
ou reconstituído, adicionado ou não de outros produtos lácteos, por fermentação
láctica mediante ação de cultivos de microorganismos específicos.
Estes microorganismos específicos devem ser viáveis, ativos e abundantes no produto
final durante seu prazo de validade.
2.1.1. Iogurte, Yogur ou Yoghurt: Entendese por Iogurte, Yogur ou Yoghurt daqui em
diante o produto incluído na definição 2.1 cuja fermentação se realiza com cultivos
protosimbióticos de Streptococcus salivarius subsp. thermophilus e Lactobacillus
delbrueckii subsp. Bulgaricus, aos quais se podem acompanhar, de forma
complementar, outras bactérias ácidolácticas que, por sua atividade, contribuem para
a determinação das características do produto final.
2.1.2. Leite Fermentado ou Cultivado: entendese por Leite Fermentado ou Cultivado o
produto incluído na definição 2.1 cuja fermentação se realiza com um ou vários dos
seguintes cultivos: Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei, Bifidobacterium sp,
Streptococus salivarius subsp thermophilus e/ou outras bactérias acidolácticas que, por
sua atividade, contribuem para a determinação das características do produto final.

259
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

2.1.2.1. Leite Acidófilo ou Acidofilado: entendese por Leite Acidófilo ou


Acidofilado o produto incluído na definição 2.1.2 cuja fermentação se realiza
exclusivamente com cultivos de Lactobacillus acidophilus.
2.1.3. Kefir: entendese por Kefir o produto incluído na definição 2.1 cuja fermentação se
realiza com cultivos acidolácticos elaborados com grãos de Kefir, Lactobacillus kefir,
espécies dos gêneros Leuconostoc, Lactococcus e Acetobacter com produção de
ácido láctico, etanol e dióxido de carbono. Os grãos de Kefir são constituídos por
leveduras fermentadoras de lactose (Kluyveromyces marxianus) e leveduras não
fermentadoras de lactose (Saccharomyces omnisporus e Saccharomyces cerevisae
e Saccharomyces exiguus), Lactobacillus casei, Bifidobaterium sp e Streptococcus
salivarius subsp thermophilus.
2.1.4. Kumys: entendese por Kumys o produto incluído na definição 2.1 cuja
fermentação se realiza com cultivos de Lactobacillus delbrueckii subsp. bulgaricus e
Kluyveromyces marxianus.
2.1.5. Coalhada ou Cuajada: entendese por Coalhada ou Cuajada o produto
incluído na definição 2.1. cuja fermentação se realiza por cultivos individuais ou mistos
de bactérias mesofílicas produtoras de ácido láctico.
2.2. Classificação
2.2.1. De acordo com o conteúdo de matéria gorda, os leites fermentados se
classificam em:
2.2.1.1. Com creme: aqueles cuja base láctea tenha um conteúdo de matéria gorda
mínima de 6,0g/100g.
2.2.1.2. Integrais ou Enteros: aqueles cuja base láctea tenha um conteúdo de matéria
gorda mínima de 3,0g/100g.
2.2.1.3. Parcialmente desnatados: aqueles cuja base Láctea tenha um conteúdo de
matéria gorda máxima de 2,9g/100g.
2.2.1.4. Desnatados: aqueles cuja base láctea tenha um conteúdo de matéria gorda
máxima de 0,5g/100g.
2.2.2. Quando em sua elaboração tenham sido adicionados ingredientes opcionais
não lácteos, antes, durante ou depois da fermentação, até um máximo de 30% m/m,
classificamse como leites fermentados com adições.
2.2.2.1. No caso em que os ingredientes opcionais sejam exclusivamente açúcares,
acompanhados ou não de glicídios (exceto polissacarídeos e polialcoóis) e/ou
amidos ou amidos modificados e/ou maltodextrina e/ou se adicionam substâncias
aromatizantes/saborizantes, classificamse como leites fermentados com açúcar,
açucarados ou adoçados e/ou aromatizados/saborizados.
2.3. Designação (Denominação de venda): as denominações consideradas no presente
regulamento estão reservadas aos produtos cuja base láctea não contenha gordura e/
ou proteínas de origem não áctea.
As denominações consideradas neste regulamento estão reservadas aos produtos
que não tenham sido submetidos a qualquer tratamento térmico após a fermentação.
Os microrganismos dos cultivos utilizados devem ser viáveis e ativos e estar em
concentração igual ou superior àquela definida no subitem 4.2.3. no produto final e

G-100
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260 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITES FERMENTADOS

durante seu prazo de validade.


2.3.1. O produto definido em 2.1.1 em cuja elaboração tenham sido utilizados
exclusivamente ingredientes lácteos, designarseá: “Iogurte”, ou “Yoghrt”, ou “Iogurte
Natural”, ou “ Yogur Natural”, ou “Yoghurt Natural” mencionando as expressões “Com
creme”, “Integral”, “Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado” segundo corresponda a
2.2.1 e 4.2.2.
O produto definido em 2.1.1 correspondente à classe 2.2.1.4, em cuja
elaboração tenham sido adicionados exclusivamente ingredientes lácteos e amidos ou
amidos modificados em uma proporção não maior que 1% (m/m) e/ou espessantes/
estabilizantes contemplados na Tabela 4, todos como únicos ingredientes opcionais
não lácteos, designarseá: “Iogurte”, ou “Yoghurt”, ou “Yoghurt”, mencionando a
expressão “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
O produto definido em 2.1.1, em cuja elaboração tenham sido utilizados exclusivamente
ingredientes lácteos, que corresponda à classificação “Integral” ou “Entero”,
segundo 2.2.1 e 4.2.2, e que apresente consistência firme, poderá opcionalmente
designarse: “Iogurte Tradicional”, ou “Yogur Tradicional”, ou “Yoghrt Tradicional”.
Poderá utilizarse a expressão “Clássico” no lugar de “Tradicional”.
Poderá ser mencionada a presença de bifidobactérias sempre que se atenda
o estabelecido em 4.2.3.
2.3.2. O produto definido em 2.1.1 que corresponda à classificação 2.2.2 designarseá:
“Iogurte com ... (1)...”, ou “Yogur com ... (1)...”, ou “Yogur com.....(1)”, ou “Yoghurt com...
(1)..”, ou “Yoghurt com ... (1).....” preenchendo o espaço em branco (1) com o nome
da(s) substâncias(s) alimentícia(s) adicionada(s) que confere(m) ao produto suas
características distintivas. Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com
creme”, “Integral”, “Entero”, “Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado” segundo
corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
Poderá ser mencionada a presença de bifidobactérias sempre que se atenda
o estabelecido em 4.2.3.
2.3.3. O produto definido em 2.1.1 que corresponda à classificação 2.2.2.1 designarseá:
“Iogurte Adoçado”, ou “Yogur Endulzado”, ou “Yoghurt Endulzado”, ou “Iogurte Sabor...
(2)...”, ou “Yogur Sabor...(2)...”, ou “Yoghurt Sabor...(2)....”, ou “Iogurte Adoçado Sabor...
(2)....”, ou “Yogur Endulzado Sabor....(2)....”, ou “Yogurt Endulzado Sabor....(2)....”
preenchendo o espaço em branco (2) com o nome da(s) substâncias(s) aromatizante(s)/
saborizante(s) utilizada(s) que confere(m) ao produto suas características distintivas.
Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “
Entero”, “Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e
4.2.2. Poderá ser mencionada a presença de bifidobactérias sempre que se atenda
o estabelecido em 4.2.3.
Poderão ser utilizadas as expressões “com açúcar” ou “açucarado” no lugar de
“adoçado”.
2.3.4. O produto definido em 2.1.2 designarse á: “Leite Fermentado” ou “Leite
Cultivado” ou “Leite Fermentado Natural” ou “Leite Cultivado Natural”, mencionando as
expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”, “Parcialmente Desnatado” ou
“Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2. Poderá ser mencionada a presença
de bifidobactérias sempre que se atenda o estabelecido em 4.2.3.

261
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

O produto definido em 2.1.2 correspondente à classe 2.2.1.4, em cuja


elaboração tenham sido adicionados exclusivamente ingredientes lácteos e amidos ou
amidos modificados em uma proporção não maior que 1% (m/m) e/ou espessantes/
estabilizantes contemplados na tabela 4, todos como únicos ingredientes opcionais
nãolácteos, designarseá: “Leite Fermentado” ou “Leite Cultivado” mencionando a
expressão “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
2.3.5. O produto definido em 2.1.2 que corresponda à classificação 2.2.2 designarseá:
“Leite Fermentado com...(1)... “ ou “Leite Cultivado com... (1)...” preenchendo o
espaço em branco (1) com o nome da(s) substâncias(s) alimentícias(s) adicionada(s)
que confere(m) ao produto suas características distintivas. Deverão ser mencionadas
ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”, “Parcialmente Desnatado”
ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2. Poderá ser mencionada a
presença de bifidobactérias sempre que se atenda o estabelecido em 4.2.3.
2.3.6. O produto definido em 2.1.2 que corresponda à classificação 2.2.2.1 designarseá:
“Leite FermentadoAdoçado”, ou “Leite CultivadoAdoçado”, ou “Leite Fermentado Sabor...
(2)...”, ou “Leite Cultivado Sabor...(2)...”, ou “Leite Fermentado Adoçado Sabor...(2)...”,
ou “Leite Cultivado Adoçado Sabor...(2)...” preenchendo o espaço em branco (2) com
o nome da(s) substância(s) aromatizante(s)/saborizante(s) utilizada(s) que confere(m)
ao produto suas características distintivas.
Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”,
“Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e
4.2.2. Poderá ser mencionada a presença de bifidobactérias sempre que se atenda
o estabelecido em 4.2.3.
Poderão ser utilizadas as expressões “com açúcar” ou “açucarado” no lugar de
“adoçado”.
2.3.7. O produto definido em 2.1.2.1 designarseá “Leite Acidófilo” ou “Leite Acidófilo
Natural” ou “Leite Acidofilado Natural” mencionando as expressões “Com creme”,
“Integral”, “Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1
e 4.2.2.
O produto definido em 2.1.2.1 correspondente à classe 2.2.1.4, em cuja
elaboração tenham sido adicionados exclusivamente ingredientes lácteos e amidos ou
amidos modificados em uma proporção não maior que 1% (m/m) e/ou espessantes/
estabilizantes contemplados na tabela 4, todos como únicos ingredientes opcionais
não lácteos, designarseá: “Leite Acidófilo” ou “Leite Acidofilado”, mencionando a
expressão “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
2.3.8. O produto definido em 2.1.2.1 que corresponda à classificação 2.2.2 designarseá:
“Leite Acidófilo com ...(1)...” ou “Leite Acidofilado com.. ...(1)...”, preenchendo o
espaço em branco (1) com o nome da(s) substância(s) alimentícia(s) adicionada(s)
que confere(m) ao produto suas características distintivas. Deverão ser mencionadas
ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”, “Parcialmente Desnatado”
ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
2.3.9. O produto definido em 2.1.2.1 que corresponda à classificação 2.2.2.1 designarseá:
“Leite Acidófilo Adoçado”, ou “Leite Acidofilado Adoçado”, ou “Leite Acidófilo Sabor...
(2)”, ou “Leite Acidofilado Sabor...(2)”, ou “Leite Acidófilo Adoçado Sabor ...(2)...”,
ou “Leite Acidofilado Adoçado Sabor......”, preenchendo o espaço em branco (2)

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
262 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITES FERMENTADOS

com o nome da(s) substância(s) aromatizante(s)/saborizante(s) utilizada(s) que


confere(m) ao produto suas características distintivas. Deverão ser mencionadas
ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”, “Parcialmente Desnatado”
ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
Poderão ser utilizadas as expressões “com açúcar” ou “açucarado” no lugar de
“adoçado”.
2.3.10. O produto definido em 2.1.3 designarseá “Kefir” ou “Kefir Natural”,
mencionando as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”, “Parcialmente
Desnatado” ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2. O produto definido
em 2.1.3 correspondente à classe 2.2.1.4. em cuja elaboração tenham sido adicionados
exclusivamente ingredientes lácteos e amidos ou amidos modificados em uma
proporção não maior que 1% (m/m) e/ou espessantes/estabilizantes contemplados
na tabela 4, todos como únicos ingredientes opcionais nãolácteos designarseá “Kefir”,
mencionando a expressão “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
2.3.11. O produto definido em 2.1.3 que corresponda à classificação 2.2.2
designarseá: “Kefir com...(1)...” preenchendo o espaço em branco (1) com o nome
da(s) substância(s) alimentícia(s) adicionada(s) que confere(m) ao produto suas
características distintivas.
Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”,
“Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
2.3.12. O produto definido em 2.1.3 que corresponda à classificação 2.2.2.1
designarseá “Kefir Adoçado”, ou “Kefir Sabor...(2)...”, ou “Kefir Adoçado Sabor....(2)....”
preenchendo o espaço em branco (2) com o nome da(s) substância(s) aromatizante(s)/
saborizante(s) utilizada(s) que confere(m) ao produto suas características distintivas.
Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”,
“Parcialmente Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2. Poderão ser utilizadas
as expressões “com açúcar” ou “açucarado” no lugar de “adoçado”.
2.3.13. O produto definido em 2.1.4 designarseá “Kumys” ou “Kumys Natural”
mencionando as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”, “Parcialmente
Desnatado” ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
O produto definido em 2.1.4 correspondente à classe 2.2.1.4, em cuja elaboração tenham
sido adicionados exclusivamente ingredientes lácteos e amidos ou amidos modificados
em uma proporção não maior que 1% (m/m) e/ou espessantes/estabilizantes
contemplados na tabela 4, todos como únicos ingredientes opcionais nãolácteos,
designarseá “Kumys” mencionando a expressão “Desnatado” segundo corresponda
a 2.2.1 e 4.2.2.
2.3.14. O produto definido em 2.1.4 que corresponda à classificação 2.2.2 designarseá
“Kumys com...(1)...” preenchendo o espaço em branco (1) com o nome da(s) substância(s)
alimentícia(s) adicionada(s) que confere(m) ao produto suas características distintivas.
Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”,
“Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
2.3.15. O produto definido em 2.1.4 que corresponda à classificação 2.2.2.1 designarseá
“Kumys Adoçado”, ou “Kumys Sabor...(2)...”, ou “Kumys Adoçado Sabor...(2)...”
preenchendo o espaço em branco (2) com o nome da(s) substância(s) aromatizante(s)/
saborizante(s) utilizada(s) que confere(m) ao produto suas características distintivas.

263
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”,


“Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado”, segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
Poderão ser utilizadas as expressões “com açúcar” ou “açucarado” no lugar de
“adoçado”.
2.3.16. O produto definido em 2.1.5 designarseá “Coalhada”, ou “Cuajada”, ou “Coalhada
Natural”, ou “Cuajada Natural” mencionando as expressões “Com creme”, “Integral”
ou “Entero”, “Parcialmente Desnatada” ou “Desnatada”, segundo corresponda a 2.2.1
e 4.2.2.
O produto definido em 2.1.5 correspondente à classe 2.2.1.4. em cuja elaboração tenham
sido adicionados exclusivamente ingredientes lácteos e amidos ou amidos modificados
em uma proporção não maior que 1% (m/m) e/ou espessantes/estabilizantes
contemplados na tabela 4, todos como únicos ingredientes opcionais nãolácteos,
designarseá “Coalhada” ou “Cuajada”, mencionando a expressão “Desnatada”
segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
2.3.17. O produto definido em 2.1.5 que corresponda à classificação 2.2.2 designarseá
“Coalhada com...(1)...” ou “Cuajada com...(1)...”, preenchendo o espaço em branco
(1) com o nome da(s) substância(s) alimentícia(s) adicionada(s) que confere(m)
ao produto suas características distintivas. Deverão ser mencionadas ainda as
expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”, “Parcialmente Desnatada” ou
“Desnatada”, segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
2.3.18. O produto definido em 2.1.5 que corresponda à classificação 2.2.2.1
designarseá “Coalhada Adoçada”, ou “Cuajada Endulzada”, ou “Coalhada Sabor...
(2)...”, ou “Cuajada Sabor...(2)...”, ou “Coalhada Adoçada Sabor...(2)...”, ou “Cuajada
Endulzada Sabor...(2)...” preenchendo o espaço em branco (2) com o nome da(s)
substância(s) aromatizante(s)/saborizante(s) utilizada(s) que confere(m) ao produto
suas características distintivas.
Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”,
“Parcialmente Desnatada” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
Poderão ser utilizadas as expressões “com açúcar” ou “açucarada” no lugar de
“adoçada”.

3. REFERÊNCIAS
Norma FIL 166 A: 1987. Contenido de Materia Grasa. Norma FL 151:1991. Yogur. Extrato Seco. Norma
FIL 150:1991. Yogur. Acidez. Norma FIL 163:1992. Norma de Identidad de Leches Fermentadas. Norma
FIL 20B:1993. Leche y produtos lácteos. Determinación de contenido de proteínas. Norma FIL 117:1988.
Recuento de bactérias lácticas totales. Norma FIL 94B:1990. Recuento de levaduras específicas. Norma FIL
50C:1995. Leche y productos lácteos. Métodos de muestreo. Norma FIL 149:1991. Identidad de los cultivos
productores de acido lactico. Norma FIL 146: 1991. Yogur, Identificación de Microorganismos característicos.
Resolução GMC 80/96. Regulamento Técnico Mercosul Sobre as Condições Higiênico Sanitárias e de Boas
Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos. Resolução GMC
105/94. Regulamento Técnico Mercosul Sobre os Princípios de Transferência de Aditivos Alimentares. CAC/Vol
A: 1985. Codex Alimentarius. Vol. 1A. 1995. Sección 5.3. Princípio de transferência de los aditivos alimentarios
en los alimentos. Codex Alimentarius. Leche y Produtos Lácteos. Norma A11.

4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. Composição

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
264 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITES FERMENTADOS

4.1.1. Ingredientes obrigatórios Leite e/ou leite reconstituído padronizado em seu


conteúdo de gordura. Cultivos de bactérias lácticas e/ou cultivos de bactérias lácticas
específicas, segundo corresponda às definições estabelecidas em 2.1.1, 2.1.2, 2.1.2.1,
2.1.3, 2.1.4 e 2.1.5.
4.1.2. Ingredientes opcionais Leite concentrado, creme, manteiga, gordura anidra
de leite ou butter oil, leite em pó, caseinatos alimentícios, proteínas lácteas, outros
sólidos de origem láctea, soros lácteos, concentrados de soros lácteos.
Frutas em forma de pedaços, polpa(s), suco(s) e outros preparados à base de frutas.
Maltodextrinas.
Outras substâncias alimentícias tais como: mel, coco, cereais, vegetais, frutas secas,
chocolate, especiarias, café, outras, sós ou combinadas. Açúcares e/ou glicídios
(exceto polialcoóis e polissacarídeos). Cultivos de bactérias lácticas subsidiárias.
Amidos ou amidos modificados em uma proporção máxima de 1% (m/m) do produto
final. Os ingredientes opcionais nãolácteos, sós ou combinados deverão estar
presentes em uma proporção máxima de 30% (m/m) do produto final.
4.2. Requisitos
4.2.1. Características Sensoriais
4.2.1.1. Aspecto: consistência firme, pastosa, semisólida ou líquida.
4.2.1.2. Cor: branca ou de acordo com a(s) substância(s) alimentícia(s) e/ou corante(s)
adicionado(s).
4.2.1.3. Odor e Sabor: característico ou de acordo com a(s) substância(s) alimentícia(s)
e/ou substância(s) aromatizante(s)/saborizante( s) adicionada(s).
4.2.2. Requisitos FísicoQuímicos
4.2.2.1. Os Leites Fermentados definidos em 2.1 deverão cumprir os requisitos
físicoquímicos indicados na Tabela 1.

Tabela 1
Acidez (g deácido
Proteínas lácteas
Matéria gorda láctea (g/100g) (*) Norma FIL 116 A:1987 lático/100g) Norma FIL
(g/100g)(*)
150:1991
Parcialmente
Com creme Integral Desnatado
desnatado
Mín. 6,0 3,0 a 5,9 0,6 a 2,9 Máx. 0,5 0,6 a 2,0 Mín. 2,9
(*) Os leites fermentados com agregados, açucarados e/ou saborizados poderão ter conteúdo
de matéria gorda e proteínas inferiores, não devendo reduzirse a uma proporção maior do
que a porcentagem de substâncias alimentícias nãolácteas, açúcares acompanhados ou não
de glicídios (exceto polissacarídeos e polialcoóis) e/ou amidos ou amidos modificados e/ou
maltodextrina e/ou aromatizantes/saborizantes adicionados.
4.2.2.2. Os leites fermentados considerados no presente regulamento deverão cumprir,
em particular, os requisitos físicoquímicos que figuram na Tabela 2.

265
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Tabela 2
Acidez (g de ácido láctico/100g) Norma FIL
Produto Etanol (% v/m)
150:1991
Iogurte 0,6 a 1,5
Leite cultivado ou fermentado 0,6 a 2,0
Leite acidófilo ou acidofilado 0,6 a 2,0
Kefir <1,0 0,5 a 1,5
Kumys > 0,7 Mín. 0,5
Coalhada 0,6 a 2,0

4.2.3. Contagem de microrganismos específicos: os leites fermentados deverão cumprir


os requisitos considerados na Tabela 3 durante seu período de validade.

Tabela 3
Contagem de bactérias láticas Contagem de leveduras específicas
Produto
totais (ufc/g) Norma FIL 117A: 1988 (ufc/g) Norma FIL 94 B: 1990
Iogurte mín. 107 (*)
Leite cultivado ou
mín. 106 (*)
fermentado
Leite acidófilo ou
mín. 107
acidofilado
Kefir mín. 107 mín. 104
Kumys mín. 107 mín. 104
Coalhada mín. 106
(*) No caso em que se mencione o uso de bifidobactérias, a contagem será de no
mínimo 106 UFC de bifidobactérias/g.
4.2.4. Tratamento Térmico: os leites fermentados não deverão ter sido submetidos
a qualquer tratamento térmico após a fermentação. Os microrganismos dos cultivos
utilizados devem ser viáveis e ativos e estar em concentração igual ou superior àquela
definida no subitem 4.2.3. no produto final e durante seu prazo de validade.
4.3. Acondicionamento:os leites fermentados deverão ser envasados com materiais
adequados para as condições de armazenamento previstas de forma a conferir
ao produto uma proteção adequada.
Condições de Conservação e Comercialização: os leites fermentados deverão ser
conservados e comercializados à temperatura não superior a 10ºC.

ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ ELABORAÇÃO


5.1. Aditivos
5.1.1. Não se admite o uso de aditivos na elaboração de leites fermentados definidos
no subitem 2.1 para os quais se tenham utilizado exclusivamente ingredientes lácteos.
Excetuase desta proibição a classe “Desnatados”, na qual se admite o uso dos aditivos

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RTIQ DE LEITES FERMENTADOS

espessantes/estabilizantes contidos na Tabela 4.


5.1.2. Na elaboração de leites fermentados definidos em 2.1 correspondentes
às classificações 2.2.2. e 2.2.2.1, admitirseá o uso de todos os aditivos que se
encontram na Tabela 4, nas concentrações máximas indicadas no produto final. Ficam
excetuados da autorização do uso de acidulantes, os leites fermentados adicionados
exclusivamente de glicídios (com açúcar, adoçados ou açucarados).
5.1.3. Em todos os casos se admitirá a presença dos aditivos transferidos por meio dos
ingredientes opcionais em conformidade com o princípio de transferência de aditivos
alimentares (Res. GMC 105/94 Princípios de Transferência de Aditivos Alimentares/
Codex Alimentarius. Volume 1A 1995. Seção 5.3.) e sua concentração no produto
final não deverá superar a proporção que corresponda à concentração máxima
admitida no ingrediente opcional; quando se tratar de aditivos indicados no presente
Regulamento, não deverá superar os limites máximos autorizados no mesmo.
No caso particular do agregado de polpa de fruta ou preparado de fruta, ambos de uso
industrial, admitirseá, além disso, a presença de ácido sórbico e seus sais de sódio,
potássio e cálcio em uma concentração máxima de 300 miligramas por quilograma
(expressos em ácido sórbico) no produto final.

267
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Tabela 4
CONC. MÁX NO PRODUTO
FUNÇÃO
FINAL
NÚMERO
ADITIVO
INS Aromatizantes /
q.s.
saborizantes

100 Cúrcuma ou curcumina 80mg / kg


101i Riboflavina 30mg / kg
101 ii Riboflavina 5' Fosfatode sódio 30mg / kg

Amarelo ocaso FCF Amarelo


110 50mg / kg
sunset

Carmim, Ácido carmínico, 100mg/kg em ácido


120
Cochinila carmínico

122 Azorrubina
124 Vermelho Ponceau 4R
129 Vermelho 40, allura
50 mg / kg
131 Azul patente V
132 Indigotina, Carmim de Indigo
133 Azul Brilhante FCF
140i Clorofila q.s
141i Clorofila cúprica 50 mg/kg
141ii Clorofilina cúprica 50 mg/kg
CORANTE
Verde indelével, Verde rápido
143 50 mg/kg
fast green

150a Caramelo I simples q.s.


Caramelo II processo sulfito
150b q.s.
cáustico
150c Caramelo IIIprocesso amônia 500 mg /kg

Caramelo IV processo sulfito –


150d 500 mg/ kg
amônia

Betacaroteno (sintético idêntico


160ai 50 mg/ kg
ao natural)
Caratenóides, extratos naturais:
160aii 50 mg/ kg
Betacaroteno

Annato, bixina, norbixina,


160b 9,5 mg/kg como norbixina
Urucum, rocu

162 Vermelho de Beterraba q.s

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CONC. MÁX NO PRODUTO


FUNÇÃO
FINAL
NÚMERO
ADITIVO
INS Aromatizantes /
q.s.
saborizantes

5g /kg isolados ou
400 Ácido algínico
combinados
401 Alginato de sódio
402 Alginato de potássio
403 Alginato de amônio
404 lginato de cálcio
405 Alginato de propileno glicol
406 Agar
Carragena (inclui a furcelarana
407
e seus sais de sódio e potássio)
Goma alfarroba, goma jataí
410
Goma Garrofin, Goma caroba
412 Goma guar
Espessantes /
Goma tragacanto, goma Estabilizantes
413
adragante tragacanto
414 Goma arábica, goma acácia
Goma xantana, Goma xantan,
415
Goma de xantana
Goma Karaya, Goma sterculia,
416
Goma caráia
418 Goma gelan
425 Goma konjac
461i Celulose microcristalina
461 Metilcelulose
463 Hidroxipropilcelulose
465 Metiletilcelulose
466 Carboximetilcelulose sódica
440 Pectinas, pectina amidada Espessantes /
10g /kg
Gelatina Estabilizantes

270 Ácido láctico


296 Ácido málico q.s
Acidulante
330 Ácido cítrico
334 Ácido tartárico 5g /kg

5.2. Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração Não se admite o uso de coadjuvantes de


tecnologia/elaboração.

269
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

6. Contaminantes
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em quantidades
superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento específico.
7. Higiene
7.1. Considerações gerais As práticas de higiene para elaboração do produto deverão
estar de acordo com
o Regulamento Técnico sobre as Condições HigiênicoSanitárias e de Boas Práticas
de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos.
7.2. O leite a ser utilizado deverá ser higienizado por meios mecânicos adequados
e submetido à pasteurização, ou tratamento térmico equivalente, para assegurar
fosfatase residual negativa (A.O.A.C. 15ª Ed. 1990, 979.13, p. 823) combinado ou não
com outros processos físicos ou biológicos que garantam a inocuidade do produto.
7.3. Critérios Macroscópicos e Microscópicos O produto não deverá conter substâncias
estranhas de qualquer natureza.
7.4. Critérios Microbiológicos O produto deverá cumprir os requisitos indicados na
Tabela 5.
Tabela 5
MICRORGANISMOS CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO SITUAÇÃO NORMA
Coliformes /g (30ºC) n=5 c=2 m=10 M=100 4 FIL 73A:1985
Coliformes /g(45ºC) n=5 c=2 m=3 M=10 4 APHA 1992c.24(1)
Bolores e leveduras/g n=5 c=2 m=50 M=200 2 FIL 94B:1990
(1) Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods 3rd. Ed., Edited by Carl Vanderzant
and Don F. Splittstoesser (APHA).

8. PESOS E MEDIDAS
Aplicase o Regulamento correspondente.
9. ROTULAGEM
9.1. Aplicase o Regulamento correspondente.
As denominações consideradas no presente Regulamento estão reservadas aos
produtos em cuja base Láctea não contenham gordura e/ou proteínas de origem não
láctea.
As denominações consideradas neste Regulamento estão reservadas aos produtos
que não tenham sido submetidos a qualquer tratamento térmico após a fermentação
e nos quais os microorganismos dos cultivos utilizados sejam viáveis e ativos e que
estejam em concentração igual ou superior àquela definida no subitem 4.2.3 no
produto final e durante seu prazo de validade.
9.2. O produto definido em 2.1.1, em cuja elaboração tenham sido utilizados
exclusivamente ingredientes lácteos designarseá: “Iogurte”, ou “Yogur”, ou “Yoghurt”,
ou “Iogurte Natural”, ou “Yogur Natural”, ou “Yoghurt Natural” mencionando as
expressões “Com creme”, “Integral”, “Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado”
segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.

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LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITES FERMENTADOS

O produto definido em 2.1.1 correspondente à classe 2.2.1.4, em cuja elaboração


tenham sido adicionados exclusivamente ingredientes lácteos e amidos ou amidos
modificados em uma proporção não maior que 1% (m/m) e/ou espessantes/
estabilizantes contemplados na Tabela 4, todos como únicos ingredientes opcionais
não lácteos, designarseá “Iogurte”, ou “Yogur”, ou “Yoghurt” mencionando a expressão
“Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
O produto definido em 2.1.1, em cuja elaboração tenham sido utilizados exclusivamente
ingredientes lácteos, que corresponda à classificação “Integral” ou “Entero”, segundo
2.2.1 e 4.2.2, e que apresente consistência firme, poderá opcionalmente designarse:
“Iogurte Tradicional”, “Yogur Tradicional” ou “Yoghurt Tradicional”.
Poderá utilizar-se a expressão “Clássico” no lugar do “Tradicional”. Poderá ser
mencionada a presença de bifidobactérias sempre que se atenda o estabelecido em
4.2.3.
9.3. O produto definido em 2.1.1 que corresponda à classificação 2.2.2 designarseá:
“Iogurte com...(1).........”, ou “Yogur com .........(1)....”, ou “Yoghurt com............(i)............”
preenchendo o espaço em branco (1) com o nome da(s) substâncias(s) alimentícia(s)
adicionada(s) que confere(m) ao produto suas características distintivas.
Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”,
“Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
Poderá ser mencionada a presença de bifidobactérias sempre que se atenda o
estabelecido em 4.2.3.
9.4. O produto definido em 2.1.1 que corresponda à classificação 2.2.2.1 designarseá:
“Iogurte Adoçado”, ou “Yogur Endulzado”, ou “Yoghurt Endulzado”, ou “Iogurte
Sabor......(2)........”, ou “Yogur Sabor.......(2)......”, ou “Yoghurt Sabor........(2)......”, ou
“Iogurte Adoçado Sabor...(2)...”, ou “Yogur Endulzado Sabor...(2)...”, ou “Yoghurt
Endulzado Sabor...(2).....” preenchendo o espaço em branco (2) com o nome da(s)
substâncias(s) aromatizante(s)/saborizante(s) utilizado(s) que confere(m) ao produto
suas características distintivas. Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com
creme”, “Integral” “Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado” segundo corresponda a
2.2.1 e 4.2.2.
Poderá ser mencionada a presença de bifidobactérias sempre que se atenda o
estabelecido em 4.2.3. Poderão ser utilizadas as expressões “com açúcar” ou
“açucarado” no lugar de “adoçado”.
9.5. O produto definido em 2.1.2. designarse á: “Leite Fermentado”, ou “Leite
Cultivado”, ou “Leite Fermentado Natural”, ou “Leite Cultivado Natural”. Deverão
ser mencionadas as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”, “Parcialmente
Desnatado” ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
Poderá ser mencionada a presença de bifidobactérias sempre que se atenda o
estabelecido em 4.2.3. O produto definido em 2.1.2 correspondente à classe 2.2.1.4,
em cuja elaboração tenham sido adicionados exclusivamente ingredientes lácteos e
amidos ou amidos modificados em uma proporção não maior que 1% (m/m) e/ou
espessantes/estabilizantes contemplados na tabela 4, todos como únicos ingredientes
opcionais nãolácteos, designarseá: “Leite Fermentado” ou “Leite Cultivado”
mencionando a expressão: “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
9.6. O produto definido em 2.1.2 que corresponda à classificação 2.2.2 designarseá:

271
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

“Leite Fermentado com....(1)... “ ou “Leite Cultivado com..... (1)...” preenchendo o


espaço em branco (1) com o nome da(s) substâncias(s) alimentícias(s) adicionada(s)
que confere(m) ao produto suas características distintivas.
Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com creme”, “Integral”, ou “Entero”,
“Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
Poderá ser mencionada a presença de bifidobactérias sempre que se atenda o
estabelecido em 4.2.3.
9.7. O produto definido em 2.1.2 que corresponda à classificação 2.2.2.1 designarseá:
“Leite Fermentado Adoçado”, ou “Leite Cultivado Adoçado”, ou “Leite Fermentado
Adoçado Sabor......(2)......”, ou ...”, “Leite Cultivado Adoçado Sabor.........(2).....”
preenchendo o espaço em branco (2) com o nome da(s) substância(s) aromatizante(s)/
saborizante(s) utilizada(s) que confere(m) ao produto suas características distintivas.
Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”,
“Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
Poderá ser mencionada a presença de bifidobactérias sempre que se atenda o
estabelecido em 4.2.3.
Poderão ser utilizadas as expressões “com açúcar” ou “açucarado” no lugar de
“adoçado”.
9.8. O produto definido em 2.1.2.1 designarseá “Leite Acidófilo” ou “Leite Acidofilado”ou
“Leite Acidófilo Natural” ou “Leite Acidofilado Natural” mencionando as expressões
“Com creme”, “Integral” ou “Entero”, “Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado”
segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
O produto definido em 2.1.2.1 correspondente à classe 2.2.1.4, em cuja elaboração
tenham sido adicionados exclusivamente ingredientes lácteos e amidos ou amidos
modificados em uma proporção não maior que 1% (m/m) e/ou espessantes/
estabilizantes contemplados na tabela 4, todos como únicos ingredientes opcionais
não lácteos, designarseá: “Leite Acidófilo” ou “Leite Acidofilado” mencionando a
expressão “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
9.9. O produto definido em 2.1.2.1 que corresponda à classificação 2.2.2 designarseá
“Leite Acidófilo com............(1).......”, ou “Leite Acidofilado com..........(1)........”
preenchendo o espaço em branco (1) com o nome da(s) substância(s) alimentícia(s)
adicionada(s) que confere(m) ao produto suas características distintivas. Deverão ser
mencionadas ainda as expressões: “Com creme”, “Integral” ou “Entero”, “Parcialmente
Desnatado” ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
9.10. O produto definido em 2.1.2.1 que corresponda à classificação 2.2.2.1
designarseá “Leite Acidófilo Adoçado.........(2)........”, ou “Leite Acidofilado Adoçado”,
ou “Leite Acidófilo Sabor......(2)....”, ou “Leite Acidofilado Sabor........(2).......”, ou “Leite
Acidófilo Adoçado Sabor......(2)......”, ou “Leite Acidofilado Adoçado Sabor.....(2)...”
preenchendo o espaço em branco (2) com o nome da(s) substância(s) aromatizante(s)/
saborizante(s) utilizada(s) que confere(m) ao produto suas características distintivas.

Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”,


“Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
Poderão ser utilizadas as expressões “com açúcar” ou “açucarado” no lugar de
“adoçado”.

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272 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
RTIQ DE LEITES FERMENTADOS

9.11. O produto definido em 2.1.3 designarseá “Kefir” ou “Kefir Natural” mencionando


as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”, “Parcialmente Desnatado” ou
“Desnatado” segundo corresponda 2.2.1 e 4.2.2.
O produto definido em 2.1.3 correspondente à classe 2.2.1.4, em cuja elaboração
tenham sido adicionados exclusivamente ingredientes lácteos e amidos ou amidos
modificados em uma proporção maior que 1% (m/m) e/ou espessantes/estabilizantes
contemplados na tabela 4, todos como únicos ingredientes opcionais nãolácteos,
designarseá “Kefir” mencionando a expressão “Desnatado” segundo corresponda a
2.2.1 e 4.2.2.
9.12. O produto definido em 2.1.3 que corresponda à classificação 2.2.2 designarseá:
“Kefir com ....(1)....” preenchendo o espaço em branco (1) com o nome da(s)
substância(s) alimentícia(s) que confere(m) ao produto suas características
distintivas.
Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”,
“Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado”, segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
9.13. O produto definido em 2.1.3 que corresponda à classificação 2.2.2.1 designarseá:
“Kefir Adoçado”, ou “Kefir Sabor .....(2).....”, ou “Kefir Adoçado Sabor .....(2).....”
preenchendo o espaço em branco (2) com o nome da(s) substância(s) aromatizante(s)/
saborizante(s) utilizada(s) que confere(m) ao produto suas características distintivas.
Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”,
“Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
Poderão ser utilizadas as expressões “com açúcar” ou “açucarado” no lugar de
“adoçado”.
9.14. O produto definido em 2.1.4 designarseá “Kumys” ou “Kumys Natural”
mencionando as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”, “Parcialmente
Desnatado” ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
O produto definido em 2.1.4 correspondente à classe 2.2.1.4, em cuja elaboração
tenham sido adicionados exclusivamente ingredientes lácteos e amidos ou amidos
modificados em uma proporção não maior que 1% (m/m) e/ou espessantes/
estabilizantes contemplados na tabela 4, todos como únicos ingredientes opcionais
nãolácteos, designarseá “Kumys” mencionando a expressão “Desnatado” segundo
corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
9.15. O produto definido em 2.1.4 que corresponda à classificação 2.2.2 designarseá
“Kumys com......(1)...” preenchendo o espaço em branco (1) com o nome da(s)
substância(s) alimentícia(s) adicionada(s) que confere(m) ao produto suas
características distintivas.
Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”,
“Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
9.16. O produto definido em 2.1.4 que corresponda à classificação 2.2.2.1 designarseá
“Kumys Adoçado”, ou “Kumys Sabor......(2)...”, ou “Kumys Adoçado Sabor.....(2)...”
preenchendo o espaço em branco (2) com o nome da(s) substância(s) aromatizante(s)/
saborizante(s) utilizada(s) que confere(m) ao produto suas características distintivas.
Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”,
“Parcialmente Desnatado” ou “Desnatado”, segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.

273
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Poderão ser utilizadas as expressões “com açúcar” ou “açucarado” no lugar de


“adoçado”.
9.17. O produto definido em 2.1.5 designarseá “Coalhada”, ou “Cuajada”, ou “Coalhada
Natural”, ou “Cuajada Natural”, mencionando as expressões “Com creme”, “Integral”
ou “Entero”, “Parcialmente Desnatada” ou “Desnatada”, segundo corresponda a 2.2.1
e 4.2.2.
O produto definido em 2.1.5 correspondente à classe 2.2.1.4, em cuja elaboração
tenham sido adicionados exclusivamente ingredientes lácteos e amidos ou amidos
modificados em uma proporção não maior que 1% (m/m) e/ou espessantes/
estabilizantes contemplados na tabela 4, todos como únicos ingredientes opcionais
nãolácteos, designarseá “Coalhada” ou Cuajada, mencionando a expressão
“Desnatada” segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
9.18. O produto definido em 2.1.5 que corresponda à classificação 2.2.2 designarseá
“Coalhada com.....(1).....” ou Cuajada com.....(1).....” preenchendo o espaço em branco
(1) com o nome da(s) substância(s) alimentícia(s) adicionada(s) que confere(m) ao
produto suas características distintivas.
Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”,
“Parcialmente Desnatada” ou “Desnatada”, segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
9.19. O produto definido em 2.1.5 que corresponda à classificação 2.2.2.1 designarseá
“Coalhada Adoçada”, ou “Cuajada Endulzada”, ou “Coalhada Sabor.....(2)...”, ou
“Cuajada Sabor......(2).....”, ou “Coalhada Adoçada Sabor...(2)...”, ou “Cuajada
Endulzada Sabor...(2)...” preenchendo o espaço em branco (2) com o nome da(s)
substância(s) aromatizante(s)/saborizante(s) utilizada(s) que confere(m) ao produto
suas características distintivas.
Deverão ser mencionadas ainda as expressões “Com creme”, “Integral” ou “Entero”,
“Parcialmente Desnatada” ou “Desnatada”, segundo corresponda a 2.2.1 e 4.2.2.
Poderão ser utilizadas as expressões “com açúcar” ou “açucarada” no lugar de
“adoçada”.
10. Métodos de Análise
Os métodos de análises recomendados são indicados nos subitens 4.2.2 e 7.4.
11. Amostragem
Seguemse os procedimentos recomendados na Norma FIL 50C: 1995.

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274 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEITES FLUIDOS EM GERAL, LEITES E PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS
OFÍCIO CIRCULAR DIPOA Nº 10 DE 02 DE ABRIL DE 2009

UTILIZAÇÃO DO “SELO MINHA ESCOLHA” EM PRODUTOS DE ORIGEM


ANIMAL

OFÍCIO CIRCULAR DIPOA Nº 10 DE 02 DE ABRIL DE 2009

275
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

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276 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
Capítulo 7

PRODUTOS LÁCTEOS
GORDUROSOS

Patrocinadores

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INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA
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PRODUTOS LÁCTEOS GORDUROSOS
PORTARIA Nº 146 DE 07 DE MARÇO DE 1996

RTIQ`s OFICIALIZADOS PELA PORTARIA MAPA Nº 146 / 96 PARA PRODUTOS


LÁCTEOS GORDUROSOS EM GERAL

PORTARIA Nº 146 DE 07 DE MARÇO DE 1996


(Internalizou a GMC números 69/93, 70/93, 71/93, 72/93, 82/93, 16/94, 43/94, 63/94,
76/94, 78/94 e 79/94).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA DO ABASTECIMENTO E DA REFORMA AGRÁRIA, no


uso da atribuição que lhe confere a Art. 87, II, da Constituição da República , e que nos termos do disposto
no Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo Decreto nº
1.255, de 25 de junho de 1962, alterado pelo Decreto nº 1.812 de 08 de fevereiro de 1996 e
Considerando as Resoluções Mercosul/GMC números 69/93, 70/93, 71/93, 72/93, 82/93, 16/94, 43/94,
63/94, 76/94, 78/94 e 79/94 que aprovam os Regulamentos Técnicos de Identidades e Qualidades de Produtos
Lácteos;
Considerando a necessidade de Padronização dos Métodos de Elaboração dos Produtos de Origem
Animal no Tocante aos Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidades de Produtos Lácteos, Resolve;
Art. 1º Aprovar os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade dos Produtos Lácteos em anexo.
Art. 2º Os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidades dos Produtos Lácteos aprovados por
esta Portaria, estarão disponíveis na Coordenação de Informação Documental Agrícola, da Secretária de
Documental Agrícola, da Secretaria do Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura e do Abastecimento
e da Reforma Agrária.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor 60 (sessenta) dias após a data de sua publicação.
JOSÉ EDUARDO DE ANDRADE VIEIRA

RTIQ DE CREME DE LEITE


(Internalizou a GMC 71/93).

1. ALCANCE
1.1. Objetivo: O presente Regulamento fixa a identidade e os requisitos mínimos de
qualidade que deverá ter o creme de leite submetido à pasteurização, esterilização ou
tratamento a ultra-alta temperatura (UHT ou UAT). homogeneizado ou não, destinado
ao consumo humano.
2. DESCRIÇÃO
2.1. Definição: Entende-se como creme de leite o produto lácteo relativamente rico
em gordura retirada do leite por procedimento tecnologicamente adequados, que
apresenta a forma de uma emulsão de gordura em água.
2.2. Definição dos Procedimentos.
2.2.1. Denomina-se creme pasteurizado, o que foi submetido ao procedimento de
pasteurização, mediante um tratamento térmico tecnologicamente adequado.
2.2.2. Denomina-se creme esterilizado o que foi submetido, ao processo de
esterilização, mediante um tratamento térmico tecnologicamente adequado.
2.2.3. Denomina-se creme UHT o que foi submetido ao tratamento térmico de ultra-
alta temperatura, mediante procedimento tecnologicamente adequado.
2.3. Denominação de venda.
Será designado “creme de leite” ou simplesmente “creme”, podendo indicar-se “de

279
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

baixo teor de gordura” ou “leve” ou “semicreme”, ou de “alto teor gorduroso”, de acordo


com a classificação correspondente. (2.4.1. a 2.4.3.).
O creme cujo teor de matéria gorda seja superior a 40% m/m poderá designar “duplo
creme”.
O creme cujo conteúdo de matéria seja superior a 35% m/m poderá, opcionalmente,
designar-se “creme para bater”.
O creme UTH e UAT poderá designar-se, alem disso “Creme Longa Vida”. O creme
submetido ao processo de homogeneização deverá designar-se, além disso, como
“homogeneizado”.
2.4. Classificação: De acordo com seu conteúdo em matéria gorda o creme de leite
classifica-se em: (Tabela 1)
2.4.1. Creme de baixo teor de gordura ou leve.
2.4.2. Creme.
2.4.3. Creme de alto teor de gordura.
3. REFERÊCIAS
AOAC 15 Ed. 947.05
AOAC 15 Ed. 950.41
FIL 16C: 1987
FIL 50B: 1985
FIL 73A: 1985
FIL 93A: 1985
FIL 100B: 1990
FIL 145: 1990
CAC-VOL A 1985
APHA. Compentium of Metholds for the Microbiological Examination of Foods 1992
Cap. 24
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. Composição.
4.1.1. Ingredientes Obrigatórios.
Creme obtido a partir do leite de vaca
4.1.2. Ingredientes opcionais.
Sólidos lácteos não gordurosos máx. 2% (m/m), ou caseinatos máx. 0,1% (m/m), ou
soro lácteo em pó máx. 1,0% (m/m).
4.2. Requisitos
4.2.1. Características sensoriais.
4.2.1.1.Cor Branco ou levemente amarelado.
4.2.1.2. Sabor e Cor. Característicos, suaves, não rançosos, nem ácidos, sem sabores
ou odores estranhos.
4.2.2. Requisitos químicos e físicos.
O creme de leite deve obedecer aos requisitos físicos e químicos que estão relacionados
na tabela 1, que indica também os métodos de análises correspondentes.
TABELA I

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
280 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS GORDUROSOS
RTIQ DE CREME DE LEITE

REQUISITOS FÍSICOS E QUÍMICOS PARA CREME DE LEITE.

4.2.3. Acondicionamento.
4.2.3.1. O creme de leite deverá ser conservado, permanentemente, em câmara fria
com temperatura inferior ou igual a 5ºC, com o objetivo de manter suas características.
Excetuam-se os cremes esterilizado e UHT, que poderão ser conservados à
temperatura ambiente.
4.2.3.2. Envase: O creme pasteurizado, esterilizado e UHT deverão ser envasados
em recipientes aptos para estarem em contato com alimentos e que confiram proteção
contra contaminação do produto.
5. ADITIVOS E COAJUDVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO.
5.1. Não é permitida a adição de nenhum aditivo ou coadjuvantes para o creme
pasteurizado.
5.2. O creme esterilizado e o creme UHT poderão conter os agentes espessantes e/
ou estabilizantes permitidos pala legislação, relacionados a seguir, isoladamente ou
em mistura, em quantidade total não superior a 0,5 % (m/m) no produto final. Poderão
conter, também, os sais estabilizantes permitidos, relacionados a seguir, isoladamente
ou em mistura, em quantidade total não superior a 0,2% (m/m) no produto final.
Agentes espessantes e/ou estabilizantes:

Sais Estabilizantes: Citrato de sódio, Fosfato (mono, di ou tri) de sódio, potássio ou


cálcio, cloreto de cálcio, bicarbonato de sódio.
Máx. 0,20% (m/m), isoladamente ou em combinação.
6. CONTAMINANTES.
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em quantidade
superior aos limites estabelecidos pela legislação especifica.
7. HIGIENE
7.1. As práticas de higiene para elaboração do produto estarão de acordo com o

281
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

estabelecimento no Código Internacional Recomendado de Práticas, Princípios Gerais


de Higiene dos Alimentos. 9CCAC/VOL A 1985.
7.2. Critérios macroscópicos e microscópicos: Ausência de qualquer tipo de impureza
ou elementos estranhos.
7.3. Critérios microbiológicos e tolerâncias.
7.3.1. O creme de leite submetido ao processo de pasteurização deve obedecer aos
requisitos microbiológicos relacionados na Tabela 2, onde se relacionam os métodos
das análises correspondentes.

TABELA 2
REQUISITOS MICROBIÓLOGICOS PARA CREME DE LEITE PASTEURIZADO

(*) Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods.


7.3.2. O creme de leite submetido ao processo de esterilização ou tratamento a ultra
alta temperatura (UHT) deve obedecer aos requisitos microbiológicos relacionados na
Tabela 3, a qual especifica os métodos de análises correspondentes.
REQUISITOS MICROBIOLÒGICOS PARA CREME DELEITE ESTERILIZADO E
UHT.

8. PESOS E MEDIDAS
Será aplicada a legislação específica.
9. ROTULAGEM
9.1. Será aplicada a legislação específica.
9.2. Será denominado “creme de leite” ou “creme”, “creme de baixo teor de gordura”
ou “creme leve” ou “semicreme”, “creme de alto teor de gordura”, segundo o tipo
correspondente.
Poderá, opcionalmente, denominar-se “creme para bater” ou “duplo creme”, quando
corresponder ao tipo. Quando tratar-se de creme esterilizado, o creme UHT (ou UAT)
será denominado “ creme esterilizado”, “creme UHT ( ou “creme UAT”), podendo
neste caso usar também a denominação “longa vida” Quando tratar-se de creme
homogeneizado, será indicado no rótulo “homogeneizado”.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
282 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS GORDUROSOS
RTIQ DE CREME DE LEITE A GRANEL DE USO INDUSTRIAL

Em todos os casos deverá constar na parte principal do rótulo o conteúdo % m/m de


matéria gorda.
10. MÉTODOS DE ANÁLISES
Os métodos de análises recomendados são os indicados nos itens 4.2.2 e 7.3 do
presente padrão de identidade e qualidade.
11. AMOSTRAGEM
Serão seguidos os procedimentos recomendados na norma FIL - 508: 1985.

RTIQ DE CREME DE LEITE A GRANEL DE USO INDUSTRIAL


(Internalizou a GMC 76/94).

1. ALCANCE
1.1. Objetivo.
O presente Regulamento fixa a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que
deverá obedecer o creme de leite a granel para uso industrial.
2. Definição.
2.1.1. Entende-se pôr creme o produto lácteo rico em gordura, separado do leite pôr
procedimentos tecnologicamente adequados, que apresenta a forma de uma emulsão
de gordura em água.
2.1.2 Entende-se pôr creme de leite de uso industrial o creme transportado em volume
de um estabelecimento industrial de produtos lácteos a outro, que será processado e
que não seja destinado diretamente ao consumidor final.
2.2. Denominação de venda.
Será designado ‘’Creme de Leite a granel de uso industrial’’.
3. REFERÊNCIAS.
AOAC 15ª ed. 1990, 947.05.
CODEX ALIMENTARIUS, CAC/VOL: 1985
FIL 16C: 1987 FIL 50B: 1985
4. COMPOSIÇÃO E QUALIDADE.
4.1. Requisitos.
4.1.1.Características sensoriais.
4.1.1.1. Cor
4.1.1.2. Sabor e odor.
Odor e sabor característicos, suaves, não rancosos nem ácidos, sem odores
ou sabores estranhos.
4.1.2. Requisitos gerais
A matéria gorda do creme de leite deve obedecer a padrão de identidade de
gordura láctea.
Não deve conter:
a) Matérias estranhas

283
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

b) Colostro, sangue ou pus


c) Antissépticos antibióticos, conservadores e neutralizantes
d) Resíduos de hormônios e toxinas microbianas
e) Resíduos de pesticidas e metais tóxicos em quantidades superiores às estabelecidas
na legislação especifica.

f) Níveis de radioatividade
Ce134 + Ce137 ............................ 5 Bq/L
I131 ............................................ 5bq/L
Sr90 ............................................ 5Bq/L

4.2.2. Requisitos físicos e químicos.


O creme de leite a granel deve obedecer aos requisitos físicos e químicos relacionados
na tabela 1. Que indica também os métodos de análises correspondentes.

TABELA 1: REQUISITOS FÍSICOS E QUÍMICOS PARA O CREME DELEITE A


GRANEL DE USO INDUSTRIAL.

REQUISITOS. LIMITE MÉTODO DE ANÁLISE


Matéria gorda /100g de creme Min. 10,0 FIL 16C: 1987
Acidez g ac. Láctico/100g de creme Máx. 0,20 AOAC 15ª ed. 947.05

5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO.


Não se admite nenhum tipo de aditivo ou coadjuvante.
6. CONTAMINANTES.
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em
quantidades superiores aos limites estabelecidos pela legislação específica.
7. HIGIENE.
7.1.As práticas de higiene para o tratamento e transporte do produto estarão de acordo
com o estabelecido no Código Internacional Recomendado de Práticas, Princípios
Gerais de Higiene dos Alimentos (CAC/VOLTA A-1985).
7.2. Tratamento e Transporte
7.2. Tratamento
7.2.1.1 O creme de leite definido no item 2.1.1. deverá ser resfriado e mantido a uma
temperatura não superior 8ºC, em estabelecimentos Industrializadores de produtos
lácteos.
7.2.1.2. Poderá, opcionalmente, ser submetido aos seguintes tratamentos:
7.2.2.3.2. Termização (pré-aquecido), processo térmico que nãos inativa a fosfatase
alcalina.(AOAC 1990, 15ª ed. 979.13).
7.2.2. Transporte.
O creme de leite a granel de uso industrial deverá ser transportado em tanques

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
284 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS GORDUROSOS
RTIQ DE GORDURA ANIDRA DE LEITE (BUTTEROIL)

isotérmicos a uma temperatura não superior a 8ºC. A temperatura de chegada do


creme não deve ser superior a 12ºC. Será admitida uma temperatura de chegada
não superior a 15ºC quando o conteúdo da matéria gorda do creme superar a 42%
(m/m).
7.3. Critérios macroscópicos e microscópicos.
O creme de leite a granel de uso industrial deverá estar isento de qualquer tipo de
impurezas ou elementos estranhos.
8. MÉTODOS DE ANÁLISES.
Os métodos de analises recomendados são indicados em 4.2.2.
9. AMOSTRAGEM.
Serão seguidos os procedimentos recomendados na normal FIL 50 B: 1985.

REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE


RTIQ DE GORDURA ANIDRA DE LEITE (BUTTEROIL)
(Internalizou a GMC 63/94).

1. ALCANCE
1.1. Objetivo: O presente regulamento fixa os requisitos mínimos de qualidade e
identidade que deverão obedecer a gordura anidra de leite (ou Butteroil) destinada ao
consumo humano.
2.1. Definição: Entende.se por gordura anidra de leite (ou Butteroil) o produto gorduroso
obtido a partir de creme ou manteiga pela eliminação quase total de água e sólidos
não gordurosos, mediante processos tecnologicamente adequados.
2.2 Denominação de Venda: Será designada como gordura anidra de leite ou
Butteroil.

3. REFERÊNCIAS
APHA 1992, Cap. 24.
CAC/VOL A 1985
FIL 6B: 1989
FIL 23A: 1988
FIL24: 1964
FIL 508:1985
FIL 73A: 1985
FIL 74A: 1991
FIL145: 1990
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS.
4.1. Composição.
4.1.1. Ingredientes obrigatórios: Creme obtido a partir de leite de vaca e/ou
manteiga.
4.2. Requisitos
4.2. 1 . Características sensoriais
4.2.1.1. Aspecto: A 35 - 40°C, líquido viscoso, isento de cristais.

285
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4.2.1.2 Cor: Amarelada


4.2.1.3. Sabor e aroma: Próprio, não rançoso, isento de sabores e/ou odores estranhos
ou desagradáveis.
4.2.2. Características físico-químicas.

4.2.3. Acondicionamento: Deverá ser envasado com materiais adequados para as


condições de armazenamento previstas e que confiram ao produto uma proteção
adequada.
5. ADITIVOS E COADIUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO
5.1.1. Não se admite o uso de aditivos em gordura anidra de leite (ou Butteroil) que
será utilizada em:
a) Produtos e derivados lácteos que se destinam ao consumo direto.
b) Reconstituição de leite.
5.1.2. Aceita.se o uso dos seguintes antioxidantes para a gordura anidra de leite (ou
Butteroil) não destinada á elaboração de produtos lácteos:
5.1.2.1. Butil Hidroxanisol (BHA) e/ou Butil Hidroxitolueno (BHT) e/ou Terbutíl
Hidroxiquínona (TBHQ) e/ou Propeliu, Octil e Dodecilgalatos. Isolados ou em misturas
em qualquer proporção, sempre que os galatos não excederem aos 100 mg/kg
isolados ou combinados o BHT os 75mg/kg e a TBHQ os 120 mg/kg.
Em todos os casos o total de aditivos não deve superar os 200 mg/kg (limite máximo
para o BHA).
5.1.2.2 Ésteres de ascorbilo: Palmitato ou estearato de ascorbilo, isolados ou
combinados, com uma concentração máxima de 500 mg/kg.
5.1.2.3 Citratos: Isopropilcitrato ou citrato de monoglicerilo, isolados ou combinados
com uma concentração máxima de 100 mg/kg.
5.2. Coadjuvantes de tecnologia /elaboração.
Aceita-se o uso dos seguintes reguladores de acidez:
Hidróxido de sódio
Carbonato de sódio Bicarbonato de sódio
6. CONTAMINANTES
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos presentes não devem superar os limites
estabelecidos pela legislação especifica.
7. HIGIENE
7.1 Consignações gerais: As práticas de higiene para a elaboração do produto estarão
de acordo com o estabelecimento no Código Internacional Recomendado de Práticas-
Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos (CAC/VOL 1985).

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
286 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS GORDUROSOS
RTIQ GORDURA LÁCTEA

7.2. Critérios macroscópicos e microscópicos: Ausência de qualquer tipo de impurezas


ou elementos estranhos.
7.3. Critérios microbiológicos e tolerância.

8. PESOS E MEDIDAS
Será aplicada a legislação especifica.
9. ROTULAGEM
9.1. Será aplicada a legislação específica.
9.2. Será designado como “Matéria Gorda Anidra de Leite”, “Butter Oil”,
“Gordura de Manteiga Desidratada”.
10. MÉTODOS DE ANÁLISES
Os métodos de análises recomendados são os indicados nos itens 4.2.2. e 7.3. do
presente Regulamento.
11. AMOSTRAGEM
Serão seguidos os procedimentos recomendados na norma FIL 50B: 1985.

RTIQ GORDURA LÁCTEA


(Internalizou a GMC 72/93).

1. ALCANCE
1.1. Objetivo: O presente regulamento fixa a identidade e os requisitos mínimos
de qualidade e pureza que deverá apresentar a matéria gorda da base Láctea dos
produtos lácteos destinado ao consumo humano.
2. REQUISITOS
A matéria gorda dos produtos lácteos e/ ou a matéria gorda da base láctea dos
produtos lácteos com adições deverá corresponder às seguintes exigências:

287
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Método: Determinação de gorduras vegetais na gordura de leite por cromatografia em


Camada delgada dos esteróis (FIL 38: 1996) confirmada em 1983 e / ou detecção de
gorduras vegetais em gordura de leite por cromatografia gasosa / líquida dos esteróis
(FIL 54: 1969).
Determinação de gordura de origem animal: Deverão ser obedecidas as seguintes
relações de ácidos, graxos determinadas por cromatografia gasosa dos ésteres
metílicos dos ácidos graxos (Boletim FIL 205/1991, página 39).
14:0/8:1 => 0,30 14:0/12:0 = (3,0-4.1)
12:0/0:0 = (0,95-1,3) 10:0/8:0 = (1,85-2.3)
Quando ficar demonstrado com segurança que estes valores não correspondem
parcial ou totalmente com os obtidos da gordura láctea de uma determinada região
leiteira, estes últimos poderão ser levados em conta como valores normais para a dita
região.

RTIQ DE MANTEIGA
(Internalizou a GMC 70/93).

1. ALCANCE
1.1. Objetivo: Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade que deverá
apresentar a manteiga.
2. DEFINIÇÃO
Com o nome da manteiga entende-se o produto gorduroso obtido exclusivamente
pela bateção e malaxagem, com ou sem modificação biológica de creme pasteurizado
derivado exclusivamente do leite de vaca, por promessa tecnologicamente adequados.
A matéria gorda da manteiga deverá estar composta exclusivamente de gordura
láctea.
2.2. Classificação
2.2.1. Manteiga Extra: É a manteiga que corresponde à classe de qualidade I da
classificação por avaliação sensorial, segundo Norma FIL 99A: 1987.
2.2.2. Manteiga de Primeira Qualidade: É a manteiga que corresponde à classe de
qualidade I da classificação por avaliação sensorial segundo a Norma FIL 99A: 1987.
2.3. Designação ( Denominação de venda ).
“ Manteiga” ou “Manteiga sem sal”, “Manteiga salgada” ou “ Manteiga com sal”,
segundo corresponda ao definido no item 4.1.2.
Poderá denominar-se “ manteiga maturada”, se corresponder, segundo o definido ,
no item 4.1.2.
Poderá denominar-se “manteiga extra” ou “manteiga de primeira qualidade” se
corresponder à classificação 2.2.
3. REFERÊNCIA
AOAC 15 th Ed. 965.33. Internacional Commisson on Microbiological Specification for Foods (I.C.M.S.F.)
CODEX ALIMENTARIUS CAC/VOL A. 1985
FIL 6B: 1989
FIL 50B: 1985

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
288 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS GORDUROSOS
RTIQ DE MANTEIGA

FIL 73A: 1985


FIL 80: 1977
FIL 93A: 1985
FIL 99A: 1987
FIL 145: 1990
APHA 1992. Compentium of Methods For the Microbiological Examination of Foods. Cap. 24.
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. Composição.
4.1.1. Ingredientes obrigatórios.
Creme pasteurizado obtido a partir do leite da vaca.
4.1.2. Ingredientes opcionais.
4.1.2.1. Cloreto de sódio até Maximo de 2g/100g de manteiga.(manteiga salgada)
4.1.2.2. Fermento lácticos selecionados (manteiga maturada).
4.2. Requisitos
4.2.1. Características sensoriais.
4.2.1.1. Aspectos.
Consistência sólida, pastosa à temperatura de 20ºC, de textura lisa uniforme, untosa,
com distribuição uniforme de água (umidade).
4.2.1.2. Cor Branco amarelada sem manchas ou pontos de outra coloração.
4.2.1.3. Sabor e odor. De sabor suave, característico, aroma delicado, sem odor e
sabor estranho.
4.2.2. Características físico-químicas.
4.2.2.1. Parâmetros mínimos de qualidade.

(*) No caso de manteiga salgada a percentagem de matéria gorda não poderá ser
inferior a 80%.

4.2.3. Acondicionamento.
A manteiga deverá ser envasada com materiais adequados para as condições.
Armazenamento e que confiram proteção apropriada contra a contra a
contaminação.
5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO.
5.1. Corantes.
5.1.1. Permite-se a adição dos seguintes corantes naturais ou sintéticos, idênticos aos
naturais, em quantidade suficiente para obter o efeito desejado: Baixa orelana, beta
caroteno e curcuma ou curcumina.

289
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

5.1.2. Descorantes: Permite-se o uso de clorofilina ou clorofilina cúprica em quantidade


suficiente para obter o efeito desejado.
5.2. Coadjuvantes: Permite-se a adição dos seguintes sais neutralizantes, em uma
quantidade máxima de 2.000 mg/kg isolados ou combinados, expressos como
substancias anidras.
Ortofosfato de sódio
Carbonato de sódio
Bicarbonato de sódio
Hidróxido de sódio
Hidróxido de cálcio
6. CONTAMINANTES.
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em quantidades
superiores aos limites estabelecimentos pela legislação específica.
7. HIGIENE.
7.1. Consideração gerais.
As práticas de higiene para a elaboração do produto estarão de acordo com o
estabelecido no Código Internacional Recomendado de Práticas, Princípios Gerais de
Higiene dos Alimentos (CAC/VOL A 1985).
7.2. Critérios macroscópicos e microscópicos.
Ausência de qualquer tipo ou elementos estranhos.
7.3. Critérios microbiológico e de tolerância.

(*) Compedium of Methods for the Microbiological Examination of Foods

8. PESOS E MEDIDAS.
Será aplicada a legislação específica.
9. ROTULAGEM
Será aplicada a legislação especifica.
Será denominado “manteiga” ou “manteiga salgada” ou “manteiga com sal” segundo
corresponda.
Poderá indicar-se como “manteiga sem sal”, no caso de não haver sido utilizado sal
como ingrediente opcional.
Poderá denominar-se “manteiga maturada”, quando corresponder. Poderá declarar-
se “Extra” ou de “Primeira Qualidade” se estiver de acordo com a classificação 2.2.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
290 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS GORDUROSOS
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 30, DE 26 DE JUNHO DE 2001

10. MÉTODOS DE ANÁLISES


Os métodos de análises correspondentes são os indicados nos itens 4.2.2 e 7.3.
11. AMOSTRAGEM.
Serão seguidos os procedimentos recomendados na norma FIL 50B: 1985.

REGULAMENTOS TÉCNICOS DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE MANTEIGA


DA TERRA OU MANTEIGA DE GARRAFA; QUEIJO DE COALHO E QUEIJO DE
MANTEIGA

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 30, DE 26 DE JUNHO DE 2001

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E


ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 83, inciso IV do Regimento Interno da Secretaria,
aprovado pela Portaria Ministerial nº 574, de 8 de dezembro de 1998, considerando que é necessário instituir
medidas que normatizem a industrialização de produtos de origem animal, garantindo condições de igualdade
entre os produtores e assegurando a transparência na produção, processamento e comercialização, e o que
consta do Processo nº 21000.008439/2000-69, resolve:
Art. 1º Aprovar os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade de Manteiga da Terra ou Manteiga
de Garrafa; Queijo de Coalho e Queijo de Manteiga, conforme consta dos Anexos desta Instrução Normativa.
Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA

RTIQ DE MANTEIGA DA TERRA OU MANTEIGA DE GARRAFA

1. Alcance
1.1. Objetivo: O presente regulamento fixa os requisitos mínimos de qualidade e
identidade que deverá obedecer a manteiga da terra ou manteiga de garrafa destinada
ao consumo humano.
1.2. Âmbito da aplicação: O presente Regulamento se refere à manteiga da terra ou
manteiga de garrafa destinada ao comércio nacional e internacional.
2. Descrição
2.1. Definição: Entende-se por manteiga da terra ou manteiga de garrafa o produto
gorduroso nos estados líquido e pastoso, obtido a partir do creme de leite, pela
eliminação quase total da água, mediante processo tecnologicamente adequado.
2.2. Designação (Denominação de venda):
Será designada como _manteiga da terra_ ou _manteiga de garrafa_ ou, ainda, _
manteiga do sertão_. Quando adicionada de cloreto de sódio, a designação deverá
ser seguida da expressão _com sal_ ou _salgada_.
3. Referência
- BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Portaria nº 146/96, de 07/03/96. Regulamento Técnico
de Identidade e Qualidade de Manteiga. Brasília: Ministério da Agricultura e do Abastecimento, 1996.
- BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Portaria nº 146, de 07/03/96. Regulamento Técnico

291
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

de Identidade e Qualidade de Gordura Anidra do Leite (ou butteroil). Brasília: Ministério da Agricultura e do
Abastecimento, 1996.
- BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Portaria nº 368, de 04/09/97. Regulamento
Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Elaboração para Estabelecimentos
Elaboradores/Industrializadores de Alimentos. Brasília: Ministério da Agricultura e do Abastecimento, 1997.
- BRASIL. Ministério da Agricultura. Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária. Laboratório Nacional de
Referência Animal. Métodos analíticos oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes:
II - Métodos físicos e químicos. Brasília: Ministério da Agricultura, 1981.
- BRASIL. Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária. Portaria no 101, de 17.08.93.
Métodos de Análise Microbiológica para Alimentos. 1991/1992 - 2a. revisão. Brasília: Ministério da Agricultura,
do Abastecimento e da Reforma Agrária, 1993.
- BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Plano Nacional de Controle de Resíduos em
Produtos de Origem Animal. Instrução Normativa nº 42, de 20/12/99. Brasília: Ministério da Agricultura e do
Abastecimento, 1999.
- BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Regulamento Técnico para Rotulagem de Alimentos.
Portaria nº 371, de 04/09/97. Brasília: Ministério da Agricultura e do Abastecimento, 1997.
- BRASIL. Ministério da Agricultura. RIISPOA - Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de
Origem Animal. Decreto nº 30.691, de 29/03/52. Brasília: Ministério da Agricultura, 1952.
- FIL 80 : 1977. Butter - Determination of Water, Solids-non-Fat and Fat Contents on the Same Test Portion.
- FIL 54 : 1970. Detection of Vegetable Fat in Milk Fat by Gas-Liquid Chromatography of Sterols.
- FIL 145 : 1990. Enumeration of Staphylococcus aureus. - FIL 50 C : 1995. Milk and Milk Products. Guidance
on Sampling.
- VANDERZANT, C.; SPITTSTOESSER, D.F.. Compendium of Methods for the Microbiological Examination of
Foods. APHA, 3rd ed., 1992, Cap. 24.
- MOREIRA, M.K.S. Caracterização Química e Físico-Química da Manteiga da terra no Estado do Ceará.
Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Ceará, 1996, 163 p.
- PEREIRA, D.A.; SZPIZ, R. R.; JABLONKA, F.H. Manteiga de garrafa: análise e composição. Comunicado
Técnico, EMBRAPA/CTAA no 9, p.1 - 4, 1986.
- EMBRAPA AGROINDÚSTRIA TROPICAL. Projeto de Apoio ao Desenvolvimento de Tecnologia Agropecuária
para o Brasil - PRODETAB. Avaliação e Adequação de Técnicas de Produção para a Melhoria da Qualidade
de Produtos Regionais Derivados do Leite Produzidos nos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte (em
execução) - Coordenadora do Projeto: Renata Tieko Nassu - Pesquisadora III.
4. Composição e Requisitos
4.1. Composição
4.1.1. Ingredientes obrigatórios
4.1.1.1. Creme obtido a partir de leite de vaca.
4.1.2. Ingredientes opcionais
Cloreto de sódio
4.2. Requisitos
4.2.1. Características Sensoriais
4.2.1.1. Aspecto: pastoso e/ou líquido, podendo ocorrer separação de fase entre
a gordura insaturada (líquida) e gordura saturada (cristalizada à temperatura
ambiente).
4.2.1.2. Cor: amarela na fase líquida, podendo apresentar coloração
amareloesbranquiçada na fase sólida.
4.2.1.3. Sabor e aroma: odor próprio, não rançoso, isento de sabores e/ou odores
estranhos ou desagradáveis.
4.2.2. Características físico-químicas
Limite Método Analítico
Matéria gorda (g/100g de amostra) mín. 98,5 FIL 80 : 1977

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
292 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS GORDUROSOS
RTIQ DE MANTEIGA DA TERRA OU MANTEIGA DE GARRAFA

Umidade (g/100g de amostra) máx. 0,3 FIL 80: 1977


Acidez (em soluto alcalino normal %) máx. 2,0 LANARA, 1981.
Sólidos não gordurosos (g/100g ) máx. 1,0 FIL 80:1977
Determinação de gordura de origem vegetal Negativa FIL 54:1970
4.2.3. Características Distintivas do Processo de Elaboração
A manteiga da terra ou manteiga de garrafa é obtida a partir do aquecimento do creme
de leite a temperaturas entre 110 e 120oC sob agitação até completa fusão e quase
total eliminação da água, considerando-se o ponto final de aquecimento a interrupção
da produção de bolhas, com precipitação da fase de sólidos não gordurosos sob
forma densa e opaca, que constitui a borra e adquire coloração parda (café). A fase
sobrenadante, oleosa e líquida, separada por decantação em temperatura ambiente,
é, em seguida, filtrada e envasada.
4.2.4. Acondicionamento
A manteiga da terra ou manteiga de garrafa deverá ser envasada em material
bromatologicamente adequado, que confira proteção ao produto.
4.2.5. Conservação e Comercialização:
Recomenda-se manter o produto em local seco, arejado e protegido da luz.
5.Aditivos e Coadjuvantes de Tecnologia/ Elaboração.
5.1. Aditivos
5.1.1. Corantes
Permita-se a adição de corantes naturais em quantidade suficiente para obter-se o
efeito desejado.
6. Contaminantes
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em quantidades
superiores aos limites estabelecidos pela legislação específica.
7. Higiene
7.1. Considerações Gerais
As práticas de higiene para elaboração do produto deverão estar de acordo com
Regulamento Técnico sobre condições higiênico-sanitárias e de boas práticas de
fabricação para estabelecimentos elaboradores/industrializadores de alimentos
(Portaria no 368/97 -MA).
7.2. Critérios macroscópicos e microscópicos.
Ausência de qualquer tipo de impurezas ou elementos estranhos.
7.3. Critérios microbiológicos e tolerâncias
Situação
Microrganismos Critério de Aceitação Método de Análise
ICMSF
Coliformes a
n = 5; c = 2; m = 10; M = 100 5 APHA 1992, Cap. 24
30º – 35 ºC
Coliformes a
n = 5; c = 2; m = 3; M = 10 5 APHA 1992, Cap. 24
45 ºC
Estafilococos
Coagulase n = 5; c = 1; m = 10; M = 100 8 FIL 145:1990
Positivos/ g

293
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

8. Pesos e Medidas
Será aplicada a legislação específica

9. Rotulagem
9.1. Será aplicada a legislação específica.
9.2. Será designada como _Manteiga da Terra_, ou _Manteiga de Garrafa_ ou
_Manteiga do Sertão_. Quando adicionada de cloreto de sódio, a designação deverá
ser seguida da expressão _com sal_ ou _salgada_.

10. Métodos Analíticos .


- FIL 80 : 1977. Butter - Determination of Water, Solids-non-Fat and Fat Contents on the Same Test Portion.
- BRASIL. Ministério da Agricultura. Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária. Laboratório Nacional de
Referência Animal. Métodos analíticos oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes:
II - Métodos físicos e químicos. Brasília: Ministério da Agricultura, 1981.
- BRASIL. Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária. Portaria no 101, de 17.08.93.
Métodos de Análise Microbiológica para Alimentos. 1991/1992 2a. revisão. Brasília: Ministério da Agricultura,
do Abastecimento e da Reforma Agrária, 1993.

11. Amostragem
São seguidos os procedimentos recomendados na norma FIL 50 C: 1995.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
294 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS GORDUROSOS
OFÍCIO CIRCULAR GAB/DIPOA Nº 38 DE 18 DE MARÇO DE 2009

ORIENTAÇÕES PARA COMERCIALIZAÇÃO DO CREME DE LEITE CRU EM


SACOS PLÁSTICOS
OFÍCIO CIRCULAR GAB/DIPOA Nº 38 DE 18 DE MARÇO DE 2009

295
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
296 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
Capítulo 8

PRODUTOS LÁCTEOS DIVERSOS

Patrocinadores

ABLV
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
298 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS DIVERSOS
INSTRUÇÃO NORMATIVA 16, DE 23 DE AGOSTO DE 2005

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE BEBIDA


LÁCTEA

INSTRUÇÃO NORMATIVA 16, DE 23 DE AGOSTO DE 2005

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no


uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição,
tendo em vista o contido na Lei no 1.283, de 18 de dezembro de 1950, que dispõe
sobre a inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal, e o que consta
do Processo no 21000.006844/99-84, resolve:
Art. 1º. Aprovar o REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE
BEBIDA LÁCTEA, em anexo.
Art. 2º. As empresas têm o prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data da publicação
desta Instrução Normativa, para providenciarem a adequação dos registros dos
produtos, promovendo as alterações necessárias nos memoriais descritivos.
Art. 3º. As empresas têm o prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da publicação
desta Instrução Normativa, para adequação de seus rótulos que identificam as
embalagens que acondicionam o produto Bebida Láctea.
Art. 4º. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5º. Fica revogada a Instrução Normativa nº 36, de 31 de outubro de 2000.

ROBERTO RODRIGUES

RTIQ DE BEBIDA LÁCTEA

1. ALCANCE
1.1. Objetivo: estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que
deverão atender as Bebidas Lácteas destinadas ao consumo humano.
1.2. Âmbito de aplicação: o presente Regulamento refere-se às Bebidas Lácteas a
serem destinadas ao comércio nacional e internacional.
2. DESCRIÇÃO
2.1. Definição
Para efeito de aplicação deste Regulamento, entende-se por:
2.1.1. Bebida Láctea: entende-se por Bebida Láctea o produto lácteo resultante da
mistura do leite (in natura, pasteurizado, esterilizado, UHT, reconstituído, concentrado,
em pó, integral, semidesnatado ou parcialmente desnatado e desnatado) e soro de
leite (líquido, concentrado e em pó) adicionado ou não de produto(s) ou substância(s)
alimentícia(s), gordura vegetal, leite(s) fermentado(s), fermentos lácteos selecionados
e outros produtos lácteos. A base Láctea representa pelo menos 51% (cinqüenta e um
por cento) massa/massa (m/m) do total de ingredientes do produto.
2.1.1.1. Bebida Láctea com adição: é o produto descrito no item 2.1.1 adicionado de

299
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

produto(s) ou substância(s) alimentícia(s), gordura vegetal, leite(s) fermentado(s) e


outros produtos lácteos. A base láctea representa pelo menos 51% (cinqüenta e um
por cento) massa/massa (m/m) do total de ingredientes do produto.
2.1.1.2. Bebida Láctea sem adição: é o produto descrito no item 2.1.1 sem a adição
de produto(s) ou substância(s) alimentícia(s), gordura vegetal, leite(s) fermentado(s)
e outros produtos lácteos. A base láctea representa 100% (cem por cento) massa/
massa (m/m) do total de ingredientes do produto.
2.1.1.3. Bebida Láctea Pasteurizada: é o produto descrito no item 2.1.1, submetido
à temperatura de Pasteurização Lenta de 62 a 65º C (sessenta e dois a sessenta e
cinco graus Celsius) por 30 (trinta) minutos e Pasteurização de curta duração de 72
a 75ºC (setenta e dois a setenta e cinco graus Celsius), durante 15 a 20 segundos
(quinze a vinte segundos), em aparelhagem própria, resfriada entre 2 e 5ºC (dois e
cinco graus Celsius) e, em seguida, envasada.
2.1.1.3.1. Bebida Láctea Pasteurizada com adição: é o produto descrito no item
2.1.1.3, adicionado de produto(s) alimentício(s) ou substância(s) alimentícia(s),
gordura vegetal, leite(s) fermentado(s) e outros produtos lácteos. A base láctea
representa pelo menos 51% (cinqüenta e um por cento) massa/massa (m/m) do total
de ingredientes do produto.
2.1.1.3.2. Bebida Láctea Pasteurizada sem adição: é o produto descrito no item
2.1.1.3, sem adição de produto(s) ou substância( s) alimentícia(s), gordura vegetal,
leite(s) fermentado(s) e outros produtos lácteos. A base láctea representa 100% (cem
por cento) massa/massa (m/m) do total de ingredientes do produto.
2.1.1.4. Bebida Láctea Esterilizada: é o produto descrito no item 2.1.1. embalado,
submetido a vácuo direto ou indireto e afinal convenientemente esterilizado pelo
calor úmido e imediatamente resfriado, respeitada a peculiaridade do produto. A
esterilização do produto embalado obedecerá a diferentes graduações de tempo e
temperatura, segundo a capacidade da embalagem do produto.
2.1.1.4.1. Bebida Láctea Esterilizada com adição: é o produto descrito no item 2.1.1.4
embalado, submetido a vácuo direto ou indireto e afinal convenientemente esterilizado
pelo calor úmido e imediatamente resfriado, respeitada a peculiaridade do produto. A
esterilização do produto embalado obedecerá a diferentes graduações de temperatura,
segundo a capacidade da embalagem do produto. Adicionado deproduto(s) ou
substância(s) alimentícia(s), gordura vegetal e outros produtos lácteos. A base láctea
representa pelo menos 51% (cinqüenta e um por cento) massa/massa (m/m) do total
de ingredientes do produto.
2.1.1.4.2. Bebida Láctea Esterilizada sem Adição: é o produto descrito no item
2.1.1.4 embalado, submetido a vácuo direto ou indireto e afinal convenientemente
esterilizado pelo calor úmido e imediatamente resfriado, respeitada a peculiaridade
do produto. A esterilização do produto embalado obedecerá a diferentes graduações
de temperatura, segundo a capacidade da embalagem do produto. Sem adição de
produto(s) ou substância(s) alimentícia(s), gordura vegetal e outros produtos lácteos.
A base láctea representa 100% (cem por cento) massa/massa (m/m) do total de
ingredientes do produto.
2.1.1.5. Bebida Láctea UAT ou UHT: é o produto descrito no item 2.1.1, submetido,
durante 2 a 4 segundos, a uma temperatura entre 130ºC a 150ºC, mediante um

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
300 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS DIVERSOS
RTIQ DE BEBIDA LÁCTEA

processo térmico de fluxo contínuo, imediatamente resfriado a uma temperatura


inferior a 32ºC e envasado sob condições assépticas em embalagens estéreis e
hermeticamente fechadas.
2.1.1.5.1. Bebida Láctea UAT ou UHT com adição: é o produto descrito no item
2.1.1.5, adicionado de produto(s) ou substância( s) alimentícia(s), gordura vegetal e
outros produtos lácteos. A base láctea representa pelo menos 51% (cinqüenta e um
por cento).
2.1.1.5.2. Bebida Láctea UAT ou UHT sem adição: é o produto descrito no item 2.1.1.5,
sem adição de produto(s) ou substância( s) alimentícia(s), gordura vegetal e outros
produtos lácteos. A base láctea representa 100% (cem por cento) massa/massa (m/m)
do total de ingredientes do produto.
2.1.1.6. Bebida Láctea Fermentada: é o produto descrito no item 2.1.1 fermentado
mediante a ação de cultivo de microrganismos específicos e/ou adicionado de
leite(s) fermentado(s) e que não poderá ser submetido a tratamento térmico após a
fermentação. A contagem total de bactérias lácticas viáveis deve ser no mínimo de
106 UFC/g, no produto final, para o(s) cultivo(s) láctico(s) específico(s) empregado(s),
durante todo o prazo de validade.
2.1.1.6.1. Bebida Láctea Fermentada com adição: é o produto descrito no item
2.1.1.6, adicionado de leite fermentado, produto ou substância(s) alimentícia(s) e que
não poderá ser submetido a tratamento térmico após a fermentação. A base láctea
representa pelo menos 51% (cinqüenta e um por cento) massa/massa (m/m) do total
de ingredientes do produto. A contagem total de bactérias lácticas viáveis deve ser
no mínimo de 106 UFC/g, no produto final, para o(s) cultivo(s) láctico(s) específico(s)
empregado(s), durante todo o prazo de validade.
2.1.1.6.1.1. No caso em que os ingredientes opcionais sejam exclusivamente
açúcares, acompanhados ou não de glicídios (exceto polissacarídeos e poliálcoois) e/
ou amidos ou amidos modificados e/ou maltodextrina e/ou se adicionam substâncias
aromatizantes/saborizantes, classificam-se como bebida(s) láctea(s) fermentada(s)
com açúcar, açucaradas ou adoçadas e/ou aromatizadas/saborizadas.
2.1.1.6.2. Bebida Láctea Fermentada sem adição: é o produto descrito no item 2.1.1.6,
sem adição de leite fermentado, produto ou substância alimentícias e que não poderá
ser submetido a tratamento térmico após a fermentação. A base láctea representa pelo
menos 51% (cinqüenta e um por cento) massa/massa (m/m) do total de ingredientes
do produto. A contagem total de bactérias lácticas viáveis deve ser no mínimo de
106 UFC/g, no produto final, para o(s) cultivo(s) láctico(s) específico(s) empregado(s),
durante todo o prazo de validade.
2.1.1.7. Bebida Láctea tratada termicamente após fermentação: é o produto descrito
no item 2.1.1 adicionado de cultivo de microrganismos ou de produtos lácteos
fermentados e posteriormente submetido a tratamento térmico adequado.
2.1.1.7.1. Quando em sua elaboração tenham sido adicionados ingredientes opcionais
não lácteos e cuja base láctea represente pelo menos 51% (cinqüenta e um por cento)
massa/massa (m/m), o produto classifica-se como Bebida láctea tratada termicamente
após fermentação com Adição.
2.1.1.7.2. No caso em que os ingredientes opcionais sejam exclusivamente açúcares,
acompanhados ou não de glicídios (exceto polissacarídeos e poliálcoois) e/ou

301
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

amidos ou amidos modificados e/ou maltodextrina e/ou se adicionam substâncias


aromatizantes/saborizantes, classificam-se como bebida(s) láctea(s) tratada(s)
termicamente após fermentação(s) com açúcar, açucarada(s) ou adoçada(s) e/ou
aromatizada(s)/saborizada(s).
2.1.1.8. Leite Fermentado: entende-se por leite fermentado os produtos adicionados
ou não de outras substâncias alimentícias, obtidos por coagulação e diminuição do
pH do leite, ou leite reconstituído, adicionado ou não de outros produtos lácteos, por
fermentação láctica mediante ação de cultivos de microrganismos específicos. Estes
microrganismos específicos devem ser viáveis, ativos e abundantes no produto final
durante seu prazo de validade. São considerados Leites Fermentados: Iogurte, Yogur
ou Yoghurt, Leites Fermentados ou Cultivados, Kefir, Kumys e Coalhada ou Cuajada.
2.1.1.9. Soro de Leite: entende-se por soro de leite o líquido residual obtido a partir da
coagulação do leite destinado à fabricação de queijos ou de caseína.
2.1.1.10. Produtos Lácteos: entende-se por produto lácteo o produto obtido mediante
qualquer elaboração do leite que pode conter aditivos alimentícios e outros ingredientes
funcionalmente necessários para sua elaboração.
2.1.1.11. Leite: entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da
ordenha completa, ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem
alimentadas e descansadas. O leite de outros animais deve denominar-se segundo a
espécie de que proceda.
2.1.1.12. Leite em Pó: entende-se por leite em pó o produto obtido por desidratação do
leite de vaca integral, desnatado ou parcialmente desnatado e apto para alimentação
humana, mediante processos tecnologicamente adequados.
2.1.1.13. Leite Reconstituído: entende-se por leite reconstituído o produto resultante
da dissolução em água do leite em pó, adicionado ou não, de gordura láctea, até
atingir o teor gorduroso fixado para o respectivo tipo, seguido de homogeneização e
pasteurização.
2.1.1.14. Leite UAT OU UHT: entende-se por leite UHT (Ultra Alta Temperatura,
UAT) o leite (integral, parcialmente desnatado ou semidesnatado e desnatado)
homogeneizado que foi submetido, durante 2 a 4 segundos, a uma temperatura entre
130ºC e 150ºC, mediante um processo térmico de fluxo contínuo, imediatamente
resfriado a uma temperatura inferior a 32ºC e envasado sob condições assépticas em
embalagens estéreis e hermeticamente fechadas.
2.1.1.15. Leite Esterilizado: é o produto embalado, submetido a vácuo direto ou
indireto e afinal convenientemente esterilizado pelo calor úmido e imediatamente
resfriado, respeitada a peculiaridade do produto. A esterilização do produto embalado
obedecerá a diferentes graduações de tempo e temperatura, segundo a capacidade
da embalagem do produto.
2.1.1.16. Produto ou Substância Alimentícia: é todo alimento derivado de matéria-
prima alimentar ou de alimento in natura, ou não, de outras substâncias permitidas,
obtido por processo tecnológico adequado. Exemplo: ingredientes opcionais lácteos
e não lácteos.
2.1.1.17. Produto de Origem Animal Comestível: toda substância de origem animal
ou mistura de substâncias, no estado sólido, líquido, pastoso ou qualquer outra forma
adequada, destinadas a fornecer ao organismo humano os elementos à sua formação,

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
302 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS DIVERSOS
RTIQ DE BEBIDA LÁCTEA

manutenção e desenvolvimento.
2.2. Classificação
2.2.1. De acordo com o tratamento térmico, a bebida láctea classifica-se em:
2.2.1.1 Bebida Láctea Pasteurizada;
2.2.1.2. Bebida Láctea Esterilizada;
2.2.1.3. Bebida Láctea UAT ou UHT;
2.2.1.4. Bebida láctea tratada termicamente após fermentação: vide item 2.1.1.7.
2.2.2. De acordo com a adição ou não de outros produto(s) alimentício(s) ou
substâncias alimentícias, classifica-se em:
2.2.2.1. Bebida Láctea sem adição: vide item 2.1.1.2;
2.2.2.2. Bebida Láctea com adições: vide item 2.1.1.1.
2.2.3. De acordo com a fermentação lática, a bebida láctea classifica-se em:
2.2.3.1. Bebida láctea fermentada: vide item 2.1.1.6.
2.2.3.1.1. Bebida Láctea fermentada com adição: vide item 2.1.1.6.1;
2.2.3.1.2. Bebida Láctea fermentada sem adição: vide item 2.1.1.6.2.
2.3. Designação (Denominação de venda)
Nas bebidas lácteas fermentadas, os microrganismos dos cultivos utilizados devem
ser viáveis e ativos e estar em concentração igual ou superior àquela definida no item
4.2.3. no produto final e durante seu prazo de validade.
2.3.1. O produto classificado em 2.1.1.1. designar-se-á “Bebida Láctea (incluir o
tratamento térmico efetuado) com “ ou “Bebida Láctea (incluir o tratamento
térmico efetuado) Sabor “, preenchendo os espaços em branco com o nome do(s)
produto(s) alimentício(s) ou da(s) substância(s) alimentícia(s) ou aromatizante(s) /
saborizante(s) que confere(m) características distintivas ao produto.
2.3.2. O produto classificado em 2.1.1.2. designar-se-á “Bebida Láctea (incluir o
tratamento térmico efetuado)”.
2.3.3. O produto classificado em 2.1.1.3, 2.1.1.3.1, 2.1.1.3.2, 2.1.1.4, 2.1.1.4.1, 2.1.1.4.2,
2.1.1.5, 2.1.1.5.1, 2.1.1.5.2 designar-se-á “Bebida Láctea (incluir o tratamento térmico
efetuado)”, “Bebida Láctea (incluir tratamento térmicoefetuado) com ”
ou “Bebida Láctea (inclui o tratamento térmico efetuado)” ou “Bebida Láctea
(incluir tratamento térmico) sabor ” preenchendo-se o espaço em branco com
o nome do(s) produto(s) alimentício(s) ou da(s) substância(s) alimentícia(s) e/ou
aromatizante(s)/saborizante(s) que confere(m) características distintivas ao produto.
2.3.4. O produto classificado em 2.1.1.6, 2.1.1.6.1 e 2.1.1.6.2 designar-se-á “Bebida
Láctea Fermentada” ou “Bebida Láctea Fermentada com...”, ou “Bebida Láctea
Fermentada Sabor .......... ” preenchendo os espaços em branco com o nome do(s)
produto(s) alimentício( s) ou da(s) substância(s) alimentícia(s) e/ou aromatizante( s)/
saborizante(s) que confere(m) características distintivas ao produto.
2.3.4.1. Na nomenclatura mencionada no item 2.3.4, poderá ser incluído,
subseqüentemente, o nome do(s) produto(s) alimentício( s) ou da(s) substância(s)
alimentícia(s) ou aromatizante(s) / saborizante( s) que confere(m) características
distintivas ao produto, quando for o caso (exemplo: “com cereais”, “com polpa de

303
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

fruta”, “sabor morango”).


2.3.4.2. Poderá ser mencionada a presença de cultivos lácticos sempre que se cumpra
com o estabelecido em 2.1.1.6 e 4.2.3.
2.3.5. O produto classificado em 2.1.1.6 designar-se-á “Bebida Láctea Fermentada”.
2.3.6. O produto classificado em 2.1.1.7 designar-se-á “Bebida Láctea Tratada
Termicamente Após Fermentação”.
2.3.6.1. Na nomenclatura mencionada no item 2.1.1.7, poderá ser incluído,
subseqüentemente, o nome da(s) substância(s) alimentícia(s) ou aromatizante(s) /
saborizante(s) que confere(m) características distintivas ao produto, quando for o
caso (exemplo, “com cereais”, “com polpa de fruta”, “sabor morango”).
3. REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Institui o Código de Defesa do Consumidor.
BRASIL. Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e seus Decretos. Institui o Regulamento de Inspeção
Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal - RIISPOA.
BRASIL. Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989. Dispõe sobre Inspeção Sanitária e Industrial dos Produtos
de Origem Animal, e dá outras providências.
BRASIL. Programa de Nacional de Controle de Resíduo Biológicos. Instrução Normativa nº 3, de 22 de janeiro
de 1999, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Diário Oficial da União. Brasília, 17 de fevereiro
de 1999. Seção 1, página 15.
BRASIL. Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênicas-Sanitárias e de Boas Práticas de Elaboração
para Estabelecimentos Elaboradores/ Industrializadores de Alimentos - Portaria nº 368, de 4 de setembro
de 1997 - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Brasil. Diário Oficial da União. Brasília, 8 de
setembro de 1997. Seção 1, página 19697.
‘BRASIL. Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Leite em Pó - Portaria nº 146, de 7
de março de 1996 - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Brasil. Diário Oficial da União Brasília,
11 de março de 1996. Seção 1, página 3977.
BRASIL. Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Leite UAT (UHT) - Portaria nº 146,
de 7 de março de 1996 - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Brasil. Diário Oficial da União
Brasília, 11 de março de 1996. Seção 1, página 3977.
BRASIL. Aprova a Inclusão de Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração no Regulamento Técnico para
Fixação de Identidade e Qualidade de Leite em Pó - Portaria nº 369, de 4 de setembro de 1997 - Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Brasil. Diário Oficial da União Diário Oficial da União. Brasília, 8 de
setembro de 1997. Seção 1, página 19699.
BRASIL. Aprova a inclusão do Citrato de Sódio no Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e
Qualidade de Leite UHT UAT - Portaria nº 370, de 4 de setembro de 1997 – Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento - Diário Oficial da União. Brasília, 8 de setembro de 1997. Seção 1, página 19700.
BRASIL. Oficializa os Métodos Analíticos Oficiais Físico-Químicos, para Controle de Leite e Produtos Lácteos,
em Conformidade com o Anexo desta Instrução Normativa, determinando que sejam utilizados no Sistema de
Laboratório Animal do Departamento de Defesa Animal - Instrução Normativa nº 22, de 14 de abril de 2003.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Diário Oficial da União. Brasília, 5 de maio de 2003.
Seção 1, página 3.
BRASIL. Oficializa os Métodos Analíticos Oficiais para Análises Microbiológicas para Controle de Produtos
de Origem Animal e Água - Instrução Normativa nº 62, de 26 de agosto de 2003.- . Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento - Diário Oficial da União. Brasília, 19 de setembro de 2003. Seção 1, página 14.
BRASIL. Regulamento Técnico: “Princípios Gerais para o Estabelecimento de Níveis Máximos de Contaminantes
Químicos em Alimentos” e seu Anexo: “Limites máximos de tolerância para contaminantes inorgânicos” -
Portaria nº 685, de 27 de agosto de1998 - Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária, Brasil. Diário
Oficial da União. Brasília, 28 de agosto de 1998. Seção 1, página 28.
BRASIL. Decreto-Lei nº 986, de 21 de outubro de 1969. Institui normas básicas sobre alimentos. Diário Oficial
da União. Brasília, 21 de outubro de 1968. Seção 1, pt.1.alterado.
BRASIL. Modifica o Decreto nº 50.040, de 24 de janeiro de 1961, referente a normas reguladoras do emprego

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
304 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS DIVERSOS
RTIQ DE BEBIDA LÁCTEA

de aditivos para alimentos, alterado pelo Decreto nº 691, de 13 de março de 1962 - Decreto nº 55.871, de 26
de março de 1965. Presidência da República. Brasil. Diário Oficial da União. Brasília, 9 de abril de 1965.
BRASIL. Aprova o Regulamento Técnico para Promoção Comercial de Alimentos para Lactentes e Crianças
da Primeira Infância - Resolução ANVISA - RDC nº 222, de 5 de agosto de 2002. Ministério da Saúde. Agência
Nacional de Vigilância Sanitária, Brasil. Diário Oficial da União. Brasília, 6 de agosto de 2002. Seção 1, página
558.
BRASIL. Aprova o Regulamento Técnico: Aditivos Alimentares Definição Classificação e emprego - Portaria
nº 540 - SVS/MS, de 27 de outubro de 1997. Ministério da Saúde, Brasil. Diário Oficial da União. Brasília, 28
de outubro de 1997.
BRASIL. MADRID. A Manual de industria dos alimentos. Tradução de José A. Cschin. - São Paulo: Livraria
Varela, 1995.
BRASIL. SÁ, F. Vieira de. O Leite e seus Produtos. Clássica editora. 4ª edição,1975.
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. Composição:
4.1.1. Ingredientes obrigatórios:
4.1.1.1. leite (in natura, pasteurizado, esterilizado, UHT, reconstituído, concentrado, em
pó, concentrado, integral, semidesnatado ou parcialmente desnatado e desnatado);
4.1.1.2. Soro de leite (líquido, concentrados e em pó);
4.1.1.3. Para Bebida Láctea Fermentadas (isoladamente ou em combinação)
Cultivos de bactérias lácticas, cultivos de bactérias lácticas específicas e/ou leite(s)
fermentado(s).
4.1.2. Ingredientes Opcionais:
4.1.2.1. Ingredientes opcionais lácteos: creme; sólidos de origem láctea; manteiga,
gordura anidra do leite ou butter oil, caseinatos alimentícios, proteínas lácteas, leiteilho
e outros produtos de origem lácteas;
4.1.2.2. Ingredientes opcionais não lácteos (isoladamente ou em combinação):
açúcares e/ou glicídios, maltodextrina, edulcorantes nutritivos e não nutritivos, frutas
em pedaços/polpa/suco e outros preparados à base de frutas, mel, cereais, vegetais,
gorduras vegetais, chocolate, frutas secas, café, especiarias e outros alimentos
aromatizantes naturais e inócuos e/ou sabores, amidos ou amidos modificados,
gelatina ou outros ingredientes (produto(s) ou substância(s) alimentícia(s)).
4.2. Requisitos:
4.2.1. Características Sensoriais:
4.2.1.1. Consistência: líquida com diferentes graus de viscosidade, segundo sua
composição.
4.2.1.2. Cor: branca ou de acordo com o(s) ingrediente(s) alimentício(s) e/ou corante(s)
adicionado(s).
4.2.1.3. Odor e sabor: característico ou de acordo com o(s) ingrediente(s) alimentício(s)
e/ou substância(s) aromatizante(s) / saborizante(s) adicionados.
4.2.2. Requisitos físico-químicos:

305
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4.2.2.1. As Bebidas Lácteas definidas em 2.1.1 deverão cumprir com o requisito físico-
químico indicado na Tabela 1.
Produto Análise Mínimo Métodos de Análise

Bebida láctea sem adição ou Bebida Láctea sem Teor de proteínas de


1,7 IN nº 22, de 14 de abril de 2003.
produto(s) ou substância(s) alimentícia(s) origem láctea (g/100g)

Bebida láctea com adição ou Bebida Láctea com Teor de proteínas de


1 IN nº 22, de 14 de abril de 2003.
produto(s) ou substância(s) alimentícia(s) origem láctea (g/100g)

Bebida láctea com Leite(s) Fermentado(s)(ver Teor de proteínas de


1,4 IN nº 22, de 14 de abril de 2003.
nota 1) origem láctea (g/100g)

Bebida láctea fermentada sem adições ou


Teor de proteínas de
Bebida Láctea fermentada sem produto(s) ou 1,7 IN nº 22, de 14 de abril de 2003.
origem láctea (g/100g)
substância( s) alimentícia(s)

Bebida láctea fermentada com adições ou


Teor de proteínas de
Bebida Láctea fermentada com produto(s) ou 1 IN nº 22, de 14 de abril de 2003.
origem láctea (g/100g)
substância(s) alimentícia(s)

Bebida láctea fermentada com Leite(s) Teor de proteínas de


1,4 IN nº 22, de 14 de abril de 2003.
Fermentado(s) origem láctea (g/100g)

Bebida láctea tratada termicamente após Teor de proteínas de


1,2 IN nº 22, de 14 de abril de 2003.
fermentação origem Láctea (g/100g)

Nota 1: A Bebida Láctea sem adição deve ter no mínimo 2g/100g de matéria gorda láctea.
Nota 2: Bebida Láctea com Adições, que apresente características organolépticas iguais ou semelhantes à
Bebida Láctea sem Adição, deve ter no mínimo 1,7g/100g de proteína de origem láctea e 2g/100g matéria
gorda de origem Láctea.

4.2.3. Contagem de microrganismos específicos: nas bebidas lácteas fermentadas, a


contagem total de bactérias lácticas viáveis deve ser no mínimo de 106 UFC/g (um
milhão de Unidades Formadoras de Colônias por grama) no produto final, durante
todo o prazo de validade. No caso em que mencione um ou mais cultivo(s) láctico(s)
específico(s), este(s) também deve(m) atender a este(s) requisito(s).
4.3. Acondicionamento: a bebida láctea deve ser envasada em materiais adequados
para as condições de armazenamento e que confiram uma proteção apropriada contra
a contaminação.
4.4. Condições de conservação e comercialização: as bebidas lácteas pasteurizadas
e as bebidas lácteas fermentadas deverão ser conservadas e comercializadas em
temperatura não superior a 10ºC (dez graus Celsius).
5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO
5.1. Aditivos:
5.1.1. Autoriza-se na elaboração da bebida láctea o uso dos aditivos relacionados na
Tabela 2, nas concentrações máximas indicadas no produto final.

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Tabela 2

1. Bebida Láctea UHT (UAT) e Bebidas Lácteas Esterilizadas sem adição (ver nota).
2. Bebida Láctea com adição ou Bebida láctea com produto ou substancia(s) alimentícia(s).
3. Bebida láctea com leite(s) fermentado(s).
4. Bebidas Lácteas fermentadas com adição ou Bebidas lácteas fermentadas com produto(s) ou substância(s)
alimentícia(s).
5. Bebidas lácteas fermentadas com leite(s) fermentado(s).

6. Bebidas lácteas tratadas termicamente após a fermentação.


NÚMERO CONCENTRAÇÃO MÁXIMA
PRODUTO
INS NO PRODUTO FINAL
- ACIDULANTE

Todos os aprovados como BPF quantum satis

334 Ácido tartárico 0,5

- AROMATIZANTE quantum satis

- REGULADOR DE ACIDEZ -

Todos os aprovados como BPF quantum satis

- CORANTE -

1000 i Curcumina, cúrcuma 0,008

101 i Riboflavina 0,003

101 ii Riboflavina 5 fosfato de sódio 0,003

110 Amarelo crepúsculo 0,005

120 Carmin, cochonilha, ácido carmínico 0,01 (como ác. carmínico)

122 Azorrubina 0,005

124 Ponceau 4R 0,005

129 Vermelho 40 0,005

131 Azul Patente V 0,005

132 Indigotina 0,005

133 Azul Brilhante FCF 0,005

140 i Clorofila quantum satis

141 i Clorofila cúprica 0,005

141 ii Clorofilina cúprica 0,005

143 Verde rápido FCF 0,005

150 a Caramelo I simples quantum satis

150 b Caramelo II processo sulfito caústico quantum satis

150 c Caramelo III processo amônia 0,05

150 d Caramelo IV processo sulfitoamônia 0,05

160 a i Caroteno: beta-caroteno sintético 0,005

160 a ii Carotenos naturais (alfa, beta e gama) 0,005

160 b Urucum, bixina, norbixina 0,001 (como bixina)

162 Vermelho de beterraba, betanina quantum satis

307
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

- ESPESSANTE -

Todos os aprovados como BPF quantum satis

ESTABILIZANTE -

Todos os aprovados como BPF quantum satis


Fosfato monossódico, fosfato de sódio monobásico, monossódio
339 i 0,10 (como P2O5)
dihidrogênio monofosfato
Fosfato dissódico, fosfato de sódio dibásico, dissódio hidrogênio
339 ii 0,10 (como P2O5)
monofosfato.

339 iii Fosfato trissódico, fosfato de sódio tribásico, trissódio monofosfato 0,10 (como P2O5)

340 i Fosfato monopotássico, monofosfato monopotássico 0,10 (como P2O5)

340 ii Fosfato hidrogênio dipotássico, monofosfato dipotássico 0,10 (como P2O5)

481 i Estearoil lactilato de sódio 0,1

482 i Estearoil lactilato de cálcio 0,1

491 Monoestearato de sorbitana 0,15

492 Triestearato de sorbitana 0,15

495 Monopalmitato de sorbitana 0,15

EMULSIFICANT -

Todos os aprovados como BPF quantum satis

481 i Estearoil lactilato de sódio 0,1

482 i Estearoil lactilato de cálcio 0,1

491 Monoestearato de sorbitana 0,15

492 Triestearato de sorbitana 0,15

495 Monopalmitato de sorbitana 0,15

1,2. Bebidas Lácteas com Adições

Admitem-se as mesmas funções, aditivos e limites máximos estabelecidos para a categoria 2, 4 e 6. Admite-se
também o uso de conservador, conforme indicado a seguir:

CONSERVADOR -

200 Ácido sórbico 0,03

201 Sorbato de sódio 0,03 (como ác. sórbico)

202 Sorbato de potássio 0,03 (como ác. sórbico)

203 Sorbato de cálcio 0,03 (como ác. sórbico)

Nota: Para Bebidas Lácteas UHT (UAT) e Bebidas Lácteas Esterilizadas sem adição,
só serão permitidos espessantes e estabilizantes constantes na Tabela 2.
5.1.1.1 Nas bebidas lácteas UAT ou UHT e Esterilizada, é permitido o uso dos
estabilizantes indicado na Tabela 2.
5.1.2. Em todos os casos, admitir-se-á a presença dos aditivos transferidos por meio
dos ingredientes opcionais em conformidade com o princípio de transferências de
aditivos alimentares / Portaria nº 540 - SVS/MS, de 27 de outubro de 1997 (DOU de
28/10/97). A sua concentração no produto final não deverá superar a proporção que
corresponda à concentração máxima admitida no ingrediente opcional e, quando se
tratar de aditivos indicados na Tabela 2 do presente Regulamento, não deverá superar

G-100
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PRODUTOS LÁCTEOS DIVERSOS
RTIQ DE BEBIDA LÁCTEA

os limites máximos autorizados no mesmo.


5.2. Coadjuvante opcional de tecnologia/elaboração: Enzima Betagalactosidase
(lactase) b.p.f.
Enzima Transglutaminase* quantum satis
*Nota: De acordo com a Resolução ANVISA RDC nº 348, de 2003, desde que a fonte
seja a mesma prevista na referida Resolução.
6. CONTAMINANTES
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em quantidades
superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento específico.
7. HIGIENE
7.1. Considerações gerais
As práticas de higiene para elaboração do produto deverão estar de acordo com a
Portaria nº 368, de 4 de setembro de 1997, que aprovou o Regulamento Técnico
sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para
Estabelecimentos Elaboradores / Industrializadores de Alimentos.
7.2. A matéria-prima de origem láctea (líquidos e/ou concentrados e/ou pó) a ser
utilizada na elaboração das bebidas lácteas, inclusive a que for destinada à produção
dos leites fermentados usados como ingredientes, deverá ser higienizada por meios
mecânicos adequados e previamente submetida a tratamento térmico que assegure
fosfatase alcalina residual negativa, combinado ou não a outros processos físicos e
biológicos que possam vir a ser aceitos/oficializados e que contribuam para garantir a
inocuidade do produto.
7.3. Critérios macroscópicos e microscópicos: o produto não deverá conter substâncias
estranhas de qualquer natureza.
7.4. Critérios microbiológicos:
7.4.1. Bebida Láctea UAT ou UHT
Situação
Microrganismos Critério de Aceitação Método de Análise
Instrução Normativa nº 62,
Aeróbios Mesófilos/
n=5; c=0; m=100 10 de 26 de agosto de 2003.
mL(ou /g)

Os parâmetros contidos na tabela acima deverão ser obtidos no produto imediatamente


após sua fabricação, a partir de amostras colhidas no estabelecimento produtor.
7.4.2. Bebida láctea pasteurizada

Microrganismos Critério de Aceitação Situação Método de Análise

n=5 c=2 Instrução Normativa nº 62,


Aeróbios Mesófilos/
m= 7,5 X10⁴; M= 1,5 4 de 26 de agosto de 2003.
mL(ou /g)
X105
Instrução Normativa nº 62,
Coliformes/mL (ou/g) n=5 c=2; m=5 M=10
4 de 26 de agosto de 2003.
(30/35ºC)

Instrução Normativa nº 62,


Coliformes/mL (ou/g)
n=5 c=2; m=2 M=5 4 de 26 de agosto de 2003.
(45ºC)

309
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Os parâmetros contidos na tabela acima deverão ser obtidos no produto imediatamente


após sua fabricação, a partir de amostras colhidas no estabelecimento produtor.

7.4.3. Bebida Láctea Fermentada


Critério de
Microrganismos Situação Método de Análise
Aceitação
Coliformes/mL n=5 c=2 Instrução Normativa nº 62,
4
(ou/g) (30/35ºC) m=10 M=100 de 26 de agosto de 2003.

Coliformes/mL n= 5; c=2 Instrução Normativa nº 62,


4
(ou/g) (45ºC) m=3; M=10 de 26 de agosto de 2003.
Os parâmetros contidos na tabela acima deverão ser obtidos no produto imediatamente
após sua fabricação, a partir de amostras colhidas no estabelecimento produtor.

7.4.4. Bebida Láctea Esterilizada


Microrganismos Critério de Aceitação Situação Método de Análise
Aeróbios Mesófilos/ Instrução Normativa nº 62,
n=5; c=0; m=100 10
mL(ou /g) de 26 de agosto de 2003.

Os parâmetros contidos na tabela acima deverão ser obtidos no produto imediatamente


após sua fabricação, a partir de amostras colhidas no estabelecimento produtor.

8. PESOS E MEDIDAS
Aplica-se a legislação específica.
9. ROTULAGEM
9.1. Definição
9.1.1. Rotulagem: é toda inscrição, legenda, imagem ou toda matéria descritiva ou
gráfica, escrita, impressa, estampada, gravada, gravada em relevo ou litografada ou
colada sobre a embalagem do alimento.
9.1.2. Embalagem: é o recipiente, o pacote ou a embalagem destinada a garantir a
conservação e facilitar o transporte e manuseio dos alimentos.
9.1.2.1. Embalagem primária ou envoltório primário: é a embalagem que está em
contato direto com os alimentos.
9.1.2.2. Embalagem secundária ou pacote: é a embalagem destinada a conter a(s)
embalagem(ns) primária(s).
9.1.2.3. Embalagem terciária ou embalagem: é a embalagem destinada a conter uma
ou várias embalagens secundárias.
9.1.3. Alimento embalado: é todo alimento que está contido em uma embalagem
pronta para ser oferecida ao consumidor.
9.1.4. Consumidor: é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza alimentos.
9.1.5. Ingrediente: é toda substância, incluídos os aditivos alimentares, que se
emprega na fabricação ou preparo de alimentos, e que está presente no produto final
em sua forma original ou modificada.

G-100
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310 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS DIVERSOS
RTIQ DE BEBIDA LÁCTEA

9.1.6. Matéria-prima: é toda substância que para ser utilizada como alimento, necessita
sofrer tratamento e ou transformação de natureza física, química ou biológica.
9.1.7. Aditivo alimentar: é qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos
alimentos, sem propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características
físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento,
preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte
ou manipulação de um alimento. Isto implicará direta ou indiretamente fazer com que
o próprio aditivo ou seus produtos se tornem componentes do alimento. Esta definição
não inclui os contaminantes ou substâncias nutritivas que sejam incorporadas ao
alimento para manter ou melhorar suas propriedades nutricionais.
9.1.8. Alimento: é toda substância que se ingere no estado natural, semielaborada
ou elaborada, destinada ao consumo humano, incluídas as bebidas e qualquer
outra substância utilizada em sua elaboração, preparo ou tratamento, excluídos os
cosméticos, o tabaco e as substâncias utilizadas unicamente como medicamentos.
9.1.9. Denominação de venda do alimento: é o nome específico e não genérico
que indica a verdadeira natureza e as características do alimento. Será fixado no
Regulamento Técnico Específico que estabelecer os padrões de identidade e
qualidade inerentes ao produto.
9.1.10. Fracionamento de alimento: é a operação pela qual o alimento é dividido e
acondicionado, para atender a sua distribuição, comercialização e disponibilização ao
consumidor.
9.1.11. Lote: é o conjunto de produtos de um mesmo tipo, processados pelo mesmo
fabricante ou fracionador, em um espaço de tempo determinado, sob condições
essencialmente iguais.
9.1.12. País de origem: é aquele onde o alimento foi produzido ou, tendo sido elaborado
em mais de um país, onde recebeu o último processo substancial de transformação.
9.1.13. Painel principal: é a parte da rotulagem onde se apresenta, de forma mais
relevante, a denominação de venda e marca ou o logotipo, caso existam.
9.2. Princípios gerais
9.2.1. Os alimentos embalados não deverão ser descritos ou apresentar rótulo que:
a) utilize vocábulos, sinais, denominações, símbolos, emblemas, ilustrações ou
outras representações gráficas que possam tornar as informações falsas, incorretas,
insuficientes, ou que possa induzir o consumidor a equívoco, erro, confusão ou
engano, em relação à verdadeira natureza, composição, procedência, tipo, qualidade,
quantidade, validade, rendimento ou forma de uso do alimento;
b) atribua efeitos ou propriedades que não possuam ou não possam ser
demonstradas;
c) destaque a presença ou ausência de componentes que sejam intrínsecos ou
próprios de alimentos de igual natureza, exceto nos casos previstos em regulamentos
técnicos específicos;
d) ressalte, em certos tipos de alimentos processados, a presença de componentes
que sejam adicionadas como ingredientes em todos os alimentos com tecnologia de
fabricação semelhante;

311
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

e) ressalte qualidades que possam induzir a engano com relação a reais ou supostas
propriedades terapêuticas que alguns componentes ou ingredientes tenham ou possam
ter quando consumidos em quantidades diferentes daquelas que se encontram no
alimento ou quando consumidos sob forma farmacêutica;
f) indique que o alimento possui propriedades medicinais ou terapêuticas;
g) aconselhe seu consumo como estimulante, para melhorar a saúde, para prevenir
doenças ou com ação curativa.
9.2.2. As denominações geográficas de um país, de uma região ou de uma população,
reconhecidas como lugares onde são fabricados alimentos com determinadas
características, não poderão ser usadas na rotulagem ou na propaganda de alimentos
fabricados em outros lugares, quando possam induzir o consumidor a erro, equívoco
ou engano.
9.2.3. A rotulagem dos alimentos será feita exclusivamente nos estabelecimentos
processadores, habilitados pela autoridade competente do país de origem, para
elaboração ou fracionamento. Quando a rotulagem não estiver redigida no idioma
do país de destino, deve ser colocada uma etiqueta complementar, contendo a
informação obrigatória no idioma correspondente com caracteres de tamanho, realce
e visibilidade adequados. Esta etiqueta poderá ser colocada tanto na origem como no
destino. No último caso, a aplicação deve ser efetuada antes da comercialização.
9.3. Idioma
A informação obrigatória deverá estar escrita no idioma oficial do país de consumo, com
caracteres de tamanho, realce e visibilidade adequados, sem prejuízo da existência
de textos em outros idiomas.
9.4. Informação obrigatória
Caso o presente Regulamento Técnico ou um regulamento técnico específico não
determine algo em contrário, a rotulagem de alimentos embalados deve apresentar,
obrigatoriamente, as seguintes informações:
- Denominação de venda do alimento ou nome do produto
- deve ser indicado no painel principal do rótulo em caracteres destacados,
uniformes em corpo e cor, sem intercalação de desenhos e outros dizeres; - Lista de
ingredientes;
- Conteúdos líquidos;
- Identificação da origem;
- Nome ou razão social e endereço do estabelecimento;
- Nome ou razão social e endereço do estabelecimento do importador, no caso de
alimentos importados;
- Carimbo oficial da Inspeção Federal;
- Categoria do estabelecimento, de acordo com a classificação oficial;
- Marca Comercial do produto;
- Identificação do lote;
- Data de fabricação;
- Prazo de validade;

G-100
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312 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS DIVERSOS
RTIQ DE BEBIDA LÁCTEA

- Composição do produto;
- Instruções sobre o preparo e uso do alimento, quando necessário.
9.5. Apresentação da informação obrigatória
9.5.1. Denominação de venda do alimento ou nome do produto:
A denominação ou a denominação e a marca do alimento deverá (ão) estar de acordo
com os seguintes requisitos:
a) quando em um Regulamento Técnico Específico for estabelecido uma ou mais
denominações para um alimento, deverá ser utilizada pelo menos uma dessas
denominações;
b) poderá ser empregada uma denominação consagrada, de fantasia, de fábrica ou
uma marca registrada, sempre que seja acompanhada de uma das denominações
indicadas no item anterior;
c) poderão constar palavras ou frases adicionais, necessárias para evitar que o
consumidor seja induzido a erro ou engano com respeito à natureza e às condições
físicas próprias do alimento, as quais deverão estar junto ou próximas da denominação
do alimento.
Por exemplo: tipo de cobertura, forma de apresentação, condição ou tipo de
tratamento a que tenha sido submetido.>
9.5.2. Lista de ingredientes
Deve constar no rótulo uma lista de ingredientes.
9.5.2.1. A lista de ingredientes deverá constar no rótulo precedida da expressão
“ingredientes:” ou “ingr.:”, de acordo com o especificado abaixo:
a) todos os ingredientes deverão constar em ordem decrescente, da respectiva
proporção;
b) no caso de misturas de frutas, de hortaliças, de especiarias ou de plantas aromáticas
em que não haja predominância significativa de nenhuma delas (em peso), estas
poderão ser enumeradas seguindo uma ordem diferente, sempre que a lista desses
ingredientes venha acompanhada da expressão: “em proporção variável”.
9.5.3. Declaração de aditivos alimentares na lista de ingredientes Os aditivos
alimentares deverão ser declarados fazendo parte da lista de ingredientes. Constará
desta declaração:
a) a função principal ou fundamental do aditivo no alimento;
b) seu nome completo ou seu número INS (Sistema Internacional de Numeração,
Codex Alimentarius FAO/OMS), ou ambos.
Quando houver mais de um aditivo alimentar com a mesma função, poderá ser
mencionado um em continuação ao outro, agrupando-os por função.
Os aditivos alimentares serão declarados depois dos ingredientes.
Para os casos dos aromas/aromatizantes, declara-se somente a função e optativamente
sua classificação, conforme estabelecido em Regulamentos Técnicos sobre Aromas/
Aromatizantes.
9.5.4. Conteúdos líquidos

313
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Atender o estabelecido nos Regulamentos Técnicos correspondentes.


9.5.5. Identificação da Origem
9.5.5.1. Deve ser indicado:
- o nome (razão social) do fabricante ou produtor ou fracionador ou titular (proprietário)
da marca;
- endereço completo;
- país de origem e município;
- número de registro ou código de identificação do estabelecimento fabricante junto ao
órgão oficial competente.
9.5.5.2. Para identificar a origem, deve ser utilizada uma das seguintes expressões:
“fabricado em... “, “produto ...” ou “indústria...”. 9.5.6. Identificação do lote
9.5.6.1. Todo rótulo deverá ter impresso, gravado ou marcado de qualquer outro modo
uma indicação em código ou linguagem clara, que permita identificar o lote a que
pertence o alimento, de forma que seja visível, legível e indelével.
9.5.6.2. O lote será determinado em cada caso pelo fabricante, produtor ou fracionador
do alimento, segundo seus critérios.
9.5.6.3. Para indicação do lote, pode ser utilizado:
a) um código chave precedido da letra “L”. Este código deve estar à disposição da
autoridade competente e constar da documentação comercial quando ocorrer o
comércio entre os países; ou
b) a data de fabricação, embalagem ou de prazo de validade, sempre que a(s)
mesma(s) indique(m), pelo menos, o dia e o mês ou o mês e o ano (nesta ordem), em
conformidade com o subitem 9.5.7.b.
9.5.7. Prazo de validade
a) deve ser declarado o “prazo de validade”;
b) do prazo de validade deve constar, pelo menos:
- o dia e o mês para produtos que tenham prazo de validade não superior a três
meses;
- o mês e o ano para produtos que tenham prazo de validade superior a três meses.
Se o mês de vencimento for dezembro, bastará indicar o ano, com a expressão “fim
de “ (ano);
c) o prazo de validade deverá ser declarado por meio de uma das seguintes
expressões:
“consumir antes de...”;
“válido até...”
“validade...”;
“vai:...”;
“vence. “;
“vencimento...”;
“vto:...”;

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314 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS DIVERSOS
RTIQ DE BEBIDA LÁCTEA

“venc:....”.
d) as expressões estabelecidas no item “c” deverão ser acompanhadas de: - o prazo
de validade; ou
- uma indicação clara do local onde consta o prazo de validade; ou
- uma impressão através de perfurações ou marcas indeléveis do dia e do mês
ou do mês e do ano, conforme os critérios especificados em 9.5.7.b. Toda informação
deve ser clara e precisa.
e) o dia, o mês e o ano devem ser expressos em algarismos, em ordem numérica
não codificada, com a ressalva de que o mês poderá ser indicado com letras que não
induzam o consumidor a erro.
E permitido abreviar o nome do mês por meio das três primeiras letras do mesmo.
9.5.8. Rotulagem facultativa
9.5.8.1. Na rotulagem poderá constar qualquer informação ou representação gráfica,
assim como matéria escrita, impressa ou gravada, sempre que não estejam em
contradição com os requisitos obrigatórios do presente Regulamento, incluídos os
referentes à declaração de propriedades e as informações enganosas, estabelecidos
no item 9.2 - Princípios Gerais.
9.5.8.2. Denominação de qualidade
9.5.8.2.1 Somente poderão ser utilizadas denominações de qualidade quando tenham
sido estabelecidas as especificações correspondentes para um determinado alimento,
por meio de um Regulamento Técnico específico.
9.5.8.2.2 Essas denominações deverão ser facilmente compreensíveis e não deverão
de forma alguma levar o consumidor a equívocos ou enganos, devendo cumprir com
a totalidade dos parâmetros que identifica a qualidade do alimento.
9.5.8.3. Informação nutricional
Deverá ser utilizada a informação nutricional conforme regulamento específico, sempre
que não entre em contradição com o disposto no item 9.2 - Princípios Gerais.
9.6. Apresentação e distribuição da informação obrigatória
9.6.1. Deverá constar no painel principal a denominação de venda do alimento,
sua qualidade, pureza ou mistura, quando regulamentada a quantidade nominal do
conteúdo do produto, em sua forma mais relevante em conjunto com o desenho, se
houver, e em contraste de cores que assegure sua correta visibilidade.
9.6.2. O tamanho das letras e números da rotulagem obrigatória, exceto a indicação
dos conteúdos líquidos, não será inferior a 1mm.
9.7. Casos particulares
9.7.1. As unidades pequenas, cuja superfície do painel principal para rotulagem, depois
de embaladas, for inferior a 10cm2, poderão ficar isentas dos requisitos estabelecidos
no item 9.4 (Informação obrigatória), com exceção da declaração de, no mínimo,
denominação de venda e marca do produto.
9.7.2. Nos casos estabelecidos no item 9.7.1, a embalagem que contiver as unidades
pequenas deverá apresentar a totalidade da informação obrigatória exigida.
9.8. Destaque: aquilo que ressalta uma advertência, frase ou texto. Quando feito

315
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

por escrito, deverá manter fonte igual ao texto informativo de maior letra excluindo a
marca, em caixa alta e em negrito, quando deverá ser feito de forma clara e audível.
9.9. Quando no processo tecnológico do produto for adicionado gordura vegetal,
deve ser indicado no painel principal do rótulo logo abaixo do nome do produto, em
caracteres uniformes em corpo e cor sem intercalação de dizeres ou desenhos, letras
em caixa alta e em negrito, a expressão: CONTÉM GORDURA VEGETAL.
9.10. Nas embalagens de bebida láctea de cor branca, deve constar no painel principal
do rótulo, logo abaixo do nome do produto, em caracteres uniformes em corpo e
cor sem intercalação de dizeres ou desenhos, letras do tamanho mínimo de 1(um) ,
milímetro, de forma ostensiva em caixa alta e em negrito a expressão: CONTEM ...%
DE SORO DE LEITE.
9.11. Nas embalagens de bebida láctea colorida, deve constar no painel principal do
rótulo, logo abaixo do nome do produto, em caracteres uniformes em corpo e cor sem
intercalação de dizeres ou desenhos, letras do tamanho mínimo de 1(um) milímetro,
de forma ostensiva em caixa alta e em negrito, a expressão: CONTÉM SORO DE
LEITE.
9.12. Nas embalagens de bebida láctea colorida ou branca igual ou inferior a 250g,
deve constar no painel principal do rótulo, logo abaixo do nome do produto, em
caracteres uniformes em corpo e cor sem intercalação de dizeres ou desenhos, letras
em caixa alta e em negrito, a expressão: CONTÉM SORO DE LEITE.
9.13. Fazer constar em qualquer parte do rótulo que seja de fácil visualização para o
consumidor em caracteres uniformes em corpo e cor sem intercalação de dizeres ou
desenhos, letras em caixa alta e em negrito, a expressão:
Para as bebidas lácteas na cor branca:
BEBIDA LÁCTEA NÃO É LEITE ou ESTE PRODUTO NÃO É LEITE. Para as bebidas
lácteas coloridas:
BEBIDA LÁCTEA NÃO É IOGURTE ou ESTE PRODUTO NÃO É IOGURTE.
9.14. O produto classificado em 2.1.1. designar-se-á “Bebida Láctea (incluir
o tratamento térmico efetuado) com “ ou “Bebida Láctea (incluir o tratamento
térmico efetuado) Sabor “, preenchendo os espaços em branco com o nome do(s)
produtos(s) alimentícios(s) ou da(s) substância(s) alimentícia(s) ou aromatizante( s)/
saborizante(s) que confere(m) características distintivas ao produto.
9.15. O produto classificado em 2.1.2. designar-se-á “Bebida Láctea (incluir tratamento
térmico efetuado)”.
9.16. O produto classificado em 2.1.1.3, 2.1.1.3.1, 2.1.1.3.2, 2.1.1.4, 2.1.1.4.1, 2.1.1.4.2,
2.1.1.5, 2.1.1.5.1 e 2.1.1.5.2 designar-se-á “Bebida Láctea........(incluir o tratamento
térmico efetuado)”, “Bebida Láctea ............(incluir tratamento térmico efetuado)
com......” ou “Bebida Láctea..............(inclui o tratamento térmico efetuado)” ou “Bebida
Láctea................(incluir tratamento térmico) sabor..............” preenchendo-se o espaço
em branco com o nome da(s) substância(s) alimentícia(s) e/ou aromatizante(s)/
saborizante(s) que confere(m) características distintivas ao produto.
9.17. O produto classificado em 2.1.1.6, 2.1.1.6.1 e 2.1.1.6.2 designar-se-á “Bebida
Láctea Fermentada” ou “Bebida Láctea Fermentada com...”, “Bebida Láctea
Fermentada Sabor..........” preenchendo os espaços em branco com o nome do(s)

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316 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS DIVERSOS
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 28, DE 12 DE JUNHO DE 2007

produto(s) alimentício(s) ou da(s) substâncias(s) alimentícias(s) e/ou aromatizante(s)/


saborizante(s) que confere(m) características distintivas ao produto.
9.18. Na nomenclatura mencionada no item 2.3.4. poderá ser incluído,
subseqüentemente, o nome do(s) produto(s) alimentícios(s) ou da(s) substância(s)
alimentícia(s) ou aromatizante(s)/saborizante(s) que confere(m) características
distintivas ao produto, quando for o caso (exemplo: “com cereais”, “com polpa de
fruta”, “sabor morango”).
9.19. Poderá ser mencionada a presença de cultivos lácticos sempre que se cumpra
com o estabelecido em 2.1.1.6 e 4.2.3.
9.20. O produto classificado em 2.1.1.6 designar-se-á “Bebida Láctea Fermentada”.
9.21. O produto classificado em 2.1.1.7 designar-se-á “Bebida Láctea Tratada
Termicamente Após Fermentação”.
9.22. Na nomenclatura mencionada no item 2.1.1.7, poderá ser incluído,
subseqüentemente, o nome da(s) substância(s) alimentícia(s) ou aromatizante(s)/
saborizante(s) que confere(m) características distintivas ao produto, quando for o
caso (exemplo: “com cereais”, “com polpa de fruta”, “sabor morango”).
9.23. No caso em que os ingredientes opcionais sejam exclusivamente açúcares,
acompanhados ou não de glicídios (exceto polissacarídios ou poliálcoois) e/ou
amidos ou amidos modificados e/ou maltodextrina e/ou se adicionam substâncias
aromatizantes/saborizantes, os produtos se classificam como “Bebidas Lácteas Com
Açúcar, Açucaradas ou Adoçadas e/ou Aromatizadas/Saborizadas”.
10. Métodos de Análises
Os métodos de análises recomendados são indicados nos itens 4.2.2 e 7.4.
11. AMOSTRAGEM
Seguem-se os procedimentos recomendados na Lei nº 6.437, de 20 de agosto de
1977, Decreto-Lei nº 986, de 21 de outubro de 1969, e Resolução-RDC nº 12, de 2
de janeiro de 2001.

REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE


COMPOSTO LÁCTEO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 28, DE 12 DE JUNHO DE 2007

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁ- RIA E ABASTECIMENTO, no


uso da atribuição que lhe conferem os art 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição,
tendo em vista o Decreto nº 30.691, de 29 de março de 1952, e suas alterações, que
regulamenta a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, a Lei nº 7.889, de 23 de
novembro de 1989, a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, a Lei nº 11.265, de
3 de janeiro de 2006, e o que consta dos Processos nos 21000.005422/2000-50 e
21000.000436/2003-20, resolve:
Art. 1º Aprovar o REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E
QUALIDADE DE COMPOSTO LÁCTEO, em anexo.
Art. 2º As empresas têm o prazo de 60 (sessenta) dias para se adequarem a esta

317
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Instrução Normativa, a contar da data da publicação.


Art. 3º As empresas têm o prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da publicação
desta Instrução Normativa, para adequação de seus rótulos que identificam as
embalagens que acondicionam o produto Composto Lácteo.
Art. 4º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data da sua publicação.
REINHOLD STEPHANES

ANEXO
RTIQ DE COMPOSTO LÁCTEO

1. ALCANCE
1.1.OBJETIVO: estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que
deve atender o produto Composto Lácteo destinado ao consumo humano.
1.2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO: o presente Regulamento refere-se ao produto
Composto Lácteo destinado ao comércio nacional e internacional.
2. DESCRIÇÃO
2.1. DEFINIÇÃO:
Para efeito de aplicação deste Regulamento Técnico, adotam- se as seguintes
definições:
2.1.1. Composto Lácteo: é o produto em pó resultante da mistura do leite (1) e
produto(s) ou substancia(s) alimentícia(s) láctea(s) (2) ou não-láctea(s) (3), ou ambas
(4), adicionado ou não de produto(s) ou substancia( s) alimentícia(s) láctea(s) ou não
láctea(s) ou ambas permitida(s) no presente Regulamento, apta(s) para alimentação
humana, mediante processo tecnologicamente adequado. Os ingredientes lácteos
devem representar no mínimo 51% (cinqüenta e um por cento) massa/massa (m/m)
do total de ingredientes (obrigatórios ou matéria-prima) do produto.
2.1.1.1 Composto Lácteo ou Composto Lácteo sem Adição: é o produto definido no
subitem 2.1.1, em cuja elaboração seja(m) empregado(s) exclusivamente produto(s)
ou substancia(s) alimentícia( s) láctea(s) (2). O produto final deve apresentar 100%
(cem por cento) massa/massa (m/m) de ingredientes lácteos.
2.1.1.2 Composto Lácteo com Adição: é o produto definido no subitem 2.1.1, em cuja
elaboração seja(m) empregado(s) produto( s) ou substância(s) alimentícia(s) não
lácteas (3). O produto final deve apresentar no mínimo 51% (cinqüenta e um por
cento) massa /massa (m/m) de ingredientes lácteos.
2.2. CLASSIFICAÇÃO:
2.2.1. De acordo com a sua dispersibilidade, pode-se classificar em instantâneo ou
não. Ver subitem 4.2.2.
2.2.2. De acordo com a adição ou não de outros produto(s) ou substância(s)
alimentícia(s) láctea(s) ou não-láctea(s), classifica-se em:
2.2.2.1. Complemento Lácteo sem adição: vide subitem 2.1.1.1.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
318 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS DIVERSOS
RTIQ DE COMPOSTO LÁCTEO

2.2.2.2. Complemento Lácteo com adição: vide subitem 2.1.1.2.


2.3. DESIGNAÇÃO (Denominação de Venda):
2.3.1. O produto classificado em 2.1.1.1 designar-se-á “Composto Lácteo” ou
“Composto Lácteo sem Adição” quando em sua elaboração se utilizam exclusivamente
ingredientes lácteos.
2.3.2. O produto classificado em 2.1.1.2 designar-se-á “Composto Lácteo com...........”,
ou “Composto Lácteo Sabor...........” ou “Composto Lácteo com.......... Sabor.............”
preenchendo os espaços em branco com o nome do(s) produto(s) ou substância(s)
alimentícia( s) não-láctea(s) ou aromatizante(s)/saborizante(s) permitidos no presente
Regulamento e que confira(m) uma característica distintiva ao produto.
2.3.3. A palavra “instantâneo” poderá ser indicada em qualquer parte do rótulo desde
que não componha a designação (denominação ou nome) do produto.
3. REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Institui o Código de Defesa do Consumidor.
BRASIL. Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989. Dispõe sobre Inspeção Sanitária e Industrial dos Produtos
de Origem Animal, e dá outras providências.
BRASIL. Lei nº 1.283 de 18 de dezembro de 1950, e seus Decretos. Institui o Regulamento de Inspeção
Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal - RIISPOA.
BRASIL. Regulamento Técnico para Rotulagem de Produto de Origem Animal Embalado - Instrução Normativa
nº 22, de 24 de novembro de 2005 - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Brasil. Diário Oficial da União. Brasília, 25 de novembro de 2005, seção 1, página 15.
BRASIL. Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico- Sanitárias e de Boas Práticas de Elaboração
para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos - Portaria nº 368, de 4 de setembro
de 1997-Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Brasil. Diário Oficial da União. Brasília, 8 de
setembro de 1997, seção 1, página 19697.
BRASIL. Oficializa os Métodos Analíticos Oficiais Físico- Químicos, para Controle de Leite e Produtos Lácteos,
em Conformidade com o Anexo desta Instrução Normativa, determinando que sejam utilizados nos Laboratórios
Nacionais Agropecuários - Instrução Normativa nº 68, de 12 de dezembro de 2006. Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento - Diário Oficial da União. Brasília, 14 de dezembro de 2006, seção 1, página 8.
BRASIL. Oficializa os Métodos Analíticos Oficiais para Análises Microbiológicas para Controle de Produtos
de Origem Animal e Água - Instrução Normativa nº 62, de 26 de agosto de 2003, Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento - Diário Oficial da União. Brasília, 19 de setembro de 2003, seção 1, página 14.
BRASIL. Regulamento Técnico: “Princípios Gerais para o Estabelecimento de Níveis Máximos de Contaminantes
Químicos em Alimentos” e seu Anexo: “Limites máximos de tolerância para contaminantes inorgânicos” -
Portaria nº 685, de 27 de agosto de 1998. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária, Brasil. Diário
Oficial da União. Brasília, 28 de agosto de 1998. seção 1, página 28.
BRASIL. Decreto-Lei nº 986, de 21 de outubro de 1969. Institui normas básicas sobre alimentos. Diário Oficial
da União. Brasília, 21 de outubro de 1969, seção 1.
BRASIL. Aprova o Regulamento Técnico: Aditivos Alimentares Definição Classificação e Emprego -PORTARIA
nº 540 SVS/MS, de 27 de outubro de 1997. Ministério da Saúde, Brasil. Diário Oficial da União. Brasília, 28
de outubro de 1997.
BRASIL. Aprova o Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados - Resolução
RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003 - ANVISA - Ministério da Saúde, Brasil. Diário Oficial da União.
Brasília, 26 de dezembro de 2003.
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. COMPOSIÇÃO
4.1.1. Ingredientes Obrigatórios ou Matérias-Primas:
4.1.1.1. Leite (Nota 1);

319
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4.1.1.2. Produto(s) ou substância(s) alimentícia(s) láctea(s) (Nota 2);


4.1.1.3. Produto(s) ou substância(s) alimentícia(s) não-láctea( s) (Nota 3), quando se
tratar do Composto Lácteo com adição;
4.1.1.4. Ambas - Produto(s) ou substância(s) láctea(s) e produto( s) ou substância(s)
alimentícia(s) não-láctea(s) (Nota 4), quando se tratar do Composto Lácteo com
adição.
Nota 1: Qualquer leite(s) na(s) sua(s) diversa(s) formas e tratamentos.
Nota 2: Qualquer produto(s) ou substância(s) láctea(s) nas suas diversas formas e
tratamentos.
Exemplo: Creme de leite, Sólidos de Origem Láctea, Manteiga, Gordura Anidra do
Leite ou Butter oil, Caseinatos Alimentícios, Proteínas Lácteas, Soro de Leite (nas
suas diversas formas), leitelho (nas suas diversas formas), Leites Fermentados,
Massa Coalhadas, Concentrado Protéico de Soro, Concentrado e Isolados Protéico
de Leite e/ou seus sais, Caseína em pó, Proteína Concentrada do Leite, Lactose e
outros produtos lácteos.
Nota 3: Qualquer produto(s) ou substância(s) alimentícia(s) não-láctea(s) nas suas
diversas formas e tratamentos.
Exemplo: Açucares e/ou glicídios, maltodextrina, edulcorantes nutritivos e não
nutritivos, frutas em pedaços/polpa/suco e outros preparados á base de frutas, mel,
cereais, vegetais, gorduras vegetais, chocolate, frutas secas, café, especiarias e
outros alimentos aromatizantes naturais e inócuos e/ou sabores, amidos ou amidos
modificados, gelatina ou outras substâncias alimentícias não lácteas.
Nota 4: Ambas - Produto(s) ou substância(s) alimentícia(s) láctea( s) e não-láctea(s)
permitida(s) nas suas diversas formas e tratamentos.
4.1.2. Ingredientes Opcionais
4.1.2.1. Produto(s) ou substância(s) alimentícia(s) láctea(s) (ver Nota 2) - isolado(s)
ou em combinação.
4.1.2.2. Produto(s) ou substância(s) alimentícia(s) não-láctea( s) (ver Nota 3) isolado(s)
ou em combinação.
4.2. REQUISITOS
4.2.1. Características Sensoriais:
4.2.1.1. Aspecto: característico ou de acordo com os ingredientes (obrigatórios e
opcionais) adicionados.
4.2.1.2. Cor: característica ou de acordo com os ingredientes (obrigatórios e opcionais)
adicionados.
4.2.1.3. Odor e Sabor: característicos ou de acordo com os ingredientes (obrigatórios
e opcionais) adicionados.
4.2.2. Requisitos físico- químicos: O produto definido no subitem 2.1.1 deve cumprir
com o requisito físico-químico indicado na tabela 1.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
320 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS DIVERSOS
RTIQ DE COMPOSTO LÁCTEO

Tabela 1

Produto Análise Mínimo % Métodos de Análise

Composto Lácteo com ..............ou Teor de proteínas de Instrução Normativa nº


13
Composto Lácteo sem adição (Nota 5) origem láctea (g/100g) 68, de 12/12/2006.
Composto Lácteo com ............
ou Composto Lácteo sabor ......... Teor de proteínas de Instrução Normativa nº
9
ou Composto Lácteo com ......... origem láctea (g/100g) 68, de 12/12/2006.
sabor..........(Nota 6)
Nota 5: O Composto Lácteo ou Composto Lácteo sem Adição na cor branca pronto para consumo, após
reconstituição, deve ter no mínimo 1,9g /100ml de proteínas lácteas.
Nota 6: O Composto Lácteo com ............ou Composto Lácteo Sabor ........... ou Composto Lácteo com
.......... Sabor..........., pronto para consumo, após reconstituição, deve ter no mínimo 1,3g /100ml de proteínas
lácteas.
NOTA 6-A: O Composto Lácteo com Adição que apresentar características (cor, odor e sabor) semelhantes
ao Leite em Pó, pronto para consumo, após reconstituição, deve ter no mínimo 1,9g /100ml de proteínas
lácteas.
4.3. Acondicionamento: o Complemento Lácteo deve ser envasado em recipiente de
um único uso, hermético, de materiais adequados para as condições previstas de
armazenamento e que confiram uma proteção apropriada contra a contaminação.
4.4. Condições de conservação e comercialização: O Complemento Lácteo deve ser
conservado em local seco e arejado e comercializado em temperatura adequada

5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ ELABORAÇÃO


5.1. Aditivos:
5.1.1. É permitido o emprego da lecitina como emulsificante, para a elaboração de
Composto Lácteos em uma proporção máxima de 5g/kg.
5.1.2. Autoriza-se na elaboração do Composto Lácteo o uso dos aditivos relacionados
na tabela 2, nas concentrações máximas indicadas no produto final.
Tabela 2

321
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
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PRODUTOS LÁCTEOS DIVERSOS
RTIQ DE COMPOSTO LÁCTEO

323
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
324 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS DIVERSOS
RTIQ DE COMPOSTO LÁCTEO

5.1.2. Em todos os casos se admitirá a presença dos aditivos transferidos por meio
dos ingredientes opcionais em conformidade com o princípio de transferências de
aditivos alimentares / Portaria nº 540 - SVS/MS, de 27 de outubro de 1997 (DOU de
28/10/97). A sua concentração no produto final não deverá superar a proporção que
corresponda à concentração máxima admitida no ingrediente opcional e, quando se
tratar de aditivos indicados na tabela 2 do presente Regulamento, não deverá superar
os limites máximos autorizados nele.
5.2. Coadjuvante opcional de tecnologia/elaboração:
5.2.1 É permitida a utilização de:
5.2.1.1.Gases inertes, nitrogênio e dióxido de carbono para o envase;
5.2.1.2.Enzimas de acordo com a legislação específica.
6. CONTAMINANTES
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em quantidades
superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento Técnico especifico vigente.
7. HIGIENE
7.1. Considerações gerais: As práticas de higiene para elaboração do produto devem
estar de acordo com a Portaria nº 368, de 04 de setembro de 1997, que aprovou o
Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de
Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos.
7.2. A matéria-prima, de origem láctea na forma líquida, a ser utilizada na elaboração
do produto, deve ser higienizada por meios mecânicos adequados e previamente
submetida a tratamento térmico adequados (pasteurização, UHT ou esterilização)
combinado ou não a outros processos físicos e biológicos que possam vir a ser
aceitos/oficializados e que contribuam para garantir a inocuidade do produto.
7.3. Critérios Macroscópicos e Microscópicos: O produto não deve conter substâncias
estranhas de qualquer natureza.

325
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

7.4. Critérios Microbiológicos:

Os parâmetros contidos na tabela acima deverão ser obtidos no produto final (pronto
para consumo) imediatamente após sua fabricação, a partir de amostras colhidas no
estabelecimento produtor.
8. PESOS E MEDIDAS.
Aplica-se legislação específica vigente.
9. ROTULAGEM
Aplica-se a legislação específica vigente e mais o seguinte:
9.1. Quando, no processo tecnológico do produto, for adicionado gordura vegetal,
deve ser indicado no painel principal do rótulo logo abaixo do nome do produto, em
caracteres uniformes em corpo e cor sem intercalação de dizeres ou desenhos, letras
em caixa altas e em negrito, a expressão: CONTÉM GORDURA VEGETAL.
9.1.1. A expressão CONTÉM GORDURA VEGETAL indicada no subitem 9.1 não
será exigido no caso em que a informação da adição de gordura vegetal já estiver
contemplada na designação (denominação de venda ou nome do produto).
9.2. No Composto Lácteo de cor branca, adicionado de soro de leite, deve constar no
painel principal do rótulo, logo abaixo do nome do produto, em destaque, a expressão:
CONTÉM SORO DE LEITE, quando for o caso.
9.3. No Composto Lácteo na cor branca deve constar em qualquer parte do rótulo ou
rotulagem do produto, que seja de fácil visualização para o consumidor em caracteres
uniforme em corpo e cor sem intercalação de dizeres ou desenhos, letras em caixa
altas e em negrito a expressão: COMPOSTO LÁCTEO NÃO É LEITE EM PÓ ou ESTE
PRODUTO NÃO É LEITE EM PÓ.
9.4 .Nas embalagens de “Composto Lácteo com................”, ou “Composto Lácteo
Sabor...........”, ou Composto Lácteo com............. Sabor...........”, deve constar no
painel principal do rótulo, logo abaixo do nome do produto, em destaque a expressão:
CONTÉM SORO DE LEITE, quando for o caso.
9.5. Nas embalagens de “Composto Lácteo com................”, ou “Composto Lácteo

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
326 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS DIVERSOS
PORTARIA Nº 146 DE 07 DE MARÇO DE 1996

Sabor...........”, ou Composto Lácteo com............. Sabor...........”, com adição de soro


de leite igual ou inferior à 250g, deve constar no painel principal do rótulo, logo abaixo
do nome do produto, em destaque: CONTÉM SORO DE LEITE, quando for o caso.
9.6. Deve ser atendida a legislação que regulamenta a comercialização de alimentos
para lactentes e crianças de primeira infância e demais legislações pertinentes.
10. MÉTODOS DE ANÁLISES
Os métodos de análises recomendados são indicados nos subitens 4.2.2. e 7.4.
11. AMOSTRAGEM.
Seguem-se os procedimentos recomendados na Lei nº 6.437, de 20 de agosto de
1997, no Decreto-Lei nº 986, de 21 de outubro de 1969, e na Resolução-RDC nº 12,
de 2 de janeiro de 2001.

REGULAMENTOS TÉCNICOS DE IDENTIDADE E QUALIDADE DOS PRODUTOS


LÁCTEOS CASEÍNA ALIMENTAR E CASEINATOS ALIMENTÍCIOS.

PORTARIA Nº 146 DE 07 DE MARÇO DE 1996


(Internalizou a GMC números 69/93, 70/93, 71/93, 72/93, 82/93, 16/94, 43/94, 63/94,
76/94, 78/94 e 79/94).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA DO ABASTECIMENTO E DA


REFORMA AGRÁRIA, no uso da atribuição que lhe confere a Art. 87, II, da Constituição
da República , e que nos termos do disposto no Regulamento da Inspeção Industrial
e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo Decreto nº 1.255, de 25 de
junho de 1962, alterado pelo Decreto nº 1.812 de 08 de fevereiro de 1996 e
Considerando as Resoluções Mercosul/GMC números 69/93, 70/93, 71/93, 72/93,
82/93, 16/94, 43/94, 63/94, 76/94, 78/94 e 79/94 que aprovam os Regulamentos
Técnicos de Identidades e Qualidades de Produtos Lácteos;
Considerando a necessidade de Padronização dos Métodos de Elaboração dos
Produtos de Origem Animal no Tocante aos Regulamentos Técnicos de Identidade e
Qualidades de Produtos Lácteos, Resolve;
Art. 1º Aprovar os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade dos Produtos
Lácteos em anexo.
Art. 2º Os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidades dos Produtos Lácteos
aprovados por esta Portaria, estarão disponíveis na Coordenação de Informação
Documental Agrícola, da Secretária de Documental Agrícola, da Secretaria do
Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura e do Abastecimento e da Reforma
Agrária.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor 60 (sessenta) dias após a data de sua
publicação.

JOSÉ EDUARDO DE ANDRADE VIEIRA

327
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

RTIQ DE CASEÍNA ALIMENTAR


(Internalizou a GMC 43/94).

1. ALCANCE
1.1. Objetivo: O presente Regulamento fixa os requisitos mínimos de qualidade e
identidade que deverá ter a caseína alimentar destinada ao consumo humano.
1.2. Âmbito de aplicação: O presente regulamento refere-se a caseína alimentar
comercializada à nível nacional.

2. DESCRIÇÃO
2.1. Entende.se por caseína alimentar o produto separado por ação enzimática ou
por precipitação mediante acidificação do leite desnatado a pH 4,6 - 4,7, lavado e
desidratado por processos tecnologicamente adequados.
2.2. Classificação Segundo seu método de obtenção a caseína Alimentar será
classificada como:
2.2.1. Caseína alimentar ao acido, é aquela obtida por acidificação com ácidos.
2.2.2. Caseína Alimentar láctica é aquela obtida por precipitação com soro lático
fermentado.
2.2.3. Caseína alimentar ao coalho, é aquela obtida por ação coagulante enzimática.
2.3. Designação (denominação de comercialização): Será designada caseína
alimentar ao acido, caseína alimentar láctica ou caseína alimentar ao coalho, segundo
correspondência a classificação ao item 2.2. .

3.REFERÊNCIAS
APHA 1992, CAP 24
CÓDEX ALIMENTARIUS, CAC/VOL.A 1985 FIL 20 B: 1993
FIL 50 B: 1985 FIL 73 A: 1985 FIL 78 B: 1980 FIL 89: 1979 FIL 90: 1979 FIL 91: 1979 FIL 94 B: 1990 FIL 100
B: I991 FIL107:1082
FIL 127 A: 1988 FIL138:1986

4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. Composição: Leite desnatado
4.1.2. Ingredientes opcionais: Cloreto de cálcio na caseína alimentar ao coalho. 4.2.
Requisitos
4.2.1. Características sensoriais
4.2.1.1. .Aspecto: Granulado ou pó, sem partículas estranhas. 4.2.1.2. Cor: Branco ou
branco amarelado.
4.2.l.3. Sabor – aroma: Sabor suave, caracteristico, livre de sabores e odores
estranhos.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
328 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS DIVERSOS
RTIQ DE CASEÍNA ALIMENTAR

(*) Aplicável ao caseína alimentar ao acido e láctica (**) Aplicável a caseína alimentar
ao coalho

4.2.3. Acondicionamento: Deverá ser envasada com materiais adequados para as


condições de armazenamento previstas e que confiram ao produto uma proteção
adequada .

5. ADTITVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO


5.1. Aditivos: Não aceita-se o uso de aditivos.
5.2. Coadjuvantes de tecnologia/elaboração.
5.2.1. Agentes acidificantes de qualidade alimentar.
5.2.1.1. Ácidos:
- acético
- clorídrico - sulfúrico - láctico - cítrico - fosfórico
5.2.1.2. Soro láctico fermentado.
5.2.2. Enzimas coagulantes: Coalho ou outras enzimas coagulantes.

6. CONTAMINANTES
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em quantidades
superiores aos Limites estabelecidos pela legislação específica.
7. HIGIENE
7.1. Considerações gerais: As praticas de higiene para elaboração do produto estarão
de acordo com o estabelecido no Código Internacional Recomendado de Praticas,
Princípios Gerais de higiene dos Alimentos (CAC/VOL. A 985).
7.2. Critérios macroscópicos: Ausência de qualquer tipo de impurezas ou elementos
estranhos
7.3 Critérios microbiológicos e tolerancias:
Critérios de Categoria
Microorganismos Método de Análise
Aceitação I.C.M.F.S.
Coliformes a 30º C n=5 c=-2 m=10 5 FIL 73 A:1985
M=100

329
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Critérios de Categoria
Microorganismos Método de Análise
Aceitação I.C.M.F.S.
Coliformes a 45º C n=5 c-=2 m<10 5 APHA 1992, Cap 24(*)
M=100
Estafilococos coag.pos/g n=5 c=-1 m=10 5 FIL145:1990
M=100
Aeróbios meso£ viáveis/g n=5 c=-2 m=30.000 2 FIL 100B: 1991
M=100.000
Fungos e leveduras/g n=5 c=-2 m=100 2 FIL 94 B: 1990
M=1.000
(*) Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods.

8. PESOS E MEDIDAS
Será ser obedecida a Legislação especifica.

9. ROTULAGEM
9.1. Será ser obedecida a legislação específica
9.2. Será designado como “Caseína Alimentar ao Ácido”, Caseína Alimentar ao
Coalho”, “Caseína Alimentar Láctica”, segundo correspondência

10. MÉTODOS DE ANÁLISES


Os métodos de analise recomendados são os indicados nos itens 4.2.2, e 7.3, do
presente Regulamento.

11. AMOSTRAGEM
Serão seguidos os procedimentos recomendados na norma FIL 50B:1985.

RTIQ DE CASEINATOS ALIMENTÍCIOS


(Internalizou a GMC 16/94).

1. ALCANCE
1.1. Objetivo: Fixar a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que deverão ter
os caseínatos alimentícios destinados ao consumo humano.
2.DESCRIÇÃO
2.1. Definição: Entende-se como caseínato alimentício, o produto obtido por reação
da caseína alimentícia ou da coalhada da caseína alimentícia fresca com soluções de
hidróxidos ou sais alcalinos ou alcalino terrosos ou de amônia de qualidade alimentícia
e posteriormente lavado e seco, mediante processos tecnologicamente adequados.
2.2. Classificação.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
330 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
PRODUTOS LÁCTEOS DIVERSOS
RTIQ DE CASEINATOS ALIMENTÍCIOS

2.2.1. Segundo o procedimento de secagem classificam-se em: 2.2.1.1.Caseinato


alimentício seco por pulverização ou “Spray”. 2.2.1.2. Caseinato alimentício seco em
“rolo” ou “roller”. 2.3. Denominação de venda.
Será designado como caseinato, seguido do cation adicionado e a seguir a indicação
do processo de secagem segundo a classificação 2.2.
Ex: Caseinato de cálcio seco por “Spray”, Caseinato de cálcio seco por “roller”, etc.

3. REFERÉNCIA
APHA 1992, cap. 24
CODEX ALIMENTARIUS, CAC/VOL. A 1985 FIL 20 B:1993
FIL 50 B:1985 FIL 73 A:1985 FIL 78 B:1980 FIL 90: 1979 FIL 93 A l985 FIL 100 B:1991 FIL 106: 1982 FIL 107:
1982 FIL 115 A: 1989 FIL 127 A: 1988 FIL 138: 1986
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. Composição.
4.1.1. Ingredientes obrigatórios
4.1.1.1. Caseínato alimentícia ou coalhada de caseína alimentícia fresca. 4.1.1.2.
Hidróxidos carbonatos, fosfatos ou citratos alcalinos ou alcalinos.
terrosos ou de amônia de qualidade alimentícia
4.2. Requisitos.
4.2.1. Características sensoriais.
4.2.1.1. Aspecto: Pó livre de grumos e partículas duras.
4.2.1.2. cor: Branca ou branca amarelada.
4.2.1.3. Sabor e aroma: Sabor suave, característico livre de sabores e odores
estranhos ou desagradáveis.

4.2.3. Acondicionamento: Deverá ser envasado com materiais adequados para as


condições de armazenamento previstas e que confiam ao produto uma proteção
adequada.
5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO.
Não se aceita o uso de aditivos nem coadjuvantes.
6. CONTANANTES.
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos presentes não devem superar os limites

331
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

estabelecidos pela legislação especifica.

7.HIGIENE.
7.1. Considerações gerais: As práticas de higiene para a elaboração do produto
estarão de acordo com o estabelecido no Código Internacional Recomendado de
Práticas. Princípios Gerais de higiene dos Alimentos (CAC/vol. A 1985),
7.2. Critérios macroscópicos e microscópicos: Ausência de qualquer tipo de impurezas
ou elementos estranhos.

8. PESOS E MEDIDAS.
Será aplicada a legislação especifica.

9. ROTULAGEM.
9.1. Será aplicada a legislação especifica.
9.2. Será designada como “caseínato de ...”, segundo o que está estabelecido em 2.2
e 2.3.

10. MÉTODOS DE ANÁLISE


Os métodos de análise recomendados são os indicados nos itens 4.2.2. e 7.3. do
presente regulamento.

11. AMOSTRAGEM
Serão seguidos os procedimentos recomendados na Norma FIL 50B: 1985

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
332 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
Capítulo 9

QUEIJOS E SIMILARES

Patrocinadores

ABLV
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
334 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
PORTARIA Nº 146 DE 07 DE MARÇO DE 1996

REGULAMENTOS TÉCNICOS DE IDENTIDADE E QUALIDADE DOS PRODUTOS


LÁCTEOS EM ANEXO.

PORTARIA Nº 146 DE 07 DE MARÇO DE 1996


(Internalizou a GMC números 69/93, 70/93, 71/93, 72/93, 82/93, 16/94, 43/94, 63/94,
76/94, 78/94 e 79/94).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA DO ABASTECIMENTO E DA REFORMA


AGRÁRIA, no uso da atribuição que lhe confere a Art. 87, II, da Constituição da República , e
que nos termos do disposto no Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de
Origem Animal, aprovado pelo Decreto nº 1.255, de 25 de junho de 1962, alterado pelo Decreto
nº 1.812 de 08 de fevereiro de 1996 e
Considerando as Resoluções Mercosul/GMC números 69/93, 70/93, 71/93, 72/93, 82/93, 16/94,
43/94, 63/94, 76/94, 78/94 e 79/94 que aprovam os Regulamentos Técnicos de Identidades e
Qualidades de Produtos Lácteos;
Considerando a necessidade de Padronização dos Métodos de Elaboração dos Produtos de
Origem Animal no Tocante aos Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidades de Produtos
Lácteos, Resolve;
Art. 1º Aprovar os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade dos Produtos Lácteos em
anexo.
Art. 2º Os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidades dos Produtos Lácteos aprovados
por esta Portaria, estarão disponíveis na Coordenação de Informação Documental Agrícola, da
Secretária de Documental Agrícola, da Secretaria do Desenvolvimento Rural do Ministério da
Agricultura e do Abastecimento e da Reforma Agrária.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor 60 (sessenta) dias após a data de sua publicação.
JOSÉ EDUARDO DE ANDRADE VIEIRA

RTIQ DOS QUEIJOS


(Internalizou a GMC 79/93).

1. ALCANCE.
1.1. Objetivo: Fixar a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que deverão
possuir os queijos, com exceção dos Queijos Fundidos, Ralados, em Pó e
Requeijão.
Sem prejuízo do estabelecimento no presente padrão, os padrões técnicos individuais
poderão conter disposições em que sejam mais especificas e, em tais casos, aquelas
disposições mais especificas se aplicarão à variedade individual ou aos grupos de
variedade de queijos.
2. DESCRIÇÃO.
2.1. Definição: Entende-se por queijo o produto fresco ou maturado que se obtem por
separação parcial do soro do leite ou leite reconstituído (integral, parcial ou totalmente
desnatado), ou de soros lácteos, coagulados pela ação física do calho, de enzimas
especificas, de bactéria específica, de ácido orgânicos, isolados ou combinados,
todos de qualidade apta para uso alimentar, com ou sem agregação de substâncias
alimentícias e/ou especiarias e/ou condimentos, aditivos especificamente indicados,

335
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

substâncias aromatizantes e matérias corantes.


Entende-se por queijo fresco o que está pronto para consumo logo após sua
fabricação.
Entende-se por queijo maturado o que sofreu as trocas bioquímicas e físicas
necessárias e características da variedade do queijo.
A denominação QUEIJO está reservada aos produtos em que a base láctea não
contenha gordura e/ou proteínas de origem não láctea.
2.2. Classificação: A seguinte classificação se aplicará a todos os queijos e não impede
o estabelecimento de denominação e requisitos mais específicos, característicos de
cada variedade de queijo que aparecerá, nos padrões individuais.
2.2.1. De acordo com o conteúdo de matéria gorda no extrato seco, em percentagem,
os queijos classificam-se em:
- Extra Gordo ou Duplo Creme: quando contenham o mínimo de 60%.
- Gordos: quando contenham entre 45,0 e 59,9%.
- Semigordo: quando contenham entre 25,0 e 44,9%.
- Magros: quando contenham entre 10,0 e 24,9%.
- Desnatados: quando contenham menos de 10,0%.
2.2.2. De acordo com o conteúdo de umidade, em percentagem, os queijos classificam-
se em:
- Queijo de baixa umidade (geralmente conhecidos como queijo de massa dura):
umidade de até 35,9%.
- Queijos de média umidade (geralmente conhecidos como queijo de massa semidura):
umidade entre 36,0 e 45,9%.
- Queijos de alta umidade (geralmente conhecido como de massa branda ou “macios”):
umidade entre 46,0 e 54,9%.
- Queijos de muita alta umidade (geralmente conhecidos como de massa branda ou
“mole”): umidade não inferior a 55,0%.
2.2.2.1. Quando submetidos ou não a tratamento térmico logo após a fermentação, os
queijos de muita alta umidade se classificarão em:
- Queijos de muita alta umidade tratados termicamente.
- Queijos de muita alta umidade.
2.3. DESIGNAÇÃO (denominação de venda): Todos os produtos denominados
QUEIJO incluirão o nome da variedade correspondente, sempre que responda às
características da variedade de que trata, especificadas em um padrão individual. O
nome poderá ser acompanhado das denominações estabelecidas na classificação.
3. REFERÊNCIAS
- Normas FIL 4A: 1982. Queijo e queijos processados. Determinação do conteúdo de
sólidos totais(Métodos de referência).
- Norma FIL 5B: 1986. Queijo e Produtos Processados de Queijo. Conteúdo da Matéria
Gorda.
- Norma FIL 50B: 1985. Leite e Produtos Lácteos – Métodos de Amostragem.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
336 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DOS QUEIJOS

- Norma FIL 99A: 1987. Avaliação Sensorial de Produtos Lácteos.


- Norma A6: do Codex Alimentarius. Norma Geral para Queijo.
- Catálogo de Queijo. Documento FIL 141: 1981. - A.O.A.C. 15º Ed. 19900, 979.13,
p.823.
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS.
4.1. Composição.
4.1.1. Ingredientes Obrigatórios.
4.1.1.1. Leite e/ou Leite Reconstituído (integral), semidesnatado, desnatado e/ou soro
lácteo.
Entende-se por leite o proveniente das espécies bovinas, caprina, ovina ou bubalina.
Quando não existe uma referência específica, entende-se como leite da espécie
bovina.
4.1.1.2. Coagulante apropriado (de natureza física e/ou química e/ou bacteriana e/ou
enzimática).
4.1.2. Ingredientes Opcionais: Cultivos de bactérias lácteas ou outros microorganismos
específicos, cloreto de sódio, cloreto de cálcio, caseína, caseinatos, sólidos de origem
láctea, condimentos ou outros ingredientes opcionais permitidos somente conforme o
previsto, explicitamente, nos padrões individuais definidos para variedade de queijo.
4.2. Requisitos.
4.2.1. Os queijos deverão obedecer aos requisitos físicos, químicos e sensoriais
próprios de cada variedade, estabelecidos no padrão individual correspondente.
4.2.2. Acondicionamento: poderão ser acondicionados ou não, e, dependendo
da variedade de queijo de que se trata, apresentarão envases ou envoltórios
bromatologicamente aptos recobrindo a sua casca, aderindo ou não à mesma.
5. ADITIVOS E COAJUVANTES E TECNOLOGIA OU ELABORAÇÃO.
5.1 Aditivos.
Poderão ser utilizados na elaboração de queijos e aditivos relacionados na lista a que
indica a classe de queijo para a qual ou as quais estão autorizadas. A utilização de
outros aditivos poderá estar autorizada nos padrões individuais de certas variedades
particulares de queijos.

337
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
338 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DOS QUEIJOS

(*) m.a.u. Queijos de muita alta umidade


a.u. Queijos de alta umidade
m.u. Queijos de média umidade
b.u . Queijos de baixa umidade
(**) Queijos de mais alta umidade tratados termicamente.
5.2. Coadjuvantes de Tecnologia ou Elaboração.
Poderão ser utilizados na elaboração dos queijos de muita alta umidade tratados
termicamente os coadjuvantes de tecnologia indicados a seguir:
6. CONTAMINANTES.
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem esta presente em quantidades
superiores aos limites estabelecidos pela legislação vigente.
7. HIGIENE.
7.1. Considerações Gerais: As práticas de higiene para elaboração do produto estarão
de acordo com o estabelecimento no Código Internacional Recomendado de Práticas
Gerais de Higiene dos Alimentos. (CAC//VOL A.1985).
O leite a ser utilizado deverá ser higienizado por meio mecânicos e submetidos à
pasteurização ou tratamento térmico equivalente para assegurar a fosfatase residual
negativa (A.O.A.C. 15º Ed. 1990, 979. 13, p.823) combinado ou não com outros
processos físicos ou biológicos que garantam a inocuidade do produto.
Fica excluído da obrigação de ser submetido à pasteurização ou outro tratamento
térmico o leite higienizado que se destine à elaboração dos queijos submetidos a um
processo de maturação a uma temperatura superior aos 5º C, durante um tempo não
inferior a 60 dias.
7.2. Critérios macroscópicos.
O produto não deverá conter substâncias estranhas de qualquer natureza.
7.3. Critérios microscópicos.
O produto não deverá apresentar substâncias microscópicas estranhas de qualquer
natureza.
7.4. Critérios Microbiológicos.
Os queijos deverão obedecer ao estabelecido na legislação específica.
8. PESOS E MEDIDAS.
Será aplicada a legislação específica.

339
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

9. ROTULAGEM.
Será aplicada a legislação especifica.
Será denominado “Queijo...” seguido da variedade ou nome de fantasia, se existir, de
acordo com o padrão individual que corresponda ás características da variedade de
queijo.
Padrão individual que corresponda às características da variedade de queijo.
Poderão incluir-se denominações estabelecidas na classificação.
Nos queijos com adição de substâncias alimentícias, condimentos ou outras
substâncias aromatizantes naturais, deverá indicar-se na denominação de venda o
nome da ou das adições principais, exceto no caso dos queijos em que a presença
destas substâncias constitua uma característica tradicional.
No caso do emprego de leites de mais de uma espécie animal, deverá ser declarado
na lista de ingredientes os leites das diferentes espécies e seu percentual relativo.
10. MÉTODOS DE ANÁLISE.
Umidade: FIL 4A: 1982.
Matéria Gorda: FIL 5B: 1986.
11. AMOSTRAGEM
Serão seguidos os procedimentos recomendados na Norma FIL 50B: 1985.

RTIQ DE REQUISITOS MICROBIOLÓGICOS DE QUEIJOS


(Internalizou a GMC 69/93).

1. ALCANCE
1.1. Objetivo: Fixa os requisitos microbiológicos que deverão obedecer os queijos.
2. DEFINIÇÃO
Os requisitos microbiológicos definitivos nesta norma foram estabelecidos de acordo
com critério e planos de amostragem para aceitação de lotes da Comissão Internacional
de Especificações Microbiológicas dos Alimentos ICMSF
Os métodos analíticos especificados respondem à metodologia internacional aceita.
Os queijos foram classificados segundo o conteúdo de umidade da massa, outras
características próprias e tecnologias de fabricação.

3. REQUISITOS
3.1 Queijos de baixa umidade ( umidade menor que 36%)
Categoria
Microorganismos Critério de Aceitação Método de Ensaio
ICMSF
Coliforme/grama(30ºC) n=5 c=2 m=200 M=1.000 5 FI L 73A:1985
Coliforme/gramas(45ºC) n=5 c=5 n=100 M=500 5 APHA 1992 c.24(1)
Estafilococos Coag. Pos./grama n=5 c=2 m-100 M=1.000 5 FIL 145:1990
Salmonela Sp/25g n=5 c=0 m=0 10 Fil 93: 1985

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
340 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE REQUISITOS MICROBIOLÓGICOS DE QUEIJOS

3.2 Queijos de baixa umidade ( umidade menor que 36% < umidade < 46%)
Categoria
Microorganismos Critério de Aceitação Método de Ensaio
ICMSF
Coliforme/grama(30ºC) n=5 c=2 m=1.000 M=5.000 5 FI L 73A:1985
Coliforme/gramas(45ºC) n=5 c=2 n=100 M=500 5 APHA 1992 c.24(1)
Estafilococos Coag. Pos./grama n=5 c=2 m=100 M=1.000 5 FIL 145:1990
Salmonela Sp/25g n=5 c=0 m=0 10 Fil 93: 1985
Listeria Monocytogenes /25g n=5 c=0 m=0 10 Fil 143: 1990

3.3 Queijo de alta umidade(46% < umidade < 55%) excetuando os Queijos Quartirolo,
Cremoso, Criolo e Minas Frescal.
Categoria
Microorganismos Critério de Aceitação Método de Ensaio
ICMSF
Coliforme/grama(30ºC) n=5 c=2 m=5.000 M=10.000 5 FI L 73A:1985
Coliforme/gramas(45ºC) n=5 c=2 n=100 M=5000 5 APHA 1992 c.24(1)
Estafilococos Coag. Pos./grama n=5 c=2 m=100 M=1.000 5 FIL 145:1990
Salmonela Sp/25g n=5 c=0 m=0 10 Fil 93: 1985
Listeria Monocytogenes /25g n=5 c=0 m=0 10 Fil 143: 1990

3.4 Queijo Quartirolo, Cremoso, Criolo e Minas Frescal.


Categoria
Microorganismos Critério de Aceitação Método de Ensaio
ICMSF
Coliforme/grama(30ºC) n=5 c=2 m=10.000 M=100.000 5 FI L 73A:1985
Coliforme/gramas(45ºC) n=5 c=2 n=1.000 M=5.000 5 APHA 1992 c.24(1)
Estafilococos Coag. Pos./grama n=5 c=2 m=100 M=1.000 5 FIL 145:1990
Salmonela Sp/25g n=5 c=0 m=0 10 Fil 93: 1985

Listeria Monocytogenes /25g n=5 c=0 m=0 10 Fil 143: 1990

3.5 Queijo de muita alta umidade com bactérias lácticas em forma viável e abundantes
(umidade > 55%).

Categoria
Microorganismos Critério de Aceitação Método de Ensaio
ICMSF
Coliforme/grama(30ºC) n=5 c=3 m=100 M=1.000 5 FI L 73A:1985
Coliforme/gramas(45ºC) n=5 c=2 n=10 M=100 5 APHA 1992 c.24(1)
Estafilococos Coag. Pos./grama n=5 c=2 m=10 M=100 5 FIL 145:1990
Fungos e Leveduras / g n=5 c=2 m=500 M=5.000 5 FIL 145:1990
Salmonela Sp/25g n=5 c=0 m=0 10 Fil 93: 1985
Listeria Monocytogenes /25g n=5 c=0 m=0 10 Fil 143: 1990

341
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

3.6 Queijo de mais alta umidade sem bactérias lácticas em forma viável e abundantes
(umidade > 55%).

Categoria
Microorganismos Critério de Aceitação Método de Ensaio
ICMSF
Coliforme/grama(30ºC) n=5 c=2 m=100 M=1.000 5 FI L 73A:1985
Coliforme/gramas(45ºC) n=5 c=1 n=50 M=500 5 APHA 1992 c.24(1)
Estafilococos Coag. Pos./grama n=5 c=1 m=100 M=500 5 FIL 145:1990
Fungos e Leveduras / g n=5 c=2 m=500 M=5.000 5 FIL 145:1990
Salmonela Sp/25g n=5 c=0 10 m=0 10 Fil 93: 1985
Listeria Monocytogenes /25g n=5 c=0 10 m=0 10 Fil 143: 1990

3.7 Queijo de muita alta umidade com bactérias lácticas em forma viável e abundantes
(umidade > 55%).

Categoria
Microorganismos Critério de Aceitação Método de Ensaio
ICMSF
Coliforme/grama(30ºC) n=5 c=3 m=200 M=1.000 5 FI L 73A:1985
Coliforme/gramas(45ºC) n=5 c=2 n=100 M=1.000 5 APHA 1992 c.24(1)
Estafilococos Coag. Pos./grama n=5 c=2 m=100 M=1.000 5 FIL 145:1990
Fungos e Leveduras / g n=5 c=2 m=500 M=5.000 5 FIL 145:1990
Salmonela Sp/25g n=5 c=0 10 m=0 10 Fil 93: 1985

3.8 Queijo de muita alta umidade com bactérias lácticas em forma viável e abundantes
(umidade > 55%).

Categoria
Microorganismos Critério de Aceitação Método de Ensaio
ICMSF
Coliforme/grama(30ºC) n=5 c=3 m=100 M=1.000 5 FI L 73A:1985
Coliforme/gramas(45ºC) n=5 c=2 n=10 M=100 5 APHA 1992 c.24(1)
Estafilococos Coag. Pos./grama n=5 c=2 m=10 M=100 5 FIL 145:1990
(1) Compedium of Methods for the Microbiological examinations of Food 3º Edicion
Editado por Carl Vanderzant Y Don Fl Splittstoesser.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
342 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 53, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2000

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE QUEIJO “PETIT


SUISSE”

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 53, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2000

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO


ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 83, inciso IV do Regimento
Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial n. 574, de 8 de dezembro de 1998,
considerando que é necessário instituir medidas que normatizem a industrialização de produtos
de origem animal, garantindo condições de igualdade entre os produtores e assegurando a
transparência na produção, processamento e comercialização, e o que consta do Processo MA
21000.005421/2000-13, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Queijo “Petit Suisse”,
conforme consta dos Anexos desta Instrução Normativa.
Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA

RTIQ DE QUEIJO “PETIT SUISSE”

1. Alcance
1.1. Objetivo
Estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que deverá cumprir o
Queijo “Petit Suisse” destinado ao consumo humano.
1.2. Âmbito de Aplicação
O presente regulamento se refere exclusivamente ao Queijo “Petit Suisse” destinado
ao comércio nacional e internacional.
2. Descrição
2.1. Definição
Entende-se por queijo “Petit Suisse”, o queijo fresco, não maturado, obtido por
coagulação do leite com coalho e/ou de enzimas específicas e/ou de bactérias
específicas, adicionado ou não de outras substâncias alimentícias.
2.2. Classificação
2.2.1. O Queijo “Petit Suisse” é um queijo de altíssima umidade, a ser consumido
fresco, de acordo com a classificação estabeleci da no Regulamento Técnico de
Identidade e Qualidade de Queijos.
2.1.2. Quando em sua elaboração tenham sido adicionados ingredientes opcionais
não lácteos, até o máximo de 30% m / m, classifica-se como Queijo “Petit Suisse”
com adições.
2.1.2.1. No caso em que os ingredientes opcionais sejam exclusivamente açúcares e/
ou se adicionam substâncias aromatizantes/saborizantes, classifica-se como Queijo
“Petit Suisse” com açúcar e/ou aromatizados/saborizados.
2.2. Denominação de Venda

343
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

2.2.2. Quando em sua elaboração forem utilizados somente ingredientes lácteos, o


produto será denominado Queijo “Petit Suisse”.
2.2.3. Quando em sua elaboração forem utilizados ingredientes opcionais não lácteos,
o produto será denominado Queijo “Petit Suisse” com ..., preenchendo o espaço em
branco com o nome da(s) substância(s) alimentícia(s) adicionada(s) que confere(m)
ao produto suas características distintivas.
2.2.4. No caso em que os ingredientes opcionais sejam exclusivamente açúcares e/
ou se adicionam substâncias aromatizantes/saborizantes, o produto será denominado
Queijo “Petit Suisse” sabor ..., preenchendo o espaço em branco com o nome da(s)
substância(s) aromatizante(s) / saborizante(s) utilizada(s) que confere(m) ao produto
suas características distintivas.
3. Referências
Regulamento Técnico Geral para fixação de Requisitos Microbiológicos de Queijos.
Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Queijos.
4. Composição e Fatores Essenciais de Qualidade
4.1. Composição
4.1.1. Ingredientes obrigatórios
Leite e/ou leite reconstituído;
Bactérias lácteas específicas e/ou coalho e/ou outras enzimas coagulantes
apropriadas.
4.1.2. Ingredientes opcionais
Leite concentrado, creme, manteiga, gordura anidra de leite ou “butteroil”, caseinatos
alimentícios, proteínas lácteas, outros sólidos de origem Láctea, soros lácteos,
concentrados de soros lácteos; Frutas em forma de pedaços, polpa, suco e outros
preparados à base de frutas; Outras substâncias alimentícias como: mel, cereais,
vegetais, frutas secas, chocolate, especiarias, café e outras, sós ou combinadas;
Açúcares e/ou glicídios (exceto poliálcoois); Amidos e gelatina; Cloreto de sódio,
cloreto de cálcio.
4.2. Requisitos
4.2.1. Características Organolépticas
Aspecto: consistência pastosa, branda ou “mole”.
Cor: branca ou de acordo com as substâncias adicionadas.
Sabor: Próprio ou de acordo com as substâncias adicionadas.
Odor: Próprio ou de acordo com as substâncias adicionadas.
4.2.2. Características físico-químicas
4.2.2.1. Correspondem às características de composição e qualidade dos queijos de
muita alta umidade, estabelecidas no Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade
de Queijos.
4.2.2.2. Proteínas lácteas: mínimo 6,0%.
4.2.3. Acondicionamento
O Queijo “Petit Suisse” deve ser envasado em materiais adequados às condições de

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
344 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO “PETIT SUISSE”

armazenamento previstas de forma a conferir ao produto, uma proteção adequada.


4.2.4. Condições de Conservação e Comercialização
O Queijo “Petit Suisse” deve ser conservado e comercializado à temperatura não
superior a 10°C.
5. Aditivos e Coadjuvantes
5.1. Aditivos
O emprego dos aditivos intencionais deverão atender à legislação em vigor.
5.2. Coadjuvantes de Tecnologia ou Elaboração
Aqueles justificados pela necessidade tecnológica e permitidos pela legislação
vigente.
6. Contaminantes
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos presentes não devem superar os limites
estabelecidos pela legislação específica.
7. Higiene
7.1. As práticas de higiene para elaboração do produto estarão de acordo com o que
estabelece o Código Internacional Recomendado de Práticas e Princípios Gerais de
Higiene dos Alimentos (CAC/vol. Al1985).
7.2. Critérios Macroscópicos e Microscópicos
Ausência de qualquer tipo de impurezas ou elementos estranhos.
7.3. Critérios Microbiológicos
O Queijo “Petit Suisse” deve cumprir com o estabelecido no Regulamento Técnico
Geral para Fixação de Requisitos Microbiológicos de Queijos, para queijos de muita
alta umidade com bactérias lácteas em forma viável e abundante.
8. Pesos e Medidas
Aplica-se o regulamento específico.
9. Rotulagem
Aplica-se o item 9. Rotulagem do “Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade
de Queijos”.
9.1.1. Quando em sua elaboração forem utilizados somente ingredientes lácteos, o
produto será denominado Queijo “Petit Suisse”.
9.1.2. Quando em sua elaboração forem utilizados ingredientes opcionais não lácteos,
o produto será denominado Queijo “Petit Suisse” com ..., preenchendo o espaço em
branco com o nome da(s) substância(s) alimentícia(s) adicionada(s) que confere(m)
ao produto suas características distintivas.
9.1.3. No caso em que os ingredientes opcionais sejam exclusivamente açúcares e/
ou se adicionam substâncias aromatizantes/saborizantes, o produto será denominado
Queijo “Petit Suisse” sabor , preenchendo o espaço em branco com o nome da(s)
substância(s) aromatizante(s) / saborizantes(s) utilizada(s) que confere(m) ao produto
suas características distintivas.
10. Métodos de Análises
Aplica-se o regulamento específico.

345
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

11. Amostragem
De acordo com os procedimentos recomendados na norma FIL-50, 1985.
ANEXO II
TABELA DE ADITIVOS

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
346 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO “PETIT SUISSE”

347
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

REGULAMENTOS TÉCNICOS DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE MANTEIGA


DA TERRA OU MANTEIGA DE GARRAFA; QUEIJO DE COALHO E QUEIJO DE
MANTEIGA

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 30, DE 26 DE JUNHO DE 2001

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 83, inciso IV do
Regimento Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial nº 574, de 8 de dezembro
de 1998, considerando que é necessário instituir medidas que normatizem a industrialização de
produtos de origem animal, garantindo condições de igualdade entre os produtores e assegurando
a transparência na produção, processamento e comercialização, e o que consta do Processo nº
21000.008439/2000-69, resolve:
Art. 1º Aprovar os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade de Manteiga da Terra ou
Manteiga de Garrafa; Queijo de Coalho e Queijo de Manteiga, conforme consta dos Anexos
desta Instrução Normativa.
Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA

RTIQ DE QUEIJO DE MANTEIGA


1. Alcance:
1.1. Objetivo: Estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que
deverá cumprir o Queijo de Manteiga destinado ao consumo humano.
1.2. Âmbito da Aplicação: O presente Regulamento se refere ao Queijo de Manteiga
destinado ao comércio nacional e internacional.
2. Descrição:
2.1. Definição: Entende-se por Queijo de Manteiga o produto obtido mediante
coagulação do leite com emprego de ácidos orgânicos de grau alimentício, cuja
massa é submetida à dessoragem, lavagem e fusão, com acréscimo exclusivamente
de manteiga de garrafa ou manteiga da terra ou manteiga do sertão.
A denominação _Queijo de Manteiga_ ou _Queijo do Sertão_ está reservada ao
produto cuja base láctea não contenha gordura e/ou proteína e/ou outros produtos de
origem não láctea.
2.2 Classificação: O Queijo de Manteiga é um queijo com teor de gordura nos sólidos
totais variando entre 25% e 55%, devendo apresentar um teor máximo de umidade
de 54,9 % m/m.
2.3 Designação: (Denominação de venda):
Queijo de Manteiga ou Queijo do Sertão.
3. Referência:
- BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Portaria nº 146/96, de 07/03/96. Regulamento
Técnico Geral para Fixação de Requisitos Microbiológicos de Queijos. Brasília: Ministério da Agricultura e do
Abastecimento, 1996.
- BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Portaria nº 146, de 07/03/96. Regulamento Técnico de
Identidade e Qualidade de Queijos. Brasília: Ministério da Agricultura e do Abastecimento, 1996.
- BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Portaria nº 368, de 04/09/97. Regulamento

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
348 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO DE MANTEIGA

Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Elaboração para Estabelecimentos


Elaboradores/Industrializadores de Alimentos. Brasília: Ministério da Agricultura e do Abastecimento, 1997.
- BRASIL. Ministério da Agricultura. Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária. Laboratório Nacional de
Referência Animal. Métodos analíticos oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes:
II - Métodos físicos e químicos. Brasília: Ministério da Agricultura, 1981.
- BRASIL. Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária. Portaria no 101, de 17.08.93.
Métodos de Análise Microbiológica para Alimentos. 1991/1992 - 2a. revisão. Brasília: Ministério da Agricultura,
do Abastecimento e da Reforma Agrária, 1993.
- BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Plano Nacional de Controle de Resíduos em
Produtos de Origem Animal. Instrução Normativa nº 42, de 20/12/99. Brasília: Ministério da Agricultura e do
Abastecimento, 1999.
- BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Portaria nº 371, de 04/09/97. Regulamento Técnico
para Rotulagem de Alimentos. Brasília: Ministério da Agricultura e do Abastecimento, 1997.
- BRASIL. Ministério da Agricultura. RIISPOA - Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de
Origem Animal. Decreto nº 30.691, de 29/03/52. Brasília: Ministério da Agricultura, 1952.
- Norma A6 - Codex Alimentarius. Norma geral para queijos.
- EMBRAPA AGROINDÚSTRIA TROPICAL. Projeto de Apoio ao Desenvolvimento de Tecnologia Agropecuária
para o Brasil - PRODETAB. Avaliação e Adequação de Técnicas de Produção para a Melhoria da Qualidade
de Produtos Regionais Derivados do Leite Produzidos nos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte (em
execução) - Coordenadora do Projeto: Renata Tieko Nassu - Pesquisadora III.
- GUERRA, T.M.M. Influência do Sorbato de Potássio sobre a Vida Útil do queijo de Manteiga (Requeijão do
Norte). Universidade Federal de Pernambuco. Tese de mestrado, 1995. 59p.
- RIBEIRO, J.ª O genuíno Requeijão do Nordeste. Boletim do Leite, Ano I, no 13, p. 13- 16. Setembro de
1947.
- VENTURA, R.F. Requeijões do Nordeste: tipos e fabricações. Revista do Instituto de Laticínios Cândido
Tostes. Juiz de Fora, v.42, n. 254, p.3-21, 1987
- Norma FIL 50C: 1995 - Leite e produtos lácteos - método de amostragem. 4. Composição e Requisitos:
4.1. Composição:
4.1.1. Ingredientes Obrigatórios:
4.1.1.1. Leite Integral ou padronizado ou semi-desnatado ou desnatado.
4.1.1.2. Manteiga da terra ou manteiga de garrafa.
4.1.1.3. Ácidos orgânicos de grau alimentício (lático, cítrico, acético).
4.1.2. Ingredientes Opcionais:
4.1.2.1. Cloreto de sódio, além das demais especificações contempladas na Portaria
nº 146/96 - MA.
4.2. Requisitos:
4.2.1. Características sensoriais.
4.2.1.1. Consistência: macia, tendendo à untuosidade.
4.2.1.2. Textura: fechada, semi-friável, com pequenos orifícios mecânicos contendo
gordura líquida no seu interior.
4.2.1.3. Cor: amarelo-palha.
4.2.1.4. Sabor: pouco acentuado, lembrando manteiga, levemente ácido e podendo
ser salgado.
4.2.1.5. Odor: pouco pronunciado, lembrando manteiga.
4.2.1.6. Crosta: fina, sem trinca.
4.2.2. Formato e peso: Variáveis.
4.2.3. Requisitos físico-químicos: O Queijo de Manteiga é um queijo com teor de
gordura nos sólidos totais (GST) variando entre 25% e 55% de GST. Classifica-se,
quanto ao teor de umidade, como Queijo de Média até Alta Umidade, devendo, dessa

349
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

forma, apresentar um teor máximo de umidade de 54,9% m/m.


4.2.4. Características distintivas do processo de elaboração:
4.2.4.1. Obtenção de massa coagulada através de acidificação direta do leite com
ácido orgânico de grau alimentício, remoção parcial do soro, lavagem com água
quente ou leite quente, fusão da massa, adição exclusivamente de manteiga da terra
ou manteiga de garrafa, adição de sal, transferência da massa fundida para formas,
resfriamento, embalagem e estocagem refrigerada até 10oC.
4.2.5. Acondicionamento: Embalagem bromatologicamente apta, com ou sem vácuo.
4.2.6. Condição de conservação e comercialização: O Queijo de Manteiga deverá
manter-se a uma temperatura não superior a 10º C.
5. Aditivos e Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração:
5.1. Aditivos:
São autorizados os aditivos previstos no item 5 do Regulamento Técnico de Identidade
e Qualidade de Queijos, para queijos de média e alta umidade (Portaria no 146/96 -
MA).
5.2. Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração:
5.2.1. Bicarbonato de sódio.
6. Contaminantes:
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em quantidades
superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento específico.
7. Higiene:
7.1. Considerações Gerais:
As práticas de higiene para elaboração de produto devem estar de acordo com o
Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas
de Fabricação para Estabelecimento Elaboradores/Industrializadores de Alimentos
(Portaria no 368/97 - MA). O leite a ser utilizado deverá ser higienizado por meios
mecânicos adequados.
7.2. Considerações Particulares: Durante o processo de fusão, o produto deverá ser
submetido a cocção em temperatura mínima de 85oC (oitenta e cinco graus Celsius),
ao menos por 15 minutos.
7.3. Critérios Macroscópicos: O produto não deverá conter impurezas ou substâncias
estranhas de qualquer natureza.
7.4. Critérios Microscópicos: O produto não deverá apresentar substâncias
microscópicas estranhas de qualquer natureza.
7.5. Critérios Microbiológicos: O queijo de manteiga deverá obedecer aos critérios
estabelecidos para queijo de médio ou alto teor de umidade no _Regulamento Técnico
Geral para Fixação dos Requisitos Microbiológicos de Queijos_ (Portaria no 146/96
- MA).
8. Pesos e Medidas:
Aplica-se o Regulamento específico.
9. Rotulagem:

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
350 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO DE COALHO

9.1. Aplica-se a legislação específica.


9.2. Será designado como _Queijo de Manteiga_ ou _Queijo do Sertão_.
10. Métodos Analíticos .
- BRASIL. Ministério da Agricultura. Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária.
Laboratório Nacional de Referência Animal. Métodos analíticos oficiais para controle
de produtos de origem animal e seus ingredientes: II - Métodos físicos e químicos.
Brasília: Ministério da Agricultura, 1981.
- BRASIL. Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária. Portaria
no 101, de 17.08.93. Métodos de Análise Microbiológica para Alimentos. 1991/1992
- 2a. revisão. Brasília: Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma
Agrária, 1993.
11. Amostragem:
São seguidos os procedimentos recomendados na norma FIL 5O C: 1995

RTIQ DE QUEIJO DE COALHO

1. Alcance:
1.1. Objetivo: Estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que
deverá cumprir o queijo de coalho destinado ao consumo humano.
1.2. Âmbito de Aplicação: O presente Regulamento se refere ao queijo de coalho
destinado ao comércio nacional e internacional.
2. Descrição:
2.1. Definição: Entende-se por queijo de coalho, o queijo que se obtém por
coagulação do leite por meio do coalho ou outras enzimas coagulantes apropriadas,
complementada ou não pela ação de bactérias lácteas selecionadas e comercializado
normalmente com até 10 (dez) dias de fabricação.
2.2. Classificação: O queijo de coalho é um queijo de média a alta umidade, de massa
semi-cozida ou cozida e apresentando um teor de gordura nos sólidos totais variável
entre 35,0% e 60,0%.
2.3. Designação (Denominação de venda):
2.3.1. Queijo de Coalho.
2.3.2. Quando adicionado de apenas 01 (um) condimento, este deverá ser citado na
denominação do produto; quando for adicionado de mais de um condimento, não
haverá necessidade de menção de todos eles na denominação, podendo ser utilizada
apenas a expressão: _Condimentado_ após a denominação _Queijo de Coalho_.
3. Referência:
- BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria nº 146, de 07/03/96. Regulamento Técnico Geral para
Fixação de Requisitos Microbiológicos de Queijos. Brasília: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 1996.
- BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria nº 146, de 07/03/96. Regulamento Técnico de Identidade
e Qualidade de Queijos. Brasília: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 1996.
- BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria nº 368, de 04/09/97. Regulamento Técnico sobre as
Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Elaboração para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de
Alimentos. Brasília: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 1997.
- BRASIL. Ministério da Agricultura. Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária. Laboratório Nacional de Referência Animal.

351
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Métodos analíticos oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes: II - Métodos físicos e químicos.
Brasília: Ministério da Agricultura, 1981.
- BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria no 101, de 17.08.93. Métodos de Análise Microbiológica
para Alimentos. 1991/1992 - 2a. revisão. Brasília: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 1993.
- BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Plano Nacional de Controle de Resíduos em Produtos de Origem
Animal. Instrução Normativa nº 42, de 20/12/99. Brasília: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 1999.
- BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regulamento Técnico para Rotulagem de Alimentos. Portaria nº
371, de 04/09/97. Brasília: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 1997.
- BRASIL. Ministério da Agricultura. RIISPOA - Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal.
Decreto nº 30.691, de 29/03/52. Brasília: Ministério da Agricultura, 1952.
- PAIVA, M.S.D. Queijo de Coalho Artesanal e Industrializado Produzidos no Rio Grande do Norte: Estudo Comparativo da
Qualidade Microbiológica. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 1999, 44 p.
- EMBRAPA AGROINDÚSTRIA TROPICAL. Projeto de Apoio ao Desenvolvimento de Tecnologia Agropecuária para o Brasil -
PRODETAB.Avaliação e Adequação de Técnicas de Produção para a Melhoria da Qualidade de Produtos Regionais Derivados
do Leite Produzidos nos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte (em execução) - Coordenadora do Projeto: Renata Tieko
Nassu - Pesquisadora III.
- SEBRAE/CEARÁ. Projeto de melhoria da qualidade do queijo de coalho produzido no Ceará. Fortaleza / CE, 1998. 205 p.
- FEITOSA, T. Estudos tecnológicos, físico-químicos, microbiológicos e sensoriais do queijo de coalho do Estado do Ceará.
Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Ceará, 1984. 96 p.
- LIMA, M.H.P. Elaboração de queijo de coalho a partir de leite pasteurizado e inoculado com S. thermophillus e L. bulgaricus.
Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Ceará, 1996. 97 p.
- FIORENTINO, E.R.; MARTINS, R.S. Características microbiológicas do _queijo de coalho_produzido no estado da Paraíba.
Higiene Alimentar, v.13, n.59, p. 43-48, 1999.
- MORAIS, C.M.M. Condições de processamento do queijo de coalho artesanal produzido no Estado de Pernambuco.
Universidade Federal de Pernambuco, 1993. 59p. (Relatório).
- Norma FIL 50C: 1995 - Leite e produtos lácteos - método de amostragem.

4. Composição e Requisitos:
4.1. Composição:
4.1.1. Ingredientes obrigatórios:
4.1.1.1. Leite Integral ou padronizado a 3% (m/m) em seu conteúdo de matéria
gorda.
4.1.1.2. Coalho ou outras enzimas coagulantes apropriadas.
4.1.2. Ingredientes Opcionais:
4.1.2.1. Cloreto de cálcio.
4.1.2.2. Cultivo de bactérias lácteas selecionadas.
4.1.2.3. Sólidos de origem láctea.
4.1.2.4. Condimentos e especiarias.
4.1.2.5. Cloreto de sódio.
4.2. Requisitos:
4.2.1. Características Sensoriais.
4.2.1.1. Consistência: semidura, elástica.
4.2.1.2. Textura: compacta, macia.
4.2.1.3. Cor: branco amarelado uniforme.
4.2.1.4. Sabor: brando, ligeiramente ácido, podendo ser salgado.
4.2.1.5. Odor: ligeiramente ácido, lembrando massa coagulada.
4.2.1.6. Crosta: fina, sem trinca, não sendo usual a formação de casca bem definida.
4.2.1.7. Olhaduras: algumas olhaduras pequenas ou sem olhaduras.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
352 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO DE COALHO

4.2.2. Formato e peso: Variáveis.


4.2.3. Requisitos físico-químicos: Correspondem às características de composição e
qualidade dos queijos de média a alta umidade, conforme estabelecido no Regulamento
Técnico de Identidade e Qualidade de Queijos (Portaria 146/96-MA) e com teor de
gordura nos sólidos totais (GST) entre 35% e 60%.
4.2.4. Características distintivas do processo de elaboração:
4.2.4.1. Coagulação em torno de 40 minutos, corte e mexedura da massa, remoção
parcial do soro, aquecimento da massa com água quente ou vapor indireto até
obtenção de massa semi-cozida (até 45oC) ou cozida (entre 45o e 55oC), adição de
sal (cloreto de sódio) à massa, se for o caso, prensagem, secagem, embalagem e
estocagem em temperatura média de 10 - 12oC normalmente até 10 (dez) dias. Esse
queijo poderá ser também elaborado a partir de massa crua (sem aquecimento).
4.2.5. Acondicionamento: Embalagem bromatologicamente apta, com ou sem vácuo.
4.2.6. Condição de conservação e comercialização: O queijo de coalho deverá manter-
se a uma temperatura não superior a 12º C.
5. Aditivos e Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração:
5.1. Aditivos: São autorizados os aditivos previstos no item 5 do Regulamento Técnico
de Identidade e Qualidade de Queijos (Portaria no 146/96 - MA), para queijos de
média ou alta umidade.
6. Contaminantes: Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar
presentes em quantidades superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento
específico.
7. Higiene:
7.1. Considerações Gerais: As práticas de higiene para elaboração de produto
devem estar de acordo com o Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-
Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores /
Industrializadores de Alimentos (Portaria no 368/97 - MA).
O leite a ser utilizado deverá ser higienizado por meios mecânicos adequados e
submetido à pasteurização ou tratamento térmico equivalente, para assegurar
fosfatase alcalina residual negativa, nos termos da Portaria no 146/96 - MA, de
acordo com metodologia analítica oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, combinado ou não com outros processos físicos ou biológicos que
garantam a inocuidade do produto.
7.2. Critérios Macroscópicos: O produto não deverá conter impurezas ou substâncias
estranhas de qualquer natureza.
7.3. Critérios Microscópicos: O produto não deverá apresentar substâncias
microscópicas estranhas de qualquer natureza.
7.4. Critérios Microbiológicos: O queijo de coalho deverá obedecer os critérios
estabelecidos para queijo de médio a alto teor de umidade no _Regulamento Técnico
Geral para Fixação dos Requisitos Microbiológicos de Queijos_ - Portaria no 146/96
- MA.
8. Pesos e Medidas:
Aplica-se o Regulamento específico.

353
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

9. Rotulagem:
9.1. Será aplicada a legislação específica.
9.2. Será designado como _Queijo de Coalho.
9.3. Quando adicionado de apenas 01 (um) condimento, este deverá ser citado na
denominação do produto; quando for adicionado de mais de um condimento, não
haverá necessidade de menção de todos eles na denominação, podendo ser utilizada
apenas a expressão _Condimentado_ após a denominação _Queijo de Coalho.
10. Métodos Analíticos
- BRASIL. Ministério da Agricultura. Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária.
Laboratório Nacional de Referência Animal. Métodos analíticos oficiais para controle
de produtos de origem animal e seus ingredientes: II - Métodos físicos e químicos.
Brasília: Ministério da Agricultura, 1981. - BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento. Portaria no 101, de 17.08.93. Métodos de Análise Microbiológica
para Alimentos. 1991/1992 - 2a. revisão. Brasília: Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, 1993.
11. Amostragem:
São seguidos os procedimentos recomendados na norma FIL 50 C: 1995.

REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE


QUEIJO MINAS FRESCAL

PORTARIA Nº 352, DE 04 DE SETEMBRO DE 1997


(Internalizou a GMC, nº 145/96 ALTERADA PELA GMC 44/98) .

Aprovar o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo


Minas Frescal
O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição
que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e nos termos do disposto no
Regulamento da inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo
Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952, e,
Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 145/96, que aprovou o Regulamento Técnico
de Identidade e Qualidade de Queijo Minas Frescal;
Considerando a necessidade de padronizar os processos de elaboração dos Produtos de Origem
Animal, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo Minas
Frescal;
Art. 2º O Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo Minas Frescal
aprovado por esta Portaria, estará disponível na Coordenação de Informação Documental Agrícola,
da Secretaria do Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.
ARLINDO PORTO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
354 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO MINAS FRESCAL

RTIQ DE QUEIJO MINAS FRESCAL

1. ALCANCE
1.1. OBJETIVO.
Estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que deverá cumprir o
Queijo Minas Frescal destinado ao consumo humano.
1.2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO:
O presente Regulamento se refere ao Queijo Minas Frescal a ser comercializado no
MERCOSUL.
2 - DESCRIÇÃO
2.1.DEFINIÇÃO:
Entende-se por Queijo Minas Frescal, o queijo fresco obtido por coagulação enzimática
do leite com coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas, complementada ou
não com ação de bactérias lácticas específicas.
2.2. Classificação:
O Queijo Minas Frescal é um queijo semi-gordo, de muito alta umidade, a ser
consumido fresco, de acordo com a classificação estabelecida no ‘Regulamento
Técnico de Identidade e Qualidade de Queijos. (ALTERADO PELA INSTRUÇÃO
NORMATIVA 04 DE 01/03/2004)
2.3. DESIGNAÇÃO (DENOMINAÇÃO DE VENDA):
Queijo Minas Frescal.
3 -REFERÊNCIA
CAC/Vol. A 1985/Codex – FIL. Regulamento Técnico Geral MERCOSUL para Fixação de Requisitos
Microbiológicos de Queijos.
Regulamento Técnico Geral MERCOSUL de Identidade e Qualidade de Queijos.
Norma FIL 4A:1982 - Queijos e Queijos Processados. Determinação do conteúdo de sólidos totais (Método
de referência).
Norma FIL 5B: 1986. Queijos e Produtos Processados de Queijos. Conteúdo de matéria gorda.
Norma FIL 50 C: 1995. Leite e Produtos Lácteos - Métodos e Amostragem.
Norma A6 do Codex Alimentarius. Norma Geral para Queijo.
Norma FIL 99A: 1987. Avaliação Sensorial de Produtos Lácteos.
4 -COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. COMPOSIÇÃO
4.1.1. Ingredientes obrigatórios.
4.1.1.1. Leite e/ou Leite reconstituído
4.1.1.2. Coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas.
4.1.2. Ingredientes Opcionais
4.1.2.1. Leite em pó
4.1.2.2. Creme
4.1.2.3. Sólidos de origem láctea
4.1.2.4. Cloreto de sódio.
4.1.2.5. Cloreto de cálcio.
4.1.2.6. Cultivo de bactérias lácteas específicas

355
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4.2.Requisitos
4.2.1. Características Sensoriais
4.2.1.1. Consistência: branda, macia.
4.2.1.2. Textura: com ou sem olhaduras mecânicas
4.2.1.3. Cor: esbranquiçada
4.2.1.4. Sabor: suave ou levemente ácido
4.2.1.5. Odor: suave, característico.
4.2.1.6. Crosta: não possui, ou crosta fina.
4.2.1.7. Olhaduras - eventualmente algumas olhaduras mecânicas.
4.2.2. Forma e Peso
4.2.2.1 Forma: Cilíndrico
4.2.2.2 Peso: De 0,3 a 5kg
4.2.3. Requisitos Físico-Químicos:
Correspondem às características de composição e qualidade dos queijos de muito
alta umidade e semi-gordos, estabelecidos no ‘Regulamento Técnico de Identidade
e Qualidade de Queijos.(ALTERADO PELA INSTRUÇÃO NORMATIVA 04 DE
01/03/2004).
4.2.4 Características distintivas do processo de elaboração
Obtenção de uma massa coalhada, dessorada, não prensada, salgada e não
maturada.
4.2.5.Acondicionamento.
Embalagem plástica ou acondicionado em envases bromatológicamente aptos. 4.2.6
Condições de conservação e comercialização:
O Queijo Minas Frescal deverá manter-se a uma temperatura não superior a 8ºC.
5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO
5.1. Aditivos: São autorizados os aditivos previstos no item 5. do ‘Regulamento Técnico
de Identidade e Qualidade de Queijos’ para queijos de muito alta umidade.”(ALTERADO
PELA INTRUÇÃO NORMATIVA Nº04 DE 01/03/2004).
5.2. Coadjuvantes de tecnologia/elaboração: É autorizado o uso dos coadjuvantes
de tecnologia/elaboração previsto no Regulamento Técnico Geral MERCOSUL de
Identidade e Qualidade de Queijos.
6 - CONTAMINANTES:
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em
quantidades superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento MERCOSUL
correspondente.
7 - HIGIENE
7.1.Considerações Gerais
As práticas de higiene para elaboração do produto devem estar de acordo com o
Regulamento Técnico MERCOSUL sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de
Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
356 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
INSTRUÇÃO NORMATIVA 4, DE 1 DE MARÇO DE 2004

de Alimentos. O leite a ser utilizado deverá ser higienizado por meios mecânicos
adequados e submetido à pasteurização, ou tratamento térmico equivalente para
assegurar fosfatase residual negativa (A.O.A.C. 15º Ed. 1990, 979.13 p.823) combinado
ou não com outros processos físicos e biológicos que garantam a inocuidade do
produto.
7.2.Critérios Macroscópicos e Microscópicos: O produto não deverá conter substâncias
e estranhas de qualquer natureza.
7.3. Critérios Microbiológicos: O Queijo Minas Frescal deverá cumprir com o
estabelecido no Regulamento Técnico Geral MERCOSUL para Fixação de Requisitos
Microbiológicos de Queijos, para Queijo Minas Frescal.
8 -.PESOS E MEDIDAS
Aplica-se o Regulamento MERCOSUL correspondente
9 - ROTULAGEM
Aplica-se o item 9 Rotulagem, do Regulamento Técnico Geral MERCOSUL de
Identidade e Qualidade de Queijos. Denomina-se “Queijo Minas Frescal”.
10 - MÉTODOS DE ANÁLISE
Umidade: FIL 4A: 1982. Matéria Gorda: FIL 5B: 1986.
11 - AMOSTRAGEM
Seguem-se os procedimentos recomendados na norma FIL 50C: 1995.

ALTERA RTIQ DO QUEIJO MINAS FRESCAL

INSTRUÇÃO NORMATIVA 4, DE 1 DE MARÇO DE 2004


(Internalizou a GMC nº 44/98- correção da GMC 145/96).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no


uso da atribuição que lhe confere o art. 87, inciso II, da Constituição, nos termos do
disposto no Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem
Animal, aprovado pelo Decreto nº 30.691, de 29 de março de 1952, alterado pelos
Decretos no 1.255, de 25 de junho de 1962, no 1.236, de 2 de setembro de 1994, no
1.812, de 8 de fevereiro de 1996, e no 2.244, de 4 de junho de 1997; Considerando
a Resolução MERCOSUL GMC no 44/98, por meio da qual se corrigiu a Resolução
MERCOSUL GMC no 145/96, quanto à classificação de umidade do queijo Minas
Frescal, e o que consta do Processo no 21000.000660/2004-01, resolve:
Art. 1º Incluir o termo “Muito” na expressão “Alto Umidade” nos itens 2.2 (Classificação),
4.2.3 (Requisitos Físico-Químicos) e 5.1 (Aditivos), no REGULAMENTO TÉCNICO
PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DO QUEIJO MINAS FRESCAL,
que passam a ter a seguinte redação:
2.2. Classificação:
O Queijo Minas Frescal é um queijo semi-gordo, de muito alta umidade, a ser
consumido fresco, de acordo com a classificação estabelecida no ‘Regulamento
Técnico de Identidade e Qualidade de Queijos.

357
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4.2.3. Requisitos Físico-Químicos:


Correspondem às características de composição e qualidade dos queijos de muito
alta umidade e semi-gordos, estabelecidos no ‘Regulamento Técnico de Identidade e
Qualidade de Queijos.’
5.1. Aditivos:
São autorizados os aditivos previstos no item 5. do ‘Regulamento Técnico de Identidade
e Qualidade de Queijos’ para queijos de muito alta umidade.”(NR)
Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
ROBERTO RODRIGUES

APROVA O REGULAMENTO DA LEI Nº 14185, DE 31 JANEIRO DE 2002,


QUE DISPÕE SOBRE O PROCESSO DE PRODUÇÃO DE QUEIJO MINAS
ARTESANAL.

DECRETO Nº 42.645, DE 05 DE JUNHO DE 2002 - PRODUÇÃO DE QUEIJO


MINAS ARTESANAL
(DOE DE 06.06.2002)

O Governador do Estado de Minas Gerais, no uso de atribuição que lhe confere o art. 90, inciso
VII, da Constituição do Estado, e tendo em vista o disposto na Lei nº 14185, de 31 de janeiro de
2002,
DECRETA:
Art. 1º - Fica aprovado o Regulamento da Lei nº 14185, de 31 de janeiro de 2002, que dispõe
sobre o processo de produção de Queijo Minas Artesanal, que com este se publica.
Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 05 de junho de 2002.
ITAMAR FRANCO
Governador do Estado
REGULAMENTO DA LEI Nº 14185, DE 31 JANEIRO DE 2002, QUE DISPÕE SOBRE
O PROCESSO DE PRODUÇÃO DE QUEIJO MINAS ARTESANAL.
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 1º - O processo de produção do Queijo Minas Artesanal no Estado de Minas
Gerais obedecerá às normas deste Regulamento.
Art. 2º - Este Regulamento abrange a produção de queijos artesanais produzidos a
partir de leite cru, beneficiados na queijaria da propriedade de origem, sem a utilização
de técnicas industriais, em microrregiões tradicionais em sua produção no Estado de
Minas Gerais, segundo procedimentos próprios de tecnologia e produção.
Art. 3º - Para efeito deste Regulamento, entende-se:
I - por Queijo Minas Artesanal, o queijo elaborado, na propriedade de origem do leite, a

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
358 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
DECRETO Nº 42.645, DE 05 DE JUNHO DE 2002 - PRODUÇÃO DE QUEIJO MINAS ARTESANAL

partir do leite cru, hígido, integral e recém ordenhado, utilizando-se na sua coagualção
somente a quimosina de bezerro pura e no ato da prensagem somente o processo
manual, e que produto final apresente consistência firme, cor e sabor próprios, massa
uniforme, isenta de corantes e conservantes, com ou sem olhaduras mecânicas,
conforme a tradição histórica e cultural da região do Estado onde for produzido;
II - por microrregiões tradicionais, aquelas onde existam uma tradição histórica e
cultural na produção de queijos artesanais. As microrregiões e os municípios que as
compõem serão identificadas em portarias específicas, sempre que houver solicitação
junto ao IMA, através de organizações representativas dos produtores, mediante
estudos feitos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado
de Minas Gerais - EMATER/MG e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas
Gerais - EPAMIG, que comprovem, através de caracterização da região, sua tradição
histórica e Cultural na atividade;
III - por queijarias artesanais, os estabelecimentos situados em propiedade rural,
destinados exclusivamente à produção do Queijo Minas Artesanal. As queijarias
artesanais só poderão funcionar para a manipulação de leite da própria fazenda;
IV - por leite cru próprio fabricação de Queijo Minas Artesanal, o leite obtido de um
rebanho sadio e que no momento de sua utilização artesanal atenda aos seguintes
padrões:
1 - MICROBIOLÓGICAS:
a) flora microbiana total = 100.000 ufc/ml
b) células somáticas = 400.000 unidades/ml;
c) Staphylococcus aureus = 100 ufc/ml;
d) Escherichia coli = 100 ufc/ml;
e) salmonella, ausência/25 ml;
f) Streptococus â-hemolíticos (Lancefield A, B, C, G e L) ausência/0,1 ml;
2 - FÍSICO-QUÍMICAS:
a) caracteres organolépticos normais;
b) teor de gordura: mínimo de 3%;
c) acidez em graus Dornic: de 15 a 20°D;
d) densidade a 15°C: de 1.028 a 1.033;
e) lactose: mínimo de 4,3%;
f) extrato seco desengordurado: mínimo 8,5%;
g) extrato seco total: mínimo 11,5%;
h) índice crioscópio: de -0,550°H a -0,530°H (-0,530°C a - 0,512°C);
i) livre de resíduos de antibióticos, agrotóxicos e quimioterápicos.
Parágrafo único - Os padrões microbiológicos citados no inciso IV deverão ser
atingidos até 2004, prevendo-se os seguintes prazos e metas para os produtores se
adequarem às exigências:
1 - em 2002:
a) flora microbiana total = 350.000 ufc/ml;

359
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

b) células somáticas = 465.000 unidades/ml;


2 - em 2003:
a) flora microbiana total = 200.000 ufc/ml;
b) células somáticas = 420.000 unidades/ml;
3 - em 2004:
a) flora microbiana total = 100.000 ufc/ml;
b) células somáticas = 400.000 unidades/ml.
Art. 4º - Somente será permitida a produção do Queijo Minas Artesanal sob as
seguintes condições:
I - ser fabricado na propriedade rural, cujo proprietário e propriedade sejam cadastrados
no IMA, conforme o disposto no art. 13;
II - ser fabricado sem a utilização de técnicas industriais, como ultrafiltração do leite,
prensagem mecânica, emprego de leite concentrado ou em pó e proteínas láticas,
enzimas coagulantes de origem fúngica ou microbianas, utilização de leite sem
lactose, ou qualquer outro componente normal do leite e quaisquer outras técnicas
industriais que venham a ser desenvolvidas;
III - utilização do leite produzido somente na propriedade, cujo rebanho leiteiro atenda
a todas as especificações previstas neste Regulamento, sendo, portanto, proibida a
compra de leite ou coalhada.
Art. 5º - Na fabricação do Queijo Minas Artesanal serão observadas as seguintes
fases:
I - Filtração: é a coagem do leite, logo após a ordenha, objetivando a retirada das
partículas macroscópicas. O filtro ou coador deve ficar na “boca” do latão e deve
ser constituídos de tela de metal, aço inox ou alumínio, nylon ou plástico atóxico. É
importante que a malha seja de 10 - 16 meshes e que seja higienizado e seco antes
do uso.
Durante esta fase pode ser necessária a utilização de mais de um filtro, pois este deve
ser trocado sempre que estiver sujo. O leite deverá ser coado novamente no momento
de entrar na queijaria, no tanque de recepção, só que o filtro será de 60-90 meshes;
II - ADIÇÃO DE FERMENTO NATURAL E COALHO: visam à produção da massa
para o queijo. Deve-se utilizar coalho em pó ou líquido de quimosina de bezerro. Soro
fermantado ou soro fermento natural salgado ou pingo;
III - COAGULAÇÃO: é o tempo necessário para atuação do coalho no leite;
IV - CORTE DA COALHADA: objetiva a separação do soro. Deve-se cortar a coalhada
até obter grãos do tamanho característico do processo de fabricação de cada
microrregião;
V - MEXEDURA: também visa à separação do soro. A decantação lenta ou a flutuação
dos grãos indica falha no processamento e, portanto, deve-se eliminar a massa com
o problema, pois o queijo se rnaria impróprio para consumo;
VI - DESSORAGEM: fase em que o excesso de soro é retirado. A quantidade de soro
a ser retirada é característica de cada microrregião, devendo ser regulamentada por
Portaria a ser publicada pelo IMA;

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
360 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
DECRETO Nº 42.645, DE 05 DE JUNHO DE 2002 - PRODUÇÃO DE QUEIJO MINAS ARTESANAL

VII - ENFORMAGEN: nessa fase a massa é colocada nas formas redondas para
ganhar sua forma característica.
Colher a massa usando um percolador telado higiênico e moldar em formas
higienizadas. Esses utensílios serão especificados em portaria baixada pelo IMA;
VIII - PRENSAGEM MANUAL: fase que objetiva aproximar bem os grãos para o
queijo ficar liso. Prensar manualmente usando luvas plásticas descartáveis estéreis
ou usando as próprias tampas das formas;
IX - SALGA SECA: fase importante que dá sabor ao queijo. Salgar de ambos os lados
usando sal marinho destinado ao consumo humano. Cuidados especiais com o sal
utilizado que pode carrear contaminates para o produto acabado. Deve-se colher o
pingo num colume mínimo de 4 litros/100 litros de leite;
X - MATURAÇÃO: fase com duração específica para cada microrregião e objetiva o
desenvolvimento do sabor, a desidratação e a estabilização do produto para atingir a
consistência desejada.
Parágrafo 1º - O processamento será iniciado até noventa minutos após o começo da
ordenha.
Parágrafo 2º - O processamento será detalhado em portarias baixadas pelo IMA,
obedecidas as características de fabricação de cada microrregião.
Parágrafo 3º - É proibido o preparo do coalho a partir do estômago do tatu canastra,
família dos dasipodídeos, táxon:
Art. 6º - O leite deverá passar, imediatamente antes de sua utilização, pelas seguintes
avalizações de qualidade:
I - mensalmente pelo WMT: teste para controle e monitoramento da qualidade do leite
do rebanho. O resultado doteste deve apresentar valor correspondente ao teor de
células somáticas estabelecido no parágrafo único do art. 3º
deste Regulamento, a partir de:
a) 2002: máximo de 12 mm que corresponde na tabela a contagens de células
somáticas inferiores a 465.000 células/ml;
b) 2003: máximo de 11 mm que corresponde na tabela a contagens de células
somáticas inferiores e a 420.000 células/ml;
c) 2004: máximo de 10 mm que corresponde na tabela a contagens de células
somáticas inferiores e a 400.000 células/ml;
II - teste do alizarol: será considerado próprio o leite que apresentar resultado de
coloração róseo-salmão sem grumos.
Parágrafo único - Todo leite fora destes padrões deverá ser utilizado para outros
fins. Para garantir a segurança desses testes os produtores deverão passar por
um treinamento para se capacitarem. Este treinamento deverá ser oferecido por
instituições , conforme inciso V do art. 12 deste Regulamento.
Art. 7º - É proibida a prática da requeija, ou seja, o reprocessamento de queijos com
defeitos visando ao consumo humano, napropriedade de origem.
Parágrafo único - É autorizada a venda dos queijos com defeitos a laticínios
inspecionados, para a fabricação de queijos fundidos, submetidos a alta
temperatura.

361
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

CAPÍTULO II
Do Controle Sanitário do Rebanho
Art. 8º - Para assegurar a qualidade do Queijo Minas Artesanal e sua adequação
para o consumo humano, o produtor deverá adotar as seguintes práticas visando ao
controle sanitário do rebanho:
I - vacinação contra febre aftosa;
II - vacinação contra brucelose;
III - teste de diagnóstico para brucelose;
IV - teste de diagnóstico para tuberculose;
V - controle dos animais contra mamite;
VI - controle de parasitas e outras manifestações patológicas, que comprometam a
saúde do rebanho ou a qualidade do leite;
VII - controle de insetos, roedores e qualquer outra praga.
Os raticidas, inseticidas, desinfetantes e qualquer outra substância tóxica devem ser
mantidos em local fechado em ambiente separado da queijaria ou quarto de queijo,
de modo a não contaminar os produtos alimentícios, suas matérias primas e seus
manipuladores.
Parágrafo 1º - O IMA, através de portaria, baixará as normas técnicas disciplinando o
controle sanitário do rebanho.
Parágrafo 2º - Animais reagentes positivos aos testes de diagnóstico para brucelose
e tuberculose serão marcados a ferro candente no lado direito da cara com um “P”,
contido num círculo de oito centímetros de diâmetro.
Parágrafo 3º - Animais reagentes positivos para brucelose e tuberculose deverão ser
isolados de todo o rebanho e sacrificados no prazo máximo de 30(trinta) dias após o
diagnóstico, em estabelecimento sob inspeção oficial indicado pelo IMA.
Parágrafo 4º - Animais reagentes positivos devem ser imediatamente afastados da
produção leiteira.
Parágrafo 5º - Na impossibilidade de sacrifício em estabelecimento sob inspeção
oficial, os animais serão sacrificados e destruídos no estabelecimento de criação, sob
fiscalização direta da unidade local do IMA.
Parágrafo 6º - O Governo deverá criar uma linha de crédito específica para reposição
dos animais abatidos conforme os parágrafos 3º e 5º deste artigo.
Art. 9º - O leite utilizado na fabricação do Queijo Minas Artesanal deverá, ainda, ser
obtido:
I - de vacas que se apresentem clinicamente sãs e em bom estado de nutrição;
II - de vacas que não estejam no período final de gestação ou na fase colostral;
III - de vacas que não apresentem quaisquer sintomas de doenças no aparelho genital
ou lesões no úbere e tetos, febre, infecções generalizadas, enterites com diarréia;
IV - de vacas que não tenham sido tratadas com substâncias nocivas à saúde do
homem pela transmissão através do leite, salvo quando houver o respeito ao período
de carência destes produtos.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
362 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
DECRETO Nº 42.645, DE 05 DE JUNHO DE 2002 - PRODUÇÃO DE QUEIJO MINAS ARTESANAL

CAPÍTULO III
Da Higiene
Art. 10 - O IMA certificará as condições higiênico-sanitárias necessárias para
fabricação do Queijo Minas Artesanal, observando a higiene pessoal, o processo da
ordenha, a elaboração do Queijo Minas Artesanal, a armazenagem e o transporte
para comercialização, bem como a sanidade do rebanho.
Art. 11 - O certificado referido no artigo anterior será emitido até 60 (sessenta) dias
após o cadastramento, por ordem de entrada da solicitação no Escritório do IMA
mais próximo, prazo no qual se atestará o cumprimento das exigências santitárias e
legais.
Art. 12 - Para obter o certificado, o produtor de Queijo Minas Artesanal deverá:
I - ser cadastrado no IMA;
II - atender às exigências contidas nos arts. 8º e 9º deste Regulamento;
III - apresentar exames que comnprovem a potabilidade da água utilizada;
IV - ter infra-estrutura necessária para a produção de leite hígido: curral, sala de
ordenha e queijaria adequados, de acordo com a legislação vigente;
V - submeter-se a cursos de qualificação, ministrados sob a responsabilidade da
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais -
EMATER-MG e/ ou Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - EPAMIG,
e obter atestado de capacitação emitido por essas empresas, que estabelecerão os
critérios para a qualificação.
Parágrafo único - O certificado será convalidado a cada visita de fiscalização dos
técnicos do IMA, com a finalidade de verificar se as condições exigidas neste
Regulamento estão sendo cumpridas, sob pena de o certificado e o cadastramento
serem cancelados.
Art. 13 - A entidade que vier a ministrar os cursos estabelecerá programas de
qualificação dos produtores de acordo com as normas técnicas a serem estabelecidas
pelo IMA.
CAPÍTULO IV
Do Cadastramento
Art. 14 - O cadastramento no IMA será realizado em seu Escritório, no município
da propriedade rural do requerente, individualmente ou por meio de entidade
representativa, mediante apresentação dos seguintes documentos:
I - exame médico dos trabalhadores(clínico e tuberculose), renovado anualmente;
II - cópia do cartão de controle sanitário que comprove a vacinação do rebanho contra
a febre aftosa;
III - nota fiscal que comprove a vacinação do rebanho contra a raiva dos herbívoros,
quando necessário;
IV - atestado de vacinação contra brucelose, emitido por médico veterinário
credenciado;
V - atestado negativo de teste contra brucelose, emitido por médico veterinário
credenciado;

363
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

VI - atestado negativo de teste contra tuberculose, emitido por médico veterinário


credenciado;
VII - resultado de exame microbiológico e físico-químico da água, emitido por
laboratório credenciado pelo IMA;
VIII - resultado de exame microbiológico e físico-químico do produto, emitido por
laboratório credenciado pelo IMA, para as queijarias existentes;
IX - planta baixa da propriedade contendo: localização do acurral, sala de ordenha,
queijaria com máquinas, equipamentos e pontos de água e de esgotos, na escla de
1/100;
X - carta-compromisso, com firma reconhecida, em que o produtor assuma a
responsabilidade pelo produto;
XI - laudo técnico da queijaria preenchido e assinado por médico-veterinário;
XII - modelo do rótulo a ser utilizado no produto.
Parágrafo 1º - Para as novas queijarias será dado um prazo de 30(trinta) dias após
o início da fabricação do primeiro lote de queijos para que apresentem os resultados
das análises microbiológicas do produto;
Parágrafo 2º - Os incisos X e XI seguirão modelo próprio fornecido pelo IMA.
Parágrafo 3º - Os parâmetros e padrões para o exame referido no inciso VIII são os
seguintes:
1 - FÍSICO-QUÍMICOS:
a) umidade expressa em base seca: até 54,9%;
b) amido: negativo;
c) fosfatase: positiva;
2 - MICROBIOLÓGICOS:
a) Coliforme/g a 30ºC: n=5, c=2, m= 5 x 103, M= 1 x 104;
b) Coliforme/g a 45ºC: n=5, c=2, m= 1 x 103, M= 1 x 103;
c) Estafilococos coagulase positiva: n=5, c=2, m= 1 x 102, M= 1 x 103;
d) Salmonella sp./25 gr: n=5, c=0, m=0;
e) Listeria sp/25 gr: n=5, c=0, m=0;
3 - Os parâmetros Físico-Químicos do Queijo Minas Artesanal serão definidos em
Portarias específicas, baixadas pelo IMA, de acordo com as características do queijo
de cada microrregião.
Parágrafo 4º - Terminado o prazo de 360(trezentos e sessenta) dias para cadastramento,
os produtores que não solicitaram seu cadastro deverão requerer o registro de seu
estabelecimento, como laticínio, ao Serviço de Inspeção Estadual, e observar as
normas vigentes.
CAPÍTULO V
Da Água Utilizada na Produção do Queijo
Art. 15 - A água utilizada na produção do Queijo Minas Artesanal será potável e
poderá provir de nascente, cisterna revestida e protegida do meio exterior ou de poço
artesiano, observadas as seguintes condições:

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364 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
DECRETO Nº 42.645, DE 05 DE JUNHO DE 2002 - PRODUÇÃO DE QUEIJO MINAS ARTESANAL

I - ser canalizada desde a fonte até o depósito ou caixa dºágua da queijaria ou do


quarto de queijo;
II - ser filtrada antes de sua chegada ao reservatório;
III - ser clorada com cloradores de passagem ou outros sanitariamente recomendáveis,
a uma concentração de 2 ppm (duas partes por milhão) a 3 ppm(três partes por
milhão).
Parágrafo 1º - Além da cloração, o tratamento da água com a utilização de outro
deseinfetante ou outra condição do processo de desinfecção poderá ser autorizado
pelo IMA, desde que fique demonstrada eficiência de inativação microbiológica
equivalente à obtida com a condição definida no inciso III.
Parágrafo 2º - As nascentes serão protegidas do acesso de animais e livres de
contaminação por água de enxurrada e outros agentes.
Parágrafo 3º - O reservatório a que se refere o inciso II deste artigo será tampado e
construído em fibra, cimento ou outro material sanitariamente aprovado.
Parágrafo 4º - A queijaria artesanal disporá de água para limpeza e a higienização de
suas instalações na proporção de cinco litros para cada litro de leite processado.
Art. 16 - A água utilizada na produção do Queijo Minas Artesanal será submetida à
análise físico-química e bacteriológica.
Parágrafo 1º - A análise será feita em laboratório credenciado pelo IMA.
Parágrafo 2º - A água deverá ser analisada visando avaliar os seguintes aspectos:
cor, odor, dureza, cloretos, turbidez, pH, cloro residual, matéria orgância, nitrogênio
amoniacal, nitrito, nitrato, coliformes totais, coliformes fecais, numa frequência a
ser definida pelo técnico do IMA, conforme avaliação da propriedade e do produto
acabado.
Parágrafo 3º - A critério do IMA, poderão ser solicitadas análises complementares
visando confirmar a ausência de substâncias químicas que representem riscos à
saúde(pesticidas, metais pesados e agrotóxicos).
Parágrafo 4º - Os padrões de potabilidade, referentes às análises constantes deste
artigo, são os seguintes:
1 - coliformes totais: ausência em 100 ml;
2 - escherichia coli ou coliformes termotolerantes: ausência em 100 ml;
3 - os padrões físico-químicos da água serão os mesmos citados na Portaria do
Ministério da Saúde nº 1.469, de 29 de dezembro de 2000.
CAPÍTULO VI
Das Instalações da Queijaria Artesanal
Art. 17 - Na instalação da queijaria artesanal serão cumpridas as seguintes
exigências:
I - localização distante de poaculga, galinheiro e qualquer outra fonte produtora de
mau cheiro que possa comprometer a qualidade do leite ou queijo;
II - impedimento, por meio de cerca, do acesso de animais e pessoas estranhas à
produção;
III - construção em alvenaria, segundo normas técnicas a serem estabelecidas em

365
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

portaria pelo IMA;


Parágrafo único: A queijaria artesanal ou quarto de queijo poderá ser instalado junto
ao estábulo e local de ordenha, respeitadas as seguintes condições:
1 - inexistência de comunicação direta entre o estábulo e a queijaria, com local
adequado para higienização pessoal e troca de roupa de qualquer pessoa que entrar
na queijaria;
2 - revestimento do piso do estábulo com cimento ou calçamento, com declive não
inferior a 2% (dois por cento);
3 - existência de valetas, no estábulo, sem cantos vivos e de largura, profundidade
e inclinação suficientes para permitir fácil escoamento das águas e de resíduos
orgânicos;
4 - existência de torneira independente para higienização do estábulo e dos animais,
com abastecimento de água de boa qualidade em volume suficiente para atender aos
trabalhos diários de higienização dos animais, equipamentos e instalações;
5 - o descarte do soro poderá ser destinado à alimentação animal, sendo proibida sua
eliminação no ambiente sem tratamento adequado.
Art. 18 - A queijaria artesanal terá os seguintes ambientes:
I - área para recepção e armazenagem do leite;
II - área de fabricação;
III - área de maturação;
IV - área de embalagem e expedição.
CAPÍTULO VII
Dos Equipamentos
Art. 19 - As características técnicas dos equipamentos necessários à fabricação
do Queijo Minas Artesanal, bem como os critérios de higienização das instalações,
equipamentos e fabricantes, serão definidos em portarias pelo IMA.
Capítulo VIII
Do Transporte e da Comercialização
Art. 20 - Somente poderá ser comercializado o Queijo Minas Artesanal do produtor
cadastrado que tenha atendido a todas as exigências contidas neste Regulamento e
em portarias expedidas pelo IMA.
Art. 21 - São obrigatórias para a comercialização informações sobre a identificação do
fabricante, a data de fabricação e o prazo de validade do Queijo Minas Artesanal.
Art. 22 - O transporte do Queijo Minas Artesanal se fará a temperaturas adequadas,
em veículo com carroceria fechada, sem a presença de nenhum outro produto, a fim
de evitar deformação ou contaminação e/ou proliferações de microorganismos que
comprometam a qualidade do produto.
Parágrafo único - Os veículos de transporte devem ser devidamente higienizados,
imediatamente antes de receber a carga de Queijo Minas Artesanal.
Art. 23 - Os veículos de transporte deverão realizar as operações de carga fora dos
locais de elaboração dos alimentos, devendo ser evitada a contaminação destes e do
ar pelos gases de combustão.

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QUEIJOS E SIMILARES
DECRETO Nº 42.645, DE 05 DE JUNHO DE 2002 - PRODUÇÃO DE QUEIJO MINAS ARTESANAL

Art. 24 - O Queijo Minas Artesanal não embalado, ou seja, curado com casca, será
acondicionado para transporte em caixa ou tubo plástico, de fibra de vidro ou similar,
aprovado, higienizado, provido de tampa ou vedação e mantido à temperatura
adequada.
Art. 25 - O Queijo Minas Artesanal, submetido a curto período de maturação, deverá
ser comercializado embalado sob refrigeração.
Parágrafo 1º - A embalagem plástica deverá ser de uso único, descartável, permeável
ao vapor de água, oxigênio e gás carbônico, aprovada pelo Ministério da Saúde e ser
armazenada em local adequado que lhe garanta a qualidade higiênica.
Parágrafo 2º - O queijo só poderá ser embalado após dessoragem completa.
Art. 26 - Para a comercialização do queijo curado, com casca, não embalado, será
exigida a impressão na peça, em baixo relevo, de número da inscrição estadual do
produtor, acrescido do número de cadastro do produtor artesanal no IMA.
Parágrafo único - No caso previsto neste artigo, é facultado o uso de rótulo contendo as
informações obrigatórias, que deverá ser afixado diretamente no queijo com adesivo
apropriado para alimentos, redes, cordões ou qualquer outra forma que garanta que
os mesmos cheguem até o consumnidor, desde que aprovadas pelo IMA.
CAPITULO IX
Da Rotulagem
Art. 27 - Para a comercialização do queijo embalado será exigido o cadastramento da
embalagem e do rótulo no IMA, utilizando-se os mesmos formulários adotados para
a Inspeção Estadual.
Parágrafo único - O rótulo deverá conter as seguintes informações obrigatórias:
1 - denominação “QUEIJO MINAS ARTESANAL” de forma visível e em letras
destacadas, em tamanho uniforme, de acordo com as normas de rotulagem;
2 - identificação do produtor;
3 - lista de ingredientes;
4 - informação nutricional;
5 - conteúdo líquido, ou a menção “pesar à vista do consumidor”;
6 - data de fabricação;
7 - prazo de validade;
8 - estar impresso no rótulo, em destaque, tanto a denominação “QUEIJO MINAS
ARTESANAL” quanto a expressão “PRODUTO ELABORADO COM LEITE CRU” e a
microrregião de origem.
CAPÍTULO X
Das Penalidades e Infrações
Art. 28 - O não-cumprimento do disposto neste Regulamento e nas Portarias baixadas
pelo IMA implicará:
I - advertência por escrito quando o dano possa ser reparado;
II - apreensão e destruição dos produtos inadequados;
III - cancelamento do cadastro do produtor quando o dano for considerado

367
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

irreparável.
Parágrafo 1º - O prudutor poderá apresentar defesa ao Diretor-Geral do IMA, no prazo
de 20(vinte) dias, contado da data da notificação.
Parágrafo 2º - Da decisão final será dada ciência ao produtor por escrito, através do
Escritório do IMA mais próximo de sua propriedade.
Parágrafo 3º - Quando o dano for reparável, o produtor terá um prazo para adoção das
medidas corretivas a ser fixado pelo IMA.
CAPÍTULO XI
Disposições Finais
Art. 29 - O produtor é obrigado a apresentar ao Escritório do IMA mais próximo,
mensalmente, uma planilha com a produção do mês, contendo o nome e endereço do
comprador, segundo modelo fornecido pelo IMA.
Art. 30 - Somente poderá exibir no produto ou em sua embalagem a classificação
“QUEIJO MINAS ARTESANAL” o queijo fabricado em conformidade com as
disposições deste Regulamento.
Art. 31 - O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A. - BDMG estabelecerá
programa de incentivo à produção de queijo artesanal, mediante apoio financeiro, com
recursos do Fundo Estadual de Desenvolvimento Rural - FUNDERUR.

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QUEIJOS E SIMILARES
PORTARIA Nº 353, DE 04 DE SETEMBRO DE 1997

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE QUEIJO


PARMESÃO, PARMESANO, REGGIANO, REGGIANITO E SBRINZ

PORTARIA Nº 353, DE 04 DE SETEMBRO DE 1997


(Internalizou a GMC 01/97).
NOTA IMPORTANTE: A versão divulgada pelo site www.agricultura.gov.br , apresenta
as seguintes incorreções, perante a versão oficial original do Mercosul:
• Omite a especificação de que o percentual mínimo de gordura nos sólidos totais
deve ser de 32g/100g;
• Menciona que a temperatura máxima de conservação do produto no comércio
deve ser de 18ºC, quando, na verdade, deve ser de 20 ºC;
• Menciona qe a massa do queijo parmesão deve variar entre 5,0Kg e 10Kg,
quando, na verdade, deve variar entre 4,0Kg e 8,0Kg.
Portanto, segue a versão originalmente divulgada pelo Mercosul.

RTIQ DE QUEIJO PARMESÃO / PARMESANO (SBRINZ, REGGIANO E


REGGIANITO)

“VERSÃO ORIGINAL DA RESOLUÇÃO GMC MERCOSUL Nº 01/97, QUE TRATA


DO RTIQ DE QUEIJO PARMESÃO E SINONÍMIAS.”

MERCOSUR/GMC/RES. No.1/97
Reglamento Técnico MERCOSUR de Identidad y Calidad del Queso Parmesão,
Parmesano, Reggiano, Reggianito y Sbrinz.
VISTO: El Tratado de Asunción, el Protocolo de Ouro Preto, la Resolución Nº 91/93 del
Grupo Mercado Común y la Recomendación No 57/96 del SGT No. 3”Reglamentos
Técnicos”
CONSIDERANDO:
Que los Estados Partes acordaron fijar la Identidad y Calidad del Queso
Parmesão,Parmesano, Reggiano, Reggianito y Sbrinz.
Que la armonización de los Reglamentos Técnicos tiene por objetivo eliminar los
obstáculos que generan las diferencias en los Reglamentos Técnicos nacionales,dando
cumplimiento a lo establecido en el Tratado de Asunción.
EL GRUPO MERCADO COMUM RESUELVE:
Art. 1. Aprobar el “Reglamento Técnico MERCOSUR de Identidad y Calidad Del Queso
Parmesão, Parmesano, Reggiano, Reggianito y Sbrinz”, que figura en El anexo y
forma parte de la presente Resolución.
Art.2. Los Estados Partes pondrán en vigencia las disposiciones legislativas,
reglamentarias y administrativas necesarias para dar cumplimiento a la presente
Resolución a través de los siguientes organismos:
ARGENTINA Ministerio de Salud y Acción Social

369
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Ministerio de Economía y Obras y Servicios Públicos


Secretaría de Agricultura. Ganadería, Pesca y Alimentación
(SENASA).
BRASIL Ministério da Agricultura e do Abastecimento
Ministério da Saúde
PARAGUAY Ministerio de Salud Pública y Bienestar Social
Ministerio de Agricultura y Ganadería
Ministerio de Industria y Comercio
URUGUAY Ministerio de Salud Pública
Ministerio de Industria, Energía y Minería - LATU
Ministerio de Ganadería, Agricultura y Pesca
Art. 3. La presente Resolución entrará en vigencia el 1°/XI/97
XXV GMC - Asunción, 25/IV/97
Reglamento Técnico para la fijación e Identidad y Calidad de los Quesos PARMESÃO,
PARMESANO, REGGIANO, REGGIANITO Y SBRINZ.
1. ALCANCE
1. OBJETIVO
Establecer la identidad y los requisitos mínimos de calidad que deberán cumplir
los Quesos Parmesão, Parmesano, Reggiano, Reggianito y Sbrinz destinados AL
consumo humano.
2. ÁMBITO DE APLICACIÓN:
El presente Reglamento se refiere a los quesos Parmesão, Parmesano, Reggiano,
Reggianito y Sbrinz que deberán ser comercializados en el MERCOSUR.
2 -DESCRIPCIÓN:
2.1.Definición
Se entiende por Queso Parmesão, Queso Parmesano, Queso Reggiano, Queso
Reggianito y Queso Sbrinz los quesos maduros que se obtienen por La coagulación de
la leche por medio del cuajo y/o otras encimas coagulantes apropiadas, complementada
por la acción de bacterias lácticas específicas.
2.2. Clasificación
Los Quesos Parmesão, Parmesano, Reggiano, Reggianito y Sbrinz son quesos de
baja humedad, semigordos a gordos de acuerdo con la clasificación establecida en el
“Reglamento Técnico General del MERCOSUR e Identidad y Calidad de Quesos”.
Tienen un contenido mínimo de 32g/100g de materia gorda en el extracto seco.
2.3. Designación (denominación de venta):
Se denomina “Queso Parmesão” , “Queso Parmesano” ,”Queso Reggianito”, “Queso
Reggiano” o “Queso Sbrinz”, de acuerdo con el ítem 4.2.2.
3 - REFERENCIA.
Reglamento Técnico General MERCOSUR de Identidad y Calidad de Quesos.
Reglamento Técnico MERCOSUR sobre las condiciones Higiénico-Sanitarias

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QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO PARMESÃO / PARMESANO (SBRINZ, REGGIANO E REGGIANITO)

y de Buenas Prácticas de Fabricación para Establecimientos Elaboradores/


Industrializadores de alimentos.
Norma FIL 4A:1982 - Quesos y Quesos Procesados. Determinación Del contenido de
sólidos totales (Método de referencia).
Norma FIL 5B: 1986. Quesos y Productos Procesados de Queso. Contenido de
materia grasa.
Norma FIL 50C: 1995. Leche y Productos Lácteos - Métodos de muestreo.
Norma FIL A6 del Codex Alimentarius. Norma General para Queso.
Reglamento Técnico General MERCOSUR para Fijación de los Requisitos
Microbiológicos de Quesos.
4. COMPOSICIÓN Y REQUISITOS.
4.1. COMPOSICIÓN:
4.1.1. Ingredientes obligatorios.
4.1.1.1 - Leche integral o padronizada en su contenido de materia grasa.
4.1.1.2 - Cultivos de bacterias lácticas específicas
4.1.1.3 - Cuajo y/o otras encimas coagulantes apropiadas
4.1.1.4 - Cloreto de sodio
4.1.2 - Ingredientes opcionales
4.1.2.1 - Crema
4.1.2.2 - Concentrado de proteínas lácteas
4.1.2.3 - Cloreto de calcio
4.2 - REQUISITOS
4.2.1. Características Sensoriales.
4.2.1.1 - Consistencia: dura
4.2.1.2 - Textura: compacta, quebradiza y granulosa
4.2.1.3 - Color: blanco amarillento y ligeramente amarillento.
4.2.1.4 - Sabor: salado levemente picante.
4.2.1.5 - Olor: característico.
4.2.1.6 - Crosta lisa, consistente, bien formada, cubierta con revestimientos apropiados,
adheridos o no.
4.2.1.7 - Ojos: no posee. Eventualmente podrá presentar algunos ojos pequeños y
algunos orificios mecánicos.
4.2.2. Forma y Peso
4.2.2.1 - . Forma
Cilindros de faces planas, de perfil ligeramente convexo.
4.2.2.2. Peso
Parmesão de 4 a 8 kg.
Reggianito y Sbrinz de 5 a 10kg

371
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Reggiano de 10 a 20kg.
Parmesano mas de 20kg.
4.2.3 - Requisitos Fisico-Químicos
Corresponderán a las características de composición y calidad de los quesos de baja
humedad y contenido mínimo de 32g/100g de materia grasa en El extracto seco.
4.2.4 - Características distintivas del proceso de elaboración.
4.2.4.1. Obtención de una masa cocida, sin suero, prensada, salada y madura.
4.2.4.2. Estabilización y maduración: deberá ser madurado por el tiempo 5 necesario
para la obtención de sus características específicas. Por lo menos 6 meses para
quesos de 4 a 10kg de peso, 8 meses para quesos de peso comprendido entre 10 y
20kg y 12 meses para los quesos de más de 20 kg.
4.2.5. Acondicionamiento
Sin embalaje o en envoltorios plásticos o en embalajes con o sin vacío o envoltorios
bromatológicamente aptos. Eventualmente, parafinados y/o acondicionados con
coberturas bromatológicamente aptas.
4.2.6. Condiciones de conservación y Comercialización.
Se recomienda mantener los Quesos Parmesão, Parmesano, Reggiano, Reggianito
y Sbrinz a una temperatura no superior a 20ºC, con el objetivo de mantener las
características.
5 - ADITIVOS Y COADYUVANTES DE TECNOLOGÍA/ELABORACIÓN.
5.1. Aditivos
Serán autorizados los aditivos previstos en el ítem 5. del Reglamento General del
MERCOSUR de Identidad y Calidad de Quesos para Quesos de Baja Humedad.
Se autoriza para el uso en las coberturas de las superficies de los quesos los colorantes
previstos en el ítem 5 del Reglamento General del MERCOSUR de Identidad y
Calidad de Quesos y, también aceites de linaza u otros aceites vegetales aislados o
en combinaciones con carbón vegetal, carbonato de calcio, óxido de hierro, aluminio,
plata, oro y litolrubina BK.
5.2. Coadyuvantes de tecnología/elaboración.
No se autoriza el uso de coadyuvantes de tecnología/elaboración.
6. CONTAMINANTES
Los contaminantes orgánicos e inorgánicos no deben estar presentes en cantidades
superiores a los límites establecidos por el Reglamento MERCOSUR
correspondiente.
7 - HIGIENE
7.1 - Consideraciones Generales.
Las prácticas de higiene para la elaboración del producto deberán estar de acuerdo
con el Reglamento Técnico MERCOSUR sobre las condiciones Higiénico-Sanitarias
y de Buenas Prácticas de Fabricación para Establecimientos Elaboradores/
Industrializadores de Alimentos.
Se podrá utilizar Leche Cruda o Pasteurizada la cual deberá ser higienizada por

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medios mecánicos adecuados.


7.2 - Criterios Macroscópicos y Microscópicos.
El producto no deberá contener sustancias extrañas de cualquier naturaleza.
7.3 - Criterios Microbiológicos.
Los Quesos Parmesão, Parmesano, Reggiano, Reggianito y Sbrinz deberán
cumplir con lo establecido en el “Reglamento Técnico General MERCOSUR de
Requisitos Microbiológicos para Quesos”, para Quesos de Baja Humedad.
8. PESOS Y MEDIDAS
Se aplica el Reglamento MERCOSUR correspondiente.
9. ROTULAJE
Se aplica el ítem 9 ROTULAJE del “Reglamento General MERCOSUR de Identidad y
Calidad de Quesos”.
Se denomina “Queso Parmesão”, “Queso Parmesano”, “Queso Reggiano” “Queso
Reggianito” o “Queso Sbrinz”, según corresponda y de acuerdo con El ítem 4.2.2.
10. MÉTODOS DE ANÁLISIS
Humedad: FIL 4A: l982
Materia Grasa: FIL 5B: l986
11.DEMOSTRACION
Se siguen los procedimientos recomendados en la norma FIL 50 C: 1995.
Regulamento Técnico para fixação de Identidade e Qualidade dos Queijos PARMESÃO,
PARMESANO, REGGIANO, REGGIANITO e SBRINZ.
1. ALCANCE
1.1. OBJETIVO
Estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que deverão cumprir
os Queijos Parmesão,Parmesano, Reggiano, Reggianito e Sbrinz destinados ao
consumo humano.
1.2.AMBITO DE APLICAÇÃO:
O presente Regulamento se refere aos queijos Parmesão, Parmesano, Reggiano,
Reggianito e Sbrinz a serem comercializados no MERCOSUL.
2 -DESCRIÇÃO:
2.1. DEFINIÇÃO
Entende-se por Queijo Parmesão, Queijo Parmesano, Queijo Reggiano, Queijo
Reggianito e Queijo Sbrinz os queijos maturados que se obtêm por coagulação do leite
por meio do coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas, complementada
pela ação de bactérias lácticas específicas.
2.2. Classificação
Os Queijos Parmesão, Parmesano, Reggiano, Reggianito e Sbrinz são queijos de
baixa umidade, semigordos a gordos, de acordo com a classificação estabelecida no
“Regulamento Técnico Geral MERCOSUL de Identidade e Qualidade de Queijos”.
Têm um conteúdo mínimo de 32g/100g de matéria gorda no extrato seco.

373
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

2.3. DESIGNAÇÃO (DENOMINAÇÃO DE VENDA):


Denomina-se, “Queijo Parmesão” , “Queijo Parmesano” ,”Queijo Reggianito”, “Queijo
Reggiano” ou “Queijo Sbrinz”, de acordo com o item 4.2.2.
3 - REFERÊNCIA.
Regulamento Técnico Geral MERCOSUL de Identidade e Qualidade de Queijos
Regulameno Técnico MERCOSUL sobre as condições Higiênicas-Sanitárias e de
Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores
de alimentos.
Norma FIL 4A:1982 - Queijos e Queijos Processados. Determinação do conteúdo de
sólidos totais (Método de referência).
Norma FIL 5B: 1986. Queijos e Produtos Processados de Queijo. Conteúdo de matéria
gorda.
Norma FIL 50C: 1995. Leite e Produtos Lácteos - Métodos de amostragem.
Norma FIL A6 do Codex Alimentarius. Norma Geral para Queijo.
Regulamento Técnico Geral MERCOSUL para Fixação dos Requisitos Microbiológicos
de Queijos
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS.
4.1. COMPOSIÇÃO:
4.1.1. Ingredientes obrigatórios.
4.1.1.1 Leite integral ou padronizado em seu conteúdo de matéria gorda
4.1.1.2 Cultivos de bactérias lácticas específicas
4.1.1.3 Coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas
4.1.1.4 Cloreto de sódio
4.1.2 Ingredientes opcionais
4.1.2.1 Creme
4.1.2.2 Concentrado de proteínas lácteas
4.1.2.3. Cloreto de cálcio
4.2.Requisitos
4.2.1. Características Sensoriais.
4.2.1.1. Consistência: dura
4.2.1.2. Textura: compacta, quebradiça e granulosa
4.2.1.3. Cor: branca amarelada e ligeiramente amarelada
4.2.1.4. Sabor: salgado levemente picante
4.2.1.5. Odor: característico
4.2.1.6. Crosta: lisa, consistente, bem formada, recoberta com revestimentos
apropriados, aderidos ou não.
4.2.1.7. Olhos: não possui. Eventualmente poderá apresentar alguns olhos pequenos
e algumas olhaduras mecânicas.

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4.2.2. Forma e Peso


4.2.2.1. Forma
Cilindros de faces planas, de perfil ligeiramente convexo.
4.2.2.2. Peso
Parmesão ....................... de 4 a 8 kg.
Reggianito e Sbrinz.......... de 5 a 10kg.
Reggiano ......................... de 10 a 20kg.
Parmesano ...................... mais de 20kg.
4.2.3. Requisitos Fisico-Químicos
Corresponderão às características de composição e qualidade dos queijos de baixa
umidade e conteúdo mínimo de 32g/100g de matéria gorda no extrato seco.
4.2.4. Características distintivas do processo de elaboração.
4.2.4.1. Obtenção de uma massa cozida, dessorada, prensada, salgada e maturada.
4.2.4.2. Estabilização e maturação: deverá ser maturado pelo tempo
necessário para a obtenção das suas características específicas. Pelo menos 6 meses
para queijos de 4 a 10kg de peso, 8 meses para queijos de peso compreendido entre
10 e 20kg e 12 meses para os queijos de mais de 20 kg.
4.2.5. Acondicionamento
Sem embalagem ou em envoltórios plásticos ou em embalagens com ou sem
vácuo ou envoltórios bromatologicamente aptos. Eventualmente, parafinados e/ou
acondicionados com cobertura bromatologicamente aptas.
4.2.6. Condições de conservação e comercialização
É recomendado manter os Queijos Parmesão, Parmesano, Reggiano, Reggianito
e Sbrinz a uma temperatura não superior a 20ºC, com o objetivo de manter suas
características .
5 - ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO.
5.1. Aditivos
Serão autorizados os aditivos previstos no item 5. do Regulamento Geral MERCOSUL
de Identidade e Qualidade de Queijos para Queijos de Baixa Umidade.
Se autoriza para uso nas coberturas das superfícies dos queijos os corantes previstos
no item 5 do Regulamento Geral MERCOSUL de Identidade e Qualidade de Queijos
e, ainda, óleo de linhaça ou outros óleos vegetais isolados ou em combinações com
carvão vegetal; carbonato de cálcio, óxido de ferro, alumínio, prata, ouro e litolrubina
BK.
5.2. Coadjuvantes de tecnologia/elaboração
Não se autoriza o uso de coadjuvantes de tecnologia/elaboração.
6. CONTAMINANTES
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em
quantidades superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento MERCOSUL
correspondente.

375
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

7. HIGIENE
7.1. Considerações Gerais:
As práticas de higiene para a elaboração do produto deverão estar de acordo com
o Regulamento Técnico MERCOSUL sobre as condições Higiênico-sanitárias e de
Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores
de Alimentos.
Poderá utilizar-se Leite Crú ou Pasteurizado o qual deverá ser higienizado por meios
mecânicos adequados.
7.2. Critérios Macroscópicos e Microscópicos:
O produto não deverá conter substâncias estranhas de qualquer natureza.
7.3. Critérios Microbiológicos:
Os Queijos Parmesão, Parmesano, Reggiano, Reggianito e Sbrinz deverão cumprir
com o estabelecido no “Regulamento Técnico Geral MERCOSUL de Requisitos
Microbiológicos para Queijos”, para Queijos de Baixa Umidade.
8. PESOS E MEDIDAS
Aplica-se o Regulamento MERCOSUL correspondente.
9. ROTULAGEM
Aplica-se o item 9 ROTULAGEM do”Regulamernto Geral MERCOSUL de Identidade e
Qualidade de Queijos. Denomina-se “Queijo Parmesão”, “Queijo Parmesano”, “Queijo
Reggiano”, “Queijo Reggianito” ou “Queijo Sbrinz”, segundo corresponda e de acordo
com o item 4.2.2.
10. MÉTODOS DE ANÁLISE
Umidade : FIL 4A: l982
Matéria Gorda: FIL 5B: l986
11. AMOSTRAGEM
Seguem-se os procedimentos recomendados na norma FIL 50 C: 1995.

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE QUEIJO EM PÓ

PORTARIA Nº 355, DE 04 DE SETEMBRO DE 1997


(Internalizou a GMC, n° 136/96).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e nos termos do disposto no
Regulamento da inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo
Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952, e,
Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 136/96, que aprovou o Regulamento Técnico
de Identidade e Qualidade de Queijo em Pó;
Considerando a necessidade de padronizar os processos de elaboração dos Produtos de Origem
Animal, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo em
Pó.

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QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO EM PÓ

Art. 2º O Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo em Pó, aprovado
por esta Portaria, estará disponível na Coordenação de Informação Documental Agrícola, da
Secretaria do Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.
ARLINDO PORTO.

RTIQ DE QUEIJO EM PÓ

1. ALCANCE
1.1. OBJETIVO: Estabelecer a identidade e as características mínimas de qualidade
que deverá cumprir o QUEIJO EM PÓ, destinado ao consumo humano.
1.2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO: O presente regulamento se refere ao Queijo em Pó a
ser comercializado no MERCOSUL.

2. DESCRIÇÃO
2.1. DEFINIÇÃO: Entende-se por Queijo em Pó o produto obtido por fusão e
desidratação, mediante um processo tecnologicamente adequado, da mistura de
uma ou mais variedades de queijo, com ou sem adição de outros produtos lácteos
e/ou sólidos de origem láctea e/ou especiarias, condimentos ou outras substâncias
alimentícias, e no qual o queijo constitui o ingrediente lácteo utilizado como matéria
prima preponderante na base láctea do produto.
2.2. DESIGNAÇÃO (DENOMINAÇÃO DE VENDA): A denominação Queijo em Pó está
reservada aos produtos nos quais a base láctea não contenha gordura e/ou proteínas
de origem não láctea. A matéria gorda do Queijo em Pó deve cumprir o Regulamento
MERCOSUL de Identidade de Gordura Láctea.
2.2.1. Denomina-se “Queijo em Pó”.
2.2.2. Quando em sua elaboração se utilize uma determinada variedade de queijo em
uma proporção mínima de 75% do total da base láctea, o produto poderá denominar-
se “Queijo em Pó” preenchendo o espaço em branco com o nome da variedade
predominante.
2.2.3. No caso de fracionamento do produto em embalagens destinadas à venda no
varejo se designará respectivamente:”Queijo Fundido em Pó” ou “Queijo Processado
em Pó” ou “Queijo Fundido em Pó” ou “Queijo Processado em Pó”,
preenchendo o espaço em branco com o nome da variedade predominante.
2.2.4. Quando o produto for adicionado de especiarias e/ou condimentos e/ou outras
substâncias alimentícias se agregará à designação correspondente a expressão
“Com “ Preenchendo o espaço em branco com o nome das especiarias e/ou
condimentos e/ou outras substâncias alimentícias adicionadas.
2.2.5. Quando em sua elaboração se utilizem aromas permitidos se agregará ao nome
do produto a expressão “Sabor de “, preenchendo o espaço em branco com o sabor
conferido pelo aromatizante/saborizante utilizado, exceto nos casos em que se utilizem
estes aromas com o objetivo de restituir os aromas naturais dos queijos utilizados que
se perderam no processo de elaboração.

377
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

3. REFERÊNCIAS.
FIL 26: 1982 FIL 5B: 1986 FIL 106: 1982 FIL 20B: 1993 FIL 100B: 1991 FIL 73A: 1985 FIL 94B:
1990 FIL 138: 1986 FIL 50C: 1995
APHA. Compendium of Methods for the microbiological examination of food. Cap. 24. 1992.
Codex Alimentarius. Vol. 1A 1995 Seção 5.3 Princípio de Transferência dos Aditivos
Alimentares.

4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. COMPOSIÇÃO
4.1.1. Ingredientes obrigatórios.
4.1.1.1. Queijos de uma ou mais variedades e agentes emulsionantes ou sais
fundentes.
4.1.2. Ingredientes Opcionais
4.1.2.1. Creme, manteiga, gordura anidra de leite ou butter oil, leite, queijo processado,
leite em pó, caseinatos, outros sólidos de origem láctea, cloreto de sódio, condimentos,
especiarias, outras substâncias alimentícias, amidos ou amidos modificados, açúcares
e extrato de leveduras.
Os ingredientes opcionais que não formam parte da base láctea, isolados ou
combinados, deverão estar presentes em uma proporção máxima de 30% (m/m) do
produto final.
Os amidos ou amidos modificados não poderão superar a 3% (m/m) do produtofinal.
4.2. REQUISITOS
4.2.1. Características sensoriais
4.2.1.1. Aspecto: pó fino, homogêneo.
4.2.1.2. Cor: esbranquiçado, amarelado, salvo naqueles produtos que contenham
corantes ou outro ingrediente opcional em sua formulação, que confiram cor ao
produto final.
4.2.1.3. Sabor: de queijo, de acordo à variedade ou às variedades de queijos que lhe
transfiram sabor característico ou de acordo ao aromatizante/saborizante utilizado em
sua elaboração e livre de sabores estranhos.
4.2.1.4. Aroma: de queijo, característico de cada variedade, livre de odores
estranhos.
4.2.2. Requisitos Físico-Químicos.

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A denominação Queijo em Pó está reservada aos produtos nos quais a base láctea
não contenha gordura e/ou proteínas de origem não láctea. A matéria gorda do Queijo
em Pó deve cumprir o Regulamento MERCOSUL de Identidade de Gordura Láctea.
4.2.3.Acondicionamento: Deverão ser embalados com materiais bromatologicamente
aptos e que confiram ao produto uma proteção adequada.

379
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

5. ADITIVOS
Na elaboração do Queijo em Pó se admitirá o uso dos aditivos que figuram em
continuação, nas concentrações máximas indicadas no produto final.

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(*) As concentrações de corantes poderão ser superiores quando o produto for


destinado ao uso industrial.
(**) Se admitirá seu uso exclusivamente nos produtos destinados à elaboração de
outros alimentos que admitam sua presença.
No Queijo em Pó se admitirá a presença dos aditivos autorizados no Regulamento
Técnico Geral MERCOSUL de Identidade e Qualidade de Queijos para os queijos
utilizados como matéria prima e sua concentração no produto final deverá corresponder
aos limites máximos autorizados no presente Regulamento independentemente da
concentração dos aditivos do queijo ou dos queijos utilizados como matéria prima.
Se admitirá ainda a presença dos aditivos transferidos através dos ingredientes
opcionais de conformidade com o Princípio de Transferência dos Aditivos Alimentares.
(Codex Alimentarius. Vol. 1A. 1995. Seção 5.3) e sua concentração no produto final não
deverá ser superior a proporção que corresponda a concentração máxima admitida no
ingrediente opcional e quando se trate de aditivos indicados no presente Regulamento
não deverá ser superior aos limites máximos autorizados no mesmo.
6. CONTAMINANTES.
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em
quantidades superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento MERCOSUL
correspondente.
7. HIGIENE
7.1.Considerações Gerais: As práticas de higiene para elaboração do produto devem
estar de acordo com o Regulamento Técnico MERCOSUL sobre as Condições
Higiênicos-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
Elaboradores/Industrializadores de Alimentos.
7.2 Considerações Particulares:
7.2.1. Os queijos a serem utilizados na elaboração deverão ser previamente tratados
e adequados higienicamente para o processo de fusão.
7.2.2. Na elaboração de Queijo em Pó fica proibida a utilização de queijos não aptos
para o consumo humano.
Só se admitirão os Queijos não adequados para venda ao público devido as falhas
morfológicas o de apresentação comercial, sempre que não seja afetada a qualidade
do produto final.
7.2.3. Durante o processo de fusão, o produto deverá ser submetido a um aquecimento
mínimo de 15 segundos a 80ºC ou qualquer combinação tempo/temperatura
equivalente.
7.2.4. As especiarias, condimentos e/ou substâncias alimentícias que se agregam ao
produto deverão ser convenientemente tratados de forma tal que assegure a aptidão
para o consumo humano do produto final.
7.3. CRITÉRIOS MACROSCÓPICOS E MICROSCÓPICOS.
O produto não deverá conter substâncias estranhas de qualquer natureza.

381
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

7.4. Critérios Microbiológicos

(*) Compendium of methods for the microbiological examination of foods. 3rd Ed. Carl
Vanderzant, Don F. Spittstoesser.

8. PESOS E MEDIDAS.
Aplica-se o Regulamento MERCOSUL correspondente.
9. ROTULAGEM
9.1. Aplica-se o Regulamento MERCOSUL correspondente. 9.2. O produto se
denominará “Queijo em Pó”
9.3. Quando em sua elaboração se utilizar uma determinada variedade de queijo em
uma proporção mínima de 75% do total da base láctea o produto poderá denominar-
se “Queijo em Pó”, preenchendo o espaço em branco com o nome da variedade
predominante.
9.4. No caso de fracionamento do produto em embalagens destinadas à venda no
varejo se designará respectivamente: “Queijo Fundido em Pó” ou “Queijo Processado
em Pó” ou “Queijo Fundido em Pó” ou “Queijo Processado em Pó”, preenchendo o
espaço em branco com o nome da variedade predominante.
9.5. Quando o produto for adicionado de especiarias e/ou condimentos e/ou outras
substâncias alimentícias, se agregará a denominação correspondente a expressão
“Com “ preenchendo o espaço em branco com o nome das especiarias e/ou
condimentos e/ou outras substâncias alimentÍcias adicionadas.
9.6. Quando em sua elaboração se utilizem aromas permitidos se agregará ao nome
do produto a expressão: “sabor de ....” preenchendo o espaço em branco com o sabor
conferido pelo aromatizante/saborizante utilizado, exceto em casos em que se utilizem
aromas com o objetivo de restituir os aromas naturais dos queijos utilizados, que se
perderam no processo de elaboração.
9.7. Em todos os casos nos quais a concentração de corantes seja superior aos limites
estabelecidos na lista de aditivos, no item 5, no rotulo do produto deverá constar a
expressão “Exclusivo para uso industrial “, próxima à denominação de venda e com
caracteres de igual tamanho, realce e visibilidade. Deverá constar ainda da relação de

G-100
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382 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
PORTARIA Nº 356, DE 04 DE SETEMBRO DE 1997

aditivos a concentração no produto final dos corantes utilizados.


10. MÉTODOS DE ANÁLISE
Os Métodos de análises recomendados são indicados nos itens 4.2.2. e 7.3.
11. AMOSTRAGEM

REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE


DE QUEIJO PROCESSADO OU FUNDIDO, PROCESSADO PASTEURIZADO E
PROCESSADO OU FUNDIDO UHT (UAT)

PORTARIA Nº 356, DE 04 DE SETEMBRO DE 1997


(Internalizou a GMC, n° 134/96).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e nos termos do disposto no
Regulamento da inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo
Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952, e
Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 134/96, que aprovou o Regulamento Técnico
de Identidade e Qualidade de Queijo Processado ou Fundido, Processado Pasteurizado e
Processado ou Fundido U.H.T (UAT);
Considerando a necessidade de padronizar os processos de elaboração dos Produtos de Origem
Animal, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo
Processado ou Fundido, Processado Pasteurizado e Processado ou Fundido U.H.T (UAT).
Art. 2º O Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo Processado
ou Fundido, Processado Pasteurizado e Processado ou Fundido U.H.T (UAT), aprovado por esta
Portaria, estará disponível na Coordenação de Informação Documental Agrícola, da Secretaria
do Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.
ARLINDO PORTO.

RTIQ DE QUEIJO PROCESSADO OU FUNDIDO, PROC. PASTEURIZADO


E PROC. OU FUNDIDO UHT (UAT)

1. ALCANCE
1.1. OBJETIVO: Estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que
deverão cumprir o Queijo Processado ou Fundido e o Queijo Processado Pasteurizado
(a seguir denominados Queijo Processado) e o Queijo Processado ou Fundido
submetido a tratamento térmico a ultra-alta temperatura (a seguir denominados Queijo
Processado U.H.T (UAT)), destinados ao consumo humano.
1.2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO: O presente Regulamento se refere ao Queijo Processado
e ao Queijo Processado U.H.T (U.A.T) a ser comercializado no MERCOSUL.
2 - DESCRIÇÃO
2.1. DEFINIÇÕES:

383
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

2.1.1. Queijo Processado: Entende-se por Queijo Processado o produto obtido por
trituração, mistura, fusão e emulsão por meio de calor e agentes emulsionantes de
uma ou mais variedades de queijo, com ou sem adição de outros produtos lácteos
e/ou sólidos de origem láctea e ou especiarias, condimentos ou outras substâncias
alimentícias na qual o queijo constitui o ingrediente lácteo utilizado como matéria
prima preponderante na base láctea.
2.1.2. Queijo Processado U.H.T (U.A.T.): Entende-se por Queijo Processado U.H.T
(UAT), o produto definido em 2.1.1. submetido após a fusão a tratamento térmico
à 135 - 145ºC durante 5 a 10 segundos ou qualquer outra combinação de tempo/
temperatura equivalente.
As denominações em 2.1.1. e 2.1.2 estão reservadas aos produtos nos quais a base
láctea não contenha gorduras e/ou proteínas de origem não láctea 2.2. DESIGNAÇÃO
(Denominação De Venda):
2.2.1. O produto definido em 2.1.1. se denominará “Queijo Processado” ou “Queijo
Fundido” ou “Queijo Processado Pasteurizado”.
2.2.2. O produto definido em 2.1.2 se denominará “Queijo Processado U.H.T.(U.A.T)”
ou “Queijo Fundido U.H.T. (U.A.T.)”.
2.2.3. Quando na elaboração de qualquer dos produtos correspondentes as
designações 2.2.1. e 2.2.2 for utilizado condimentos ou especiarias e ou outras
substâncias alimentícias se adicionará ao nome do produto a expressão “com “
preenchendo o espaço em branco com o nome da especiaria e ou condimento e ou
substância alimentícia adicionada.
2.2.4. Quando na elaboração de qualquer dos produtos correspondentes a designação
2.2.1 e 2.2.2 se utilizem aromas permitidos, se acrescentará ao nome do produto a
expressão “Sabor ..........” preenchendo o espaço em branco com o sabor conferido
pelo aromatizante/saborizante utilizado, exceto nos casos que se utilizem aromas com
o objetivo de restituir os aromas naturais dos queijos utilizados perdidos no processo
de elaboração.
2.2.5. Quando na elaboração de qualquer dos produtos correspondentes a
designação 2.2.1. e 2.2.2. se utilizar uma determinada variedade de queijo em
uma proporção mínima de 75% na mistura de queijos como matéria prima, o
produto poderá denominar-se “Queijo.........Processado”, “Queijo..........Fundido”,
“Queijo..........Processado Pasteurizado” e “Queijo..........Processado U.H.T (U.A.T)”
ou “Queijo..........Fundido U.H.T.(U.A.T)”, preenchendo o espaço em branco com o
nome da variedade predominante e seguido das expressões designadas no item
2.2.3. e 2.2.4. correspondente.
2.2.6. Nos casos que corresponda, se agregará as denominações em 2.2.1 à 2.2.5 a
expressão “Ralado” ou “Fatiado”, “Em Rodela”, “ Em Fatias” ou outra que se
refira a sua forma de apresentação; e “Para Untar” ou “Untável” ou outra de acordo
com a sua consistência.

3 -REFERÊNCIA.
- Regulamento Técnico Geral MERCOSUL para Fixação de Requisitos Microbiológicos de
Queijos.

G-100
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384 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO PROCESSADO OU FUNDIDO, PROC. PASTEURIZADO E PROC. OU FUNDIDO UHT (UAT)

- Norma FIL 4A:1982 - Queijos e Queijos Processados. Determinação do conteúdo de sólidos


totais (Método de referência).
- Norma FIL 5B: 1986. Queijos e Produtos Processados de Queijos. Conteúdo de matéria
gorda.
- Norma FIL 50C: 1995 Leite e produtos lácteos-Métodos de amostragem - CAC / Vol A: 1985
- Codex Alimentarius Vol. 1A 1995 - Seção 5.3 - Princípios de Transferência dos Aditivos
Alimentarios aos Alimentos.

4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. Composição
4.1.1. Ingredientes obrigatórios: Queijos de uma ou mais variedades. Agentes
emulsificantes autorizados.
4.1.2. Ingredientes opcionais: Creme, manteiga, gordura anidra de leite ou butter-oil,
leite, água, queijo processado,leite em pó, caseinatos, queijo em pó, outros sólidos
de origem láctea, cloreto de sódio, condimentos,especiarias, outras substâncias
alimentícias, edulcorantes nutritivos, amidos ou amidos modificados, ar, nitrogênio,
dióxido de carbono, gases inertes, todos eles de qualidade alimentar.
Os ingredientes opcionais que não façam parte da base láctea, exceto a água, isolados
ou combinados, deverão estar presentes em uma proporção máxima de 30% (m/m)
do produto final.
Em relação aos amidos ou amidos modificados não poderão superar 3% (m/m) do
produto final.
4.2.Requisitos
4.2.1. Características Sensoriais.
4.2.1.1. Consistência: Firme, macio ou cremoso
4.2.1.2. Textura: compacto, fechada e fina
4.2.1.3. Formato: variável; ralado ou fatiado (em fatias ou em rodelas) e outras.
4.2.1.4. Cor, odor e sabor: similar ao queijo ou mistura de queijos utilizados, ou
de acordo com os corantes, saborizantes/aromatizantes e/ou outras substâncias
alimentícias utilizadas em sua elaboração.
4.2.2. Requisitos Físico-Químicos: Deverão cumprir os requisitos estabelecidos na
Tabela 1.
Tabela 1

4.3. Acondicionamento: Deverá ser embalado com materiais adequados para as


condições de armazenamento previstas e que confiram ao produto uma proteção
adequada.

385
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO.


5.1. Aditivos: Em sua elaboração se admitirá o uso de aditivos que se indicam abaixo
nas concentrações máximas indicadas no produto final.

ADITIVOS FUNÇÃO CONC. MÁX. NO PRODUTO FINAL

3g/Kg sós ou combinados expressos em ác.


Ácido Propiônico ou seus sais de Na,K ou Ca.
Conservador propiônico. Ácido. sórbico e seus sais no máximo
Ácido sórbico ou seus sais de Na, K ou Ca.
de 1000mg/kg expressa com ácido. sórbico.
2
1 mg/dm
Natamicina (na super•ície). Conservador Máx. 5mg/Kg não detectável a 2mm de
profundidade. Ausência na massa.
Nisina Conservador 12,5 mg/kg
Ácido láctico, cítrico e acético ou seus sais de
Na, K, Ca.
Reguladores de
Bicarbonato de Sódio b.p.f.
Acidez
Carbonato de Cálcio

Citratos de Na, K, Ca, 40 g/kg só ou combinados com fosfatos ou


Lactatos de Na ou Ca Emulsi•icante/ polifosfatos calculados como substâncias anidras
Tartaratos de Na e/ou K Estabilizante sempre que os fosfatos não superem 20g/kg
Fosfatos ou polifosfatosde Na, K ou Ca. expressos como P O
2 5
Aromas Saborizante/ b.p.f.

Aromas Aromatizante b.p.f.

Carotenóides naturais: Beta Caroteno Corante b.p.f.

Bixina, Norbixina, Urucum, Anato, Rocu


Corante 10 mg/kg como norbixina
natural
Cloro•ila, Cloro•ilina, cloro•ila cúprica,
Corante 15 mg/kg em cloro•ila
cloro•ilina cúprica, sais de Na ou K
Páprika, Extrato de Páprika, Extrato de
Corante b.p.f.
Pimentão, Capsantina, Capsorubina

Peróxido de benzoila Corante 20 mg/l de leite(*)

Ribo•lavina, Carmim, Vermelho de beterraba,


Corante b.p.f.
Dióxido de Titânio

Carboximetilcelulose
Carragenina e seus sais (inclusive
Furcelaran)
Goma Guar
Goma de alfarroba ou Jatai
Goma Xantana
Goma Karaia
Goma Arábica Espessante 5 g/kg só ou combinados
Goma Gellan
Goma Tragacanto
Agar
Ácido algínico e seus sais de amônia, cálcio,
potássio e sódio e alginato de propilenglicol
Pectina ou pectina amidada

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
386 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO PROCESSADO OU FUNDIDO, PROC. PASTEURIZADO E PROC. OU FUNDIDO UHT (UAT)

ADITIVOS FUNÇÃO CONC. MÁX. NO PRODUTO FINAL


Carboximetilcelulose
Carragenina e seus sais (inclusive
Furcelaran)
Goma Guar
Goma de alfarroba ou Jatai
Goma Xantana
Goma Karaia
Goma Arábica Estabilizante 5 g/kg só ou combinados
Goma Gellan
Goma Tragacanto
Agar
Ácido algínico e seus sais de amônia, cálcio,
potássio e sódio e alginato de propilenglicol
Pectina ou pectina amidada

(*) Concentração máxima na matéria prima.

Aditivos adicionais unicamente para queijo processado ralado ou fatiado


(em rodelas ou em fatias).

ADITIVOS FUNÇÃO CONC. MÁXIMA


Lecitina
Celulose microcristalina
Óxido de silício Antiaglutinante 10 g/kg só ou combinado

Silicatos de: cálcio, magnésio, sódio e alumínio e alu-


mínio

Nos Queijos Processados se admitirá a presença dos aditivos autorizados no


Regulamento Técnico Geral MERCOSUL de Identidade e Qualidade de Queijos para
os queijos utilizados como matéria prima e sua concentração no produto final deverá
corresponder aos máximos autorizados no presente regulamento e independentemente
da concentração dos aditivos dos queijos utilizados como matéria prima.
Se admitirá além disso a presença dos aditivos transferidos através dos ingredientes
opcionais de conformidade com o princípio de transferência dos aditivos alimentares.
(Codex Alimentarius. VOL. 1A. 1995 - Seção 5.3.) e sua concentração no produto final
não deverá superar a proporção que corresponda a concentração máxima admitida no
ingrediente opcional e quando se trate de aditivos indicados no presente regulamento
não deverá superar os limites máximos autorizados no mesmo.
5.2. Coadjuvante de Tecnologia/Elaboração.
Admitir-se-á o uso de enzimas como coadjuvantes de tecnologia

6. CONTAMINANTES: Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar


presentes em quantidades superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento
MERCOSUL correspondente.

387
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

7. HIGIENE
7.1.Considerações Gerais: As práticas de higiene para elaboração do produto deverão
estar de acordo com o Regulamento Técnico MERCOSUL sobre as Condições
Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
Elaboradores/Industrializadores de Alimentos.
7.2. Características distintivas do processo de elaboração
7.2.1. Os queijos utilizados na elaboração deverão ser previamente tratados, para
adequá-los higienicamente ao processo de fusão.
7.2.2. Na elaboração de Queijo Processado fica proibida a utilização de queijos não
aptos para o consumo humano.
Só se admitirão os queijos não adequados para a venda ao público devido as falhas
morfológicas ou de apresentação comercial, sempre que não seja afetada a qualidade
do produto final.
7.2.3. Durante o processo de elaboração, o produto deverá ser submetido a um
aquecimento mínimo de 80ºC por 15 segundos ou qualquer combinação tempo/
temperatura equivalente.
7.2.4. As especiarias, condimentos e/ou substâncias alimentícias que se agreguem ao
produto deverão ser convenientemente tratadas, de forma tal que assegure a aptidão
para o consumo humano do produto final.
7.2.5. Condições de conservação e comercialização:
O Queijo Processado deverá manter-se a uma temperatura abaixo de 10º C. O Queijo
Processado U.H.T (UAT) poderá conservar-se e comercializar-se à temperatura
ambiente.
7.3. Critérios Macroscópicos e Microscópicos.
O produto não deverá conter substâncias estranhas macro/ou microscópicas de
qualquer natureza.
7.4. Critérios Microbiológicos
Os queijos processados deverão cumprir com o estabelecido no “Regulamento
Técnico Geral MERCOSUL para Fixação de Requisitos Microbiológicos de Queijos”
para Queijos Fundidos.
Os Queijos Processados ralados também deverão cumprir:

8. PESOS E MEDIDAS.
Aplica-se o Regulamento MERCOSUL correspondente.
9. ROTULAGEM
9.1 Aplica-se o Regulamento MERCOSUL correspondente.
9.2.Denomina-se “Queijo Processado” ou “Queijo Fundido” ou “Queijo Processado
Pasteurizado”.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
388 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
PORTARIA Nº 357, DE 4 DE SETEMBRO 1997

9.3. O Queijo Processado ou Fundido U.H.T (U.A.T) denominar-se-á “Queijo


Processado U.H.T.(U.A.T)” ou “Queijo Fundido. U.H.T. (U.A.T)”.
9.4. Quando na elaboração de qualquer dos produtos correspondentes às
denominações 9.2. e 9.3. se utilizem condimentos e/ou especiarias e/ou outras
substâncias alimentícias será acrescentado ao nome do produto a expressão “com”,
preenchendo o espaço em branco com o nome das especiarias e/ou condimentos e/
ou substâncias alimentícias adicionadas.
9.5. Quando na elaboração de qualquer dos produtos correspondentes às
denominações 9.2. e 9.3.forem utilizados aromas permitidos será anexado ao nome
do produto a expressão “sabor .........”, preenchendo o espaço em branco com o nome
do sabor conferido pelo aromatizante/saborizante utilizado, exceto nos casos em
que se utilizem aromas com o objetivo de restituir os aromas naturais dos queijos
utilizados, que se perderam durante o processo de elaboração.
9.6. - Quando na elaboração de qualquer dos produtos correspondentes as
denominações 9.2. e 9.3 se utilize uma determinada variedade de queijo em uma
proporção mínima de 75% na mistura de queijos utilizados como matéria prima, o
produto poderá denominar-se “Queijos.........Processado”. ou “Queijo.........Fundido”
ou “Queijo.........Processado Pasteurizado” e “Queijo.........Processado U.H.T.(U.A.T.)”
ou “ Queijo.........Fundido U.H.T (U.A.T.)” preenchendo espaço em branco com o nome
da variedade preponderante seguido das expressões consignadas em 9.4. e 9.5.
correspondente.
9.7. Nos casos em que corresponda poderá ser acrescentado as denominações 9.2.
a 9.6 a expressão “ralado” ou “fatiado” ou “em rodelas” ou “em fatias” ou outra que
designe a sua forma de apresentação. Nos casos que correspondam poder-se-á
acrescentar as expressões “untável” , “para untar” ou outras de acordo com a sua
consistência.
10. MÉTODOS DE ANÁLISES
Os métodos de análises recomendados são os indicados em 4.2.2.
11. AMOSTRAGEM
Seguem-se os procedimentos recomendados na norma FIL 50 C: 1995

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE QUEIJO


RALADO

PORTARIA Nº 357, DE 4 DE SETEMBRO 1997


(Internalizou a GMC, n° 81/96 ).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e nos termos do disposto no
Regulamento da inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo
Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952, e,
Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 81/96, que aprovou o Regulamento Técnico de
Identidade e Qualidade de Queijo Ralado;
Considerando a necessidade de padronizar os processos de elaboração dos Produtos de Origem

389
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Animal, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo
Ralado.
Art. 2º O Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo Ralado, aprovado
por esta Portaria, estará disponível na Coordenação de Informação Documental Agrícola, da
Secretaria do Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.
ARLINDO PORTO

RTIQ DE QUEIJO RALADO.

1. ALCANCE
1.1. OBJETIVO: O presente Regulamento fixa a identidade e os requisitos mínimos
de qualidades que deverão cumprir os Queijos Ralados destinados ao consumo
humano.
1.2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO: O presente Regulamento se refere aos Queijos Ralados
a serem comercializados no comércio nacional ou internacional.

2. DESCRIÇÃO
Definição: Entende-se por Queijo Ralado ou Queijos Ralados, segundo corresponda,
o produto obtido por esfarelamento ou ralagem da massa de uma ou até quatro
variedades de queijos de baixa umidade aptos para o consumo humano.
O produto poderá ser parcialmente desidratado ou não.
2.2.CLASSIFICAÇÃO:
2.2.1 Se classifica, conforme foram ou não submetidos a desidratação ou não, em:
2.2.1.1. Desidratados (parcialmente desidratados).
2.2.1.2.Não submetido a desidratação ou sem desidratar.
2.2.2 Se classifica, de acordo com as variedades dos queijos utilizados na
suaelaboração em:
2.2.2.1 Elaborados com uma única variedade de queijos.
2.2.2.2 Elaborados unicamente com queijos de baixa umidade.
2.2.2.3. Elaborados com queijos de média umidade com ou sem queijos de baixa
umidade.
2.3.DESIGNAÇÃO (Denominação de Venda):
2.3.1. Queijos Ralados elaborados com uma única variedade de queijos.
2.3.1.1. Quando em sua elaboração se utilize unicamente uma determinada variedade
de queijos de baixa umidade o produto se denominará “Queijo.........Ralado” ou
“Queijo.........Ralado sem desidratar”, segundo corresponda a 2.2.1.,preenchendo o
espaço em branco com o nome da referida variedade.
2.3.1.2. Quando em sua elaboração se utilize unicamente uma determinada variedade
de queijo de média umidade o produto se denominará “Queijo.........Ralado Desidratado

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
390 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO RALADO

ou Queijo.........Ralado”, segundo corresponda a 2.2.1 preenchendo o espaço em


branco com o nome da referida variedade.
2.3.2. Queijos Ralados elaborados unicamente com queijo de baixa umidade.
2.3.2.1. Quando em sua elaboração se utilizem unicamente variedades de queijos
de baixa umidade (geralmente conhecidos como queijos de massa dura), de
textura quebradiça e esfarelável o produto se denominará “Queijo.........Ralados” ou
“Queijo.........Ralado sem desidratar”, segundo corresponda a 2.2.1.
2.3.2.2. No caso em uma das variedades de queijo de baixa umidade esteja
presente em uma proporção mínima de 75% m/m o produto poderá denominar-se
“Queijo Ralado” ou “Queijo Ralado sem desidratar”, segundo corresponda a 2.2.1,
preenchendo o espaço em branco com o nome de referida variedade predominante.
2.3.2.3. Quando duas ou mais variedades de queijos de baixa umidade estejam
presente em uma proporção mínima de 25% (m/m), o produto poderá denominar-
se: Queijos........., ........., ........., ........., .........,.........e.........Ralados” ou “Queijos.........,
........., ........., ........., .........e Ralados sem desidratar”, segundo corresponda a 2.2.1.,
preenchendo os espaços em branco que corresponda com o nome da variedade que
alcance ou supere a referida proporção mínima e na ordem de sua predominância.
2.3.3. Queijos Ralados elaborados com queijo de média umidade com ou sem queijo
de baixa umidade.
2.3.3.1. Quando em sua elaboração se utilizem queijos de baixa e de média
umidade e quando nenhuma das variedades de queijo de média e/ou baixa umidade
alcance de 75% m/m se denominará “Queijo........., ........., .........e.........Ralados” ou
“Queijo........., ........., .........e......... Ralados sem desidratar” segundo corresponda a
2.2.1 preenchendo os espaços em branco que correspondam com o nome de todas
as variedades utilizadas na ordem da sua predominância.
2.3.3.2. Quando em sua elaboração se utilizem queijos de média umidade (com ou sem
queijos de baixa umidade) e quando uma das variedades de queijos de média umidade
esteja presente em uma proporção mínima de um 75% m/m o produto se denominará
“Queijo.........Ralado desidratado” ou “Queijo Ralado”, segundo corresponda a 2.2.l,
preenchendo o espaço em branco com o nome da referida variedade predominante.
2.3.3.3. Quando em sua elaboração se utilizem queijo de baixa e de média umidade
e quando a variedade de queijo que supere 75% m/m corresponda a um queijo de
baixa umidade, o produto se denominará “Queijo.........com outros queijos ralados” ou
Queijo.........com outros queijos ralados sem desidratar,” segundo corresponda a 2.2.1,
preenchendo o espaço em branco com o nome da referida variedade predominante.
3. REFERÊNCIA.
Regulamento Técnico Geral para Fixação de Requisitos Microbiológico de Queijos
- Norma FIL 4A: 1992 - Norma FIL 50B: 1995 - Norma FIL 5B: 1986 - CAC/VOL A:
1985
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS:
4.1. COMPOSIÇÃO
4.1.1. Ingredientes Obrigatórios
4.1.1.1. Queijos Ralados elaborados com uma única variedade de queijos. Queijo de

391
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

média umidade ou Queijo de baixa umidade.


4.1.1.2. Queijos Ralados elaborados unicamente com queijos de baixa umidade:
Queijos de baixa umidade.
4.1.1.3. Queijos Ralados elaborados com queijos de média umidade com ou sem
queijo de baixa umidade: Queijos de média umidade.
4.1.2. Ingredientes Opcionais: Queijos Ralados elaborados com queijos de média
umidade com ou sem queijo de baixa umidade:
Queijo de baixa umidade.
4.2. REQUISITOS
4.2.1. CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS
4.2.1.1. Aspecto e Textura: Grânulos ou Filetes mais ou menos finos.
4.2.1.2. Cor : branco amarelado a amarelo, dependendo da variedade ou variedades
de queijos das quais provenha.
4.2.1.3. Odor: característico, mais ou menos intenso, de acordo com a variedade do
queijo ou variedades de queijos das quais provenha.
4.2.2. REQUISITOS FÍSICOS-QUÍMICOS
4.2.2.1 Umidade g/100g (Norma FIL 4A: 1982). Queijos Ralados Desidratos
(2.2.1.1.):
Com predominância (>50% m/m) de queijos de baixa umidade Umidade Máx:
20g/100g
Com predominância (> 50% m/m) de queijos de média umidade Umidade Máx: 30
g/100g
4.2.2.2. Matéria Gorda no Extrato Seco g/ 100g (FIL 4A:1982 e FIL 5B:1996)
A matéria gorda no extrato seco deve corresponder a média ponderada dos valores
da matéria gorda no extrato seco estabelecidos para as variedades nas proporções
utilizadas
4.3. ACONDICIONAMENTO:Deverá ser envasado com materiais adequados para
as condições de armazenamento previstas e que confiram ao produto uma proteção
adequada.
5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO
5.1. Aditivos: Nos queijos Ralados se admitirá a presença dos aditivos autorizados no
Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Queijos para os queijos utilizados
como matéria-prima e sua concentração no produto final deverá corresponder aos
limites máximos autorizados neste Regulamento.
Se admitirá, além disso, em sua elaboração o uso dos aditivos que se indicam a
continuação não podendo superar as concentrações máximas indicadas no produto
final independentemente da concentração dos referidos aditivos neles ou nos queijos
utilizados como matéria-prima.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
392 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO RALADO

5.2. Coadjuvante de Tecnologia/Elaboração:


Nitrogênio, Dióxido de carbono e/ou gases inertes no envase.
6. CONTAMINANTES: Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar
presentes em quantidades superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento
específico.

7. HIGIENE
7.1 Considerações Gerais: As práticas de higiene para elaboração dos produtos
deverão estar de acordo com o estabelecido no Código Internacional recomendado
de Práticas, Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos (CAC/VOL. A 1985)
7.2. Considerações Particulares: Características distintas do processo de
elaboração.
7.2.1. Os queijos utilizados na elaboração deverão ser previamente tratados para
adequá-los higienicamente ao processo de ralagem.
7.2.2. Os processos de ralagem, secagem, acondicionamento em embalagem,
deverão responder às boas praticas de fabricação.
7.2.3. Na elaboração de queijos ralados fica proibida a utilização de queijos não aptos
para o consumo humano. Só se admitirão os queijos não adequados para venda ao
público tais como, aqueles que apresentem falhas morfológicas ou de apresentação
comercial, sempre que não afetem a qualidade do produto final.
7.3. Critérios Macroscópicos e Microscópicos: O produto não deverá conter substâncias
estranhas macro e/ou microscópicas de qualquer natureza.
7.4. Critérios Microbiológicos.
7.4.1. Queijos ralados elaborados com uma única variedade de queijo (2.3.1)
7.4.1.1. Variedade de Baixa Umidade.

393
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

7.4.1.2. Variedade de Média Umidade

7.4.2. “Queijo Ralado” e “Queijo Ralado sem Desidratar” (2.3.2)


Deverá cumprir com o estabelecido no “Regulamento Técnico Geral para Fixação de
Requisitos Microbiológicos de Queijos” para “Queijo Ralado”.

7.4.3. Queijos ralados elaborados com queijos de média umidade com ou sem queijos
e baixa umidade (2.3.3).

(1). Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. 3ª Edition.


Editado por Cal Vanderzant y Don F. Splittstoesser (1992).

8. PESOS E MEDIDAS: Será aplicado o Regulamento específico.


9. ROTULAGEM: Será aplicado o Regulamento específico.
9.1. Queijos ralados elaborados com uma única variedade de queijo.
9.1.1. Quando em sua elaboração se utilize unicamente uma determinada variedade
de queijo de baixa umidade, o produto se denominará “Queijo.........Ralado” ou
“Queijo.........Ralado sem desidratar”, segundo corresponda a 2.2.1., preenchendo o

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
394 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO RALADO

espaço em branco com o nome da referida variedade.


9.1.2. Quando em sua elaboração se utilize unicamente uma determinada variedade de
queijo de média umidade, o produto se denominará “Queijo.........Ralado desidratado”
ou “Queijo.........Ralado” segundo a 2.2.1., preenchendo o espaço em branco com o
nome da referida variedade.
9.2 Queijos Ralados elaborados unicamente com queijo de baixa umidade.
9.2.1. Quando em sua elaboração se utilize unicamente variedade de queijos de baixa
umidade (geralmente conhecido como queijo de pasta dura), de textura quebradiça
e esfarelável, o produto se denominará “Queijo Ralado” ou “Queijo Ralado sem
desidratar”, segundo corresponda a 2.2.1.
9.2.2. No caso em que uma das variedades de queijo de baixa umidade esteja presente
em uma proporção mínima de 75% m/m, o produto poderá denominar-se “Queijo
............Ralado” ou “Queijo Ralado sem desidratar”, segundo corresponda a 2.2.1,
preenchendo o espaço em branco com o nome de referida variedade predominante.
9.2.3. Quando duas ou mais variedades de queijos de baixa umidade estejam
presentes em uma proporção mínima de 25% (m/m), o produto poderá denominar-
se “Queijos...........e ........ Ralados” ou “Queijos..........e..........Ralado sem desidratar”,
segundo corresponda a 2.2.1., preenchendo o espaço em branco que correspondam
com o nome das variedades que alcance ou supere a referida proporção mínima e na
ordem de sua predominância.
9.3. Queijos ralados elaborados com queijo de média umidade com ou sem queijo de
baixa umidade.
9.3.1. Quando nenhuma das variedades de queijo de média e de baixa umidade
alcance 75% (m/m), se denominará “Queijos .........e.........Ralados” ou “Queijos
.........e.........Ralados sem desidratar”, segundo corresponda a 2.2.1, preenchendo os
espaços em branco que correspondam com o nome de todas as variedades utilizadas
e na ordem de sua predominância.
9.3.2. Quando em sua elaboração se utilize queijos de média umidade com ou sem
queijo de baixa umidade e quando uma das variedades de queijos de média umidade
esteja presente em uma proporção mínima de um 75% (m/m) o produto se denominará
“Queijo.........Ralado desidratado” ou “Queijo.........Ralado”,
segundo corresponda a 2.2.l, preenchendo o espaço em branco com o nome da
referida variedade predominante.
9.3.3. Quando a variedade de queijo que supere 75% (m/m) corresponda a um queijo
de baixa umidade, o produto se denominará “Queijo.........com outros queijos ralados”
ou “Queijo .........com outros queijos ralados sem desidratar”, segundo corresponda
a 2.2.1, preenchendo o espaço em branco com o nome da referida variedade
predominante.
9.4. Todas as denominações designadas em 9.1., 9.2., e 9.3. deverão figurar no rótulo
completas e com letras de igual tamanho , realce e visibilidade.
9.5. Quando na denominação de venda se menciona ao menos uma das variedades
de queijo utilizadas, deverá designar-se na lista de ingredientes a percentagem das
variedades mencionadas na denominação de venda e nome de todas as variedades
de queijos utilizados.

395
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

10. MÉTODOS DE ANÁLISES


Umidade: FIL 4A : 1982
Matéria Gorda: FIL 5B: 1986
Coliformes (30ºC): FIL 73A: 1985
Coliformes (45ºC): APHA Cap. 24 (1)
Estafilococos coag. pos.: FIL 145: 1990
Salmonella spp FIL 93A: 1995
Listeria Monocytogenes FIL 143: 1990
Fungos e Leveduras FIL 94B: 1990
(1) Compendium of Methods for the Microbiological Examinations of Foods. 3º Edition.
Editado por Carl Vanderzant y Don F. Splittstoesser. (1992).
11. AMOSTRAGEM
Seguem-se os procedimentos recomendados na Norma FIL 50 B: 1995.

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE QUEIJO


PRATO

PORTARIA Nº 358, DE 4 DE SETEMBRO 1997


(Internalizou a GMC, n° 83/96).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e nos termos do disposto no
Regulamento da inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo
Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952, e,
Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 83/96, que aprovou o Regulamento Técnico de
Identidade e Qualidade de Queijo Prato;
Considerando a necessidade de padronizar os processos de elaboração dos Produtos de Origem
Animal, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo
Prato.
Art. 2º O Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo Prato, aprovado
por esta Portaria, estará disponível na Coordenação de Informação Documental Agrícola, da
Secretaria do Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.
ARLINDO PORTO.

RTIQ DE QUEIJO PRATO

1. ALCANCE
1.1. OBJETIVO: Estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que
deverá cumprir o Queijo Prato destinado ao consumo humano.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
396 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO PRATO

NOTA: Queijo Prato para uso industrial poderá não cumprir com todos os requisitos
deste Regulamento sempre que para isto exista uma justificativa tecnológica.
1.2. ÃMBITO DE APLICAÇÃO: O presente Regulamento se refere exclusivamente ao
Queijo Prato destinado ao comércio nacional e internacional.
2. DESCRIÇÃO
2.1. DEFINIÇÃO: Com o nome de Queijo Prato se entende o queijo maturado que se
obtém por coagulação do leite por meio do coalho e/ou outras enzimas coagulante
apropriadas, complementada ou não pela ação de bactérias lácticas específicas.
2.2. CLASSIFICAÇÃO: O Queijo Prato é um queijo gordo, de média umidade, de
acordo com a classificação estabelecida no Regulamento Técnico de Identidade e
Qualidade de Queijos.
2.3. DESIGNAÇÃO (Denominação de venda): Queijo Prato ou “Queijo Prato de Uso
Industrial”, segundo corresponda.
Será denominado “Queijo Prato” e, opcionalmente, poderá ter as seguintes
denominações:
“Queijo Prato” (Lanche ou Sandwich)
“Queijo Prato” (Cobocó)
“Queijo Prato” (Esférico ou Bola)
3. REFERÊNCIAS.
- Regulamento Técnico Geral para Fixação de Requisitos Microbiológicos de Queijos
- Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Queijos
- Norma FIL 4A:1982 - Queijos e Queijos Processados. Determinação do conteúdo de
sólidos totais (Método de referência).
- Norma FIL 5B: 1986. Queijos e Produtos Processados de Queijo. Conteúdo de
matéria gorda.
- Norma FIL 50B: 1985. Leite e Produtos Lácteos - Métodos de amostragem. - Norma
FIL A6 do Codex Alimentarius. Norma Geral para Queijo. - Norma FIL 99A: 1987.
Avaliação Sensorial de Produtos Lácteos.
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. COMPOSIÇÃO
4.1.1. Ingredientes obrigatórios.
4.1.1.1. Leite e /ou leite reconstituído padronizado em seu conteúdo de matéria
gorda.
4.1.1.2. Cultivo de bactérias lácticas específicas
4.1.1.3. Coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas.
4.1.1.4. Cloreto de sódio
4.1.2. Ingredientes opcionais 4.1.2.1. Leite em pó 4.1.2.2. Creme
4.1.2.3. Sólidos de origem láctea 4.1.2.4. Cloreto de cálcio.
4.2. REQUISITOS
4.2.1. Características Sensoriais

397
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4.2.1.1. Consistência: semidura, elástica


4.2.1.2. Textura: compacta ,lisa, fechada, com alguns olhos pequenos arredondados
e/ou algumas olhadura mecânicas.
4.2.1.3. Cor: amarelado ou amarelo-palha
4.2.1.4. Sabor: característico
4.2.1.5. Odor: característico
4.2.1.6. Crosta: não possui, ou com crosta fina, lisa, sem trincas.
4.2.1.7. Olhaduras - algumas olhaduras pequenas, bem distribuídas, ou sem
olhaduras.
4.2.2. Forma e Peso
4.2.2.l Forma: Paralelepípedo de seção transversal, retangular, cilíndrico ou esférico,
de acordo com a variedade correspondente:
Queijo Prato, Queijo Prato (lanche ou Sandwich): paralelepípedo de seção transversal
retangular.
Queijo Prato (cobocó): cilíndrico
Queijo Prato (esférico ou bola): esférico
4.2.2.2 Peso: De 0,4 a 5kg. ,de acordo com a variedade correspondente. 4.2.3.
Requisitos Físico-Químicos.
Correspondem às características de composição e qualidade dos queijos de média
umidade gordos estabelecidos no Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade
de Queijos.
4.2.4 Características Distintas do Processo de Elaboração
4.2.4.1. Obtenção de uma massa semicozida, remoção parcial do soro lavada por
adição de água quente, pré-prensada, sob soro moldada, prensada, salgada e
maturada.
4.2.4.2. Estabilização e Maturação: deverá maturar pelo tempo necessário para
conseguir suas características específicas (pelo menos 25 dias).
4.2.5. ACONDICIONAMENTO: Embalagem plástica, com ou sem vácuo, ou
acondicionada em envase bromatologicamente adequado.
4.2.6 CONDIÇÕES DE CONSERVAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO: O Queijo Prato
deverá manter-se a uma temperatura não superior a 12ºC.
5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO
5.1. ADITIVOS: São autorizados os aditivos previstos no Ponto 5. do “ Regulamento
Técnico de Identidade e Qualidade de Queijos” para queijos de média umidade.
5.2. COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO: É autorizado o uso dos
coadjuvantes de tecnologia/elaboração previstos no “Regulamento Técnico de
Identidade e Qualidade de Queijos”.
6. CONTAMINANTES: Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar
presentes em quantidades superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento
específico.
7. HIGIENE

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
398 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
PORTARIA Nº 359, DE 4 DE SETEMBRO 1997

7.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS: As práticas de higiene para elaboração do produto


devem estar de acordo com o Código Internacional Recomendado de Práticas,
Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos (CAC/VOL. A 1985)
O leite a ser utilizado deverá ser higienizado por meios mecânicos adequados e
submetido à pasteurização, ou tratamento térmico equivalente, para assegurar
fosfatase residual negativa (A.O.A.C. 15ª Ed. 1990, 979.13,p.823), combinado ou não
com outros processos físicos ou biológicos que garantam a inocuidade do produto.
7.2.CRITÉRIOS MACROSCÓPICOS: O produto não deverá conter impurezas ou
substâncias estranhas de qualquer natureza.
7.3. CRITÉRIOS MICROSCÓPICOS: O produto não deverá apresentar substancias
microscópicas estranhas de qualquer natureza.
7.4. CRITÉRIOS MICROBIOLÓGICOS: O Queijo Prato deverá obedecer aos critérios
estabelecidos para queijos de teor médio de umidade no “Regulamento Técnico Geral
para Fixação dos Requisitos Microbiológicos de Queijos”.
8 . PESOS E MEDIDAS.
Aplica-se o Regulamento específico.
9. ROTULAGEM
Aplica-se o item 9. Rotulagem do “Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade
de Queijos”.
“Queijo Prato” ou “Queijo Prato de Uso Industrial”, segundo corresponda.
Será denominado “Queijo Prato”. Opcionalmente poderá ter as seguintes
denominações:
Queijo Prato (Lanche ou Sandwich)
Queijo Prato (Cobocó)
Queijo Prato (Esférico ou Bola)
10. MÉTODOS DE ANÁLISE Umidade: FIL 4A: 1982 Matéria Gorda: FIL 5B: 1986
11. AMOSTRAGEM
Seguem-se os procedimentos recomendados na Norma FIL 50B: 1985

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DO REQUEJÃO OU


REQUESÕN

PORTARIA Nº 359, DE 4 DE SETEMBRO 1997


(Internalizou a GMC, N° 82/96)).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da


atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e nos termos
do disposto no Regulamento da inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal,
aprovado pelo Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952, e,
Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 82/96, que aprovou o Regulamento Técnico de
Identidade e Qualidade do Requejão ou Requesõn;

399
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Considerando a necessidade de padronizar os processos de elaboração dos Produtos de Origem


Animal, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade do Requejão ou
Requesõn.
Art. 2º O Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade do Requejão ou
Requesõn, aprovado por esta Portaria, estará disponível na Coordenação de Informação
Documental Agrícola, da Secretaria do Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura e do
Abastecimento.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.
ARLINDO PORTO

RTIQ DO REQUEIJÃO OU REQUESÕN

1. ALCANCE
1.1. OBJETIVO: O presente Regulamento fixa a identidade e os requisitos mínimos
de qualidade que deverão cumprir o Requeijão ou Requeson destinado ao consumo
humano.
1.2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO: O presente regulamento se refere ao Requeijão ou
Requesón destinado ao comércio nacional e internacional.
2. DESCRIÇÃO
2.1.DEFINIÇÃO: Entende-se por Requeijão ou Requesón (agora apenas chamado de
Requeijão) é o produto obtido pela fusão da massa coalhada, cozida ou não, dessorada
e lavada, obtida por coagulação ácida e/ou enzimática do leite opcionalmente
adicionada de creme de leite e/ou manteiga e/ou gordura anidra de leite ou butter oil. O
produto poderá estar adicionado de condimentos, especiarias e/ou outras substâncias
alimentícias.
A denominação Requeijão está reservado ao produto no qual a base láctea não
contenha gordura e/ou proteína de origem não láctea.
2.2.CLASSIFICAÇÃO: Se classificam, de acordo com as matérias primas empregadas
no processo de elaboração em:
2.2.1. Requeijão: É Aquele obtido por fusão de uma massa de coalhada dessorada e
lavada obtida por coagulação ácida e/ou enzimática do leite com ou sem adição de
creme de leite e/ou manteiga e/ou gordura anidra de leite ou butter oil.
2.2.2. Requeijão Cremoso: É aquele obtido por fusão de uma massa coalhada
dessorada e lavada, obtida por coagulação ácida e/ou enzimatica do leite,. com adição
de creme de leite e/ou manteiga e/ou gordura anidra de leite e/ou butter oil.
2.2.3. Requeijão de Manteiga: É aquele obtido pela fusão prolongada com agitação
de uma mistura de manteiga e massa de coalhada de leite integral, semidesnatado
ou desnatado.
2.3. DESIGNAÇÃO (Denominação de Venda): Se designarão “Requeijão” ou
“Requeijão Cremoso” e “Requeijão de Manteiga” segundo correspondá a classificação
2.2.1., 2.2.2 e 2.2.3. respectivamente.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
400 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DO REQUEIJÃO OU REQUESÕN

O “Requeijão de Manteiga”. poderá opcionalmente denominar-se “Requeijão do


Norte”.
Quando em sua elaboração se utilizem condimentos, especiarias e/ou outras
substâncias alimentícias o produto se denominará: “Requeijão com...................”,
“Requeijão Cremoso com..................”, “Requeijão de Manteiga com..................”
ou “ Requeijão do Norte com...................”, segundo corresponda, preenchendo o
espaço em branco com o nome das especiarías e/ou condimentos e/ou substâncias
alimentícias agregadas.
Em todos os casos poderá utilizar-se a designação “Requeisón” no lugar de
“Requeijão”
3. REFERÊNCIA
- Norma FIL 4A:1982 - Queijos e Queijos Processados. Determinação do conteúdo de
sólidos totais (Método de referência).
- Norma FIL 5B: 1986. Queijos e Produtos Processados de Queijos. Conteúdo de
matéria gorda.
- Norma FIL 50B: 1985. Leite eProdutos Lácteos-Métodos de Amostragem
- CAC / Vol A: 1985
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. COMPOSIÇÃO
4.1.1. Ingredientes obrigatórios.
Requeijão: Leite ou leite reconstituído
Requeijão Cremoso: leite ou leite reconstituído, creme e/ou manteiga e/ou gordura
anidra de leite ou butter oil.
Requeijão de Manteiga: leite ou leite reconstituído, manteiga, cloreto de sódio.
4.1.2. Ingredientes opcionais
Coalho ou coagulantes apropriados, creme, manteiga, gordura anidra de leite ou
butter oil, sólido de origem láctea, leite em pó, caseína,caseinatos, cloreto de sódio,
cloreto de cálcio, fermentos lácteos ou cultivos específicos, condimentos, especiarias,
outras susbstâncias alimentícias.
4.2.REQUISITOS
4.2.1. Características Sensoriais
4.2.1.1. Consistência: untavél ou fatiável.
4.2.1.2. Textura: cremosa, fina, lisa ou compacta.
4.2.1.3. Formato: variavel.
4.2.1.4. Cor: característico
4.2.1.5. Odor : característico.
4.2.1.6. Sabor: Á creme levemente ácido, opcionalmente salgado para o requeijão ou
requeijão cremoso, levemente ácido, salgado a ranço para o requeijão de manteiga.
4.2.2. Requisitos Físicos Químicos.

401
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Requeijão Requeijão de Métodos de


Requisito Requeijão
Cremoso Manteiga Análises
Matéria gorda no Mín. 25,0 a Norma FIL
45,0 a 54,9 Mín. 55,0
extrato seco g/100g 59,9 5B: 1986
Norma FIL
Umidade g/ 100g Máx. 60,0 Máx. 65,0 Máx. 58,0
4A: 1982

4.3. ACONDICIONAMENTO: Deverá ser envasado com materiais adequado para


as condições de armazenamento previstas e que confiram ao produto uma proteção
adequada.
5. ADITIVOS E COADJUVANTES E DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO
5.1. ADITIVOS Se admitirá o uso dos aditivos que se indicam a continuação nas
concentrações máximas indicadas no produto final.

ADITIVOS FUNÇÃO CONCENTRAÇÃO MÁX.


Acido Sórbico ou seus Sais de Na. 1000 mg/kg só ou combinados,
Conservador
K ou Ca expresso como ácido sórbico.
1 mg/ dm2 Máx. 5 mg/kg não
Natamicina (na superfície) Conservador detectável a 2 mm de profundidade.
Ausência na massa.

Nisina Conservador 12,5 mg/kg


Ácidos láctico, cítrico,acético e
málico ou seus sais de Na, K e Ca.
Reguladores de Acidez b.p.f.
Bicarbonato de Sódio
Gluconato-delta-lactona

Citrato de Na, K, Ca.


40 g/kg só ou combinados com
Lactato de NA ou CA Tartarato de fosfatos ou polifosfatos calculados
Na e/ou K Emulsificante como substâncias anidra sempre
Fosfato ou que os fosfatos não superem 20g/kg
expressos como P2 O5 .
Polifosfatos de Na, K ou Ca.

Citrato de Na, K, Ca.


40 g/kg só ou combinados com
Lactato de NA ou CA Tartarato de fosfatos ou polifosfatos calculados
Na e/ou K Estabilizante como substâncias anidra sempre
Fosfato ou que os fosfatos não superem 20g/kg
expressos como P2 O5 .
Polifosfatos de Na, K ou Ca.
Aromas Saborizante/Aromatizante b.p.f.

Caratenóides naturais: Beta 10 mg/kg


Catoroteno, Bixina, Norbixina, Corante
Urucum, Anato, Rocu. como norbixina

Beta caroteno sintético idêntico ao


Corante 600 mg/kg
natural
Clorofila, Clorofilina, clorofila cúprica,
Corante 15 mg/kg em clorofila
sais de Na ou K.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
402 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DO REQUEIJÃO OU REQUESÕN

ADITIVOS FUNÇÃO CONCENTRAÇÃO MÁX.


Peróxido de benzoilo Corante 20 mg/l de leite (*)
Riboflavina
Carmim
Corante b.p.f.
Vermelho de beterraba
Dióxido de Titânio
(*) Concentrações máxima da matéria prima.

6. CONTAMINANTES: Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar


presentes em quantidade superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento
específico.

7. HIGIENE
7.1.CONSIDERAÇÕES GERAIS: As práticas de higiene para elaboração dos produtos
deverão estar de acordo com o estabelecido no Código Internacional Recomendado
de Práticas, Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos (CAC/VOL. A 1985).
7.2. CONSIDERAÇÕES PARTICULARES.
7.2.1. Durante o processo de fusão, o produto deverá ser submetido a aquecimento
minimo de 80ºC durante 15 segundos ou qualquer outra conbinação tempo/temperatura
equivalente.
7.2.2. As especiarías, condimentos e/ou substâncias alimentícias que se agreguem
ao produto deverá ser tratado convenientemente de forma tal que assegure a aptidão
para o consumo humano do produto final.
7.2.3. Condições de conservação e comercialização: o requeijão deverá manter-se a
uma temperatura inferior a 10 º C.
7.3. CRITÉRIOS MACROSCÓPICOS E MICROSCÓPICOS.
O produto não deverá conter substancias estranhas macro e/ou microscópicas de
qualquer natureza.
7.4. CRITÉRIOS MICROBIOLÓGICOS
O produto deverá cumprir os seguintes requesitos microbiológicos

CRITÉRIO DE CATEGORIA
MICROORGANISMO MÉTODO DE ANÁLISE
ACEITAÇÃO I.C.M.S.F.
n=5c=2
Coliformes/g (30ºC) 5 FIL 73 A: 1985
m = 10 M = 100
n=5c=2
Coliformes/g (45ºC) 5 APHA 1992 Cap. 24(1)
m < 3 M= 10
Stafilococus n=5c=2
5 FIL 145: 1990
coag. Pos./g m = 100 M = 1000
(1). Compendium of Methods for the Microbiological Examinations of Foods,. 3ª
Edicion. Editado por Carl Vanderzant y Don F. Splittstoesser.(1992)

8. PESOS E MEDIDAS.
Se aplicará o Regulamento específico.

403
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

9. ROTULAGEM
9.1. Aplica-se o Regulamento específico.
9.2. Denominar-se “Requeijão”, “ Requeijão Cremoso, e “Requeijão de Manteiga”
segundo corresponda a classificação 2.2.1, 2.2.2 e 2.2.3, respectivamente.
9.3. O “Requeijão de Manteiga” poderá opcionalmente denominar-se “Requeijão do
Norte”.
9.4. Quando na sua elaboração se utilizem condimentos, especiarias ou outras
substâncias alimentícias o produto se denominará “Requeijão com ....................”,
“Requeijão Cremoso com ...................”Requeijão de Manteiga com....................”,
ou “Requeijão do Norte com.......................”, segundo correponda, preenchendo o
espaço em branco com o nome das especiarias e/ou condimentos e/ou substâncias
alimentícias adicionadas.
9.5.Em todos os casos poderá denorminar-se “Requeson” em lugar de “Requeijão”.
10. MÉTODOS DE ANÁLISES
Os métodos de análises especificados são os indicados em 4.2.2.
11. AMOSTRAGEM
Seguem-se os procedimentos recomendados na norma FIL 50 B: 1985

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE QUEIJO


DANBO

PORTARIA Nº 360, DE 4 DE SETEMBRO 1997


(Internalizou a GMC, n° 29/96)

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da


atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e nos
termos do disposto no Regulamento da inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de
Origem Animal, aprovado pelo Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952, e,
Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 29/96, que aprovou o Regulamento
Técnico de Identidade e Qualidade de Queijo Danbo;
Considerando a necessidade de padronizar os processos de elaboração dos Produtos
de Origem Animal, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de
Queijo Danbo.
Art. 2º O Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo
Danbo, aprovado por esta Portaria, estará disponível na Coordenação de Informação
Documental Agrícola, da Secretaria do Desenvolvimento Rural do Ministério da
Agricultura e do Abastecimento.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.
ARLINDO PORTO.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
404 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO DANBO

RTIQ DE QUEIJO DANBO

1. ALCANCE
1.1. OBJETIVO: Estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que
deverá cumprir o Queijo Danbo destinado ao consumo humano.
O Queijo Danbo para uso industrial poderá não cumprir com todos os requisitos deste
Regulamento sempre que para isto exista uma justificativa tecnológica.
1.2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO: O presente Regulamento se refere exclusivamente ao
Queijo Danbo destinado ao comércio nacional ou internacional.
2. DESCRIÇÃO
2.1.DEFINIÇÃO: Entende-se por Queijo Danbo, se entende o queijo maturado que se
obtém por coagulação do leite por meio do coalho e/ou outras enzimas coagulantes
apropriadas, complementada ou não pela ação de bactérias lácticas específicas.
2.2.CLASSIFICAÇÃO: O Queijo Danbo é um queijo de média umidade e gordo, de
acordo com a classificação estabelecida no Regulamento Técnico Geral para Fixação
de Identidade e Qualidade de Queijos.
2.3. DESIGNAÇÃO (denominação de venda): Denominar-se-á Queijo Danbo ou
Queijo Danbo de Uso Industrial, segundo corresponda.
3. REFERÊNCIAS.
Regulamento Técnico Geral para Fixação de Requisitos Microbiológicos de Queijos
Regulamento Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos
Norma FIL 4A:1982 - Queijos e Queijos Processados. Determinação do conteúdo de
sólidos totais (Método de referência).
Norma FIL 5B: 1986. Queijos e Produtos Processados de Queijos. Conteúdo de
matéria gorda.
Norma FIL 50 B: Leite e Produtos Lácteos - Métodos de Amostragem Norma A6
do Codex Alimentarius. Norma Geral para Queijo. Norma FIL 99A: 1987, Avaliação
Sensorial de Produtos Lácteos.
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. COMPOSIÇÃO
4.1.1. Ingredientes obrigatórios.
4.1.1.1. Leite e /ou leite reconstituído padronizado em seu conteúdo de matéria
gorda.
4.1.1.2. Cultivo de bactérias lácticas específicas
4.1.1.3. Coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriados.
4.1.1.4. Cloreto de sódio
4.1.2. Ingredientes opcionais
4.1.2.1. Leite em pó
4.1.2.2. Creme
4.1.2.3. Sólidos de origem láctea

405
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4.1.2.4. Cloreto de cálcio.


4.2.REQUISITOS
4.2.1. CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS
4.2.1.1. Consistência: semidura, elástica
4.2.1.2. Textura: compacta, lisa, não granulada.
4.2.1.3. Cor: branco-amarelado, uniforme.
4.2.1.4. Sabor: láctico, suave, ligeiramente salgado, característico.
4.2.1.5. Odor: característico, pouco acentuado.
4.2.1.6. Crosta: não possui
4.2.1.7. Olhaduras - algumas olhaduras pequenas bem distribuídas ou sem
olhaduras.
4.2.2. FORMA E PESO
4.2.2.l Forma: paralelepípedo de secção transversal retangular
4.2.2.2 Peso: De 2 a 6kg.
4.2.3. REQUISITOS FÍSICO-QUÍMICOS: Corresponde às características de
composição e qualidade dos queijos de média umidade e gordos, estabelecidas no
Regulamento Técnico Geral para fixação de identidade e qualidade de queijos.
4.2.4. CARACTERÍSTICAS DISTINTIVAS DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO
4.2.4.1. Obtenção de uma massa semicozida e lavada por adição de água quente,
prévia remoção parcial do soro, pré-prensada com baixo soro, moldada, prensada,
salgada e maturada.
4.2.4.2. Estabilização e Maturação: deverá maturar no tempo necessário para obter
suas características específicas (pelo menos 25 dias).
4.2.5. ACONDICIONAMENTO: Envoltórios plásticos com ou sem vácuo, com coberturas
recobrimentos aderidos ou não ou embalagens, todos eles bromatologicamente
aptos.
4.2.6. CONDIÇÕES DE CONSERVAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO: O queijo Danbo
deverá manter-se a uma temperatura não superior a 12ºC.
5. ADITIVOS E COADJUVANTES E DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO
5.1. ADITIVOS: São autorizados os aditivos previstos no item 5. do “ Regulamento
Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos”, para queijos de média
umidade.
5.2. COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO: É permitido o uso dos
coadjuvantes de tecnologia/elaboração previstos no “Regulamento Técnico Geral de
Identidade e Qualidade de Queijos”.
6. CONTAMINANTES: Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar
presentes em quantidades superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento
correspondente.
7. HIGIÊNE
7.1.CONSIDERAÇÕES GERAIS:
As práticas de higiene para elaboração de um produto devem estar de acordo com o

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
406 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
PORTARIA Nº 361, DE 4 DE SETEMBRO 1997

estabelecido no Código Internacional Recomendado de Práticas, Princípios Gerais de


Higiene dos Alimentos (CAC/VOL. A 1985).
O leite a ser utilizado deverá ser higienizado por meios mecânicos adequados e
submetido à pasteurização, ou tratamento térmico equivalente, para assegurar
fosfatase residual negativa (A.O.A.C. 15ª Ed. 1990, 979.13, p.823), combinado ou não
com outros processos físicos e biológicos que garantam a inocuidade do produto.
7.2.CRITÉRIOS MACROSCÓPICOS: O produto não deverá conter impurezas ou
substâncias estranhas, de qualquer natureza.
7.3. CRITÉRIOS MICROSCÓPICOS: O produto não deverá apresentar substâncias
microscópicas estranhas, de qualquer natureza.
7.4. CRITÉRIOS MICROBIOLÓGICOS: O Queijo Danbo deverá cumprir com o
estabelecido no “Regulamento Técnico Geral para fixação de Requisitos Microbiológicos
de Queijos”, para Queijos de Média Umidade.
8. PESOS E MEDIDAS.
Aplicar-se-á o Regulamento correspondente.
9. ROTULAGEM
Aplicar-se-á o item 9. ROTULAGEM, do “Regulamento Técnico Geral de Identidade e
Qualidade de Queijos”.
Denominar-se-á “Queijo Danbo” ou “Queijo Danbo de Uso Industrial”, segundo
corresponda.
10. MÉTODOS DE ANÁLISE Umidade: FIL 4A: 1982 Matéria Gorda: FIL 5B: 1986
1. AMOSTRAGEM
Seguir-se-ão seguidos os procedimentos recomendados na Norma FIL 50B:
1985
Seguem os procedimentos recomendados na Norma FIL 50C: 1995

REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE


QUEIJO TILSIT

PORTARIA Nº 361, DE 4 DE SETEMBRO 1997


(Internalizou a GMC, n° 29/96 e 32/96).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e nos termos do disposto no
Regulamento da inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo
Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952, e,
Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 29/96, que aprovou o Regulamento Técnico de
Identidade e Qualidade de Queijo Tilsit.
Considerando a necessidade de padronizar os processos de elaboração dos Produtos de Origem
Animal, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo Tilsit.
Art. 2º O Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo Tilsit, aprovado

407
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

por esta Portaria, estará disponível na Coordenação de Informação Documental Agrícola, da


Secretaria do Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.
ARLINDO PORTO.

RTIQ DE QUEIJO TILSIT

1. ALCANCE
1.1. OBJETIVO: Estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que
deverá cumprir o Queijo Tilsit destinado ao consumo humano.
O Queijo Tilsit para uso industrial poderá não cumprir com todos os requisitos deste
Regulamento sempre que para ele exista uma justificativa tecnológica.
1.2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO: O presente Regulamento se refere exclusivamente ao
queijo Tilsit destinado ao comércio nacional ou internacional.
2. - DESCRIÇÃO:
2.1. DEFINIÇÃO: Entende-se por queijo Tilsit se entende o queijo maturado que se
obtém por coagulação do leite por meio do coalho e/ou outras enzimas coagulantes
apropriadas, complementadas ou não pela ação de bactérias lácticas específicas.
2.2. CLASSIFICAÇÃO: O queijo Tilsit é um queijo de média umidade e gordo, de
acordo com a classificação estabelecida no “Regulamento Técnico Geral de Identidade
e Qualidade de Queijos”.
2.3. DESIGNAÇÃO (Denominação de Venda): Denominar-se-á Queijo Tilsit, ou Queijo
Tilsit de Uso Industrial, segundo corresponde.
3. REFERÊNCIA
Regulamento Técnico Geral para fixação de Requisitos Microbiológicos de Queijos
Regulamento Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos
Norma FIL 4A:1982 - Queijos e Queijos Processados. Determinação do conteúdo de
sólidos totais (Método de referência).
Norma FIL 5B: 1986. Queijos e Produtos Processados de Queijos. Conteúdo de
matéria gorda
Norma FIL 50 B: 1985. Leite e Produtos Lácteos - Métodos de amostragem. Norma
A6 do Codex Alimentarius. Norma Geral para Queijo. Norma FIL 99A: 1987. Evolução
sensorial de Produtos Lácteos
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS.
4.1. COMPOSIÇÃO
4.1.1. Ingredientes obrigatórios.
4.1.1.1.Leite e/ou leite reconstituído padronizado em seu conteúdo de matéria
gorda.
4.1.1.2.Cultivo de bactérias lácticas específicas.
4.1.1.3. Coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
408 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO TILSIT

4.1.1.4. Cloreto de sódio.


4.1.2. Ingredientes opcionais.
4.1.2.1. Leite em pó.
4.1.2.2. Creme .
4.1.2.3. Sólidos de origem láctea.
4.1.2.4. Cloreto de cálcio.
4.1.2.5. Cominho.
4.2. REQUISITOS
4.2.1. CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS.
4.2.1.1. Consistência: semidura, elástica
4.2.1.2. Textura: compacta, lisa, não granulosa
4.2.1.3. Cor: branco amarelado, uniforme.
4.2.1.4. Sabor: láctico, suave, ligeiramente salgado, característico.
4.2.1.5. Odor :característico, pouco acentuado
4.2.1.6. Crosta: não possui .
4.2.1.7. Olhadura : alguns olhos pequenos, bem distribuídos.
4.2.2. FORMA E PESO
4.2.2.1. Forma: Paralelepípedo de secção transversal retangular
4.2.2.2. Peso: De 2 a 4Kg.
4.2.3. REQUISITOS FÍSICO-QUÍMICOS: Corresponde às características de
composição e qualidade dos queijos de média umidade e gordos, estabelecidas no
Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijos.
4.2.4. CARACTERÍSTICAS DISTINTIVAS DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO
4.2.4.1. Obtenção de uma massa semicozida e lavada por adição de água quente,
prévia remoção parcial do soro, pré-prensada, moldada, prensada, salgada e
maturada.
4.2.4.2. Estabilização e maturação: só deverá maturar durante o tempo necessário
para obter suas características específicas (pelo menos 25 dias).
4.2.5. ACONDICIONAMENTO: Em envoltórios plásticos, com ou sem vácuo,
recobrimentos aderidos ou não, ou em envases, todos eles bromatologicamente
aptos.
4.2.6. CONDIÇÕES DE CONSERVAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO: O queijo Tilsit
deverá manter-se a uma temperatura não superior aos 12ºC.
5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO
5.1. ADITIVOS: Serão autorizados os aditivos previstos no item 5. do “Regulamento
Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos”, para queijos de Média
Umidade.
5.2. COADJUVANTE DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO
Autorizar-se-á o uso dos coadjuvantes de tecnologia/elaboração previstos no
“Regulamento Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos.”

409
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

6. CONTAMINANTES: Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar


presentes em quantidades superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento
correspondente.
7. HIGIENE
7.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS: As práticas de higiene para elaboração do produto
devem estar de acordo com o estabelecido no Código Internacional Recomendado de
Práticas, Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos (CAC/VOL. A 1985)
O leite a ser utilizado deverá ser higienizado por meios mecânicos adequados e
submetido à pasteurização ou tratamento térmico equivalente, para assegurar
fosfatase residual negativa (A.O.A.C. 15º Ed. 1990, 979.13,p.823) combinado ou não
com outros processos físicos e biológicos que garantam a inocuidade do produto.
7.2. CRITÉRIOS MACROSCÓPICOS: O produto não deverá conter impurezas ou
substâncias estranhas, de qualquer natureza.
7.3. CRITÉRIOS MICROSCÓPICOS: O produto não deverá apresentar substâncias
microscópicas estranhas, de qualquer natureza.
7.4. CRITÉRIOS MICROBIOLÓGICOS: O Queijo Tilsit deverá cumprir com o
estabelecido no “Regulamento Técnico Geral para fixação de Requisitos Microbiológicos
de Queijos”, para Queijos de Média Umidade.
8. PESOS E MEDIDAS
Aplicar-se-á o Regulamento correspondente.
9. ROTULAGEM
Será aplicado o item 9. Rotulagem do “Regulamento Técnico Geral de Identidade e
Qualidade de Queijos.”
Denominar-se-á Queijo Tilsit o Queijo Tilsit de Uso Industrial segundo corresponda.
10. MÉTODOS DE ANÁLISE Umidade:
FIL 4A: 1982 Matéria Gorda:
FIL 5B: 1986
11. AMOSTRAGEM
Serão seguidos os procedimentos recomendados na Norma FIL 50B: 1985

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE QUEIJO TYBO

PORTARIA Nº 362, DE 4 DE SETEMBRO 1997


(Internalizou a GMC, n° 29/96 e 42/96).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e nos termos do disposto no
Regulamento da inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo
Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952, e,
Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 29/96, que aprovou o Regulamento Técnico de
Identidade e Qualidade de Queijo Tybo.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
410 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO TYBO

Considerando a necessidade de padronizar os processos de elaboração dos Produtos de Origem


Animal, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo
Tybo.
Art. 2º O Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo Tybo, aprovado
por esta Portaria, estará disponível na Coordenação de Informação Documental Agrícola, da
Secretaria do Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.
ARLINDO PORTO.

RTIQ DE QUEIJO TYBO

1. ALCANCE
1.1. OBJETIVO: Estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que
deverá cumprir o Queijo Tybo destinado ao consumo humano.
O Queijo tybo para uso industrial poderá não cumprir com todos os requisitos deste
Regulamento, sempre que para ele exista uma justificativa tecnológica.
1.2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO: O presente Regulamento se refere exclusivamente ao
queijo Tybo destinado ao comércio nacional ou internacional.
2. DESCRIÇÃO
2.1.DEFINIÇÃO: Entende-se por queijo Tybo, se entende o queijo maturado que se
obtém por coagulação do leite por meio do coalho e/ou outras enzimas coagulantes
apropriadas, complementadas ou não pela ação de bactérias lácticas específicas.
2.2.CLASSIFICAÇÃO: o queijo Tybo é um queijo de média umidade e semigordo, de
acordo com a classificação estabelecida no “Regulamento Técnico Geral para fixação
de Identidade e Qualidade de Queijos”.
2.3. DESIGNAÇÃO (denominação de venda). Denominar-se-á “Queijo Tybo” ou
“Queijo Tybo de Uso Industrial”, segundo corresponda . O “Queijo Tybo” poderá
opcionalmente denominar-se de “Queijo Tybo Sandwich”.
3. REFERÊNCIAS
Regulamento Técnico Geral para fixação de Requisitos Microbiológicos de Queijos
Regulamento Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos
Norma FIL 4A:1982 - Queijos e Queijos Processados. Determinação do conteúdo de
sólidos totais (Método de referência).
Norma FIL 5B: 1986. Queijos e Produtos Processados de Queijos. Conteúdo de
matéria gorda.
Norma FIL 50B: 1985. Leite e produtos lácteos-métodos de amostragem. Norma A6
do Codex Alimentarius. Norma Geral para Queijo. Norma FIL 99A - 1987 - Evolução
Sensorial de Produtos Lácteos
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS.
4.1. COMPOSIÇÃO:
4.1.1. Ingredientes obrigatórios.

411
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4.1.1.1. Leite e /ou leite reconstituído padronizado em seu conteúdo de matéria


gorda
4.1.1.2. Cultivo de bactérias lácticas específicas.
4.1.1.3. Coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas.
4.1.1.4. Cloreto de sódio
4.1.2. Ingredientes opcionais
4.1.2.1. Leite em pó
4.1.2.2. Creme
4.1.2.3. Sólidos de origem lácteo
4.1.2.4. Cloreto de cálcio
4.2. REQUISITOS
4.2.1. CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS.
4.2.1.1. Consistência: semidura, elástica 4.2.1.2. Textura: compacta, lisa ,não
granulosa
4.2.1.3. Cor: branco amarelado, uniforme.
4.2.1.4. Sabor: láctico suave, ligeiramente salgado, característico.
4.2.1.5. Odor: característico, pouco acentuado.
4.2.1.6. Crosta: lisa, consistente, bem formada, sem rachaduras, sem trincas ou sem
crosta.
4.2.1.7. Olhadura :alguns olhos pequenos, bem disseminados ou sem olhos. 4.2.2.
FORMA E PESO
4.2.2.1. Forma: Paralelepípedo de seção transversal retangular. 4.2.2.2. Peso: De 3
a 5kg
4.2.3. REQUISITO FISICO-QUÍMICOS: Corresponde as características de
composição e qualidade dos queijos de média umidade e semigordos estabelecidos no
“Regulamento Técnico Geral para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijos”.
4.2.4. CARACTERÍSTICAS DISTINTIVAS DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO
4.2.4.1. Obtenção de uma massa semicozida e lavada por adição de água quente,
prévia remoção parcial do soro, pré prensada, moldada, prensada, salgada e
maturada.
4.2.4.2. Estabilização e maturação: só deverá maturar durante o tempo necessário
para obter suas características especificas (pelo menos 25 dias).
4.2.5. ACONDICIONAMENTO: Em envoltórios plásticos, com recobrimentos aderidos
ou não ou em embalagem, todos eles bromatologicamente aptos.
4.2.6. CONDIÇÕES DE CONSERVAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO: O Queijo Tybo
deverá ser mantido a uma temperatura não superior aos 12ºC.
5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO.
5.1. ADITIVOS: Serão autorizados os aditivos previstos no Item 5. do “Regulamento
Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos” para Queijos de Media
Umidade.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
412 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
PORTARIA Nº 363, DE 4 DE SETEMBRO 1997

5.2. COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO: Autorizar-se-á o uso dos


Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração previstos no “Regulamento Técnico Geral de
Identidade e Qualidade de Queijos”.
6. CONTAMINANTES.
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em quantidade
superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento correspondente.
7. HIGIENE
7.1. CONSIDERAÇOES GERAIS: As práticas de higiene para elaboração do produto
deverão estar de acordo com o estabelecido no Código Internacional Recomendado
de Práticas, Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos (CAC/VOL. A 1985)
O leite a ser utilizado deverá ser higienizado por meios mecânicos adequados e
submetido à pasteurização, ou tratamento térmico equivalente para assegurar
fosfatase residual negativa (A.O.A.C. 15ª Ed. 1990, 979.13, p. 823) combinado ou não
com outros processos físicos e biológicos que garantam a inocuidade do produto.
7.2. Critérios Macroscópicos: O produto não deverá conter impurezas ou substâncias
estranhas, de qualquer natureza.
7.3. Critérios microscópicos: O produto não deverá apresentar substâncias
microscópicas estranhas, de qualquer natureza.
7.4. Critérios Microbiológicos: O Queijo Tybo deverá cumprir com o estabelecido no
“Regulamento Técnico Geral para fixação de Requisitos Microbiológicos de Queijos”,
para Queijos de Média Umidade.
8. PESOS E MEDIDAS
Se aplicará o Regulamento correspondente.
9. ROTULAGEM
Queijo Tybo.
Será aplicado o Item 9, Rotulagem, do “Regulamento Técnico Geral de Identidade e
Qualidade de Queijos”.
Se denomirará “Queijo Tybo” ou “Queijo Tybo de Uso Industrial” segundo corresponda.
O Queijo Tybo Opcionalmente poderá denominar-se “Queijo Tybo Sandwich”.
10. MÉTODOS DE ANÁLISE Umidade: FIL 4A: 1982 Matéria Gorda: FIL 5B: 1986
11. AMOSTRAGEM
Serão seguidos os procedimentos recomendados na Norma FIL 50 B: 1985.

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE QUEIJO


PATEGRÁS SANDWICH

PORTARIA Nº 363, DE 4 DE SETEMBRO 1997


(Internalizou a GMC, n° 30/96).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e nos termos do disposto no
Regulamento da inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo

413
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952, e,


Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 30/96, que aprovou o Regulamento Técnico de
Identidade e Qualidade de Queijo Pategrás Sandwich.
Considerando a necessidade de padronizar os processos de elaboração dos Produtos de Origem
Animal, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo
Pategrás Sandwich.
Art. 2º O Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo Pategrás
Sandwich, aprovado por esta Portaria, estará disponível na Coordenação de Informação
Documental Agrícola, da Secretaria do Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura e do
Abastecimento.
ARLINDO PORTO.

RTIQ DE QUEIJO PATEGRÁS SANDWICH

1. ALCANCE
1.1. OBJETIVO: estabelecer a identidade e as características mínimas de Qualidade
que deverá cumprir o Queijo Pategrás Sandwich destinado ao consumo humano.
O Queijo Pategrás Sandwich para uso industrial poderá não cumprir com todos
os requisitos deste Regulamento, sempre que para isto exista uma justificativa
tecnológica.Â
1.2. AMBITO DE APLICAÇÃO: o presente Regulamento se refere exclusivamente ao
queijo Pategrás Sandwich destinado ao comércio nacional ou internacional.
2 - DESCRIÇÃO:
2.1. DEFINIÇÃO: Entende-se por Queijo Pategrás Sandwich se entende o queijo
maturado que se obtém por coagulação do leite por meio de coalho e/ou outras
enzimas coagulantes apropriadas, complementada ou não pela ação de bactérias
lácticas específicas.
2.2. CLASSIFICAÇÃO: o Queijo Pategrás Sandwich é um queijo de média umidade
e semigordo, de acordo com a classificação estabelecida no “Regulamento Técnico
Geral para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijos”.
2.3. DESIGNAÇÃO (denominação de venda) Denominar-se-á Queijo Pategrás
Sandwich ou Queijo Pategrás Sandwich de Uso Industrial, segundo corresponda.
3. REFERÊNCIA.
Regulamento Técnico Geral para fixação de Requisitos Microbiológicos de Queijos.
Regulamento Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos.
Norma FIL 4A:1982 - Queijos e Queijos Processados. Determinação do conteúdo de
sólidos totais (Método de referência).
Norma FIL 5B: 1986. Queijos e Produtos Processados de Queijos. Conteúdo de
matéria gorda
Norma FIL 50 B: 1985. Leite e Produtos Lácteos - Métodos de amostragem. Norma
A6 do Codex Alimentarius. Norma Geral para Queijo. Norma FIL 99A: 1987. Avaliação
sensorial de Produtos Lácteos

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
414 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO PATEGRÁS SANDWICH

4. COMPOSIÇÃO E AVALIAÇÃO.
4.1. COMPOSIÇÃO:
4.1.1. Ingredientes obrigatórios.
4.1.1.1. Leite e /ou leite reconstituído, padronizado em seu conteúdo de matéria
gorda.
4.1.1.2. Cultivo de bactérias lácticas específicas.
4.1.1.3. Coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas.
4.1.1.4. Cloretos de sódio
4.1.2. Ingredientes opcionais
4.1.2.1. Leite em pó
4.1.2.2. Creme
4.1.2.3. Sólidos de origem lácteo
4.1.2.4. Cloreto de cálcio
4.2.REQUISITOS
4.2.1. CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS.
4.2.1.1. Consistência: semidura, elástica
4.2.1.2. Textura: compacta, lisa, não granulosa, podendo apresentar algumas aberturas
mecânicas.
4.2.1.3. Cor: branco amarelado, uniforme.
4.2.1.4. Sabor: acentuado, característico, ligeiramente picante.
4.2.1.5. Odor: característico.
4.2.1.6. Crosta: lisa, consistente, bem formada, sem rachaduras nem trincas, ou sem
crosta
4.2.1.7. Olhadura: alguns olhos pequenos ou médios, bem distribuídos.
4.2.2. FORMA E PESO.
4.2.2.1. Forma: Paralelepípedo de secção transversal retangular.
4.2.2.2. Peso: De 3 a 5kg
4.2.3. REQUISITOS FISICO-QUÍMICOS: Correspondem as características de
composição e qualidade dos queijos de média umidade e semigordos, estabelecidas no
“Regulamento Técnico Geral para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijos”.
4.2.4. CARACTERÍSTICAS DISTINTIVAS DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO 4.2.4.1.
Obtenção de uma massa semicozida, moldada, prensada, salgada e maturada.
4.2.4.2. Estabilização e maturação: só deverá maturar durante o tempo necessário
para obter suas características específicas (pelo menos 25 dias).
4.2.5. ACONDICIONAMENTO: em envoltórios plásticos, com ou sem vácuo, com
coberturas aderidas, ou não, ou em embalagem, todos eles bromatologicamente
aptos.

4.2.6. CONDIÇÕES DE CONSERVAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO: o Queijo Pategrás


Sandwich deverá ser mantido a uma temperatura não superior aos 12ºC.

415
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

5 - ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA / ELABORAÇÃO.


5.1. ADITIVOS: Serão autorizados os aditivos previstos no item 5. do “Regulamento
Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos”, para Queijos de Media
Umidade.
5.2. COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO: Autorizar-se-á o uso dos
Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração previsto no “Regulamento Técnico Geral de
Identidade e Qualidade de Queijos”.
6. CONTAMINANTES: Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não deverão estar
presentes em quantidades superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento
correspondente.
7. HIGIENE
7.1. Considerações gerais: as práticas de higiene para elaboração do produto deverão
estar de acordo com o que estabelece o código internacional Recomendado de
Práticas, Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos. (CAC/VOL. A 1985)
O leite a ser utilizado deverá ser higienizado por meios mecânicos adequados,
e submetido à pasteurização ou tratamento térmico equivalente, para assegurar
fosfatase residual negativa (A.O.A.C. 15ª Ed. 1990, 979.13, p. 823), combinado ou não
com outros processos físicos e biológicos que garantam a inocuidade do produto.
7.2. Critérios Macroscópicos: O produto não deverá conter impurezas ou substâncias
estranhas, de qualquer natureza.
7.3. Critérios microscópicos: O produto não deverá apresentar substâncias
microscópicas estranhas, de qualquer natureza.
7.4. Critérios Microbiológicos: O Queijo Pategrás Sandwuich deverá cumprir
com o estabelecido no “Regulamento Técnico Geral para Fixação de Requisitos
Microbiológicos de Queijos”, para Queijos de Média Umidade.
8. PESOS E MEDIDAS
Será aplicado o Regulamento correspondente.
9. ROTULAGEM
Será aplicado o item 9. Rotulagem do Regulamento Técnico Geral de Identidade e
Qualidade de Queijos”.
Denominar-se-á Queijo Pategrás Sandwich ou Queijo Pategrás Sandwich de Uso
Industrial segundo corresponde.
10. MÉTODOS DE ANÁLISE Umidade: FIL 4A: 1982 Matéria Gorda: FIL 5B: 1986
11. AMOSTRAGEM
Serão seguidos os procedimentos recomendados na Norma FIL 50B: 1985.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
416 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
PORTARIA Nº 364, DE 4 DE SETEMBRO 1997

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE QUEIJO


MOZZARELLA (MUZZARELLA OU MUSSARELA)

PORTARIA Nº 364, DE 4 DE SETEMBRO 1997


(Internalizou a GMC, n° 78/96).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e nos termos do disposto no
Regulamento da inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo
Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952, e,
Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 78/96, que aprovou o Regulamento Técnico de
Identidade e Qualidade de Queijo Mozzarella (Muzzarella ou Mussarella);
Considerando a necessidade de padronizar os processos de elaboração dos Produtos de Origem
Animal, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo
Mozzarella (Muzzarella ou Mussarella).
Art. 2º O Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo Mozzarella
(Muzzarella ou Mussarella), aprovado por esta Portaria, estará disponível na Coordenação de
Informação Documental Agrícola, da Secretaria do Desenvolvimento Rural do Ministério da
Agricultura e do Abastecimento.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.
ARLINDO PORTO

RTIQ DE QUEIJO MOZZARELLA (MUZZARELLA OU MUSSARELA).

1. ALCANCE
1.1. OBJETIVO: estabelecer a identidade e as características mínimas de Qualidade
que deverá cumprir o Queijo Mozzarella , Muzzarella ou Mussarela (adiante
denominado genericamente como Mozzarella) destinado ao consumo humano.
1.2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO: o presente regulamento se refere exclusivamente ao
queijo Mozzarella destinado ao comércio nacional ou internacional.
2 - DESCRIÇÃO
2.1. DEFINIÇÃO: Entende-se por Queijo Mozzarella se entende o queijo que se
obtém por filagem de uma massa acidificada, (produto intermediário obtido por
coagulação de leite por meio de coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas),
complementada ou não pela ação de bactérias lácticas específicas.
2.2. CLASSIFICAÇÃO: o Queijo Mozzarella, de acordo com o estabelecido no
item 4.2.3. é um queijo de média, alta ou muito alta umidade e extragordo, gordo a
semigordo segundo a classificação estabelecida no “Regulamento Técnico Geral para
fixação de Identidade e Qualidade de Queijos”.
2.3. DESIGNAÇÃO (denominação de venda) Denominar-se-á Queijo Mozzarella,
Queijo Muzzarella ou Queijo Mussarela .

417
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

3. REFERÊNCIA.
Regulamento Técnico Geral para fixação de Requisitos Microbiológicos de Queijos
Regulamento Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos
Norma FIL 4A:1982 - Queijos e Queijos Processados. Determinação do conteúdo de sólidos
totais (Método de referência).
Norma FIL 5B: 1986. Queijos e Produtos Processados de Queijos. Conteúdo de matéria gorda
Norma FIL 50 B: 1985. Leite e Produtos Lácteos - Métodos de amostragem. Norma A6 do Codex
Alimentarius. Norma Geral para Queijo. Norma FIL 99A: 1987. Avaliação sensorial de Produtos
Lácteos
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS.
4.1. COMPOSIÇÃO:
4.1.1. Ingredientes obrigatórios.
4.1.1.1. Leite e /ou leite reconstituído padronizados ou não no seu conteúdo de
matéria gorda .
4.1.1.2. Coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas.
4.1.1.3. Cloreto de sódio .
4.1.2. Ingredientes opcionais.
4.1.2.1. Massa acidificada.
4.1.2.2. Cultivos de bactérias lácteas específicas.
4.1.2.3. Leite em pó.
4.1.2.4. Creme .
4.1.2.5. Cloreto de cálcio.
4.1.2.6. Caseinatos.
4.1.2.7. Ácidos Cítrico, Láctico, Acético ou Tartárico.
4.1.2.8. Especiarias, condimentos e/ou outras substâncias alimentícias.
4.2.REQUISITOS
4.2.1. CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS.
4.2.1.1. Consistência: semi-suave, suave, segundo o conteúdo de umidade, matéria
gorda e grau de maturação.
4.2.1.2. Textura: fibrosa, elástica e fechada.
4.2.1.3. Cor: branco a amarelado, uniforme, segundo o conteúdo de umidade, matéria
gorda e grau de maturação.
4.2.1.4. Sabor: Láctico, pouco desenvolvido a ligeiramente picante, segundo o
conteúdo de umidade, matéria gorda e grau de maturação.
4.2.1.5. Odor: Láctico, pouco perceptível.
4.2.1.6. Crosta: não possui.
4.2.1.7. Olhadura -não possui. Eventualmente poderá apresentar aberturas irregulares
(olhos mecânicos).
Quando o Queijo Mozzarella contenha especiarias, condimentos, substâncias
alimentícias e/ou aromatizantes/flavorizantes, apresentará as características

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
418 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO MOZZARELLA (MUZZARELLA OU MUSSARELA)

sensoriais de acordo com as adições efetuadas.


4.2.2. FORMA E PESO: Variáveis
4.2.3. REQUISITOS FÍSICOS-QUÍMICOS
Umidade g/100g Máximo 60,0
Matéria Gorda em Extrato Seco g/l00g Mínimo 35,0
4.2.4. CARACTERÍSTICAS DISTINTIVAS DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO
4.2.4.1. Obtenção de uma massa acidificada sem filar.
4.2.4.2. Filagem da Massa em banho de água quente.
4.2.4.3. Salga
4.2.4.4. Estabilização e maturação: mínimo 24 horas
4.2.5.ACONDICIONAMENTO: Embalagens ou envoltórios bromatolgicamente aptos.
O Queijo Mozzarella de umidade compreendida entre 52 e 60% m/m poderá ser
embalado com o soro remanescente de sua obtenção ou com uma solução salina
citratada.
4.2.6. CONDIÇÕES DE CONSERVAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO: o Queijo
Mozzarella deverá ser conservado, até e durante a sua expedição, a uma temperatura
não superior a 12ºC e, no caso de conteúdos de umidade compreendidos entre 55 e
60% m/m, a mesma não excederá aos 8ºC.
5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO.
5.1. ADITIVOS - Serão autorizados os aditivos previstos no item 5. do “Regulamento
Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos”, para Queijos de Média
Umidade.
Na elaboração de Queijo Mozzarella de muito alta umidade, se autoriza também o uso
de Peróxido de Benzoila (Max. 20 mg/l de leite) e Dióxido de Titânio (segundo b.p.f.)
Na elaboração de Queijo Mozzarella de média e alta umidade, se autoriza também
o uso de saborizantes/flavorizantes, à exceção de aromas de queijo e de creme
(segundo b.p.f.).
Quando na elaboração de Queijo Mozzarella se utilize massa acidificada como matéria
prima, a concentração de aditivos no produto final deverá responder aos limites
máximos autorizados pelo “Regulamento Técnico Geral de Identidade de Qualidade de
Queijos”, independente da concentração de aditivos utilizados na massa acidificada.
5.2. COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO.
Autorizar-se-á o uso dos Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração previstos no
“Regulamento Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos”.
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não deverão estar presentes em
quantidades superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento correspondente.
7. HIGIENE
7.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS: As práticas de higiene para elaboração do produto
deverão estar de acordo com o que estabelece o código internacional Recomendado
de Práticas. Princípios Gerais de higiene dos alimentos. (CAC/VOL. A 1985)
O leite a ser utilizado deverá ser higienizado por meios mecânicos adequados e
submetido à pasteurização ou tratamento térmico equivalente, para assegurar

419
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

fosfatase residual negativa (A.O.A.C. 15ª Ed. 1990, 979.13, p. 823) combinado ou não
com outros processos físicos e biológicos que garantam a inocuidade do produto.
7.2. Critérios Macroscópicos: O produto não deverá conter impurezas ou substâncias
estranhas, de qualquer natureza.
7.3. Critérios microscópicos: O produto não deverá apresentar substâncias
microscópicas estranhas, de qualquer natureza.
7.4. Critérios Microbiológicos: Tendo em vista as características distintivas do
processo de elaboração, o “Queijo Mozzarella” deverá cumprir com os Requisitos
Microbiológicos que se estabelecem a seguir:
Método de
Microorganismos Critério de Aceitação Categoria ICMSF
Analise
Coliformes/g (30ºC) n = 5 c = 2 m= 1000 M = 5000 5 FIL 73A: 1985
Esta ilococos coag.pos./g n = 5 c = 2 m = 100 M= 1000 5 FIL 145: 1990
Salmonela spp/25g n=5c=0m=0 10 FIL 93A: 1985
Listeria monocytogenes/25g n = 5 c = 0 m = 0 10 FIL 143: 1990

(1) Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. 3ª Edicion.


Editado por Car Vanderzant Don F. Splittstoesser.
8. PESOS E MEDIDAS
Será aplicado o Regulamento correspondente.
9. ROTULAGEM
Aplicar-se-á o item 9. Rotulagem do “Regulamento Técnico Geral de Identidade e
Qualidade de Queijos”.
Denominar-se-á “Queijos Mozzarella”, “Queijo Muzzarella” ou “Queijo Mussarela”.
10. MÉTODOS DE ANÁLISE Umidade: FIL 4A: 1982 Matéria Gorda: FIL 5B: 1986
11. AMOSTRAGEM
Serão seguidos os procedimentos recomendados na Norma FIL 50B: 1985.

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE QUEIJO


TANDIL

PORTARIA Nº 365, DE 4 DE SETEMBRO 1997


(Internalizou a GMC, n° 31/96).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e nos termos do disposto no
Regulamento da inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo
Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952, e,
Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 31/96, que aprovou o Regulamento Técnico de
Identidade e Qualidade de Queijo Tandil;
Considerando a necessidade de padronizar os processos de elaboração dos Produtos de Origem
Animal, resolve:

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
420 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO TANDIL

Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo


Tandil.
Art. 2º O Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo Tandil, aprovado
por esta Portaria, estará disponível na Coordenação de Informação Documental Agrícola, da
Secretaria do Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.
ARLINDO PORTO.

RTIQ DE QUEIJO TANDIL

1. ALCANCE
1.1. OBJETIVO: estabelecer a identidade e as características mínimas de qualidade
que deverá cumprir o Queijo Tandil destinado ao consumo humano.
O Queijo Tandil para uso industrial poderá não cumprir com todos os requisitos deste
Regulamento, sempre que para ele exista uma justificativa tecnológica.
1.2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO: O presente regulamento se refere exclusivamente ao
Queijo Tandil destinado ao comércio nacional ou internacional.
2 - DESCRIÇÃO
2.1. DEFINIÇÃO: Entende-se por Queijo Tandil se entende o queijo maturado que se
obtém por coagulação do leite por meio de coalho e/ou outras enzimas coagulantes
apropriadas, complementada ou não pela ação de bactérias lácticas específicas.
2.2. CLASSIFICAÇÃO: O Queijo Tandil é um queijo de média umidade e gordo, de
acordo com a classificação estabelecida no “Regulamento Técnico Geral para fixação
de Identidade e Qualidade de Queijos”.
2.3. DESIGNAÇÃO (denominação de venda) Denominar-se-á “Queijo Tandil “ ou
“Queijo Tandil de Uso Industrial” segundo corresponde.
3. REFERÊNCIAS.
Regulamento Técnico Geral para fixação de Requisitos Microbiológicos de Queijos
Regulamento Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos Norma FIL 4A:1982
- Queijos e Queijos Processados. Determinação do conteúdo de sólidos totais (Método
de referência).
Norma FIL 5B: 1986. Queijos e Produtos Processados de Queijos. Conteúdo de
matéria gorda
Norma FIL 50 B: 1985. Leite e Produtos Lácteos - Métodos de amostragem.
Norma A6 do Codex Alimentarius. Norma Geral para Queijo.
Norma FIL 99A: 1987. Avaliação sensorial de Produtos Lácteos
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS.
4.1. COMPOSIÇÃO:
4.1.1. Ingredientes obrigatórios.
4.1.1.1. Leite e /ou leite reconstituído padronizado em seu conteúdo de matéria
gorda.

421
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4.1.1.2. Cultivo de bactérias lácticas específicas.


4.1.1.3. Coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas.
4.1.1.4. Cloretos de sódio
4.1.2. Ingredientes opcionais
4.1.2.1. Leite em pó
4.1.2.2. Creme
4.1.2.3. Sólidos de origem lácteo
4.1.2.4. Cloreto de cálcio
4.2.REQUISITOS
4.2.1. CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS.
4.2.1.1. Consistência: semidura, elástica
4.2.1.2. Textura: compacta, lisa, não granulosa, podendo apresentar algumas aberturas
mecânicas.
4.2.1.3. Cor: branco amarelado, uniforme.
4.2.1.4. Sabor: láctico,suave, ligeiramente salgado, característico.
4.2.1.5. Odor: característico, pouco acentuado.
4.2.1.6. Crosta: lisa, consistente, bem formada, sem rachaduras nem trincas, ou sem
crosta
4.2.1.7. Olhadura: alguns olhos pequenos, bem distribuídos.
4.2.2. FORMA E PESO.
4.2.2.1. Forma: Paralelepípedo de secção transversal, quadrado ou retangular.
4.2.2.2. Peso: De 1 a 4kg
4.2.3. REQUISITOS FÍSICO-QUÍMICOS.
Corresponde às características de composição e qualidade dos queijos de média
umidade e gordos, estabelecidos no “Regulamento Técnico Geral para Fixação de
Identidade e Qualidade de Queijos”.
4.2.4. CARACTERÍSTICAS DISTINTIVAS DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO
4.2.4.1. Obtenção de uma massa semicozida, moldada, prensada, salgada e
maturada.
4.2.4.2. Estabilização e maturação: Só deverá maturar durante o tempo necessário
para obter suas características específicas (pelo menos 25 dias).
4.2.5. ACONDICIONAMENTO: Em envoltórios plásticos, com ou sem vácuo, com
cobertura aderidos ou não ou em embalagem, todos eles bromatologicamente aptos.
4.2.6. CONDIÇÕES DE CONSERVAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO: O Queijo Tandil
deverá ser mantido a uma temperatura não superior aos 12ºC.
5 - ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO.
5.1. ADITIVOS: Serão autorizados os aditivos previstos no Item 5. do “Regulamento
Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos” para Queijos de Media
Umidade.
5.2. COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO: Autorizar-se-á o uso dos

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
422 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO TANDIL

Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração previsto no “Regulamento Técnico Geral de


Identidade e Qualidade de Queijos”.

6. CONTAMINANTES
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não deverão estar presentes em quantidade,
superiores a limites estabelecidos pelo Regulamento correspondente.

7. HIGIENE
7.1. Considerações gerais: as práticas de higiene para elaboração do produto deverão
estar de acordo com o que estabelece o Código Internacional Recomendado de
Práticas, Princípios Gerais de higiene dos alimentos. (CAC/VOL. A 1985) O leite a
ser utilizado deverá ser higienizado por meios mecânicos adequados e submetido à
pasteurização ou tratamento térmico equivalente, para assegurar fosfatase residual
negativa ( A.O.A.C. 15ª Ed. 1990, 979.13, p. 823), combinado ou não com outros
processos físicos e biológicos que garantam a inocuidade do produto.
7.2. Critérios Macroscópicos: O Produto não deverá conter impurezas ou substâncias
estranhas, de qualquer natureza.
7.3. Critérios Microscópicos: O Produto não deverá conter impurezas ou substâncias
Microscópicas, de qualquer natureza.
7.4. Critérios Microbiológicos: O Queijo Tandil deverá cumprir com o estabelecido no
“Regulamento Técnico Geral para fixação de Requisitos Microbiológicos de Queijos”,
para Queijos de Média Umidade.

8. PESOS E MEDIDAS
Será aplicado o Regulamento correspondente.

9. ROTULAGEM
Será aplicado o Item 9. Rotulagem do Regulamento Técnico Geral de Identidade
e Qualidade de Queijos”. Denominar-se-á Queijo Tandil” ou Queijo Tandil de Uso
Industrial, segundo corresponde.

10. MÉTODOS DE ANÁLISE


Umidade: FIL 4A: 1982
Matéria Gorda: FIL 5B: 1986

11. AMOSTRAGEM
Serão seguidos os procedimentos recomendados na Norma FIL 50B: 1985.

423
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE MASSA PARA


ELABORAR QUEIJO MOZZARELLA(MUZZARELLA OU MUSSARELA)

PORTARIA Nº 366, DE 4 DE SETEMBRO 1997


(Internalizou a GMC, n° 34/96).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e nos termos do disposto no
Regulamento da inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo
Decreto Nº 30.691, de 29 de março de 1952, e,
Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 34/96, que aprovou o Regulamento Técnico de
Identidade e Qualidade de Massa para elaborar Queijo Mozzarella(Muzzarella ou Mussarela);
Considerando a necessidade de padronizar os processos de elaboração dos Produtos de Origem
Animal, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Massa para
elaborar Queijo Mozzarella(Muzzarella ou Mussarela).
Art. 2º O Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Massa para elaborar
Queijo Mozzarella(Muzzarella ou Mussarela), aprovado por esta Portaria, estará disponível na
Coordenação de Informação Documental Agrícola, da Secretaria do Desenvolvimento Rural do
Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.
ARLINDO PORTO.

RTIQ DE MASSA PARA ELABORAR QUEIJO


MOZZARELLA(MUZZARELLA OU MUSSARELA)

1. ALCANCE:
1.1. OBJETIVO: estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que
deverá cumprir a massa para elaborar Queijo Mozzarella , Muzzarella ou Mussarela
(denominado geneticamente como Mozzarella).
1.2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO: o presente regulamento se refere a massa para
elaborar queijo Mozzarella destinado ao comércio nacional ou internacional.
2. DESCRIÇÃO:
2.1. DEFINIÇÃO: Entende-se por massa para elaborar Queijo Mozzarella se entende o
produto, de uso industrial exclusivo, destinado a elaboração de Queijo Muzzarella que
se obtém por coagulação de leite por meio de coalho e/ou outras enzimas coagulantes
apropriadas, complementada no não pela ação de bactérias lácticas específicas.
2.2. DESIGNAÇÃO (denominação de venda) Denominar-se-á “Massa para elaborar
Queijo Mozzarella (Muzzarella ou Mussarela) Uso Industrial Exclusivo”.
3. REFERÊNCIA.
Regulamento Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos
Norma FIL 4A:1982 - Queijos e Queijos Processados. Determinação do conteúdo de sólidos totais (Método
de referência).

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
424 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE MASSA PARA ELABORAR QUEIJO MOZZARELLA(MUZZARELLA OU MUSSARELA)

Norma FIL 5B: 1986. Queijos e Produtos Processados de Queijos. Conteúdo de matéria gorda
Norma FIL 50 B: 1985. Leite e Produtos Lácteos - Métodos de amostragem. Norma A6 do Codex Alimentarius.
Norma Geral para Queijo. Norma FIL 99A: 1987. Evolução sensorial de Produtos Lácteos
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS.
4.1. COMPOSIÇÃO:
4.1.1. Ingredientes obrigatórios.
4.1.1.1. Leite e /ou leite reconstituído padronizado ou não no seu conteúdo de
matéria gorda .
4.1.1.2. Coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas
4.1.2. Ingredientes opcionais
4.1.2.1. Cultivo de bactérias lácticas específicas
4.1.2.2. leite em pó
4.1.2.3. Creme
4.1.2.4. Caseinatos.
4.1.2.5. Cloreto de cálcio
4.1.2.6. Ácidos Cítricos, Láctico, Acético ou Tartárico
4.1.2.7. Cloreto de Sódio
4.2.REQUISITOS
4.2.1. CARACTERISTICAS SENSORIAIS.
4.2.1.1. Consistência: semidura, semimole segundo o conteúdo de umidade, matéria
gorda e o grau de maturação.
4.2.1.2. Textura: compacta, firme e eventualmente poderá apresentar aberturas
mecânicas.
4.2.1.3. Cor: branco à branco amarelado, uniforme.
4.2.1.4. Sabor: Láctico, pouco desenvolvido
4.2.1.5. Odor: Láctico ,pouco perceptível.
4.2.1.6. Crosta: não possui.
4.2.1.7. Olhadura -não possui. Eventualmente poderá apresentar aberturas irregulares
(olhos mecânicos).
4.2 .2. FORMA E PESO: Variáveis
4.2.3. REQUISITOS FISICOS-QUIMICOS
Umidade g/100g Máximo 55,0
Matéria Gorda em Extrato Seco g/l00g Mínimo 35,0
4.2.4. CARACTERÍSTICAS DISTINTITIVAS DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO
4.2.4.1. Obtenção de uma massa acidificada sem filar.
4.2.4.2. Estabilização e maturação: tempo mínimo 24 horas
4.2.5.ACONDICIONAMENTO: embalagens ou envoltórios bromatologicamente
aptos.
4.2.6. CONDIÇÕES DE CONSERVAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO: A massa para
elaborar Queijo Mozzarella deverá manter-se a uma temperatura no superior a 10ºC.

425
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

5 - ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO.


5.1. ADITIVOS - Serão autorizados os aditivos previstos no Item 5. do “Regulamento
Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos” para Queijos de Media e Alta
Umidade, segundo corresponda.
5.2. COADJUVANTES DE TECNOLOGIA/ELABORAÇÃO.
Autorizar-se-á o uso dos Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração previsto no
“Regulamento Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos”.
6. CONTAMINANTES: Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não deverão estar
presentes em quantidade superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento
correspondente.

7. HIGIENE
7.1. Considerações gerais: as práticas de higiene para elaboração do produto deverão
estar de acordo com o que estabelece o código internacional Recomendado de
Práticas. Princípios Gerais de higiene dos alimentos. (CAC/VOL. A 1985)
O leite a ser utilizado deverá ser higienizado por meios mecânicos adequados e
submetido a pasteurização, ou tratamento térmico equivalente para assegurar
fosfatase residual negativa ( A.O.A.C. 15º Ed. 1990, 979.13, p. 823) combinado ou não
com outros processos físicos e biológicos que garantam a inocuidade do produto.
7.2. Critérios Macroscópicos: O produto não deverá conter impurezas ou substâncias
estranhas, de qualquer natureza.
7.3. Critérios microscópicos: O produto não deverá apresentar substâncias
microscópicas estranhas, de qualquer natureza.
7.4. Critérios Microbiológicos: Deverá cumprir com os seguintes requisitos:
CRITÉRIOS DE CATEGORIA
MICROORGANISMOS MÉTODO DE ANÁLISE
ACEITAÇÃO ICMSF
n = 5 c = 2 m= 5000
Coliformes/g (30º C) 5 FIL 73A: 1985
M= 50000
n = 5 c = 2 m= 1000 (1)
Coliformes/g (45ºC) 5 APHA 1992 c. 24
M = 5000
n = 5 c = 2 m = 100
Estafilococos coag.pos./g 5 FIL 145: 1990
M= 1000
Salmonela spp/25g n=5c=0 M=0 10 FIL 93A: 1985
Listeria monocytogenes/25g n=5c=0m=0 10 FIL 143: 1990
(1). Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. 3ª Edicion.
Editado por Car Vanderzant Don F. Splittstoesser.
8. PESOS E MEDIDAS
Será aplicado o Regulamento correspondente.
9. ROTULAGEM
Denominar-se-á “Massa para elaborar Queijo Mozzarella (Muzzarella ou Mussarela)”.
Será indicado no rótulo a expressão. “Uso Industrial Exclusivo”.
10. MÉTODOS DE ANÁLISE Umidade: FIL 4A: 1982 Matéria Gorda: FIL 5B: 1986
11. AMOSTRAGEM
Serão seguidos os procedimentos recomendados na Norma FIL 50B: 1985.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
426 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 45, DE 23 DE OUTUBRO DE 2007

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE QUEIJO AZUL

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 45, DE 23 DE OUTUBRO DE 2007

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da


atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, tendo em vista o
disposto na Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950,Regulamentada pelo Decreto no 30.691,
de 29 de março de 1952, que dispõe sobre a Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de
Origem Animal,
Considerando a Resolução MERCOSUL/GMC/RES. Nº 48/97, que aprovou o Regulamento
Técnico de Identidade e Qualidade de Queijo Azul, e o que consta do Processo no
21000.003344/2007-25, resolve:
Art. 1º Adotar o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Queijo Azul, na forma do
Anexo à presente Instrução Normativa.
Art. 2º As empresas terão o prazo de 90 (noventa) dias, a contar da data da publicação desta
Instrução Normativa, para providenciarem a adequação dos registros dos produtos, promovendo
as alterações necessárias.
Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
REINHOLD STEPHANES

RTIQ DE QUEIJO AZUL


1. ALCANCE
1.1. Objetivo: estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade exigidos
do Queijo Azul destinado ao consumo humano.
Âmbito de aplicação: o presente Regulamento referese ao Queijo Azul destinado
ao comércio interestadual ou internacional.
DESCRIÇÃO
2.1. Definição: entendese por Queijo azul o produto obtido da coagulação do leite
por meio de coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas, complementado
ou não pela ação de bactérias lácticas específicas, e mediante um processo de
fabricação que utiliza fungos específicos (Penicillium roqueforti), complementados
ou não pela ação de fungos e/ou leveduras subsidiárias, encarregadas de conferir
ao produto características típicas durante os processos de elaboração e maturação.
2.2. CLASSIFICAÇÃO
O Queijo Azul é um queijo gordo e de umidade média a alta, de acordo com a
classificação estabelecida no “Regulamento Técnico Geral de Identidade e Qualidade
de Queijos”.
2.3. DESIGNAÇÃO (Denominação de venda): será denominado “ Queijo Azul”.
REFERÊNCIAS Regulamento Técnico Geral MERCOSUL para Fixação de Requisitos
Microbiológicos de Queijos. Regulamento Técnico Geral MERCOSUL sobre as
Condições HigiênicoSanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
de Elaboração e Industrialização de Alimentos. Regulamento Técnico Geral
MERCOSUL de Identidade e Qualidade de Queijos. Norma FIL 4A: 1982. Queijos

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PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

e Queijos Processados. Determinação do Conteúdo de Sólidos Totais. (Método de


Referência) Norma FIL 5B: 1986. Queijos e Produtos Processados de Queijos
Conteúdo de Gordura. Norma FIL 50C: 1995. Leite e Produtos Lácteos Métodos de
Amostragem. Norma A6 do Codex Alimentarius Norma Geral para Queijos. Norma FIL
99A: 1987. Avaliação Sensorial de Produtos Lácteos.
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. COMPOSIÇÃO
4.1.1. Ingredientes obrigatórios:
4.1.1.1. Leite e/ou leite reconstituído padronizados ou não em seu teor de gordura;
os leites empregados na elaboração do Queijo Azul deverão proceder das espécies
bovina, ovina ou caprina e podem ser utilizados isoladamente ou em misturas;
4.1.1.2. Coalho e outras enzimas apropriadas;
4.1.1.3. Cloreto de sódio; e
4.1.1.4. Cultivos de Penicillium roqueforti.
4.1.2. Ingredientes Opcionais:
4.1.2.1. Leite em concentrado;
4.1.2.2. Creme;
4.1.2.3. Leite em pó;
4.1.2.4. Caseinatos alimentícios;
4.1.2.5. Proteínas lácteas;
4.1.2.6. Outros sólidos de origem Láctea;
4.1.2.7. Cultivos de bactérias lácteas específicas;
4.1.2.8. Cultivos de fungos e/ou leveduras subsidiárias para maturação; e
4.1.2.9. Cloreto de cálcio.
4.2. REQUISITOS
4.2.1. Características Sensoriais
4.2.1.1. Consistência: semidura, quebradiça ou semidura pastosa.
4.2.1.2. Textura: aberta, com desenvolvimento de mofos distribuídos de
maneira razoavelmente uniforme, com veias de cor verde, verdeazulado ou
verdeacinzentado.
4.2.1.3. Cor: branco a brancoamarelado uniformes, com veias características de cor
verde, verdeazulado ou verdeacinzentado.
4.2.1.4. Sabor: picante, salgado, característico.
4.2.1.5. Odor: característico acentuado.
4.2.1.6. Casca: rugosa, frágil, sem trinca irregular. Eventualmente pode apresentar
untuosidade superficial, de cor ligeiramente cinza e/ou incipiente desenvolvimento de
fungos e/ou leveduras subsidiárias.
4.2.1.7. Olhos: não possui. Eventualmente poderá apresentar alguns poucos olhos
pequenos e disseminados e/ou algumas aberturas (olhos mecânicos).
4.2.2. FORMATO E PESO

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428 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO AZUL

4.2.2.1. Formato: cilíndrico.


4.2.2..2. Peso: dois a treze quilos.
4.2.3. REQUISITOS FÍSICOQUÍMICOS
4.2.3.1. O Queijo Azul obedecerá às características de composição e qualidade dos
queijos de média ou alta umidade e gordos estabelecidas no “Regulamento Técnico
Geral de Identidade e Qualidade de Queijos”.
4.2.4. CARACTERÍSTICAS DISTINTIVAS DO PROCESSO DE FABRICAÇÃO
4.2.4.1. Obtenção de uma massa por coagulação do leite por coalho e/ou outras
enzimas coagulantes específicas, complementada ou não por ação de bactérias
lácticas específicas, cortadas em grãos grandes, agitada sem aquecimento, dessorada,
dessorada somente depois de uma fermentação, salgada e maturada à temperatura
inferior a 15ºC.
4.2.4.2. Estabilização e Maturação: o Queijo Azul deverá ser
maturado pelo tempo necessário para atingir suas características específicas
(pelo menos 35 (trinta e cinco) dias a uma temperatura inferior a 15ºC).
4.2.5.
ACONDICIONAMENTO: em embalagens ou invólucros plásticos ou alumínio ou
de estanho, com ou sem vácuo, ou acondicionado em embalagens ou invólucros
bromatologicamente aptos.
CONDIÇÕES DE COMERCIALIZAÇÃO: o Queijo Azul deve conservarse
durante sua comercialização a uma temperatura inferior a 8ºC.
ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO
5.1. Aditivos: no Queijo Azul são autorizados os aditivos previstos no item 5, do
“Regulamento Técnico Geral de Identidade e Qualidade de Queijos” para queijos de
alta e média umidade. Autorizase, ainda, o uso de lípases e proteases (b.p.f.).
5.2. Coadjuvantes de tecnologia/fabricação: não são autorizados.
6. CONTAMINANTES
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em
quantidades superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento correspondente.
HIGIENE
7.1. Considerações gerais
As práticas de higiene para elaboração destes produtos deverão estar de acordo com
o Regulamento Técnico sobre as Condições HigiênicoSanitárias e de Boas Práticas
de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos.
O leite a ser utilizado deverá ser higienizado por meios mecânicos adequados e
submetido à pasteurização ou tratamento térmico equivalente para assegurar fosfatase
residual negativa (A.O.A.C. 15ª edição, 1990, 979. 13, p.823.) combinado ou não com
outros processos físicos e biológicos que garantam a inocuidade do produto.
Fica excluído de ser submetido à pasteurização, ou tratamento térmico, o leite
higienizado que se destine à elaboração de queijos que se submetam a um processo
de maturação a uma temperatura superior a 5ºC, durante um período superior a 60
(sessenta) dias.

429
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

7.2. Critérios Macroscópicos O produto não deverá conter impurezas ou substâncias


de qualquer natureza.
7.3. Critérios Microscópicos
O produto não deverá apresentar substâncias microscópicas estranhas de qualquer
natureza.
7.4. Critérios Microbiológicos
O Queijo Azul deverá obedecer ao estabelecido no “Regulamento Técnico Geral
para Fixação de Requisitos Microbiológicos de Queijos, para Queijo”, para queijos de
média umidade.
8. PESOS E MEDIDAS
Será aplicado o Regulamento correspondente.
9. ROTULAGEM
Será aplicado o ponto 9 ROTULAGEM, do “Regulamento Técnico Geral de Identidade
e Qualidade de Queijos”.
Será denominado “Queijo Azul”.
Quando na sua elaboração forem utilizados leites das espécies ovinos e/
ou caprina, isoladamente ou em misturas com leite da espécie bovina, deverá
constar da lista de ingredientes os tipos de leite empregados, utilizandose a
denominação genérica “leite” para a espécie bovina e “leite de ovelha” e/ou “leite de
cabra” quando correspondente.
10. MÉTODOS DE ANÁLISE
Umidade: FIL 4A. 1982 Gordura: FIL 5B. 1986
11. AMOSTRAGEM
Serão seguidos os procedimentos recomendados na Norma FIL 50C: 1995.

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE QUEIJO


REGIONAL DO NORTE OU QUEIJO TROPICAL DE USO INDUSTRIAL

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 24, DE 04 DE ABRIL DE 2002

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 83, inciso IV, do
Regimento Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial nº 574, de 8 de dezembro
de 1998,
Considerando a necessidade de instituir medidas que normalizem a industrialização de
produtos de origem animal, assegurando condições de igualdade entre os produtores e
transparência na produção, processamento e comercialização, e o que consta do Processo nº
21000.001845/2001-81, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Queijo Regional do Norte
ou Queijo Tropical de Uso Industrial, conforme anexo.
Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA

G-100
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QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO REGIONAL DO NORTE OU QUEIJO TROPICAL DE USO INDUSTRIAL

RTIQ DE QUEIJO REGIONAL DO NORTE OU QUEIJO TROPICAL DE USO


INDUSTRIAL
1. Alcance
1.1.Objetivo Estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que deverá
atender o “Queijo Regional do Norte” ou “Queijo Tropical”, doravante tratado apenas
pela primeira denominação no presente Regulamento, destinado a uso industrial
exclusivo.
1.2.Âmbito de aplicação O presente Regulamento referese a Queijo Regional do
Norte, destinado ao comércio nacional, para uso industrial exclusivo.
2. Descrição
2.1. Definição Entendese por Queijo Regional do Norte o queijo fresco, obtido por
coagulação do leite por meio de coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas,
complementada pela ação de fermentos lácticos específicos ou de sorofermento,
destinado, exclusivamente, para processamento industrial.
2.2. Classificação O Queijo Regional do Norte é um queijo semigordo e de média
umidade, de acordo com a classificação estabelecida no Regulamento Técnico de
Identidade e Qualidade de Queijos (Portaria no 146/96 MA).
designação (denominação de Venda) Denominase “Queijo Regional do Norte”,
sendo facultada a denominação “Queijo Tropical” como sinônimo, de acordo com
o item 4.2 (Requisitos). Referência BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento. Portaria nº 146, de 07/03/96. Regulamento Técnico de Identidade e
Qualidade de Queijos. Brasília: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
1996. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria nº
146/96, de 07/03/96. Regulamento Técnico Geral para Fixação de Requisitos
Microbiológicos de Queijos. Brasília: Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, 1996. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Regulamento Técnico para Rotulagem de Alimentos. Portaria nº 371, de 04/09/97.
Brasília: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 1997. BRASIL.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria nº 368, de 04/09/97.
Regulamento Técnico sobre as Condições HigiênicoSanitárias e de Boas Práticas
de Elaboração para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos.
Brasília Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 1997. Norma FIL
4A:1982 Queijo e queijos processados. Determinação do conteúdo de sólidos totais
(método de referência). Norma FIL 5B:1986 Queijos e produtos processados de
queijo. Conteúdo de matéria gorda. Norma FIL 50 C: 1995 Leite e Produtos Lácteos
Métodos de Amostragem. Norma A 6 do Codex Alimentarius Norma Geral de Queijos.
Composição e requisitos básicos
4.1. composição
4.1.1. Ingredientes obrigatórios
4.1.1.1. Leite integral ou padronizado em seu conteúdo de gordura;
4.1.1.2. Cultivo de bactérias lácticas específicas e/ou sorofermento;
4.1.1.3. Coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas;
4.1.1.4. Cloreto de sódio.
4.1.2. Ingredientes opcionais

431
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4.1.2.1. Creme;
4.1.2.2. Concentrado de proteínas lácteas;
4.1.2.3. Cloreto de cálcio.
4.2. Requisitos
4.2.1.Características sensoriais
4.2.1.1. Consistência: semidura a dura;
4.2.1.2. Textura: fechada, quebradiça e granulosa;
4.2.1.3. Cor: brancaamarelada;
4.2.1.4. Sabor: ligeiramente picante;
4.2.1.5. Odor: característico;
4.2.1.6. Crosta: irregular;
4.2.1.7. Olhos: não possui.
4.2.2. Forma e peso
4.2.2.1. Forma: cilíndrica ou retangular (blocos);
4.2.2.2. Peso: 4 a 10 kg.
4.2.3. Requisitos físicoquímicos
Corresponderão aos dos queijos de média umidade previstos na Portaria 146/96 MA.
4.2.4.Características distintivas do processo de elaboração
4.2.4.1. Corte lento da massa coagulada, durante 20 minutos, até obtenção de
grãos semelhantes aos de arroz. Dessoragem de 25% do volume inicial. Segunda
mexedura, com aquecimento da massa até 45ºC em 20 minutos. Terceira mexedura
até 52ºC, atingindose essa temperatura em aproximadamente 7 minutos. Seguem
se o dessoramento final, a préprensagem, a enformagem, a prensagem, a salga
úmida pelo período mínimo de 5 (cinco) dias e a secagem, que deverá ser conduzida
pelo período mínimo de 10 (dez) dias, em câmara frigorífica com temperatura máxima
de 16ºC (dezesseis graus Celsius). Todas essas operações deverão ser realizadas no
estabelecimento de origem do produto, não sendo admitida a realização de algumas
dessas etapas tecnológicas em outros estabelecimentos industriais.
4.2.5. Acondicionamento
4.2.5.1. O Queijo Regional do Norte, quando mantido sob estocagem no próprio
estabelecimento fabricante, aguardando processamento final, poderá ter dispensada
sua embalagem, ou ser contido em envoltórios plásticos ou em embalagens com ou
sem vácuo ou em outros envoltórios bromatologicamente aptos, desde que mantido
em câmara frigorífica até temperatura máxima de 16ºC (dezesseis graus Celsius).
4.2.5.2. Quando transportado para outros estabelecimentos com o propósito de
processamento final, o produto deverá ser acondicionado, isolada ou coletivamente,
em envoltório plástico bromatologicamente apto, seguindose sua colocação em cestas,
caixas ou engradados reutilizáveis de plástico rígido. Nesse caso, cada envoltório,
individual ou coletivo, deverá ser identificado com rótuloetiqueta, nos termos da
legislação em vigor.
4.2.6. Condições de conservação: os queijos deverão ser mantidos em câmaras
frigoríficas até temperatura nãosuperior a 16ºC (dezesseis graus Celsius).

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QUEIJOS E SIMILARES
RTIQ DE QUEIJO REGIONAL DO NORTE OU QUEIJO TROPICAL DE USO INDUSTRIAL

5. Aditivos e coadjuvantes de tecnologia/elaboração


5.1. Aditivos: Serão autorizados os aditivos relativos aos queijos de média umidade,
conforme previstos no item 5 Aditivos, do Regulamento Técnico de Identidade e
Qualidade de Queijos (Portaria no 146/96 MA).
5.2. Coadjuvantes de tecnologia/elaboração Autorizase o emprego de coadjuvantes
de tecnologia/elaboração aprovados para queijos de média umidade no processo de
obtenção do Queijo Regional do Norte.
6. Contaminantes
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em quantidades
superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento específico.
7. Higiene
7.1.Considerações gerais As práticas de higiene para elaboração do produto deverão
estar de acordo com o Regulamento Técnico sobre as Condições HigiênicoSanitárias
e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores /
Industrializadores de Alimentos (Portaria nº 368/97 MA).
O leite a ser utilizado deverá ser higienizado por meios mecânicos adequados e
submetido a pasteurização ou a tratamento térmico equivalente, para assegurar
fosfatase residual negativa, de acordo com metodologia analítica oficial do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
7.2. Critérios macroscópicos
O produto não poderá conter impurezas ou substâncias estranhas de qualquer
natureza.
7.3. Critérios microscópicos
O produto não poderá apresentar substâncias microscópicas estranhas de qualquer
natureza.
7.4. Critérios microbiológicos
O Queijo Regional do Norte deverá atender a Portaria nº 146/96 MA no que se refere
aos critérios microbiológicos para queijos de média umidade.
Pesos e medidas Será aplicada a legislação em vigor.
Rotulagem Será aplicada a legislação em vigor. O produto denominar-se-á “Queijo
Regional do Norte” ou “Queijo Tropical”.
Será obrigatoriamente inserida no rótuloetiqueta a expressão “Uso Industrial
Exclusivo”.
10.Métodos de análises Umidade: FIL 4 A: 1982. Matéria gorda: FIL 5 B: 1986.
11. Amostragem
Seguem-se os procedimentos recomendados na Norma FIL 50 C: 1995. (Of. El. nº
SDA02802)

433
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
434 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
Capítulo 10

OFÍCIOS CIRCULARES,
PARECERES E MEMORANDOS

Patrocinadores

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INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
436 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OFÍCIOS CIRCULARES, PARECERES E MEMORANDOS
CIRCULAR Nº 125 / 98 / DCI/DIPOA, DE 15 DE MAIO DE 1998

INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO DE REGISTRO DE


RÓTULO DE PRODUTO DE ORIGEM ANIMAL IMPORTADO

CIRCULAR Nº 125 / 98 / DCI/DIPOA, DE 15 DE MAIO DE 1998

Do: Chefe da Divisão Controle do Comércio Internacional - DCI, do Departamento de


Inspeção de Produtos de Origem Animal - DIPOA
Assunto: Importação de produtos de origem animal..
Em razão do disposto na PORTARIA MINISTERIAL Nº371/97, de 04 de setembro de
1997, relativa ao REGULAMENTO TÉCNICO PARA ROTULAGEM DE ALIMENTOS
EMBALADOS, equivalente à RESOLUÇÃO MERCOSUL/GMC Nº36/93 e considerando
a necessidade de se disciplinar a questão do registro dos produtos de origem animal
importados, instituindo-se para os mesmos exigências equivalentes às adotados
para o registro de produtos elaborados por estabelecimentos nacionais controlados
pelo SERVIÇO DE INSPEÇÃO FEDERAL - SIF, do Departamento de Inspeção de
Produtos de Origem Animal - DIPOA, do Ministério da Agricultura e do Abastecimento
do Brasil, segue anexo o FORMULÁRIO DE REGISTRO DE RÓTULO DE PRODUTO
DE ORIGEM ANIMAL IMPORTADO.
O formulário em questão é praticamente o mesmo que vinha sendo divulgado de
forma oficiosa pela DCI/DIPOA. O formulário em tela sofreu algumas alterações em
seu conteúdo em razão de ter sido necessário adaptá-lo para atender o prescrito na
PORTARIA MINISTERIAL Nº371/97.
Esta instrução deve ser divulgada de forma ampla junto a todos os seguimentos
envolvidos com o mercado internacional de produtos de origem animal (importadores
e exportadores). Ela deve sempre ser levada em consideração pelos importadores
brasileiros antes do fechamento de seus contratos comerciais com exportadores
estrangeiros, interessados em comercializar seus produtos no mercado nacional.
Á guisa de esclarecimento é importante frisar que no registro de um rótulo está implícita,
consequentemente, a aprovação do memorial descritivo do modo de fabricação,
inclusive sua fórmula, e respectivo continente (embalagem).
Isto posto, é importante frisar que somente os estabelecimentos estrangeiros
habilitados pelo DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM
ANIMAL poderão, como de praxe, solicitar o registro de seus rótulos e produtos.
O registro de produto de origem animal destinado ao mercado brasileiro deve se
enquadrar numa das seguintes situações:
PRODUTOS DE ESTABELECIMENTOS AINDA NÃO HABILITADOS A EXPORTAR
PARA O BRASIL
A partir desta data todos os estabelecimentos estrangeiros que forem habilitados para
o Brasil, seja através de visita inicial de missão veterinária brasileira, seja por qualquer
outro procedimento, serão instruídos quanto a necessidade da aprovação prévia dos
rótulos e respectivos memoriais descritivos de fabricação/obtenção dos seus produtos,
condição “sine qua non” para serem comercializados e desta forma competir em pé de
igualdade com os produtos similares brasileiros.

437
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

PRODUTOS JÁ REGISTRADOS E PRODUTOS NOVOS DE ESTABELECIMENTOS


JÁ HABILITADOS A EXPORTAR PARA O BRASIL.
Os produtos de origem animal elaborados e exportados para o mercado brasileiro por
estabelecimentos habilitados pela DCI/DIPOA, anteriormente à edicão da presente
instrução, terão que se ajustar a nova regra.
A partir de 1º de janeiro de 1999 todos os produtos de origem animal importados
só serão internados no Brasil se atenderem a formalidade instituída pela presente
instrução, portanto tem que ter o registro prévio na DCI/DIPOA/Brasília, condição
fundamental para receber a LICENÇA DE IMPORTAÇÃO - LI.
O preenchimento do FORMULÁRIO DE REGISTRO DE RÓTULO, deve ser feito
em português, tolerando-se o preenchimento em espanhol. Cada folha deve ser
preenchida conforme descrito a seguir:
MODO DE PREENCHIMENTO DA FOLHA 1/5
Campo 1.1 - Inserir o número de controle ou de registro veterinário /sanitário do
estabelecimento produtor, correspondente ao número de registro junto ao ÓRGÃO DE
INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL DO
GOVERNO DO PAÍS EXPORTADOR, órgão este, também, responsável pela emissão
do CERTIFICADO SANITÁRIO INTERNACIONAL para os produtos exportados,
cobrindo os aspectos de SAÚDE PÚBLICA e de SANIDADE ANIMAL, imputados
como imprescindíveis instrumentos de proteção da saúde da população e dos animais
do país importador.
Campo 1.2. - Inserir o nome e o endereço completo do órgão referido no Campo
1.1. No caso da existência de marca oficial (carimbo do órgão oficial de inspeção),
esta pode ser aposta no rótulo (v.g. no Brasil todos os rótulos de produtos de origem
animal inspecionados pelo DIPOA levam um carimbo oficial portando internamente a
expressão BRASIL - INSPECIONADO - e o Nº do SIF do estabelecimento produtor);
Campo 1.3. - Inserir o número (de 1 ao infinito), considerando-se uma numeração em
ordem crescente da apresentação do formulário para cada produto, seguido de barra
e do número de registro veterinário/sanitário do estabelecimento produtor, junto ao
órgão citado no Campo 1.1., acima referido;
Campo 1.4. - Data de entrada do formulário, a ser inserida pela DCI/DIPOA/Brasília no
momento da recepção deste documento;
Campo 1.5. - Inserir a RAZÃO SOCIAL do estabelecimento produtor. A razão social
deve ser a mesma constante do rótulo;
Campo 1.6. - Inserir a(s) atividade(s) do estabelecimento (v.g.: matadouro de bovino,
fábrica de conservas, estabelecimento de corte e desossa, fábrica de laticínios,
entreposto de mel, produtos apícolas, entrepostos de pescados, fábrica de conservas
de pescados, fábrica de conservas de ovos, etc... );
Campo 1.7 - Inserir o endereço completo do estabelecimento produtor (cidade, estado
e país), inclusive telefone e telefax (informações importantes para os importadores e
para efeito de cadastramento);
(Portaria Ministerial Nº371/97, Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de
Produtos de Origem Animal - RIISPOA, etc.) a DCI/DIPOA/Brasília pode transformar
o pedido de aprovação prévia em registro do produto sem a necessidade de retorno

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
438 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OFÍCIOS CIRCULARES, PARECERES E MEMORANDOS
CIRCULAR Nº 125 / 98 / DCI/DIPOA, DE 15 DE MAIO DE 1998

do formulário para a origem (estabelecimento produtor) para que seja feito novo
requerimento;
Campo 3.1.1. - Aplica-se no caso de apresentação inicial do FORMULÁRIO para
registro do produto a ser exportado para o Brasil. Nesta situação desde que o memorial
e rótulo correspondente sejam apresentados de conformidade com a legislação
sanitária vigente (Portaria Ministerial Nº371/97, Regulamento da Inspeção Industrial e
Sanitária de Produtos de Origem Animal - RIISPOA, etc.) a DCI/DIPOA/Brasília pode
transformar o pedido de memorial e rótulo correspondente sejam apresentados de
conformidade com a legislação sanitária vigente;
Campo 3.1.2. - Aplica-se no caso de solicitação de registro ou de reapresentação
de rótulo que não tenha recebido a aprovação inicial prevista no Campo 3.1.1., de
produto que esteja de conformidade com todos os requisitos da legislação brasileira;
Campo 3.1.3. - Aplica-se no caso da firma interessada solicitar o cancelamento de
registro de produto aprovado para o Brasil. Neste caso o número cancelado não deve
ser usado para registro de outro produto;
Campo 3.1.4. - Aplica-se na alteração do painel do rótulo, neste caso o número de
registro inicial é mantido;
Campo 3.1.5. - Aplica-se no caso de alteração do processo de fabricação do produto,
neste caso o número de registro inicial é mantido;
Campo 3.1.6. - Aplica-se no caso de alteração da composição (fórmula) do produto,
neste caso o número de registro inicial é mantido;
Campo 4.1. - Indicar o nome do produto de modo claro e compreensível para o
consumidor;
Campo 4.2 - Indicar a marca comercial do produto;
Campo 5.1.1. - Aplica-se no caso de rótulo impresso em papel ou plástico;
Campo 5.1.2. - Aplica-se quando a identificação do produto é feita através de um
rótulo adesivo em substituição ao rótulo tradicional, contendo todas as informações
sobre o produto e sua origem;
Campo 5.1.3. - Aplica-se quando os desenhos e dizeres do rótulo são impressos
diretamente no continente;
Campo 5.1.4. - Aplica-se no caso de produto acondicionado em embalagem de
madeira;
Campo 5.1.5. - Caso de produto acondicionado em embalagem cujo rótulo foi impresso
diretamente no recipiente através da litografia;
Campo 5.1.6 - Indicar a forma não prevista no formulário; Campos 5.2.1 a 5.2.5 - Auto-
explicativos.
Campo 6.1. - Usar o sistema métrico decimal para expressar as unidades de peso
ou medida líquido do produto, conforme a sua apresentação (sólido e pastoso em
grama ou quilograma e para produto líquido em litro ou mililitro). No caso de produtos
envasados comercializados em meio líquido expressar o peso líquido drenado. Para
os produtos de peso instável o rótulo deve conter a expressão “DEVE SER PESADO
À VISTA DO COMSUMIDOR”. Neste caso o peso da embalagem deve ser expresso
no rótulo.

439
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Campo 6.2. - Tais informações devem ser apostas no rótulo de forma facilmente legível
e inteligível para o consumidor. É vedado o uso de codificação.
Campo 7 - Deve ser considerado o do estabelecimento produtor. Campo 8 - Auto-
explicativo.
MODO DE PREENCHIMENTO DA FOLHA 2/5:
Campo 1.1 - Seguir a instrução para o preenchimento do mesmo item na folha 1/5;A
Campo 1.2. - Seguir a instrução para o preenchimento do mesmo item na folha 1/5;
Campo 2.1 - O produto ou os componentes da fórmula do produto devem ser expressos
em ordem decrescente do peso ou volume inicial, com inclusão dos aditivos.
Os percentuais de participação dos ingredientes devem fechar em 100%;
Campo 3 - A descrição do processo de fabricação ou de preparação do produto deve
ser feita de forma ordenada, desde à obtenção (caso de matadouros, laticínios que
recebem leite fluído, entreposto de mel, etc.) ou recepção da matéria-prima até a
transformação e expedição do produto final para o mercado brasileiro.
MODO DE PREENCHIMENTO DA FOLHA 3/5
Campo 3 - Continuação, se necessário, da descrição do processo de fabricação ou de
preparação do produto;
Campo 4 - Descrever como é feita a embalagem ou acondicionamento do produto e em
que fase da produção. Deve ser descrito os cuidados com as embalagens primárias
desde a armazenagem no almoxarifado em local fechado e de uso exclusivo e a maneira
como é feita a transferência ou provimento diário da seção de pré-embalagem. No
caso de embalagem secundária é importante informar se ela é feita em setor exclusivo,
pois, na boa prática de higiene operacional é incompatível a mistura de produtos
desembalados e embalagens primárias com embalagem secundária. A embalagem
primária, por ter contato direto com o produto desembalado, deve apresentar padrão
de higiene similar ao produto comestível obtido de forma esmerada;
Campo 5 - Descrever como e onde o produto deve ser armazenado. (v. g. no caso de
produto mantido sob refrigeração especificar a temperatura requerida para preservar
a sua vida comercial e que seja compatível com o prazo de validade estabelecido pela
indústria);
Campo 6 - Descrever, com detalhes, os procedimentos do CONTROLE DE
QUALIDADE estabelecido pela indústria para manter o alimento em boas condições
de higiene durante todas as fases do processo de industrialização, culminando com a
expedição do produto;
MODO DE PREENCHIMENTO DA FOLHA 4/5
Campo 7 - Todas as fases e cuidados com o transporte do produto até o seu destino
devem ser descritos, inclusive, os cuidados a serem seguidos pelos estabelecimentos
varejistas.
Campo 8 - Deve ser preenchido somente quando o importador tiver um rótulo de
uso exclusivo. As informações sobre o importador (razão social, número do Cadastro
Geral dos Contribuintes do Ministério da Fazenda do Brasil - CGC/MF e endereço)
poderão ser dadas através da aplicação de rótulo adesivo no estabelecimento
produtor (país de origem do produto) ou no estabelecimento importador, já no território

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
440 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OFÍCIOS CIRCULARES, PARECERES E MEMORANDOS
CIRCULAR Nº 125 / 98 / DCI/DIPOA, DE 15 DE MAIO DE 1998

brasileiro. Convém, lembrar que no caso do uso de rotulagem alternativa, substituta


excepcional do rótulo, sobre a embalagem original esta deve ser aplicada sempre no
estabelecimento produtor (país de origem do produto);
Campo 9 - Além do rótulo impresso ou na forma de CROQUI (especificar detalhes da
arte gráfica como cores do painel, letras, etc.) anexar, se for importante, formulários de
registro de controle, gráficos (caso do gráfico de controle do processo de esterilização
de produtos enlatados, etc);
Campo 10 - Deve ser considerado o do estabelecimento produtor.
Campo 11 - Auto-explicativo.
MODO DE PREENCHIMENTO DA FOLHA 5/5
Campo 1.1 - Inserir a RAZÃO SOCIAL do estabelecimento produtor. A razão social
deve ser a mesma constante do rótulo;
Campo 1.2. - Seguir a instrução para o preenchimento do mesmo item na folha 1/5;
Campo 1.2.1. - Identificar o tipo de inspeção exercida pelo serviço sanitário no
estabelecimento produtor. Na experiência brasileira a inspeção sanitária pode ser
exercida pelo Governo de duas maneiras: INSPEÇÃO PERMANENTE e INSPEÇÃO
PERIÓDICA com freqüência estabelecida pelo órgão fiscalizador
Campo 1.3. - Seguir a instrução para o preenchimento do mesmo item na folha 1/5;
Campo 2 - Este espaço deve ser preenchido pela autoridade responsável pelo controle
sanitário do estabelecimento. Todos os itens de a) a t) são auto-explicativos;
Campo 3 - Este campo está reservado a esclarecimentos complementares e de suma
importância sobre o controle da elaboração do produto, pelo Encarregado do Serviço
Veterinário/Sanitário. A autoridade veterinária/sanitária, deve, também, informar se o
estabelecimento tem algum programa tipo PROCEDIMENTOS PADRÃO DE HIGIENE
OPERACIONAL - PPHO (“SOPs”), ANÁLISE DE PERIGO E PONTOS CRÍTICOS
DE CONTROLE - APPCC (“HACCP”), BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO ou
equivalente, para o controle da produção de seus produtos;
Campo 4 - Deve ser considerado o do estabelecimento produtor. Campo 5 - Auto-
explicativo.
Quanto a questão dos espaços a serem preenchidos dos campos de cada folha do
formulário, é importante frisar, que caso o espaço do campo que está sendo preenchido
não seja suficiente para concluir as informações, deve ser usado o verso da folha ou
folha anexa, indicando o campo e a folha correspondentes.
É, também, importante frisar, que o DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS
DE ORIGEM ANIMAL - DIPOA, não homologará, nem manterá na lista de habilitados
a exportar para o Brasil, estabelecimentos produtores, principalmente os de abate de
animais de açougue, inclusive matadouros de aves, estrangeiros, que não disponham
de equipe permanente de funcionários oficiais, compatível com o volume de produção,
constituída de Inspetor(es)Veterinário(s) e de Agentes de Inspeção, treinados
adequadamente para a função de inspeção e remunerados às expensas do ÓRGÃO
DE INSPEÇÃO DO GOVERNO DO PAÍS EXPORTADOR.
A condição acima descrita é muito importante a fim de evitar o CONFLITO DE
INTERESSE, sempre ressaltado durante visitas de autoridades veterinárias de países

441
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

importadores de produtos brasileiros (v.g. Canadá, Estados Unidos da América,


União Européia, etc.). Esta condição está diretamente relacionada com a proficiência,
reconhecida universalmente, do profissional Médico Veterinário no controle higiênico-
sanitário e tecnológico dos estabelecimentos produtores de alimentos de origem
animal. O trabalho do Inspetor Veterinário culmina com a emissão do CERTIFICADO
SANITÁRIO INTERNACIONAL, abrangendo os aspectos de SANIDADE ANIMAL e de
SAÚDE PÚBLICA, que envolvem a obtenção dos produtos de origem animal.
Abaixo modelo orientativo para confecção de rótulo alternativo, agora de forma
padronizada, contendo as informações essenciais do produto para o consumidor, a ser
aposta na embalagem original de alimento importado rotulado em língua estrangeira.
Tal rótulo alternativo deve ser registrado previamente pela DCI /DIPOA, utilizando-
se o formulário em anexo, caso venha a ser utilizado como rotulagem definitiva do
produto ou matéria prima.
O rótulo alternativo deve ser aplicado no país de origem do produto (estabelecimento
fabricante). Ademais, convém lembrar que os dizeres em português do rótulo
alternativo devem ser impressos de modo que permita uma fácil leitura ao consumidor
brasileiro. O responsável pela ARTE GRÁFICA é quem deve estabelecer o tamanho
do rótulo adesivo conforme a embalagem a ser aplicada.
MODELO ORIENTATIVO DE RÓTULO ALTERNATIVO A SER APOSTO NA
EMBALAGEM ORIGINAL, PARA IDENTIFICAÇÃO EM PORTUGUÊS, DE PRODUTO
IMPORTADO A SER COMERCILIZADO NO MERCADO BRASILEIRO
Denominação do produto em português
Ingredientes: (em ordem decrescente de participação inicial na fórmula do produto,
inclusive, indicar os aditivos usados se for o caso)
Produzido por (razão social da unidade fabricante do produto)
Indicação da localização do estabelecimento produtor (cidade, estado e país)
Est. Nº (número de controle sanitário junto ao Serviço Veterinário/Sanitário de Inspeção
de Produtos de Origem Animal. O carimbo ou marca oficial (carimbo de inspeção) do
órgão que faz o controle sanitário do produto pode ser aposto nesta etiqueta).
Nº do lote conforme previsto na Portaria Nº371/97/MA
Data de fabricação (dia/mês/ano ou outra forma prevista na Portaria Nº371/97)
Prazo de validade (dia/mês/ano ou outra forma prevista na Portaria Nº371/97)
Peso ou volume líquido
Registro no Ministério da Agricultura do Brasil/SIF/DIPOA sob nº 0/000 (número
seqüencial, barra seguido do nº de controle sanitário do estabelecimento) para cada
produto.
Indústria (nome do adjetivo pátrio do país de origem)
N.B.: Informações adicionais sobre conservação, armazenagem e uso do produto
podem ser inseridas na etiqueta.
Finalizando, é importante lembrar que todos os produtos e/ou matéria-prima importados
pelo Brasil para fracionamento ou uso industrial (v. g. importação de leite em pó em
sacos multifolhados, etc.), também, devem ser registrados pela DCI/DIPOA. Nesta
situação as embalagens podem, opcionalmente, ser identificadas através de um

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OFÍCIOS CIRCULARES, PARECERES E MEMORANDOS
CIRCULAR Nº 125 / 98 / DCI/DIPOA, DE 15 DE MAIO DE 1998

rótulo alternativo, previamente aprovada pela DCI/DIPOA/Brasilia, assemelhada ao


modelo acima indicado.
O formulário em questão, depois de preenchido, deve ser encaminhado em 3 (três
vias) para o seguinte endereço:
DIVISÃO DE CONTROLE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL – DCI
Anexo do Edifício Ministério da Agricultura e do Abastecimento – MA Bloco “D” -
4ºAndar - Sala 436A - Esplanada dos MinistériosTelefones: (061)218-2276 e 218-2339
- Telefaxes: (061) 218-2672 e 226-9850 CEP 70043 - 900/BRASÍLIA/DISTRITO
FEDERAL/BRASIL

Atenciosas saudações,

Com cópia para: SIPAs/DFAs; SVAs e PVAs/DFAs junto às fronteiras internacionais


(portos, aeroportos e postos de fronteira); DPB/MRE; DECEX/MICT (ex-CACEX/BB),
ABIEC, ABEF, ABECs e empresas exportadoras para o Brasil.
DASS(DCI)

443
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA
SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA - SDA
DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL - DIPOA
DIVISÃO DE CONTROLE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL - DCI
FORMULÁRIO DE REGISTRO DE RÓTULO DE PRODUTO DE ORIGEM ANIMAL IMPORTADO

1 – IDENTIFICAÇÃO
1.1 - Nº de controle veterinário/sanitário do estabelecimento produtor:
1.2 - Nome e endereço do órgão central responsável pelo controle veterinário/sanitário do estabelecimento produtor:

1.3 - Número de registro do produto no Ministério da Agricultura do Brasil: .............................../............................(*)

1.4 - Data de entrada na DCI:.............../.............../...............

1.5 - Razão social (denominação) do estabelecimento produtor:

1.6 - Atividade(s) do estabelecimento produtor:

1.7 - Endereço do estabelecimento produtor:

2 – PETIÇÃO
Sr. Chefe da DCI/DIPOA,
A firma acima qualificada, através do seu representante legal e do seu responsável técnico, requer que seja
providenciado nessa Divisão o atendimento da solicitação constante do item 3 deste documento.
3 - NATUREZA DA SOLICITAÇÃO
3.1 - Solicitação:
3.1.1. - ! APROVAÇÃO PRÉVIA 3.1.3. - ! CANCELAMENTO 3.1.5. - ! ALTERAÇÃO DO
PROCESSO FABRICAÇÃO
3.1.2. - ! REGISTRO 3.1.4. - ! ALTERAÇÃO DO RÓTULO 3.1.6. - ! ALTERAÇÃO DA
COMPOSIÇÃO DO PRODUTO
4 - IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO
4.2 - Marca:

5 - CARACTERÍSTICAS DO RÓTULO E DA EMBALAGEM


5.1 - Rótulo:
5.1.1. - ! IMPRESSO 5.1.3. - ! GRAVADO EM RELEVO
5.1.5. - ! LITOGRAFADO
5.1.2. - ! ETIQUETA 5.1.4. - ! GRAVADO A QUENTE
5.1.6. - !. OUTRO
5.2 - Embalagem
5.2.1. - ! LATA 5.2.2. - ! PAPEL 5.2.3. - ! PLÁSTICO 5.2.4. - ! EMBALAGEM
NATURAL 5.2.5. - ! OUTRO
6 - QUANTIDADE/FORMA DE IDENTIFICAÇÃO
6.1 - Quantidade de produto acondicionada em unidade de peso ou de medida:

6. 2 - Data de fabricação ou de embalagem e o prazo de validade (local e forma de indicação):

7 - LOCAL E DATA

8 - AUTENTICAÇÃO

Assinatura e carimbo do representante legal do


estabelecimento produtor Assinatura e carimbo do responsável técnico pelo
estabelecimento produtor
(*) Número seqüencial, seguido de barra e do número de registro oficial do estabelecimento junto ao Serviço Veterinário
ou Sanitário de Inspeção. O número de registro deve ser indicado no rótulo e no corpo do certificado sanitário
internacional dos produtos exportados para o Brasil.
Modelo conforme Circular Nº125/98/DCI/DIPOA.

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SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA - SDA
DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL - DIPOA
DIVISÃO DE CONTROLE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL - DCI
FORMULÁRIO DE REGISTRO DE RÓTULO DE PRODUTO DE ORIGEM ANIMAL IMPORTADO
1 - IDENTIFICAÇÃO
1.1 -Nº de controle veterinário/sanitário do estabelecimento produtor:
1.2 - Número de registro do produto no Ministério da Agricultura do Brasil: .............................../.................................(*)
2 - COMPOSIÇÃO DO PRODUTO
2.1 - Ingredientes KG OU L PERCENTUAL

TOTAL 100%
3 - PROCESSO DE FABRICAÇÃO OU DE PREPARAÇÃO
Descrição:

445
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DIVISÃO DE CONTROLE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL - DCI
FORMULÁRIO DE REGISTRO DE RÓTULO DE PRODUTO DE ORIGEM ANIMAL IMPORTADO
3 - PROCESSO DE FABRICAÇÃO OU DE PREPARAÇÃO
Descrição (continuação):

4 - SISTEMA DE EMBALAGEM OU DE ACONDICIONAMENTO


Descrição:

5 - ARMAZENAMENTO
Descrição:

6 - CONTROLE DE QUALIDADE/CONSERVAÇÃO DO PRODUTO


Descrição:

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DIVISÃO DE CONTROLE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL - DCI
FORMULÁRIO DE REGISTRO DE RÓTULO DE PRODUTO DE ORIGEM ANIMAL IMPORTADO
7 - TRANSPORTE DO PRODUTO PARA O MERCADO CONSUMIDOR
Descrição:

8 - INFORMAÇÕES SOBRE O IMPORTADOR


Nome, endereço e Nº do CGC/MF do importador (preencher somente para importador com rótulo de uso exclusivo):

9 - DOCUMENTOS ANEXADOS
Relacionar:

10 - LOCAL E DATA

11 - AUTENTICAÇÃO

Assinatura e carimbo do representante legal do Assinatura e carimbo do responsável técnico do estabelecimento


estabelecimento produtor produtor

447
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DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL - DIPOA
DIVISÃO DE CONTROLE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL - DCI
FORMULÁRIO DE REGISTRO DE RÓTULO DE PRODUTO DE ORIGEM ANIMAL IMPORTADO

FORMULÁRIO DE USO EXCLUSIVO DA AUTORIDADE VETERINÁRIA/SANITÁRIA RESPONSÁVEL PELO


CONTROLE HIGIÊNICO-SANITÁRIO DO ESTABELECIMENTO PRODUTOR
1 - IDENTIFICAÇÃO
1. 1. - Razão social do estabelecimento produtor:
1. 2. - Nº de controle veterinário/sanitário do estabelecimento produtor:
1.2.1. - Tipo de inspeção exercida no estabelecimento produtor pelo órgão de controle veterinário/sanitário:
Equipe oficial permanente no estabelecimento ! Supervisão periódica do estabelecimento ! e freqüência
(especificar):
1.3 - Número de registro do produto no Ministério da Agricultura do Brasil:...................../.................................(*)
2 - CERTIFICAÇÃO DA AUTORIDADE VETERINÁRIA/SANITÁRIA
Eu, abaixo assinado, certifico que as informações prestadas neste formulário pelo
estabelecimento acima indicado estão de conformidade com a legislação brasileira sobre rotulagem de alimentos e serão
atendidas durante a obtenção do produto. Com relação ao módulo do rótulo específico em português anexo à presente
petição, certifico ademais que:
a) O modelo do rótulo apresentado é em croqui ! impresso ! ?
b) Consta no rótulo o nome verdadeiro do produto em caracteres destacados, uniformes em corpo e cor, sem intercalação de
desenhos e outros dizeres ? Sim ! Não !
c) Consta no rótulo o nome do estabelecimento produtor ? Sim ! Não !
d) Consta no rótulo a localização do estabelecimento produtor ? Sim ! Não !
e) Consta no rótulo o carimbo oficial ou o número de controle veterinário/sanitário do estabelecimento produtor ? Sim ! Não
!
f) Consta no rótulo a marca comercial do produto ? Sim ! Não !
g) Consta no rótulo o local para a indicação da data de fabricação e do prazo de validade do produto ? Sim ! Não !
h) Consta no rótulo a expressão “INDÚSTRIA...” (nome do adjetivo pátrio do país onde foi elaborado o produto) ? Sim !
Não !
i) Consta no rótulo para massa, volume ou número de unidades uma das seguintes expressões: “Conteúdo líquido” ou “Peso
líquido” (para massa); “Conteúdo líquido” ou “Volume líqüido” (para volume) e “Quantidade de unidades” ou
“Contém” (para unidades) ? Sim ! Não !
j) Consta no rótulo a expressão “DEVE SER PESADO À VISTA DO CONSUMIDOR” para o produto de peso instável ou
o peso líquido para o produto de peso estável ? Sim ! Não !
k) Consta no rótulo a indicação do peso da embalagem? Sim ! Não !
l) Consta no rótulo a indicação do lote de forma facilmente visível, legível e indelével ? Sim ! Não !
m) Consta no rótulo a indicação, em ordem decrescente, dos ingredientes e aditivos utilizados ? Sim ! Não !
n) Consta no rótulo a expressão “COLORIDO ARTIFICIALMENTE” ? Sim ! Não !
o) Consta no rótulo a expressão “AROMATIZADO ARTIFICIALMENTE” ? Sim ! Não !
p) Consta no rótulo a expressão “MANTENHA RESFRIADO”, “MANTENHA CONGELADO” ou outra forma de
indicação para a conservação do produto ? Sim ! Não !
q) Consta a expressão “Produto registrado no Ministério da Agricultura do Brasil/SIF/DIPOA sob nº .........../.........” no
corpo do rótulo ? Sim ! Não !
r) Constam no rótulo as indicações, se for o caso, sobre o preparo e uso do produto ? Sim ! Não !
s) Constam no rótulo o nome, Nº do CGC/MF e o endereço do importador ? Sim ! Não ! No caso negativo a etiqueta
adesiva com as informações sobre o importador vai ser aplicada na origem ! ou no destino pelo importador ! ?
t) O presente formulário está assinado e carimbado pelo representante legal e pelo responsável técnico do estabelecimento
produtor ? Sim ! Não !
3. OBSERVAÇÕES FINAIS

4. LOCAL E DATA

5. AUTENTICAÇÃO

Assinatura do funcionário do Serviço Carimbo do funcionário do Serviço


Veterinário/Sanitário Veterinário/Sanitário
responsável pelo estabelecimento produtor responsável pelo estabelecimento produtor

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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA
SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA - SDA
DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL - DIPOA
DIVISÃO DE CONTROLE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL - DCI
FORMULÁRIO DE REGISTRO DE RÓTULO DE PRODUTO DE ORIGEM ANIMAL IMPORTADO
FORMULÁRIO DE USO EXCLUSIVO DA DIVISÃO DE CONTROLE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL - DCI/DIPOA
1 - IDENTIFICAÇÃO
1.1 – Nº de controle veterinário/sanitário do estabelecimento produtor:
1.3 - Número de registro do produto no Ministério da Agricultura do Brasil: .........................../............................(*)

1.4 - Data de entrada na DCI:.............../.............../...............

1.5 - Razão social (denominação) do estabelecimento produtor:

1.6 - Atividade(s) do estabelecimento priodutor:

1.7 - Endereço do estabelecimento produtor:

2 - NATUREZA DA SOLICITAÇÃO
2.1 - Solicitação:
2.1.1. - ! APROVAÇÃO PRÉVIA 2.1.3. - ! CANCELAMENTO 2.1.5. -
! ALTERAÇÃO DO PROCESSO FABRICAÇÃO
2.1.2. - ! REGISTRO 2.1.4. - ! ALTERAÇÃO DO RÓTULO 2.1.6. -
! ALTERAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DO PRODUTO
3 - IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO
3.1. - Nome do Produto :

3.2 - Marca:

4 - CARACTERÍSTICAS DO RÓTULO E DA EMBALAGEM


5.1 - Rótulo:
5.1.1. - ! IMPRESSO 5.1.3. - ! GRAVADO EM RELEVO
5.1.5. - ! LITOGRAFADO
5.1.2. - ! ETIQUETA 5.1.4. - ! GRAVADO A QUENTE
5.1.6. - !. OUTRO
5.2 - Embalagem
5.2.1. - ! LATA 5.2.2. - ! PAPEL 5.2.3. - ! PLÁSTICO 5.2.4. - ! EMBALAGEM
NATURAL 5.2.5. - ! OUTRO
5 - QUANTIDADE/ FORMA DE IDENTIFICAÇÃO
5.1 - Quantidade de produto acondicionada em unidade de peso ou de medida:

6 - ANÁLISE DA PETIÇÃO DE REGISTRO DE RÓTULO


Eu abaixo assinado, Médico Veterinário, após análise desta petição para registro do produto, sugiro ao Chefe da DCI/DIPOA o
seguinte:
! DEFERIMENTO em razão do documento prever o atendimento, no momento da elaboração do produto, de todos os requisitos
exigidos pela legislação sanitária brasileira de controle de alimentos de origem animal.
! INDEFERIMENTO, salvo melhor juízo, pelos seguintes motivos:

7 - LOCAL E DATA DA ANÁLISE DA PETIÇÃO

BRASÍLIA,................/................/....................

8 - AUTENTICAÇÃO
! Defiro ! Indefiro, conforme o exposto no Campo 6 acima.
BRASÍLIA,................/................/....................

Assinatura e carimbo do Médico Veterinário Assinatura e carimbo do Chefe da Divisão de Controle do


da DCI/DIPOA Comércio Internacional - DCI

Modelo conforme Circular Nº125/98/DCI/DIPOA.

449
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

ALTERAÇÕES A SEREM INTRODUZIDAS NO TEXTO ORIGINAL DA CIRCULAR


Nº125/98

CIRCULAR Nº 416 /98/DCI/DIPOA,DE 16 DE DEZEMBRO DE 1998

Assunto : Importação de produtos de origem animal pelo Brasil. Instruções


complementares.
Em aditamento a CIRCULAR Nº 125/98/DCI/DIPOA de 15 de maio de 1998 e
considerando a necessidade de ajustes das instruções para registro dos rótulos e
produtos de origem animal importados, esta Divisão comunica as alterações a serem
introduzidas no texto original da Circular Nº125/98 e instruções complementares para
melhor entendimento dos aspectos administrativos e técnicos do procedimento de
registro junto ao DIPOA.
ALTERAÇÕES DO TEXTO DA CIRCULAR Nº 125/98 Página 1/6 , 5º parágrafo, linha
3
ANIMAL poderão, como de praxe, solicitar o registro de seus rótulos e produtos.
Página 2/6, PRODUTOS JÁ REGISTRADOS E PRODUTOS NOVOS DE
ESTABELECIMENTOS JÁ HABILITADOS A EXPORTAR PARA O BRASIL, 1o
parágrafo, linha 4.
Retirar do texto “ A comercialização de produtos com etiquetas em português, coladas
nas embalagens originais, só serão tolerados se internados até 31.12.98”.
Página 2/6 , MODO DE PREENCHIMENTO DA FOLHA 1/5, 2º parágrafo, linha 4
inspecionados pelo DIPOA levam um carimbo oficial portando internamente a
expressão BRASIL
Página 2/6 , MODO DE PREENCHIMENTO DA FOLHA 1/5, parágrafo 6, linha 3
Incluir nos parênteses : Entrepostos de Pescados, Fábrica de Coservas de
Pescados,Fábrica de Conservas de ovos,etc..
“ através de um rótulo adesivo em substituição ao rótulo tradicional”
Este rótulo adesivo deverá ser impermeável e indelével , sendo a sua aposição de
forma direta ou indireta ao produto sem prejuízo para a inviolabilidade da identificação
original ao consumidor.
Página 4/6, MODO DE PREENCHIMENTO DA FOLHA 4/5, 2o parágrafo Linha 4 –
Substituir “etiqueta adesiva” por “rótulo adesivo”
Linha 6 - Substituir “da etiqueta provisória” por “de rotulagem alternativa” Página 5/6,
último parágrafo.
Linha 1 - Substituir “etiqueta provisória” por “rótulo alternativo”
Linha 3 – Nova redação “ em língua estrangeira. Tal rótulo alternativo deve ser
registrado previamente pela DCI/DIPOA ,utilizando-se o formulário em anexo , caso
venha a ser utilizado como rotulagem definitiva do produto ou matéria prima. O
rótulo alternativo deve ser aplicado no país de origem do produto (estabelecimento
fabricante). Ademais, convém lembrar que os dizeres em português do rótulo
alternativo devem ser impressos de modo que permita uma fácil leitura ao consumidor

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
450 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OFÍCIOS CIRCULARES, PARECERES E MEMORANDOS
CIRCULAR Nº 416 /98/DCI/DIPOA,DE 16 DE DEZEMBRO DE 1998

brasileiro. O responsável pela ARTE GRÁFICA é quem deve estabelecer o tamanho


do rótulo adesivo conforme a embalagem a ser aplicada.
Página 6/6 , 2º parágrafo
MODELO ORIENTATIVO DE RÓTULO ALTERNATIVO A SER APOSTO NA
EMBALAGEM ORIGINAL,
A expressão que deve constar no rótulo ou identificacão alternativa será “Registro no
Ministério da Agricultura SIF/DIPOA sob n “ . Os rótulos ou identificação alternativa
já registrados poderão utilizar a expressão constante na Circular N 125/DCI/DIPOA,
solicitando-se a modificação na próxima impressão.
Página 6/6, 3o parágrafo, linha 4
ser identificadas através de um rótulo alterenativo, previamente registrado pela DCI/
DIPOA, assemelhada ao modelo acima indicado.
INSTRUÇÕES COMPLEMENTARES NO FORMULÁRIO
O preenchimento do formulário de Registro dos Rótulos de Produtos de Origem Animal
Importado, deverá ser em português ou espanhol, podendo ainda o seu preenchimento
ser no idioma oficial do país de origem do produto , desde que seja acompanhado da
versão em português.
O campo número 8 da folha 4/5 – Informações sobre o importador
O preenchimento deste CAMPO não é obrigatório. O cadastro do importador será
apresentado por ocasião de solicitação da Licença de Importação.
O campo número 5 – Características do rótulo e da embalagem
O item 5.1.2 - Substituir a palavra “outro” pela expressão “adesivo” - Criar novo item
“outro” e especificar
O campo 6 – Quantidade/Forma de Identificação
O item 6.2 – passa a seguinte redação “ Data de fabricação, de embalagem ou
identificação do lote e prazo de validade (local e forma de indicação) “
Os produtos de origem animal registrados anteriormente, elaborados e exportados
para o mercado brasileiro por estabelecimentos habilitados pela DCI/DIPOA, assim
como os produtos novos, deverão cumprir obrigatoriamente a Portaria No 371, de 04
de setembro de 1997, no prazo determinado pela Portaria No 20 de 08 de janeiro de
1998 do Sr. Ministro da Agricultura e Abastecimento .
O DIPOA considerando todos os aspectos diretos e indiretos que envolvem os trâmites
de registro de rótulos e produtos importados estenderá por 06 meses, a partir de
01/01/1999, o prazo para o procedimento de registro de rótulos e produtos importados
junto a DCI/DIPOA. No decorrer do prazo especificado será permitida a rotulagem
alternativa para o cumprimento da Portaria No 371, de 04 de setembro de 1997.
Esta identificação alternativa deverá ser feita de forma a manter as características de
inviolabilidade do rótulo.
Ressaltamos que os produtos de origem animal importados, após a anuência prévia
da Licença de Importação, que por ocasião da reinspeção for constatado o não
cumprimento da Portaria 371/MA , não serão autorizados a serem comercializados.
Cabe esclarecer que a utilização de rótulo adesivo aposto à embalagem original do
produto importado é permitida desde que o mesmo seja indelével, impermeável e

451
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

que, ao ser removido não mantenha sua integridade, impedindo obrigatoriamente a


reutilização do mesmo. Convém salientar que este tipo de rotulagem deverá cumprir
todos os requisitos previstos na Portaria 371/97 do Ministério da Agricultura.
Os formulários para registro de rótulos e produtos importados poderão ser
encaminhados através das Delegacias Federais de Agricultura nos Estados, junto aos
Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Animal ou diretamente a Divisão de
Controle do Comércio Internacional/ DCI / DIPOA, em Brasília.

HARMONIZAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA REGISTRO DE ROTULAGENS

OFÍCIO CIRCULAR DILEI Nº 06, DE 25 DE MAIO DE 2006

A DILEI tem observado a necessidade de harmonizar os critérios para registro de


produtos lácteos. Nesse contexto, resolveu iniciar um processo de discussão para
elaborar estratégias para o setor e realizar, ainda este ano, treinamento com todos os
técnicos que avaliam rótulos nos estados.
Preliminarmente, antes que possamos realizar esse treinamento, transmitimos as
seguintes orientações e reiterações de documentos já emitidos pelo DIPOA:
Para a análise de produtos para exportação as empresas deverão apresentar tradução
do conteúdo dos croquis dos rótulos. A única exceção será para o espanhol, já que
devido a acordos bilaterais firmados pelo Brasil não há necessidade de tradução para
os documentos português/ espanhol.
Deverá constar em todas as páginas do Formulário Simplificado de Registro de
Memoriais Descritivos de Processos de Fabricação a assinatura do representante
legal da empresa.
Instrução Normativa nº 22, de 24 de novembro de 2005.
1– A não obediência ao que determina o Item 5/Informação Obrigatória, no que se refere
a denominação de venda do produto, deverá ser motivo para INDEFERIMENTO da
solicitação de seu registro, não se permitindo colocar este item como uma ressalva.
2 – Segundo o item 6.6.2, para aqueles produtos que podem sofrer alteração depois
da abertura da embalagem deverá constar no seu rótulo a frase: Após aberto consumir
em ___ dias, ou frase de conteúdo similar. A DILEI tem recebido comunicações da
ANVISA sobre o não atendimento desse item nos produtos de consumo matinal,
principalmente manteigas, margarinas, requeijões cremosos e iogurtes. Por isso,
solicitamos especial atenção para análise dos mesmos.
Lei nº 11.265, de 03 de Janeiro de 2006, que regulamenta a comercialização de
alimentos para lactentes e crianças de primeira infância e também a de produtos de
puericultura correlatos.
1 – Esta lei estabeleceu novas regras para a rotulagem dos leites fluidos, leites em pó,
leites modificados, portanto faz-se necessário na ocasião da aprovação de rotulagens

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
452 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OFÍCIOS CIRCULARES, PARECERES E MEMORANDOS
OFÍCIO CIRCULAR DILEI Nº 06, DE 25 DE MAIO DE 2006

dos produtos objetos da lei, informar à empresa que sua rotulagem deverá ser alterada
para que em janeiro de 2007 atenda integralmente ao que estabelece a Lei.
Instrução de Serviço nº 001/2000/DIPOA:
1 –“Quando tratar-se de estabelecimento com inspeção permanente – Em todas as
vias do Formulário Simplificado de Registro de Memoriais Descritivos de Processos de
Fabricação, Composição e de Rotulagem de Leite e Produtos Lácteos deverá constar
no rodapé das mesmas o DE ACORDO do encarregado da IF.
2 – Quando tratar-se de estabelecimento com inspeção periódica - Em todas as vias
dos Formulário Simplificado de Registro de Memoriais Descritivos de Processos de
Fabricação, Composição e de Rotulagem de Leite e Produtos Lácteos deverá constar
no rodapé das mesmas o DE ACORDO do Responsável da área, quando houver, ou
pelo SIPA.”
Ofício Circular SELEI/DOI/DIPOA nº 19/2002 (Produtos contendo alegações de
Propriedades Funcionais de Saúde):
1 – “O servidor lotado em IF, em escritório Regional (ou equivalente) ou no SIPA,
quando solicitado para apreciar pedido dessa natureza, deverá orientar a empresa
para a necessidade de obter, inicialmente, Parecer Conclusivo da Comissão de
Assessoramento Técnico-científico em Alimentos funcionais da ANVISA, sobre o teor
das alegações inseridas na rotulagem do produto.”
Informe Técnico/ANVISA nº9, de 21 de maio de 2004, sobre orientação para utilização,
em rótulos de alimentos, de alegações de propriedades funcionais de nutrientes com
funções plenamente reconhecidas pela comunidade científica – detalhamento do item
3.3 da Resolução nº18/99.
1 – “Os alimentos adicionados de nutrientes essenciais, que façam alegações de
propriedades funcionais, devem ser encaminhados para avaliação caso a caso.”
Sempre que a empresa não apresentar previamente o parecer conclusivo da
Gerencia de Produtos Especiais/ANVISA para esses produtos, o FFA deverá indeferir
a solicitação de registro de produto e solicitar o referido parecer.
Para os produtos que apresentam naturalmente o nutriente essencial responsável
pela alegação de propriedade funcional não será necessário parecer emitido por
aquela gerência, quando esse nutriente estiver presente pelo menos na quantidade
estabelecida para o atributo “fonte”.
Priscilla Bagnatori Rangel
Fiscal federal Agropecuário
Chefe da DILEI

453
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

AJUSTES EM PROCEDIMENTOS DEFINIDOS NA IN 49, DE 14/9/2006

OFÍCIO CIRCULAR SDA Nº 01 DE 01 DE FEVEREIRO DE 2007

Do: Secretário Substituto da Secretaria de Defesa Agropecuária


Aos: Superintendentes Federais de Agricultura com vistas aos Chefes dos SIPAG/
DT.
Assunto: Instução Normativa n 49 de Setembro de 2006.
Senhor Superintendente,
O objetivo principal da emissão da Instituição Normativa nº 49 de 2006 foi o de
dispensar da obrigatoriedade de Autorização de Uso de Produtos – AUP as categorias
de produtos (como por exemplo: aditivos, materiais de embalagens, produtos de
limpeza, etc,) passíveis de serem utilizadas nas indústrias de produtos de origem
animal e que já se encontrem previamente registradas no órgão competente ou
isentas de registro.
A mencionada IN alterou os procedimentos para o controle sobre estas categorias de
produtos, no entanto, seu objetivo não foi o de acabar com o indispensável controle
sobre esses tipos de produtos. Ela apenas redefine as responsabilidades da empresa
e do SIF nesta atividade.
Apesar de a IN49 ter entrado em vigor recentemente, julgamos necessário fazer
alguns ajustes nos procedimentos de controles definidos na mesma, procurando-se
evitar uma sobrecarga de tarefas tanto para quem gera as informações enviadas,
quanto para quem tem a obrigação de analisá-las, buscando-se dinamizar este
procedimento.
Desta forma, sem descaracterizar o que foi definido na mencionada IN, entendemos
ser possível promover alguns ajustes na forma de controle definida. A s informações
geradas pelos estabelecimentos com Serviço de Inspeção Federal sobre o recebimento
dos produtos mencionados não precisam ser encaminhadas regularmente ao SIF local,
no entanto, elas devem estar permanentemente disponíveis e serem monitoradas na
rotina de trabalho de inspeção, nas supervisões e ou auditorias realizadas.
Anexo I
O controle previsto no item nº 2 do Anexo I passa a ser exercido através de
monitoramento do SIF sobre as informações prestadas pela empresa, sem a
necessidade do encaminhamento regular das fichas de controle de recebimento da
empresa ao SIF.
As empresas preencherão as fichas de controles por ocasião do primeiro recebimento,
com o objetivo de cadastrar seus fornecedores e seus respectivos produtos,
mantendo-as permanentemente atualizadas e catalogadas em pastas específicas.
Estes controles devem ficar disponíveis para avaliação do SIF a qualquer momento.
Uma vez a empresa fornecedora já estando cadastrada no estabelecimento
que recebe seus produtos (indústria com SIF), as informações só precisarão ser
atualizadas quando houver mudança de fornecedor ou de produtos, que ainda não
estejam cadastrados.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
454 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OFÍCIOS CIRCULARES, PARECERES E MEMORANDOS
OFÍCIO CIRCULAR SDA Nº 01 DE 01 DE FEVEREIRO DE 2007

As demais informações, como estoques existentes, datas de fabricação e prazos


de validade dos produtos armazenados são de interesse da empresa que deverá
exercer um eficiente controle sobre as mesmas, ficando estas também sujeitas a ser
monitoradas e avaliadas a qualquer momento pelo SIF local e nas supervisões ou
auditorias realizadas no estabelecimento.
Até que o DIPOA desenvolva e implante um programa específico no SIGSIF para
monitorar estes controles, fica dispensado o lançamento destas informações neste
sistema.
Os procedimentos definidos no presente ofício devem ser adotados, a partir desta
data, em caráter provisório e experimental pelo período de 6 meses, após o qual serão
avaliados os resultados obtidos e então, se julgado necessário, pode-se promover
alterações na IN 49 de forma a torna-la mais dinâmica e menos burocrática, sem
perder a eficiência e a segurança desejados.
Atenciosamente,
Nelmon Oliveira da Costa
Secretário Substituto da DAS/MAPA

455
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

INSTITUI O FORMULÁRIO PADRÃO PARA A LAVRATURA DE AUTO DE


COMPROVAÇÃO NO ÂMBITO DO SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO
CONSUMIDOR.

PORTARIA N.º 22, DE 20 DE AGOSTO DE 2004

O Secretário de Direito Econômico, com fulcro nos arts. 170, V e 174 da Constituição
Federal, arts. 4º, II, “a”, e VI, 55, caput e § 1º, e 106, VIII e XIII, da Lei n.º 8.078, de
11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor), arts. 18 e 41 do Decreto
n.º 4.991, de 18 de fevereiro de 2004 e arts. 3º, VIII e X, 9º, 10, 18, § 2º, 41, 63 e 64
do Decreto n.° 2.181, de 20 de março de 1997 e art. 38, III, VI, VII, do Regimento
Interno da Secretaria de Direito Econômico, aprovado pela Portaria MJ n.º 961, de 16
de agosto de 2002,
CONSIDERANDO:
I -as deliberações sobre procedimentos uniformes de fiscalização concluídas na
43ª Reunião do DPDC com os PROCONs Estaduais, PROCONs das Capitais e
Promotorias de Defesa do Consumidor-MP’s realizada em Fortaleza/CE, de 05 a 06
de agosto de 2004;
II - a institucionalização do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, previsto na
Lei n.º 8.078 de 11 de setembro de 1990 e no Decreto n.° 2.181/97, inclusive com
a necessidade de implementação de atos de fiscalização articulados pelos órgãos
oficiais, para melhor e adequada proteção e defesa dos consumidores;
RESOLVE:
Art. 1º. Fica instituído o formulário padrão para a lavratura de auto de coleta de
amostras de produtos para análise de fiscalização e eventual realização de perícia
de comprovação, denominado simplesmente de Auto de Comprovação, conforme
modelo constante no Anexo Único desta Portaria.
Art. 2º. O Auto de Comprovação poderá ser lavrado por quaisquer dos órgãos públicos
integrantes do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor
– SNDC, no exercício do poder de fiscalização e controle da produção, industrialização,
distribuição, publicidade de produtos e serviços e o mercado de consumo, no interesse
da preservação da vida, da saúde, da segurança, da informação e do bem-estar do
consumidor.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO
Art. 3º. O Auto de Comprovação será lavrado em impresso próprio, preenchido de
forma clara e precisa, sem entrelinhas, rasuras ou emendas, que, composto de três
vias, numeradas e rubricadas pelo agente fiscal, mencionará:
I - o local, a data e a hora da lavratura do auto; II - o nome, denominação ou razão
social, o endereço e a qualificação do estabelecimento comercial no qual a amostra
foi colhida; III – o nome e a qualificação do depositário; IV - a descrição e a quantidade
dos produtos coletados, inclusive com a discriminação do número do lote, da data
de fabricação e do prazo de validade; V – a observação de que a coleta objetiva
a realização de análise de fiscalização; VI - a quantidade de amostra colhida para
análise; VII – a ciência do disposto nos §§ 6º e 7º do art. 4º e no § 3º do art. 7º desta

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
456 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OFÍCIOS CIRCULARES, PARECERES E MEMORANDOS
PORTARIA N.º 22, DE 20 DE AGOSTO DE 2004

Portaria; VIII - a identificação do agente fiscal, sua assinatura, a indicação do seu


cargo ou função e o número de sua matrícula; e IX - a assinatura do fornecedor ou
preposto ou de duas testemunhas em caso de recusa.
Art. 4º. Para análise de fiscalização, deverão ser coletadas três amostras, cada qual
composta por uma embalagem inviolável do produto, que será assinalada por qualquer
meio hábil, que seja indelével.
§ 1º. Considera-se meio hábil, dentre outras medidas, a aposição de rubrica e
identificação do agente fiscal por marcador com tinta indelével, na própria embalagem,
quando possível, ou mediante a aposição de etiqueta permanente.
§ 2º. Poderão ser coletadas mais de três amostras, ou estas compreenderem parte ou
mais do produto, se assim exigirem as circunstâncias, porém em quantidade nunca
superior ao estritamente necessário à análise pericial.
§ 3º. Quando o produto não for originariamente acondicionado em embalagem que
permita futuramente assegurar-se sua inviolabilidade, será embalado e lacrado.
§ 4º. A coleta das amostras deverá ser feita na presença do proprietário, responsável,
preposto ou empregado que responda pelo gerenciamento do negócio, ou, no caso de
recusa, na de duas testemunhas, que não agentes fiscais.
§ 5º. Uma amostra será utilizada pelo laboratório oficial ou devidamente credenciado
por órgão público competente, outra permanecerá inviolada nesse mesmo laboratório
ou no órgão responsável pela análise de fiscalização e outra ficará em poder do
depositário, à disposição do interessado, para realização de perícia de contraprova.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO
§ 6º. A amostra coletada que permanecerá no estabelecimento comercial ficará sob
a guarda do proprietário, responsável, preposto ou empregado que responda pelo
gerenciamento do negócio, nomeado fiel depositário, mediante termo próprio, proibida
a venda, utilização, substituição, subtração ou remoção, total ou parcial, dos referidos
bens, sob as penas da lei.
§ 7º. O depositário da amostra deverá ser advertido sobre a sua finalidade de eventual
contraprova em análise pericial.
Art. 5º. As amostras coletadas poderão subsidiar análise de fiscalização do próprio
órgão responsável por sua coleta ou remetidas a órgão público integrante do SNDC
de outro âmbito de competência administrativa, seja local, regional ou federal.
Art. 6º. A análise pericial, quando necessária, será realizada por laboratório oficial ou
devidamente credenciado por órgão público competente.
Art. 7º. O resultado da análise de fiscalização deverá ser informado ao fornecedor
por ocasião da instauração do processo administrativo ou do arquivamento da
investigação preliminar.
§ 1º. Na hipótese de instauração de processo administrativo, o autuado poderá requerer
análise pericial na amostra de contraprova, arcando com os custos decorrentes.
§ 2º. A análise de contraprova será realizada em laboratório oficial, ou devidamente
credenciado, facultada a presença do assistente técnico do interessado, além
da obrigatória presença de representante do órgão que instaurar o processo
administrativo.

457
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

§ 3º. Não será realizada a perícia de contraprova quando verificado o extravio ou


violação da amostra em poder do depositário e, nessa hipótese, prevalecerá como
definitivo o laudo referente à primeira amostra.
§ 4º. Da análise de contraprova serão lavrados laudo e ata, assinados por todos os
presentes e arquivados no laboratório oficial ou credenciado, após a entrega de cópias
à autoridade que instaurar o processo administrativo e ao requerente.
§ 5º Caso se mostre necessário e pertinente, poderá ser realizada nova perícia,
utilizando-se a amostra que esteja inviolada em poder do laboratório ou do órgão
responsável pela análise de fiscalização, facultada a assistência do técnico
anteriormente indicado pelo fornecedor, observado
o disposto nos parágrafos 2º, 3º e 4º deste artigo.
Art. 8º. Esta portaria entra em vigor na data da sua publicação.
DANIEL KREPEL GOLDBERG
Secretário de Direito Econômico

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
458 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OFÍCIOS CIRCULARES, PARECERES E MEMORANDOS
PORTARIA N.º 22, DE 20 DE AGOSTO DE 2004

459
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

ADEQUAÇAO DE RÓTULOS DE LEITE E PRODUTOS LÁCTEOS REGISTRADOS


ANTES DA IN 22/2005

OFÍCIO CIRCULAR N º 02/2007, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2007

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
460 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OFÍCIOS CIRCULARES, PARECERES E MEMORANDOS
OFÍCIO CIRCULAR N º 02/2007, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2007

461
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DOS PROGRAMAS DE COLETA DE LEITE A


GRANEL

OFÍCIO CIRCULAR N º 09/2008, DE 14 DE JULHO DE 2008

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
462 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OFÍCIOS CIRCULARES, PARECERES E MEMORANDOS
OFÍCIO CIRCULAR N º 09/2008, DE 14 DE JULHO DE 2008

463
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
464 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OFÍCIOS CIRCULARES, PARECERES E MEMORANDOS
OFICIO CIRCULAR Nº 15 DE 14 DE AGOSTO DE 2008

HARMONIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DA LEI 11.265/2006

OFICIO CIRCULAR Nº 15 DE 14 DE AGOSTO DE 2008

465
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DOS PROGRAMAS DE COLETA DE LEITE A


GRANEL

OFÍCIO CIRCULAR N º 09/2009, DE 27 DE MARÇO DE 2008

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
466 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OFÍCIOS CIRCULARES, PARECERES E MEMORANDOS
OFÍCIO CIRCULAR N º 09/2009, DE 27 DE MARÇO DE 2008

467
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
468 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS DO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
E
ANVISA
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
470 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
Capítulo 11

ADITIVOS

Patrocinadores

ABLV
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
472 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
RESOLUÇÃO CNS/MS Nº. 04, DE 24 DE NOVEMBRO DE 1988

ADITIVOS INTENCIONAIS

RESOLUÇÃO CNS/MS Nº. 04, DE 24 DE NOVEMBRO DE 1988

*Vinculado à Portaria SVS/MS 28, de 13 de janeiro de 1998


O conselho Nacional de Saúde, no uso das atribuições que lhe confere o Decreto n.º
93.933, de 14/01/87, e de acordo com o disposto nos artigos 24 e 66 do Decreto-Lei
n.º 986, de 21 de outubro de 1969, e no decreto n.º 55.871, de 26 de março de 1965,
Resolve:
1 - Aprovar a revisão das Tabelas I, III, IV e V referente a Aditivos Intencionais, bem
como os Anexos I, II, III e VII, todas do Decreto n.º 55.871, de 26 de março de 1965.
2 - Revogar as Portarias, Resoluções e Comunicados, constantes dos Anexos V e
VI.
3 - As substâncias relacionadas na forma do Anexo VII, passam a ser consideradas,
também, como coadjuvantes da tecnologia de fabricação.
4 - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
Luiz Carlos Borges da Silveira

ADITIVOS ALIMENTARES - DEFINIÇÕES, CLASSIFICAÇÃO E EMPREGO.

PORTARIA Nº 540, DE 27 DE OUTUBRO DE 1997

A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições


legais e considerando:
a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle sanitário na área
de alimentos visando a proteção à saúde da população;
a importância compatibilizar a legislação nacional, com base nos instrumentos
harmonizados no Mercosul relacionados a ADITIVOS ALIMENTARES;
a aplicabilidade das Resoluções Mercosul referentes a aditivos alimentares: (Res.
GMC no 31/92, 17/93, 18/93, 84/93, 105/94, 106/94 e 107/94);
que é indispensável a atualização e regulamentos técnicos sobre aditivos alimentares,
resolve:
Art. 1o - Aprovar o Regulamento Técnico: Aditivos Alimentares - definições, classificação
e emprego.
Art. 2o - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogam-se
disposições em contrário.
MARTA NÓBREGA MARTINEZ

473
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

REGULAMENTO TÉCNICO ADITIVOS ALIMENTARES


1- DEFINIÇÕES
1.1 - Ingrediente: é qualquer substância, incluídos os aditivos alimentares, empregada
na fabricação ou preparação de um alimento e que permanece no produto final, ainda
que de forma modificada.
1.2 - Aditivo Alimentar: é qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos
alimentos, sem propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características
físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento,
preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, trans-porte
ou manipulação de um alimento. Ao agregar-se poderá resultar em que o próprio
aditivo ou seus derivados se convertam em um componente de tal alimento. Esta
definição não inclui os contaminantes ou substâncias nutritivas que sejam incorporadas
ao alimento para manter ou melhorar suas propriedades nutricionais.
1.3 - Coadjuvante de Tecnologia de Fabricação: é toda substância, excluindo os
equipamentos e os utensílios utilizados na elaboração e/ou conservação de um
produto, que não se consome por si só como ingrediente alimentar e que se emprega
intencionalmente na elaboração de matérias-primas, alimentos ou seus ingredientes,
para obter uma finalidade tecnológica durante o tratamento ou fabricação. Deverá ser
eliminada do alimento ou inativada, podendo admitir-se no produto final a presença de
traços de substância, ou seus derivados.
1.4 - Contaminante: é qualquer substância indesejável presente no alimento como
resultado das operações efetuadas no cultivo de vegetais, na criação de animais, nos
tratamentos zoo ou fitossanitários, ou como resultado de contaminação ambiental ou
de equipamentos utilizados na elaboração e/ou conservação do alimento.
1.5 - Amidos
1.5.1 - Amidos modificados quimicamente não são considerados como aditivos
alimentares, devendo ser mencionados na lista de ingredientes como amidos
modificados. Quando utilizados pela indústria alimentar, deverão obedecer às
especificações estabelecidas pelo Food Chemical Codex (última edição).
1.5.2 - Amidos naturais e amidos modificados por via física ou enzimática serão
mencionados na lista de ingredientes como amidos.
2- PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS REFERENTES AO EMPREGO DE ADITIVOS
ALIMENTARES
2.1 - A segurança dos aditivos é primordial. Isto supõe que antes de ser autorizado o
uso de um aditivo em alimentos este deve ser submetido a uma adequada avaliação
toxicológica, em que se deve levar em conta, entre outros aspectos, qualquer efeito
acumulativo, sinérgico e de proteção, decorrente do seu uso. Os aditivos alimentares
devem ser mantidos em observação e reavaliados quando necessário, caso se
modifiquem as condições de uso. As autoridades competentes devem ser informadas
sobre dados científicos atualizados do assunto em questão.
2.2 - Restrição de uso dos aditivos: o uso dos aditivos deve ser limitado a alimentos
específicos, em condições específicas e ao menor nível para alcançar o efeito
desejado.
2.3 - A necessidade tecnológica do uso de um aditivo deve ser justificada sempre

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
474 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
PORTARIA Nº 540, DE 27 DE OUTUBRO DE 1997

que proporcionar vantagens de ordem tecnológica e não quando estas possam ser
alcançadas por operações de fabricação mais adequadas ou por maiores precauções
de ordem higiênica ou operacional.
2.4 - O emprego de aditivos justifica-se por razões tecnológicas, sanitárias, nutricionais
ou sensoriais, sempre que:
2.4.1 - Sejam utilizados aditivos autorizados em concentrações tais que sua ingestão
diária não supere os valores de ingesta diária aceitável (IDA) recomendados.
2.4.2 - Atenda às exigências de pureza estabelecidas pela FAO-OMS, ou pelo Food
Chemical Codex.
2.5 - É proibido o uso de aditivos em alimentos quando:
2.5.1 - houver evidências ou suspeita de que o mesmo não é seguro para consumo
pelo homem;
2.5.2 - interferir sensível e desfavoravelmente no valor nutritivo do alimento;
2.5.3 - servir para encobrir falhas no processamento e/ou nas técnicas de
manipulação;
2.5.4 - encobrir alteração ou adulteração da matéria-prima ou do produto já
elaborado;
2.5.5 - induzir o consumidor a erro, engano ou confusão;
2.6 - Princípio de transferência de aditivos alimentares:
2.6.1 - Todo aditivo alimentar que por ter sido utilizado nas matérias-primas ou outros
ingredientes (inclusive aditivos alimentares) seja transferido a um alimento, estará
isento de declaração na lista de ingredientes quando:
2.6.1.1 - O aditivo for permitido nas matérias-primas ou outros ingredientes de acordo
com legislação específica vigente.
2.6.1.2 - A quantidade do aditivo nas matérias-primas ou outros ingredientes não
exceder a quantidade máxima permitida no alimento.
2.6.1.3 - O alimento para o qual o aditivo for transferido não contiver tal aditivo em
quantidade superior à que poderia ser introduzida pelo uso dos ingredientes sob
condições tecnológicas adequadas ou boas práticas de fabricação.
2.6.1.4 - O aditivo transferido encontrar-se presente em um nível não funcional, ou
seja, em um nível significativamente menor que o normalmente requerido para se
atingir uma função tecnológica eficiente no alimento.
2.6.2 - Um aditivo transferido a um alimento em uma concentração significativa ou
suficiente para exercer uma função tecnológica nesse alimento, e que se origine do
uso de matérias-primas ou outros ingredientes nos quais o aditivo tenha sido utilizado,
deve ser declarado na lista dos ingredientes.
2.6.3 - Quando houver a obrigatoriedade de declaração de um aditivo alimentar no
rótulo, por questões de risco, deve-se declarar os aditivos que se transferem a um
alimento, ainda que cumpram com o estabelecido no item 2.5.1.
3- FUNÇÕES DE ADITIVOS ALIMENTARES
3.1 - Agente de Massa: substância que proporciona o aumento de volume e/ou
da massa dos alimentos, sem contribuir significamente para o valor energético do

475
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

alimento.
3.2 - Antiespumante: substância que previne ou reduz a formação de espuma.
3.3 - Antiumectante: substância capaz de reduzir as características higroscópicas
dos alimentos e diminuir a tendência de adesão, umas às outras, das partículas
individuais.
3.4 - Antioxidante: substância que retarda o aparecimento de alteração oxidativa no
alimento.
3.5 - Corante: substância que confere, intensifica ou restaura a cor de um alimento.
3.6 - Conservador: substância que impede ou retarda a alteração dos alimentos
provocada por microrganismos ou enzimas.
3.7 - Edulcorante: substância diferente dos açúcares que confere sabor doce ao
alimento.
3.8 - Espessantes: substância que aumenta a viscosidade de um alimento.
3.9 - Geleificante: substância que confere textura através da formação de um gel.
3.10 - Estabilizante: substância que torna possível a manutenção de uma dispersão
uniforme de duas ou mais substâncias imiscíveis em um alimento.
3.11 - Aromatizante: substância ou mistura de substâncias com propriedades
aromáticas e/ou sápidas, capazes de conferir ou reforçar o aroma e/ou sabor dos
alimentos.
3.12 - Umectante: substância que protege os alimentos da perda de umidade em
ambiente de baixa umidade relativa ou que facilita a dissolução de uma substância
seca em meio aquoso.
3.13 - Regulador de Acidez: substância que altera ou controla a acidez ou alcalinidade
dos alimentos.
3.14 - Acidulante: substância que aumenta a acidez ou confere um sabor ácido aos
alimentos.
3.15 - Emulsionante/Emulsificante: substância que torna possível a formação ou
manutenção de uma mistura uniforme de duas ou mais fases imiscíveis no alimento.
3.16 - Melhorador de Farinha: substância que, agregada à farinha, melhora sua
qualidade tecnológica para os fins a que se destina.
3.17 - Realçador de Sabor: substância que ressalta ou realça o sabor/aroma de um
alimento.
3.18 - Fermento Químico: substância ou mistura de substâncias que liberam gás e,
desta maneira, aumentam o volume da massa.
3.19 - Glaceante: substância que, quando aplicada na superfície externa de um
alimento, confere uma aparência brilhante ou um revestimento protetor.
3.20 - Agente de Firmeza: substância que torna ou mantém os tecidos de frutas ou
hortaliças firmes ou crocantes, ou interage com agentes geleificantes para produzir ou
fortalecer um gel.
3.21 - Sequestrante: substância que forma complexos químicos com íons metálicos.
3.22 - Estabilizante de cor: substância que estabiliza, mantém ou intensifica a cor de
um alimento.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
476 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
PORTARIA Nº 540, DE 27 DE OUTUBRO DE 1997

3.23 - Espumante: substância que possibilita a formação ou a manutenção de uma


dispersão uniforme de uma fase gasosa em um alimento líquido ou sólido.
4- FUNÇÕES DE COADJUVANTES DE TECNOLOGIA
4.1 - Catalizador: substância que inicia e/ou acelera a velocidade das reações químicas
e enzimáticas.
4.2 - Fermento Biológico: levedura e outros microrganismos utilizados em processos
de tecnologia alimentar que envolvem fermentação.
4.3 - Agente de Clarificação/Filtração: substância que tem a propriedade de clarificar
e auxiliar a filtração de alimentos, facilitando a absorção de impurezas e sua remoção
no momento da filtração.
4.4 - Agente de Coagulação: substância que promove a coagulação, facilitando
a separação das substâncias durante o processo, ou a modificação da textura do
alimento, com exceção dos coalhos.
4.5 - Agente de controle de microrganismos: substância que tem a propriedade de
controlar e/ou inibir o desenvolvimento de microrganismos em determinada fase do
processo de fabricação do alimento.
4.6 - Agente de floculação: substância que promove a floculação com o objetivo de
facilitar a separação de outras substâncias do meio.
4.7 - Agente e suporte de imobilização de enzimas: substância que atua como agente
ou suporte para a imobilização de enzimas.
4.8 - Agente de lavagem e/ou descascamento: substância que tem a propriedade
de atuar sobre a superfície de produtos de origem vegetal ou animal, facilitando a
limpeza ou descascamento.
4.9 - Agente de resfriamento/Congelamento por contato: substância que promove o
resfriamento/congelamento por contato.
4.10 - Agente degomante: substância que favorece a remoção ou separação de gomas
ou mucilagens.
4.11 - Enzima ou preparação enzimática: substância de origem animal, vegetal ou
microbiana que atua favorecendo as reações químicas desejáveis.
4.12 - Gás propelente, gás para embalagens: gás inerte que serve de veículo para
propelir alimentos ou substituir o ar nas embalagens.
4.13 - Lubrificante, agente de moldagem ou desmoldagem: substância que lubrifica
evitando a aderência e auxilia na moldagem.
4.14 - Nutriente para leveduras: substância que nutre os fermentos biológicos para
que mantenham seu desempenho durante o processo de fermentação.
4.15 - Resina de troca iônica, membranas e peneiras moleculares: substância que
possibilita a separação, fracionamento ou troca de componentes de alimentos.
4.16 - Solvente de extração e processamento: substância que tem a capacidade
de dissolver parte dos componentes de um alimento, facilitando sua extração e
separação.
4.17 - Agente de inibição enzimática antes da etapa de branqueamento: substância
que inibe reações enzimáticas de oxidação.

477
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4.18 - Detergente: substância que modifica a tensão superficial em alimentos.


5 - critérios de inclusão e exclusão de aditivos
5.1 - A lista de aditivos alimentares constante da legislação vigente está sujeito à
atualização de acordo com o avanço dos conhecimentos técnicos e científicos.
5.2 - Para fundamentação dos pedidos de inclusão e exclusão de aditivos ou de
extensão de seu uso, são aceitas as referências do Codex Alimentarius e da União
Européia. Podem também ser consideradas, como complementares, o estabelecido
pelo Food and Drug Administration (FDA - EUA).
5.3 - Outros órgãos reconhecidos internacionalmente que podem servir de referência
são:
5.3.1 - IARC: INTERNATIONAL AGENCY
FOR RESEARCH ON CANCER
150 cours Albert Thomas
69372 Lyon cedex 08
France
Phone: 72.73.84.85
Telex: 380.023
Fax: 72.73.85.75
5.3.2 - JECFA: JOINT FAO/WHO EXPERT COMMITTEE ON FOOD ADDITIVES
World Health Organization
1211 Geneve 27
Switzerland
Fax: (4122) 78888 04 01
5.3.3 - NATIONAL INSTITUTE OF PUBLIC HEALTH AND ENVIRENMENTAL
PROTECTION - RIVM - RESEARCH FOR MAN AND THE ENVIRONMENT
Antonine van Leeuwenhoeklaan 9
P.O “Box 1 - 3720 BA Bilthoven
The Netherlands
5.3.4 - ITIC: INTERNATIONAL TOXICOLOGY INFORMATION CENTRE
Paseo Ramón Maria de Lili, 1, #4dcha
E-20002 San Sebastián, Espanã
Teléfono: (34 48) 32 04 55
Fax: (34 48) 32 04 87

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
478 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
PORTARIA N º 28, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

ADITIVOS PARA ALIMENTOS COM INFORMAÇÃO NUTRICIONAL


COMPLEMENTAR E ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS

PORTARIA N º 28, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

Vinculada à Resolução CNS/MS n° 04/88

A Secretária de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições


legais, considerando:
a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle sanitário na área
de alimentos visando a proteção à saúde da população e a necessidade de fixar a
identidade e as características mínimas de qualidade a que deve obedecer o uso de
aditivos;
os parâmetros para aprovação de uso de aditivos mencionados no Decreto n° 55.871
de 26 de março de 1965;
a necessidade de adequar o uso de aditivos, regulamentado pela Resolução CNS/
MS n° 04/88, em virtude da implementação de normas específicas sobre Informação
Nutricional Complementar e Alimentos para Fins Especiais; resolve:
Art. 1° Aprovar o uso de aditivos para alimentos com Informação Nutricional
Complementar e Alimentos para Fins Especiais de acordo com as condições abaixo
mencionadas:
1. Os alimentos cujo valor energético e ou teor de nutrientes tenha(m) sido alterado(s),
com o objetivo de atender aos parâmetros constantes dos Regulamentos Técnicos
de Informação Nutricional Complementar e de Alimentos para Fins Especiais, podem
utilizar os aditivos alimentares com as mesmas funções tecnológicas e nos mesmos
limites máximos previstos para o alimento convencional correspondente.
1.1. O uso de aditivo não previsto no alimento convencional similar, ou em limite maior
que aquele já autorizado, é permitido quando justificada a necessidade tecnológica
decorrente da substituição total ou parcial de ingredientes.
2. Os alimentos e bebidas cujo conteúdo de açúcares foi alterado, associado ou não
à alteração de outros nutrientes e ou valor energético, com o objetivo de atender
ao Regulamento Técnico de Informação Nutricional Complementar, podem utilizar os
edulcorantes naturais e artificiais previstos na legislação em vigor.
2.1. Os limites máximos de uso dos edulcorantes naturais e artificiais nos alimentos
e bebidas especificados no item 2, com exceção dos alimentos de reduzido teor de
açúcares, são os mesmos permitidos para alimentos e bebidas dietéticos. Para os
alimentos de reduzido teor de açúcares, os limites máximos não devem ser superiores
a 75% dos limites máximos previstos para os alimentos e bebidas dietéticos.
3. As classes dos alimentos e bebidas listados a seguir, formulados com o objetivo
de atender ao Regulamento Técnico de Alimentos para Fins Especiais, podem utilizar
os edulcorantes naturais e artificiais previstos na legislação em vigor, nos seus
respectivos limites máximos:
- Alimentos para Dietas com Restrição de Açúcares, exceto os Adoçantes Dietéticos,

479
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

que devem obedecer legislação específica;


- Alimentos para Controle de Peso e
- Alimentos para Dieta com Ingestão Controlada de Açúcares.
Art. 2° Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Marta Nobrega Martinez

USO DA PECTINA COMO ESTABILIZANTE E ESPESSANTE PARA GELADOS


COMESTÍVEIS

PORTARIA N º 156, DE 20 DE FEVEREIRO DE 1998


(Internalizou a GMC Nº 141/96).

A Secretária de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições


legais e considerando que,
- a Pectina ocorre naturalmente em frutas, especialmente em frutas cítricas e maçãs,
sendo portanto parte da dieta normal;
- tem seu uso permitido pela Legislação Brasileira com a funcão de coadjuvante de
tecnologia para diversos tipos de produtos;
- consta na lista positiva de aditivos alimentares MERCOSUL (INS 440) com funções
de espessante, estabilizante e gelificante, bem como, na lista de aditivos para a
categoria 3 - Gelados Comestíveis, Resolução GMC Nº 141/96 do MERCOSUL;
- foi avaliada pelo JECFA em 1981, recebendo uma IDA (Ingestão Diária Aceitável)
não especificada (IDA de grupo para pectina e pectina amidada);
- foi considerada GRAS pelo FDA; e
- existe justificativa tecnológica para o seu uso em gelados comestíveis, resolve:
Art. 1º Aprovar a inclusão da pectina na lista de aditivos da Legislação Brasileira com
as funções de estabilizante e espessante para gelados comestíveis, em quantidade
suficiente para obter o efeito desejado (q.s.p.).
Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.
MARTA NOBREGA MARTINEZ

USO DE LACTINOL COMO EDULCORANTE

PORTARIA N ° 502, DE 22 DE JUNHO DE 1998


(Internalizou a GMC nº 101/94 e nº 86/96)

A Secretária de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições


legais e considerando que:
a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle sanitário na área
de alimentos, visando à saúde da população;

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
480 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
PORTARIA N º 503, DE 22 DE JUNHO DE 1998

a necessidade de garantir a segurança de uso tecnológico de aditivos alimentares na


fabricação de alimentos;
O Lactitol (INS 966) consta na lista geral do MERCOSUL (Resolução GMC nº 101/94)
e na lista BPF (Resolução GMC nº 86/96);
Foi avaliado toxicológicamente pelo JECFA que estabeleceu, na sua reunião de 1983,
uma IDA “não especificada”, o que significa que o uso está limitado à quantidade
necessária para atender às Boas Práticas de Fabricação (BPF);
Está na lista de aditivos permitidos para alimentos na Comunidade Européia (Diretiva
94/35/EC); resolve:
Art. 1º Aprovar a inclusão do lactitol (INS 966) na lista de aditivos da Legislação
Brasileira com a função de edulcorante, em quantidade suficiente para obter o efeito
desejado (q.s.p.).
Art. 2º Nos dizeres de rotulagem dos alimentos, nos quais este aditivo for utilizado,
cuja previsão de consumo resulte na ingestão diária superior a 50g, devem constar a
informação: “Este produto pode ter efeito laxativo” .
Art. 3º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

INCLUSÃO DA GOMA GELANA (INS 418) COMO ESTABILIZANTE, ESPESSANTE E


GELIFICANTE

PORTARIA N º 503, DE 22 DE JUNHO DE 1998


(Internalizou a GMC 144/96).

A Secretária de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições


legais e considerando que:
a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle sanitário na área
de alimentos, visando à saúde da população;
a necessidade de garantir a segurança de uso tecnológico de aditivos alimentares na
fabricação de alimentos;
a Goma Gelana (INS 418) consta na lista geral de aditivos alimentares MERCOSUL,
com funções de espessante, estabilizante e gelificante (Resolução GMC 144/96);
foi avaliada pelo JECFA em 1991, recebendo uma IDA (Ingestão Diária Aceitável) “não
especificada”, o que significa que o uso está limitado à quantidade necessária para
atender às Boas Práticas de Fabricação (BPF);
está na lista de aditivos permitidos para alimentos na Comunidade Européia (Diretiva
95/2/EC); resolve:
Art. 1º Aprovar a inclusão da goma gelana (INS 418) na lista de aditivos da Legislação
Brasileira com as funções de estabilizante, espessante e gelificante, em quantidade
suficiente para obter o efeito desejado (q.s.p.);
Art. 2º Aprovar o seu uso para as categorias de alimentos, conforme tabela em
anexo.
Art. 3º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

481
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

MARTA NOBREGA MARTINEZ

ANEXO
LIMITE MÁXIMO
PRODUTO FUNÇÃO G/100G G/100ML
NO PRODUTO FINAL
Alimentos a base de cereais Estabilizante Q.S.P.
Alimentos com cacau para preparo de Gelificante, espessante,
Q.S.P.
bebidas Estabilizante
Balas e caramelos, pastilhas, confeitos,
balas de goma e de gelatina, goma de Gelificante, espessante,
Q.S.P.
mascar, torrones, pasta de sementes Estabilizante
oleaginosas(com ou sem açúcar)
Bebidas não alcoólicas / gaseificadas Estabilizante,
Q.S.P.
ou não Espessante
Biscoitos e similares Estabilizante Q.S.P.
Gelificante, espessante,
Bombons sem chocolate Q.S.P.
Estabilizante
Gelificante, espessante,
Cobertura e xaropes e pós para preparo Q.S.P.
Estabilizante
Condimentos preparados / temperos Gelificante, espessante Q.S.P.

Gelados comestíveis Gelificante, espessante Q.S.P.

Ketchup Espessante Q.S.P.

Massas alimentícias Estabilizante Q.S.P.


Massas para tortas,pastéis, pizza e
Estabilizante Q.S.P.
similares
Estabilizante,
Molhos desidratados Q.S.P.
Espessante
Molhos emulsionados e não Estabilizante,
Q.S.P.
emulsionados Espessante
Mostarda de mesa Gelificante, espessante Q.S.P.

Pães com fermento biológico Espessante, estabilizante Q.S.P.

Pães com fermento químico Estabilizante Q.S.P.


Estabilizante,
Pré-misturas a base de farinha de trigo Q.S.P.
Espessante
Produtos de confeitaria com fermento
biológico ou fermentação natural (inclue Estabilizante Q.S.P.
o panetone)
Produtos de confeitaria com fermento Gelificante, espessante,
Q.S.P.
químico e mistura para preparo Estabilizante

Recheios e pós para preparo de recheios


de produtos de panificação, produtos Gelificante, espessante,
Q.S.P.
de confeitaria, gelados comestíveis, Estabilizante
sobremesas, biscoitos e similares

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
482 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
PORTARIA N º 376, DE 26 DE ABRIL DE 1999

LIMITE MÁXIMO
PRODUTO FUNÇÃO G/100G G/100ML
NO PRODUTO FINAL
Sobremesas (com ou sem gelatina, com Gelificante, espessante,
ou sem amidos, com ou sem gelificantes) Q.S.P.
e pós para preparo Estabilizante

INCLUSÃO DOS ADITIVOS METILCELULOSE E HIDROXIPROPIL


METILCELULOSE NAS FUNÇÕES ESPESSANTE E ESTABILIZANTE QUANTUM
SATIS

PORTARIA N º 376, DE 26 DE ABRIL DE 1999.

O Secretário de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições


legais e considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de
controle sanitário na área de alimentos, visando a proteção à saúde da população;
considerando que o uso dos aditivos deve ser limitado a alimentos específicos, em
condições específicas e no menor nível para alcançar o efeito desejado (Portaria SVS/
MS n.º 540/97);
considerando a necessidade de segurança de uso tecnológico de aditivos alimentares
na fabricação de alimentos;
considerando que o aditivo INS 461consta da lista geral harmonizada do
MERCOSUL;
considerando que foram avaliados toxicológicamente pelo JECFA, em 1989, que
estabeleceu uma IDA de grupo “não especificada”, o que significa que o uso está
limitado à quantidade necessária para atender às Boas Práticas de Fabricação
(BPF);
considerando que fazem parte da lista de aditivos permitidos para alimentos na
Comunidade Européia (Diretiva 94/35/EC);
considerando o parecer do Grupo de Trabalho instituído pela Portaria nº 1007, de 15
de dezembro de 1998 da Secretaria de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde,
resolve:
Art. 1º - Aprovar a INCLUSÃO DOS ADITIVOS INS 461 METILCELULOSE E INS
464 HIDROXIPROPIL METILCELULOSE NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA NAS
FUNÇÕES ESPESSANTE E ESTABILIZANTE, de acordo com as condições abaixo
mencionadas:

483
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Limite Máximo
INS ADITIVO FUNÇÃO CATEGORIA DE ALIMENTO
g/100g
Metilcelulose
461 Balas, caramelos, pastilhas, confeitos e
Hidroxipropil Estabilizante quantum satis *
464 similares
metilcelulose

Estabilizante Gomas de mascar ou chicle quantum satis


Coberturas e xaropes para produtos
de panificação e biscoitos, produtos
de confeitaria, sobremesas, gelados
Estabilizante quantum satis
comestíveis, ,balas, confeitos, bombons,
chocolate e similares , banhos de
confeitaria, e pós para o preparo
Recheios para produtos de panificação
e biscoitos, produtos de confeitaria,
sobremesas, gelados comestíveis,
Estabilizante quantum satis
balas confeitos, bombons, chocolates e
similares, banhos de confeitaria, e pós
para o preparo
Sobremesas e pós para o preparo de
Espessante sobremesas (exceto sobremesas de quantum satis
gelatina)
Estabilizante Gelados comestíveis quantum satis

Alimentos processados à base de


Estabilizante quantum satis
cereais
Massas para pastéis, pizzas, tortas e
Estabilizante quantum satis
similares
Molhos emulsionados e não
Estabilizante quantum satis
emulsionados, incluindo os desidratados

Espessante Catchup quantum satis

Estabilizante Mostarda de mesa quantum satis

Espessante Condimentos preparados/temperos quantum satis

Estabilizante Pães quantum satis

Biscoitos e similares, com ou sem


Estabilizante quantum satis
recheio, com ou sem cobertura

Bolos, tortas, doces e massas de


confeitaria, com ou sem recheio, com ou
Estabilizante quantum satis
sem cobertura, prontos para o consumo
ou semi-prontos

* quantum satis = quantidade suficiente para obter o efeito tecnológico necessário


Art. 2º - Os aditivos devem atender especificações estabelecidas pelo “Food Chemical
Codex”, última ediçãoArt. 3º - Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
GONZALO VECINA NETO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
484 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
RESOLUÇÃO Nº 386, DE 5 DE AGOSTO DE 1999

ADITIVOS UTILIZADOS SEGUNDO AS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E


SUAS FUNÇÕES

RESOLUÇÃO Nº 386, DE 5 DE AGOSTO DE 1999

O Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso de suas


atribuições legais que lhe confere o artigo 73, item IX do Regimento Interno aprovado
pela Resolução n.º 1 de 26 de abril de 1999, e considerando: a necessidade de
constante aperfeiçoamento das ações de controle sanitário na área de alimentos
visando a proteção à saúde da população; que é indispensável a adoção de
procedimentos necessários para a obtenção de alimentos inócuos, saudáveis e sãos;
a necessidade de garantir a segurança de uso tecnológico de aditivos alimentares na
fabricação de alimentos; que a necessidade tecnológica do uso de um aditivo deve ser
justificada sempre que proporcionar vantagens de ordem tecnológica e não quando
estas possam ser alcançadas por operações de fabricação mais adequadas ou por
maiores precauções de ordem higiênica ou operacional, conforme Portaria SVS/MS
n.º 540, de 27 de outubro de 1997; que os aditivos presentes nesta Resolução foram
avaliados toxicológicamente pelo Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives
- JECFA, que estabeleceu uma Ingestão Diária Aceitável - IDA - “não especificada”,
o que significa que o uso está limitado à quantidade necessária para atender às
Boas Práticas de Fabricação (BPF), ou seja, quantidade suficiente para obter o efeito
tecnológico necessário, resolve:
Art. 1º Aprovar o “REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE ADITIVOS UTILIZADOS
SEGUNDO AS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E SUAS FUNÇÕES”, contendo
os Procedimentos para Consulta da Tabela e a Tabela de Aditivos Utilizados Segundo
as Boas Práticas de Fabricação, constante do Anexo desta Resolução.
Parágrafo Único - Os aditivos constantes da tabela anexa só poderão ser utilizados
nas categorias de alimentos previstas na legislação vigente.
Art. 2º O descumprimento desta Resolução constitui infração sanitária sujeitando
os infratores às penalidades da Lei n.º 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais
disposições aplicáveis.
Art. 3º Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
GONZALO VECINA NETO

ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE ADITIVOS UTILIZADOS SEGUNDO AS BOAS
PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E SUAS FUNÇÕES
I - PROCEDIMENTOS PARA CONSULTA DA TABELA
Antes de consultar a tabela de aditivos utilizados segundo Boas Práticas de Fabricação
(BPF), verificar se os mesmos estão previstos no Regulamento Técnico específico
para cada tipo de alimento.
Os aditivos estão discriminados na tabela segundo as funções tecnológicas que
podem exercer num alimento.

485
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Os limites de uso dos aditivos utilizados segundo as Boas Práticas de Fabricação,


será em quantidade “quantum satis”, ou seja, quantidade suficiente para obter o efeito
desejado, sempre que o aditivo não afetar a identidade e genuinidade do alimento,
seu uso não resultar em práticas enganosas e a função estiver aceita para o alimento
em questão.
As exceções do item anterior, serão estabelecidas em Regulamentos Técnicos
específicos, identificando os aditivos dessa lista que poderão ser usados e seus
limites máximos, com a finalidade de se preservar a identidade e genuinidade de um
alimento e evitar práticas enganosas
II - TABELA DE aditivos UTILIZADOS segundo boas práticas de fabricação
Número ADITIVO: Número ADITIVO:
INS FUNÇÃO / NOME INS FUNÇÃO / NOME
Glucose-oxidase (Aspergillus
ACIDULANTE 1102
niger)
260 Ácido acético
270 Ácido láctico ANTIUMECTANTE
296 Ácido málico 170(i) Carbonato de cálcio
297 Ácido fumárico 460(i) Celulose microcristalina
330 Ácido cítrico Sais de ácidos graxos (de Ca,
574 Ácido glucônico 470
Na, K e NH4)
575 Glucona-delta-lactona 500(i) Carbonato de sódio
Bicarbonato de sódio, carbonato
AGENTE DE FIRMEZA 500(ii)
ácido de sódio
170(i) Carbonato de cálcio 504(i) Carbonato de magnésio
327 Lactato de cálcio 528 Hidróxido de magnésio
Citrato de cálcio, citrato tri-
333 530 Óxido de magnésio
cálcico
509 Cloreto de cálcio 551 Dióxido de silício amorfo, silica
516 Sulfato de cálcio 552 Silicato de cálcio
526 Hidróxido de cálcio 553(i) Silicato de magnésio
578 Gluconato de cálcio 553(iii) Talco
Silicato de alumínio e sódio,
554
AGENTE DE MASSA alumínio silicato de sódio
1200 Polidextrose 559 Silicato de alumínio
CONSERVADOR
ANTIESPUMANTE 260 Ácido acético
404 Alginato de cálcio 263 Acetato de cálcio
Mono e diglicerídios de ácidos 280 Ácido propiônico
471 graxos, ésteres de mono e 281 Propionato de sódio
282 Propionato de cálcio
diglicerídios com ácidos graxos. 283 Propionato de potássio
570(i) Ácido esteárico 290 Dióxido de carbono
Eritorbato de sódio, isoascorbato
ANTIOXIDANTE 316
de sódio
300 Ácido ascórbico CORANTE
301 Ascorbato de sódio 140 i Clorofila
302 Ascorbato de cálcio 150a Caramelo I - simples
Vermelho de beterraba,
303 Ascorbato de potássio 162
Ácido eritórbico, ácido betanina
315 170(i) Carbonato de cálcio
isoascórbico 171 Dióxido de titânio
Eritorbato de sódio, isoascorbato
316
de sódio EDULCORANTE
322 Lecitinas 420 Sorbitol e xarope de sorbitol
325 Lactato de sódio 421 Manitol
330 Ácido cítrico 953 Isomalte
Citrato de cálcio, citrato tri-
333 965 Maltitol e xarope de maltitol
cálcico 966 Lactitol
Ésteres de ácido cítrico e 967 Xilitol
ácidos graxos com glicerol,
472c
ésteres de ácido cítrico e mono EMULSIFICANTE
e diglicerídios - Caseinato de sódio
- Gelatina

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
486 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
RESOLUÇÃO Nº 386, DE 5 DE AGOSTO DE 1999

Número ADITIVO: Número ADITIVO:


INS FUNÇÃO / NOME INS FUNÇÃO / NOME
322 Lecitinas 412 Goma guar
331(i) Citrato monossódico 413 Goma adragante
331(ii) Citrato dissódico 414 Goma arábica, goma acácia
Citrato de sódio, citrato tri- 415 Goma xantana
331(iii) 416 Goma caraia
sódico
412 Goma guar 418 Goma gelana
413 Goma adragante 420 Sorbitol e xarope de sorbitol
414 Goma arábica, goma acácia [425] Goma Konjac
415 Goma xantana 440 Pectina, pectina amidada
416 Goma caraia 460(i) Celulose microcristalina
420 Sorbitol e xarope de sorbitol 461 Metilcelulose
[425] Goma Konjac 463 Hidroxipropilcelulose
460(i) Celulose microcristalina 465 Metiletilcelulose
461 Metilcelulose 466 Carboximetilcelulose sódica
463 Hidroxipropilcelulose 1200 Polidextrose
465 Metiletilcelulose
466 Carboximetilcelulose sódica ESPUMANTE
Sais de ácidos graxos (de Ca, 465 Metiletilcelulose
470
Na, K e NH4)
Mono e diglicerídios de ácidos ESTABILIZANTE
471 graxos, ésteres de mono e - Caseinato de sódio
diglicerídios com ácidos graxos. - Gelatina
Ésteres de ácido acético e 170(i) Carbonato de cálcio
263 Acetato de cálcio
ácidos graxos com glicerol, 322 Lecitinas
472a
ésteres de ácido acético e mono 331(i) Citrato monossódico
e diglicerídios
Ésteres de ácido lático e ácidos ESTABILIZANTE
graxos com glicerol, ésteres 331(ii) Citrato dissódico
472b Citrato de sódio, citrato tri-
de ácido lático e mono e 331(iii)
diglicerídios sódico
Ésteres de ácido cítrico e Citrato de potássio, citrato tri-
332(ii)
ácidos graxos com glicerol, potássico
472c Citrato de cálcio, citrato tri-
ésteres de ácido cítrico e mono 333
e diglicerídios cálcico
Ésteres de ácido tartárico e 400 Ácido algínico
401 Alginato de sódio
ácidos graxos com glicerol, 402 Alginato de potássio
472d
ésteres de ácido tartárico e 403 Alginato de amônio
mono e diglicerídios. 404 Alginato de cálcio
406 Agar
Ésteres de ácidos tartárico,
472f acético e ácidos graxos com Carragena (inclui os sais de
glicerol 407 sódio, amônio, potássio e
965 Maltitol e xarope de maltitol Furcelarana)
1001(i) Acetato de colina
1001(ii) Carbonato de colina 410 Goma jataí, alfarroba
1001(iii) Cloreto de colina 412 Goma guar
1001(iv) Citrato de colina 413 Goma adragante
1001(v) Tartarato de colina
1001(vi) Lactato de colina 414 Goma arábica, goma acácia
415 Goma xantana
ESPESSANTE 416 Goma caraia
418 Goma gelana
421 Manitol
- Gelatina [425] Goma Konjac
400 Ácido algínico 440 Pectina, pectina amidada
401 Alginato de sódio 460(i) Celulose microcristalina
402 Alginato de potássio 461 Metilcelulose
403 Alginato de amônio ESTABILIZANTE (continuação)
404 Alginato de cálcio 463 Hidroxipropilcelulose
406 Agar 465 Metiletilcelulose
466 Carboximetilcelulose sódica
Carragena (inclui os sais de Sais de ácidos graxos (de Ca,
407 sódio, amônio, potássio e 470
Na, K e NH4)
Furcelarana)
410 Goma jataí, alfarroba

487
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Número ADITIVO: Número ADITIVO:


INS FUNÇÃO / NOME INS FUNÇÃO / NOME
Mono e diglicerídios de ácidos 1100 Alfa-amilase
471 graxos, ésteres de mono e
diglicerídios com ácidos graxos.
Ésteres de ácido acético e REALÇADOR DE SABOR
ácidos graxos com glicerol,
472a 620 Ácido glutâmico
ésteres de ácido acético e mono Glutamato de sódio, glutamato
e diglicerídios 621
monossódico
Ésteres de ácido lático e ácidos Glutamato de potássio,
graxos com glicerol, ésteres 622
472b glutamato monopotássio
de ácido lático e mono e Glutamato de cálcio, diglutamato
623
diglicerídios de cálcio
Ésteres de ácido cítrico e Glutamato de amônio, glutamato
ácidos graxos com glicerol, 624
472c monoamônio
ésteres de ácido cítrico e mono
Glutamato de magnésio,
e diglicerídios 625
Ésteres de ácido tartárico e diglutamato de magnésio
626 Ácido guanílico
ácidos graxos com glicerol, Guanilato dissódico, dissódio
472d 627
ésteres de ácido tartárico e 5’-guanilato
mono e diglicerídios. Guanilato de potássio, potássio
Ésteres de ácidos tartárico, 628
5’-guanilato
472f acético e ácidos graxos com Guanilato de cálcio, cálcio
glicerol 629
5'-guanilato
Bicarbonato de sódio, carbonato 630 Ácido inosínico
500(ii)
ácido de sódio REALÇADOR DE SABOR
501(i) Carbonato de potássio (continuação)
509 Cloreto de cálcio Inosinato dissódico, dissódio
965 Maltitol e xarope de maltitol 631
5’-inosinato
1200 Polidextrose Inosinato de potássio, potássio
ESTABILIZANTE DE COR 632
5’-inosinato
504(i) Carbonato de magnésio Inosinato de cálcio, cálcio
528 Hidróxido de magnésio 633
5’-inosinato
FERMENTO QUÍMICO REGULADOR DE ACIDEZ
500(i) Carbonato de sódio 170(i) Carbonato de cálcio
Bicarbonato de sódio, carbonato 260 Ácido acético
500(ii)
ácido de sódio 263 Acetato de cálcio
503(i) Carbonato de amônio 270 Ácido láctico
Bicarbonato de amônio, 296 Ácido málico
503(ii)
carbonato ácido de amônio 297 Ácido fumárico
574 Ácido glucônico 325 Lactato de sódio
575 Glucona-delta-lactona 326 Lactato de potássio
327 Lactato de cálcio
GELIFICANTE
- Gelatina 330 Ácido cítrico
401 Alginato de sódio
404 Alginato de cálcio 331(i) Citrato monossódico
406 Agar
Carragena (inclui os sais de 331(ii) Citrato dissódico
407 sódio, amônio, potássio e Citrato de sódio, citrato tri-
331(iii)
Furcelarana) sódico
418 Goma gelana Citrato de potássio, citrato tri-
[425] Goma Konjac 332(ii)
potássico
440 Pectina, pectina amidada Citrato de cálcio, citrato tri-
333
cálcico
GLACEANTE 500(i) Carbonato de sódio
570(i) Ácido esteárico Bicarbonato de sódio, carbonato
953 Isomalte 500(ii)
ácido de sódio
501(i) Carbonato de potássio
MELHORADOR DE FARINHA
300 Ácido ascórbico 503(i) Carbonato de amônio
327 Lactato de cálcio Bicarbonato de amônio,
516 Sulfato de cálcio 503(ii)
carbonato ácido de amônio
529 Óxido de cálcio

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
488 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
RESOLUÇÃO Nº 388, DE 5 DE AGOSTO DE 1999

Número ADITIVO: Número ADITIVO:


INS FUNÇÃO / NOME INS FUNÇÃO / NOME
Ésteres de ácido lático e ácidos
504(i) Carbonato de magnésio graxos com glicerol, ésteres
472b
de ácido lático e mono e
515 Sulfato de potássio diglicerídios
Ésteres de ácido cítrico e
524 Hidróxido de sódio ácidos graxos com glicerol,
472c
525 Hidróxido de potássio ésteres de ácido cítrico e mono
e diglicerídios
526 Hidróxido de cálcio

527 Hidróxido de amônio Ésteres de ácido tartárico e


ácidos graxos com glicerol,
472d
528 Hidróxido de magnésio ésteres de ácido tartárico e
mono e diglicerídios.
529 Óxido de cálcio

574 Ácido glucônico


Ésteres de ácidos tartárico,
575 Glucona-delta-lactona 472f acético e ácidos graxos com
glicerol
578 Gluconato de cálcio

SEQUESTRANTE 516 Sulfato de cálcio


330 Ácido cítrico

331(i) Citrato monossódico


UMECTANTE
331(ii) Citrato dissódico
325 Lactato de sódio
Citrato de sódio, citrato tri-
331(iii)
sódico 326 Lactato de potássio
Citrato de potássio, citrato tri-
332(ii) 420 Sorbitol e xarope de sorbitol
potássico
Citrato de cálcio, citrato tri-
333 421 Manitol
cálcico
420 Sorbitol e xarope de sorbitol 422 Glicerol, glicerina
Ésteres de ácido acético e
ácidos graxos com glicerol, 967 Xilitol
472a
ésteres de ácido acético e mono 1200 Polidextrose
e diglicerídios

ADITIVOS ALIMENTARES, ESTABELECENDO SUAS FUNÇÕES E SEUS LIMITES


MÁXIMOS

RESOLUÇÃO Nº 388, DE 5 DE AGOSTO DE 1999

O Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária -. ANVS, no uso de


suas atribuições e considerando:
a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle sanitário na área
de alimentos visando a proteção à saúde da população;
a importância de compatibilizar a legislação nacional, com base nos instrumentos
harmonizados no Mercosul relacionados a aditivos alimentares (Resolução GMC
nº54/98) ;

489
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

que é indispensável o estabelecimento de regulamentos técnicos sobre aditivos em


alimentos, com vistas a minimizar os riscos à saúde humana;
que é necessário aprovar o uso de Aditivos Alimentares, estabelecendo suas Funções
e seus Limites Máximos para a Categoria de Alimentos 19 : Sobremesas, resolve:
Art. 1º Aprovar o “REGULAMENTO TÉCNICO QUE APROVA O USO DE ADITIVOS
ALIMENTARES, ESTABELECENDO SUAS FUNÇÕES E SEUS LIMITES MÁXIMOS
PARA A CATEGORIA DE ALIMENTOS 19 - SOBREMESAS”, constante do Anexo
desta Resolução.
Art. 2º O descumprimento desta Resolução constitui infração sanitária sujeitando
os infratores às penalidades da Lei n.º 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais
disposições aplicáveis.
Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário, especialmente, os itens da Tabela
I - Aditivos Intencionais por Classe Funcional anexa da Resolução CNS/MS n.º 04
de 24/11/88, da Portaria DINAL/MS n.º 38 de 15/12/89, da Portaria DETEN/MS n.º
13 de 11/01/96, referentes aos seguintes alimentos: sobremesas de gelatina, outras
sobremesas e seu pós para preparo, pudins e flans e seus pós para o preparo.
Art. 4º Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
GONZALO VECINA NETO

“REGULAMENTO TÉCNICO QUE APROVA O USO DE ADITIVOS ALIMENTARES,


ESTABELECENDO SUAS FUNÇÕES E SEUS LIMITES MÁXIMOS PARA A
CATEGORIA DE ALIMENTOS 19 - SOBREMESAS”

Grupo 19 - sobremesas
Número Função / nome Limite máximo
Ins G/100g
19.1. Sobremesas de gelatina
19.1.1. Prontas para o consumo

Acidulante
Todos os autorizados como bpf Quantum satis
334 Ácido tartárico 0,2
355 Ácido adípico 0,2

Regulador de acidez
Todos os autorizados como bpf Quantum satis
336 I Tartarato monopotássico 0,5
336 Ii Tartarato dipotássico 0,5
Fosfato dissódico , fosfato de
339 Ii sódio dibásico, dissódio hidrogênio 0,2 (Como p2o5)
monofosfato
Difosfato dihidrogênio dissódico,
450 I difosfato de sódio, pirofosfato 0,2 (Como p2o5)
dissódico

Antioxidante
Todos os autorizados como bpf Quantum satis

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
490 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
RESOLUÇÃO Nº 388, DE 5 DE AGOSTO DE 1999

Grupo 19 - sobremesas
Número Função / nome Limite máximo
Aromatizante
Todos os autorizados Quantum satis

Corante
100 I Curcumina, cúrcuma 0,015 (Como curcumina)
101 I Riboflavina Quantum satis
101 Ii Riboflavina 5'- fosfato de sódio Quantum satis
102 Tartrazina 0,015
110 Amarelo crepúsculo 0,01
120 Carmim/cochonilha/ácido carmínico 0,015
122 Azorrubina 0,01
123 Amaranto, bordeaux s 0,01
124 Ponceau 4 r 0,01
127 Eritrosina 0,005
129 Vermelho 40 0,015
131 Azul patente v 0,015
132 Indigotina 0,015
133 Azul brilhante fcf 0,015
140 I Clorofila Quantum satis
140 Ii Clorofilina Quantum satis
141 I Clorofila cúprica Quantum satis
141 Ii Clorofilina cúprica Quantum satis
143 Verde rápido fcf 0,015
150 A Caramelo l - simples Quantum satis
Caramelo ii - processo sulfito
150 B Quantum satis
cáustico
150 C Caramelo iii - processo amônia Quantum satis
Caramelo iv - processo sulfito
150 D Quantum satis
amônia
160 A i Caroteno: beta - caroteno sintét ico Quantum satis
Carotenos naturais (alfa, beta e
160 A ii Quantum satis
gama)
160 B Urucum/bixina/norbixina 0,001 (Como bixina)
160 C Páprica/capsorubina/capsantina Quantum satis
160 E Beta-apo-8?Carotenal 0,015
Éster etílico ou metílico do ácido
160 F 0,015
beta-apo-8?Carotenóico
162 Vermelho de beterraba, betanina Quantum satis
163 I Antocianinas Quantum satis
171 Dióxido de titânio Quantum satis

19.1.2. Pós para o preparo de sobremesas de gelat ina


Admitem-se as mesmas funções que para 19.1.1. E os aditivos para cada função, em
quantidades tais que o produto pronto para o consumo contenha no máximo os limites
estabelecidos para a categoria produto pronto. Admite-se também o uso de antiumectantes/
antiaglutinantes e umectantes, conforme indicado a seguir:

Antiumectante/antiaglutinante
Todos os autorizados como bpf Quantum satis
Fosfato tricálcico, fosfato tribásico
341 Iii 2,5
de cálcio, ortofosfato tricálcico
470 I Estearato de magnésio 2,0

Umectante
Todos os autorizados como bpf Quantum satis

19.2. Outras sobremesas (com ou sem gelatina, com ou sem amidos, com ou sem gelificantes)

491
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Grupo 19 - sobremesas
Número Função / nome Limite máximo
19.2.1. Outras sobremesas (com ou sem gelatina, com ou sem amidos, com ou sem
gelificantes) prontos para o consumo

Acidulante
Todos os autorizados como bpf Quantum satis
334 Ácido tartárico 0,2
355 Ácido adípico 0,2

Regulador de acidez
Todos os autorizados como bpf Quantum satis
336 I Tartarato monopotássico 0,5
336 Ii Tartarato dipotássico 0,5
Fosfato dissódico , fosfato de
339 Ii sódio dibásico, dissódio hidrogênio 0,2 (Como p2o5)
monofosfato
Difosfato dihidrogênio dissódico,
450 I difosfato de sódio, pirofosfato 0,2 (Como p2o5)
dissódico

Antioxidante
Todos os autorizados como bpf Quantum satis
0,02 Sobre o teor de
304 Palmitato de ascorbila
gordura
0,02 Sobre o teor de
305 Estearato de ascorbila
gordura
0,05 Sobre o teor de
306 Mistura concentrada de tocoferóis
gordura
0,05 Sobre o teor de
307 Tocoferol, alfa-tocoferol
gordura
0,01 Sobre o teor de
310 Galato de propila
gordura
0,02 Sobre o teor de
319 Terc-butil-hidroquinona, tbhq
gordura
0,02 Sobre o teor de
320 Butil hidroxianisol, bha
gordura
0,01 Sobre o teor de
321 Butil hidroxitolueno, bht
gordura
0,01 Sobre o teor de
384 Citrato de isopropila (mistura)
gordura

Aromatizante
Todos os autorizados Quantum satis

Corante
100 I Curcumina, cúrcuma 0,015 (Como curcumina)
101 I Riboflavina Quantum satis
101 Ii Riboflavina 5'- fosfato de sódio Quantum satis
102 Tartrazina 0,015
110 Amarelo crepúsculo 0,01
120 Carmim/cochonilha/ácido carmínico 0,015
122 Azorrubina 0,01
123 Amaranto, bordeaux s 0,01
124 Ponceau 4 r 0,01
127 Eritrosina 0,005
129 Vermelho 40 0,015
131 Azul patente v 0,015

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
492 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
RESOLUÇÃO Nº 388, DE 5 DE AGOSTO DE 1999

Grupo 19 - sobremesas
Número Função / nome Limite máximo
132 Indigotina 0,015
133 Azul brilhante fcf 0,015
140 I Clorofila Quantum satis
140 Ii Clorofilina Quantum satis
141 I Clorofila cúprica Quantum satis
141 Ii Clorofilina cúprica Quantum satis
143 Verde rápido fcf 0,015
150 A Caramelo l - simples Quantum satis
Caramelo ii - processo sulfito
150 B Quantum satis
cáustico
150 C Caramelo iii - processo amônia Quantum satis
Caramelo iv - processo sulfito
150 D Quantum satis
amônia
160 A i Caroteno: beta - caroteno sintético Quantum satis
Carotenos naturais (alfa, beta e
160 A ii Quantum satis
gama)
160 B Urucum/bixina/norbixina 0,001 (Como bixina)
160 C Páprica/capsorubina/capsantina Quantum satis
160 E Beta-apo-8?Carotenal 0,015
Éster etílico ou metílico do ácido
160 F 0,015
beta-apo-8?Carotenóico
162 Vermelho de beterraba, betaina Quantum satis
163 I Antocianinas Quantum satis
171 Dióxido de titânio Quantum satis

Conservador
Todos os autorizados como bpf Quantum satis
200 Ácido sórbico 0,05
201 Sorbato de sódio 0,05 Como ácido sórbico
202 Sorbato de potássio 0,05 Como ácido sórbico
203 Sorbato de cálcio 0,05 Como ácido sórbico

Emulsificante
Todos os autorizados como bpf Quantum satis
Polioxietileno (20) monolaurato de
432 0,3
sorbitana
Polioxietileno (20) monooleato de
433 0,3
sorbitana
Polioxietileno (20) monopalmitato de
434 0,3
sorbitana
Polioxietileno (20) monoestearato de
435 0,3
sorbitana
Polioxietileno (20) triestearato de
436 0,3
sorbitana
473 Ésteres graxos de sacarose 0,5
Ésteres de ácidos graxos com
477 0,5
propileno glicol
481 I Estearoil-2-lactil lactato de sódio 0,5
482 Estearoil-2-lactil lactato de cálcio 0,5
491 Monoestearato de sorbitana 0,5
492 Triestearato de sorbitana 0,5
494 Monooleato de sorbitana 0,5
495 Monopalmitato de sorbitana 0,5

Espessante
Todos os autorizados como bpf Quantum satis

Estabilizante

493
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Grupo 19 - sobremesas
Número Função / nome Limite máximo
Todos os autorizados como bpf Quantum satis
Polioxietileno (20) monolaurato de
432 0,3
sorbitana
Polioxietileno (20) monooleato de
433 0,3
sorbitana
Polioxietileno (20) monopalmitato de
434 0,3
sorbitana
Polioxietileno (20) monoestearato de
435 0,3
sorbitana
Polioxietileno (20) triestearato de
436 0,3
sorbitana
Difosfato tetrassódico, pirofosfato
450 Iii 0,3 (Como p2o5)
tetrassódico
473 Ésteres graxos de sacarose 0,5
Ésteres de ácidos graxos com
477 0,5
propileno glicol
481 I Estearoil-2-lactil lactato de sódio 0,5
482 Estearoil-2-lactil lactato de cálcio 0,5
491 Monoestearato de sorbitana 0,5
492 Triestearato de sorbitana 0,5
494 Monooleato de sorbitana 0,5
495 Monopalmitato de sorbitana 0,5

Agente de firmeza
Todos os autorizados como bpf Quantum satis

Gelificante
Todos os autorizados como bpf Quantum satis
19.2.2. Pós para o preparo de outras sobremesas (com ou sem gelatina, com ou sem amidos,
com ou sem gelificantes)
Admitem-se as mesmas funções que para 19.1.1. E os aditivos para cada função, em
quantidades tais que o produto pronto para o consumo contenha no máximo os limites
estabelecidos para a categoria produto pronto. Admite-se também o uso de antiumectantes/
antiaglutinantes e umectantes, conforme indicado a seguir:

Antiumectante/antiaglutinante
Todos os autorizados como bpf Quantum satis
Fosfato tricálcico, fosfato tribásico de cálcio, ortofosfato
341 Iii 2,5
tricálcico
470 I Estearato de magnésio 2,0
Umectante
Todos os autorizados como bpf Quantum satis

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
494 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 234, DE 19 DE AGOSTO DE 2002

ADITIVOS UTILIZADOS SEGUNDO AS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E


SUAS FUNÇÕES

RESOLUÇÃO RDC Nº 234, DE 19 DE AGOSTO DE 2002


(Internalizou a GMC nº 38/01)

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária no uso da atribuição


que lhe confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto
3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o § 1º do Art. 111 do Regimento Interno aprovado
pela Portaria nº 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de dezembro
de 2000, em reunião realizada em 14 de agosto de 2002,
considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle
sanitário na área de alimentos visando a proteção à saúde da população;
considerando que é indispensável a adoção de procedimentos necessários para a
obtenção de alimentos inócuos, saudáveis e sãos;
considerando a necessidade de garantir a segurança de uso tecnológico de aditivos
alimentares na fabricação de alimentos;
considerando que antes de ser autorizado o uso de um aditivo em alimentos, este foi
submetido a uma adequada avaliação toxicológica, em que se levou em conta, entre
outros aspectos, qualquer efeito cumulativo, sinérgico e de proteção decorrente de
seu uso;
considerando que a necessidade tecnológica do uso de um aditivo deve ser justificada
sempre que proporcionar vantagens de ordem tecnológica e não quando estas
possam ser alcançadas por operações de fabricação mais adequadas ou por maiores
precauções de ordem higiênica ou operacional, conforme Regulamento Técnico:
Aditivos Alimentares - Definições, Classificação e Emprego;
considerando que estes aditivos constam da lista de aditivos permitidos pela
Comunidade Européia para uso em alimentos (Diretiva 98/72/EC e posteriores);
considerando que a lista de aditivos alimentares utilizados segundo as boas práticas
de fabricação reflete o consenso obtido no Mercosul;
considerando a importância de compatibilizar a legislação nacional, com base
nos instrumentos harmonizados no Mercosul relacionados a aditivos alimentares
(Resolução GMC nº 38/01) e considerando que esta legislação contempla uma lista
de aditivos com IDA (Ingestão Diária Aceitável) não especificada e com IDA numérica
estabelecidas pelo Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives - JECFA;
considerando que os aditivos presentes na Resolução que possuem IDA - “não
especificada”, o que significa que o uso está limitado à quantidade necessária para
atender às Boas Práticas de Fabricação (BPF), ou seja, quantidade suficiente para
obter o efeito tecnológico necessário,
considerando que na Resolução supra citada existem aditivos aos quais o
JECFA estabeleceu IDA numérica, ficando a internalização destes pendente de
complementação quanto à função, categoria de alimentos ou alimento específico e
estipulação de limite máximo de uso,
adota a seguinte Resolução e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação:

495
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Art. 1º Aprovar a tabela de aditivos para complementação do “REGULAMENTO


TÉCNICO SOBRE ADITIVOS UTILIZADOS SEGUNDO AS BOAS PRÁTICAS DE
FABRICAÇÃO E SUAS FUNÇÕES”, constante do Anexo desta Resolução.
Parágrafo único. Os aditivos constantes da tabela anexa só poderão ser utilizados
quando previstos nas categorias de alimentos, em legislação vigente.
Art. 2º O descumprimento desta Resolução constitui infração sanitária sujeitando
os infratores às penalidades da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais
disposições aplicáveis.
Art. 3º Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
GONZALO VECINA NETO

ANEXO

REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE ADITIVOS UTILIZADOS SEGUNDO AS BOAS


PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E SUAS FUNÇÕES
INS NOME DO ADITIVO FUNÇÃO
261 Acetato de potássio Regulador de acidez / conservador
262 I Acetato de sódio Regulador de acidez / conservador
Lactato de magnésio d,l- e lactato
329 Regulador de acidez melhorador de farinha
de magnésio l-
Citrato monopotássico; citrato
332 I Regulador de acidez / sequestrante estabilizante
diácido de potássio
333 Citrato tricálcico; citrato de cálcio Regulador de acidez / agente de firmeza / sequestrante
Malato ácido de sódio d,l- ; malato
350 I Regulador de acidez / umectante
monossódico d,l-
350 Ii Malato dissódico d,l- Regulador de acidez / umectante
Malato de cálcio d,l-; malato
352 Ii Regulador de acidez
monocálcico d,l-
365 Fumarato de sódio Regulador de acidez / realçador de sabor / acidulante
407 A Alga euchema processada (pes) Espessante / estabilizante gelificante
417 Goma tara Espessante / estabilizante
460 Ii Celulose em pó Antiumectante / emulsificante espessante / agente de corpo
462 Etilcelulose Emulsificante / espessante estabilizante / agente de corpo
464 Hidroxipropilmetilcelulose Emulsificante / espessante estabilizante
467 Etillhidroxietilcelulose Emulsificante / espessante estabilizante
500 Iii Sesquicarbonato de sódio Regulador de acidez
Bicarbonato de potássio, carbonato
501 Ii Regulador de acidez / fermento
ácido de potássio
Bicarbonato de magnésio, carbonato
504 Ii Regulador de acidez / antiumectante estabilizante de cor
ácido de magnésio
507 Ácido clorídrico Acidulante
508 Cloreto de potássio Gelificante
510 Cloreto de amônio Melhorador de farinha
511 Cloreto de magnésio Agente de firmeza / estabilizante de cor
556 Silicato de cálcio e alúminio Ant’iumectante
576 Gluconato de sódio Sequestrante
577 Gluconato de potássio Sequestrante
580 Gluconato de magnésio Regulador de acidez / agente de firmeza
634 5`-Ribonucleotideo de cálcio Realçador de sabor
635 5`-Ribonucleotideo dissódico Realçador de sabor
957 Taumatina Realçador de sabor / edulcorante
1202 Polivinilpirrolidona insolúvel Estabilizante / estabilizante de cor
1518 Triacetina, triacetato de glicerila Umectante

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
496 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 340, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2002

RISCOS ASSOCIADOS AO CONSUMO DE ALIMENTOS QUE CONTENHAM O


ADITIVO INS 102 CORANTE TARTRAZINA

RESOLUÇÃO RDC Nº 340, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2002.

O Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária no uso da atribuição


que lhe confere o inciso IV do art. 13 do Regulamento da ANVISA aprovado pelo
Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999,
considerando o disposto no Art. 7º, Capítulo II, da Lei n.º 9.782, de 26 de janeiro
de 1999, que trata da competência da ANVISA em estabelecer normas, propor,
acompanhar e executar as políticas, as diretrizes e as ações de vigilância sanitária
e, estabelecer normas e padrões sobre limites de contaminantes, resíduos tóxicos,
desinfetantes, metais pesados e outros que envolvam risco à saúde;
considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle
sanitário na área de alimentos, visando à saúde da população;
considerando que o corante tartrazina tem seu uso autorizado para alimentos como
balas, caramelos e similares, de grande consumo pela faixa infantil;
considerando que a substância em questão está permitida na legislação brasileira
como aditivo alimentar na função de corante;
considerando que o consumo do corante tartrazina pode provocar reações adversas
em pessoas sensíveis;
considerando que as reações adversas advindas do consumo de alimentos contendo
o corante tartrazina, não foram cientificamente comprovadas dentro de uma relação
de causa e efeito;
considerando a necessidade de adotar medidas para prevenir a população de riscos
associados ao consumo de alimentos que contenham o aditivo INS 102 corante
tartrazina (amarelo FDeC No. 5, Food Yellow 4, Acid Yellow 23);
considerando a urgência do assunto,
adoto, ad referendum, a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e determino a sua
publicação:
Art. 1º As empresas fabricantes de alimentos que contenham na sua composição o
corante tartrazina (INS 102) devem obrigatoriamente declarar na rotulagem, na lista
de ingredientes, o nome do corante tartrazina por extenso.
Art. 2º Conceder o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data de publicação
desta Resolução, para que as empresas adequem a rotulagem de seus produtos.
Art. 3º O descumprimento desta Resolução constitui infração sanitária sujeitando
os infratores às penalidades da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais
disposições aplicáveis.
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
GONZALO VECINA NETO

497
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

ESPECIFICAÇÕES SOBRE O SAL DE COZINHA (CLORETO DE SÓDIO) A USAR


EM ALIMENTOS

RESOLUÇÃO RDC Nº 130, DE 26 DE MAIO DE 2003

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 11, inciso IV, do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto
nº 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “b”, § 1º do Regimento
Interno aprovado pela Portaria nº 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no D.O.U.
de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 21 de maio de 2003,
considerando o disposto no art. 8º, § 1º , inciso II, da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro
de 1999;
considerando a necessidade de erradicação dos efeitos nocivos à saúde causados
pela deficiência do iodo;
considerando que o sal é internacionalmente reconhecido como efetivo agente de
suplementação de iodo;
considerando a recomendação constante do relatório de estudo desenvolvido no
Brasil, como parte integrante do Projeto Thyromobil na América Latina, o qual sugere
revisão da legislação que estabelece os teores de iodo para o sal destinado ao
consumo humano;
considerando a recomendação da Comissão Interinstitucional para o Controle dos
Distúrbios por Deficiência de Iodo e a deliberação da Secretaria de Políticas de Saúde
do Ministério da Saúde para revisão dos teores de iodo em sal destinado ao consumo
humano;
considerando a necessidade do setor produtivo de que o limite máximo do teor de iodo
exceda em três vezes o limite mínimo, face às características do beneficiamento do
sal principalmente no que se refere à etapa de iodação,
adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino
a sua publicação:
Art. 1º Somente será considerado próprio para consumo humano o sal que contiver
teor igual ou superior a 20 (vinte) miligramas até o limite máximo de 60 (sessenta)
miligramas de iodo por quilograma de produto.
Art. 2º Os produtos alimentícios industrializados podem utilizar sal sem adição de
iodo como ingrediente desde que seja comprovado que o iodo cause interferência.
As empresas responsáveis pela fabricação dos produtos alimentícios devem
manter à disposição do órgão de vigilância sanitária os estudos que comprovem a
interferência.
Art. 3º A inobservância ou desobediência ao disposto nesta Resolução configura
infração de natureza sanitária, sujeitando o infrator às penalidades previstas na Lei n°
6437, de 20 de agosto de 1977.
Art. 4º As empresas têm o prazo de 90 (noventa) dias, a contar da data de publicação
desta Resolução, para se adequarem.
Art. 5º Esta Resolução de Diretoria Colegiada entrará em vigor na data de sua

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
498 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 43, DE 1º DE MARÇO DE 2005

publicação, ficando revogada a Resolução-RDC nº 32, de 25 de fevereiro de 2003,


publicada no Diário Oficial da União em 26 de fevereiro de 2003.
CLÁUDIO MAIEROVITCH PESSANHA HENRIQUES

NOVA COMPLEMENTAÇÃO À LISTA DE ADITIVOS UTILIZADOS SEGUNDO AS


BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO

RESOLUÇÃO RDC Nº 43, DE 1º DE MARÇO DE 2005.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição


que lhe confere o Art.11, inciso IV do Regulamento da ANVISA, aprovado pelo Decreto
n°3.029, de 16 de abril de 1999, c/c do Art.111, inciso I, alínea ?b? 1º do Regimento
Interno aprovado pela Portaria nº. 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU
de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 23 de fevereiro de 2005,
considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle
sanitário na área de alimentos, visando à saúde da população;
considerando que é indispensável o estabelecimento de regulamentos técnicos
sobre aditivos alimentares em alimentos, com vistas a minimizar os riscos a saúde
humana;
considerando que o uso de aditivos deve ser limitado a alimentos específicos e ao
menor nível para alcançar o efeito desejado;
considerando a importância de compatibilizar a legislação nacional, com base nos
instrumentos harmonizados no Mercosul relacionados a aditivos alimentares utilizados
segundo as Boas Práticas de Fabricação e suas funções (Resolução GMC n°.86/96);
adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente determino
a sua publicação;
Art. 1° Aprovar a tabela de aditivos constante do Anexo desta Resolução, em
complementação à lista de aditivos utilizados segundo as Boas Práticas de Fabricação
autorizada pela Resolução n°.386, de 5 de agosto de 1999.
Art. 2° O descumprimento desta Resolução constitui infração sanitária sujeitando
os infratores as penalidades da Lei n°6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais
disposições aplicáveis;
Art. 3° Esta Resolução de Diretoria Colegiada entra em vigor na data de sua
publicação;
CLAUDIO MAIEROVITCH PESSANHA HENRIQUES

499
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

ANEXO
ADITIVOS ALIMENTARES SEGUNDO AS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E
SUAS FUNÇÕES
iNS FUNÇÃO/ ADITIVO

GLACEANTE

901 Cera de Abelha

902 Cera de Candelila

904 Goma Laca

REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE ADITIVOS AROMATIZANTES

RESOLUÇÃO RDC Nº 2, DE 15 DE JANEIRO DE 2007


(Internalizou a GMC nº. 10 de 2006).
** Revoga a Resolução nº. 104 de 14 de maio de 1999.

O Diretor - Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das


atribuições que lhe confere o Decreto de nomeação de 30 de junho de 2005 do
Presidente da República e tendo em vista o disposto no inciso III do art. 16 e no inciso
II, §§ 1° e 3º do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da
Portaria n° 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de
agosto de 2006,
considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle
sanitário na área de alimentos, visando à proteção da saúde da população;
considerando a necessidade de segurança de uso de aditivos alimentares na
fabricação de alimentos;
considerando que o uso de aditivos deve ser limitado a alimentos específicos, em
condições específicas e ao menor nível para alcançar o efeito desejado;
considerando que é necessário atualizar a regulamentação sobre o uso de aditivos
aromatizantes em alimentos;
considerando a importância de compatibilizar a legislação nacional com base no
instrumento harmonizado no Mercosul relacionado ao tema: Resolução GMC nº. 10
de 2006;
considerando que a harmonização dos Regulamentos Técnicos tende a eliminar os
obstáculos que geram as diferenças nas regulamentações nacionais vigentes, dando
cumprimento ao estabelecido no Tratado de Assunção;
considerando que este Regulamento Técnico contempla as solicitações dos Estados
Partes do Mercosul;
adoto, ad referendum, a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e determino a sua
publicação:

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
500 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 2, DE 15 DE JANEIRO DE 2007

Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico sobre Aditivos Aromatizantes”, que consta


como Anexo da presente Resolução.
Art. 2º O descumprimento desta Resolução constitui infração sanitária, sujeitando
os infratores às penalidades da Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977, e demais
disposições aplicáveis.
Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Resolução nº. 104 de
14 de maio de 1999.
Art. 4º Esta Resolução de Diretoria Colegiada entra em vigor na data de sua
publicação.
DIRCEU RAPOSO DE MELLO

ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE ADITIVOS AROMATIZANTES
1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Este Regulamento Técnico se aplica aos aditivos aromatizantes que são produzidos e
comercializados nos territórios dos Estados Partes do MERCOSUL, ao comércio entre
eles e às importações extrazona.
Excluem-se deste Regulamento Técnico:
a) As substâncias que conferem exclusivamente sabor doce, salgado ou ácido;
b) As substâncias e produtos alimentícios com propriedades odoríferas e ou sápidas
consumidas sem transformação, com ou sem reconstituição;
c) As matérias de origem vegetal ou animal que possuam propriedades aromatizantes
intrínsecas, quando não sejam utilizadas exclusivamente como fonte de aromas.
2 DEFINIÇÕES E CLASSIFICAÇÃO
2.1 Aromatizantes
São substâncias ou misturas de substâncias com propriedades odoríferas e ou
sápidas, capazes de conferir ou intensificar o aroma e ou sabor dos alimentos.
Para efeitos do presente Regulamento Técnico os aromatizantes classificam-se em
naturais ou sintéticos.
Consideram-se sinônimos os seguintes termos:
IDIOMA
Português Español
Aromatizante/ Saborizante
Aromatizante
Aromatizante/ Aroma
Sabor
Aroma
Aceite Esencial
Óleos Essenciais Esencia
Esencia Natural

2.2 Aromatizantes naturais


São os obtidos exclusivamente por métodos físicos, microbiológicos ou enzimáticos,

501
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

a partir de matérias-primas aromatizantes naturais. Entende-se por matérias-primas


aromatizantes naturais, os produtos de origem animal ou vegetal aceitáveis para
consumo humano, que contenham substâncias odoríferas e ou sápidas, seja em
seu estado natural ou após um tratamento adequado, como: torrefação, cocção,
fermentação, enriquecimento, tratamento enzimático ou outros.
Os aromatizantes naturais compreendem:
2.2.1 Óleos Essenciais
São produtos voláteis de origem vegetal obtidos por processo físico (destilação
por arraste com vapor de água, destilação a pressão reduzida ou outro método
adequado).
Os óleos essenciais podem se apresentar isoladamente ou misturados entre si,
retificados, desterpenados ou concentrados. Entende-se por retificados, os produtos
que tenham sido submetidos a um processo de destilação fracionada para concentrar
determinados componentes; por concentrados, os que tenham sido parcialmente
desterpenados; por desterpenados, aqueles dos quais tenha sido retirada a quase
totalidade dos terpenos.
2.2.2 Extratos
São produtos obtidos por esgotamento, a frio ou a quente, a partir de produtos de
origem animal, vegetal ou microbiana com solventes permitidos.
Devem conter os princípios sápidos aromáticos voláteis e fixos correspondentes ao
respectivo produto natural.
Podem apresentar-se como:
2.2.2.1 Extratos líquidos: obtidos sem a eliminação do solvente ou eliminando-o de
forma parcial.
2.2.2.2 Extratos secos: obtidos com a eliminação do solvente. São subdivididos em:
a) Concretos - quando procedem da extração de vegetais frescos;
b) Resinóides - quando procedem da extração de vegetais secos ou de bálsamos,
oleoresinas ou oleogomaresinas;
c) Purificados absolutos - quando procedem de extratos secos por dissolução em
etanol, esfriamento e filtração a frio, com eliminação posterior do etanol.
2.2.3 Bálsamos, oleoresinas ou oleogomaresinas
São os produtos obtidos mediante a exudação livre ou provocada de determinadas
espécies vegetais.
2.2.4 Substâncias aromatizantes naturais isoladas
São as substâncias quimicamente definidas obtidas por processos físicos,
microbiológicos ou enzimáticos, a partir de matérias-primas aromatizantes naturais
ou de aromatizantes naturais. Incluem-se os sais de substâncias naturais com os
seguintes cátions: H+ (hidrogênio), Na+ (sódio), K+ (potássio), Ca++ (cálcio) e Fe+++
(ferro), e ânions: Cl- (cloreto), SO4= (sulfato), CO3= (carbonato).
2.3 Aromatizantes sintéticos
São os compostos quimicamente definidos obtidos por processos químicos.
Os aromatizantes sintéticos compreendem:

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
502 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 2, DE 15 DE JANEIRO DE 2007

2.3.1 Aromatizantes idênticos ao natural


São as substâncias quimicamente definidas obtidas por síntese e aquelas isoladas
por processos químicos a partir de matérias-primas de origem animal, vegetal ou
microbiana que apresentam uma estrutura química idêntica às substâncias presentes
nas referidas matérias-primas naturais (processadas ou não). Incluem-se os sais de
substâncias idênticas às naturais com os seguintes cátions: H+ (hidrogênio), Na+
(sódio), K+ (potássio), Ca++ (cálcio) e Fe+++ (ferro), e ânions: Cl- (cloreto), SO4=
(sulfato), CO3= (carbonato).
2.3.2 Aromatizantes artificiais
São os compostos químicos obtidos por síntese, que ainda não tenham sido
identificados em produtos de origem animal, vegetal ou microbiana, utilizados em seu
estado primário ou preparados para o consumo humano.
2.4 Misturas de aromatizantes
Os aromatizantes podem apresentar-se misturados entre si, seja qual for o número de
componentes e tipo de aromatizantes.
O aromatizante resultante será considerado:
a) Natural, quando derivar da mistura de aromatizantes naturais;
b) Idêntico ao natural, quando derivar da mistura de aromatizantes idênticos aos
naturais com ou sem a adição de aromatizantes naturais;
c) Artificial, quando deriva da mistura em que pelo menos um deles é um aromatizante
artificial.
2.5 Aromatizantes de reação/ transformação
São produtos obtidos por aquecimento comparável ao cozimento de alimentos, a
partir de matérias primas que são alimentos ou ingredientes alimentares ou mistura de
ingredientes que possam ou não ter propriedades aromatizantes por si mesmos, sendo
que ao menos um contenha nitrogênio amínico e o outro seja um açúcar redutor.
2.5.1 Os aromatizantes de reação/ transformação são produzidos pelo processamento
conjunto das seguintes matérias-primas:
a) Fonte de nitrogênio protéico:
- Alimentos que contenham nitrogênio protéico (carnes, aves, ovos, produtos
lácteos, peixes, frutos do mar, cereais, produtos vegetais, frutas, leveduras) e seus
derivados;
- Hidrolisados dos produtos acima citados, leveduras autolisadas, peptídeos,
aminoácidos e ou seus sais.
b) Fonte de carboidratos:
- Alimentos contendo carboidratos (cereais, vegetais e frutas) e seus derivados;
- Mono, di e polissacarídeos (açúcares, dextrinas, amidos e gomas comestíveis);
- Hidrolisados dos produtos acima mencionados.
2.5.2 Pode haver a adição de uma ou mais das seguintes substâncias:
a) Fonte de lipídeos ou de ácidos graxos:
- Alimentos que contenham gorduras e óleos;

503
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

- Gorduras e óleos comestíveis de origem animal e vegetal;


- Gorduras e óleos hidrogenados, transesterificados e ou fracionados;
- Hidrolisados dos produtos acima mencionados.
b) Aromatizantes
c) Substâncias auxiliares:
- Ácido acético e seus sais de sódio, potássio, cálcio e amônio
- Ácido ascórbico e seus sais de sódio, potássio, cálcio, magnésio e amônio
- Ácido cítrico e seus sais de sódio, potássio, cálcio, magnésio e amônio
- Ácido clorídrico e seus sais de sódio, potássio, cálcio e amônio
- Ácido fosfórico e seus sais de sódio, potássio, cálcio e amônio
- Ácido fumárico e seus sais de sódio, potássio, cálcio e amônio
- Ácido guanílico e seus sais de sódio, potássio e cálcio
- Ácido inosínico e seus sais de sódio, potássio e cálcio
- Ácido lático e seus sais de sódio, potássio, cálcio, magnésio e amônio
- Ácido málico e seus sais de sódio, potássio, cálcio e amônio
- Ácido succínico e seus sais de sódio, potássio, cálcio e amônio
- Ácido sulfúrico e seus sais de sódio, potássio, cálcio e amônio
- Ácido tartárico e seus sais de sódio, potássio, cálcio e amônio
- Ácidos, bases e sais como reguladores do pH
- Água
- Ervas, especiarias e seus extratos
- Hidróxido de sódio, potássio, cálcio e amônio
- Inositol
- Lecitina
- Polimetilsiloxano como agente antiespumante (não intervém na reação)
- Sulfetos, hidrossulfetos e polissulfetos de sódio, potássio e amônio
- Tiamina e seu cloridrato
d) Outras substâncias permitidas na elaboração de aromatizantes listadas no item
6 deste Regulamento, que somente deverão ser adicionadas após o término do
processamento.
2.5.3 Condições de processamento:
a) A temperatura da mistura de reação não deve ultrapassar 180ºC;
b) O tempo não deve ultrapassar 15 minutos a 180º C, sendo o tempo proporcionalmente
mais longo em temperaturas inferiores;
c) O valor do pH não deverá ser superior a 8.
2.5.4 Os aromatizantes de reação/ transformação são classificados em:
a) Natural - quando obtidos exclusivamente a partir de matérias primas e ou
ingredientes naturais;

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
504 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 2, DE 15 DE JANEIRO DE 2007

b) Sintético - quando forem utilizados em sua preparação pelo menos uma matéria-
prima e ou ingrediente sintético.
2.6 Aromatizantes de fumaça
São preparações concentradas, utilizadas para conferir aroma de defumado aos
alimentos.
Os aromatizantes de fumaça são produzidos a partir de um ou mais dos seguintes
processamentos:
2.6.1 Submeter madeiras, cascas e galhos não tratados à combustão controlada; à
destilação seca a temperaturas compreendidas entre 300 e 800ºC; ou ao arraste com
vapor de água reaquecido à temperatura entre 300 e 500ºC, das seguintes espécies:
- Acer negundo L.
- Betula pendula Roth. (variedades ssp. B. alba L. e B. verrucosa Ehrh.)
- Betula pubescens Ehrh.
- Carpinus betulus L.
- Carya ovata (Mill.) Koch (C. alba L. Nutt.)
- Castanea sativa Mill.
- Eucalyptus sp.
- Fagus grandifolia Ehrh.
- Fagus sylvatica L.
- Fraxinus excelsior L.
- Juglans regia L.
- Malus pumila Mill.
- Prosopis juliflora DC., P. velutenia
- Prunus avium L.
- Quercus alba L.
- Quercus ilex L.
- Quercus robur L. (Q. pedunculata Ehrh.)
- Rhamnus frangula L.
- Robinia pseudoacacia L.
- Ulmus fulva Mich. Ulmus rubra Muhlenb.
2.6.1.1 Ervas aromáticas e especiarias podem também ser incorporadas, assim como
galhos, agulhas e frutos do Pinho.
2.6.1.2 Qualquer que seja o tratamento, as frações que têm as propriedades sápido-
aromáticas devem ser separadas por condensação fracionada.
2.6.2 Aplicar técnicas de separação das frações obtidas, após os procedimentos
enunciados no item 2.6.1, a fim de isolar os componentes aromáticos importantes.
2.6.3 Misturar substâncias aromáticas quimicamente definidas.
2.6.4 Classificar os aromas naturais ou sintéticos segundo a natureza de suas
matérias-primas e ou processos de elaboração, sendo aplicáveis, em função disto, as
definições e classificações previstas neste Regulamento.

505
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

3 DESIGNAÇÃO
3.1 Quando classificado em 2.2.1, 2.2.2 e 2.2.3, o aroma será designado como tal.
3.2 Quando classificado em 2.2.4, 2.3.1 e 2.3.2, o aroma será designado pelo nome
comum ou nome científico.
3.3 Quando classificado em 2.4 (a) o aroma será designado “aroma natural de ...”
3.4 Quando classificado em 2.4 (b) o aroma será designado “aroma idêntico ao natural
de ...”
3.5 Quando classificado em 2.4 (c) o aroma será designado “aroma artificial de ...”
3.6 Quando classificado em 2.5 o aroma de reação/ transformação será designado
“aroma natural de ...”, “aroma idêntico ao natural de ...”, “aroma artificial de ...”, de
acordo com os ingredientes utilizados.
3.7 Quando classificado em 2.6 o aroma de fumaça será designado “aroma natural
de fumaça”, “aroma idêntico ao natural de fumaça”, “aroma artificial de fumaça”, de
acordo com os ingredientes utilizados e ou processo de elaboração.
3.8 Quando os aromatizantes contemplados nos itens 3.3 a 3.6 tiverem sabor de
produto alimentício ou não tiverem sabor definido, os mesmos poderão ser designados
por nome fantasia ou outra denominação determinada pelo fabricante.
4 FORMAS DE APRESENTAÇÃO
Os aromatizantes podem apresentar-se sob as seguintes formas:
a) Sólida (pós, granulados, tabletes);
b) Líquida (soluções, emulsões);
c) Pastosa.
5 AROMATIZANTES AUTORIZADOS
5.1 Lista de Base
5.1.1 Lista de base ou de referência é a relação de todos os componentes aromatizantes
com uso aprovado, no mínimo, por uma das entidades: JECFA, UE (CoE), FDA ou
FEMA.
5.1.2 Bibliografia reconhecida
Os aromatizantes autorizados e as substâncias permitidas que se utilizem em sua
elaboração devem responder, pelo menos, aos requisitos de identidade e pureza e às
demais especificações que se determinem em relação aos alimentos em geral e ou
aromatizantes em particular, sendo reconhecidas como fontes bibliográficas:
CAS - “Chemical Abstracts Service”, American Chemical Society, Washington, D.C.
EFSA - European Food Safety Authority
FAO/WHO Codex Alimentarius Standards
Farmacopéia Nacional dos Estados Partes
FCC - “Food Chemical Codex”, National Academy Press, Washington, D.C.
FEMA - Flavor and Extract Manufacturers Association of America Expert Panel,
Washington D.C.
FENAROLI. “Handbook of Flavor Ingredients”, CRC Publishing Co., Boca Raton, FL.

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506 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 2, DE 15 DE JANEIRO DE 2007

IOFI - International Organization of the Flavor Industry, “Code of Practice of the Flavor
Industry”
JECFA. Summary of Evaluations Performed by Joint FAO/WHO Expert Committee on
Food Additives
Steffen Arctander. “Perfume and Flavor Chemicals”, 1994, Allured Publishing. Co,
USA
Steffen Arctander. “Perfume and Flavor Materials Natural Origin”,1994, Allured
Publishing. Co, USA
The Merck Index
TNO - Nutrition and Food Research Institute, The Netherlands, Volatile Compounds in
Food Qualitative and Quantitative - Data.
USA Code of Federal Regulation - CFR/ Food and Drug Administration - FDA
5.2 Espécies Botânicas de Origem Regional
5.2.1 Consideram-se compreendidas na lista de base as espécies botânicas de origem
regional, listadas a seguir, bem como seus princípios ativos aromatizantes, com as
limitações contidas nos itens 8 e 9.
a) Calafate (Michay) - Berberis buxifolia Lam, Berberis heterophylla Juss, Berberis
darwinii Hook.
b) Canchalagua - Centarium cachanlahuen (Moll) Robinson
c) Carqueja - Baccharis articulata (Lamarck) Pers. Baccharis crispa Sprengel
d) Incayuyo - Lippia integrifolia (Griseb) Hieron
e) Lucera - Pluchea sagittalis (Lamarck) Cabrera
f) Maqui - Aristotelia chilensis (Molina) Stuntnz (sinônimo: Aristotelia macqui L’Herit)
g) Marcela - Achyrocline satureioides (Lamarck) D.C.
h) Peperina - Minthostachsys mollis (H.B.) Gris
i) Poleo - Lippia turbinata Griseb
j) Vira-vira - Gnaphalium cheiranthifolium Lam
k) Salsaparrilla - Smilax campestris Gris
5.2.2 Critérios de atualização da lista das espécies botânicas de origem regional.
5.2.2.1 Para efeitos deste Regulamento, serão adotadas as seguintes categorias para
as espécies botânicas de origem regional:
N1 - Frutas e hortaliças, ou parte delas, consumidas como alimentos. Nestes casos, não
existem restrições sobre as partes utilizadas nas condições habituais de consumo.
N2 - Plantas e ou partes das mesmas, incluindo ervas, especiarias e condimentos
comumente adicionados ao alimento; em pequenas quantidades o uso destas é
considerado aceitável, com uma possível limitação de algum princípio ativo no produto
final.
N3 - Plantas e ou partes das mesmas que, devido à sua longa história de consumo
sem evidência de efeitos adversos agudos, são aceitas temporariamente para uso em
certas bebidas e alimentos, em sua forma tradicional. Nestes casos, as informações
disponíveis são insuficientes para determinar adequadamente sua potencial toxicidade

507
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

em longo prazo. O uso de certos aromatizantes desta categoria pode estar limitado
pela presença de um princípio ativo com restrição de limite no produto final.
N4 - Plantas e ou partes destas que são utilizadas atualmente como aromatizantes e
que não podem ser classificadas nas categorias N1, N2 ou N3 devido à informação
ser insuficiente.
5.2.2.2 Requisitos básicos de avaliação das espécies botânicas de origem regional:
a) N1 e N2 - são incorporadas à lista de base, sem nenhum requisito adicional.
b) N3 - são incorporadas temporariamente à lista de base, após avaliação de
segurança e aprovação da autoridade competente do Estado Parte, além de cumprir
os seguintes requisitos:
- Devem registrar longa história de uso na elaboração de bebidas e alimentos,
considerando nome(s) popular(es), parte da planta e sua maneira de preparo para
uso;
- Identificação botânica inequívoca da espécie e de suas variedades, com depósito de
exemplares em herbários de referência;
- O uso deve estar de acordo com a limitação de princípios ativos no produto final
previstos no item 8 da presente Resolução;
- O caráter temporário continuará até que se realizem os seguintes estudos de
avaliação que comprovem sua segurança, por meio de:
• Estudos farmacognósticos e fitoquímicos dos principais componentes, determinação
de princípios ativos tóxicos e metodologias de análise;
•Estudos toxicológicos de efeitos agudos e estudos de curto prazo que possam,
inclusive, indicar a necessidade de estudos a longo prazo para avaliação de efeitos
crônicos.
c) N4 - a incorporação na lista de base será aceita somente quando atender ao
disposto no item 5.1.1 e não será permitida sua utilização até que sejam obtidas as
informações sobre sua identidade e qualidade:
- Identificação botânica inequívoca da espécie e de suas variedades, com depósito de
exemplares em herbários de referência;
- Estudos farmacognósticos e fitoquímicos dos principais componentes, determinação
de princípios ativos tóxicos, metodologias de análise, estudos toxicológicos de efeitos
agudos e crônicos.

6 SUBSTÂNCIAS PERMITIDAS NA ELABORAÇÃO DE AROMATIZANTES


6.1 Diluentes e veículos
São utilizados para manter a uniformidade e a diluição necessárias para facilitar a
incorporação e dispersão de aromatizantes concentrados nos produtos alimentícios.
Alguns veículos podem ser utilizados para encapsular os aromatizantes com a
finalidade de protegê-los da evaporação e de possíveis alterações durante seu
armazenamento.
Ácido acético
Ácido algínico
Ácido lático

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Agar-agar
Álcool benzílico
Álcool etílico
Álcool isopropílico
Alginato de propilenoglicol
Alginatos de sódio, potássio, amônio e cálcio
Beta-ciclodextrina
Carbonato de cálcio
Carbonato de magnésio
Celulose microcristalina
Cera candelilla
Cera de abelhas
Cera de carnaúba
Citrato de trietila
Dextrina
Dextrose
Ésteres de ácidos graxos comestíveis de propilenoglicol
Ésteres de ácidos graxos comestíveis de sorbitana (monestearato de sorbitana, monolaurato de sorbitana,
monopalmitato de sorbitana)
Ésteres de sacarose de ácidos graxos saturados C6-C18
Éter monoetílico de dietilenoglicol
Etil celulose
Fosfato dissódico
Fosfato tricálcico
Frutose
Gelatina
Glicerina
Glucose
Goma adragante
Goma arábica
Goma caraia
Goma damar
Goma éster
Goma guar
Goma jataí (locusta)
Goma xantana
Lactato de etila
Lactose
Lecitinas
Maltodextrina
Manitol
Metilcelulose
Mono, di e triacetatos de glicerina
Mono, di e triortofosfatos de cálcio
Mono, di e triésteres de glicerila de ácidos graxos saturados C6-C18
Pectina
Polisorbatos 20/40/60/65/80
Propilenoglicol
Resina elemi
Sacarose
Sal sódico de carboximetilcelulose
Sílica (dióxido de silício, sílica gel)
Silicato de cálcio
Sorbitol
- Sucroglicerídeos
Tocoferóis (sintéticos e naturais)
Tributirina
Tripropanoato de glicerila
Xilitol
6.2 Antioxidantes

509
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

INS NOME
Todos os autorizados como BPF no MERCOSUL
304 Palmitato de ascorbila
305 Estearato de ascorbila
310 Galato de propila
314 Resina de guaico
319 Ter - butil - hidroquinona (TBHQ)
320 Butil hidroxianisol, BHA
321 Butil hidroxitolueno, BHT
338 Ácido fosfórico
384 Citrato de isopropila (mistura)

6.3 Antiespumantes
INS NOME
Todos os autorizados como BPF no MERCOSUL
900a Dimetilpolisiloxano, dimetilsilicone, polidimetilsiloxano

6.4 Seqüestrantes
INS NOME
Todos os autorizados como BPF no MERCOSUL
334 Ácido tartárico
385 Ácido etilenodiamino-tetracético e seus sais, mono, di
e trissódicos e seu sal cálcico dissódico
452i Hexametafosfato de sódio

6.5 Conservadores
INS NOME
Todos os autorizados como BPF no MERCOSUL
200 Ácido sórbico
201 Sorbato de sódio
202 Sorbato de potasio
203 Sorbato de cálcio
210 Ácido benzóico
211 Benzoato de sódio
212 Benzoato de potasio
213 Benzoato de cálcio
216 Para-hidroxibenzoato de propila, propilparabeno
218 Para-hidroxibenzoato de metila, metilparabeno
220 Dióxido de enxofre
221 Sulfito de sódio
222 Bissulfito de sódio
223 Metabissulfito de sódio
224 Metabissulfito de potasio
225 Sulfito de potasio
226 Sulfito de cálcio
227 Bissulfito de cálcio, sulfito ácido de cálcio
228 Bissulfito de potássio

6.6 Emulsificantes e estabilizantes


INS NOME
Todos os autorizados como BPF no MERCOSUL
444 Acetato isobutirato de sacarose
452 ii Polifosfato de potássio
452 iii Polifosfato de sódio e cálcio
472 e Ésteres de ácido diacetil tartárico e ácidos graxos com glicerol, ésteres de ácido
diacetil tartárico e mono e diglicerídeos
480 Dioctil sulfossuccinato de sódio
493 Monolaurato de sorbitana
494 Monooleato de sorbitana

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6.7 Reguladores de acidez


INS NOME
Todos os autorizados como BPF no MERCOSUL
261 Acetato de potássio
262i Acetato de sódio
262ii Diacetato de sódio, diacetato ácido de sódio
338 Ácido fosfórico
339i Fosfato monossódico
339ii Fosfato dissódico
340i Fosfato monopotássico
340ii Fosfato dipotássico

6.8 Realçadores de sabor


INS NOME
Todos autorizados como BPF no MERCOSUL

6.9 Antiumectantes/ antiaglutinantes


INS NOME
Todos os autorizados como BPF no MERCOSUL
341i Fosfatos monocálcico
341ii Fosfatos dicálcico
341iii Fosfatos tricálcico
470i Estearato de magnésio

6.10 Corantes
INS NOME
150 a Caramelo I
150 b Caramelo II
150 c Caramelo III
150 d Caramelo IV

6.11 Solventes de extração e processamento


Fica autorizado o uso dos seguintes solventes para a obtenção de extratos
naturais. A concentração de resíduos destes solventes no alimento pronto para
consumo não deve superar os valores indicados na tabela seguinte:
SOLVENTES DE EXTRAÇÃO CONCENTRAÇÃO MÁXIMA DE RESÍDUOS (mg/Kg)
Acetato de etila 10,0
Acetona 2,0
Butano 1,0
1-Butanol 1,0
Ciclohexano 1,0
Diclorometano 0,1
Dióxido de carbono Limite não especificado
Éter de petróleo 1,0
Éter dibutírico 2,0
Éter dietílico 2,0
Éter metil terc-butilíco 2,0
Etil metil cetona 1,0
Hexano 1,0
Isobutano 1,0
Metanol 10,0
Propano 1,0

511
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Tolueno 1,0
6.12 Os aromas podem conter produtos alimentícios.
.
7 ROTULAGEM
Na rotulagem de aromatizantes aplicam-se as disposições gerais estabelecidas no
Regulamento Técnico MERCOSUL para Rotulagem de Alimentos Embalados, e ainda
as seguintes disposições específicas:
7.1 A denominação do aromatizante será feita segundo o indicado no item 3.
7.2 A lista de ingredientes deve incluir todos os aditivos e ou os produtos alimentícios
empregados na elaboração dos aromas, seguindo as disposições gerais de declaração
de ingredientes estabelecidas nos Regulamentos Técnicos MERCOSUL.
Não será necessário declarar o nome de cada substância que compõe o aroma,
sendo suficiente designá-lo em conjunto com a palavra “aromatizante” ou “aroma”,
indicando sua classificação como natural, idêntico ao natural ou artificial, segundo
corresponda.
Quando tratar-se de mistura de aromas não será necessário que apareça o nome
de cada aroma presente na mistura. Poderá utilizar-se a expressão genérica aroma
juntamente com uma indicação da verdadeira natureza do aroma (item 2.4).
Para produtos destinados ao uso industrial as informações deverão constar nos
documentos comerciais ou nos rótulos dos mesmos.
7.3 Quando o aroma destina-se ao uso industrial, as instruções de uso e ou a quantidade
de aroma a utilizar poderão ser feitas por meio de documentos comerciais. Quando
houver restrição no limite de uso para algum componente do aroma no alimento, estas
informações deverão ser indicadas no rótulo.
8 RESTRIÇÕES
8.1 Concentração máxima permitida de determinadas substâncias quando presentes
nos produtos alimentícios em decorrência da utilização de aromatizantes.
decorrência da utilização de aromatizantes.

Substâncias Concentração Máxima (mg/Kg)


Alimentos Bebidas Exceções e ou restrições especiais
Ácido agárico (*) 20,0 20,0 100 mg/Kg nas bebidas alcoólicas e 100mg/Kg
nos produtos alimentares que contenham fungos

Aloína (*) 0,1 0,1 50 mg/Kg nas bebidas alcoólicas


Beta Azarona (*) 0,1 0,1 1 mg/Kg nas bebidas alcoólicas
Berberina (*) 0,1 0,1 10 mg/Kg nas bebidas alcoólicas
Cumarina (*) 2,0 2,0 10 mg/Kg para determinados tipos de doces com
caramelo
10 mg/Kg nas bebidas alcoólicas
Ácido 1,0 1,0 50 mg/Kg no torrão (nougat) marzipan
Cianhídrico (*) e seus sucedâneos ou produtos similares
elaborados com sementes

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ADITIVOS
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Substâncias Concentração Máxima (mg/Kg)


Alimentos Bebidas Exceções e ou restrições especiais
1mg/ % em volume de álcool nas bebidas
alcoólicas
5 mg/Kg nas conservas de frutas com caroço
Hipericina (*) 0,1 0,1 2 mg/Kg nas bebidas alcoólicas
1 mg/Kg em confeitos
Pulegona (*) 25,0 100,0 250 mg/Kg nas bebidas aromatizadas com
menta
350 mg/Kg em confeitos com menta
Quassina 5,0 5,0 10 mg/Kg nas pastilhas de confeitos 50 mg/Kg
nas bebidas alcoólicas
Safrol (*) 1,0 1,0 2 mg/Kg nas bebidas alcoólicas que contenham
até 25% de álcool em volume
5 mg/Kg nas bebidas alcoólicas que contenham
mais de 25% de álcool em volume
15 mg/Kg nos produtos alimentares que
contenham macis e noz-moscada
Santonina (*) 0,1 0,1 1 mg/Kg nas bebidas alcoólicas que contenham
mais de 25% de álcool em volume
Tuiona 0,5 0,5 5 mg/Kg nas bebidas alcoólicas que contenham
Alfa e Beta (*) até 25% de álcool em volume
10 mg/Kg nas bebidas alcoólicas que contenham
mais de 25% de álcool em volume
25 mg/Kg nos produtos alimentares que
contenham preparados a base de sálvia
35 mg/Kg nos amargos (aperitivos)
250 mg/Kg em recheio de sálvia
Quinina 0,1 85 40 mg/Kg nos caramelos digestivos para adultos
e nas cualhadas de frutas
300 mg/Kg nas bebidas alcoólicas
(*) Não deve ser adicionado como tal aos produtos alimentícios ou aos aromas. Pode
aparecer no produto alimentício no estado natural, logo após a adição de aromas
preparados a partir de matérias-primas naturais.
8.2 Os aromas de fumaça não devem transferir mais que 0,03 μg/Kg de 3,4-benzopireno
ao alimento final. Para efeito de controle analítico, este valor será determinado a partir
da concentração do 3,4-benzopireno presente no aroma de fumaça utilizado, e em
função da dose (quantidade) deste aplicada no alimento ou no produto pronto para o
consumo.
9 PROIBIÇÕES
9.1 É proibida a utilização dos seguintes aromas:
9.1.1 Óleos essenciais e extratos de: fava-tonca, sassafrás e sabina;
9.1.2 Compostos químicos isolados e de síntese cuja utilização contradiga estabelecido
o na tabela 8 - RESTRIÇÕES.
9.1.3 Os hidrocarbonetos e os compostos da série pirídica (exceto os incluídos na
“Lista de Base”), os nitroderivados, nitritos orgânicos e outros que expressamente
sejam determinados por um Regulamento Técnico MERCOSUL.
9.2 É proibido associar ao(s) aromatizantes(s) a menção de propriedade(s)
medicamentosa(s) e ou terapêutica(s) intrínseca(s) à(s) erva(s) utilizada(s) em sua
elaboração.

513
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

DISPÕE SOBRE O “REGULAMENTO TÉCNICO QUE AUTORIZA O USO DE


ADITIVOS EDULCORANTES EM ALIMENTOS, COM SEUS RESPECTIVOS
LIMITES MÁXIMOS”.

RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 18, DE 24 DE MARÇO


DE 2008

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição


que lhe confere o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3.029,
de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do
art. 54 do Regim3nto Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº 354 da
ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em
reunião realizada em 18 de março de 2008, e
considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle
sanitário na área de alimentos visando proteger a saúde da população;
considerando a necessidade de segurança de uso dos aditivos na fabricação de
alimentos;
considerando que o emprego dos amitivos deve ser limitado a alimentos específicos,
em condições específicas e ao menor nível para alcançar o efeito desejado;
considerando que os aditivos foram avaliados pelo Joint FAO/WHO Expert Committee
on Food Additives - JECFA;
considerando que os mesmos constam da Lista Geral Harmonizada de Aditivos do
Mercosul - Resolução GMC nº. 11/2006;
considerando as referências do Codex Alimentarius e da União Européia para os usos
p/opostos;
considerando que a ingestão dos aditivos, em seus limites máximos de uso, não deve
ultrapassar os valores da Ingestão Diária Aceitável - IDA;
considerando que é necessário revisar a legislação que autoriza o uso de aditivos
edulcorantes em alimentos;
considerando que a regulamentação de uso dos aditivos edulcorantes em alimentos
deve estar em consonância com a Política Nacional de Alimentação e Nutritão;
adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino
a sua publicação:
Art. 1º Aprovar o “Regulamento Técnico que autoriza o uso de aditivos edulcorantes
em alimentos, com seus respectivos limites máximos”, constante do Anexo desta
Resolução.
Parágrafo único. Os limites máximos de uso dos aditivos estabelecidos no Anexo
referem-se a 100g ou 100mL do alimento pronto para onsumo.
Art. 2º As empresas têm o prazo de 03 (três) anos a contar da data da publicação
deste Regulamento para adequarem seus produtos.
Art. 3º O descumprimento desta Resolução constitui infração sanitária sujeitando
os infratores às penalidades da Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977, e demais
disposições aplicáveis.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
514 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 18, DE 24 DE MARÇO DE 2008

Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Portaria SVS/MS nº.


14 de 26 de janeiro de 1988 (exceto oc seus itens 4 e 5) e a Resolução RDC nº. 3 de
2 de janeiro de 2001.
Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
DIRCEU RAPOSO DE MELLO

ANEXO

ATRIBUIÇÃO DE ADITIVOS EDULCORANTES PARA ALIMENTOS E SEUS


RESPECTIVOS LIMITES MÁXIMOS DE USO

LIMITE MÁXIMO
INS ADITIVO ALIMENTO
G/100G OU G/100ML
Alimentos e bebidas para controle de
quantum satis
peso
Alimentos e bebidas para dietas com
quantum satis
Sorbitol, xarope de sorbitol, ingestão controlada de açúcares
420
D-sorbita Alamentos e bebidas para dietas com
quantum satis
restrição de açúcares
Alimentos e bebidas com informação
quantum satis
nutricional complementar
Alimentos e bebidas para controle de
quantum satis
peso
Alimentos e bebidas para dietas com
quantum satis
ingestão controlada de açúcares
421 Manitol Alimentos e bebidas para dietas com
quantum satis
restrição de açúcares
Alimentos e bebidas com informação
quantum satis
nutricional complemtntar
Alimentos e bebidas para controle de
0,035
peso
Alimentos e bebidas para dietas com
0,035
ingestão controlada de açúcares
950 Acesulfame de potássio Alimentos e bebidas para dietas com
0,035
restrição de açúcares
Alimentos e bebidas com informação nutricional complementar
Com substituição total de açúcares 0,035 (1)
Com substituição parcial de açúcares 0,026
Alimentos e bebidas para controle de
0,075
peso
Alimentos e bebidas para dietas com
0,075
ingestão controlada de açúcares
Alimentos e bebidas para dietas com
951 Aspartame 0,075
restrição de açúcares
Alimentos e bebidas com informação nutricional complementar
Com substituição total de açúcares 0,075 (2)
Com substituição parcial de açúcares 0,056

515
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

LIMITE MÁXIMO
INS ADITIVO ALIMENTO
G/100G OU G/100ML
Alimentos e bebidas para controle de
0,04
peso
Alimentos e bebidas para dietas com
0,04
ingestão contrilada de açúcares
Ácido ciclâmico e seus sais
952 Alimentos e bebidas para dietas com
de cálcio, potássio e sódio 0,04 (3)
restrição de açúcares
Alimentos e bebidas com informação nutricional complementar
Com substituição total de açúcares 0,04 (3)
Com substituição parcial de açúcares 0,03 (4)
Alimentos e bebidas para controle de
quantum satis
peso
Alimentos e bebidas para dietas com
quantum satis
ingestão controlada de açúcares
953 Isomalt (isomaltitol)
Alimentos e bebidas para dietas com
quantum satis
reatrição de açúcares

Alimentos e bebidas com informação


quantum satis
nutricional complementar
Alimentos e bebidas para controle de
0,015
peso
Alimentos e bebidas para dietas com
0,015
ingestão controlada de açúcares
Sacarina e seus sais Alimentos e bebidas para dietas com
954 0,015
de cálcio, potássio e sódio restrição de açúcares
Alimentos e bebidas com informação nutricional complementar
Com substituição total oe açúcares 0,015 (5)
Com substituição parcial de açúcares 0,01
Alimentos para controle de peso 0,04
Bebidas não alcoólicas gaseificadas e
0,025
não gaseificadas para controle de peso
Alimentos para dietas com ingestão
0,04
controlada de açúcares
Bebidas não alcoólicas gaseificadas
e não gaseificadas para dietas com 0,025
ingestão controlada de açúcares
Alimentos para dietas com restrição de
0,04
açúcares
955 Sucralose Bebidas não alcoólicas gaseificadas
e fão gaseificadas para dietas com 0,025
restrição de açúcares
Alimentos com informação nutricional complementar
Com substituição total de açúcares 0,04 (6)
Com substituição parcial de açúcares 0,03
Bebidas não alcoólicas gaseificadas e não gaseificadas com
informação nutricional complementar
Com substituição total de açúcares 0,025

Com substituição parcial de açúcares 0,02

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
516 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 18, DE 24 DE MARÇO DE 2008

LIMITE MÁXIMO
INS ADITIVO ALIMENTO
G/100G OU G/100ML
Alimentos e bebidas para controle de
quantum sutis
peso
Alimentos e bebidas para dietas com
quantum satis
ingestão controlada de açúcares
Alimentos e bebidas para dietas com
quantum satis
957 Taumatina restrição de açúcares

Alimentos e bebidas com informação


quantum satis
nutricional complementar

Alimentos e bebidas para controle de


0,06
peso
Alimentos e bebidas para dietas com
0,06
ingestão controlada de açúcares
Alimentos e bebidas para dieeas com
0,06
restrição de açúcares
960 Glicosídeos de esteviol Alimentos e bebidas com informação
nutricional complementar
Com substituição total de açúcares 0,06 (7)

Com substituição parcial de açúcares 0,045

Alimentos e bebidas para controle de


0,0033
peso
Alimentos e bebidas para dietas com
0,0065
ingestão controlada de açúcares
Alimentos e bebidas para dietas com
0,0065
restrição de açúcares
961 Neotame Alimentos e bebidas com informação nutricional complmmentar
Com substituição total de açúcares 0,0065 (8)

Com substituição parcial de açúcares 0,0049

Alimentos e bebidas para controle de


quantum satis
peso
Alimentos e bebidas para dietas com
quantum satis
ingestão controlada de açúcares
Alimentos e bebidas para dietas com
quantum satis
restrição de açúcares
965 Maltitol, xarope de maltitol

Alimentos e bebidas com informação


quantum satis
nutricional complementar

517
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

LIMITE MÁXIMO
INS ADITIVO ALIMENTO
G/100G OU G/100ML
Alimantos e bebidas para controle de
quantum satis
peso
Alimentos e bebidas para dietas com
quantum satis
ingestão controlada de açúcares
966 Lactitol
Alimentos e bebidas para dietas com
quantum satis
restrição de açúcares
Alimentos e bebidas com informação
quantum satis
nutricional complementar
Alimentos e bebidas para controle de
quantum satis
peso
Alimentos e bebidas para dietas com
quantum satis
ingestão controlada de açúcanes
967 Xilitol
Alimentos e bebidas para dietas com
quantum satis
restrição de açúcares
Alimentos e bebidas com informação
quantum satis
nutricional complementar
Alimentos e bebidas para controle de
quantum satis
peso
Alimentos e bebidas para dietas com
quantum satis
ingestão controlada de açúcares
Alimentos e bebidas para dietas com
968 Eritritol quantum satis
restrição de açúcares
Alimentos e bebidas combinformação
quantum satis
nutricional complementar
Alimentos e bebidas com reduzido teor
quantum satis
de açúcares

Exceto para gomas de mascar e micro pastilhas de sabor intenso, com limites máximos
de 0,5 g/100g e de 0,25 g/100g, respectivamente.
Exceto para gomas de mascar e micro pastilhas de sabor intenso, com limites máximos
de 1,0 g/100g e de 0,6 g/100g, respectivamente.
Exceto para bebidas não alcoólicas gaseificadas s não gaseificadas, com limite
máximo de 0,075 g/100mL.
Exceto para bebidas não alcoólicas gaseificadas e não gaseificadas, com limite
máximo de 0,056 g/100mL.
Exceto para gomas de mascar com limite máximo de 0,12 g/100g.
Exceto para gomas de mascar e micro pastilhas de sabor intenso, com limites máximos
de 0,3 g/100g e de 0,24 g/100g, respectivamente.
Exceto para gomas de mascar, com limite máximo de 0,24 g/100g.
Exceto para gomas de mascar e micro ptstilhas de sabor intenso, ambos com limite
máximo de 0,1 g/100g.
Restrições:
Os edulcorantes somente devem ser utilizados nos alimentos em que se faz necessária
a substituição parcial ou total do açúcar, a fim de atender o Regulamento Técnico que
dispõe sobre as categorias de alimentos e bebidas a seguir:
para controle de peso;
para dietas com ingestão controlada de açúcares;

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
518 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ADITIVOS
RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 18, DE 24 DE MARÇO DE 2008

para dietas com restrição de açtcares;


com informação nutricional complementar, referente aos atributos “não contém
açúcares”, “sem adição de açúcares”, “baixo em açúcares” ou “reduzido em açúcares”
ou, ainda, referente aos atributos “baixo em valor energético” ou “reduzido em valor
energético”, quando é feita a substituição parcial ou total do açúcar.
Em atendimento a Regulamentos Técnicos específicos:
a) Todos os alimentos e as bebidas contendo polióis deverão obedecer aoe requisitos
de rotulagem referentes a efeitos laxativos.
b) Todos os alimentos e as bebidas contendo aspartame deverão obedecer aos
requisitos de rotulagem referentes à presença do aminoácido fenilalanina, como
informação necessária ao grupo populacional de fenilcetonúricos.
Retificação:

Publicado no , de 14 de abril de 2008. ONDE SE LÊ:Exceto para gomas de mascar e


micro pastilhas de sabor intenso, com limites máximos de 0,5g/100g e de 0,25g/100g,
respectivamente.Exceto para gomas de mascar e micro pastilhas de sabor intenso,
com limites máximos de 1,0g/100g e de 0,6g/100g, respectivamente. Exceto para
bebidas não alcoólicas gaseificadas e não gaseificadas, com limite máximo de
0,075g/100mL.Exceto para bebidas não alcoólicas gaseificadas e não gaseificadas,
com limite máximo de 0,056g/100mL.Exceto para gomas de mascar com limite máximo
de 0,12g/100g.Exceto para gomas de mascar e micro pastilhas de sabor intenso,
com limites máximos de 0,3g/100g e de 0,24g/100g, respectivamente.Exceto para
gomas de mascar, com limite máximo de 0,24g/100g.Exceto para gomas de mascar
e micro pastilhas de sabor intenso, ambos com limite máximo de 0,1g/100g.LEIA-
SE:(1) Exceto para gomas de mascar e micro pastilhas de sabor intenso, com limites
máximos de 0,5g/100g e de 0,25g/100g, respectivamente.(2) Exceto para gomas de
mascar e micro pastilhas de sabor intenso, com limites máximos de 1,0g/100g e de
0,6g/100g, respectivamente.(3) Exceto para bebidas não alcoólicas gaseificadas e
não gaseificadas, com limite máximo de 0,075g/100mL.(4) Exceto para bebidas não
alcoólicas gaseificadas e não gaseificadas, com limite máximo de 0,056g/100mL.(5)
Exceto para gomas de mascar com limite máximo de 0,12g/100g.(6) Exceto para gomas
de mascar e micro pastilhas de sabor intenso, com limites máximos de 0,3g/100g e de
0,24g/100g, respectivamente.(7) Exceto para gomas de mascar, com limite máximo
de 0,24g/100g.(8) Exceto para gomas de mascar e micro pastilhas de sabor intenso,
ambos com limite máximo de 0,1g/100g.ONDE SE LÊ:Restrições:Os edulcorantes
somente devem ser utilizados nos alimentos em que se faz necessária a substituição
parcial ou total do açúcar, a fim de atender o Regulamento Técnico que dispõe sobre
as categorias de alimentos e bebidas a seguir:para controle de peso;para dietas
com ingestão controlada de açúcares;para dietas com restrição de açúcares;com
informação nutricional complementar, referente aos atributos “não contém açúcares”,
“sem adição de açúcares”, “baixo em açúcares” ou “reduzido em açúcares” ou,
ainda, referente aos atributos “baixo em valor energético” ou “reduzido em valor
energético”, quando é feita a substituição parcial ou total do açúcar. Em atendimento
a Regulamentos Técnicos específicos:a) Todos os alimentos e as bebidas contendo
polióis deverão obedecer aos requisitos de rotulagem referentes a efeitos laxativos.b)

519
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Todos os alimentos e as bebidas contendo aspartame deverão obedecer aos requisitos


de rotulagem referentes à presença do aminoácido fenilalanina, como informação
necessária ao grupo populacional de fenilcetonúricos.LEIA-SE:Restrições:1. Os
edulcorantes somente devem ser utilizados nos alimentos em que se faz necessária
a substituição parcial ou total do açúcar, a fim de atender o Regulamento Técnico
que dispõe sobre as categorias de alimentos e bebidas a seguir:- para controle de
peso;- para dietas com ingestão controlada de açúcares;- para dietas com restrição
de açúcares;- com informação nutricional complementar, referente aos atributos “não
contém açúcares”, “sem adição de açúcares”, “baixo em açúcares” ou “reduzido em
açúcares” ou, ainda, referente aos atributos “baixo em valor energético” ou “reduzido
em valor energético”, quando é feita a substituição parcial ou total do açúcar. 2. Em
atendimento a Regulamentos Técnicos específicos:a) Todos os alimentos e as bebidas
contendo polióis deverão obedecer aos requisitos de rotulagem referentes a efeitos
laxativos.b) Todos os alimentos e as bebidas contendo aspartame deverão obedecer
aos requisitos de rotulagem referentes à presença do aminoácido fenilalanina, como
informação necessária ao grupo populacional de fenilcetonúricos.3. Os glicosídeos de
esteviol devem atender às especificações de pureza estabelecidas pelo Joint FAO/
WHO Expert Committee on Food Additives - JECFA.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
520 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
Capítulo 12

ANÁLISE E COMPROVAÇÃO DE
PROPRIEDADES FUNCIONAIS
E OU DE SAÚDE

Patrocinadores

ABLV
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
522 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ANÁLISE E COMPROVAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE
RESOLUÇÃO Nº 18, DE 30 DE ABRIL DE 1999

DIRETRIZES BÁSICAS PARA ANÁLISE E COMPROVAÇÃO DE PROPRIEDADES


FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE ALEGADAS EM ROTULAGEM DE ALIMENTOS

RESOLUÇÃO Nº 18, DE 30 DE ABRIL DE 1999

Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso de suas


atribuições legais, considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento
das ações de controle sanitário na área de alimentos visando a proteção à saúde
da população e a necessidade de estabelecer as DIRETRIZES BÁSICAS PARA
ANÁLISE E COMPROVAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE
ALEGADAS EM ROTULAGEM DE ALIMENTOS, e considerando:
que diversas forças motivadoras em todo o mundo têm fortalecido o interesse no uso
da alimentação como determinante importante da saúde;
que o consenso da relação estreita entre alimentação-saúde-doença, novos
conceitos sobre as necessidades de nutrientes em estados fisiológicos especiais,
efeitos benéficos de outros compostos não nutrientes, fatores ligados à urbanização,
aumento da expectativa de vida, são fatores que vêm estimulando a produção de
novos alimentos;
que há muitos aspectos positivos demonstrados por pesquisas científicas motivando
o uso correto da alimentação e a produção de alimentos específicos na manutenção
da saúde;
que freqüentemente o consumidor é confundido com uma nomenclatura e alegações
(“claims”) de propriedades não demonstradas cientificamente;
a tendência do Codex Alimentarius e de vários países de disciplinar as alegações
sobre as propriedades funcionais dos alimentos ou de seus componentes, como
também a segurança de uso com base em evidências científicas;
que os princípios gerais do Regulamento Técnico para Rotulagem de Alimentos
Embalados já estabelecem que :
a) não se pode apresentar no rótulo atributos de efeitos ou propriedades que não
possam ser demonstrados;
b) é proibida a indicação de que o alimento possui propriedades medicinais ou
terapêuticas, resolve:
Art. 1º Aprovar o REGULAMENTO TÉCNICO QUE ESTABELECE AS DIRETRIZES
BÁSICAS PARA ANÁLISE E COMPROVAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E
OU DE SAÚDE ALEGADAS EM ROTULAGEM DE ALIMENTOS, constante do anexo
desta Portaria.
Art. 2º O descumprimento aos termos desta Portaria constitui infração sanitária sujeita
aos dispositivos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, e demais disposições
aplicáveis.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as
disposições em contrário.
GONZALO VECINA NETO

523
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO QUE ESTABELECE AS DIRETRIZES BÁSICAS PARA
ANÁLISE E COMPROVAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE
ALEGADAS EM ROTULAGEM DE ALIMENTOS

1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO.
O presente regulamento se aplica às alegações de propriedades funcionais e ou de
saúde de alimentos e ingredientes para consumo humano, veiculadas nos rótulos
de produtos elaborados, embalados e comercializados prontos para a oferta ao
consumidor.
Este regulamento se aplica sem prejuízo das demais disposições das legislações de
rotulagem de alimentos.
2. DEFINIÇÃO.
Para efeito deste regulamento, considera-se:
2.1. ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADE FUNCIONAL: é aquela relativa ao papel
metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento,
desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano.
2.2. ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADE DE SAÚDE: é aquela que afirma, sugere
ou implica a existência de relação entre o alimento ou ingrediente com doença ou
condição relacionada à saúde.
3. DIRETRIZES PARA UTILIZAÇÃO DA ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES
FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE.
3.1. A alegação de propriedades funcionais e ou de saúde é permitida em caráter
opcional.
3.2. O alimento ou ingrediente que alegar propriedades funcionais ou de saúde pode,
além de funções nutricionais básicas, quando se tratar de nutriente, produzir efeitos
metabólicos e ou fisiológicos e ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para
consumo sem supervisão médica.
3.3. São permitidas alegações de função e ou conteúdo para nutrientes e não
nutrientes, podendo ser aceitas aquelas que descrevem o papel fisiológico do nutriente
ou não nutriente no crescimento, desenvolvimento e funções normais do organismo,
mediante demonstração da eficácia. Para os nutrientes com funções plenamente
reconhecidas pela comunidade científica não será necessária a demonstração de
eficácia ou análise da mesma para alegação funcional na rotulagem.
3.4. No caso de uma nova propriedade funcional, há necessidade de comprovação
científica da alegação de propriedades funcionais e ou de saúde e da segurança
de uso, segundo as Diretrizes Básicas para Avaliação de Risco e Segurança dos
Alimentos.
3.5. As alegações podem fazer referências à manutenção geral da saúde, ao papel
fisiológico dos nutrientes e não nutrientes e à redução de risco a doenças. Não
são permitidas alegações de saúde que façam referência à cura ou prevenção de
doenças.
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
524 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ANÁLISE E COMPROVAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE
RESOLUÇÃO Nº 18, DE 30 DE ABRIL DE 1999

3.1. FAO/WHO, Codex Alimentarius, CAC/GL 23-1997, Guidelines for the Use of
Nutrition Claims.
3.2. FAO/WHO Codex Alimentarius, ALINORM 97/22, Appendix II.
3.3. FAO/WHO Codex Alimentarius, ALINORM 99/22, Appendix X.
4. COMPROVAÇÃO DA ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS OU DE
SAÚDE.
4.1. A comprovação da alegação de propriedades funcionais e ou de saúde de
alimentos e ou de ingredientes, deve ser conduzida com base em:
consumo previsto ou recomendado pelo fabricante;
finalidade, condições de uso e valor nutricional, quando for o caso;
evidência(s) científica(s) descrita(s) no item 4.2..
4.2. Evidências científicas aplicáveis, conforme o caso, à comprovação da alegação
de propriedade funcional e ou de saúde:
composição química com caracterização molecular, quando for o caso, e ou formulação
do produto;
ensaios bioquímicos;
ensaios nutricionais e ou fisiológicos e ou toxicológicos em animais de
experimentação;
estudos epidemiológicos;
ensaios clínicos;
evidências abrangentes da literatura científica, organismos internacionais de saúde
e legislação internacionalmente reconhecida sobre as propriedades e características
do produto;
comprovação de uso tradicional, observado na população, sem associação de danos
à saúde.
4.3. Informações documentadas sobre aprovação de uso do alimento ou ingrediente
em outros países, blocos econômicos, Codex Alimentarius e outros organismos
internacionalmente reconhecidos.
5. DISPOSIÇÕES GERAIS.
Embora já se conheçam metodologias de avaliação de risco para comprovar a
segurança de alimentos e ingredientes, podem ocorrer situações não previstas. Desta
forma, a avaliação das alegações de propriedade funcional e ou de saúde deve ser
gerenciada, caso a caso, por uma Comissão de Assessoramento Técnicocientífica em
Alimentos Funcionais e novos Alimentos instituída por portaria específica, com base
em conhecimentos científicos atuais, levando-se em conta a natureza do material sob
exame.

525
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

REGULAMENTO DE PROCEDIMENTOS PARA REGISTRO DE ALIMENTO


COM ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE EM SUA
ROTULAGEM

RESOLUÇÃO Nº 19, DE 30 DE ABRIL DE 1999

Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso de suas


atribuições legais, considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das
ações de controle sanitário na área de alimentos visando a proteção à saúde da
população e a necessidade de estabelecer REGULAMENTO DE PROCEDIMENTOS
PARA REGISTRO DE ALIMENTO COM ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES
FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE EM SUA ROTULAGEM, e considerando:
que o registro na área de alimentos é um procedimento legal e obrigatório segundo o
Decreto-Lei N° 986/69;
as Diretrizes Básicas para Avaliação de Risco e Segurança dos Alimentos;
as Diretrizes Básicas para Análise e Comprovação de Propriedades Funcionais e ou
de Saúde alegadas em Rotulagem de Alimentos, resolve:
Art. 1º Aprovar o REGULAMENTO TÉCNICO DE PROCEDIMENTOS PARA
REGISTRO DE ALIMENTO COM ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E
OU DE SAÚDE EM SUA ROTULAGEM.
Art. 2º O descumprimento aos termos desta Portaria constitui infração sanitária sujeita
aos dispositivos da Lei n.º 6.437, de 20 de agosto de 1977, e demais disposições
aplicáveis.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as
disposições em contrário.
GONZALO VECINA NETO
ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO DE PROCEDIMENTOS PARA REGISTRO DE ALIMENTO
COM ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE EM SUA
ROTULAGEM.
1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO.
O presente regulamento se aplica aos procedimentos para registro de alimentos com
alegação de propriedades funcionais e ou de saúde na rotulagem, sem prejuízo das
demais disposições regulamentares de registro dos alimentos.
2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
2.1. FAO/WHO Codex Alimentarius, ALINORM 97/22, Appendix II.
2.2. FAO/WHO Codex Alimentarius, ALINORM 99/22, Appendix X.
2.3 Code of Practice assessing the scientific evidence for Health Benefits stated in
Health Claims on food and drink 1998, Voedingscentrum Informatie, Nutrition Centre,
The Netherlands.
2.4 Guidance for Industry, Notification of a Health Claim or Nutrient Content Claim based
on a Authoritative Statement of a Scientific Body, US Food and Drug Administration,

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
526 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ANÁLISE E COMPROVAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE
RESOLUÇÃO Nº 19, DE 30 DE ABRIL DE 1999

Center for Food Safety and Applied Nutrition, Office of Food Labelling, June 11, 1998.
2.5. FAO/WHO, Codex Alimentarius, CAC/GL 23-1997, Guidelines for Use of Nutrition
Claims.
3. DEFINIÇÃO.
3.1. ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADE FUNCIONAL: é aquela relativa ao papel
metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento,
desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano.
3.2. ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADE DE SAÚDE: é aquela que afirma, sugere
ou implica a existência da relação entre o alimento ou ingrediente com doença ou
condição relacionada à saúde.
4. DOCUMENTAÇÃO.
Para efeito deste regulamento, o interessado deve apresentar além dos documentos
exigidos conforme legislação específica, a seguinte documentação:
4.1. REGISTRO DE ALIMENTOS COM ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES
FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE EM SUA ROTULAGEM.
4.1.1. Relatório Técnico Científico contendo as seguintes informações:
4.1.1.1. denominação do produto;
4.1.1.2. finalidade de uso;
4.1.1.3. recomendação de consumo indicada pelo fabricante;
4.1.1.4. descrição científica dos ingredientes do produto, segundo espécie de origem
botânica, animal ou mineral, quando for o caso;
4.1.1.5. composição química com caracterização molecular, quando for o caso, e ou
formulação do produto;
4.1.1.6. descrição da metodologia analítica para avaliação dos componentes objeto
da alegação;
4.1.1.7. texto e cópia do leiaute dos dizeres de rotulagem do produto de acordo
com os regulamentos de rotulagem e as DIRETRIZES BÁSICAS PARA ANÁLISE E
COMPROVAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE ALEGADAS
EM ROTULAGEM DE ALIMENTOS;
4.1.1.8. qualquer informação ou propriedade funcional ou de saúde de um alimento ou
ingrediente veiculada, por qualquer meio de comunicação, não poderá ser diferente
em seu significado daquela aprovada para constar em sua rotulagem.
4.1.1.9. evidências científicas aplicáveis, conforme o caso, à comprovação da alegação
de propriedade funcional e ou de saúde:
. ensaios nutricionais e ou fisiológicos e ou toxicológicos em animais de
experimentação;
. ensaios bioquímicos;
. estudos epidemiológicos;
. ensaios clínicos;
. comprovação de uso tradicional, observado na população, sem danos à saúde;
. evidências abrangentes da literatura científica, organismos internacionais de saúde

527
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

e legislação internacionalmente reconhecida sobre as propriedades e características


do produto.
NOTA: no caso de registro de alimento e ou novo ingrediente com alegação de
propriedades funcionais e ou de saúde em sua rotulagem, havendo interesse, a
empresa pode solicitar em um único processo o registro para alimento e ou novo
ingrediente e o registro de alimentos com alegação de propriedades funcionais e ou
de saúde em sua rotulagem.
4.2. ALIMENTOS QUE JÁ POSSUEM REGISTRO.
Os alimentos que já possuem registro e que queiram fazer alegações de propriedades
funcionais, além de adotar os procedimentos administrativos para modificação de
fórmula e ou rotulagem , devem apresentar o relatório técnico científico descrito no
item 4.1.1, deste regulamento.
5. AVALIAÇÃO TÉCNICA.
As alegações de propriedades funcionais e ou de saúde e o relatório técnico
científico serão avaliados por uma Comissão de Assessoramento Técnico-Científica
em Alimentos Funcionais e Novos Alimentos constituída pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária.
6. DISPOSIÇÕES GERAIS.
AAgência Nacional de Vigilância Sanitária revisará este Regulamento de Procedimentos
para Registro de Alimentos com Alegação de Propriedades Funcionais e ou de Saúde
em sua Rotulagem, em pelo menos, dois anos após sua entrada em vigor

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
528 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ANÁLISE E COMPROVAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE
RESOLUÇÃO RDC Nº 2, DE 07 DE JANEIRO DE 2002

SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS E PROBIÓTICOS ISOLADOS COM ALEGAÇÃO DE


PROPRIEDADES FUNCIONAL E OU DE SAÚDE

RESOLUÇÃO RDC Nº 2, DE 07 DE JANEIRO DE 2002

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária no uso da atribuição


que lhe confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto
n.º 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o § 1º do art. 111 do Regimento Interno aprovado
pela Portaria n.º 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de dezembro
de 2000, em reunião realizada em 26 de dezembro de 2001,
considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de prevenção
e controle sanitário na área de alimentos, visando à saúde da população;
considerando a possibilidade de efeitos benéficos de nutrientes e de substâncias
bioativas dos alimentos;
considerando a necessidade de estabelecer condições para avaliação da segurança
de uso de substâncias bioativas;
considerando a possibilidade de que as substâncias bioativas possam ser ingeridas
em quantidades que causem efeitos adversos à saúde, a curto ou longo prazo;
considerando a possibilidade de ocorrência de interações entre as substâncias
bioativas e nutrientes ou não nutrientes no organismo, com efeitos indesejáveis à
saúde, a curto ou longo prazo;
adotou a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente
Substituto, determino a sua publicação:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico de Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados
com Alegação de Propriedades Funcional e ou de Saúde, constante do anexo desta
Resolução.
Art. 2º As empresa têm o prazo até 28 de fevereiro de 2003 para se adequarem ao
mesmo.
Art. 3º O descumprimento aos termos desta Resolução constitui infração sanitária
sujeita aos dispositivos da Lei n.º 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais disposições
aplicáveis.
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
LUIS CARLOS WANDERLEY LIMA
ANEXO

REGULAMENTO TÉCNICO DE SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS E PROBIÓTICOS


ISOLADOS COM ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAL E OU DE SAÚDE
1. ALCANCE
1.1. Objetivo
Padronizar os procedimentos a serem adotados para a avaliação de segurança,
registro e comercialização de Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados com
alegação de propriedades funcional e ou de saúde.

529
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

1.2. Âmbito de Aplicação


O presente Regulamento Técnico se aplica às diretrizes a serem adotadas para a
avaliação de segurança, registro e comercialização de Substâncias Bioativas e
Probióticos Isolados com alegação de propriedades funcional e ou de saúde.
1.2.1. Excluem-se desta categoria:
- chás;
- composto líquido pronto para consumo;
- alimentos para praticantes de atividade física;
- produtos cuja finalidade de uso indique ação terapêutica ou medicamentosa;
- produtos com ação farmacológica preventiva ou curativa definidas, mesmo de origem
natural;
- produtos que contenham substâncias farmacológicas estimulantes, hormônios e
outras consideradas como “dopping” pelo Comitê Olímpico Internacional - COI;
- produtos fitoterápicos, bem como suas associações com nutrientes ou não
nutrientes;
- alimentos e ingredientes alimentares que contenham ou consistam em organismos
geneticamente modificados - OGM;
- alimentos e ingredientes alimentares produzidos a partir de organismos geneticamente
modificados, mas que não o contenham;
- suplemento vitamínico e ou de mineral;
- alimentos para nutrição enteral;
- novos alimentos e ou novos ingredientes;
- produtos com Padrão de Identidade e Qualidade ou Regulamento Técnico
específico.
2. DESCRIÇÃO
2.1. Definições
Para fins deste Regulamento Técnico, considera-se:
2.1.1. Matéria-prima: toda substância de origem vegetal ou animal, em estado
bruto, que para ser utilizada como alimento precisa ser submetida a tratamento e/ou
transformação de natureza física, química ou biológica.
2.1.2. Nutriente: é a substância química encontrada em alimento, que proporcione
energia, e ou é necessária para o crescimento, desenvolvimento e manutenção da
saúde e da vida, e ou cuja carência resulte em mudanças químicas ou fisiológicas
características.
2.1.3. Probiótico: microrganismos vivos capazes de melhorar o equilíbrio microbiano
intestinal produzindo efeitos benéficos à saúde do indivíduo.
2.1.4. Substância Bioativa: além dos nutrientes, os não nutrientes que possuem ação
metabólica ou fisiológica específica.
2.1.5. Isolado(a): entende-se como a substância extraída da sua fonte original.
2.2. Classificação
2.2.1.Os produtos de que trata este regulamento são classificados em:

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
530 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ANÁLISE E COMPROVAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE
RESOLUÇÃO RDC Nº 2, DE 07 DE JANEIRO DE 2002

2.2.1.1. Carotenóides;
2.2.1.2. Fitoesteróis;
2.2.1.3. Flavonóides;
2.2.1.4. Fosfolipídeos;
2.2.1.5. Organosulfurados;
2.2.1.6. Polifenóis;
2.2.1.7. Probióticos
2.3. Designação
2.3.1. Substância Bioativa: é o nome da substância bioativa, seguido do nome da fonte
da qual foi extraída a substância bioativa, acompanhada da forma de apresentação
do produto.
2.3.2. Probiótico: é o nome do probiótico, acompanhado da forma de apresentação
do produto.
2.3.3. Quando o produto for adicionado de vitaminas e ou de minerais, a designação
deve ser seguida de uma das expressões previstas no Regulamento Técnico
para Fixação de Identidade e Qualidade de Alimentos Adicionados de Nutrientes
Essenciais.
3. PRINCÍPIOS GERAIS
3.1. Do produto:
3.1.1. a substância bioativa deve estar presente em fontes alimentares. Pode ser de
origem natural ou sintética, desde que comprovada a segurança para o consumo
humano.
3.1.2. pode ser direcionado a grupos populacionais específicos.
3.1.3 não pode ter finalidade medicamentosa ou terapêutica, qualquer que seja a
forma de apresentação ou o modo como é ministrado.
3.1.4. deve ser seguro para o consumo humano, sem necessidade de orientação
e ou acompanhamento médico, a não ser que seja dirigido a grupos populacionais
específicos.
3.2. As alegações propostas pelo fabricante, são de caráter obrigatório e devem:
3.2.1. atender o disposto no Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes
Básicas para Análise e Comprovação de Propriedades Funcionais e ou de Saúde
Alegadas em Rotulagem de Alimentos.
3.2.2. estar de acordo com as Políticas de Saúde definidas pelo Ministério da Saúde.
3.3. O fabricante do produto sujeito a este regulamento é responsável pela qualidade
e eficácia do mesmo, devendo garantir sua segurança de uso no país.
3.4. A avaliação de risco e segurança do produto deve:
3.4.1. atender o disposto no Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes
Básicas para Avaliação de Risco e Segurança dos Alimentos.
3.4.2. demonstrar que o produto é seguro para o consumo nas condições de uso
recomendadas .
3.4.3. ser avaliada, caso a caso, pela ANVISA.

531
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

3.4.4. considerar o uso da substância bioativa isolada, dentro do hábito alimentar da


população brasileira.
4. REFERÊNCIAS:
4.1. BRASIL. Decreto-Lei n.º 986, de 12 de outubro de 1969. Institui normas básicas sobre alimentos. Diário Oficial da União,
Brasília, 21 de outubro de 1996.
4.2. BRASIL. Portaria MS n.º 1.428, de 26 de novembro de 1993. Aprova o Regulamento Técnico para Inspeção Sanitária
de Alimentos, as Diretrizes para Boas Práticas de Produção, o Regulamento Técnico para estabelecimento de Padrões de
Identidade e Qualidade. Diário Oficial da União, Brasília, 02 de dezembro de 1993.
4.3. BRASIL. Portaria SVS/MS n.º 326, de 30 de julho de 1997. Aprova o Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-
Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Indústrializadores de Alimentos. Diário Oficial da
União, Brasília, 01 de outubro de 1997.
4.4. BRASIL. Portaria SVS/MS n.º 540, de 27 de outubro de 1997. Aprova o Regulamento Técnico: Aditivos Alimentares -
Definições, Classificação e Emprego. Diário Oficial da União, Brasília, 28 de outubro de 1997.
4.5. BRASIL. Portaria SVS/MS nº 27, de 14 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico referente à Informação Nutricional
Complementar. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de janeiro de 1998.
4.6. BRASIL. Portaria SVS/MS nº 31, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de
Alimentos Adicionados de Nutrientes Essenciais. Diário Oficial da União, Brasília, 30 de março de 1998.
4.7. BRASIL. Portaria SVS/MS n.º 33, de 13 de janeiro de 1998. Tabelas de Ingestão Diária Recomendada IDR. Diário Oficial da
União de 16 de janeiro de 1998.
4.8. BRASIL. Portaria SVS/MS nº 42, de 14 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico para Rotulagem de Alimentos Embalados.
Diário Oficial da União, Brasília, 16 de janeiro de 1998.
4.9. BRASIL. Portaria SVS/MS n.º 685, de 27 de agosto de 1998. Princípios Gerais para o Estabelecimento de Níveis Máximos de
Contaminantes Químicos em Alimentos. Republicada no Diário Oficial da União, Brasília, 24 de setembro de 1998.
4.10. BRASIL. Lei n.o 9.782, de 26 de janeiro de 1999. Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 27 de janeiro de 1999.
4.11. BRASIL. Resolução ANVS/MS n.º 16, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico de Procedimentos para o Registro de
Alimentos e ou Novos Ingredientes. Republicada no Diário Oficial da União, Brasília, 03 de dezembro de 1999.
4.12. BRASIL. Resolução ANVS/MS n.º 17, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes Básicas
para Avaliação de Risco e Segurança dos Alimentos. Republicada no Diário Oficial da União, Brasília, 03 de dezembro de 1999.
4.13. BRASIL. Resolução ANVS/MS n.º 18, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes Básicas
para Análise e Comprovação de Propriedades Funcionais e ou de Saúde Alegadas em Rotulagem de Alimentos. Republicada no
Diário Oficial da União, Brasília, 03 de dezembro de 1999.
4.14. BRASIL. Resolução ANVS/MS n.º 19, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico para Procedimento de Registro de
Alimento com Alegações de Propriedades Funcionais e ou de Saúde em Sua Rotulagem. Republicada no Diário Oficial da União,
Brasília, 10 de dezembro de 1999.
4.15. BRASIL. Resolução RDC n.º 17, de 24 de fevereiro 2000. Regulamento Técnico sobre Registro de Medicamentos
Fitoterápicos. Diário Oficial da União, Brasília 25 de fevereiro de 2000.
4.16. BRASIL. Resolução n.º 23, de 15 de março de 2000. Regulamento Técnico sobre o Manual de Procedimentos Básicos
para o Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de Produtos Pertinentes à Área de Alimentos. Diário Oficial da União,
Brasília, 16 de março de 2000.
4.17. BRASIL. Resolução RDC n.º 40, de 21 de março de 2001. Regulamento Técnico para Rotulagem Nutricional Obrigatória de
Alimentos e Bebidas Embaladas. Diário Oficial da União, Brasília, 22 de março de 2001.
4.18. CODEX ALIMENTARIUS: CAC/GL 09-1987 (General Principles for the Addition of Essencial Nutrients to Foods).
4.19. RDA/NRC/NAS (Recommended Dietary Allowance/National Research Council/National Academy of Science), USA, 1989.
4.20. FOOD AND DRUG ADMINISTRATION, Department of Health and Human Services. Food Labeling. Code of Federal
Regulations, Title 21, Parts 100 to 169. 21CFR101.9.

5. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
5.1. A composição e requisitos referem-se ao produto pronto para o consumo.
5.2. É proibida a composição que necessite a preparação por infusão.
5.3. Vitaminas e ou Minerais podem ser adicionados, desde que o consumo diário
do produto indicado pelo fabricante não ultrapasse 100% da IDR e não prejudique a
biodisponibilidade de qualquer dos componentes do produto.
5.4. Nenhuma substância nociva ou inadequada deve ser introduzida ou formada
como conseqüência de processamento com o propósito de estabilização.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
532 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ANÁLISE E COMPROVAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE
RESOLUÇÃO RDC Nº 2, DE 07 DE JANEIRO DE 2002

6. ADITIVOS
6.1. É permitida a utilização dos aditivos, coadjuvantes de tecnologia e veículos
nos mesmos limites previstos no Regulamento Técnico sobre o Uso dos Aditivos
Alimentares, Coadjuvantes de Tecnologia e Veículos para Suplementos Vitamínicos
e ou Minerais.
7. CONTAMINANTES
7.1. Resíduos de agrotóxicos
Devem estar em consonância com os níveis toleráveis nas matérias-primas
empregadas, estabelecidos pela legislação específica.
7.2. Contaminantes inorgânicos e orgânicos.
Devem obedecer aos limites estabelecidos pela legislação específica.
8. HIGIENE
O Produto sujeito a este regulamento deve ser preparado, manipulado, acondicionado
e conservado conforme as Boas Práticas de Fabricação (BPF), bem como atender
aos padrões microbiológicos, microscópicos e físico-químicos estabelecidos pela
legislação específica.
9. FORMAS DE APRESENTAÇÃO
9.1. O produto sujeito a esta norma deve ser apresentado nas formas sólida, semi-
sólida ou líquida, tais como: tabletes, comprimidos, drágeas, pós, cápsulas, granulados,
pastilhas, soluções e suspensões.
9.2. O produto deve ser acondicionado em embalagem adequada à manutenção de
suas características até o final do prazo de validade.
9.3. O produto somente pode ser vendido em unidades pré-embaladas, não sendo
permitida a venda fracionada.
10. PESOS E MEDIDAS
Deve obedecer à legislação específica.
11. ROTULAGEM
11.1. O Produto sujeito a este regulamento deve atender ao Regulamento Técnico
específico de Rotulagem de Alimentos Embalados e de Rotulagem Nutricional
obrigatória de Alimentos e Bebidas Embalados.
11.2. Quando qualquer Informação Nutricional Complementar for utilizada, esta deve
atender à norma específica.
11.3. Conter alegação de propriedades funcional e ou de saúde, em caráter obrigatório,
devendo apresentar-se nos moldes e dizeres aprovados pela ANVISA.
11.4. O modo de uso do produto (quantidade, freqüência, condições especiais) e modo
de preparo, quando for o caso.
11.5. As expressões em destaque e em negrito:
“Consumir somente a quantidade indicada na embalagem.”
“Gestantes, nutrizes e crianças somente devem consumir este produto sob orientação
de nutricionista ou médico.”
11.6. Cuidados de conservação e armazenamento, antes e depois de abrir a

533
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

embalagem, quando for o caso.


11.7. Alerta de forma clara e em destaque, para os grupos populacionais específicos
que não podem consumir o produto, quando for o caso.
11.8. As alegações devem estar associadas à quantidade de uso recomendada pelo
fabricante;
11.9. Outras advertências específicas poderão ser definidas pela ANVISA e sua
inclusão nos dizeres de rotulagem será obrigatória.
11.10. No caso de Substância Bioativa, deve constar, a quantidade em que está
presente na porção diária recomendada pelo fabricante. Esta declaração deve estar
próxima à alegação de propriedade funcional e ou de saúde do produto e não deve
fazer parte da Tabela de Informação Nutricional.
11.11. No caso dos Probióticos, deve constar a quantidade dos microorganismos
viáveis, que garanta a ação alegada dentro do prazo de validade do produto. Esta
informação deve estar próxima à alegação de propriedade funcional e ou de saúde do
produto e fora da Tabela de Informação Nutricional.
12. PROPAGANDA
12.1. Deve atender ao disposto no Decreto-Lei 986, de 12 de outubro de 1969 e ao
Regulamento Técnico específico sobre propaganda de alimentos.
12.2. Qualquer informação sobre as propriedades do produto, veiculada por qualquer
meio de comunicação, não pode ser diferente daquela aprovada para a rotulagem.
12.3. Qualquer folheto que venha a acompanhar o produto não pode veicular
informações diferentes daquelas aprovadas para a rotulagem.
13. REGISTRO
13.1. O produto sujeito a este regulamento deve atender os mesmos procedimentos
administrativos exigidos para o registro de alimentos em geral.
13.2. O processo de pedido de registro do produto sujeito a este regulamento deve
estar instruído com laudo de análise, a fim de comprovar os teores de contaminantes
inorgânicos, conforme o caso, seguindo a determinação da ANVISA, e o(s) teor(es)
da(s) referida(s) substância(s) bioativa(s) ou probiótico(s) presente(s) no produto.
14. DISPOSIÇÕES GERAIS
14.1. O presente Regulamento poderá ser revisado após 2 (dois) anos da sua
publicação.
14.2. A ANVISA pode requerer estudos e ou acompanhamento pós-comercialização
(post marketing) dos produtos sujeitos a este regulamento.
14.3. Cabe à empresa, responsável pela produção do produto, comunicar imediatamente
à ANVISA qualquer informação adicional que implique numa reavaliação de risco e
segurança de uso do produto.
14.4 Para produtos não previstos neste Regulamento Técnico:
14.4.1 deve atender o disposto no Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes
Básicas para Avaliação de Risco e Segurança dos Alimentos.
14.4.2. dependendo da finalidade de uso, o produto poderá ser objeto de análise
pelo Regulamento Técnico que aprova Procedimentos para o Registro de Alimentos

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
534 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ANÁLISE E COMPROVAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE
RESOLUÇÃO RDC Nº 2, DE 07 DE JANEIRO DE 2002

e ou Novos Ingredientes ou pelo Regulamento Técnico que aprova Procedimentos de


Registro de Alimento com Alegações de Propriedades Funcionais e ou de Saúde em
Sua Rotulagem

535
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
536 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
Capítulo 13

NORMAS TÉCNICAS GERAIS


PARA EMBALAGEM E
ROTULAGEM DE ALIMENTOS

Patrocinadores

ABLV
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
538 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
PORTARIA Nº 34, DE 14 DE MARÇO DE 1980

EXPRESSÃO: “PRODUTO DESTINADO A PROGRAMA INSTITUCIONAL”


- “PROIBIDA A VENDA”

PORTARIA Nº 34, DE 14 DE MARÇO DE 1980

O SECRETÁRIO NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITARIA, no uso das atribuições


que lhe confere o art. 51 da Portaria no 270/Bsb, de 19/06/78,
RESOLVE:
I - Determinar que as empresas interessadas em registrar alimentos destinados ao
consumo em programas institucionais de alimentação, quer promovidos por organismos
governamentais, quer por entidades sem fins lucrativos, deverão apresentar, por
ocasião do pedido de registro, além dos elementos exigidos pelo Decreto-lei no 986,
de 21 de outubro de 1969, e demais normas pertinentes, laudo de análise realizado
por laboratório credenciado ou conveniado, atestando a conformidade do alimento
com os padrões exigidos pelo respectivo programa.
II - As disposições do item anterior aplicam-se nos casos de alimentos que, embora já
registrados, devam ter os padrões desse registro modificados para conformar-se às
exigências do programa.
III - Os dizeres da rotulagem dos produtos referidos nos itens anteriores deverão
conter, além dos exigidos por lei e regulamentos, em lugar de fácil leitura, a expressão:
“Produto destinado a programa institucional” - “Proibida a venda”.
IV - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

ROTULAGEM NUTRICIONAL DE ALIMENTOS EMBALADOS

RESOLUÇÃO RDC Nº 360, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003


(Internalizou a GMC nº 44/03 e 46/03)
** revoga a Portaria SVS/MS n.º 41, de 14 de janeiro de 1998

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto
nº 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “b”, § 1º do Regimento
Interno aprovado pela Portaria nº 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no
DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 17 de dezembro de
2003 considerando a necessidade do constante aperfeiçoamento das ações de
controle sanitário na área de alimentos visando a proteção à saúde da população;
considerando a importância de compatibilizar a legislação nacional com base nos
instrumentos harmonizados no Mercosul relacionados à rotulagem nutricional de
alimentos embalados - Resoluções GMC nº 44/03 e 46/03; considerando que a
rotulagem nutricional facilita ao consumidor conhecer as propriedades nutricionais
dos alimentos, contribuindo para um consumo adequado dos mesmos; considerando

539
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

que a informação que se declara na rotulagem nutricional complementa as estratégias


e políticas de saúde dos países em benefício da saúde do consumidor; considerando
que é conveniente definir claramente a rotulagem nutricional que deve ter os alimentos
embalados que sejam comercializados no Mercosul, com o objetivo de facilitar a
livre circulação dos mesmos, atuar em benefício do consumidor e evitar obstáculos
técnicos ao comércio. adotou a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu,
Diretor-Presidente, em exercício, determino a sua publicação:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos
Embalados, tornando obrigatória a rotulagem nutricional, conforme Anexo.
Art. 2º Na rotulagem nutricional devem ser declarados os seguintes nutrientes: valor
energético, carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras
trans e sódio, conforme estabelecido no Anexo.
Art. 3º As empresas têm o prazo até 31 de julho de 2006 para se adequarem à
mesma.
Art. 4º Ficam revogadas as Resoluções-RDC Nº 39 e 40, de 21 de março de 2001,
Resolução - RE nº 198, de 11 de setembro de 2001 e a Resolução-RDC 207, de 1º
de agosto de 2003.
Art. 5º O descumprimento aos termos desta Resolução constitui infração sanitária
sujeita aos dispositivos da Lei nº 6437, de 20 de agosto de 1977 e demais disposições
aplicáveis.
Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
RICARDO OLIVA

ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE ROTULAGEM NUTRICIONAL DE ALIMENTOS
EMBALADOS
1. Âmbito de aplicação.
O presente Regulamento Técnico se aplica à rotulagem nutricional dos alimentos
produzidos e comercializados, qualquer que seja sua origem, embalados na ausência
do cliente e prontos para serem oferecidos aos consumidores.
O presente Regulamento Técnico se aplica sem prejuízo das disposições estabelecidas
em Regulamentos Técnicos vigentes sobre Rotulagem de Alimentos Embalados e ou
em qualquer outro Regulamento Técnico específico.
O presente Regulamento Técnico não se aplica:
1. as bebidas alcoólicas;
2. aos aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia;
3. as especiarias;
4. às águas minerais naturais e as demais águas de consumo humano;
5. aos vinagres;
6. ao sal (cloreto de sódio);

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
540 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 360, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003

7. café, erva mate, chá e outras ervas sem adição de outros ingredientes;
8. aos alimentos preparados e embalados em restaurantes e estabelecimentos
comerciais, prontos para o consumo;
9. aos produtos fracionados nos pontos de venda a varejo, comercializados como
pré-medidos;
10. as frutas, vegetais e carnes in natura, refrigerados e congelados;
11. aos alimentos com embalagens cuja superfície visível para rotulagem seja menor
ou igual a 100 cm2. Esta exceção não se aplica aos alimentos para fins especiais ou
que apresentem declarações de propriedades nutricionais.
2. Definições
Para fins deste Regulamento Técnico considera-se:
2.1. Rotulagem nutricional: é toda descrição destinada a informar ao consumidor sobre
as propriedades nutricionais de um alimento.
A rotulagem nutricional compreende:
a) a declaração de valor energético e nutrientes;
b) a declaração de propriedades nutricionais (informação nutricional complementar).
2.2. Declaração de nutrientes: é uma relação ou enumeração padronizada do conteúdo
de nutrientes de um alimento.
2.3. Declaração de propriedades nutricionais (informação nutricional complementar):
é qualquer representação que afirme, sugira ou implique que um produto possui
propriedades nutricionais particulares, especialmente, mas não somente, em relação
ao seu valor energético e conteúdo de proteínas, gorduras, carboidratos e fibra
alimentar, assim como ao seu conteúdo de vitaminas e minerais.
2.4. Nutriente: é qualquer substância química consumida normalmente como
componente de um alimento, que:
a) proporciona energia; e ou
b) é necessária ou contribua para o crescimento, desenvolvimento e a manutenção
da saúde e da vida; e ou
c) cuja carência possa ocasionar mudanças químicas ou fisiológicas características.
2.5. Carboidratos ou hidratos de carbono ou glicídios: são todos os mono, di e
polissacarídeos, incluídos os polióis presentes no alimento, que são digeridos,
absorvidos e metabolizados pelo ser humano.
2.5.1. Açúcares: são todos os monossacarídeos e dissacarídeos presentes em um
alimento que são digeridos, absorvidos e metabolizados pelo ser humano. Não se
incluem os polióis.
2.6. Fibra alimentar: é qualquer material comestível que não seja hidrolisado pelas
enzimas endógenas do trato digestivo humano.
2.7. Gorduras ou lipídeos: são substâncias de origem vegetal ou animal, insolúveis
em água, formadas de triglicerídeos e pequenas quantidades de não glicerídeos,
principalmente fosfolipídeos;
2.7.1. Gorduras saturadas: são os triglicerídeos que contém ácidos graxos sem duplas
ligações, expressos como ácidos graxos livres.

541
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

2.7.2. Gorduras monoinsaturadas: são os triglicerídeos que contém ácidos graxos


com uma dupla ligação cis, expressos como ácidos graxos livres.
2.7.3. Gorduras poliinsaturadas: são os triglicerídeos que contém ácidos graxos com
duplas ligações cis-cis separadas por grupo metileno, expressos como ácidos graxos
livres.
2.7.4. Gorduras trans: são os triglicerídeos que contém ácidos graxos insaturados
com uma ou mais dupla ligação trans, expressos como ácidos graxos livres.
2.8. Proteínas: são polímeros de aminoácidos ou compostos que contém polímeros
de aminoácidos.
2.9. Porção: é a quantidade média do alimento que deveria ser consumida por pessoas
sadias, maiores de 36 meses, em cada ocasião de consumo, com a finalidade de
promover uma alimentação saudável.
2.10. Consumidores: são pessoas físicas que compram ou recebem alimentos com o
objetivo de satisfazer suas necessidades alimentares e nutricionais.
2.11. Alimentos para fins especiais: são os alimentos processados especialmente para
satisfazer necessidades particulares de alimentação determinadas por condições
físicas ou fisiológicas particulares e ou transtornos do metabolismo e que se
apresentem como tais. Incluí-se os alimentos destinados aos lactentes e crianças de
primeira infância. A composição desses alimentos deverá ser essencialmente diferente
da composição dos alimentos convencionais de natureza similar, caso existam.
3. Declaração de valor energético e nutrientes
3.1. Será obrigatório declarar a seguinte informação:
3.1.1. A quantidade do valor energético e dos seguintes nutrientes:
• Carboidratos;
• Proteínas;
• Gorduras totais;
• Gorduras saturadas;
• Gorduras trans;
• Fibra alimentar;
• Sódio
3.1.2. A quantidade de qualquer outro nutriente que se considere importante para
manter um bom estado nutricional, segundo exijam os Regulamentos Técnicos
específicos.
3.1.3. A quantidade de qualquer outro nutriente sobre o qual se faça uma declaração
de propriedades nutricionais ou outra declaração que faça referência à nutrientes.
3.1.4.Quando for realizada uma declaração de propriedades nutricionais (informação
nutricional complementar) sobre o tipo e ou a quantidade de carboidratos deve ser
indicada a quantidade de açúcares e do(s) carboidrato(s) sobre o qual se faça a
declaração de propriedades. Podem ser indicadas também as quantidades de amido
e ou outro(s) carboidrato(s), em conformidade com o estipulado no item 3.4.5.
3.1.5. Quando for realizada uma declaração de propriedades nutricionais (informação
nutricional complementar) sobre o tipo e ou a quantidade de gorduras e ou ácidos

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
542 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 360, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003

graxos e ou colesterol deve ser indicada a quantidade de gorduras saturadas, trans,


monoinsaturadas, poliinsaturadas e colesterol, em conformidade com o estipulado no
item 3.4.6.
3.2. Optativamente podem ser declarados:
3.2.1. As vitaminas e os minerais que constam no Anexo A, sempre e quando estiverem
presentes em quantidade igual ou maior a 5% da Ingestão Diária Recomendada (IDR)
por porção indicada no rótulo.
3.2.2. Outros nutrientes.
3.3. Cálculo do Valor energético e nutrientes
3.3.1. Cálculo do valor energético
A quantidade do valor energético a ser declarada deve ser calculada utilizando-se os
seguintes fatores de conversão:
• Carboidratos (exceto polióis) 4 kcal/g - 17 kJ/g
• Proteínas 4 kcal/g - 17 kJ/g
• Gorduras 9 kcal/g - 37 kJ/g
• Álcool (Etanol) 7 kcal/g - 29 kJ/g
• Ácidos orgânicos 3 kcal/g - 13 kJ/g
• Polióis 2,4 kcal/g -10 kJ/g
• Polidextroses 1 kcal/g - 4 kJ/g
Podem ser usados outros fatores para outros nutrientes não previstos neste item, os
quais serão indicados nos Regulamentos Técnicos específicos ou em sua ausência
fatores estabelecidos no Codex Alimentarius.
3.3.2. Cálculo de proteínas
A quantidade de proteínas a ser indicada deve ser calculada mediante a seguinte
fórmula:
Proteína = conteúdo total de nitrogênio (Kjeldahl) x fator Serão utilizados os seguintes
fatores:
5,75 proteínas vegetais;
6,38 proteínas lácteas;
6,25 proteínas da carne ou misturas de proteínas;
6,25 proteínas de soja e de milho
Pode ser usado um fator diferente quando estiver indicado em um Regulamento
Técnico específico ou na sua ausência o fator indicado em um método de análise
específico validado e reconhecido internacionalmente.
3.3.3. Cálculo de carboidratos
É calculado como a diferença entre 100 e a soma do conteúdo de proteínas, gorduras,
fibra alimentar, umidade e cinzas.
3.4. Apresentação da rotulagem nutricional
3.4.1. Localização e características da informação
3.4.1.1. A disposição, o realce e a ordem da informação nutricional devem seguir os

543
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

modelos apresentados no Anexo B.


3.4.1.2. A informação nutricional deve aparecer agrupada em um mesmo lugar,
estruturada em forma de tabela, com os valores e as unidades em colunas. Se o
espaço não for suficiente, pode ser utilizada a forma linear, conforme modelos
apresentados no Anexo B.
3.4.1.3. A declaração de valor energético e dos nutrientes deve ser feita em forma
numérica. Não obstante, não se exclui o uso de outras formas de apresentação
complementar.
3.4.1.4. A informação correspondente à rotulagem nutricional deve estar redigida no
idioma oficial do país de consumo (espanhol ou português), sem prejuízo de textos em
outros idiomas e deve ser colocada em lugar visível, em caracteres legíveis e deve ter
cor contrastante com o fundo onde estiver impressa.
3.4.2. Unidades que devem ser utilizadas na rotulagem nutricional:
• Valor energético: quilocalorias(kcal ) e quilojoules( kJ)
• Proteínas: gramas (g)
• Carboidratos: gramas (g)
• Gorduras: gramas (g)
• Fibra alimentar: gramas (g)
• Sódio: miligramas (mg)
• Colesterol: miligramas (mg)
• Vitaminas: miligramas (mg) ou microgramas (µg), conforme expresso na Tabela de
IDR do Anexo A
• Minerais: miligramas (mg) ou microgramas (µg), conforme expresso na Tabela de
IDR do Anexo A
• Porção: gramas(g), mililitros (ml) e medidas caseiras de acordo com o Regulamento
Técnico específico.
3.4.3. Expressões dos valores
3.4.3.1. O Valor energético e o percentual de Valor Diário (% VD) devem ser declarados
em números inteiros. Os nutrientes serão declarados de acordo com o estabelecido na
seguinte tabela e as cifras deverão ser expressas nas unidades indicadas no Anexo
A:
Serão declarados em números inteiros com
Valores maiores ou igual a 100:
três cifras
Valores menores que 100 e maiores ou iguais Serão declarados em números inteiros com
a 10: duas cifras
Valores menores que 10 e maiores ou iguais a
Serão declarados com uma cifra decimal
1:
Para vitaminas e minerais - declarar com duas
Valores menores que 1: cifras decimais Demais nutrientes - declarar
com uma cifra decimal.

3.4.3.2. A informação nutricional será expressa como “zero” ou “0” ou “não contém” para
valor energético e ou nutrientes quando o alimento contiver quantidades menores ou
iguais as estabelecidas como “não significativas” de acordo com a Tabela seguinte:

G-100
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RESOLUÇÃO RDC Nº 360, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003

Valor energético / Quantidades não significativas por porção (expressa em g


nutrientes ou ml)
Valor energético Menor ou igual a 4 kcal Menor que 17 kJ
Carboidratos Menor ou igual a 0,5 g
Proteínas Menor ou igual a 0,5 g
Gorduras totais (*) Menor ou igual a 0,5 g
Gorduras saturadas Menor ou igual a 0,2 g
Gorduras trans Menor ou igual a 0,2 g
Fibra alimentar Menor ou igual a 0,5 g
Sódio Menor ou igual a 5 mg
(*) Será declarado como “zero”, “0” ou “não contém” quando a quantidade de gorduras
totais, gorduras saturadas e gorduras trans atendam a condição de quantidades
não significativas e nenhum outro tipo de gordura seja declarado com quantidades
superiores a zero.

3.4.3.3. Alternativamente, pode ser utilizada uma declaração nutricional simplificada.


Para tanto, a declaração de valor energético ou conteúdo de nutrientes será substituída
pela seguinte frase:
“Não contém quantidade significativa de ......(valor energético e ou nome(s) do(s)
nutriente(s))” que será colocada dentro do espaço destinado para rotulagem
nutricional.
3.4.4. Regras para a informação nutricional
3.4.4.1. A informação nutricional deve ser expressa por porção, incluindo a medida
caseira correspondente, segundo o estabelecido no Regulamento Técnico específico
e em percentual de Valor Diário (%VD). Fica excluída a declaração de gordura trans
em percentual de Valor Diário (%VD).
Adicionalmente, a informação nutricional pode ser expressa por 100 g ou 100 ml.
3.4.4.2. Para calcular a porcentagem do Valor Diário (%VD), do valor energético e de
cada nutriente que contém a porção do alimento, serão utilizados os Valores Diários
de Referência de Nutrientes (VDR) e de Ingestão Diária Recomendada (IDR) que
constam no Anexo A desta Resolução.
Deve ser incluída como parte da informação nutricional a seguinte frase: “Seus
valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades
energéticas”.
3.4.4.3. As quantidades mencionadas devem ser as correspondentes ao alimento tal
como se oferece ao consumidor. Pode-se declarar, também, informações do alimento
preparado, desde que se indiquem as instruções específicas de preparação e que tais
informações se refiram ao alimento pronto para o consumo.
3.4.5. Quando for declarada a quantidade de açúcares e ou polióis e ou amido e ou
outros carboidratos, presentes no alimento, esta declaração deve constar abaixo da
quantidade de carboidratos, da seguinte forma:
Carboidratos .......g, dos quais:
açúcares............g
polióis ...............g

545
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

amido.................g
. outros carboidratos ...g (devem ser identificados no rótulo)
A quantidade de açúcares, polióis, amido e outros carboidratos pode ser indicada
também como porcentagem do total de carboidratos.
3.4.6. quando for declarada a quantidade de gordura(s) e ou o tipo(s) de ácidos graxos
e ou colesterol, esta declaração deve constar abaixo da quantidade de gorduras totais,
da seguinte forma:
Gorduras totais.....g, das quais:
gorduras saturadas................g
gorduras trans........................g
gorduras monoinsaturadas:....g
gorduras poliisaturadas:........g
colesterol:...........................mg
3.5. Tolerância
3.5.1. Será admitida uma tolerância de + 20% com relação aos valores de nutrientes
declarados no rótulo.
3.5.2. Para os produtos que contenham micronutrientes em quantidade superior a
tolerância estabelecida no item 3.5.1, a empresa responsável deve manter a disposição
os estudos que justifiquem tal variação.
4. Declaração de Propriedades Nutricionais (Informação Nutricional Complementar)
4.1 A declaração de propriedades nutricionais nos rótulos dos alimentos é facultativa
e não deve substituir, mas ser adicional à declaração de nutrientes.
5. Disposições Gerais
5.1. A rotulagem nutricional pode ser incluída no país de origem ou de destino, e neste
último caso, prévia à comercialização do alimento.
5.2. Para fins de comprovação da informação nutricional, no caso de resultados
divergentes, as partes atuantes acordarão utilizar métodos analíticos reconhecidos
internacionalmente e validados.
5.3. Quando facultativamente for declarada a informação nutricional no rótulo dos
alimentos excetuados neste presente Regulamento, ou para os alimentos não
contemplados no Regulamento Técnico de Porções de Alimentos Embalados, a
rotulagem nutricional deve cumprir com os requisitos do presente Regulamento.
Além disso, para a determinação da porção desses alimentos deve-se aplicar o
estabelecido no Regulamento Técnico de Porções de Alimentos Embalados, tomando
como referência aquele(s) alimento(s) que por sua(s) característica(s) nutricional(is)
seja(m) comparável(is) e ou similar(es). Em caso contrário deve ser utilizada a
metodologia empregada para harmonização das porções descritas no Regulamento
antes mencionado.
5.4. Os alimentos destinados a pessoas com transtornos metabólicos específicos e ou
condições fisiológicas particulares podem, através de regulamentação, estar isentos
de declarar as porções e ou percentual de valor diário estabelecidos no Regulamento
Técnico específico.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
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RESOLUÇÃO RDC Nº 360, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003

ANEXO A
VALORES DIÁRIOS DE REFERÊNCIA DE NUTRIENTES (VDR) DE DECLARAÇÃO
OBRIGATÓRIA (1)
Valor energético 2000 kcal - 8400kJ
Carboidratos 300 gramas
Proteínas 75 gramas
Gorduras totais 55 gramas
Gorduras saturadas 22 gramas
Fibra alimentar 25 gramas
Sódio 2400 miligramas
VALORES DE INGESTÃO DIÁRIA RECOMENDADA DE NUTRIENTES (IDR) DE
DECLARAÇÃO VOLUNTÁRIA - VITAMINAS E MINERAIS
Vitamina A (2) 600 µg
Vitamina D (2) 5 µg
Vitamina C (2) 45 mg
Vitamina E (2) 10 mg
Tiamina (2) 1,2 mg
Riboflavina (2) 1,3 mg
Niacina (2) 16 mg
Vitamina B6 (2) 1,3 mg
Ácido fólico (2) 400 µg
Vitamina B12 (2) 2,4 µg
Biotina (2) 30 µg
Ácido pantotênico (2) 5 mg
Cálcio (2) 1000 mg
Ferro (2) (*) 14 mg
Magnésio (2) 260 mg
Zinco (2) (**) 7 mg
Iodo (2) 130 µg
Vitamina K (2) 65 µg
Fósforo (3) 700 mg
Flúor (3) 4 mg
Cobre (3) 900 µg
Selênio (2) 34 µg
Molibdênio (3) 45 µg
Cromo (3) 35 µg
Manganês (3) 2,3 mg
Colina (3) 550 mg
(*) 10% de biodisponibilidade
(**) Biodisponibilidade moderada
NOTAS:
(1) FAO/OMS -Diet, Nutrition and Prevention of Chronic Diseases. WHO Technical
Report Series 916 Geneva, 2003.
(2) Human Vitamin and Mineral Requirements, Report 7ª Joint FAO/OMS Expert
Consultation Bangkok, Thailand, 2001.
(3) Dietary Reference Intake, Food and Nutrition Board, Institute of Medicine.
1999-2001.
ANEXO B
MODELOS DE ROTULAGEM NUTRICIONAL
A ) Modelo Vertical A
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL Porção g ou ml (medida caseira)
Quantidade por porção % VD (*)
kcal = kJ
Valor energético
Carboidratos g

547
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL Porção g ou ml (medida caseira)


Quantidade por porção % VD (*)
kcal = kJ
Proteínas g
Gorduras totais g
Gorduras saturadas g
Gorduras trans g (Não declarar)
Fibra alimentar g
Sódio mg
"Não contém quantidade significativa de (valor energético e ou o(os) nome(s) do(s) nutriente(s)"
(Esta frase pode ser empregada quando se utiliza a declaração nutricional simplificada)
* % Valores Diários com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8400 kJ. Seus
valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades
energéticas.
B ) Modelo Vertical B
Quantidade por porção % VD (*) Quantidade por porção % VD (*)
INFORMAÇÃO Valor energético kcal Gorduras saturadas g
NUTRICIONAL = kJ
Carboidratos g Gorduras trans g (Não
Porção g ou ml declarar)
(medida caseira) Proteínas g Fibra alimentar... g
Gorduras totais g Sódio mg
"Não contém quantidade significativa de (valor energético e ou nome(s) do(s) nutriente(s))"
(Esta frase pode ser empregada quando se utiliza a declaração nutricional simplificada)
* % Valores Diários de referência com base em uma dieta de 2.000 kcal, ou 8400
kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas
necessidades energéticas.

C) Modelo Linear
Informação Nutricional: Porção ___ g ou ml; (medida caseira) Valor energético.... kcal
=…….kJ (...%VD); Carboidratos ...g (...%VD); Proteínas ...g(...%VD); Gorduras totais
........g (...%VD); Gorduras saturadas.....g (%VD); Gorduras trans...g; Fibra alimentar
...g (%VD); Sódio ..mg (%VD). “Não contém quantidade significativa de ......(valor
energético e ou o(s) nome(s) do(s) nutriente(s))” (Esta frase pode ser empregada
quando se utiliza a declaração nutricional simplificada).
*% Valores Diários com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8400 kJ. Seus
valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades
energéticas.

Nota explicativa a todos os modelos:


A expressão “INFORMAÇÃO NUTRICIONAL” o valor e as unidades da porção e
da medida caseira devem estar em maior destaque do que o resto da informação
nutricional.

G-100
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NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 359, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003

PORÇÕES DE ALIMENTOS EMBALADOS PARA FINS DE ROTULAGEM


NUTRICIONAL

RESOLUÇÃO RDC Nº 359, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto
nº. 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “b”, § 1º do Regimento
Interno aprovado pela Portaria nº. 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU
de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 17 de dezembro de 2003
considerando a necessidade do constante aperfeiçoamento das ações de controle
sanitário na área de alimentos visando a proteção à saúde da população;
considerando a importância de compatibilizar a legislação nacional com base nos
instrumentos harmonizados no Mercosul relacionados à rotulagem nutricional de
alimentos embalados - Resolução GMC nº.47/03;
considerando o direito dos consumidores de ter informações sobre as características
e composição nutricional dos alimentos que adquirem;
considerando a necessidade de estabelecer os tamanhos das porções dos alimentos
embalados para fins de rotulagem nutricional;
considerando que este Regulamento Técnico orientará e facilitará os responsáveis
(fabricante, processador, fracionador e importador) dos alimentos para declaração de
rotulagem nutricional;
considerando que este Regulamento Técnico complementa o Regulamento Técnico
sobre “Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados”.
adotou a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, em
exercício, determino a sua publicação:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins
de Rotulagem Nutricional, conforme o Anexo.
Art. 2º As empresas têm o prazo até 31 de julho de 2006 para se adequarem à
mesma.
Art. 3º O descumprimento aos termos desta Resolução constitui infração sanitária
sujeita aos dispositivos da Lei nº 6437, de 20 de agosto de 1977 e demais disposições
aplicáveis.
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
RICARDO OLIVA

REGULAMENTO TÉCNICO DE PORÇÕES DE ALIMENTOS EMBALADOS PARA


FINS DE ROTULAGEM NUTRICIONAL
1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
O presente Regulamento Técnico se aplica à rotulagem nutricional dos alimentos
produzidos e comercializados, qualquer que seja sua origem, embalados na ausência
do cliente e prontos para serem oferecidos aos consumidores.

549
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

O presente Regulamento Técnico se aplica sem prejuízo das disposições estabelecidas


em Regulamentos Técnicos vigentes sobre Rotulagem de Alimentos Embalados e/ou
em qualquer outro Regulamento Técnico específico.
2. DEFINIÇÕES
Para fins deste Regulamento Técnico se define como:
2.1. Porção: é a quantidade média do alimento que deveria ser consumida por pessoas
sadias, maiores de 36 meses de idade em cada ocasião de consumo, com a finalidade
de promover uma alimentação saudável.
2.2. Medida Caseira: é um utensílio comumente utilizado pelo consumidor para medir
alimentos.
2.3. Unidade: cada um dos produtos alimentícios iguais ou similares contidos em uma
mesma embalagem.
2.4. Fração: parte de um todo.
2.5. Fatia ou rodela: fração de espessura uniforme que se obtém de um alimento.
2.6. Prato preparado semi-pronto ou pronto: alimento preparado, cozido ou pré-cozido
que não requer adição de ingredientes para seu consumo.
3. MEDIDAS CASEIRAS
3.1. Para fins deste Regulamento Técnico e para efeito de declaração na rotulagem
nutricional, estabeleceu-se a medida caseira e sua relação com a porção
correspondente em gramas ou mililitros detalhando-se os utensílios geralmente
utilizados, suas capacidades e dimensões aproximadas conforme consta da tabela
abaixo:

Medida caseira Capacidade ou dimensão


Xícara de chá 200cm3 ou ml
Copo 200 cm3 ou ml
Colher de sopa 10 cm3 ou ml
Colher de chá 5 cm3 ou ml
Prato raso 22 cm de diâmetro
Prato fundo 250 cm3 ou ml

3.2. As outras formas de declaração de medidas caseiras estabelecidas na tabela do


Anexo (fatia, rodela, fração ou unidade) devem ser as mais apropriadas para o produto
específico. A indicação quantitativa da porção (g ou ml) será declarada segundo o
estabelecido no Regulamento Técnico específico.
3.3. A porção, expressa em medidas caseiras, deve ser indicada em valores inteiros
ou suas frações de acordo ao estabelecido nas seguintes tabelas:

Para valores menores ou iguais que a unidade de medida caseira:

PERCENTUAL DE MEDIDA CASEIRA FRAÇÃO A INDICAR


até 30% 1/4 de ....... (medida caseira)
de 31% a 70% 1/2 de ....... (medida caseira)
de 71% a 130% 1 ............... (medida caseira)

G-100
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NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
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Para valores maiores que a unidade de medida caseira:

de 131% a 170% 1 1/2 de .... (medida caseira)


de 171% a 230% 2 ............... (medida caseira)

4. METODOLOGIA A SER EMPREGADA PARA DETERMINAR O TAMANHO DA


PORÇÃO
4.1. Para fins de estabelecer o tamanho da porção deve ser considerado:
a) que se tomou como base uma alimentação diária de 2000 Kcal ou 8400 kJ. Os
alimentos foram classificados em níveis e grupos DE ALIMENTOS, determinando-se
o VALOR ENERGÉTICO MÉDIO que contém cada grupo, o NÚMERO DE PORÇÕES
recomendadas e o VALOR ENERGÉTICO MÉDIO que corresponder para cada
porção.
b) que para os alimentos de consumo ocasional dentro de uma alimentação saudável
correspondente ao Grupo VII, não será considerado o valor energético médio
estabelecido para o grupo.
c) Que outros produtos alimentícios não classificados nos 4 níveis estão incluídos
no Grupo VIII denominado de “Molhos, temperos prontos, caldos, sopas e pratos
preparados.

VALOR ENER-
GRUPOS DE NÚMERO DE VALOR ENERGÉTICO
NÍVEL GÉTICO MÉDIO
ALIMENTOS PORÇÕES MÉDIO POR PORÇÃO
(VE)
kcal kJ kcal kJ
I - Produtos de
panificação, cere-
1 ais, leguminosas, 900 3800 6 150 630
raízes, tubérculos
e seus derivados
II - Verduras, hor-
2 taliças e conservas 3 30 125
vegetais
III - Frutas, sucos, 300 1260
néctares e refres- 3 70 295
cos de frutas
IV - Leite e deri-
3 2 125 525
vados 500 2100
V - Carnes e ovos 2 125 525
VI - Óleos, gordu-
4 ras, e sementes 2 100 420
oleaginosas
VII - Açúcares
e produtos que 300 1260
fornecem energia
1 100 420
provenientes de
carboidratos e
gorduras

551
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

VALOR ENER-
GRUPOS DE NÚMERO DE VALOR ENERGÉTICO
NÍVEL GÉTICO MÉDIO
ALIMENTOS PORÇÕES MÉDIO POR PORÇÃO
(VE)
kcal kJ kcal kJ
VIII - Molhos,
temperos prontos,
-- --------- ------- --------
caldos, sopas e
pratos preparados

5) INSTRUÇÕES PARA O USO DA TABELA DE PORÇÕES E CRITÉRIOS PARA SUA


APLICAÇÃO NA ROTULAGEM NUTRICIONAL
A porção harmonizada e a medida caseira correspondente devem ser utilizadas para
a declaração de valor energético e nutrientes, em função do alimento ou grupo de
alimentos, de acordo com a tabela de porções anexa ao presente Regulamento.
Para fins da declaração do valor energético e de nutrientes devem ser consideradas as
seguintes situações, em função da forma de apresentação, uso e ou comercialização
dos alimentos.
5.1. Critérios de Tolerância
5.1.1. Alimentos apresentados em embalagem individual
Considera-se embalagem individual aquela cujo conteúdo corresponde a uma porção
usualmente consumida em cada ocasião de consumo. É aceita uma variação máxima
de ± 30% em relação ao valor em gramas ou mililitros estabelecido para a porção
do alimento, de acordo com a tabela anexa ao presente Regulamento. Para aqueles
alimentos cujo conteúdo exceda essa variação, deve ser informado o número de
porções contidas na embalagem individual, de acordo com o estabelecido na seguinte
tabela:

Conteúdo inferior ou igual a Conteúdo entre 71 % e 130% Conteúdo entre 131% e 170% da
70% da porção estabelecida da porção estabelecida porção estabelecida
A declaração da informação A declaração da informação
A declaração da informação
nutricional deve correspon- nutricional deve corresponder
nutricional deve corresponder ao
der ao conteúdo líquido da ao conteúdo líquido da emba-
conteúdo líquido da embalagem.
embalagem. lagem.

Deve ser declarada 1 (uma) Deve ser declarada 1½ (uma e


A porção a ser declarada
seguido da medida caseira meia) seguido da medida caseira
deve atender:
correspondente. correspondente.

- Quando o conteúdo líquido


for inferior a 30%, será
declarado 1/4 (um quarto)
seguido da medida caseira
correspondente;
- Quando o conteúdo líquido
estiver entre 31% e 70%
será declarado 1/2 (meia)
seguido da medida caseira
correspondente

G-100
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5.1.2. Produtos apresentados em unidades de consumo ou fracionados


São aceitas variações máximas de ± 30% com relação aos valores em gramas ou
mililitros estabelecidos para a
porção de alimentos para os quais a medida foi estabelecida como “X unidades
correspondentes” ou “fração correspondente”.
5.2. Alimentos semi-prontos ou prontos para o consumo
O tamanho da porção deve ser estabelecido considerando o máximo de 500 kcal
ou 2100 kJ, exceto para aqueles alimentos incluídos na tabela anexa ao presente
Regulamento.
5.3. Alimentos concentrados, em pó ou desidratados para preparar alimentos que
necessitem reconstituição, com ou sem adição de outros ingredientes
A porção a ser declarada deve ser a quantidade suficiente do produto, tal como se
oferece ao consumidor, para preparar a quantidade estabelecida de produto final
indicado na tabela anexa em cada caso particular. Pode também ser declarada a
porção do alimento preparado quando forem indicadas as instruções específicas de
preparo e as informações referentes aos alimentos prontos para o consumo.
5.4. Alimentos utilizados usualmente como ingredientes
A porção deve corresponder à quantidade de produto usualmente utilizada nas
preparações mais comuns, não devendo ultrapassar o valor energético por porção
correspondente ao grupo a que pertence.
5.5. Alimentos com duas fases separáveis
A porção deve corresponder à fase drenada ou escorrida, exceto para aqueles
alimentos onde tanto a parte sólida quanto a líquida são habitualmente consumidas.
A informação nutricional deve informar claramente sobre qual ou quais partes do
alimento se refere à declaração.
5.6. Alimentos que se apresentam com partes não comestíveis
A porção se aplica a parte comestível. A informação nutricional deve informar
claramente que a mesma se refere à parte comestível.
5.7. Alimentos apresentados em embalagens com várias unidades
Para fins de aplicação das seguintes situações, se entende por unidades idênticas
ou de natureza similar, aquelas que por sua composição nutricional, ingredientes
utilizados e características mais destacáveis podem ser consideradas, em termos
gerais, como alimentos similares e comparáveis. Quando essas condições não
ocorrerem, se considera que as unidades são de diferente natureza ou diferentes
tipos de alimentos.
5.7.1. Unidades idênticas ou de natureza similar
A porção do alimento que se apresente na embalagem que contenha unidades
idênticas ou de natureza similar disponíveis para consumo individual, é aquela
estabelecida na tabela anexa. A informação nutricional deve corresponder ao valor
médio das unidades.

553
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

5.7.2. Unidades de diferente natureza


A porção do alimento que se apresente em uma embalagem que contenha unidades de
diferente natureza, disponíveis para consumo individual, é a correspondente, segundo
a tabela, a cada um dos alimentos presentes na embalagem. Deve ser declarado o
valor energético e o conteúdo de nutrientes de cada uma das unidades.
5.8. Alimentos compostos
Considera-se alimento composto aquele cuja apresentação inclua dois ou mais
alimentos embalados separadamente com instruções de preparo ou cujo uso habitual
sugira seu consumo conjunto. A informação nutricional deve referir-se a porção do
alimento combinado, ou seja, a soma das porções de cada um dos produtos individuais.
A informação relativa à medida caseira deve ser correspondente ao produto principal
estabelecida na tabela anexa ao presente Regulamento.

TABELA I - PRODUTOS DE PANIFICAÇÃO, CEREAIS`, LEGUMINOSAS, RAIZES E


TUBÉRCULOS, E SEUS DERIVADOS (1 porção aproximadamente 150 Kcal)
medidas
Português Español (g/ml) (g/ml) medida caseira
caseras
Almidones y 1 cuchara de
Amidos e féculas 20 20 1 colher de sopa
féculas sopa
Arroz cru Arroz crudo 50 50 1/4 de xícara 1/4 de taza
Avena
Aveia em flocos
arrollada 2 colheres de 2 cucharas de
sem outros 30 30
sin otros sopa sopa
ingredientes
ingredientes
Barra de
Barra de cereais X unidades
cereales con X unidades que
com até 10% de 30 30 que
hasta 10% de correspondam
gordura corresponda
grasa
Papa,
Batata,
mandioca
mandioca
y otros
e outros X unidades que X unidades/
tubérculos
tubérculos, 150 150 corresponda ou X tazas que
cocidos
cozidos em xícaras correspondan
en agua,
água, embalados
envasados al
à vácuo
vacío
Batata e Papa y X unidades/ X unidades/
mandioca pré- mandioca pre- 85 85 xícaras que tazas que
frita congelada frita congelada corresponda correspondan
Productos
Produtos a base a base de
X unidades
de tubérculos e tubérculos X unidades que
85 85 que
cereais pré-fritos y cereales correspondam
corresponda
e ou congelados pre-fritos y/o
congelados
Biscoito Galletitas
X unidades
salgados, saladas, X unidades que
30 30 que
integrais e integrales y corresponda
corresponda
grissines grisines

G-100
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medidas
Português Español (g/ml) (g/ml) medida caseira
caseras
Bizcochuelos,
Bolos, todos 1 rebanada/
budines y 1 fatia/ fracão que
os tipos sem 60 60 fracción que
tortas, sin corresponda
recheio corresponda
relleno
Canjica (grão Maíz blanco,
50 50 1/3 xícara 1/3 taza
cru) locro (crudo)
Cereales para
Cereal matinal desayuno que
X xícaras que x tazas que
pesando até 45g pesan hasta 30 30
correspondam correspondan
por xícara - leves 45 g por taza -
livianos
Cereal matinal Cereales para
pesando mais desayuno que X xícaras que x tazas que
40 40
do que 45 g por pesan más de correspondam correspondan
xícara 45 g por taza
cereales
Cereais integrais X xícaras que x tazas que
integrales 45 45
crus correspondam correspondan
crudos
Farinhas de Harinas de
cereais e cereales y
50 50 X xícara X taza
tubérculos, todos tubérculos,
os tipos todos los tipos
Farelo de Salvado y
1 cuchara de
cereais e germe germen de 10 10 1 colher de sopa
sopa
de trigo trigo
1 cuchara de
Farinha Láctea Harina láctea 30 30 1 colher de sopa
sopa
Harina gruesa
1 cuchara de
farofa pronta de mandioca 35 35 1 colher de sopa
sopa
tostada
X plato/
Massa Fideos y X prato/ xícara
80 80 taza que
alimentícia seca Pastas secas que correspondam
correspondan
Fideos y
Massa X plato/
Pastas X prato/ xícara
desidratada com 70 70 taza que
deshidratadas que correspondam
recheio correspondan
con relleno
Fideos y
Massas frescas X plato/
Pastas frescas X prato/ xícara
com e sem 100 100 taza que
con o sin que correspondam
recheios correspondan
relleno
Panes
Pães embalados
envasados X unidades/
fatiados ou não, X unidades/fatias
feteados o 50 50 fetas que
com ou sem que corresponda
no, con o sin corresponda
recheio
relleno
Panes
Pães embalados envasados
X unidades
de consumo de consumo X unidades que
50 50 que
individual, chipa individual, corresponda
corresponda
paraguaia chipa
paraguaya

555
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

medidas
Português Español (g/ml) (g/ml) medida caseira
caseras
Pan X unidades
Pão doce sem X unidades que
endulzado sin 40 40 que
frutas corresponda
frutas corresponda
Pão croissant, Facturas y
outros produtos productos de
X unidades
de panificação, pastelería, X unidades que
40 40 que
salgados ou salados o corresponda
corresponda
doces sem dulces sin
recheio relleno
Pan de papa,
Pão de batata,
pan de queso
pão de queijo e
y otros panes X unidades/
outros resfriados
enfriados o X unidades/fatias rebanadas
e congelados 40 40
congelados que corresponda que
com recheio e
con relleno y corresponda
massas para
masas para
pães
panes
Pan de papa,
Pão de batata, pan de queso
pão de queijo e y otros panes X unidades/
outros resfriados enfriados o X unidades/fatias rebanadas
50 50
e congelados congelados que corresponda que
sem recheio, sin relleno, corresponda
chipa paraguaia chipa
paraguaya
Pororó,
pochoclo,
Pipoca palomitas 25 25 1 xícara 1 taza
dulces o
saladas
X unidades
X unidades que
Torradas Tostadas 30 30 que
corresponda
corresponda
tofu Tofu 40 40 1 fatia 1 rebanada
Trigo para Trigo para
kibe e proteína kibe y proteína
50 50 1/3 xícara 1/3 taza
texturizada de de soja
soja texturizada
Leguminosas Leguminosas X xícaras que X tazas que
60 60
secas, todas secas, todas correspondam correspondan
quantidade
Polvos para
Pós para suficiente cantidad X cucharas
preparar x colheres que
preparar flans e para suficiente para que
flanes y correspondam
sobremesas preparar preparar 120 g correspondan
postres
120 g
2 colheres de 2 cucharas de
sagu Tapioca 30 30
sopa sopa
Masa para
massas para x unidades
empanadas, X unidades que
pasteis e 30 30 que
pasteles y corresponda
panquecas corresponda
panqueques
massa para Masa para x fração que x fracción que
30 30
tortas salgadas tarta corresponda corresponda

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
556 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 359, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003

medidas
Português Español (g/ml) (g/ml) medida caseira
caseras
massa para Masa para X fatias que x fracción que
40 40
pizza pizza corresponda corresponda
Pan rallado,
3 colheres de 3 cucharas de
farinha de rosca galleta molida 30 30
sopa sopa
y rebozador
Preparaciones
Preparações a
a base de
base de soja X unidades
soja (tipo: x unidades que
tipo: milanesa, 80 80 que
milanesa, correspondam
almôndegas e corresponda
albóndiga y
hambúrguer)
hamburguesa)
quantidade
Mezcla
Mistura para suficiente cantidad
para sopa
sopa paraguaia y para suficiente para 1 fatia 1 rebanada
paraguaya y
chipaguazú preparar preparar 150 g
chipaguazú
150 g
quantidade
Pré-mistura para Pre-mezcla suficiente cantidad x cucharadas
x colheres que
preparar bori- para preparar para suficiente para que
correspondam
bori bori-bori preparar preparar 80 g correspondan
80 g
Pre-mezcla
Pré-mistura para quantidade
para preparar
preparar chipa suficiente cantidad x cucharadas
chipa x colheres que
paraguaia e para suficiente para que
paraguaya y correspondam
mbeyu e outros preparar preparar 50 g correspondan
mbeyu y otros
pães 50 g
panes
Preparado Preparados X tazas/
quantidade cantidad X xícaras/
desidratados deshidratados cucharas de
suficiente suficiente para colheres de sopa
para purês de para purés de sopa que
para 150 g preparar 150 g que correspondam
tubérculos tubérculos correspondan
quantidade
Polvos
pós para suficiente cantidad X cucharas
para tortas, x colheres que
preparar bolos e para suficiente para que
bizcochuelos y correspondam
tortas preparar preparar 60g correspondan
budines
60 g

TABELA II - VERDURAS, HORTALIÇAS E CONSERVAS


VEGETAIS (1 porção aproximadamente 30 kcal)
TABLA II - HORTALIZAS Y CONSERVAS VEGETALES (1
porción aproximadamente 30 kcal)
Produtos Productos
Português Español porção (g/ml) porción (g/ml) medida caseira

Concentrado
Concentrado
de vegetais 2 colheres de 2 cucharas de
de vegetales 30 30
triplo, sopa sopa
triple (extracto)
(extrato)
Concentrado Concentrado 1 cuchara de
15 15 1 colher de sopa
de vegetais de vegetales sopa

557
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

medidas
Português Español (g/ml) (g/ml) medida caseira
caseras
Purê ou
polpa de Puré o pulpa
3 colheres de 3 cucharas de
vegetais, de vegetales 60 60
sopa sopa
incluindo incluido tomate
tomate
Molho de
Salsa de
tomate ou
tomate o
a base de 3 colheres de 3 cucharas de
a base de 60 60
tomate sopa sopa
tomate y otros
e outros
vegetales
vegetais
Picles e Pickles y 1 cuchara de
15 15 1 colher de sopa
alcaparras alcaparras sopa
Sucos de Jugos
vegetais, vegetales, 200 ml 200 ml 1 copo 1 vaso
frutas e sojas frutas y soja
Vegetais
Vegetales
desidratados x cucharas
deshidratados x colheres que
em conserva 40 40 que
en conserva correspondam
(tomate correspondan
(tomate seco)
seco)
Vegetais Vegetales x cucharas
x colheres que
desidratados deshidratados 40 40 que
correspondam
para sopa para sopa correspondan
Vegetais Vegetales quantidade cantidad x cucharas
x colheres que
desidratados deshidratados suficiente para suficiente para que
correspondam
para purê para puré preparar 150 g preparar 150 g correspondan
Vegetais em
Vegetales
conserva
en conserva
(alcachofra,
(alcaucil,
aspargo,
espárrago,
cogumelos, X unidades/ X unidades/
hongos,
pimentão, 50 50 xícaras que tazas que
ajíes, pepino
pepino e corresponda corresponda
y palmitos)
palmito) em
en salmuera,
salmoura,
vinagre y
vinagre e
aceites
azeite
Jardineira
e outras Jardineras y
conservas otras conservas
de vegetais de vegetales
e legumes y legumbres X xícara que X taza que
130 130
(cenouras, (zanahorias, corresponda corresponda
ervilhas, arvejas, choclo,
milho, tomate tomate pelado
pelado e y otros)
outros)
x unidades
vegetais Milanesas de x unidades que
80 80 que
empanados vegetales correspondam
correspondan

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
558 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 359, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003

medidas
Português Español (g/ml) (g/ml) medida caseira
caseras
TABELA III - FRUTAS, SUCOS, NECTARS E REFRESCOS
DE FRUTAS (1 porção aproximadamente 70 kcal)
TABLA III - FRUTAS, JUGOS, NECTARES Y REFRESCOS
DE FRUTAS (1 porción aproximadamente 70 kcal)
Produtos Productos
medidas
Português Español porção (g/ml) porción (g/ml) medida caseira
caseras

Polpa de
Pulpa de
frutas para
frutas para quantidade cantidad
refresco, x cucharas
refrescos, jugos suficiente para suficiente para x colheres que
sucos que
concentrados preparar 200 preparar 200 correspondam
concentrados correspondan
de frutas y ml ml
de frutas e
deshidratados
desidratados
Polpa de x cucharas
Pulpa de frutas x colheres que
frutas para 50 50 que
para postres correspondam
sobremesas correspondan
Jugo, néctar
Suco, néctar
y refrescos
e bebidas de 200 ml 200 ml 1 copo 1 vaso
bebidas de
frutas
frutas
Frutas
Frutas
desidratadas
deshidratadas
(peras,
(peras, X unidades/ X unidades/
pêssegos,
duraznos, 50 50 colheres que cucharas que
abacaxi,
ananá, corresponda corresponda
ameixas,
ciruelas, parte
partes
comestible)
comestíveis)
x cucharas
x colheres que
uva passa pasas de uva 30 30 que
correspondam
correspondan
fruta em Frutas en
conserva, conserva, X unidades/ X unidades/
incluindo incluido 140 140 colheres que cucharas que
salada de ensalada y corresponda corresponda
frutas cóctel de frutas

TABELA IV - LEITE E DERIVADOS (1 porção


aproximadamente 125 kcal)
TABLA IV - LECHE Y DERIVADOS (1 porción
aproximadamente 125 kcal)
Produtos Productos
medidas
Português Español porção (g/ml) porción (g/ml) medida caseira
caseras

Bebida láctea Bebida láctea 200 ml 200 ml 1 copo 1 vaso


Leites
Leche
fermentados,
fermentada,
Iogurte, 200 200 1 copo 1 vaso
yoghurt, todos
todos os
los tipos
tipos

559
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

medidas
Português Español (g/ml) (g/ml) medida caseira
caseras
Leite fluido,
Lecha fluida,
todos os 200 ml 200 ml 1 copo 1 vaso
todos los tipos
tipos
quantidade cantidad
X cucharas
Leite Lecha suficiente para suficiente para X colheres que
que
evaporado evaporada preparar 200 preparar 200 correspondam
corresponda
ml ml
1 cuchara de
Queijo ralado Queso rallado 10 10 1 colher de sopa
sopa
Queijo
cottage, Quesos
ricota cottage, ricota
desnatado, descremada, 2 colheres de 2 cucharas de
50 50
queijo minas, queso blanco sopa sopa
requeijão y untable
desnatado e descremado
petit-suisse
Outros
Otros quesos
queijos
(ricota,
(ricota,
semiduros
semi- duros,
blanco, X cucharas/
branco, X colheres/ fatia
untables, 30 30 rebanada que
requeijão, que correspondam
quesos corresponda
queijo
cremosos,
cremoso,
fundidos y en
fundidos e
pasta)
em pasta)
quantidade cantidad
X cucharas
suficiente para suficiente para X colheres que
Leite em pó Leche en polvo que
preparar 200 preparar 200 correspondam
corresponda
ml ml
Sobremesas 1 unidade ou 1/2 1 unidad o 1/2
Postres lácteos 120 120
Lácteas xícara taza
Pós para
Polvos para quantidade cantidad X cucharas
preparar X colheres que
preparar suficiente para suficiente para que
sobremesas correspondam
postres lácteos preparar 120 g preparar 120 g corresponda
lácteas
Pós para quantidade cantidad X cucharas
Polvo para X colheres que
preparar suficiente para suficiente para que
helados correspondam
sorvetes preparar 50 g preparar 50 g corresponda

TABELA V - CARNES E OVOS (1 porção aproximadamente


125 kcal)
TABLA V - CARNES Y HUEVOS (1 porción
aproximadamente 125 kcal)
Produtos Productos
medidas
Português Español porção (g/ml) porción (g/ml) medida caseira
caseras

Almôndegas X unidades
Albóndigas a X unidades que
a base de 80 80 que
base de carnes corresponda
carnes corresponda
Anchovas em Anchoas en 1 cuchara de
15 15 1 colher de sopa
conserva conserva sopa

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
560 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 359, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003

medidas
Português Español (g/ml) (g/ml) medida caseira
caseras
Apresuntado
Jamonada,
e Corned 30 30 1 fatia 1 rebanada
Corned Beef
Beef
Atum,
sardinha,
pescado, Atún, sardina, 3 cucharas
3 colheres de
mariscos, caballa, y otros de sopa/
60 60 sopa/unidad que
outros peixes pescados con o unidad que
corresponda
em conserva sin salsas corresponda
com ou sem
molhos
1 cuchara
Caviar Caviar 10 10 1 colher de chá
de té
Charqui, X fracciones
x frações de prato
Charque charque, 30 30 de plato que
que correspondam
tasajo. corresponda
Hambúrguer Hamburguesas X unidades
X unidades que
a base de a base de 80 80 que
corresponda
carnes carnes corresponda
Lingüiça,
Chorizos, X unidades/
salsicha, X unidade/fração
salchichas, 50 50 fracción que
todos os que corresponda
todos los tipos corresponda
tipos
X unidades ou X unidades o
Derivados del
kani-kama 20 20 colheres que cucharas que
Surimi
corresponda corresponda
Preparações
Preparaciones
de carnes
de carnes X unidades
temperadas, X unidades que
condimentadas, 100 100 que
defumadas, corresponda
ahumadas, corresponda
cozidas ou
cocidas o no
não
Preparações
Preparaciones
de carnes X unidades
de carnes X unidades que
com 130 130 que
con harinas o corresponda
farinhas ou corresponda
rebozadas
empanadas
Embutidos, X unidades/
Embutidos, X unidade/fatia
fiambre e 40 40 feta que
fiambres que corresponda
presunto corresponda
Peito de X unidades/
Blanco de X unidade/fatia
peru, 60 60 feta que
pavita que corresponda
blanquet corresponda
Patês
Patés (jamón,
(presunto, 1 cuchara
hígado, 10 10 1 colher de chá
fígado e de té
panceta, etc.)
bacon, etc..)
x gramas que x gramos que
ovo Huevo 1 unidade 1 unidad
corresponda corresponda

TABELA VI - ÓLEOS, GORDURAS E SEMENTES


OLEAGIONOSAS(1 porção aproximadamente 100 kcal)
TABLA VI - ACEITES, GRASAS Y SEMILLAS
OLEAGINOSAS (1 porción aproximadamente 100 kcal)

561
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

medidas
Português Español (g/ml) (g/ml) medida caseira
caseras
Produtos Productos
medidas
Português Español porção (g/ml) porción (g/ml) medida caseira
caseras

óleos
Aceites
vegetais, 1 cuchara de
vegetales, 13 ml 13 ml 1 colher de sopa
todos os sopa
todos los tipos
tipos
X unidades
x unidades que
Azeitona Aceituna 20 20 que
correspondam
corresponda
Bacon em Panceta
pedaços - en trozos,
10 10 1 fatia 1 rebanada
defumado ou ahumada o
fresco fresca
Banha e
Grasas 1 cuchara de
gorduras 10 10 1 colher de sopa
animales sopa
animais
Gordura Grasas 1 cuchara de
10 10 1 colher de sopa
vegetal vegetales sopa
Maionese
Mayonesa y
e molhos 1 cuchara de
salsas a base 12 12 1 colher de sopa
a base de sopa
de mayonesa
maionese
Manteiga, Manteca,
1 cuchara de
margarina e margarina y 10 10 1 colher de sopa
sopa
similares similares
Molhos para
saladas a Salsas para
1 cuchara de
base de óleo ensaladas a 13 ml 13 ml 1 colher de sopa
sopa
(todos os base de aceite
tipos)
Crema 1 cuchara de
Chantilly 20 20 1 colher de sopa
Chantilly sopa
Creme de 1 colher e 1/2 de 1 cuchara y
Crema de leche 15 15
leite sopa 1/2 de sopa
1 cuchara de
Leite de coco Leche de coco 15 15 1 colher de sopa
sopa
2 cucharas
Coco ralado Coco rallado 12 12 2 colheres de chá
de té
Sementes Semillas
oleaginosas oleaginosas
(misturadas, (mezcladas, 1 cuchara de
15 15 1 colher de sopa
cortadas, cortadas, sopa
picadas, picadas,
inteiras) enteras)

TABELA VII - AÇÚCARES E PRODUTOS COM ENERGIA


PROVENIENTE DE CARBOIDRATOS E GORDURAS ( 1
porção aproximadamente 100 kcal )
TABLA VII - AZUCARES Y PRODUCTOS CON ENERGÍA
PROVENIENTE DE CARBOHIDRATOS Y GRASAS ( 1
porción aproximadamente 100 kcal )
Produtos Productos

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
562 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 359, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003

medidas
Português Español (g/ml) (g/ml) medida caseira
caseras
medidas
Português Español porção (g/ml) porción (g/ml) medida caseira
caseras

Açúcar, todos Azúcar, todos 1 cuchara


5 5 1 colher de chá
os tipos los tipos de té
Achocolatado Polvo
em pó, pós achocolatado,
com base polvos a base
2 colheres de 2 cucharas de
de cacau, de cacao, 20 20
sopa sopa
chocolate em chocolate en
pó e cacau polvo y cacao
em pó en polvo
Doces
em corte Dulces de corte
(goiaba, (guayaba,
40 40 1 fatia 1 rebanada
marmelo, membrillo, higo,
figo, batata, batata, etc.)
etc)
Doces Dulces
em pasta en pasta
(abóbora, (calabaza, 1 cuchara de
20 20 1 colher de sopa
goiaba, leite, guayaba, de sopa
banana, leche, banana,
mocotó), mocoto)
Geléias Mermeladas y 1 cuchara de
20 20 1 colher de sopa
diversas jaleas diversas sopa
Glucose de
milho, mel, Jarabe de
melado, maíz, miel,
cobertura de cobertura de
frutas, leite frutas, leche
condensado condensada y
x colheres que x cuchara que
e outros otros jarabes 20 20
correspondam correspondan
xaropes (cassis,
(cassis, grosella,
groselha, frambuesa,
framboesa, mora, guaraná,
amora, etc.)
guaraná etc)
Polvo para
quantidade cantidad
pó para gelatina y X colheres de X cucharas de
suficiente para suficiente para
gelatina jaleas de sopa sopa
preparar 120 preparar 120g
fantasía
Postres de
Sobremesa
gelatina lista
de gelatina 120 120 1 unidade 1 unidad
y jaleas de
pronta
fantasía

* OS PRODUTOS ABAIXO SÃO CONSIDERADOS DE CONSUMO OCASIONAL


* LOS PRODUCTOS PRESENTADOS A CONTINUACIÓN SON CONSIDERADOS DE
CONSUMO OCASIONAL

563
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

medidas
Português Español (g/ml) (g/ml) medida caseira
caseras
Frutas
Frutas enteras
inteiras em
en conserva
conserva x unidades
para adornos x unidades que
para adornos 20 20 que
(cerezas al correspondem
(cereja correspondan
marrasquino,
maraschino,
frambuesas)
fambroesa)
Balas, Caramelos, x unidades
x unidades que
pirulitos e chupetines y 20 20 que
correspondem
pastilhas pastillas correspondan
x unidades
Goma de gomas de x unidades que
3 3 que
mascar mascar correspondem
correspondan
Chocolates, Chocolates, X unidades/
x unidades/fração
bombons e bombones y 25 25 fracción que
que correspondem
similares similares corresponden
Confites de
confeitos de
chocolate y X colheres/ X cucharas/
chocolate e
grageados 25 25 unidades que unidades que
drageados
en general, correspondam correspondan
em geral
garrapiñadas
1 bola ou 1 bola o
Sorvetes de
Helados 60 g ou 130 ml 60 g o 130 ml unidades que unidades que
massa
correspondam correspondan
Helados x unidades
Sorvetes x unidades que
en envase 60 g ou 130 ml 60 g o 130 ml que
individuais correspondem
individual correspondan
Barra de Barra de
cereais com cereales con
mais de 10% mas de 10% X unidades/
x unidades/fração
de gorduras, de grasas, 20 20 fracción que
que correspondem
torrones, pé turrones, dulce corresponden
de moleque e de maní, pasta
paçoca de maní
Bebidas não
alcoólicas, Bebidas
carbonatadas sin alcohol
ou não (chás, carbonatadas o
200 ml 200 ml 1 xícara/copo 1 taza/vaso
bebidas no (te, bebidas
a base a base de soja
de soja e y refrescos)
refrigerantes)
quantidade cantidad
Pós para Polvo para
suficiente para suficiente para X colheres de X cucharas de
preparo de preparar
preparar 200 preparar 200 sopa sopa
refresco refrescos
ml ml
Biscoito Galletitas x unidades
x unidades que
doce, com ou dulces, con o 30 30 que
correspondem
sem recheio sin relleno correspondan
x unidades
Brownies e Brownies y x unidades que
40 40 que
alfajores alfajores correspondem
corresponden

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
564 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 359, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003

medidas
Português Español (g/ml) (g/ml) medida caseira
caseras
x unidades/ X unidades /
Frutas Frutas
30 30 colheres que cucharas que
cristalizadas abrillantadas
correspondem corresponden
X unidades/
x unidades/fatias rebanadas
Panettone Pan Dulce 80 80
que correspondem que
corresponden
X unidades/
bolo com Tortas, budines x unidades/fatias rebanadas
60 60
frutas con frutas que correspondem que
corresponden
bolos e
X unidades/
similares Tortas, budines
x unidades/fatias rebanadas
com recheio con relleno y/o 60 60
que correspondem que
e/ou coberturas
corresponden
cobertura
Pão
Facturas,
croissant,
productos de
produtos de
pastelería, x unidades
panificação, x unidades que
salados o 40 40 que
salgados ou correspondem
dulces con corresponden
doces com
relleno y/o
recheio e ou
cobertura
cobertura
snacks a Productos para
base de copetín a base
cereais e de cereales 25 25 X xícara X taza
farinhas para y harinas,
petisco extruidos o no
mistura para
Mezcla para
preparo de
la preparación
docinho, X colheres X cucharas
de rellenos,
cobertura 20 20 de sopa que de sopa que
coberturas para
para bolos, correspondam correspondan
tortas y helados
tortas e
y otros
sorvetes, etc.

TABELA VIII - MOLHOS, TEMPEROS PRONTOS, CALDOS,


SOPAS E PRATOS PREPARADOS
TABLA VIII - SALSAS, ADEREZOS, CALDOS, SOPAS Y
PLATOS PREPARADOS
Produtos Productos
medidas
Português Español porção (g/ml) porción (g/ml) medida caseira
caseras

565
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

medidas
Português Español (g/ml) (g/ml) medida caseira
caseras
Caldo (carne,
Caldo (carne,
galinha,
gallina,
legumes,
legumbres, cantidad X cucharas de
etc) e pós quantidade x colheres/fração/
etc.) y polvos suficiente sopa/ fracción
para sopa suficiente para unidades que
para sopa para preparar /unidades que
incluindo 250 ml correspondam
incluye (bori- 250ml correspondan
(bori-bori,
bori, pirá caldo,
pirá caldo,
soyo)
soyo)
Catchup e Ketchup y 1 cucharas de
12 12 1 colher de sopa
mostarda mostaza sopa
Molhos a Salsas a base
x gramas que x gramos que 1 cucharas de
base de soja de soja y/o 1 colher de sopa
correspondam correspondan sopa
e ou vinagre vinagre
Molhos a
Salsas a base
base de
de productos x gramas que x gramos que 2 colheres de 2 cucharas de
produtos
lácteos o correspondam correspondan sopa sopa
lácteos ou
caldos
caldos
quantidade cantidad
Pós para suficiente para suficiente para X colheres X cucharas
Polvos para
preparar preparar 2 preparar 2 de sopa que de sopa que
preparar salsas
molhos colheres de cucharadas de correspondam correspondan
sopa sopa
1 cucharas de
misso misso 20 20 1 colher de sopa
sopa
cantidad
quantidade X colheres X cucharas
suficiente
missoshiro missoshiro suficiente para de sopa que de sopa que
para preparar
200 ml correspondam correspondan
200ml
extrato de 2 colheres de 2 cucharas de
extracto de soja 30 30
soja sopa sopa
Pratos
Platos
preparados
preparados
prontos e
listos y semi- x gramas x gramos x unidades/
semi-prontos x unidades/fração
listos no (máximo de (máximo de fracción que
não incluídos que corresponda
incluidos en 500 Kcal) 500 Kcal) corresponda
em outros
otros ítems de
itens da
la tabla
tabela
tempero condimentos 1 cuchara
5g 5g 1 colher de chá
completos preparados de té
* Onde não aparecem unidades de medida entende-se estarem os valores em gramas
* Donde no figuran unidades de medida se entiende que los valores se expresan en gramos.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
566 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 163, DE 17 DE AGOSTO DE 2006

ROTULAGEM NUTRICIONAL DE ALIMENTOS EMBALADOS (COMPLEMENTAÇÃO DAS


RESOLUÇÕES RDC Nº.359/2003 E RDC Nº. 360/2003)

RESOLUÇÃO RDC Nº 163, DE 17 DE AGOSTO DE 2006


(Internalizou a GMC nº. 31/06).

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto
nº. 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “b”, § 1º do Regimento
Interno aprovado pela Portaria nº. 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no
D.O.U. de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 7 de agosto de 2006.
considerando a necessidade do constante aperfeiçoamento das ações de controle
sanitário na área de alimentos visando a proteção à saúde da população;
considerando a importância de compatibilizar a legislação nacional com base nos
instrumentos harmonizados no Mercosul relacionados à rotulagem nutricional de
alimentos embalados – Resolução GMC nº. 31/06;
considerando que a rotulagem nutricional implementada pelas Resoluções-RDC n°
359/2003 e 360/2003 facilita o consumidor conhecer as propriedades nutricionais dos
alimentos, contribuindo para o consumo adequado dos mesmos;
considerando que a informação que se declara na rotulagem nutricional complementa
as estratégias e políticas de saúde em benefício da saúde do consumidor deve ser
suficientemente clara;
considerando que o resultado da experiência da aplicação das referidas Resoluções
torna necessário o esclarecimento dos conceitos que já constam em alguns dos seus
textos;
considerando que a presente Resolução Complementar facilitará a livre circulação
dos produtos, atuará em benefício do consumidor e evitará obstáculos técnicos ao
comércio;
considerando que esta Resolução complementa as Resoluções-RDC nº. 359 e RDC
nº. 360, de 23 de dezembro de 2003,
adotou a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente,
determino a sua publicação:
Art. 1º Aprovar o documento sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados
(Complementação das Resoluções-RDC nº 359 e RDC nº. 360, de 23 de dezembro
de 2003), que consta como Anexo da presente Resolução.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
DIRCEU RAPOSO DE MELLO

567
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

ANEXO
ROTULAGEM NUTRICIONAL DE ALIMENTOS EMBALADOS (COMPLEMENTAÇÃO
DAS RESOLUÇÕES RDC Nº.359/2003 E RDC Nº. 360/2003)
1. Com relação ao âmbito de aplicação da Resolução RDC nº 360/2003 considera-se
que:
- O item 6 das exceções “Sal (cloreto de sódio)” inclui o sal adicionado, de acordo com
os programas de saúde.
- No item 7 das exceções entende-se como “sem adição de outros ingredientes”
aqueles ingredientes que não agreguem valor nutricional significativo ao produto.
Os valores de nutrientes não significativos são os estabelecidos no item 3.4.3.2 da
Resolução RDC nº 360/2003.
Quando a quantidade de nutrientes adicionados obrigue a declaração da informação
nutricional nestes tipos de produtos, deverá ser considerado como porção: “quantidade
suficiente para preparar uma xícara” e se utilizará como medida caseira “X colheres
de chá correspondentes”.
2. Retifica-se no Anexo A da Resolução RDC nº 360/2003: “Valores de Ingestão Diária
Recomendada de Nutrientes (IDR) de Declaração Voluntária: Vitaminas e Minerais”
o valor estabelecido para o ácido fólico segundo o documento Human Vitamin and
Mineral Requirements, Report 07ª Joint FAO/OMS Expert Consultation Bangkok,
Thailand, 2001:
Ácido fólico - 240 microgramas (que equivalem a 400 microgramas de folato)
3. Embalagens individuais
a) Para a declaração de valor energético e nutrientes nas tabelas do Anexo B da
Resolução RDC nº 360/2003, no caso das embalagens individuais, considera-se:
• Porção: “Quantidade por embalagem”
• Medida caseira: a unidade do produto: “1 barra”, “1 pote”, “1 sachê”, “1 pacote”, “x
unidade (s)”, entre outras.
b) Quando o conteúdo líquido se encontrar entre 171% e 200% da porção estabelecida
no Regulamento Técnico correspondente, deverá ser declarado:
• 2 (duas) porções de referência, ou
• porção de referência de ...g ou ml.
O disposto na Resolução RDC nº 359/2003 poderá opcionalmente ser declarado da
seguinte forma:
1) Conteúdo líquido menor que 30% da porção estabelecida
INFORMAÇÂO NUTRICIONAL
....g ou ml (unidade) - porção de referência de....g ou ml
Quantidade por embalagem

2) Conteúdo líquido entre 31% e 70% da porção estabelecida


INFORMAÇÂO NUTRICIONAL
....g ou ml (unidade) - porção de referência de.....g ou ml
Quantidade por embalagem

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
568 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
PORTARIA Nº 27, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

3) Conteúdo líquido entre 71% e 130% da porção estabelecida


INFORMAÇÂO NUTRICIONAL
Porção ....g ou ml (1 medida caseira)
Quantidade por porção

4) Conteúdo líquido entre 131% e 170% da porção estabelecida


INFORMAÇÂO NUTRICIONAL

...g ou ml (unidade) - porção de referência de....g ou ml


Quantidade por embala-
gem

5) Conteúdo líquido entre 171% e 200% da porção estabelecida


I.
INFORMAÇÂO NUTRICIONAL ...g ou ml (unidade) – porção de referência de.......g
ou ml
Quantidade por embalagem

II.
INFORMAÇÂO NUTRICIONAL

.....g ou ml (unidade) - 2 porções de referência


Quantidade por embalagem

A frase “porção de referência de.... g ou ml” poderá ser colocada embaixo da tabela,
referenciada com um símbolo (*, #, etc.).

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL COMPLEMENTAR

PORTARIA Nº 27, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

A Secretaria de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições


legais, considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de
controle sanitário na área de alimentos visando a proteção à saúde da população
e a necessidade de fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a
que devem obedecer os alimentos que utilizarem a INFORMAÇÃO NUTRICIONAL
COMPLEMENTAR, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico referente à Informação Nutricional
Complementar (declarações relacionadas ao conteúdo de nutrientes), constantes do
anexo desta Portaria.

569
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Art. 2º As empresas têm o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data da
publicação deste Regulamento, para se adequarem ao mesmo.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as
disposições em contrário.
MARTA NOBREGA MARTINEZ

ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO REFERENTE À INFORMAÇÃO NUTRICIONAL
COMPLEMENTAR
Declarações relacionadas ao conteúdo de nutrientes
1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
O presente Regulamento Técnico se aplica, exclusivamente, à Informação Nutricional
Complementar dos alimentos que sejam produzidos, embalados e comercializados
prontos para oferta ao consumidor.
O presente Regulamento Técnico se aplica sem prejuízo das disposições estabelecidas
na legislação de rotulagem de alimentos.
O presente Regulamento Técnico não se aplica às águas minerais naturais nem às
demais águas destinadas ao consumo humano.
A declaração da Informação Nutricional Complementar é de caráter opcional, nos
alimentos em geral, de acordo com os critérios estabelecidos no item 3.
Para cumprir algum atributo previsto no presente Regulamento Técnico é permitida,
nos produtos alimentícios, a substituição de ingredientes e ou alteração de parâmetros
estabelecidos nos Padrões de Identidade e Qualidade existentes.
2. DEFINIÇÕES
2.1. Informação Nutricional Complementar
É qualquer representação que afirme, sugira ou implique que um alimento possui uma
ou mais propriedades nutricionais particulares, relativas ao seu valor energético e o
seu conteúdo de proteínas, gorduras, carboidratos, fibras alimentares, vitaminas e ou
minerais.
Não se considera Informação nutricional Complementar:
a) a menção de substâncias na lista de ingredientes;
b) a menção de nutrientes como parte obrigatória da rotulagem nutricional;
c) a declaração quantitativa ou qualitativa de alguns nutrientes ou ingredientes ou do
valor energético na rotulagem, quando exigida por legislação específica.
2.2. As declarações relacionadas ao conteúdo de nutrientes compreendem:
2.2.1. Conteúdo de nutrientes
É a informação nutricional complementar que descreve o nível e ou quantidade de
nutriente e ou valor energético contido no alimento.
2.2.2. Comparativa
Informação nutricional complementar comparativa é a que compara os níveis de
nutrientes e ou valor energético de dois ou mais alimentos.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
570 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
PORTARIA Nº 27, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

3. CRITÉRIOS PARA A UTILIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO NUTRICIONAL


COMPLEMENTAR
3.1. A Informação Nutricional Complementar é permitida, em caráter opcional, nos
alimentos em geral.
3.2. A Informação Nutricional Complementar deve referir-se ao alimento pronto para o
consumo, preparado, quando for o caso, de acordo com as instruções de rotulagem.
3.2.1. A Informação Nutricional Complementar deve ser expressa por 100g ou por 100
ml do alimento pronto para consumo.
3.3. Não é permitido o uso da Informação Nutricional Complementar que possa levar
a interpretação errônea ou engano do consumidor.
3.4. Os critérios quantitativos para a utilização de Informação Nutricional Complementar
são aqueles fixados nas tabelas anexas.
3.4.1. Quando a Informação Nutricional Complementar for baseada em características
inerentes ao alimento, deve haver um esclarecimento em um lugar próximo à
declaração, com caracteres de igual realce e visibilidade, de que todos os alimentos
daquele tipo também possuem essas características.
3.4.1.1. O mesmo tratamento deve ser dado quando houver obrigatoriedade legal
decorrente de situações nutricionais específicas.
3.5. A utilização da Informação Nutricional Complementar Comparativa deve obedecer
às seguintes premissas:
3.5.1. Os alimentos a serem comparados devem ser versões diferentes do mesmo
alimento ou alimento similar.
3.5.2. Deve ser feita uma declaração sobre a diferença na quantidade do valor
energético e ou conteúdo de nutriente respeitado:
a) A diferença deve ser expressa em percentagem, fração ou quantidade absoluta.
Se as quantidades de alimentos comparados forem desiguais, estas devem ser
indicadas.
b) A identidade dos alimentos ao qual o alimento está sendo comparado deve ser
definida. Os alimentos precisam ser descritos de maneira que possam ser claramente
identificados pelo consumidor. O conteúdo de nutriente e ou valor energético do
alimento com o qual se compara deve ser calculado a partir de um produto similar
do mesmo fabricante; ou do valor médio do conteúdo de três produtos similares
conhecidos que sejam comercializados na região; ou de uma base de dados de valor
reconhecido.
b.1) a identidade dos alimentos ao qual o alimento está sendo comparado deve ser
apresentada por ocasião da solicitação de registro do produto e estar disponível para
as autoridades competentes e para atender a consultas do consumidor.
3.5.3. A comparação deve atender:
a) uma diferença relativa mínima de 25%, para mais ou para menos, no valor energético
ou conteúdo de nutrientes dos alimentos comparados, e
b) uma diferença absoluta mínima no valor energético, ou no conteúdo de nutrientes,
igual aos valores constantes nas tabelas anexas para os atributos “fonte” ou “baixo”.
4. Termos a serem utilizados para declarações nutricionais relacionadas ao conteúdo

571
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

de nutrientes e ou valor energético.


4.1. Declarações relacionadas ao conteúdo absoluto de nutrientes e ou de valor
energético.
4.1.1. O termo “LIGHT” ou “LITE” ou LEVE pode ser utilizado quando for cumprido o
atributo BAIXO (de acordo com a Tabela de Termos e item 5.1).
4.1.2. O termo “LOW” ou BAIXO ou POBRE pode ser utilizado quando for cumprido o
atributo BAIXO (de acordo com a Tabela de Termos e item 5.1).
4.1.3. O termo “VERY LOW” ou MUITO BAIXO pode ser utilizado quando for cumprido
o atributo MUITO BAIXO (de acordo com a Tabela de Termos e item 5.1).
4.1.4. O termo “HIGH”, RICO, ALTO TEOR ou ALTO CONTEÚDO pode ser utilizado
quando for cumprido o atributo ALTO TEOR (de acordo com a Tabela de Termos e
item 5.1).
4.1.5. O termo “SOURCE” ou FONTE pode ser utilizado quando for cumprido o atributo
FONTE (de acordo com a Tabela de Termos e item 5.1).
4.1.6. O termo “FREE”, LIVRE, SEM, ZERO, NÃO CONTÉM ou ISENTO, pode ser
utilizado quando for cumprido o atributo NÃO CONTÉM (de acordo com a Tabela de
Termos e item 5.1).
4.1.7. O termo SEM ADIÇÃO pode ser utilizado quando for cumprido o atributo SEM
ADIÇÃO (de acordo com a Tabela de Termos e item 5.1).
4.2. Declarações relacionadas ao conteúdo comparativo de nutrientes e ou valor
energético
4.2.1. O termo “LIGHT”, “LITE”, LEVE ou REDUZIDO pode ser utilizado quando for
cumprido o atributo REDUZIDO (de acordo com a Tabela de Termos e item 5.2).
4.2.2. O termo “INCREASED” ou “ AUMENTADO” pode ser utilizado quando for
cumprido o atributo AUMENTADO (de acordo com a Tabela e item 5.2).

TABELA DE TERMOS
Atributo Conteúdo Absoluto de Nutrientes e ou Valor Termos Estrangeiros Correspondentes
Energético
baixo baixo (pobre, leve) light, lite, low...
não contém não contém (livre..., zero..., sem..., isento de free, no..., without..., zero...
...)
alto teor alto teor (rico em..., alto conteúdo...) high..., rich...
fonte de fonte... source...
muito baixo muito baixo very low...
sem adição de sem adição de... no... added
Atributo Conteúdo Comparativo de Nutrientes e ou Termos Estrangeiros Correspondentes
Valor Energético
reduzido reduzido...(leve) light..., lite...
aumentado aumentado... increased...

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
572 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
PORTARIA Nº 27, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

5. CONDIÇÕES PARA DECLARAÇÕES RELACIONADAS AO CONTEÚDO DE


NUTRIENTES E OU VALOR ENERGÉTICO
5.1. Conteúdo absoluto
Valor Energético
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Máximo de 40 kcal (170 KJ) / 100 g (sólidos)
Baixo Máximo de 20 kcal (80 KJ) / 100 ml (líquidos)
Máximo de 4 kcal/ 100 g (sólidos)
Não Contém Máximo de 4 kcal/ 100 ml (líquidos)

Açucares
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Máximo de 5 g de açúcares / 100 g (sólidos)
Máximo de 5 g de açúcares/ 100 ml (líquidos)
e

mesmas condições exigidas para os atributos


Baixo
REDUZIDO ou BAIXO VALOR ENERGÉTICO, ou
frase "este não é um alimento com valor ener-
gético reduzido" ou frase equivalente.
Máximo de 0,5 g de açúcares /100 g (sólidos)
Máximo de 0,5 g de açúcares / 100ml (líqui-
dos)
e

mesmas condições exigidas para os atributos


Não Contém
REDUZIDO ou BAIXO VALOR ENERGÉTICO, ou
frase "este não é um alimento com valor ener-
gético reduzido" ou frase equivalente.
Açúcares não foram adicionados durante a
produção ou embalagem do produto, e não
contém ingredientes nos quais açúcares
tenham sido adicionados e, mesmas condi-
Sem Adição de Açúcares
ções exigidas para os atributos REDUZIDO ou
BAIXO VALOR ENERGÉTICO, ou frase "este não
é um alimento com valor energético reduzido"
ou frase equivalente

Gorduras Totais
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Máximo de 3 g de gorduras / 100 g (sólidos)
Baixo Máximo de 1,5 g de gorduras/100 ml (líquidos)
Máximo de 0,5 de gorduras / 100 g (sólidos)
Não Contém Máximo de 0,5 de gorduras / 100 ml (líquidos)

Gorduras Saturadas
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Máximo de 1,5 g de gordura saturada / 100 g
(sólidos)
Baixo Máximo de 0,75 de gordura saturada / 100 ml
(líquidos) e

573
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Gorduras Saturadas
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Energia fornecida por gorduras saturadas deve
ser no máximo 10% do Valor Energético Total
Não Contém Máximo de 0,1 g de gordura saturada / 100 g
(sólidos)
Máximo de 0,1 g de gordura saturada / 100 ml
(líquidos)

Para as informações nutricionais complementares relativas à gordura saturada e


colesterol, os ácidos graxos trans devem ser computados no cálculo de gorduras
saturadas (quando aplicável).
Colesterol
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Máximo de 20 mg colesterol / 100 g (sólidos)
Máximo de 10 mg colesterol / 100 ml (líquidos) e
Baixo Máximo de 1,5 de gordura saturada / 100 g (sólidos)
Máximo de 0,75 g de gordura saturada / 100 ml (líquidos) e
Energia fornecida por gorduras saturadas deve ser no máximo 10% do
Valor Energético Total
Máximo de 5 mg de colesterol / 100 g (sólidos)
Máximo de 5 mg de colesterol / 100 ml (líquidos) e
Não Contém Máximo de 1,5 gordura saturada / 100 g (sólidos)
Máximo de 0,75 g gordura saturada / 100 ml (líquidos) e
Energia fornecida por gorduras saturadas deve ser no máximo 10% do
Valor Energético Total

Para as informações nutricionais complementares relativas à gordura saturada e


colesterol, os ácidos graxos trans devem ser computados no cálculo de gorduras
saturadas (quando aplicável)
Sódio
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Máximo de 120 mg sódio / 100 g (sólidos)
Baixo Máximo de 120 mg sódio / 100 ml (líquidos)

Sódio
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Máximo de 40 mg sódio / 100 g (sólidos)
Muito baixo Máximo de 40 mg sódio / 100 ml (líquidos)
Máximo de 5 mg sódio / 100 g (sólidos)
Não Contém Máximo de 5 mg sódio / 100 ml (líquidos)

Proteínas
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Mínimo de 10% da IDR de referência por 100 g (sólidos)
Fonte Mínimo de 5% da IDR de referência por 100 ml (líquidos)
Mínimo de 20% da IDR de referência por 100 g (sólidos)
Alto Teor Mínimo de 10% da IDR de referência por 100 ml (líquidos)

Fibras Alimentares
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Mínimo de 3 g fibras / 100 g (sólidos)

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
574 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
PORTARIA Nº 27, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

Fonte Mínimo de 1,5 g fibras / 100 ml (líquidos)


Alto Teor Mínima de 6 g fibras / 100 g (sólidos)
Mínimo de 3 g fibras / 100 ml (líquidos)

Vitaminas e Minerais
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Mínimo de 15% da IDR de referência por 100 g (sólidos)
Fonte Mínimo de 7,5% da IDR de referência por 100 ml (líquidos)

Vitaminas e Minerais
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Mínimo de 30% da IDR de referência por 100 g (sólidos)
Alto Teor Mínimo de 15% da IDR de referência por 100 ml (líquidos)

5.2 Conteúdo COMPARATIVO


Valor Energético
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Redução mínima de 25% Valor Energético Total
e
diferença maior que
Reduzido 40 Kcal / 100 g (sólidos)
20 Kcal / 100 ml (líquidos)

Açúcares
Atributo Condições no produto para consumo
Redução mínima de 25% de Açúcares e diferença maior que
5 g de açúcares / 100 g (sólidos)
Reduzido 5 g de açúcares / 100 ml (líquidos)
e
mesmas condições exigidas para os atributos REDUZIDOS ou
BAIXO VALOR ENERGÉTICO, ou frase "este não é um alimento
com valor energético reduzido" ou frase equivalente, quando
a redução de mais de 25% de açúcar implicar em aumento ou
manutenção do valor energético do produto.

Gorduras Totais
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Redução mínima de 25% em Gorduras Totais e diferença maior
que
Reduzido 3 g gorduras / 100 g (sólidos)
1,5 g gorduras/ 100 ml (líquidos)

Gorduras Saturadas
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Redução mínima de 25% em gorduras saturadas e diferença
maior que
Reduzido 1,5 g de gordura saturada / 100 g (sólidos)
0,75 g de gordura saturada / 100 ml (líquidos)

e
Energia fornecida por gorduras saturadas deve ser no máximo
10% do Valor Energético Total

575
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Colesterol
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Redução mínima de 25% em colesterol

e diferença maior que


20 mg colesterol / 100 g (sólidos)
10 mg colesterol / 100 ml (líquidos)
Reduzido e

Máximo de 1,5 g de gordura saturada/100 g (sólidos) e


Energia fornecida por gorduras saturadas deve ser no máximo 10% do
Valor Energético Total
Para as informações nutricionais complementares relativas à gordura
saturada e colesterol, os ácidos graxos trans devem ser computados no
cálculo de gorduras saturadas (quando aplicável)

Sólido
Atributo Condições no produto para consumo
Redução mínima de 25% em Sódio
e diferença maior que
Reduzido 120 mg / 100 g (sólidos)
120 mg / 100 ml (líquidos)

Proteínas
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Aumento mínimo de 25% do teor de proteínas
e diferença maior que

Proteína
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Aumentado 10% IDR / 100 g para sólidos
5% IDR / 100 ml para líquidos

Fibras
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Aumento mínimo de 25% do teor de fibras alimentares e diferença
maior que
Aumentado 3g / 100 g para sólidos
1,5g / 100 ml para líquidos

Vitaminas
Atributo Condições no produto pronto para consumo
Aumento mínimo de 25% do teor de vitaminas e diferença maior que
Aumentado 15% IDR / 100g para sólidos
7,5% IDR / 100 ml para líquidos

OBSERVAÇÃO: para efeito de rotulagem, VCT (Valor Calórico Total) e VET (Valor
Energético Total) podem ser utilizados como sinônimos.
6 - REFERÊNCIAS
6.1 Codex Alimentarius Commission. Alinorm 97/22, Appendix II, Guidelines for Use of Nutrition Claims.
6.2 Codex Alimentarius Commission. Alinorm 97/22, Appendix II , Table of Condition for Nutrient Content (Part.
A).
6.3 Codex Alimentarius Commission. Alinorm 97/22, Appendix II, Table of Condition for Nutrient Content (Part.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
576 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
PORTARIA Nº 29, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

B).
6.4 Proposta Brasileira para Regulamento Técnico para Informação Nutricional Complementar, Declarações
Relacionadas ao Conteúdo de Nutrientes,
Anexo B2, Acta 04/97 MERCOSUL (reunião de novembro de 1997).
6.5 Code of Federal Regulations, Part 101, Labeling

ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS

PORTARIA Nº 29, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

A Secretária de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições


legais, considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de
controle sanitário na área de alimentos visando a proteção 1a saúde da população e
a necessidade de fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que
devem obedecer os ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS; resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico referente a Alimentos para Fins Especiais,
constante do anexo desta Portaria.
Art. 2º As empresas têm o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data da
publicação deste Regulamento, para se adequarem ao mesmo.
Art. 3º O descumprimento aos termos desta Portaria constitui infração sanitária sujeita
aos dispositivos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais disposições
aplicáveis.
Art. 4º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação e revogam-se as
disposições em contrário, em especial a Portaria nº 234, de 21 de maio de 1996;
Portaria nº 422, de 23 de agosto de 1996, do Ministério da Saúde - Secretaria de
Vigilância Sanitária e Resolução CNNPA nº 23/76.
MARTA NOBREGA MARTINEZ

ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS


1.ALCANCE
1.1. Objetivo
Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer
os Alimentos para Fins Especiais.
1.2. Âmbito de Aplicação
O presente regulamento se aplica aos Alimentos para Fins Especiais tais como
classificados no item 2.2.
Excluem-se desta categoria:
- alimentos Adicionados de Nutrientes Essenciais
- Bebidas Dietéticas e ou de Baixas Calorias e ou Alcoólicas

577
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

- Suplementos Vitamínicos e ou de Minerais


- Produtos que contenham substâncias medicamentosas ou indicações terapêuticas
- Aminoácidos de forma isolada e combinada.
2. DESCRIÇÃO
2.1 Definição
São os alimentos especialmente formulados ou processados, nos quais se introduzem
modificações no conteúdo de nutrientes, adequados à utilização em dietas,
diferenciadas e ou opcionais, atendendo às necessidade de pessoas em condições
metabólicas e fisiológicas específicas.
2.2 Classificação
Os alimentos para Fins Especiais classificam-se em:
2.2.1 Alimentos para dietas com restrição de nutrientes
a) alimentos para dietas com restrição de carboidratos
b) alimentos para dietas com restrição de gorduras
c) alimentos para dietas com restrição de proteínas
d) alimentos para dietas com restrição de sódio
e) outros alimentos destinados a fins específicos.
2.2.2 Alimentos para ingestão controlada de nutrientes
a) alimentos para controle de peso
b) alimentos para praticantes de atividade física
c) alimentos para dietas para nutrição enteral
d) alimentos para dietas de ingestão controlada de açúcares
e) outros alimentos destinados a fins específicos
2.2.3 Alimentos para grupos populacionais específicos
a) alimentos de transição para lactentes e crianças de primeira infância
b) alimentos para gestantes e nutrizes
c) alimentos à base de cereais para alimentação infantil
d) fórmulas infantis
e) alimentos para idosos
f) outros alimentos destinados aos demais grupos populacionais específicos.
2.3 Designação
A denominação dos Alimentos para Fins Especiais é a designação do alimentos
convencional de acordo com a legislação específica, seguida da finalidade a que se
destina, exceto para os adoçantes para dietas com restrição de sacarose, glicose
(dextrose) e ou frutose, cuja designação é “Adoçante Dietético”, e para os alimentos
classificados nos itens 2.2.2.b.
3. REFERÊNCIAS
3.1 Codex Alimentaius (Codex STAN 146 - 1985 - Foods for Especial Dietary Uses)
3.2 Diretiva do Conselho da União Européia (89/398/CEE) - relativa à alimentação

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especial
3.4 Code of Federal Regulations Cap. 21, part. 105 (1996)

4. CARACTERÍSTICAS DE COMPOSIÇÃO E QUALIDADE


4.1 Alimentos para dietas com restrição de nutrientes.
4.1.1 Alimentos para dietas com restrição de carboidratos.
4.1.1.1 Alimentos para dietas com restrição de sacarose, frutose e ou glicose
(dextrose):
Alimentos especialmente formulados para atender às necessidades de pessoas
com distúrbios no metabolismo desses açúcares. Podem conter no máximo 0,5 g de
sacarose, frutose e ou glicose por 100g ou 100mL do produto final a ser consumido.
4.1.1.2 Alimentos para dietas com restrição de outros mono-e ou dissacarídios:
Alimentos especialmente formulados para atender às necessidades de portadores de
intolerância à ingestão de dissacarídios e ou portadores de erros inatos do metabolismo
de carboidratos. Podem conte no máximo 0,5g do nutriente em referência, por 100g
ou 100mL do produto final a ser consumido.
4.1.1.3 Adoçantes com restrição de sacarose, frutose e ou glicose - Adoçante
Dietético:
Adoçantes formulados para dietas com restrição de sacarose, frutose e ou glicose,
para atende às necessidades de pessoas sujeitas à restrição desses carboidratos. As
matérias-primas sacarose, frutose e glicose não podem ser utilizadas na formulação
desses produtos alimentícios.
4.1.2 Alimentos para dietas com restrição com gorduras:
Alimentos especialmente formulados para pessoas que necessitam de dietas com
restrição de gorduras. Podem conter no máximo 0,5g de gordura total por 100g ou
100mL do produto final a ser consumido.
4.1.3. Alimentos para dietas com restrição de proteínas:
Alimentos especialmente elaborados para atender às necessidade de portadores
de erros inatos do metabolismo, intolerâncias, síndromes de má absorção e outros
distúrbios relacionados à ingestão de aminoácidos e ou proteínas. Estes produtos
devem ser totalmente isentos do componente associado ao distúrbio.
4.1.4 Alimentos para dietas com restrição de sódio.
4.1.4.1. Alimentos hipossódicos:
Alimentos especialmente elaborados para pessoas que necessitem de dietas com
restrição de sódio, cujo valor dietético especial é o resultado da redução ou restrição
de sódio.
4.2 Alimentos para ingestão controlada de nutrientes.
4.2.1 Alimentos para controle de peso
Classificados e normatizados por regulamento específico.
4.2.2 Alimentos para praticantes de atividade física.
Classificados e normatizados por regulamento específico.

579
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4.2.3 Alimentos para dietas para nutrição enteral.


Classificados e normatizados por regulamento específico.
4.2.4 Alimentos para dietas de ingestão controlada de açúcares:
Alimentos especialmente formulados para atender às necessidade de pessoas que
apresentem distúrbios do metabolismo de açúcares, não devendo ser adicionados de
açúcares. É permitida a presença dos açúcares naturalmente existentes nas matérias
utilizadas.
4.3 Alimentos para grupos populacionais específicos:
Os alimentos para grupos populacionais específicos devem atender às necessidades
fisiológicas pertinentes, classificados e normatizados por regulamentos específicos.
5. INGREDIENTES, ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA
5.1 Os coadjuvantes de tecnologia e os aditivos terão, quando for o caso, limites e
condições de emprego mencionados nos seus padrões específicos.
5.2 É permitida a utilização de aditivos e coadjuvantes de tecnologia nos mesmos
limites previstos para os alimentos convencionais similares, desde que não venham
alterar a finalidade a que o alimento se propõe.
5.3 É permitida a utilização de aditivos e coadjuvantes de tecnologia não previstos
nos alimentos convencionais similares, desde que apresentada a comprovação
técnico-científica dos níveis de segurança toxicológica dos aditivos e coadjuvantes de
tecnologia e justificativa tecnológica de uso, acrescidas da proposta para inclusão ou
extensão de uso, para que sejam avaliadas pelo órgão competente.
5.4 É permitida a utilização de matérias-primas não usualmente empregadas nos
alimentos convencionais, porém tecnologicamente necessárias.
6. CONTAMINANTES
6.1 Resíduos de agrotóxicos
Devem estar em consonância com os níveis toleráveis nas matérias-primas
empregadas, estabelecidos pela legislação específica.
6.2 resíduos de aditivos dos ingredientes
Os remanescentes doa aditivos somente serão tolerados quando em correspondência
com a quantidade de ingredientes empregados, obedecida a tolerância fixada para os
mesmos.
6.3 Contaminantes inorgânicos
Devem obedecer aos imites estabelecidos pela legislação específica.
7. HIGIENE
Os Alimentos para Fins Especiais devem ser preparados, manipulados, acondicionados
e conservados conforme as Boas Práticas de Fabricação (BPF), atender aos padrões
microbiológicos, microscópicos e físico-químicos estabelecidos pela legislação
específica.
8. ROTULAGEM
Os Alimentos para Fins Especiais devem atender às normas de rotulagem geral,
nutricional e específicas do alimento convencional dispostas no respectivo Regulamento
Técnico, quando for o caso.

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NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
PORTARIA Nº 29, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

Quando qualquer informação nutricional complementar for utilizada, deve estar de


acordo com o regulamento de Informação Nutricional Complementar.
8.1 No painel principal devem constar:
8.1.1 designação do alimento, de acordo com a legislação específica, seguida da
finalidade a que se destina em letras da mesma cor e tamanho
8.1.2 O termo “diet” pode, opcionalmente, ser utilizado para os alimentos classificados
no item 2.2.1, e para os alimentos exclusivamente empregados para controle de
peso, classificados no item 2.2.2a, e alimentos para dieta de ingestão controlada de
açúcares, classificados no item 2.2.2.d
8.2 Nos demais painéis de embalagem
8.2.1 A informação nutricional, em caráter obrigatório, de acordo com a norma de
rotulagem Nutricional.
8.2.2 A instrução clara do modo de preparo, quando não for apresentada à venda
pronto para o consumo.
8.2.3 A instrução dos cuidados de conservação e armazenamento, antes e depois de
abrir a embalagem, quando for o caso.
As seguintes informações devem constar em destaque e em negrito.
8.2.4 :”Diabéticos: contém (especificar o mono- e ou dissacarídio)”, quando os
Alimentos para Fins especiais, constantes nos itens
2.2.1 e 2.2.2 (exceto os itens 2.2.1.d, 2.2.2.c) contiverem mono- e ou dissacarídios
(glicose, frutose, e ou sacarose, conforme o caso).
8.2.5 A “informação: Contém fenilalanina”, para os alimentos nos quais houver adição
de aspartame.
8.2.6 A informação: “Este produto pode Ter efeito laxativo”, para os alimentos cuja
previsão razoável de consumo resulte na ingestão
diária superior a 20g de manitol, 50g de sorbitl, 90g de pelidextrose ou de outros
polióis que possam Ter efeito laxativo.
8.2.7 A orientação: “Consumir preferencialmente sob orientação nutricional ou médico”.
A orientação constante dos regulamentos
específicos das classificações dos Alimentos para Fins Especiais deve s prevalecer
quanto diferir desta orientação.
9. PESOS E MEDIDAS
Deve, obedecer à legislação específica.
10. REGISTRO
10.1 Os Alimentos para Fins Especiais estão sujeitos aos mesmos procedimentos
administrativos exigidos para o registro de alimentos em geral.
10.2 Os alimentos classificados nos itens 2.2.1.e, 2.2.2.e, 2.2.3.f, devem apresentar
comprovação técnico-científica da eficácia da adequação para a finalidade a que
se propõem, acrescidos da proposta de Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ),
para que sejam avaliados pelo órgão competente, além da indicação da metodologia
analítica utilizada pela empresa para dosagem do(s) componente(s) ligado(s) ao(s)
atributo(s).

581
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

11. CONSIDERAÇÕES GERAIS


11.1 Os Alimentos para Fins Especiais poder ser comercializados fracionados ou à
granel, desde que no ponto de venda ao consumidor final sejam afixadas, em lugar
visível, as exigências de rotulagem constantes deste regulamento.
11.2 As embalagens ou rótulos dos alimentos classificados no item 2.2.1 e 2.2.2.
devem diferenciar-se das embalagens ou rótulos dos alimentos convencionais ou
similares correspondentes da mesma empresa
11.3 O Ministério da Saúde estabelecerá padrões específicos para os diversos tipos
de Alimentos para Fins Especiais, quando for o caso

ALIMENTOS PARA CONTROLE DE PESO

PORTARIA Nº 30, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

A Secretária de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições


legais e considerando:
o desenvolvimento de produtos destinados a serem utilizados como substitutos de
refeições
que fornecem determinadas quantidades de macronutrientes e micronutrientes
essenciais;
que se deve definir limites para fixação do valor energético dos alimentos objeto deste
regulamento;
o estágio atual dos conhecimentos sobre estes alimentos;
a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle sanitário na área
de alimentos visando a proteção à saúde da população e a necessidade de fixar
a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer os
ALIMENTOS PARA CONTROLE DE PESO; resolve:
Art. 1º - Aprovar o Regulamento Técnico referente a Alimentos para Controle de Peso,
constante do anexo desta Portaria.
Art. 2º - As empresas têm o prazo de 180 (cento e oitenta dias) a contar da data da
publicação deste Regulamento para se adequarem ao mesmo.
Art. 3º - O descumprimento aos termos desta Portaria constitui infração sanitária
sujeita aos dispositivos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais disposições
aplicáveis.
Art. 4° - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogada as
disposições em contrário.
MARTA NOBREGA MARTINEZ

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ANEXO

REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE


DE ALIMENTOS PARA CONTROLE DE PESO
1. ALCANCE
1.1. Objetivo
Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer
os Alimentos para Controle de Peso.
1.2. Âmbito de Aplicação
O presente regulamento se aplica aos Alimentos para Controle de Peso definidos no
item 2.1. deste regulamento.
Excluem-se deste regulamento:
- alimentos adicionados de nutrientes essenciais
- produtos que contenham substâncias medicamentosas ou indicações terapêuticas
- alimentos para praticantes de atividade física
2. DESCRIÇÃO
2.1. Definição
São os alimentos especialmente formulados e elaborados de forma a apresentar
composição definida, adequada a suprir parcialmente as necessidades nutricionais
do indivíduo e que sejam destinados a propiciar redução, manutenção ou ganho de
peso corporal.
2.2. Classificação
Os Alimentos para Controle de Peso classificam-se em:
2.2.1. Alimentos para Redução ou Manutenção de Peso por Substituição Parcial das
Refeições ou para Ganho de Peso por Acréscimo às Refeições
Alimentos que se destinados à redução de peso podem substituir até duas refeições
da dieta diária; quando destinados à manutenção do peso corporal, podem substituir
uma refeição diária. Quando destinados ao ganho de peso, até duas porções do
alimento podem ser acrescentadas à dieta convencional diária. Estes alimentos não
devem se constituir em fonte nutricional exclusiva da dieta diária total.
2.2.2. Alimentos para Redução de Peso por Substituição Total das Refeições
Alimentos especialmente formulados e elaborados de forma a apresentarem
composição definida, cujo consumo se destina a substituição total das refeições, com
a finalidade de redução de peso corporal.
2.3. Designação
É a denominação da categoria do alimento similar convencional, de acordo com a
legislação específica, seguida da finalidade a que se destina.
3. REFERÊNCIAS
3.1. Codex Alimentarius: Formula Foods for Use in Weight Control Diets - CODEX STAN 181-1991
3.2. CE: Commission Directive 96/8/CE, de 26.02.96, Official Journal of the European Communities de 06.03.96
- Foods intended for use in energy restricted diets for weight reduction

583
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
A composição e requisitos referem-se ao produto pronto para o consumo.
4.1. Energia
A energia fornecida pelo alimento classificado em 2.2.1. não deve ser inferior a 200
kcal (840 kJ) nem exceder a 400 kcal (1.680 kJ) por porção pronta para o consumo.
A energia fornecida pelo alimento classificado em 2.2.2. não deve ser inferior a 800
kcal (3.350 kj) nem exceder a 1200 kcal (5.020 kJ). As porções individuais contidas
nestes produtos deverão fornecer aproximadamente 1/3 (um terço) ou 1/4 (um quarto)
do valor energético total do produto, dependendo do número de porções diárias
recomendadas, sejam 3 ou 4.
4.2. Proteínas
4.2.1. As proteínas presentes nos Alimentos para Redução ou Manutenção de Peso
por Substituição Parcial das Refeições ou para Ganho de Peso por Acréscimo às
Refeições devem fornecer no mínimo 25% e no máximo 50% do valor energético total
desses alimentos. A ingestão total diária de proteínas não deve exceder a 125g.
4.2.2. As proteínas devem:
4.2.2.1. ser de qualidade nutricional no mínimo equivalente à composição aminoacídica
das proteínas do ovo ou do leite ou da carne (proteínas de referência), na fonte referida
no Anexo A, sempre nas edições mais recentes;
4.2.2.2. quando a qualidade protéica for inferior à da proteína de referência, as
concentrações mínimas da proteína devem ser aumentadas para compensar a baixa
qualidade protéica. Nenhuma proteína com qualidade inferior a 80% da de referência
pode ser usada nos Alimentos para Redução ou Manutenção de Peso por Substituição
Parcial das Refeições ou para Ganho de Peso por Acréscimo às Refeições, salvo se
a qualidade protéica for corrigida conforme item 4.2.2.3.
4.2.2.3. os aminoácidos essenciais podem ser adicionados para melhorar a qualidade
protéica somente em quantidades necessárias para esta finalidade. Somente a forma
“L” de aminoácidos devem ser usadas, com exceção da DL-metionina.
4.3. Lipídios e Ácido Linoléico
A energia fornecida pelos lipídios deve ser no máximo de 30% do valor energético total
do alimento, incluindo o mínimo de 3% da energia proveniente dos lipídios derivados
do ácido linoléico.
4.4. Vitaminas e Minerais
Os Alimentos para Redução ou Manutenção de Peso por Substituição Parcial das
Refeições ou para Ganho de Peso por Acréscimo às Refeições devem fornecer por
porção, na refeição substituída, no mínimo 33% da quantidade de vitaminas e minerais
constantes do ANEXO B
Os Alimentos para Redução de Peso por Substituição Total das Refeições devem
fornecer por dia pelo menos 100% das quantidades de vitaminas e minerais constantes
do ANEXO B.
É permitida a adição de outros nutrientes essenciais não especificados no ANEXO B,
desde que seja respeitado o limite máximo de 100% da IDR por dia.
4.5. Ingredientes

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NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
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Os Alimentos para Controle de Peso devem ser elaborados com elementos constituintes
de proteínas de origem animal e/ou vegetal próprios para consumo humano e com
outros ingredientes apropriados para atingir a composição essencial dos alimentos
para atender o item 4 deste regulamento.
É permitida a utilização de ingredientes não usualmente empregados nos alimentos
convencionais, desde que apresentada a justificativa tecnológica e não venham a
alterar a finalidade a que o alimento se propõe.
5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA
É permitida a utilização de aditivos intencionais e coadjuvantes de tecnologia nos
mesmos limites previstos para os alimentos convencionais similares, desde que não
venham a alterar a finalidade a que o alimento se propõe.
6. CONTAMINANTES
6.1. Resíduos de Agrotóxicos
Devem estar em consonância com os níveis toleráveis nas matérias-primas
empregadas, estabelecidos pela legislação específica.
6.2. Resíduos de Aditivos dos Ingredientes
Os remanescentes dos aditivos somente serão tolerados quando em correspondência
com a quantidade de ingredientes empregados, obedecida a tolerância fixada para os
mesmos.
6.3. Contaminantes Inorgânicos
Devem obedecer os limites estabelecidos pela legislação específica.
7. HIGIENE
Os Alimentos para Controle de Peso devem ser preparados, manipulados, processados,
acondicionados e conservados conforme as Boas Práticas de Fabricação (BPF),
atender aos padrões microbiológicos, microscópicos e físico-químicos estabelecidos
por legislação específica.
8. ROTULAGEM
Os Alimentos para Controle de Peso devem atender às normas de rotulagem em
geral e também às normas de rotulagem dos Alimentos para Fins Especiais. Quando
qualquer informação nutricional complementar for utilizada, deve estar de acordo com
o regulamento de Informação Nutricional Complementar.
Devem ainda constar:
8.1. No painel principal
8.1.1. Designação do alimento conforme item 2.3.
8.1.2. A orientação em destaque e em negrito: “Consumir somente sob supervisão de
médico e/ou de nutricionista”, para os alimentos classificados no item 2.2.2.
8.2. Nos demais painéis da embalagem:
8.2.1. A informação nutricional, de acordo com o regulamento de Rotulagem Nutricional,
em caráter obrigatório.
8.2.2. Os valores nutricionais devem ser declarados por 100g ou 100mL do alimento
tal como exposto à venda e ainda, obrigatoriamente, por porção, indicando também o
número de porções contidas na embalagem.

585
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

8.2.3. Se nas instruções de uso houver indicação de que o alimento deve ser preparado
com outro(s) ingrediente(s), deve-se declarar o valor nutricional da combinação final,
de acordo com o item 8.2.2.
8.2.4. A instrução do modo de uso do alimento para redução, manutenção ou ganho
de peso corporal.
8.2.5. A orientação em destaque e em negrito: “Ao consumir este alimento aumentar
a ingestão diária de água” .
8.2.6. A orientação em destaque e em negrito: “Este produto não deve ser usado na
gestação, amamentação e por lactentes, crianças, adolescentes e idosos, exceto sob
indicação de médico ou nutricionista”, para o Alimento para Redução ou Manutenção
de Peso por Substituição Parcial das Refeições ou para Ganho de Peso por Acréscimo
às Refeições.
8.3. A rotulagem não deve fazer menção ao eventual ritmo ou quantidade de redução
ou ganho de peso resultante do consumo dos Alimentos para Controle de Peso, nem
a qualquer diminuição da sensação de fome ou aumento da sensação de saciedade.
9. PESOS E MEDIDAS
Devem obedecer à legislação específica.
10. REGISTRO
Os Alimentos para Controle de Peso estão sujeitos aos mesmos procedimentos
administrativos exigidos para o registro de alimentos em geral.

ANEXO A
COMPOSIÇÃO DE AMINOÁCIDOS DE PROTEÍNAS DE BOA QUALIDADE
Aminoácidos Composição Observada
(mg/g de proteína Ovo Leite de Vaca Carne Bovina
crua)
Histidina 22 27 34
Isoleucina 54 47 48
Leucina 86 95 81
Lisina 70 78 89
Metionina+ cistina 57 33 40
Fenilalanina + 93 102 80
tirosina
Treonina 47 44 46
Triptofano 17 14 12
Valina 66 64 50
Total
incluída histidina 512 504 479
excluída histidina 490 477 445
Fonte: FAO/WHO/ UNU Expert Consultation. Energy & Protein Requirements. WHO
Tech. Rept. Ser. Nº 724. World Health Organization, Geneva, Switzerland. (1985).

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ANEXO B
VITAMINAS E MINERAIS PARA OS ALIMENTOS PARA CONTROLE DE PESO
NUTRIENTE UNIDADE QUANTIDADE
Vitamina A mcg RE (1) 600
Vitamina D mcg (2) 2,5
Vitamina B1 (Tiamina) mg 0,8
Vitamina B2 (Riboflavina) mg 1,2
Niacina mg NE (3) 11
Ácido Pantotênico (*) mg 3
Vitamina B6 (Piridoxina) mg 2
Vitamina B12 (Cianocobalamina) mcg 1
Vitamina C mg 30
Vitamina E (Tocoferóis) mg a -TE (4) 10
Biotina (*) mcg 15
Ácido Fólico mcg 200
Cálcio mg 500
Fósforo mg 500
Magnésio mg 350
Ferro mg 16
Zinco mg 6
Cobre mg 1,5
Iodo mcg 140
Selênio (*) mcg 55
Manganês (*) mg 1
Potássio g 1,6
Sódio (*) mg 575

(1) 1 UI = 0,3 mcg de retinol equivalente ou 1,8 mcg de beta-caroteno


(2) Sob a forma de colicalciferol. 1mcg de colicalciferol = 40 UI.
(3) 1 mg de niacina equivalente = 1 mg de niacina ou 60 mg de triptofano da dieta.
(4) 1 alfa tocoferol equivalente = 1 mg d-alfa-tocoferol = 1,49 UI = 1,49 mg d-L-alfa acetato de tocoferila
Fontes: Codex Alimentarius: Formula Foods for Usse in Weight Control Diets - CODEX STAN 181-1991 - ítem
3.2.3.1 e (*) Diretiva 96/8/CE, de 26.02.96

587
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

ALIMENTOS ADICIONADOS DE NUTRIENTES ESSENCIAIS

PORTARIA N º 31, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

O Secretário de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições


legais e considerando:
a necessidade de atualizar as normas de adição de nutrientes essenciais aos
alimentos;
a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle sanitário na área
de alimentos visando a proteção à saúde da população e a necessidade de fixar
a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer os
ALIMENTOS ADICIONADOS DE NUTRIENTES ESSENCIAIS, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico referente a Alimentos Adicionados de Nutrientes
Essenciais, constante do anexo desta Portaria.
Art. 2º As empresas têm o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data da
publicação deste Regulamento, para se adequarem ao mesmo.
Art. 3º O descumprimento aos termos desta Portaria constitui infração sanitária sujeita
aos dispositivos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais disposições
aplicáveis.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as
disposições em contrário e, em especial , o item Alimentos Enriquecidos da Resolução
CNNPA nº 12/78 .
GONZALO VECINA NETO

ANEXO

REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE


ALIMENTOS ADICIONADOS DE NUTRIENTES ESSENCIAIS
1. ALCANCE
1.1. Objetivo
Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer
os Alimentos Adicionados de Nutrientes Essenciais, com exceção das adições de
nutrientes essenciais previstas em regulamentos específicos.
1.2. Âmbito de Aplicação
Aplica-se a todos os alimentos aos quais se adicionam nutrientes essenciais.
2. DESCRIÇÃO
2.1. Definições
2.1.1. Considera-se alimento fortificado/enriquecido ou simplesmente adicionado de
nutrientes todo alimento ao qual for adicionado um ou mais nutrientes essenciais
contidos naturalmente ou não no alimento, com o objetivo de reforçar o seu valor
nutritivo e ou prevenir ou corrigir deficiência(s) demonstrada(s) em um ou mais
nutrientes, na alimentação da população ou em grupos específicos da mesma.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
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NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
PORTARIA N º 31, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

2.1.2. Considera-se alimento restaurado ou com reposição de nutrientes essenciais,


todo alimento ao qual for(em) adicionado(s) nutriente(s) com a finalidade de
repor, quantitativamente, aquele(s) reduzido(s) durante o processamento e ou
armazenamento do alimento.
2.1.3. Nutriente: qualquer substância normalmente consumida como um constituinte
do alimento e que:
a) fornece energia; ou
b) é necessário para o crescimento, desenvolvimento e manutenção da saúde; ou
c) cuja deficiência resulta em mudanças bioquímicas e fisiológicas no organismo.
2.1.4. Nutriente essencial: toda substância normalmente consumida para o crescimento,
desenvolvimento e manutenção da saúde e que não é sintetizada pelo organismo ou é
sintetizada, porém em quantidade insuficiente.
2.2. Classificação
2.2.1. Alimentos Enriquecidos/Fortificados ou Alimentos Simplesmente Adicionados
de Nutrientes:
2.2.1.1. para Fins de Programas Institucionais
2.2.1.2. para Fins Comerciais
2.2.2. Alimentos Restaurados ou com Reposição de ... [especificando o(s)
nutriente(s)]
2.3. Designação
De acordo com as definições do item 2.1. e os critérios dispostos no item 9.
3. REFERÊNCIAS
3.1. Codex Alimentarius: CAC/GL 09-1987 (General Principles for the Addition of
Essencial Nutrients to Foods).
3.2. Resolução GMC nº 18/94: Doses Diárias Recomendadas (DDR) para vitaminas
ou minerais (DDR - MERCOSUL).
3.3. FAO/WHO/ UNU Expert Consultation. Energy & Protein Requirements. WHO
Tech. Rept.Ser. Nº 724. World Health Organization, Geneva, Switzerland. (1985).
3.4. Portaria n º 34/80 SNVS/MS: Alimentos para Programas Institucionais.
3.5. RDA/NRC/NAS (Recommended Dietary Allowance/National Research Council/
National Academy of Science), USA, 1989.
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
4.1. Composição
4.1.1. Ingredientes:
- Minerais, na forma elementar, sal ou composto de comprovada biodisponibilidade:
Cálcio
Cobre
Ferro
Fósforo
Iodo

589
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Zinco
Selênio
Molibdênio
Cromo
Flúor
Manganês
Magnésio
outros minerais cujo uso venham a ser recomendados pelo Codex Alimentarius.
- Vitaminas, nas formas e sais derivados de comprovada biodisponibilidade:
Retinol (Vitamina A) ; beta caroteno ou outra pró-vitamina A ou mistura delas;
Vitamina D;
Tiamina (Vitamina B1);
Riboflavina (Vitamina B2);
Niacina (Vitamina B3 ou PP), niacinamida ou ácido nicotínico;
Ácido pantotênico (Vitamina B5);
Piridoxina (Vitamina B6);
Cianocobalamina (Vitamina B12);
Vitamina K;
Folacina ou ácido fólico;
Biotina (Vitamina H);
Tocoferóis (Vitamina E);
Ácido ascórbico (Vitamina C) ou seus sais.
- Aminoácidos: essenciais e não essenciais na sua forma levógira com exceção da
DL metionina.
NOTA:
Para garantir a dosagem especificada na rotulagem, é permitida a sobredosagem dos
nutrientes, desde que justificada tecnologicamente.
4.2. Requisitos
4.2.1. Fatores de Qualidade
Na adição de nutrientes essenciais, nenhuma substância nociva ou inadequada
deve ser introduzida ou formada como conseqüência da adição de vitaminas, sais
minerais, aminoácidos, ou como conseqüência de processamento com o propósito
de estabilização.
4.2.2. Características Gerais
As características sensoriais e físico-químicas devem obedecer aos Padrões de
Identidade e Qualidade dos alimentos convencionais.
4.2.3. Acondicionamento
A embalagem do produto deve obedecer os padrões estabelecidos na legislação .

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590 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
PORTARIA N º 31, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA


Podem ser empregados os aditivos alimentares, os coadjuvantes de tecnologia de
fabricação e outros ingredientes necessários para a adição e ou estabilização do(s)
nutriente(s), previsto(s) na legislação pertinente.
6. CONTAMINANTES
6.1. Resíduos de agrotóxicos
Devem estar em consonância com os níveis toleráveis nas matérias-primas
empregadas, estabelecidos pela legislação específica.
6.2. Resíduos de aditivos dos ingredientes
Os remanescentes dos aditivos somente serão tolerados quando em correspondência
com a quantidade de ingredientes empregados, obedecida a tolerância fixada para os
mesmos.
6.3. Contaminantes inorgânicos
Devem obedecer os limites estabelecidos pela legislação específica.
7. HIGIENE
Os Alimentos Adicionados de Nutrientes Essenciais devem ser preparados,
manipulados, processados, acondicionados e conservados conforme as Boas Práticas
de Fabricação (BPF), atender aos padrões microbiológicos, microscópicos e físico-
químicos estabelecidos por legislação específica.
8. PESOS E MEDIDAS
Devem atender à legislação específica.
9. CRITÉRIOS PARA ADIÇÃO DE NUTRIENTES ESSENCIAIS
9.1. O nutriente deve estar presente em concentrações que não impliquem ingestão
excessiva ou insignificante do nutriente adicionado, considerando as quantidades
derivadas de outros alimentos da dieta e as necessidades do consumidor a que se
destina.
9.2. A adição do nutriente deve considerar a probabilidade de ocorrência de interações
negativas com nutrientes ou outros componentes presentes no alimento.
9.3. O nutriente adicionado deve ser biodisponível e seguro.
9.4. A adição de nutrientes essenciais não deve alcançar níveis terapêuticos no
alimento em que o(s) nutriente(s) está(ão) sendo adicionado(s).
9.5. Para os Alimentos Simplesmente Adicionados de Nutrientes:
9.5.1 - È permitido a adição de vitaminas e de minerais desde que 100mL ou 100g
do produto, pronto para o consumo, forneçam no máximo 7,5% da IDR de referência,
no caso de líquidos, e 15% da IDR de referência, no caso de sólidos. Essa adição só
poderá ser declarada na lista de ingredientes e ou na Tabela de Informação Nutricional
(desde que o alimento forneça no mínimo 5% da IDR por 100g ou 100 mL do produto
pronto para consumo).
9.5.2 - É permitido, também, a adição de vitaminas e de minerais desde que 100mL
ou 100g do produto, pronto para o consumo, forneçam no mínimo 7,5% da IDR de
referência, no caso de líquidos e 15% da IDR de referência, no caso de sólidos.
Esses alimentos, de acordo com o Regulamento Técnico de Informação Nutricional

591
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Complementar, poderão ter o “claim” FONTE.


9.6. Para Alimentos Enriquecidos ou Fortificados é permitido o enriquecimento ou
fortificação desde que 100mL ou 100g do produto, pronto para consumo, forneçam no
mínimo 15% da IDR de referência, no caso de líquidos, e 30% da IDR de referência,
no caso de sólidos. Esses alimentos, de acordo com o Regulamento Técnico de
Informação Nutricional Complementar, poderão ter o “claim”: Alto Teor ou Rico.
9.7. Nos “Alimentos Enriquecidos/Fortificados para Programas Institucionais” é
permitido o enriquecimento ou fortificação sempre que houver justificativa de ordem
nutricional reconhecida por órgão competente comprovando:
a) níveis baixos de ingestão do(s) nutriente(s) determinado(s) por estudo(s)
epidemiológico(s);
b) que o alimento selecionado como veículo do nutriente é consumido significativamente
(ou poderá vir a sê-lo) pela população que apresenta ou é vulnerável à(s)
carência(s);
c) que a adição seja compatível com o déficit da população afetada.
9.8. Nos “Alimentos Restaurados” ou “com Reposição de” é permitida a restauração
quando as vitaminas e ou minerais presentes naturalmente nesses alimentos
fornecerem no mínimo 10% da IDR em 100g ou 100mL do alimento pronto para o
consumo.
9.9. As IDR mencionadas neste Regulamento devem obedecer a legislação
específica.
9.10. A adição de aminoácidos específicos é permitida somente para repor os níveis dos
mesmos no alimento original, perdidos em função do processamento, ou para corrigir
limitações específicas de produtos formulados à base de proteínas incompletas, em
quantidade suficiente para atingir alto valor biológico, no mínimo comparável ao das
proteínas do leite, carne ou ovo (Anexo A).
10. ROTULAGEM
10.1. A rotulagem dos alimentos adicionados de nutrientes essenciais não deve induzir
o consumidor a erro ou engano quanto ao valor nutricional dos mesmos.
10.2. É proibida toda e qualquer expressão de natureza terapêutica.
10.3. Os Alimentos Adicionados de Nutrientes Essenciais devem atender às Normas
de Rotulagem Geral, conforme legislação específica. A Rotulagem Nutricional é
obrigatória para aqueles alimentos que façam declarações de propriedades nutricionais
das vitaminas e minerais.
10.3.1. No painel principal:
10.3.1.1. Para os Alimentos Enriquecidos/Fortificados:deve constar a designação do
alimento convencional e uma das seguintes expressões: “Enriquecido (Fortificado) com
Vitamina(s).....”, “Vitaminado”, “Enriquecido (Fortificado) com Minerais”, “Enriquecido
(Fortificado) com Vitaminas e Minerais”, “Enriquecido (Fortificado) com ...” , “Rico em
...” [especificando o nome da(s) vitamina(s) e ou mineral(is)], “Rico em Vitaminas”,
“Rico em Minerais” , “Rico em Vitaminas e Minerais”.
10.3.1.2. Para os Alimentos Restaurados, é opcional o uso dos termos “Restaurado
com ...” ou “Com reposição de ...” (especificando sempre os nutrientes adicionados).

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NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
PORTARIA N º 32, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

10.3.2. Nos demais painéis:


10.3.2.1. Indicação da porção recomendada e o modo de preparo, quando for o
caso.
10.3.2.2. Composição nutricional em relação a % da IDR de forma quantitativa por
100g ou 100mL e, ainda, opcionalmente, por porção, quando se indicar o número de
porções contida na embalagem.
10.3.3. Instruções de conservação, armazenamento e transporte, quando for o caso.
10.4. Os Alimentos Enriquecidos/Fortificados para Programas Institucionais devem
ainda observar a Portaria 34/80 SNVS/MS.
11. REGISTRO
Os Alimentos Adicionados de Nutrientes Essenciais estão sujeitos aos mesmos
procedimentos administrativos exigidos para o registro de alimentos em geral.

ANEXO A
COMPOSIÇÃO DE AMINOÁCIDOS DE PROTEÍNAS DE BOA QUALIDADE
Aminoácidos Composição Observada
(mg/g de proteína crua) Leite Humano Ovo Leite de Vaca Carne Bovina
Histidina 26 22 27 34
Isoleucina 46 54 47 48
Leucina 93 86 95 81
Lisina 66 70 78 89
Metionina+ cistina 42 57 33 40
Fenilalanina + tirosina 72 93 102 80
Treonina 43 47 44 46
Triptofano 17 17 14 12
Valina 55 66 64 50
incluída histidina 460 512 504 479
excluída histidina 434 490 477 445
Fonte: FAO/WHO/ UNU Expert Consultation. Energy & Protein Requirements. WHO
Tech. Rept. Ser. Nº 724. World Health Organization, Geneva, Switzerland. (1985)

SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS E OU MINERAIS

PORTARIA N º 32, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

A Secretária de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições


legais, considerando:
- a necessidade de:
a) normatizar o uso de Suplementos Vitamínicos e ou Minerais no País;
b) controlar efetivamente sua produção e ou comercialização;
c) aperfeiçoar constantemente as ações de controle sanitário na área de alimentos
visando a proteção à saúde da população;
d) fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer
os SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS E OU MINERAIS;

593
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

- que os nutrientes destinados a complementar uma dieta normal devem ser


reconhecidos como alimento, e não como alimentos para fins especiais;
- que aos Suplementos Vitamínicos e ou Minerais não podem ser apregoados
indicações terapêuticas; resolve:
Art. 1º - Aprovar o Regulamento Técnico para Suplementos Vitamínicos e ou de
Minerais, constante do anexo desta Portaria.
Art. 2º - As empresas têm o prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data da
publicação deste Regulamento para se adequarem ao mesmo.
Art. 3º - O descumprimento aos termos desta Portaria constitui infração sanitária
sujeita aos dispositivos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais disposições
aplicáveis.
Art. 4º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário e em especial a Portaria SVS/MS nº 59/95, de 13 de julho
de 1995.
MARTA NÓBREGA MARTINEZ

ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE
SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS E OU DE MINERAIS
1. ALCANCE
1.1. Objetivo
Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer
os Suplementos Vitamínicos e ou de Minerais
1.2. Âmbito de Aplicação
O presente Regulamento se aplica aos Suplementos Vitamínicos e ou de Minerais,
tais como definidos no item 2.1.
Excluem-se desta categoria:
- alimentos para fins especiais, alimentos enriquecidos ou alimentos fortificados;
- produtos que contenham hormônios;
- bebidas alcoólicas;
- produtos que contenham substâncias medicamentosas ou aos quais se atribuam
indicações
terapêuticas;
- produtos fitoterápicos isolados ou associados aos quais se atribuam ação
terapêutica;

2. DESCRIÇÃO
2.1. Definição
Suplementos Vitamínicos e ou de Minerais para fins deste regulamento, doravante
denominados simplesmente de “suplementos”, são alimentos que servem para
complementar com estes nutrientes a dieta diária de uma pessoa saudável, em casos

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NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
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onde sua ingestão, a partir da alimentação, seja insuficiente ou quando a dieta requerer
suplementação. Devem conter um mínimo de 25% e no máximo até 100% da Ingestão
Diária Recomendada (IDR) de vitaminas e ou minerais, na porção diária indicada pelo
fabricante, não podendo substituir os alimentos, nem serem considerados como dieta
exclusiva.
2.2. Classificação
Classificam-se como Suplementos:
- Vitaminas isoladas ou associadas entre si;
- Minerais isolados ou associados entre si;
- Associações de vitaminas com minerais;
- Produtos fontes naturais de vitaminas e ou minerais, legalmente regulamentados
por Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) de conformidade com a legislação
pertinente.
Nota: Para as vitaminas e minerais, isolados ou combinados, adotam-se as
especificações da Farmacopéia Brasileira, outras Farmacopéias oficialmente
reconhecidas e ou do Food Chemical Codex.
2.3. Designação
A denominação deve ser “Suplemento Vitamínico”, “Suplemento de Vitamina .....”,
“Suplemento Mineral”, “Suplemento de Vitamina(s) e Mineral(is)”, “Suplemento
Vitamínico- Mineral”, ou “Suplemento à base de ... “ seguido da especificação da(s)
vitamina(s) ou mineral(is) presentes.
3. REFERÊNCIAS
3.1. Codex Alimentarius - CX/NFSDU 92/11
3.2. Codex Alimentarius - CAC/GL 1-1979 (Rev. 1 - 1991)
3.3. Codex Alimentarius - Alinorm 97/22, Appendix II
3.4. Codex Alimentarius - ALINORM 97/26 (ALINORM 95/26 - Appendix 95/26)
3.5. Farmacopéia Brasileira
3.6. Food Chemical Codex
4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
Fatores Essenciais de Composição e Qualidade
4.1. Composição
4.1.1. Os Suplementos Vitamínicos e ou de Minerais devem conter no mínimo 25% e no
máximo 100% das IDR para cada nutriente na porção diária indicada pelo fabricante.
Para garantir a dosagem especificada na rotulagem, é permitida a sobredosagem de
vitaminas e ou minerais , desde que justificada tecnologicamente.
4.1.2. A formulação de Suplementos para estados fisiológicos especiais (gestantes e
lactantes) deve se basear nas IDR para cada caso.
4.1.3. As dosagens de vitaminas e minerais nos Suplementos devem ser calculadas
com base nas IDR estabelecida pela legislação específica.
4.1.4.Nas formulações de Suplementos, o fabricante deve evitar incompatibilidades
tecnológicas e ou associações de vitaminas e ou minerais em níveis que possam

595
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

interferir negativamente na biodisponibilidade desses nutrientes.

5. ADITIVOS, COADJUVANTES DE TECNOLOGIA E EXCIPIENTES


É permitido o uso de aditivos, coadjuvantes de tecnologia e excipientes constantes
na legislação de alimentos e outros reconhecidos pelas Farmacopéias e Compêndios
oficialmente aceitos, desde que justificadas as necessidades tecnológicas e
observados seus limites de segurança, quando os houver.
6. CONTAMINANTES
6.1. Resíduos de agrotóxicos
Devem estar em consonância com os níveis toleráveis nas matérias-primas
empregadas, estabelecidos pela legislação específica.
6.2. Resíduos de aditivos dos ingredientes
Os remanescentes dos aditivos somente serão tolerados quando em correspondência
com a quantidade de ingredientes empregados, obedecida a tolerância fixada para os
mesmos.
6.3. Contaminantes inorgânicos
Devem obedecer os limites estabelecidos pela legislação específica.
7. HIGIENE
Os Suplementos Vitamínicos e ou de Minerais devem ser preparados, manipulados,
processados, acondicionados e conservados conforme as Boas Práticas de Fabricação
(BPF), e atender aos padrões microbiológicos, microscópicos e físico-químicos
estabelecidos por legislação específica.
8. FORMAS DE APRESENTAÇÃO
O produto pode ser apresentado nas formas sólidas, semi-sólidas, líquidas e aerosol,
tais como: tabletes, comprimidos, drágeas, pós, cápsulas, granulados, pastilhas,
soluções, suspensões e sprays.
O produto deve ser acondicionado em embalagem adequada à manutenção de suas
características até o final do prazo de validade.
Os Suplementos somente podem ser vendidos em unidades pré-embaladas, não
sendo permitida a venda fracionada.
9. PESOS E MEDIDAS
Devem obedecer à legislação específica.
10. ROTULAGEM
10.1. É proibida toda e qualquer expressão que se refira ao uso do Suplemento para
prevenir, aliviar, tratar uma enfermidade ou alteração do estado fisiológico.
10.2. Os rótulos dos Suplementos devem observar a legislação para alimentos, no
que couber, além dos ítens abaixo discriminados:
No painel principal:
10.2.1. A designação do produto conforme item 2.3.
Nos demais painéis devem constar:
10.2.2. A advertência em destaque e em negrito: “Consumir este produto conforme a

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NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 269, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005

Recomendação de Ingestão Diária constante da embalagem”


10.2.3. São permitidas somente informações sobre as funções cientificamente
comprovadas das vitaminas e minerais, descrevendo o papel fisiológico desses
nutrientes no desenvolvimento e ou em funções do organismo.
10.2.4. A recomendação do modo de ingestão do produto (quantidade, freqüência,
condições especiais) e modo de preparo, quando for o caso.
10.2.5. A quantidade de nutrientes ingerida por porção individual e em comparação
percentual à IDR. A porção individual deve ser indicada pelo fabricante, bem como o
número máximo de porções individuais para consumo diário.
Caso o produto não seja dirigido a consumidor específico, deve ser utilizada a
comparação em relação à IDR para adultos, conforme legislação específica.
10.2.6. Cuidados de conservação e armazenamento, antes e depois de abrir a
embalagem, quando for o caso.
10.2.7. A orientação em destaque e em negrito: “Gestantes, nutrizes e crianças até 3
(três) anos, somente devem consumir este produto sob orientação de nutricionista ou
médico”.
11. REGISTRO
11.1. Os Suplementos estão sujeitos aos mesmos procedimentos administrativos
exigidos para o registro de alimentos em geral.
11.2. No caso de Suplementos que não possuam padrões ou aqueles que necessitem
de atualização, o interessado deve apresentar ao órgão competente do Ministério da
Saúde a proposta de Padrão de Identidade e Qualidade, para fins de registro

INGESTÃO DIÁRIA RECOMENDADA (IDR) PARA PROTEÍNA, VITAMINAS E


MINERAIS

RESOLUÇÃO RDC Nº 269, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto
3.029, de 16 de abril de 1999, c/c do Art. 111, inciso I, alínea “b” § 1º do Regimento
Interno aprovado pela Portaria nº. 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU
de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 29, de agosto de 2005,
considerando a necessidade do constante aperfeiçoamento das ações de controle
sanitário na área de alimentos visando a promoção e proteção à saúde da
população;
considerando a necessidade de atualizar os valores de Ingestão Diária Recomendada
(IDR) de Proteína, Vitaminas e Minerais para indivíduos e diferentes grupos
populacionais;

597
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

considerando a necessidade de atualizar os valores de Ingestão Diária Recomendada


(IDR) de Proteína, Vitaminas e Minerais a serem utilizados como parâmetro de
ingestão de nutrientes por indivíduos e diferentes grupos populacionais;
considerando as diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição sobre o
controle dos distúrbios nutricionais e doenças associadas à alimentação e nutrição;
adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino
a sua publicação:
Art. 1º Aprovar o “REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE A INGESTÃO DIÁRIA
RECOMENDADA (IDR) DE PROTEÍNA, VITAMINAS E MINERAIS”, constante do
Anexo desta Resolução.
Art. 2º As empresas têm o prazo de 01 (um) ano após a data da publicação para
adequarem seus produtos.
Art. 3º Para os medicamentos específicos, cujos teores de vitaminas e ou minerais
estiverem acima dos valores de IDR estabelecidos por esta Resolução, devem ser
notificadas as alterações de bula e rótulo do medicamento à área competente desta
Agência no prazo de 01 (um) ano.
§1º Os medicamentos específicos categorizados neste artigo, cuja validade de registro
expirar a partir de 31 de dezembro de 2006, deverão atender a Resolução ANVISA/
MS RDC no 132/03.
§ 2º As demais adequações para medicamentos específicos serão estabelecidas pela
área competente desta Agência.
Art. 4º O descumprimento aos termos desta Resolução constitui infração sanitária
sujeitando os infratores às penalidades previstas na Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de
1977 e demais disposições aplicáveis.
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Portaria SVS/MS nº
33/98.
Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
DIRCEU RAPOSO DE MELLO
ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE INGESTÃO DIÁRIA RECOMENDADA (IDR)
PARA PROTEÍNA, VITAMINAS E MINERAIS
1. Alcance
Adotar os valores constantes das tabelas deste Regulamento como níveis de Ingestão
Diária Recomendada (IDR) para Proteína, Vitaminas e Minerais:
Tabela 1 - Ingestão Diária Recomendada para Adultos
Tabela 2 - Ingestão Diária Recomendada para Lactentes e Crianças
Tabela 3 - Ingestão Diária Recomendada para Gestantes e Lactantes
2. Definição
Ingestão Diária Recomendada (IDR) é a quantidade de proteína, vitaminas e minerais
que deve ser consumida diariamente para atender às necessidades nutricionais da
maior parte dos indivíduos e grupos de pessoas de uma população sadia.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
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NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 269, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005

3. REFERÊNCIAS
3.1. BRASIL. Resolução ANVISA/MS RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento Técnico sobre Rotulagem
Nutricional de Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 dez. 2003. Seção 1.
3.2. FAO/OMS. Human Vitamin and Mineral Requirements. In: Report 7th Joint FAO/OMS Expert Consultation. Bangkok,
Thailand, 2001. xxii + 286p.
3.3. INSTITUTE OF MEDICINE. Food and Nutrition Board. Dietary Reference Intakes. National Academic Press, Washington
D.C., 1999 -2001.

4. INGESTÃO DIÁRIA RECOMENDADA DE PROTEÍNA, VITAMINAS E MINERAIS


4.1. Ingestão Diária Recomendada para Adultos (Tabela 1)
Tabela 1 - Ingestão Diária Recomendada para Adultos
Nutriente Unidade Valor
Proteína (1) g 50
Vitamina A (2) (a) micrograma RE 600
Vitamina D (2) (b) micrograma 5
Vitamina C (2) mg 45
Vitamina E (2) (c) mg 10
Tiamina (2) mg 1,2
Riboflavina (2) mg 1,3
Niacina (2) mg 16
Vitamina B6 (2) mg 1,3
Ácido fólico (2) micrograma 240
Vitamina B12 (2) micrograma 2,4
Biotina (2) micrograma 30
Ácido pantotênico (2) mg 5
Vitamina K (2) micrograma 65
Colina (1) mg 550
Cálcio (2) mg 1000
Ferro (2) (d) mg 14
Magnésio (2) mg 260
Zinco (2) (e) mg 7
Iodo (2) micrograma 130
Fósforo (1) mg 700
Flúor (1) mg 4
Cobre (1) micrograma 900
Selênio (2) micrograma 34
Molibdênio (1) micrograma 45
Cromo (1) micrograma 35
Manganês (1) mg 2,3
(a) 1 micrograma retinol = 1 micrograma RE; 1 micrograma beta-caroteno = 0,167
micrograma RE; 1 micrograma de outros carotenóides provitamina A = 0,084
micrograma RE; 1 UI = 0,3 micrograma de retinol equivalente (2).
(b) 1 micrograma de colicalciferol = 40 UI.
(c) mg alfa-TE/dia; 1,49 UI = 1mg d-alfa-tocoferol (1).
(d) 10% de Biodisponibilidade
(e) Biodisponibilidade moderada - calculada com base em dietas mistas contendo
proteína de origem animal
INSTITUTE OF MEDICINE. Food and Nutrition Board. Dietary Reference Intakes.
National Academic Press, Washington D.C., 1999-2001.
FAO/OMS. Human Vitamin and Mineral Requirements. In: Report 7th Joint FAO/OMS
Expert Consultation. Bangkok, Thailand, 2001. xxii + 286p.

599
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4.2. Ingestão Diária Recomendada para Lactentes e Crianças (Tabela 2)


Tabela 2 - Ingestão Diária Recomendada para Lactentes e Crianças
Lactente Crianças
1-3 anos 4-6 anos
Nutriente Unidade 0-6 7-11
(12 a 36 (37 meses a 6 7-10 anos
meses meses
meses) anos)
Proteína (1) g 9,1 11 13 19 34
Vitamina A (2) (a) micrograma RE 375 400 400 450 500
Vitamina D (2)
micrograma 5 5 5 5 5
(b)
Vitamina C (2) mg 25 30 30 30 35
Vitamina E (2)
mg 2,7 2,7 5 5 7
(c)
Tiamina (2) mg 0,2 0,3 0,5 0,6 0,9
Riboflavina (2) mg 0,3 0,4 0,5 0,6 0,9
Niacina (2) mg 2 4 6 8 12
Vitamina B6 (2) mg 0,1 0,1 0,5 0,5 1,0
Ácido fólico (2) micrograma 48 48 95 118 177
Vitamina B12 (2) micrograma 0,4 0,5 0,9 1,2 1,8
Biotina (2) micrograma 5 6 8 12 20
Ácido
mg 1,7 1,8 2 3 4
pantotênico (2)
Vitamina K (2) micrograma 5 10 15 20 25
Colina (1) mg 125 150 200 250 250
Cálcio (2) mg 300 400 500 600 700
Ferro (2)(d) mg 0,27 9 6 6 9
Magnésio (2) mg 36 53 60 73 100
Zinco (2)(e) mg 2,8 4,1 4,1 5,1 5,6
Iodo (2) micrograma 90 135 75 110 100
Fósforo (1) mg 100 275 460 500 1250
Flúor (1) mg 0,01 0,5 0,7 1 2
Cobre (1) micrograma 200 220 340 440 440
Selênio (2) micrograma 6 10 17 21 21
Molibdênio (1) micrograma 2 3 17 22 22
Cromo (1) micrograma 0,2 5,5 11 15 15
Manganês (1) mg 0,003 0,6 1,2 1,5 1,5
(a) 1 micrograma retinol = 1 micrograma RE; 1 micrograma beta-caroteno = 0,167 micrograma RE; 1
micrograma de outros carotenóides provitamina A = 0,084 micrograma RE; 1 UI = 0,3 micrograma de retinol
equivalente (2).
(b) 1 micrograma de colicalciferol = 40 UI.
(c) mg alfa-TE; 1,49 UI = 1mg d-alfa-tocoferol (1).
(d) 10% de Biodisponibilidade
(e) Biodisponibilidade moderada - calculada com base em dietas mistas contendo proteína de origem animal
(1) INSTITUTE OF MEDICINE. Food and Nutrition Board. Dietary Reference Intakes. National Academic Press,
Washington D.C., 1999-2001.
(2) FAO/OMS. Human Vitamin and Mineral Requirements. In: Report 7th Joint FAO/OMS Expert Consultation.
Bangkok, Thailand, 2001. xxii + 286p.

4.3. Ingestão Diária Recomendada para Gestantes e Lactantes (Tabela 3)


Tabela 3 - Ingestão Diária Recomendada para Gestantes e Lactantes
Nutriente Unidade Gestante Lactante
Proteína (1) g 71 71
Vitamina A (2)(a) micrograma RE 800 850
Vitamina D (2)(b) micrograma 5 5
Vitamina C (2) mg 55 70
Vitamina E (2)(c) mg 10 10
Tiamina (2) mg 1,4 1,5
Riboflavina (2) mg 1,4 1,6
Niacina (2) mg 18 17
Vitamina B6 (2) mg 1,9 2,0
Ácido fólico (2) micrograma 355 295
Vitamina B12 (2) micrograma 2,6 2,8

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
600 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
PORTARIA N º 741, DE 16 DE SETEMBRO DE 1998

Nutriente Unidade Gestante Lactante


Biotina (2) micrograma 30 35
Ácido pantotênico (2) mg 6 7
Vitamina K (2) micrograma 55 55
Colina (1) mg 450 550
Cálcio (2) mg 1200 1000
Ferro (2)(d) mg 27 15
Magnésio (2) mg 220 270
Zinco (2)(e) mg 11 9,5
Iodo (2) micrograma 200 200
Fósforo (1) mg 1250 1250
Flúor (1) mg 3 3
Cobre (1) micrograma 1000 1300
Selênio (2) micrograma 30 35
Molibdênio (1) micrograma 50 50
Cromo (1) micrograma 30 45
Manganês (1) mg 2,0 2,6
(a) 1 micrograma retinol = 1 micrograma RE; 1 micrograma beta-caroteno = 0,167
micrograma RE; 1 micrograma de outros carotenóides provitamina A = 0,084
micrograma RE; 1 UI = 0,3 micrograma de retinol equivalente (2).
(b) 1 micrograma de colicalciferol = 40 UI.
(c) mg alfa-TE; 1,49 UI = 1mg d-alfa-tocoferol (1).
(d) 10% de Biodisponibilidade
(e) Biodisponibilidade moderada - calculada com base em dietas mistas contendo
proteína de origem animal
(1) INSTITUTE OF MEDICINE. Food and Nutrition Board. Dietary Reference Intakes.
National Academic Press, Washington D.C., 1999-2001.
(2) FAO/OMS. Human Vitamin and Mineral Requirements. In: Report 7th Joint FAO/
OMS Expert Consultation. Bangkok, Thailand, 2001. xxii + 286p

ALIMENTOS CONSIDERADOS COMO “NATURAIS”

PORTARIA N º 741, DE 16 DE SETEMBRO DE 1998.

O Secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições,


resolve:
I - Na ausência de estudos conclusivos atribuídos pela SVS/MS a especialistas e
representantes do setor produtivo, os alimentos constantes da relação anexa, uma
vez que não necessitam de um padrão de identidade e qualidade específico por
serem considerados como “naturais”, podem ser comercializados em todo o território
nacional pelas empresas responsáveis, produtoras e importadoras, mediante prévia
protocolização nas Vigilância Sanitárias Estaduais de documentos exigidos conforme
a natureza, composição e finalidades dos seus produtos, inclusive acompanhados
da justificação técnico-científica pertinente à sua segurança e inocuidade à saúde
humana.
II - Os dizeres da rotulagem desses produtos deverão atender ao disposto no Decreto-
lei nº 986, de 21 de outubro de 1969 e, às Portarias nºs 27, 41 e 42 SVS/MS, de 13

601
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

de janeiro de 1998.
III - Esta Portaria vigorará pelo prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de sua
publicação.
GONZALO VECINA NETO

ANEXO - ALIMENTOS CONSIDERADOS COMO “NATURAIS”


Ágar ágar Germe de trigo
Alcachofra Guaraná em pó (capsula ou comprimido)
Calcário dolomítico Lecitina de soja
Carotenóides lipossolúveis Levedo de cerveja
Centella asiática Mistura de crustáceo
Clorella Óleo de ácidos graxos polinsaturados de
Cogumelos secos água marinha
Colágeno Óleo de ácidos graxos polinsaturados
omega 3 - óleo de peixe
Concha de ostra em pó
Óleo de alho
Cristrais de gengibre
Óleo de borragem
Espirulina
Óleo de copaíba
Extrato de legumes e frutas fermentados
Óleo de fígado de bacalhau
Extratos vegetais
Óleo de germe de trigo
Fibra alimentar
Óleo de prímula
Fibra bruta
Óleo de ovos (lecitina de ovos)
Frutas em pó (exemplo: acerola)
Pastilhas de vegetais
Flocos de gengibre
Pólen com ou sem própolis
Garcínia camboja
Própolis
Gelatina de peixe
Sal marinho
Gelatina natural
Geléia de extrato de algas

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
602 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
INFORME TÉCNICO Nº 26, DE 14 DE JUNHO DE 2007 ATUALIZADO EM 20 DE DEZEMBRO DE 2007

PROCEDIMENTOS PARA A INDICAÇÃO DO USO DE AROMA NA ROTULAGEM


DE ALIMENTOS

INFORME TÉCNICO Nº 26, DE 14 DE JUNHO DE 2007 ATUALIZADO EM


20 DE DEZEMBRO DE 2007

I. Introdução Os artigos 14, 15, 16 e 17 do Decreto-Lei nº. 986/69 determinam a


obrigatoriedade da indicação do uso de aroma na rotulagem dos alimentos que utilizem
estas substâncias. Este Decreto prevê a indicação de aromas naturais e artificiais. A
Resolução RDC nº. 2 de 15 de janeiro de 2007, que aprova o Regulamento Técnico
sobre Aditivos Aromatizantes, classifica os aromas em duas categorias: os naturais
e os sintéticos, cujas definições encontram-se a seguir. - Os aromas naturais “são
obtidos exclusivamente por métodos físicos, microbiológicos ou enzimáticos, a partir
de matérias-primas aromatizantes naturais”, as quais são “produtos de origem animal
ou vegetal aceitáveis para consumo humano, que contenham substâncias odoríferas
e ou sápidas, seja em seu estado natural ou após um tratamento adequado, como:
torrefação, cocção, fermentação, enriquecimento, tratamento enzimático ou outros”. -
Os aromas sintéticos, “são compostos quimicamente definidos obtidos por processos
químicos”, compreendendo: os aromatizantes idênticos aos naturais e os aromatizantes
artificiais.
Os aromas idênticos aos naturais “são as substâncias quimicamente definidas obtidas
por síntese e aquelas isoladas por processos químicos a partir de matérias-primas de
origem animal, vegetal ou microbiana que apresentam uma estrutura química idêntica
às substâncias presentes nas referidas matérias-primas naturais (processadas ou
não)”.
Os aromas artificiais “são os compostos químicos obtidos por síntese, que ainda não
tenham sido identificados em produtos de origem animal, vegetal ou microbiana,
utilizados em seu estado primário ou preparados para o consumo humano”.
II. Objetivo Padronizar as informações que devem constar no rótulo dos alimentos
que contêm aroma em sua formulação para conferir, reforçar ou reconstituir o sabor
ou ainda conferir sabor não específico.
III. Procedimentos Considerando: - a obrigatoriedade da indicação do uso de aroma
na rotulagem dos alimentos que utilizem estas substâncias, conforme determinam
os artigos 14, 15, 16 e 17 do Decreto-Lei nº. 986/69; - as classificações e definições
constantes na Resolução RDC nº. 2 de 15 de janeiro de 2007, que aprova o
Regulamento Técnico sobre Aditivos Aromatizantes; - demanda do setor produtivo
sobre como indicar o uso de aromas nos rótulos dos produtos; - a necessidade de
disponibilizar no rótulo dos alimentos a informação correta ao consumidor quanto à
composição dos mesmos;
A Gerência Geral de Alimentos (GGALI/Anvisa) informa que a indicação do uso de
aromas nos rótulos dos alimentos deve ser feita conforme descrito no quadro abaixo,
a partir da finalidade do aroma no alimento:

603
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Finalidade do Classificação Designação ou


Painel Principal
aroma no produto do aroma Painel Principal
Natural Sabor ... Contém aromatizante
A r o m a t i z a d o
Definir / Conferir Artificial Sabor artificial de ...
artificialmente
sabor a um
Contém aromatizante
alimento
Idêntico ao Natural Sabor................. sintético idêntico ao
natural
Natural Nome do produto Contém aromatizante
A r o m a t i z a d o
Reforçar ou Artificial Nome do produto
artificialmente
reconstituir sabor
Contém aromatizante
de um alimento
Idêntico ao Natural Nome do produto sintético idêntico ao
natural
A indicação do uso de
aroma deve constar na
Conferir sabor não lista de ingredientes
específico conforme determina o
item 6.2.4 da Resolução
RDC nº. 259/2002.
No caso de mistura de aromas, para indicação do aroma na rotulagem do alimento
deve ser seguida a orientação do item 2.4 da Resolução RDC nº. 2/2007.
IV. Adequação dos rótulos Quando da fiscalização de produtos, caso os órgãos de
vigilância identifiquem rótulos que não estejam de acordo com as orientações do item
III, as empresas devem ser notificadas para que providenciem as alterações. As
empresas devem adequar os rótulos dos seus produtos à medida que forem renovando
os estoques de embalagens. Quando notificadas, devem informar a previsão para
esgotamento das embalagens e adequação às orientações.
Referências BRASIL. Decreto-Lei nº. 986, de 21 de outubro de 19. Institui normas
básicas sobre alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 out. 1969, Seção
1. BRASIL. Resolução RDC nº. 02, de 15 de janeiro de 2007. Regulamento Técnico
sobre Aditivos Aromatizantes”, que consta como Anexo da presente Resolução. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 17 jan. 2007, Seção 1.

ORIENTAÇÕES SOBRE A DECLARAÇÃO DA INFORMAÇÃO NUTRICIONAL EM


ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS E OUTRAS CATEGORIAS ESPECÍFICAS

INFORME TÉCNICO Nº 36, DE 27 DE JUNHO DE 2008

I. Introdução
A Resolução RDC n. 360/2003 estabelece como obrigatória a declaração da informação
nutricional no rótulo de alimentos produzidos, comercializados e embalados na
ausência do cliente e prontos para serem oferecidos aos consumidores.
O item 3.4.4.1 desta Resolução determina que a informação nutricional deve
ser expressa por porção, incluindo a medida caseira correspondente, segundo o

G-100
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604 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
INFORME TÉCNICO Nº 36, DE 27 DE JUNHO DE 2008

estabelecido no Regulamento Técnico específico (Resolução RDC n. 359/2003) e em


percentual de Valor Diário (%VD).
Além disso, de acordo com o item 3.4.4.2 da Resolução RDC n. 360/2003, o cálculo
do %VD deve ser feito com base nos Valores Diários de Referência (VDR) de valor
energético e nutrientes de declaração obrigatória e na Ingestão Diária Recomendada
(IDR) de vitaminas e minerais constantes no Anexo A desta Resolução.
Entretanto, o item 5.4 da Resolução RDC n. 360/2003 estabelece que os alimentos
destinados a pessoas com transtornos metabólicos específicos e ou condições
fisiológicas particulares podem, por meio de regulamentação, estar isentos de declarar
as porções e ou o percentual de Valor Diário. Dessa forma, muitas empresas solicitam
orientações sobre como deve ser a declaração de porção e %VD em alimentos para
fins especiais e certas categorias específicas de alimentos.
Diante do exposto, verifica-se a necessidade da padronização de procedimentos
na declaração de porção e %VD de alimentos para fins especiais e de categorias
específicas de alimentos, como, por exemplo, suplementos vitamínicos e/ou minerais,
novos alimentos, alimentos com alegações de propriedades funcionais e/ou de saúde
e substâncias bioativas e probióticos isolados com alegação de propriedades funcional
e ou de saúde, alimentos com informação nutricional complementar e alimentos
adicionados de nutrientes essenciais.
II. Objetivo
Orientar os órgãos de vigilância sanitária e o setor produtivo em relação à declaração
de porção e de %VD em alimentos para fins especiais e em outras categorias
específicas de alimentos, a fim de padronizar as informações constantes nos rótulos
para facilitar o entendimento dos consumidores.
III. Procedimentos
Os procedimentos para declaração de porção e %VD de alimentos para fins especiais
e de categorias específicas de alimentos devem estar em consonância com o
estabelecido na Resolução RDC n. 360/2003 e nos itens de rotulagem de cada um
dos regulamentos técnicos específicos das categorias em questão.
A tabela 1 resume como deve ser feita a declaração da porção e do percentual
de Valor Diário no rótulo de alimentos para fins especiais e ou outras categorias
específicas de alimentos (substâncias bioativas e probióticos isolados com alegação
de propriedades funcional e ou de saúde, novos alimentos, alimentos com alegação
de propriedade funcional e ou de saúde, suplementos vitamínicos e ou minerais,
alimentos com informação nutricional complementar e alimentos adicionados de
nutrientes essenciais).

605
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Tabela 1:
Orientações quanto a declaração da porção e do percentual de Valor Diário no rótulo
de alimentos para fins especiais e ou outras categorias específicas de alimentos.

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NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
INFORME TÉCNICO Nº 36, DE 27 DE JUNHO DE 2008

607
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

IV. Adequação dos rótulos


Quando da fiscalização de produtos, caso os órgãos de Vigilância Sanitária identifiquem
rótulos que não estejam de acordo com as orientações do item III, as empresas devem
ser notificadas para que providenciem as alterações.
As empresas devem adequar os rótulos dos seus produtos à medida que forem
renovando os estoques de embalagens. Quando notificadas, devem informar ao
órgão de Vigilância Sanitária local a previsão para esgotamento das embalagens e
adequação às orientações.
V. Referências
BRASIL. Resolução RDC nº. 360, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos
Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 dez. 2003.
BRASIL. Resolução RDC nº. 359, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento Técnico de Porções de Alimentos Embalados para
fins de Rotulagem Nutricional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 dez. 2003.
BRASIL. Resolução RDC nº. 269, de 22 de setembro de 2005. Regulamento Técnico sobre a Ingestão Diária Recomendada
(IDR) de proteína, vitaminas e minerais. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 23 set. 2005
BRASIL. Portaria SVS/MS nº 30, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico referente a Alimentos para Controle de Peso.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jan. 1998.
BRASIL. Resolução nº 449, de 09 de setembro de 1999. Regulamento Técnico referente a Alimentos para Nutrição Enteral. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 13 set. 1999.
BRASIL. Portaria SVS/MS nº 223, de 24 de março de 1998. Regulamento Técnico para Fixação e Qualidade Complementos
Alimentares para Gestantes ou Nutrizes. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 mar. 1998.
BRASIL. Portaria SVS/MS nº 34, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico referente a Alimentos de Transição para
Lactentes e Crianças de Primeira Infância. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jan. 1998.
BRASIL. Portaria SVS/MS nº 36, de 13 de janeiro de 1998 (Versão Republicada 15/04/1999). Regulamento Técnico referente a
Alimentos à Base de Cereais para Alimentação Infantil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 abr. 1999.
BRASIL. Portaria SVS/MS nº 977, de 05 de dezembro de 1998 (Versão Republicada 15/04/1999). Regulamento Técnico referente
às Fórmulas Infantis para Lactentes e às Fórmulas Infantis de Seguimento. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 abr. 1999.
BRASIL. Portaria nº 29, de 13 de janeiro de 1998 (Versão Republicada 30/03/1998). Regulamento Técnico referente a Alimentos
para Fins Especiais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 30 mar. 1998.
BRASIL. Portaria SVS/MS nº 31, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico referente à Informação Nutricional
Complementar (declarações relacionadas ao conteúdo de nutrientes). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jan. 1998.
BRASIL. Portaria SVS/MS nº 27, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico referente a Alimentos Adicionados de Nutrientes
Essenciais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jan. 1998.
BRASIL. Portaria SVS/MS nº 32, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico para Suplementos Vitamínicos e ou de
Minerais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 jan. 1998.
BRASIL. Resolução nº 19, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico de procedimentos para registro de alimento com
alegação de propriedades funcionais e ou de saúde em sua rotulagem. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 03 maio 1999.
BRASIL. Resolução nº 16, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico de Procedimentos para registro de Alimentos e ou Novos
Ingredientes. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 03 dez. 1999.
BRASIL. Resolução RDC nº 2, de 07 de janeiro de 2002. Regulamento Técnico de Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados
com Alegação de Propriedades Funcional e ou de Saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 jan. 2002

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608 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
INFORME TÉCNICO Nº 9, DE 21 DE MAIO DE 2004

ORIENTAÇÃO PARA UTILIZAÇÃO, EM RÓTULOS DE ALIMENTOS, DE


ALEGAÇÕES DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS DE NUTRIENTES COM
FUNÇÕES PLENAMENTE RECONHECIDAS PELA COMUNIDADE CIENTÍFICA
(Item 3.3 da Resolução ANVS/MS Nº 18/99)
INFORME TÉCNICO Nº 9, DE 21 DE MAIO DE 2004

I. Introdução
A Resolução ANVS/MS nº 18 de 30 de abril de 1999, publicada no D.O.U. de
03/12/1999, dispõe sobre as Diretrizes Básicas para Análise e Comprovação de
Propriedades Funcionais e ou de Saúde Alegadas em Rotulagem de Alimentos.
O item 3.3 dessa Resolução estabelece que: “São permitidas alegações de função
e ou conteúdo para nutrientes e não nutrientes, podendo ser aceitas aquelas
que descrevem o papel fisiológico do nutriente ou não nutriente no crescimento,
desenvolvimento e funções normais do organismo, mediante demonstração de
eficácia. Para os nutrientes com funções plenamente reconhecidas pela comunidade
científica não será necessária a demonstração de eficácia ou análise da mesma para
alegação funcional na rotulagem” (o texto grifado é objeto dessa orientação).
II. Objetivo
Este documento tem como objetivo estabelecer critérios para análise e uso de
alegações para os nutrientes com funções plenamente reconhecidas pela comunidade
científica, visando dar maior clareza ao item, maior subsídio para avaliação da área
técnica e transparência dessa análise aos interessados.
III. Análise
A partir da Resolução nº 18/99, especificamente, o item 3.3, foi aberta a possibilidade
de se permitir o uso de alegações de funções plenamente reconhecidas para os
nutrientes naturalmente presentes nos alimentos sem necessidade de comprovação.
No entanto, a aplicação desse item da Resolução tem possibilitado situações que
contrariam as Diretrizes das Políticas Públicas de Saúde, trazendo confusão para os
consumidores, o que motivou a necessidade de elaboração do presente documento.
Após a regulamentação da Resolução nº 18/99, verificou-se um aumento de
solicitações de análise de alegações em documentos para avaliação e em processos
de pedido de registro. Também se observou o aumento da utilização de alegações em
rótulos de produtos dispensados da obrigatoriedade de registro no comércio.
Para se ter uma idéia dessa situação, listamos abaixo alguns produtos que até o
momento apresentaram propostas de alegações de propriedades funcionais,
relacionadas às vitaminas A, D, E, C, B1, B2, B3, B5 e ácido fólico e aos minerais
Cálcio, Ferro, Magnésio e Selênio:
• Maltodextrina;
• Flocos de trigo integral, arroz e milho;
• Leite em pó integral e instantâneo;
• Sopas desidratadas;
• Cereais infantis;
• Biscoitos enriquecidos com vitaminas e minerais;

609
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

• Cereal coberto com chocolate branco; e


• Pós para o preparo de alimento com soja.
O que se pode perceber dos exemplos acima é que existe uma maior preocupação com
o marketing do produto (considerando as diversas alegações que foram apresentadas)
e não com questões de saúde pública.
Esse é um panorama que pode vir a se tornar uma tendência para categorias de
produtos que não fazem parte da dieta regular da população brasileira e cujo consumo
não deve ser incentivado.
V. Conclusão
Diante do exposto, as alegações para nutrientes com função plenamente reconhecidas
pela comunidade científica devem cumprir os seguintes critérios:
• estarem relacionadas a nutrientes intrínsecos ao produto, os quais devem
estar presentes pelo menos na quantidade estabelecida para o atributo “fonte”,
conforme a Regulamentação sobre Informação Nutricional Complementar; e
• serem específicas quanto à função do nutriente objeto da alegação; e
• estarem vinculadas ao alimento de consumo habitual da população, o qual
não deve ser de consumo ocasional e nem estar apresentado em cápsulas,
comprimidos, tabletes ou outras formas farmacêuticas.
As informações sobre os produtos, veiculadas por qualquer meio de comunicação,
não podem ser diferentes daquelas aprovadas para constar dos dizeres de rotulagem
e não devem induzir o consumidor a erro ou engano.
O atendimento aos critérios estabelecidos para uso das alegações previstas no item
3.3 da Resolução ANVS/MS nº 18/99, de responsabilidade da empresa, dispensa o
envio de documentação para avaliação técnica, ressaltando que as alegações não
podem fazer referencia a prevenção, tratamento e cura de doenças.
Os alimentos adicionados de nutrientes essenciais, que façam alegações de
propriedades funcionais, devem ser encaminhados para avaliação caso a caso.

VI. Referências
- Portaria SVS/MS nº 27/98 – Regulamento Técnico referente à Informação Nutricional Complementar.
- Portaria SVS/MS nº 31/98 – Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Alimentos adicionados de
Nutrientes Essências.
- Resolução ANVS/MS nº 18/99 – Regulamento Técnico que estabelece as Diretrizes Básicas para Análise e Comprovação de
Propriedades Funcionais e ou de Saúde Alegadas em Rotulagem de Alimentos.
- Resolução - RDC nº 359/03 – Regulamento Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional.
(Dispõe da Tabela de Alimentos de Consumo Ocasional).
- Decreto-Lei nº 986/69 – Institui Normas Básicas sobre Alimentos.
- Resolução - RDC nº 259/02 – Regulamento Técnica para Rotulagem de Alimentos Embalados.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
610 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS TÉCNICAS GERAIS PARA EMBALAGEM E ROTULAGEM DE ALIMENTOS
INFORME TÉCNICO Nº 9, DE 21 DE MAIO DE 2004

OS PRODUTOS ABAIXO SÃO CONSIDERADOS DE CONSUMO OCASIONAL


* LOS PRODUCTOS PRESENTADOS A CONTINUACIÓN SON CONSIDERADOS DE CONSUMO OCASIO-
NAL

Frutas inteiras Frutas enteras 20 20 x unidades que x unidades que


em conserva para en conserva para correspondem correspondan
adornos (cereja adornos (cerezas
maraschino, fam- al marrasquino,
broesa) frambuesas)
Balas, pirulitos e Caramelos, chu- 20 20 x unidades que x unidades que
pastilhas petines y pastillas correspondem correspondan
Goma de mascar gomas de mascar 3 3 x unidades que x unidades que
correspondem correspondan
Chocolates, bom- Chocolates, bom- 25 25 x unidades/fração X unidades/fracción
bons e similares bones y similares que correspondem que corresponden
confeitos de cho- Con ites de cho- 25 25 X colheres/unida- X cucharas/unida-
colate e drageados colate y gragea- des que corres- des que correspon-
em geral dos en general, pondam dan
garrapiñadas
Sorvetes de massa Helados 60 g ou 60 g o 130 1 bola ou unidades 1 bola o unidades
130 ml ml que correspondam que correspondan
Sorvetes indivi- Helados en enva- 60 g ou 60 g o 130 x unidades que x unidades que
duais se individual 130 ml ml correspondem correspondan
Barra de cereais Barra de cereales 20 20 x unidades/fração X unidades/ fracción
com mais de con mas de que correspondem que corresponden
10% de gorduras, 10% de grasas,
torrones, pé de turrones, dulce
moleque e paçoca de maní, pasta de
maní
Bebidas não alco- Bebidas sin alco- 200 ml 200 ml 1 xícara/copo 1 taza/vaso
ólicas, carbonata- hol carbonatadas
das ou não (chás, o no (te, bebidas
bebidas a base de a base de soja y
soja e refrigeran- refrescos)
tes)
Pós para preparo Polvo para prepa- quan- cantidad X colheres de sopa X cucharas de sopa
de refresco rar refrescos tidade su icien-
su icien- te para
te para preparar
preparar 200 ml
200 ml
Biscoito doce, com Galletitas dulces, 30 30 x unidades que x unidades que
ou sem recheio con o sin relleno correspondem correspondan

Brownies e alfa- Brownies y alfa- 40 40 x unidades que x unidades que


jores jores correspondem corresponden

Frutas cristali- Frutas abrillan- 30 30 x unidades/colhe- X unidades /cucha-


zadas tadas res que correspon- ras que correspon-
dem den
Panettone Pan Dulce 80 80 x unidades/fatias X unidades/rebana-
que correspondem das que correspon-
den

611
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

OS PRODUTOS ABAIXO SÃO CONSIDERADOS DE CONSUMO OCASIONAL


* LOS PRODUCTOS PRESENTADOS A CONTINUACIÓN SON CONSIDERADOS DE CONSUMO OCASIO-
NAL
bolo com frutas Tortas, budines 60 60 x unidades/fatias X unidades/rebana-
con frutas que correspondem das que correspon-
den
bolos e similares Tortas, budines 60 60 x unidades/fatias X unidades/rebana-
com recheio e/ou con relleno y/o que correspondem das que correspon-
cobertura coberturas den
Pão croissant, Facturas, produc- 40 40 x unidades que x unidades que
produtos de tos de pastelería, correspondem corresponden
pani•icação, salados o dulces
salgados ou doces con relleno y/o
com recheio e ou cobertura
cobertura
snacks a base de Productos para 25 25 X xícara X taza
cereais e farinhas copetín a base
para petisco de cereales y
harinas, extruidos
o no
mistura para pre- Mezcla para la 20 20 X colheres de sopa X cucharas de sopa
paro de docinho, preparación de que correspondam que correspondan
cobertura para rellenos, cobertu-
bolos, tortas e ras para tortas y
sorvetes, etc. helados y otros

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
612 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
Capítulo 14

ALIMENTOS PARA LACTENTES


E
CRIÂNÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA

Patrocinadores

ABLV
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
614 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIÂNÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA
PORTARIA N º 34, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

ALIMENTOS DE TRANSIÇÃO PARA LACTENTES E CRIANÇAS DE PRIMEIRA


INFÂNCIA

PORTARIA N º 34, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

A Secretária de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições


legais, considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de
controle sanitário na área de alimentos visando a proteção à saúde da população e
a necessidade de fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que
devem obedecer os ALIMENTOS DE TRANSIÇÃO PARA LACTENTES E CRIANÇAS
DE PRIMEIRA INFÂNCIA, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico referente a Alimentos de Transição para
Lactentes e Crianças de Primeira Infância, constante do anexo desta Portaria.
Art. 2º As empresas têm o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data da
publicação deste Regulamento, para se adequarem ao mesmo.
Art. 3º O descumprimento aos termos desta Portaria constitui infração sanitária sujeita
aos dispositivos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais disposições
aplicáveis.
Art. 4º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação e revogam-se as
disposições em contrário.
MARTA NOBREGA MARTINEZ

ALIMENTOS DE TRANSIÇÃO PARA LACTENTES E CRIANÇAS DE PRIMEIRA


INFÂNCIA

1. ALCANCE
1.1. Objetivo
Fixar a identidade e características mínimas de qualidade a que devem obedecer os
Alimentos de Transição para Lactentes e Crianças de Primeira Infância.
1.2. Âmbito de Aplicação
O presente Regulamento Técnico se aplica aos alimentos de transição, classificados
abaixo, destinados a Lactentes e Crianças de Primeira Infância .
2. DESCRIÇÃO
2.1. Definição
Entende-se por Alimentos de Transição aqueles alimentos industrializados para uso
direto ou empregado em preparado caseiro, utilizados como complemento do leite
materno ou de leites modificados introduzidos na alimentação de lactentes e crianças
de primeira infância com o objetivo de promover uma adaptação progressiva aos
alimentos comuns, e de tornar essa alimentação balanceada e adequada às suas
necessidades, respeitando-se sua maturidade fisiológica e seu desenvolvimento
neuropsicomotor.

615
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Não estão cobertos por este regulamento as Fórmulas Infantis e os Alimentos


Processados à Base de Cereais para Alimentação Infantil.
2.1.1. Lactente é a criança de zero a doze meses de idade incompletos (11 meses e
29 dias).
2.1.2. Criança de primeira infância é a criança de doze meses a três anos de idade.
2.2. Classificação
Os Alimentos de Transição para Lactentes e ou Crianças de Primeira Infância são
aqueles processados e conservados por meios físicos, podendo ser classificados
quanto à forma de apresentação e quanto ao aspecto e tamanho das partículas.
2.2.1. Sopinhas, Papinhas e Purês
2.2.1.1. Quanto à forma de apresentação:
a) Pronto para o consumo
Não necessita reconstituição para seu consumo. Trata-se de produto tratado
termicamente antes ou depois do envase e estável à temperatura ambiente.
b) Desidratado
Necessita reconstituição para seu consumo.
2.2.1.2. Quanto ao aspecto e tamanho das partículas:
a) Alimento Homogêneo de aspecto uniforme, constituído por partículas pequenas
que não requerem mastigação.
b) Alimento com pedaços, de aspecto particulado, cujas partículas devem ter tamanho
adequado a estimular a mastigação.
c) Sopinhas, papinhas e purês desidratados. Após reconstituição com água ou outro
líquido adequado, conforme instrução de preparo, devem apresentar aspecto e
tamanho das partículas semelhantes ao dos produtos prontos para consumo.
2.2.2. Alimentos Líquidos, à base de suco de frutas e ou hortaliças e ou cereais
(suquinho).
2.2.2.1. Quanto à forma de apresentação:
Não necessita reconstituição para o seu consumo. Trata-se de produto tratado
termicamente antes ou depois do envase.
2.2.2.2. Quanto ao aspecto:
Consistência líquida e isento de partículas.
2.3. Designação
O produto deve ser designado de acordo com sua forma de apresentação, conforme
discriminação abaixo:
- Sopinha .....(quando se tratar de refeição salgada)
- Papinha .....(quando se tratar de sobremesa)
- Purê ......... (quando se tratar de complemento para refeição salgada)
- Suquinho ...(Alimento líquido à base de suco de frutas e ou hortaliças e ou cereais)
3. REFERÊNCIAS
3.1. Codex Alimentarius Commission. Joint FAO/WHO Food Standards Programme.

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ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIÂNÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA
PORTARIA N º 34, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

Codex Standard for Canned Baby Foods.Codex Stan 73 - 1981 (Amended, 1985,
1987, 1989),.Vol. 4, 2nd ed., Rome, 1994.
3.2. ESPGAN - Committee on Nutrition. Guidelines on Infant Nutrition.
II.Recommendations for the Composition of Follow up Formula and Beikost. Suppl.
287 - 1981; III. Recommendations for Infant Feeding.Suppl. 302 - 1982.
3.3. Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes - Resolução nº
31, de 12 de outubro de 1992 - Conselho Nacional de Saúde - Ministério da Saúde.
(DOU 13/10/.92)
3.4. Codex Alimentarius Commission. Joint FAO/WlHO. Advisory Lists of Mineral Salts
and Vitamin Compounds for Use in Foods for Infants and Children. CAC/ GL 10-1979,
(Amended 1983,1991). Vol. 4, 2nd ed., Rome,1994.
3.5. Codex Alimentarius Commission. Joint FAO/WlHO. Recommended International
Code of Hygienic Practice for Foods for Infants and Children. CAC/RCP 21-1979, Vol.
4, 2nd ed., Rome,1994.
4.CARACTERÍSTICAS DE COMPOSIÇÃO E QUALIDADE
4.1. Composição Essencial
4.1.1. São permitidos os seguintes ingredientes:
- concentrados protéicos e outros ingredientes de alto teor protéico apropriados para
o consumo por lactentes e crianças de primeira infância.
Podem ser adicionados:
- aminoácidos essenciais para melhorar a qualidade das proteínas, porém, somente
em quantidades necessárias para este fim e na de forma natural L dos aminoácidos;
- sal iodado;
- leite e derivados lácteos;
- cereais;
- ovos (quando usada a clara de ovo, somente em produtos consumidos após 10
meses de idade);
- carnes e peixes;
- óleos e gorduras vegetais;
- frutas, hortaliças, leguminosas, tubérculos;
- açúcares;
- malte;
- mel;
- cacau (somente em produtos consumidos após os 9 meses de idade e na quantidade
máxima de 5% p/p em base seca);
- amido, inclusive amidos modificados quimicamente e ou os amidos tratados por via
física ou enzimática.
- macarrão.
Os ingredientes usados na preparação desses alimentos devem ser sãos, limpos,
de boa qualidade, seguros e o excesso de fibras deve ser removido. As carnes e os
peixes usados devem estar isentos de pedaços de ossos e ou espinhas.

617
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Podem ser adicionados vitaminas e minerais, de acordo com as listas de referência de


compostos vitamínicos e sais minerais (Anexo A).
4.1.2. O teor de sódio não deve exceder 200mg Na/100g do produto pronto para
consumo, de acordo com as instruções de preparo. A adição de sal (NaCI) a produtos
de frutas e sobremesas à base de frutas não é permitida.
4.1.3. A quantidade de sódio derivado de vitaminas e ou minerais adicionados deve
ficar dentro do limite estabelecido para sódio.
4.1.4. A densidade energética nas refeições principais (almoço e jantar) deve ser de,
no mínimo, 70kcal por 100g do produto pronto para consumo:
a) nas preparações à base de carne ou peixe, o teor mínimo de proteína deve ser de
6,5g/100kcal, o que corresponde a 4,2g de proteínas por 100 g do produto pronto para
o consumo;
b) nas misturas de carne ou peixe com outros ingredientes, o teor mínimo de proteína
deve ser de 4,2 g/100kcal, o que corresponde à 3g de proteínas por 100 g do produto
pronto para o consumo;
4.1.5. Nos produtos líquidos à base de frutas originalmente ricas em vitamina C,
esse teor deve ser restaurado nos casos em que os processos de fabricação e
armazenamento levarem a perdas desse nutriente.
4.2 Fatores Essenciais de Qualidade
4.2.1. Características Físico-químicas
a) Produto pronto para o consumo
Limites
matéria sólida: mínimo 12% nas sopinhas e papinhas
pH: máximo 7 (sopinhas) e máximo 5 (papinhas)
nitrato (expresso em íon NO3 ): máximo 250mg/kg
b) Produto desidratado
umidade: máxima 8% nas sopinhas e papinhas
nitrato (expresso em íon NO3 ): máximo 250mg/kg do produto reconstituído
c) Alimentos líquidos
pH: máximo 4,5
nitrato (expresso em íon NO3 ) :máximo 250mg/kg
Nota: O nitrato especificado neste item é o proveniente de sua ocorrência natural nas
matérias primas empregadas.
4.2.2. Acondicionamento
Todo material de embalagem em contato direto com o alimento deve ser seguro
apropriado ao uso a que se destina. A migração de substâncias indesejáveis ao
alimento deve obedecer os limites estabelecidos pela legislação específica.
4.2.3. Todos os processos de elaboração dos produtos, na forma pronta para o
consumo ou desidratada, serão realizados de tal forma que as perdas do valor nutritivo
sejam mínimas, especialmente na qualidade de suas proteínas.
4.3. Proibição Específica

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ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIÂNÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA
PORTARIA N º 34, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

Os Alimentos de Transição para Lactentes e ou Crianças de Primeira Infância não


podem ser irradiados.
5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA
É permitida a utilização de aditivos intencionais e coadjuvantes de tecnologia conforme
legislação específica.
6. CONTAMINANTES
6.1. Resíduos de agrotóxicos
Devem estar em consonância com os níveis toleráveis nas matérias-primas
empregadas, estabelecidos pela legislação específica.
6.2. Resíduos de aditivos dos ingredientes
Os remanescentes dos aditivos somente serão tolerados quando em correspondência
com a quantidade de ingredientes empregados, obedecida a tolerância fixada para os
mesmos.
6.3. Contaminantes inorgânicos
Devem obedecer os limites estabelecidos pela legislação específica.
6.4. Outros contaminantes
O alimento não pode conter resíduos de hormônios, nem de antibióticos, determinados
por meio de métodos de análise apropriados, bem como resíduos de substâncias
farmacologicamente ativas.
7. HIGIENE
7.1 Condições Gerais
Os Alimentos de Transição para Lactentes e Crianças de Primeira Infância devem ser
preparados, manipulados, acondicionados e conservados de acordo com o Código de
Prática de Higiene para Alimentos de Transição para Lactentes e Crianças de Primeira
Infância (Codex Alimentarius CAC/RCP 21-1979), até que haja legislação específica
sobre o assunto.
Os padrões microbiológicos, microscópicos e físico-químicos devem estar de acordo
com a legislação específica.
8. PESOS E MEDIDAS
Devem obedecer à legislação específica.
9. ROTULAGEM
Na rotulagem dos Alimentos de Transição para Lactentes e Crianças de Primeira
Infância, além dos preceitos exigidos para os alimentos em geral, alimentos para fins
especiais e pela Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactentes,
devem constar:
9.1. no painel principal, a designação conforme item 2.3.;
Nos demais painéis da embalagem:
9.2. A lista completa de ingredientes em ordem decrescente da respectiva proporção.
Quando se tratar de alimento a ser consumido mediante a adição de líquido, a lista
deve ser iniciada pela indicação “Ingredientes após o preparo”, da qual não podem
fazer parte os ingredientes dos líquidos adicionados.

619
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Os alimentos que contiverem espinafre e ou beterraba em sua composição devem


trazer, no rótulo, a advertência em destaque e em negrito: ‘ Contém espinafre e/ou
beterraba. Não pode ser consumido por menores de 3 meses de idade”.
9.3. Instruções sobre sua preparação e uso, assim como seu armazenamento e
conservação, antes e depois de abrir a embalagem, quando for o caso, no rótulo ou
folheto que acompanha o produto.
9.4. É vedada nas embalagens e/ou rótulos a utilização de ilustrações, fotos ou
imagens de bebê ou outras formas que possam sugerir a utilização do produto como
sendo o ideal para alimentação do lactente, bem como a utilização de frases do tipo “
quando não for possível ...” ou similares que possam por em dúvida a capacidade das
mães de amamentarem seus filhos.
É permitido o uso de outros motivos decorativos, desde que não induzam à substituição
do leite materno.
10. REGISTRO
Os Alimentos de Transição para Lactentes e Crianças de Primeira Infância estão
sujeitos aos mesmos procedimentos administrativos exigidos para o registro de
alimentos em geral.

ANEXO A
Lista de Sais Minerais e Compostos Vitamínicos
ALIMENTOS À BASE DE CEREAIS PARA ALIMENTAÇÃO INFANTIL
1. Fontes de Cálcio (Ca) 2.7 Fosfato de potássio dibásico
1.1 Carbonato de cálcio 2.8 Fosfato de sódio dibásico
1.2 Cloreto de cálcio 2.9 Ácido fosfórico
1.3 Citrato de cálcio 3. Fontes de Cloreto (Cl)
1.4 Gluconato de cálcio 3.1 Cloreto de cálcio
1.5 Glicerofosfato de cálcio 3.2 Cloreto de colina
1.6 Lactato de cálcio 3.3 Cloreto de magnésio
1.7 Fosfato de cálcio monobásico 3.4 Cloreto de manganês
1.8 Fosfato de cálcio dibásico 3.5 Cloreto de potássio
1.9 Fosfato de cálcio tribásico 3.6 Cloreto de sódio
1.10 Óxido de cálcio 3.7 Cloreto de sódio, iodizado
1.11 Sulfato de cálcio 3.8 Ácido hidroclórico / clorídrico
2. Fontes de Fósforo (P) 4. Fontes de Ferro (Fe)
2.1 Fosfato de cálcio monobásico 4.1 Carbonato ferroso, estabilizado
2.2 Fosfato de cálcio dibásico 4.2 Citrato ferroso
2.3 Fosfato de cálcio tribásico 4.3 Fumarato ferroso
2.4 Fosfato de magnésio dibásico 4.4 Gluconato ferroso
2.5 Fosfato de magnésio tribásico 4.5 Lactato ferroso
2.6 Fosfato de potássio monobásico 4.6 Succinato ferroso

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ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIÂNÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA
PORTARIA N º 34, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

4.7 Sulfato ferroso 7.8 Fosfato de potássio dibásico


4.8 Citrato férrico amônico 8. Fontes de Cobre (Cu)
4.9 Citrato férrico 8.1 Gluconato de cobre
4.10 Gluconato férrico 8.2 Carbonato cúprico
4.11 Pirofosfato férrico sódico 8.3 Citrato cúprico
4.12 Ferro com hidrogênio reduzido 8.4 Sulfato cúprico
4.13 Ferro eletrolítico 9. Fontes de Iodo (I)
4.14 Ferro carbonil 9.1 Iodeto de potássio
4.15 Pirofosfato férrico 9.2 Iodeto de sódio
5. Fontes de Magnésio (Mg) 9.3 Iodato de potássio
5.1 Carbonato de magnésio 10. Fontes de Zinco (Zn)
5.2 Cloreto de magnésio 10.1 Acetato de Zinco
5.3 Óxido de magnésio 10.2 Cloreto de Zinco
5.4 Fosfato de magnésio dibásico 10.3 Óxido de Zinco
5.5. Fosfato de magnésio tribásico 10.4 Sulfato de Zinco
5.6 Sulfato de magnésio 11. Fontes de Manganês (Mn)
6. Fontes de Sódio (Na) 11.1 Carbonato de manganês
6.1 Bicarbonato de sódio 11.2 Cloreto de manganês
6.2 Carbonato de sódio 11.3 Citrato de manganês
6.3 Cloreto de sódio 11.4 Sulfato de manganês
6.4 Cloreto de sódio, iodizado Formas de vitaminas
6.5 Citrato de sódio 1. Vitamina A
6.6 Gluconato de sódio Acetato de retinil
6.7 Lactato de sódio Palmitato de retinil
6.8 Fosfato de sódio monobásico Propionato de retinil
6.9 Fosfato de sódio dibásico 2. Provitamina A
6.10 Fosfato de sódio tribásico Beta caroteno
6.11 Sulfato de sódio 3. Vitamina D
6.12 Tartarato de sódio 3.1. Vitamina D2
7. Fontes de Potássio (K) Ergocalciferol
7.1 Bicarbonato de potássio 3.2. Vitamina D3
7.2 Carbonato de potássio Colecalciferol
7.3 Cloreto de potássio Colecalciferol-colesterol
7.4 Citrato de potássio 4. Vitamina E
7.5 Glicerofosfato de potássio D-alfa-tocoferol
7.6 Gluconato de potássio DL-alfa-tocoferol
7.7 Fosfato de potássio monobásico Acetato de d-alfa-tocoferil

621
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Acetato de dl-alfa-tocoferil 11. Ácido pantotênico


Succinato de d-alfa-tocoferil Pantotenato de cálcio
Succinato de dl-alfa-tocoferil Pantenol
5. Tiamina (Vitamina B1) 12. Vitamina B12
Cloridrato de tiamina Cianocobalamina
Mononitrato de tiamina Hidroxocobalamina
6. Riboflavina (vitamina B2) 13. Vitamina K1
Riboflavina Fitomenadiona ou fitonadiona
Riboflavina 5’-fosfato de sódio 14. Vitamina C
7. Niacina Ácido ascórbico
Nicotinamida Ascorbato de sódio
Ácido nicotínico Ascorbato de cálcio
8. Vitamina B6 Palmitato de ascorbila
Cloridrato de piridoxina 15. Colina
9. Biotina (Vitamina H) Bitartarato de colina
d-Biotina Cloreto de colina
10. Folacina 16. Inositol
Ácido fólico Formas especiais de vitaminas

Por razões de estabilidade e facilidade de manuseio, algumas vitaminas precisam ser


convertidas em preparações adequadas, como por exemplo: soluções lipossolúveis,
produtos recobertos por gelatinas, preparações gordurosas. Para este propósito,
as seguintes matérias primas comestíveis e aditivos permitidos para as respectivas
categorias podem ser utilizados:
Matérias primas /Aditivos
Limite máximo no alimento pronto para consumo
Dextrina 100 mg/g
Amidos modificados 100 mg/kg
Goma arábica (acácia) 100 mg/kg
Dióxido de silício 10 mg/kg
FONTE: Codex Alimentarius vol. 4 - 1994 CAC/GL 10-1979

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
622 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIÂNÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA
PORTARIA N º 36, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

REGULAMENTO TÉCNICO REFERENTE A ALIMENTOS À BASE DE CEREAIS


PARA ALIMENTAÇÃO INFANTIL.

PORTARIA N º 36, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

A Secretária de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições


legais, considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de
controle sanitário na área de alimentos visando a proteção à saúde da população
e a necessidade de fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a
que deverm obedecer os ALIMENTOS À BASE DE CEREAIS PARA ALIMENTAÇÃO
INFANTIL, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico referente a Alimentos à Base de Cereais para
Alimentação Infantil.
Art. 2º As empresas têm o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data da
publicação deste Regulamento, para se adequarem ao mesmo.
Art. 3º O descumprimento aos termos desta Portaria constitui infração sanitária sujeita
aos dispositivos da Lei n.º 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais disposições
aplicáveis
Art. 4º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação e revogam-se as
disposições em contrário.
MARTA NOBREGA MARTINEZ

ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE
ALIMENTOS À BASE DE CEREAIS PARA ALIMENTAÇÃO INFANTIL

1. ALCANCE
1.1. Objetivo
Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer
os Alimentos à Base de Cereais para Alimentação Infantil.
1.2. Âmbito de aplicação
O presente Regulamento se aplica aos alimentos preparados à base de cereais, que se
destinam a complementar a alimentação de lactentes e crianças de primeira infância.
2. DESCRIÇÃO
2.1. Definição
2.1.1. Entende-se por alimentos para a alimentação infantil os alimentos próprios para
lactentes e crianças de primeira infância, adequados à sua maturidade fisiológica e
seu desenvolvimento neuropsicomotor
2.1.2. Lactente é a criança de zero a doze meses de idade incompletos (11 meses e
29 dias).
2.1.3. Criança de primeira infância é a criança de doze meses a três anos de idade.

623
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

2.1.4. O cereal desidratado para alimentação infantil é um alimento à base de cereal,


com ou sem leguminosas, com baixo teor de umidade, fragmentado para permitir sua
diluição com água, leite ou outro líquido conveniente para alimentação de lactentes.
2.1.5. As farinhas de cereais cozidas, simples, mistas ou compostas, são produtos
que se distinguem quanto ao cozimento da seguinte maneira:
· farinhas parcialmente cozidas: requerem uma segunda cocção breve antes do uso.;
· farinhas propriamente cozidas: para uso imediato e não necessitam de nova cocção
antes do uso;
· farinhas dextrinizadas: farinhas nas quais o amido foi parcialmente transformado em
dextrina, por tratamento térmico.
2.1.6. As farinhas de cereais tratadas com enzimas são farinhas preparadas com
enzimas amilolíticas, cujo amido é transformado em dextrina, malto-dextrina, maltose
e glicose.
2.1.7. Massa alimentícia ou macarrão é o alimento preparado com farinha de cereal,
podendo ser adicionado de outros ingredientes permitidos por este regulamento.
2.1.8. Biscoito para Alimentação Infantil é o alimento obtido pela mistura e cocção em
forno de farinhas de cereais e outros ingredientes permitidos por este regulamento.
Os Biscoitos de Leite são compostos principalmente de cereais e sólidos de leite.
2.2. Classificação
2.2.1. Quanto à composição:
a) Simples: quando constituído por um único tipo de cereal.
b) Misto: quando constituído por dois ou mais tipos de cereais.
c) Composto: quando constituído além do(s) cereal(is), por outros ingredientes
permitidos por este regulamento.
2.2.2. Quanto à tecnologia de processo:
a) Cereais laminados, cilindrados ou rolados.
b) Cereais inflados.
c) Cereais extrudados.
2.2.3. Quanto à forma de preparo para o consumo:
a) Convencional: quando houver necessidade de cocção para o seu preparo.
b) Pré-cozido ou instantâneo: quando não houver necessidade de cocção para o seu
preparo ou quando o tempo de cocção for inferior ao convencional.
c) Pronto para o consumo.
2.3. Designação:
Os Alimentos à Base de Cereais para Alimentação Infantil são designados conforme
discriminação abaixo:
2.3.1. Cereal(is) ou nome(s) do(s) cereal(is) para alimentação infantil, conforme itens
a seguir:
a) Quando simples, o produto deve ser designado pelo nome do cereal de origem,
podendo também ser designado CEREAL PARA ALIMENTAÇÃO INFANTIL,
opcionalmente seguido ou precedido da respectiva forma de apresentação.

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624 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIÂNÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA
PORTARIA N º 36, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

b) Quando misto, pelos nomes dos cereais utilizados, em ordem decrescente


da respectiva proporção, opcionalmente seguidos ou precedidos da forma de
apresentação.
c) Quando constituído por dois ou mais cereais, o produto pode ser designado
CEREAIS PARA ALIMENTAÇÃO INFANTIL, opcionalmente seguido ou precedido
da forma de apresentação. Os nomes dos cereais utilizados também devem estar
presentes no painel principal.
d) Quando composto é elaborado com um tipo de cereal, pelo nome do cereal de
origem, seguido dos nomes dos ingredientes opcionais que o caracterizem, ou seguido
dos demais ingredientes. A respectiva forma de apresentação pode, opcionalmente,
complementar a designação.
e) Quando composto é elaborado com dois ou mais tipos de cereais, pelos nomes dos
cereais utilizados, em ordem decrescente da respectiva proporção ou, opcionalmente,
pelos termos “Cereal” ou “Cereais”, seguidos dos demais ingredientes. A respectiva
forma de apresentação pode, opcionalmente, completar a designação.
2.3.2. Massa Alimentícia ou Macarrão para Alimentação Infantil.
2.3.3. Biscoito para Alimentação Infantil
a) Quando simples ou misto, pelo nome do(s) cereal(is) utilizado(s), em ordem
decrescente da respectiva proporção.
b) Quando composto, pelo nome do(s) cereal(is) em ordem decrescente da respectiva
proporção, seguido dos nomes dos ingredientes opcionais.

3. REFERÊNCIAS
3.1. Codex Alimentarius Commission. Joint FAO/WHO Food Standards Programme. Codex Standard for
Processed Cereal-Based Foods for Infants and Children. Codex Stan 74- 1981. Vol. 4, 2nd ed., Rome,1994.
3.2. Codex Alimentarius Commission. Joint FAO/WHO. Advisory Lists of Mineral Salts and Vitamin Compounds
for Use in Foods for Infants and Children. CAC/ GL 10-1979, (amended 1983, 1991). Vol.4, 2nd ed., Rome,
1994.
3.3. Codex Alimentarius Commission. Joint FAO/WHO. Recommended International Code of Hygienic Practice
for Foods for Infants and Children. CAC/RCP 21-1979, (amended 1981). Vol. 4, 2nd ed., Rome, 1994.
3.4. Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes - Resolução nº 31, de 12 de outubro de
1992 - Conselho Nacional de Saúde - Ministério da Saúde. (DOU de 13/10/92 ).
3.5. ESPGAN - Committee on Nutrition. Guidelines on Infant Nutrition.II.Recommendations for the Composition
of Follow up Formula and Beikost. Suppl. 287 - 1981; III. Recommendations for Infant Feeding.Suppl. 302 -
1982.
4. CARACTERÍSTICAS DE COMPOSIÇÃO E QUALIDADE
4.1. Composição Essencial
4.1.1. Ingredientes obrigatórios
Os Alimentos à Base de Cereais para Alimentação Infantil devem ser preparados com
um ou mais produtos elaborados de cereais como: trigo, arroz, cevada, aveia, centeio,
milho, painço, gergelim e sorgo.
4.1.2. Se o produto for misturado com água antes do consumo, o conteúdo mínimo
de proteínas não deve ser inferior a 15% em relação ao peso seco, e a qualidade da
proteína não deve ser inferior a 70% da qualidade da caseína.
4.1.3. O teor de proteínas para os cereais desidratados que não contiverem leite em
sua formulação, deve ser de 1 a 3g por 100kcal, antes de sua reconstituição.

625
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4.1.4. Os biscoitos de leite preparados com um ou mais cereais, devem ser adicionados
de no mínimo 10% p/p de proteínas lácteas.
4.1.5. O conteúdo de sódio dos produtos descritos nos itens 2.1.4. a 2.1.7. não deve
exceder a 100mg/100g do produto pronto para consumo.
4.1.6. O conteúdo de sódio dos produtos descritos no item 2.1.8. não deve exceder a
300mg/100g do produto pronto para consumo.
4.1.7. Ingredientes opcionais
Além das matérias-primas obrigatórias citadas acima, podem ser adicionados os
seguintes ingredientes:
- leguminosas
- concentrados protéicos e outros ingredientes de alto teor protéico, apropriados para
o consumo por lactentes e crianças de primeira infância. Podem ser adicionados
aminoácidos essenciais para melhorar a qualidade das proteínas, porém, somente
em quantidades necessárias para este fim e nas formas naturais L de aminoácidos.
- sal iodado
- leite e derivados lácteos
- ovos (quando usada a clara de ovo, somente em produtos consumidos após 10
meses de idade);
- carne
- óleos e gorduras vegetais hidrogenadas
- frutas e vegetais
- açúcares
- malte
- mel
- cacau (somente em produtos a serem consumidos após os 9 meses de idade e na
quantidade máxima de 1,5% p/p do produto pronto para consumo).
- batata
- amido, inclusive amidos modificados quimicamente e ou os amidos tratados por via
física ou enzimática.
Podem ser adicionados vitaminas e minerais, de acordo com as listas de referência de
compostos vitamínicos e sais minerais (ANEXO A).
A quantidade de sódio derivada de vitaminas e ou minerais adicionados deve ficar
dentro dos limites estipulados nos itens 4.1.5. e 4.1.6.
4.2. Fatores Essenciais de Qualidade
Todos os processos de elaboração dos produtos devem ser realizados de tal forma
que as perdas do valor nutritivo sejam mínimas, especialmente na qualidade de suas
proteínas.
4.3. Proibição específica
Os Alimentos à Base de Cereais para Alimentação Infantil não podem ser irradiados.
5. ADITIVOS E COADJUVANTES DE TECNOLOGIA

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626 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIÂNÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA
PORTARIA N º 36, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

É permitida a utilização de aditivos intencionais e coadjuvantes de tecnologia conforme


legislação específica.
6. CONTAMINANTES
6.1. Resíduos de agrotóxicos
Devem estar em consonância com os níveis toleráveis nas matérias-primas
empregadas, estabelecidos pela legislação específica.
6.2. Resíduos de aditivos dos ingredientes
Os remanescentes dos aditivos somente serão tolerados quando em correspondência
com a quantidade de ingredientes empregados, obedecida a tolerância fixada para os
mesmos.
6.3. Contaminantes inorgânicos
Devem obedecer aos limites estabelecidos pela legislação específica.
6.4. Outros contaminantes
O alimento não pode conter resíduos de hormônios, nem de antibióticos, determinados
por meio de métodos de análise apropriados, bem como resíduos de substâncias
farmacologicamente ativas.
7. HIGIENE
7.1 Condições Gerais
Os Alimentos de Transição para Lactentes e Crianças de Primeira Infância devem ser
preparados, manipulados, acondicionados e conservados de acordo com o Código de
Prática de Higiene para Alimentos de Transição para Lactentes e Crianças de Primeira
Infância (Codex Alimentarius CAC/RCP 21-1979), até que haja legislação específica
sobre o assunto.
Os padrões microbiológicos, microscópicos e físico-químicos devem estar de acordo
com a legislação específica.
8. PESOS E MEDIDAS
Devem obedecer à legislação específica.
9. ROTULAGEM
Na rotulagem dos Alimentos à Base de Cereais para Alimentação Infantil, além dos
preceitos exigidos para os alimentos em geral, para os alimentos para fins especiais
e pela Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactentes devem
constar:
9.1. no painel principal, a designação conforme item 2.3.;
Nos demais painéis da embalagem devem constar:
9.2. a lista completa dos ingredientes, em ordem decrescente da respectiva proporção.
Quando se tratar de alimento a ser consumido mediante adição de líquido, a lista deve
ser encabeçada pela indicação “ingredientes após o preparo”, da qual não podem
fazer parte os ingredientes dos líquidos adicionados;
9.3. instruções sobre sua preparação e uso, assim como seu armazenamento e
conservação, antes e depois de aberta a embalagem, quando for o caso, no rótulo ou
folheto que acompanha o produto;

627
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

9.4. a expressão “utilizar leite e não água para diluir ou misturar o produto” , quando o
cereal desidratado contiver menos que 15% de proteína e a qualidade desta for 70%
inferior à da caseína;
9.5. instruções para diluição descritas no rótulo indicando que podem ser empregados
água ou leite para diluição ou mistura, quando o cereal desidratado contiver mais que
15% de proteína;
9.6. A advertência em destaque e em negrito: “Este produto não deve ser utilizado
na alimentação dos lactentes nos primeiros nove meses de vida”, quando o produto
contiver cacau em sua formulação.
9.7. É vedada nas embalagens e/ou rótulos a utilização de ilustrações, fotos, imagens
ou caricaturas de bebes humanos que possam sugerir a utilização do produto como
sendo o ideal para alimentação do lactente, bem como a utilização de frases do tipo
“Quando não for possível...” ou similares que possam por em dúvida a capacidade das
mães de amamentar seus filhos.
É permitido o uso de outros motivos decorativos, desde que não induzam à substituição
do leite materno.
10. REGISTRO
Os Alimentos à Base de Cereais para Alimentação Infantil estão sujeitos aos mesmos
procedimentos administrativos exigidos para o registro de alimentos em geral.
ANEXO A
Lista de Sais Minerais e Compostos Vitamínicos
ALIMENTOS À BASE DE CEREAIS PARA ALIMENTAÇÃO INFANTIL
Formas especiais de vitaminas
Por razões de estabilidade e facilidade de manuseio, algumas vitaminas precisam ser
convertidas em preparações adequadas, como por exemplo: soluções lipossolúveis,
produtos recobertos por gelatinas, preparações gordurosas. Para este propósito,
as seguintes matérias-primas comestíveis e aditivos permitidos para as respectivas
categorias podem ser utilizados:

1. Fontes de Cálcio (Ca) 2.7 Fosfato de potássio dibásico


1.1 Carbonato de cálcio 2.8 Fosfato de sódio dibásico
1.2 Cloreto de cálcio 2.9 Ácido fosfórico
1.3 Citrato de cálcio
1.4 Gluconato de cálcio 3. Fontes de Cloreto (Cl)
1.5 Glicerofosfato de cálcio 3.1 Cloreto de cálcio
1.6 Lactato de cálcio 3.2 Cloreto de colina
1.7 Fosfato de cálcio monobásico 3.3 Cloreto de magnésio
1.8 Fosfato de cálcio dibásico 3.4 Cloreto de manganês
1.9 Fosfato de cálcio tribásico 3.5 Cloreto de potássio
1.10 Óxido de cálcio 3.6 Cloreto de sódio
1.11 Sulfato de cálcio 3.7 Cloreto de sódio, iodizado
3.8 Ácido hidroclórico / clorídrico
2. Fontes de Fósforo (P)
2.1 Fosfato de cálcio monobásico
2.2 Fosfato de cálcio dibásico 4. Fontes de Ferro (Fe)
2.3 Fosfato de cálcio tribásico 4.1 Carbonato ferroso, estabilizado
2.4 Fosfato de magnésio dibásico 4.2 Citrato ferroso
2.5 Fosfato de magnésio tribásico 4.3 Fumarato ferroso
2.6 Fosfato de potássio monobásico 4.4 Gluconato ferroso

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ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIÂNÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA
PORTARIA N º 36, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

4.5 Lactato ferroso 11.1 Carbonato de manganês


4.6 Succinato ferroso 11.2 Cloreto de manganês
4.7 Sulfato ferroso 11.3 Citrato de manganês
4.8 Citrato férrico amônico 11.4 Sulfato de manganês
4.9 Citrato férrico
4.10 Gluconato férrico Formas de
4.11 Pirofosfato férrico sódico vitaminas
4.12 Ferro com hidrogênio reduzido 1 Vitamina A Acetato de retinil
4.13 Ferro eletrolítico Palmitato de retinil
4.14 Ferro carbonil Propionato de
4.15 Pirofosfato férrico
retinil
5. Fontes de Magnésio (Mg)
5.1 Carbonato de magnésio 2 Provitamina A Beta caroteno
5.2 Cloreto de magnésio
5.3 Óxido de magnésio 3 Vitamina D
5.4 Fosfato de magnésio dibásico 3.1 Vitamina D2 Ergocalciferol
5.5. Fosfato de magnésio tribásico 3.2 Vitamina D3 Colecalciferol
5.6 Sulfato de magnésio Colecalciferol-
colesterol
6. Fontes de Sódio (Na) 4 Vitamina E D-alfa-tocoferol
6.1 Bicarbonato de sódio DL-alfa-tocoferol
6.2 Carbonato de sódio Acetato de d-alfa-
6.3 Cloreto de sódio tocoferil
6.4 Cloreto de sódio, iodizado Acetato de dl-alfa-
6.5 Citrato de sódio
6.6 Gluconato de sódio tocoferil
6.7 Lactato de sódio Succinato de
6.8 Fosfato de sódio monobásico d-alfa-tocoferil
6.9 Fosfato de sódio dibásico
6.10 Fosfato de sódio tribásico Succinato de dl-
6.11 Sulfato de sódio alfa-tocoferil
6.12 Tartarato de sódio
7. Fontes de Potássio (K) Tiamina Cloridrato de
7.1 Bicarbonato de potássio 5
(Vitamina B1) tiamina
7.2 Carbonato de potássio Mononitrato de
7.3 Cloreto de potássio
7.4 Citrato de potássio tiamina
7.5 Glicerofosfato de potássio
7.6 Gluconato de potássio Riboflavina
6 Riboflavina
7.7 Fosfato de potássio monobásico (vitamina B2)
7.8 Fosfato de potássio dibásico Riboflavina
5'-fosfato de sódio
8. Fontes de Cobre (Cu)
8.1 Gluconato de cobre 7 Niacina Nicotinamida
8.2 Carbonato cúprico Ácido nicotínico
8.3 Citrato cúprico
8.4 Sulfato cúprico Cloridrato de
8 Vitamina B6
9. Fontes de Iodo (I) piridoxina
9.1 Iodeto de potássio
9.2 Iodeto de sódio Biotina
9 d-Biotina
9.3 Iodato de potássio (Vitamina H)
10. Fontes de Zinco (Zn) 10 Folacina Ácido fólico
10.1 Acetato de Zinco
10.2 Cloreto de Zinco Ácido Pantotenato de
10.3 Óxido de Zinco 11
pantotênico cálcio
10.4 Sulfato de Zinco Pantenol
11. Fontes de Manganês (Mn) 12 Vitamina B12 Cianocobalamina

629
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Hidroxocobalamina Palmitato de
ascorbila
Fitomenadiona ou
13 Vitamina K1
fitonadiona Bitartarato de
15 Colina
colina
14 Vitamina C Ácido ascórbico Cloreto de colina
Ascorbato de sódio 16 Inositol
Ascorbato de cálcio

Limite máximo no alimento pronto para


Matérias-primas / Aditivos
consumo

Dextrina: 100 mg/g


Amidos modificados: 100 mg/kg
Goma arábica (acácia): 100 mg/kg
Dióxido de silício: 10 mg/kg

FONTE: Codex Alimentarius vol. 4 - 1994 CAC/GL 10-197

REGULAMENTO TÉCNICO PARA PROMOÇÃO COMERCIAL DE ALIMENTOS


PARA LACTENTES E CRIANÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA.

RESOLUÇÃO RDC Nº 222, DE 05 DE AGOSTO DE 2002


**Resolução em grande parte já absorvida pela Lei 11.265/2003.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto
n.º 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o § 1º do art. 111 do Regimento Interno aprovado
pela Portaria n.º 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de dezembro
de 2000, em reunião realizada em 31 de julho de 2002,
considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de prevenção
e controle sanitário na área de alimentos, visando à saúde da população;
as recomendações da Organização Mundial da Saúde/OMS e do Fundo da Nações
Unidas para a Infância - UNICEF; a Declaração de Innocenti Sobre a Proteção,
Promoção e Apoio ao Aleitamento Materno, aprovada em 1990 pela OMS/UNICEF; o
Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno, aprovado
pela Assembléia Mundial de Saúde de 1981 e demais Resoluções posteriores
pertinentes;
os requisitos mínimos necessários para promover práticas saudáveis relacionadas a
alimentação de lactentes e crianças de primeira infância;
o compromisso assumido pelo Governo Brasileiro na Reunião de Cúpula em Favor
da Infância, realizada em Nova Iorque, em 1990, de promover, proteger e apoiar o
aleitamento exclusivo, nos primeiros seis meses de vida, e continuado, até os dois
anos ou mais de idade, após a introdução de novos alimentos;

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ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIÂNÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA
RESOLUÇÃO RDC Nº 222, DE 05 DE AGOSTO DE 2002

o disposto na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, sobre a proteção do


consumidor,
adotou a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente,
determino a sua publicação:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para Promoção Comercial de Alimentos para
Lactentes e Crianças de Primeira Infância, constante do anexo desta Resolução.
Art. 2º As empresas têm o prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de
publicação deste Regulamento para se adequarem ao mesmo.
Art. 3º O descumprimento aos termos desta Resolução constitui infração sanitária
sujeita aos dispositivos da Lei n.º 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais disposições
aplicáveis.
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
GONZALO VECINA NETO

ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO PARA PROMOÇÃO COMERCIAL DOS ALIMENTOS
PARA LACTENTES E CRIANÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA
1.ALCANCE
1.1 Objetivo
Regulamentar a promoção comercial e as orientações de uso apropriado dos alimentos
para lactentes e crianças de primeira infância.
1.2. Âmbito de Aplicação
O presente Regulamento aplica-se à promoção comercial e às orientações de uso dos
seguintes produtos, fabricados no país e importados:
1.2.1. Fórmulas infantis para lactentes e fórmulas infantis de seguimento para
lactentes;
1.2.2. Fórmulas infantis de seguimento para crianças de primeira infância;
1.2.3. Leites fluídos, leites em pó, leites em pó modificados, leites de diversas espécies
animais e produtos de origem vegetal de mesma finalidade;
1.2.4. Alimentos de transição e alimentos à base de cereais indicados para lactentes e
ou crianças de primeira infância, bem como outros alimentos ou bebidas à base de leite
ou não quando comercializados ou de outra forma apresentados como apropriados
para a alimentação de lactentes e crianças de primeira infância;
1.2.5. Fórmula de nutrientes apresentada e ou indicada para recém nascido de alto
risco;
2. DEFINIÇÕES
2.1. Alimento substituto do leite materno e ou humano - qualquer alimento
comercializado ou de alguma forma apresentado como um substituto parcial ou total
do leite materno e ou humano.

631
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

2.2. Alimento de transição para lactentes e crianças de primeira infância - qualquer


alimento industrializado para uso direto ou empregado em preparado caseiro,
utilizado como complemento do leite materno ou fórmulas infantis introduzidos na
alimentação de lactentes e crianças de primeira infância com o objetivo de promover
uma adaptação progressiva aos alimentos comuns, e de tornar esta alimentação
balanceada e adequada às suas necessidades, respeitando-se sua maturidade
fisiológica e seu desenvolvimento neuropsicomotor.
2.3. Alimento à base de cereais para lactentes e crianças de primeira infância -qualquer
alimento à base de cereais próprio para a alimentação de lactentes após os seis
meses de idade e de crianças de primeira infância, respeitando-se sua maturidade
fisiológica e seu desenvolvimento neuropsicomotor.
2.4. Amostra grátis - uma unidade de um produto fornecido gratuitamente, em uma
única vez.
2.5. Apresentação especial - qualquer forma de apresentação do produto relacionada
a promoção comercial, que objetive induzir a aquisição/venda, tais como embalagens
promocionais, embalagens de fantasia, kits agregando outros produtos não abrangidos
pelo Regulamento.
2.6. Autoridade fiscalizadora competente - o funcionário ou servidor do órgão
competente do Governo Federal, Estadual, Municipal e do Distrito Federal de ações
de Vigilância Sanitária e da Defesa do Consumidor e da Defesa da Criança.
2.7. Autoridade de saúde - gestor federal, estadual ou municipal de saúde.
2.8. Criança - indivíduo até 12 anos de idade incompletos.
2.9. Criança de primeira infância ou criança pequena - criança de 12 meses a 3 anos
de idade.
2.10. Destaque - aquilo que ressalta uma advertência, frase ou texto. Quando feito
por escrito, deverá, no mínimo, ter fonte igual ao texto informativo de maior letra,
excluindo a marca, em caixa alta e em negrito. Quando auditivo, deverá ser feito de
forma clara e audível.
2.11. Distribuidor - pessoa física, pessoa jurídica ou qualquer outra entidade no setor
público ou privado, envolvido (direta ou indiretamente) na comercialização e ou
importação em nível de atacado ou de varejo, de um produto dentro do escopo deste
Regulamento.
2.12. Doação - fornecimento gratuito de um produto em quantidade superior à
caracterizada como amostra.
2.13. Embalagem - é o recipiente, o pacote ou o envoltório destinado a garantir
conservação e facilitar o transporte e manuseio dos produtos.
2.14. Exposição especial - qualquer forma de expor um produto de modo a destacá-
lo e ou diferenciá-lo dos demais dentro de um estabelecimento comercial, tais como,
mas não limitado a vitrine, ponta de gôndola, empilhamento de produtos em forma de
pirâmide ou ilha, engradados e ornamentação de prateleiras.
2.15. Fabricante - empresa ou entidade privada ou estatal envolvida na fabricação de
um produto dentro da abrangência deste Regulamento.
2.16. Fórmula infantil para lactente - é o produto em forma líquida ou em pó, destinado

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ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIÂNÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA
RESOLUÇÃO RDC Nº 222, DE 05 DE AGOSTO DE 2002

à alimentação de lactentes, até o sexto mês, sob prescrição, em substituição total ou


parcial do leite materno ou humano, para satisfação das necessidades nutricionais
deste grupo etário.
2.17. Fórmula infantil para necessidades dietoterápicas específicas - é aquela cuja
composição foi alterada com o objetivo de atender às necessidades específicas
decorrentes de alterações fisiológicas e ou patológicas temporárias ou permanentes.
2.18. Fórmula infantil de seguimento para lactentes - é o produto em forma líquida ou
em pó utilizado, quando indicado, como substituto do leite materno ou humano a partir
do sexto mês.
2.19. Fórmula infantil de seguimento para crianças de primeira infância - é o produto
em forma líquida ou em pó utilizado como substituto do leite materno ou humano para
crianças de primeira infância.
2.20. Fórmula de nutrientes para recém - nascidos de alto risco - Composto de nutrientes
apresentado e ou indicado para a alimentação de recém-nascidos prematuros e ou
de alto risco.
2.21. Importador - empresa ou entidade, pública ou privada, que proceda a importação
de um produto dentro da abrangência deste Regulamento.
2.22. Kit - é o conjunto de produtos de marcas, formas ou tamanho diferentes em uma
mesma embalagem.
2.23. Lactente - Criança até 1 ano de idade (de zero a 11 meses e 29 dias).
2.24. Leite em pó modificado - é o produto elaborado a partir de leite “in natura” ou
de leite em pó integral, semidesnatado ou desnatado, ou pela combinação destes,
conforme estabelecido em Regulamento Técnico específico.
2.25. Material educativo - todo o material escrito ou audiovisual destinado ao público
em geral, tais como: folhetos, livros, artigos em periódico leigo, fitas cassete, fitas
de vídeo, Internet e outras formas, que vise orientar sobre a adequada utilização de
produtos destinados a lactentes e de crianças de primeira infância.
2.26. Material técnico científico - todo material elaborado com informações técnico-
científicas comprovadas e referenciadas sobre produtos ou relacionadas ao domínio
de conhecimento da nutrição e da pediatria, destinado a profissionais e pessoal de
saúde.
2.27. Pessoal de comercialização - profissionais (vendedores, promotores,
demonstradores ou representantes da empresa e de vendas) remunerados direta ou
indiretamente pelos fabricantes e ou importadores dos produtos abrangidos por este
Regulamento.
2.28. Promoção comercial - é o conjunto de atividades informativas e de persuasão,
procedente de empresas responsáveis pela produção e ou manipulação, distribuição
e comercialização, com o objetivo de induzir a aquisição/venda de um determinado
produto. Incluem-se divulgação, por meios audiovisuais e visuais, contato direto ou
indireto com profissionais de saúde e estudantes das profissões de saúde.
Exclui-se da presente definição contato direto e indireto com o profissional de saúde
e estudantes das profissões de saúde para o fornecimento de material técnico -
científico.

633
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

2.29. Recém-nascido de alto risco - é aquele que nasce prematuro de muito baixo
peso (com menos de 34 semanas de idade gestacional) ou de muito baixo peso ao
nascer (peso inferior a 1.500 gramas). Também é considerado recém-nascido de
alto risco aquele que nasce e ou logo após o nascimento apresenta patologia que
necessita de tratamento intensivo.
2.30. Rótulo - é toda inscrição, legenda, imagem ou toda matéria descritiva ou gráfica
que esteja escrita, impressa, estampada, gravada, gravada em relevo ou litografada,
colada ou fundida sobre o recipiente e ou sobre a embalagem do produto.
2.31. Sistema de saúde - complexo de órgãos e entidades do setor público e do setor
privado, prestadores de serviços destinados à promoção, proteção e recuperação da
saúde da população, inclusive reabilitação.
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3.1. BRASIL. Decreto-Lei nº 986, de 21/10/1969. Institui normas básicas de alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, 21 out.
1968. Seção 1, pt.1.
3.2. BRASIL. Ministério da Indústria e Comércio. Ministério da Saúde. Ministério da Agricultura e Abastecimento. CISA. Resolução
n.º 10, de 31/07/84. Diário Oficial da União, Brasília n.º Seção 1, pt 1.
3.3. BRASIL. Lei n.o 8.543, de 23 de dezembro de 1992. Determina a impressão de advertência em rótulos e embalagens de
alimentos industrializados que contenham glúten.
3.4. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.º 29, de 14/01/1998. Regulamento Técnico referente à Alimentos para Fins
Especiais. Diário Oficial da União, Brasília de 16/01/1998.
3.5. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.º 34, de 13/01/1998. Regulamento Técnico de Alimentos de Transição para Lactentes
e Crianças de Primeira Infância. Diário Oficial da União, Brasília republicada em 15/04/1999. Seção 1, pt 1.
3.6. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.º 35, de 13/01/1998. Regulamento Técnico de Aditivos Intencionais de Alimentos de
Transição para Lactentes e Crianças de Primeira Infância. Diário Oficial da União, Brasília de 16/01/1998.
3.7. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.º 36, de 13/01/1998. Regulamento Técnico de Alimentos à base de Cereais para
Alimentação Infantil. Diário Oficial da União, Brasília, republicada em
15/04/1999.
3.8. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.º 37, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico de Aditivos Intencionais de
Alimentos à base de Cereais para Alimentação Infantil. Infância. Diário Oficial da União, Brasília de 15/01/1998.
3.9. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.º 977, de 05/12/1998. Regulamento Técnico para Fórmulas Infantis para Lactentes
e de Segmento. Diário Oficial da União, Brasília, republicada em 15/04/1999. Seção 1, pt 1.
3.10. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 42, de 14/01/1998. Regulamento Técnico referente à Rotulagem de Alimentos
Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, nº 11-E, p.12-15, 16 jan. 1998. Seção 1, pt. 1.
3.11. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n.º 40, de 21/03/2001. Regulamento
Técnico referente à Rotulagem Nutricional Obrigatória dos Alimentos e Bebidas Embalados. Diário Oficial da União, Brasília de
23 de março de 2001.
3.12. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.º 2051/GM, de 08/11/2001. Novos Critérios da Norma Brasileira de Comercialização
de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras. Diário Oficial da União, Brasília,
n.º 215, p.44, 09 nov. 2001, Seção 1.
3.13. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno.
Genebra, 1981.
3.14. WORLD HEALTH ASSEMBLY. Resolução 33.32, Anexo 6. Genebra, 1980.
3.15. WORLD HEALTH ASSEMBLY. Resolução 33,1980 /REC/3, Páginas 67-95 e 200-204.Genebra, 1980.
3.16.OMS/UNICEF. Declaração de Innocenti. Florença, 1990.
3.17. WORLD HEALTH ASSEMBLY. Resolução 39.28. Genebra, 1996.
3.18. WORLD HEALTH ASSEMBLY. Resolução 49.15. Genebra, 1996.
3.19. WORLD HEALTH ASSEMBLY . Resolução 45.34. Genebra, 1992.
3.20. WORLD HEALTH ASSEMBLY . Resolução 39.28. Genebra, 1986.
3.21. WORLD HEALTH ASSEMBLY. Resolução 47.5. Genebra, 1994.

3.22. UNICEF. Conselho Executivo. Resolução 1991/22. Nova Iorque, 1991.

4. PRINCÍPIOS GERAIS
4.1. É vedada a promoção comercial dos produtos a que se refere os itens 1.2.1

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634 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIÂNÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA
RESOLUÇÃO RDC Nº 222, DE 05 DE AGOSTO DE 2002

e 1.2.5 em quaisquer meios de comunicação, incluindo merchandising, divulgação


por meios eletrônicos, escritos, auditivos e visuais; estratégias promocionais para
induzir vendas ao consumidor no varejo, tais como exposições especiais, cupons de
descontos ou preço abaixo do custo, prêmios, brindes, vendas vinculadas a produtos
não cobertos por este Regulamento e apresentações especiais.
4.2. A promoção comercial de alimentos infantis a que se refere os itens 1.2.2., 1.2.3.
e 1.2.4. deve incluir, em caráter obrigatório e com destaque, a seguinte advertência
visual e ou auditiva, de acordo com o meio de divulgação:
4.2.1. Para os itens 1.2.2. e 1.2.3., respectivamente:
“O Ministério da Saúde adverte: O aleitamento materno evita infecções e alergias e é
recomendado até os dois anos de idade ou mais.”
4.2.2. Para o item 1.2.4.:
“O Ministério da Saúde adverte: Após os seis meses de idade continue amamentando
seu filho e ofereça novos alimentos.”
4.3. É vedado, nas embalagens e ou rótulos de fórmula infantil para lactentes e fórmula
infantil de seguimento para lactente:
4.3.1. Utilizar fotos, desenhos ou outras representações gráficas, que não sejam
aquelas necessárias para ilustrar métodos de preparação ou uso do produto, entretanto
é permitido o uso de marca do produto/ logomarca desde que não utilize imagem de
lactente , criança pequena, ou outras figuras humanizadas;
4.3.2. Utilizar denominações ou frases como “leite humanizado”, “leite maternizado”,
“substituto do leite materno” ou similares, com o intuito de sugerir forte semelhança do
produto com o leite materno;
4.3.3. Utilizar frases ou expressões que possam por em dúvida a capacidade das
mães de amamentarem seus filho;
4.3.4. Utilizar expressões ou denominações que tentam identificar o produto como
apropriado para alimentação infantil, tais como a expressão “baby” ou similares;
4.3.5. Utilizar informações que possam induzir o uso dos produtos baseado em falso
conceito de vantagem ou segurança;
4.3.6. Utilizar frases ou expressões que indique condições de saúde para os quais o
produto possa ser utilizado;
4.3.7. Promover o produto ou outros produtos da mesma e ou de outras empresas.
4.4. Os rótulos dos produtos relacionados no item 4.3. devem exibir no painel principal
ou demais painéis, em moldura, de forma legível, de fácil visualização, em cores
contrastantes, em caracteres idênticos e em mesmo tamanho de letra da designação
de venda do produto, além de atender os dispositivos previstos no Capítulo III do
Decreto-Lei 986, de 21 de outubro de 1969 e na Resolução 10, de 31 de julho de
1984 da Comissão Interministerial de Indústria, Saúde e Agricultura - CISA, e no
Regulamento Técnico Referente à Rotulagem de Alimentos Embalados, a seguinte
advertência:
“ O Ministério da Saúde adverte: - Este produto só deve ser usado na alimentação de
crianças menores de um ano com indicação expressa de médico ou nutricionista.- O
aleitamento materno evita infecções e alergias e fortalece o vínculo mãe e filho.”

635
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4.5. Nos rótulos dos produtos relacionados no item 4.3 deve constar ainda uma
advertência sobre os riscos do preparo inadequado e instruções para a correta
preparação do produto, incluindo medidas de higiene a serem observadas e a
dosagem para diluição, quando for o caso.
4.6. É vedado nas embalagens e ou rótulos de fórmula infantil de seguimento para
crianças de primeira infância:
4.6.1. Utilizar ilustrações, fotos ou imagens de lactente, crianças de primeira infância,
personagens infantis ou quaisquer outras formas que se assemelhem a estas faixas
etárias, humanos ou não, tais como frutas, legumes, animais e ou flores humanizados,
entre outros, com a finalidade de induzir o uso do produto para estas faixas etárias;
4.6.2. Utilizar denominações ou frases como “leite humanizado”, “leite maternizado”,
“substituto do leite materno” ou similares, com o intuito de sugerir forte semelhança do
produto com o leite materno;
4.6.3. Utilizar frases ou expressões que possam por em dúvida a capacidade das
mães de amamentarem seus filhos;
4.6.4. Utilizar expressões ou denominações que tentam identificar o produto
como apropriado para alimentação de lactentes, tais como a expressão “baby” ou
similares;
4.6.5. Utilizar informações que possam induzir o uso dos produtos baseado em falso
conceito de vantagem ou segurança;
4.6.6. Utilizar marcas seqüenciais usadas nas fórmulas infantis de seguimento para
lactentes;
4.6.7. Promover o produto ou outros produtos da mesma e ou de outras empresas,
dentro da abrangência deste Regulamento.
4.7. Os rótulos dos produtos relacionados no item 4.6. devem exibir no painel principal
ou demais painéis, em moldura, de forma legível, de fácil visualização, em cores
contrastantes, em caracteres idênticos e em mesmo tamanho de letra da designação
de venda do produto, além de atender os dispositivos previstos no Capítulo III do
Decreto-Lei 986, de 21 de outubro de 1969 e na Resolução 10, de 31 de julho de 1984
da Comissão Interministerial de Indústria, Saúde e Agricultura CISA, e no Regulamento
Técnico Referente à Rotulagem de Alimentos Embalados, a seguinte advertência:
“O Ministério da Saúde adverte: - Este produto não deve ser usado para alimentar
crianças menores de um ano. O aleitamento materno evita infecções e alergias e é
recomendado até os dois anos de idade ou mais.”
4.8. Nos rótulos dos produtos relacionados no item 4.6. deve constar ainda uma
advertência sobre os riscos do preparo inadequado e instruções para a correta
preparação do produto, incluindo medidas de higiene a serem observadas e a
dosagem para a diluição, sem utilização de figura de mamadeira.
4.9. As embalagens e ou rótulos de fórmulas infantis para atender às necessidades
dietoterápicas específicas devem conter informações sobre as características
específicas do alimento, mas sem indicar condições de saúde para as quais o produto
possa ser utilizado.
4.9.1. Aplica-se a estes produtos o disposto no item 4.3.

G-100
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4.10. É vedado nas embalagens e ou rótulos de leites fluídos, leite em pó, leites em
pó modificados, leites de diversas espécies animais e produtos de origem vegetal de
mesma finalidade:
4.10.1. Utilizar ilustrações, fotos ou imagens de lactentes, crianças de primeira infância,
personagens infantis ou quaisquer outras formas que se assemelhem a estas faixas
etárias, humanos ou não, tais como frutas, legumes, animais e ou flores humanizados,
entre outros, com a finalidade de induzir o uso do produto para estas faixas etárias;
4.10.2. Utilizar denominações ou frases como “leite humanizado”, “leite maternizado”,
“substituto do leite materno” ou similares, com o intuito de sugerir forte semelhança do
produto com o leite materno;
4.10.3. Utilizar frases ou expressões que possam por em dúvida a capacidade das
mães de amamentarem seus filhos;
4.10.4. Utilizar expressões ou denominações que tentam identificar o produto como
apropriado para alimentação infantil, tais como as expressões “baby” , “primeiro
crescimento” ou similares;
4.10.5. Utilizar informações que possam induzir o uso dos produtos baseado em falso
conceito de vantagem ou segurança;
4.10.6. Promover o produto ou outros produtos da mesma e ou de outras empresas,
dentro da abrangência deste Regulamento.
4.11. Os rótulos dos produtos relacionados no item 4.10. devem exibir no painel
principal ou demais painéis, em moldura, de forma legível, de fácil visualização,
em cores contrastantes, em caracteres idênticos e em mesmo tamanho de letra
da designação de venda do produto, além de atender os dispositivos previstos no
Capítulo III do Decreto-Lei N.º 986, de 21 de outubro de 1969, na Resolução n.º 10,
de 31 de julho de 1984 da Comissão Interministerial de Indústria, Saúde e Agricultura
CISA e no Regulamento Técnico Referente à Rotulagem de Alimentos Embalados, as
seguintes advertências:
4.11.1. Para leite desnatado e semi-desnatado com ou sem adição de nutrientes
essenciais:
“O Ministério da Saúde adverte: Este produto não deve ser usado para alimentar
crianças, salvo sob indicação expressa de médico ou nutricionista. O aleitamento
materno evita infecções e alergias e é recomendado até os dois anos de idade ou
mais.”
4.11.2. Para leite integral, leites de diversas espécies animais e produtos de origem
vegetal de mesma finalidade com ou sem adição de nutrientes e leites em pó
modificados:
“O Ministério da Saúde adverte: Este produto não deve ser usado para alimentar
crianças menores de um ano, salvo sob indicação expressa de médico ou nutricionista.
O aleitamento materno evita infecções e alergias e é recomendado até os dois anos
de idade ou mais.”
4.12. É vedado nas embalagens e ou rótulos de alimentos de transição e alimentos à
base de cereais indicados para lactentes e crianças de primeira infância; alimentos ou
bebidas à base de leite ou não, quando comercializados ou de outra forma apresentados
como apropriados para a alimentação de lactentes e crianças de primeira infância:

637
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

4.12.1. Utilizar ilustrações, fotos ou imagens de lactentes ou crianças de primeira


infância;
4.12.2. Utilizar frases ou expressões que possam por em dúvida a capacidade das
mães de amamentarem seus filhos;
4.12.3. Utilizar expressões ou denominações que tentam identificar o produto como
apropriado para alimentação do lactente menor de seis meses, tais como a expressão
“baby” ou similares;
4.12.4. Utilizar informações que possam induzir o uso dos produtos baseado em falso
conceito de vantagem ou segurança;
4.12.5. Promover todas as fórmulas infantis, leites, produtos com base em leite e os
cereais que possam ser administrados por mamadeira.
4.13. Deve constar do painel principal dos rótulos dos produtos relacionados no item
4.12. a idade a partir da qual poderá ser utilizado.
4.14.Os rótulos dos produtos relacionados no item 4.12.devem exibir no painel
principal ou demais painéis, em moldura, de forma legível, de fácil visualização,
em cores contrastantes, em caracteres idênticos e em mesmo tamanho de letra da
designação de venda do produto, além, de atender a legislação específica, a seguinte
advertência:
“O Ministério da Saúde adverte: Este produto não deve ser usado para crianças
menores de 6 meses, salvo sob indicação expressa de médico ou nutricionista. O
aleitamento materno evita infecções e alergias e é recomendado até os dois anos de
idade ou mais. “
4.15. É vedado nas embalagens e ou rótulos de fórmula de nutrientes para recém-
nascido de alto risco:
4.15.1. Utilizar fotos, desenhos ou outras representações gráficas, que não sejam
aquelas necessárias para ilustrar métodos de preparação ou uso do produto, entretanto
é permitido o uso de marca do produto/ logomarca desde que não utilize imagem de
criança, ou outras figuras humanizadas;
4.15.2. Utilizar denominações ou frases como “fortificante do leite humano”, “suplemento
do leite humano”, ou similares, com o intuito de sugerir que o leite humano é fraco ou
que necessita ser suplementado, complementado ou enriquecido;
4.15.3. Utilizar frases ou expressões que possam por em dúvida a capacidade das
mães de amamentarem seus filhos;
4.15.4. Utilizar expressões ou denominações que tentam identificar o produto como
apropriado para alimentação infantil, tais como a expressão “baby” ou similares;
4.15.5. Utilizar informações que possam induzir o uso do produto baseado em falso
conceito de vantagem ou segurança;
4.15.6. Promover o produto ou outros produtos da mesma e ou de outras empresas.
4.16. Deve constar, em destaque, no painel principal dos rótulos do produto relacionado
no item 4.15. a seguinte frase : “Esse produto só deve ser usado na alimentação
do recém-nascido de alto risco mediante prescrição médica para uso exclusivo em
unidades hospitalares.”
4.17. Os rótulos do produto relacionado no item 4.15. devem exibir no painel principal

G-100
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638 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIÂNÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA
RESOLUÇÃO RDC Nº 222, DE 05 DE AGOSTO DE 2002

ou demais painéis, em moldura, de forma legível, de fácil visualização, em cores


contrastantes, em caracteres idênticos e em mesmo tamanho de letra da designação
de venda do produto, além de atender os dispositivos previstos no Capítulo III do
Decreto-Lei 986, de 21 de outubro de 1969 e na Resolução 10, de 31 de julho de
1984 da Comissão Interministerial de Indústria, Saúde e Agricultura CISA, a seguinte
advertência:
“O Ministério da Saúde adverte: - O leite materno possui os nutrientes essenciais para
o crescimento e desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida.”
4.19. Nos rótulos do produto relacionado no item 4.15. deve constar ainda uma
advertência sobre os riscos do preparo inadequado e instruções para a correta
preparação do produto, incluindo medidas de higiene a serem observadas e a
dosagem para a diluição, quando for o caso.
4.20. O produto relacionado no item 4.15. é restrito a uso hospitalar. Portanto é vedada
a venda em farmácias e ou supermercados.
4.21. Todo o material educativo e técnico-científico, qualquer que seja a sua forma,
que trate de alimentação de lactentes e crianças de primeira infância deve atender
aos dispositivos deste Regulamento.

5. AMOSTRAS E DOAÇÕES
5.1. Os rótulos de amostras dos produtos abrangidos por este Regulamento devem
conter no painel principal e em destaque, as seguintes frases: “Amostra grátis para
avaliação profissional. Proibida a distribuição a mães, gestantes e familiares”.
5.2. Os fabricantes, distribuidores e importadores só poderão fornecer amostras dos
produtos relacionados nos itens 1.2.1, 1.2.2, 1.2.3 e 1.2.4 a pediatras e nutricionistas,
quando do lançamento do produto, atendendo ao item 5.1.
5.3. Para efeito desse Regulamento, o lançamento nacional deverá ser feito no prazo
máximo de 18 meses em todo território nacional.
5.4. É vedada a distribuição de amostra quando do relançamento do mesmo produto
ou na mudança da marca do produto.
5.5. É vedada a distribuição de amostras de fórmula de nutrientes indicados para
recém-nascidos de alto risco.
5.6. A amostra da fórmula infantil para lactentes e da fórmula infantil de seguimento
para lactentes somente poderá ser fornecida uma única vez, quando do lançamento
do produto, mediante solicitação prévia do profissional de saúde.
5.7. Os fabricantes, importadores e distribuidores dos produtos de que trata este
Regulamento só poderão conceder patrocínios financeiros e ou materiais às entidades
científicas, ou associativas de pediatras e de nutricionistas, que sejam reconhecidas
nacionalmente, ficando, portanto, vedadas todas e quaisquer formas de concessão de
estímulos a pessoas físicas.
5.8. As entidades contempladas com estímulo têm a responsabilidade de zelar para
que as empresas não façam promoção comercial de seus produtos nos eventos por
elas patrocinados, autorizando somente a distribuição de material técnico-científico,
conforme as disposições deste Regulamento.

639
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

5.9. Todos os eventos patrocinados deverão incluir nos materiais de divulgação a


seguinte frase:
“Este evento recebeu patrocínio de empresas privadas de acordo com a Norma
Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira
Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras”.
5.10. Ficam proibidas as doações ou vendas a preços reduzidos dos produtos
abrangidos por este Regulamento com fins promocionais às maternidades e outras
instituições que prestam assistência a crianças, quer para uso da própria instituição,
quer para distribuição à clientela externa.
5.11. A proibição de que trata este artigo não se aplica às doações ou vendas a
preços reduzidos em situações de excepcional necessidade individual ou coletiva,
a critério da autoridade de saúde. Nestas situações, deverá ser garantido que as
provisões tenham continuidade enquanto os lactentes em questão dela necessitarem.
É permitida a impressão do nome e do logotipo do doador, mas vedada qualquer
propaganda dos produtos.
5.12. A doação para fins de pesquisa só pode ser feita mediante a aprovação de
Protocolo do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição a que o profissional estiver
vinculado, atendendo aos dispositivos da Resolução 01/88 do Conselho Nacional de
Saúde que aprova as Normas de Pesquisa em Saúde, e da Resolução 196/96 do
Conselho Nacional de Saúde que aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de
pesquisa envolvendo seres humanos.
5.13. O produto objeto de doação para pesquisa deverá conter, como identificação,
no painel principal e com destaque, a frase: “Doação para pesquisa de acordo com
legislação em vigor”.
6. DISPOSIÇÕES GERAIS
6.1. Compete aos órgãos do Sistema Único de Saúde, sob orientação nacional do
Ministério da Saúde, a divulgação, aplicação e vigilância do cumprimento deste
Regulamento.
6.2. O Ministério da Saúde, as Secretarias Estaduais de Saúde e órgãos equivalentes
ao nível municipal, sempre que necessário, acionarão outras entidades governamentais
para melhor cumprimento do disposto neste Regulamento.
6.3. Fabricantes, distribuidores e importadores, organizações governamentais e não-
governamentais e, em particular, as de defesa do consumidor, instituições privadas
de prestação de serviço de saúde ou de assistência social bem como entidades
comunitárias que congreguem profissionais ou pessoal de saúde, serão estimulados a
colaborar com o sistema público de saúde para o cumprimento deste Regulamento.
6.4. Os fabricantes devem informar todo o seu pessoal de comercialização,
incluindo as agências de publicidade que contratam, sobre este Regulamento e as
responsabilidades no seu cumprimento.
6.5. As penalidades pelo não cumprimento deste Regulamento serão aplicadas de
forma progressiva, de acordo com a gravidade e freqüência da infração. Aplicam-se
aos infratores as sanções previstas na Lei 6437, de 20 de agosto de 1977

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RESOLUÇÃO 222/2002

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Capítulo 15

OUTRAS NORMAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
E
ANVISA

Patrocinadores

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INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA
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650 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OUTRAS NORMAS MINISTÉRIO DA SAÚDE E ANVISA
ALIMENTOS COM ALEGAÇÕES DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE

NOVOS ALIMENTOS/INGREDIENTES, SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS E


PROBIÓTICOS

ALIMENTOS COM ALEGAÇÕES DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E


OU DE SAÚDE

Atualizado em 11 de janeiro de 2005


Após cinco anos de trabalho conjunto com a Comissão de Assessoramento Técnico-
Científico em Alimentos Funcionais e Novos Alimentos (CTCAF), a Gerência-Geral de
Alimentos, num processo contínuo e dinâmico, reavaliou os produtos com alegações
de propriedades funcionais e ou de saúde aprovados desde o ano de 1999. Utilizou
como base os conhecimentos científicos atualizados, bem como relatos e pesquisas
que demonstram as dificuldades encontradas pelos consumidores em entender
o verdadeiro significado da característica anunciada para determinados produtos
contendo alegações.
Esta revisão considerou como pressupostos, a necessidade das alegações estarem
de acordo com as políticas do Ministério da Saúde e serem de fácil compreensão
pelos consumidores. Além de cumprir com o estabelecido pelas Resoluções nº 17/99,
18/99 e 19/99.
Com esta revisão, alguns produtos deixaram de ter alegações e outros tiveram as suas
alegações modificadas, com o intuito de aprimorar o entendimento dos consumidores
quanto às propriedades destes alimentos.
Esta revisão não está condicionada a uma mudança imediata. As empresas devem
adequar os dizeres de rotulagem, seguindo este novo formato das alegações até o
esgotamento das embalagens atuais dos produtos. Prazos devem ser verificados
junto as Vigilâncias Sanitárias Estaduais ou Municipais, onde as empresas estão
localizadas.
Caso esse prazo supere 12 meses, a contar de 30 de janeiro de 2005, as empresas
deverão procurar as Vigilâncias Sanitárias Estaduais, onde estão localizadas, para
acertarem um novo prazo de esgotamento de embalagens.
I – Histórico
II - Comissão Técnico-científica de Assessoramento em Alimentos Funcionais e Novos
Alimentos
III - Princípios
IV – Regulamentações
V – Árvore Decisória
VI - Lista dos Novos Alimentos e Ingredientes aprovados (em atualização)
VII – Orientações para instrução do Relatório Técnico-Científico para Alimentos,
Substâncias Bioativas e Probióticos com Alegações de Propriedades Funcionais e ou
de Saúde e Novos Alimentos
VIII - Lista das Alegações Aprovadas
Alimentos com Alegações de Propriedades Funcionais e ou de Saúde, Novos
Alimentos/Ingredientes, Substâncias Bioativas e Probióticos

651
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

I - Histórico
Desde o início da década de 90 já existiam na Secretaria de Vigilância Sanitária pedidos
de análise para fins de registro de diversos produtos até então não reconhecidos
como alimentos, dentro do conceito tradicional de alimento.
Com o passar dos anos, além do aumento do número de pedidos, aumentou também
a sua variedade e os apelos e divulgação nos meios de comunicação desses
produtos.
A Vigilância Sanitária, sempre utilizando o princípio da precaução, se posicionou de
forma contrária à aprovação e utilização desses produtos como alimentos.
Somente a partir de 1998, depois de mais de um ano de trabalho e pesquisa, contando
com a contribuição de várias instituições e pesquisadores da área de nutrição,
toxicologia, tecnologia de alimentos e outras, foi proposta e aprovada pela Vigilância
Sanitária a regulamentação técnica para análise de novos alimentos e ingredientes,
aí incluídos os chamados “alimentos com alegações de propriedades funcionais e ou
de saúde”.
Assim, os regulamentos técnicos aprovaram: diretrizes básicas para avaliação de
risco de novos alimentos e as diretrizes básicas para comprovação de alegação de
propriedade funcional e ou de saúde em rotulagem de alimentos.
Com a mudança no enfoque de análise dos alimentos, que passa a considerar o critério
de risco, a Vigilância Sanitária decidiu constituir uma Comissão Técnico-científica com
a função de subsidiar a Diretoria de Alimentos e Toxicologia nas decisões relacionadas
a esse tema.
O desenvolvimento do trabalho desta Comissão gerou ao longo de cinco anos a
realização de eventos e elaboração de informes técnicos, visando sempre à atualização
de conceitos à luz das evidências científicas reconhecidas pela comunidade
internacional, dentre os quais destacamos:
Seminário Internacional sobre avaliação de risco e segurança na utilização de
alimentos funcionais, novos alimentos e novos ingredientes realizado em 8 e 9 de
julho de 1999.
Segundo Seminário sobre alimentos com alegações de propriedades funcionais ou de
saúde, realizado no período de 18 a 20 de julho de 2001, com posterior publicação
dos temas discutidos - Segundo Seminário sobre alimentos com alegações de
propriedades funcionais ou de saúde. Brasília – DF: Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. Gerência de Alimentos, 2002. 98p.
Workshop sobre Isoflavonas, realizado em 29 de agosto de 2002.
Workshop sobre Luteína e Zeaxantina, realizado em 21 de agosto de 2003.
Workshop sobre Soja, realizado em 05 de março de 2004.
Informe Técnico nº 4, de 12 de agosto de 2002, sobre a Proibição em todo o território
nacional, o ingresso, a comercialização e a exposição ao consumo, de sobremesas
e de balas e similares à base de gelificantes, incluindo mini-copos gelificados que
contenham o aditivo INS 425 Goma Konjak (Goma Konjac, Farinha de Konjak,
Konnyaku ou Glucomanano de Konjak)
Informe Técnico nº 6, de 31 de janeiro de 2003, sobre os Procedimentos sobre

G-100
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652 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OUTRAS NORMAS MINISTÉRIO DA SAÚDE E ANVISA
ISOFLAVONAS

Cogumelos: 1) dessecados inteiros ou fragmentados e em conserva, 2) em pós,


cápsulas, comprimidos e em outras formas de apresentação não convencionais na
área de alimentos
Informe Técnico nº 9, de 21 de maio de 2004, sobre Orientação para utilização, em
rótulos de alimentos, de alegações de propriedades funcionais de nutrientes com
funções plenamente reconhecidas pela comunidade científica – detalhamento do item
3.3 da Resolução n º 18/99
Informe Técnico nº 10, de 24 de agosto de 2004, sobre Procedimentos para os
guaranás nas formas de apresentação de sementes, bastões, cápsulas, comprimidos,
tabletes e outras formas sólidas

PERGUNTAS E RESPOSTAS
ISOFLAVONAS

FAQ Perguntas e Respostas


O que são isoflavonas?
As isoflavonas são substâncias, presentes principalmente na soja e em seus
derivados, denominadas de fitoestrógenos por apresentarem semelhança estrutural
com os hormônios estrogênicos, encontrados em maior concentração nas mulheres. As
237 isoflavonas podem ocorrer em diversas formas moleculares: Malonil derivados e Beta-
Glicosídeos, que ocorrem naturalmente nos grãos da soja e na farinha de soja, e os
Acetil derivados e as Agliconas, que são formados durante o processamento industrial da
soja ou no metabolismo da soja no organismo. O isolado protéico de soja possui maiores
teores das formas agliconas.
Os conteúdos ou os teores de isoflavonas presentes nos produtos comerciais variam?
Sim, existe variabilidade nos níveis das isoflavonas, tendo em vista que a quantidade
238 das isoflavonas nos vegetais varia em função do local de plantio, clima, disponibilidade
de água e variedade da espécie vegetal. A forma de obtenção e processamento industrial
do produto também influenciam nos teores finais de isoflavonas.
Existe controle sobre a variabilidade dos conteúdos ou teores de isoflavonas nos produtos
industrializados?
239 Relatos de pesquisas têm indicado que grande parte dos produtos derivados da
soja desenvolvidos pelas indústrias apresenta isoflavonas em formas e quantidades
variáveis, indicando a falta de controle efetivo da matéria-prima de forma a dificultar a
padronização de concentração de isoflavona contida nestes produtos.
As isoflavonas têm a mesma biodisponibilidade (capacidade de absorção e utilização
pelo organismo)?
240 Não. A sua absorção varia com a dieta, sensibilidade individual, perfil genético e
fase da vida. A estrutura das isoflavonas, o processamento industrial e a composição do
produto também influenciam sua absorção no organismo.

Quais as fontes de isoflavona? Em que parte do vegetal pode ser encontrada?


241 As isoflavonas são encontradas no grão de soja, brotos de alfafa, sementes de
linhaça, trevo vermelho, entre outros vegetais. Na soja, as isoflavonas estão distribuídas
em todo o grão, tendo maior concentração no gérmen do grão da soja.

653
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

FAQ Perguntas e Respostas


Quais são os efeitos das isoflavonas no nosso organismo?
As evidências científicas existentes, até o momento, sobre os efeitos das
isoflavonas permitem reconhecer como viável apenas o seu uso para o alívio das ondas
de calor associadas à menopausa ("fogachos") e como auxiliar na redução dos níveis de
colesterol, desde que prescrito por profissional habilitado, tendo em vista a quantidade
e o período de utilização está relacionado com a condição de saúde do indivíduo e
242 as restrições aos grupos populacionais específicos. Demais alegações das isoflavonas,
relacionadas a câncer, osteoporose, reposição hormonal, redução do risco de doenças
cardiovasculares não têm comprovação científica suficiente para justificar o seu uso.
Quanto à substituição de tratamentos convencionais por isoflavonas ou mesmo sua
introdução complementar em esquemas terapêuticos, só deve ser feita após avaliação e
sob exclusiva responsabilidade do médico responsável pelo tratamento.
Maiores informações pelo e-mail fitoterapicos@anvisa.gov.br
As isoflavonas, do ponto de vista da Anivisa, são alimentos ou medicamentos?
Dado o perfil de uso e indicações terapêuticas, as isoflavonas são consideradas
243 como medicamentos, com obrigatoriedade de registro, não se enquadrando na legislação
brasileira de alimentos. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail fitoterapicos@
anvisa.gov.br
Como ficam os produtos à base de soja que naturalmente contenham isoflavonas?
As empresas poderão alegar alguma propriedade em relação a este conteúdo que é
intrínseco?
Os produtos alimentícios à base de soja, que naturalmente contêm isoflavonas
podem ser analisados como alimentos. Ressalta-se que para ser considerado alimento o
produto não deve apresentar alegações medicamentosas e ou terapêuticas que façam
alusão à prevenção, tratamento e cura de doenças.
Para os alimentos à base de soja, as alegações de propriedade funcional e ou
244 de saúde em função da proteína de soja são permitidas, somente após avaliação e
aprovação da Anvisa. Neste caso deve ser respeitado o Regulamento Técnico que
Estabelece as Diretrizes Básicas para Análise e Comprovação de Propriedades Funcionais
e/ou de Saúde Alegadas em Rogulagem de Alimentos - Resolução ANVS/MS 18/99.
Para as alegações de propriedade de saúde, que façam alusão à redução do risco de
doenças, estas devem estar associadas a outra frase informando que o desenvolvimento
de uma doença está relacionado a vários fatores e que o alimento não tem a propriedade
de prevenir, tratar ou curar uma doença.
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail alimentos@anvisa.gov.br
Quais os cuidados em relação à utilização de isoflavonas?
As isoflavonas isoladas comercializadas devem ter indicação e acompanhamento
245 médico não devendo ser consumidas de forma indiscriminada. Os consumidores devem
sempre escolher os produtos que estejam registrados na ANVISA. Outras informações
podem ser obtidas pelo e-mail fitoterapicos@anvisa.gov.br

Existem atualmente produtos com isoflavonas aprovados no Brasil como medicamento


fitoterápico?
Sim. Existem dois produtos registrados na Anvisa como medicamento fitoterápico;
246
são reconhecidas apenas as indicações para alívio das ondas de calor associadas à
menopausa ("fogachos") e como auxiliar na redução dos níveis de colesterol.
Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail fitoterapicos@anvisa.gov.br

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
654 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OUTRAS NORMAS MINISTÉRIO DA SAÚDE E ANVISA
LUTEÍNA E ZEAXANTINA

FAQ Perguntas e Respostas


O suplemento alimentar à base de isoflavona é regulamentado no Brasil?
247 Não. A legislação brasileira de alimentos não permite as designações:
"suplemento alimentar", "suplemento nutricional", "complemento alimentar",
"complemento nutricional".
Os diversos produtos de isoflavonas comercializados como alimentos, principalmente os
produtos derivados da soja, existentes hoje no mercado, estão irregulares?
Sim. Nenhum desses produtos possui registro na área de alimentos e nenhuma
alegação de conteúdo ("contém isoflavonas", "fonte de isoflavonas", "rico em isoflavonas",
248 dentre outras), de função ou de saúde foi aprovada para as isoflavonas.
Portanto os produtos derivados da soja não podem fazer menção aos benefícios
das isoflavonas nos seus dizeres de rotulagem e materiais publicitários mesmo quando
estes produtos possuam registro junto a Anvisa.
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail alimentos@anvisa.gov.br

LUTEÍNA E ZEAXANTINA
O que são luteína e zeaxantina?
A luteína e zeaxantina são substâncias responsáveis pela cor de peixes, aves, flores
249 e alimentos. Estas substâncias são denominadas de xantofilas por possuírem ligações
duplas conjugadas, partes da molécula são responsáveis pela absorção de luz na região
do visível, o que confere a cor aos alimentos que as possuem.
Onde a luteína e a zeaxantina podem ser encontradas?
250 São encontradas predominantemente nos vegetais amarelos, alaranjados,
vermelhos e verdes; tais como nectarina, laranja, mamão, pêssego, brócolis, couve de
bruxelas, repolho, couve-flor, ervilha, milho, rúcula, dentre outros.
Os conteúdos ou os teores de luteína e zeaxantina variam?
Sim, existe variabilidade nos níveis da luteína e zeaxantina nos alimentos, tendo
em vista que a quantidade destas substâncias nos vegetais varia em função da época
251 de colheita e maturação do vegetal, local de plantio, clima, estocagem, transporte,
variedade da espécie vegetal e da técnica analítica empregada na quantificação destes
teores nos alimentos. A forma de obtenção e o processamento industrial do produto
também podem influenciar nos teores finais de luteína e zeaxantina presentes.
Quais são os efeitos da luteína e zeaxantina no nosso organismo?
Não há evidências científicas suficientes que comprovem a eficácia da luteína e
252 zeaxantina na redução da degeneração macular. Além disso, não há consenso sobre
quantidade, período de utilização, condição de saúde do indivíduo, restrições a grupos
populacionais específicos, bem como efeitos a longo prazo.
O que é degeneração macular?
A degeneração macular é uma patologia relacionada com a idade avançada, por
isso, comumente denominada de Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI).
Trata-se de distúrbio metabólico relacionado a um acúmulo de material anormal
proveniente de resíduos oculares, o que prejudica a visão. Alguns pesquisadores
253 relacionam, principalmente, a ocorrência da DMRI ao fator genético e à idade. No entanto,
outros fatores podem estar envolvidos, como: sexo feminino, íris escura, hipermetropia,
exposição à luz (solar ou ambiente), desequilíbrios nutricionais, tabagismo, dentre
outros.
A maioria dos pacientes começa a mostrar sintomas a partir dos 50 anos de idade
e é a principal causa de cegueira entre as pessoas com mais de 60 anos, no Brasil.

655
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Existe atualmente produto com luteína e zeaxantina aprovado no Brasil como


medicamento?
254 Não. Atualmente, um produto está sendo avaliado pela área de Medicamentos
Novos, Pesquisas e Ensaios Clínicos desta Agência quanto à segurança e eficácia.
Mais informações: medicamentos@anvisa.gov.br
Como ficam os alimentos que naturalmente contêm luteína e zeaxantina? As empresas
podem alegar alguma propriedade em relação a este conteúdo que é intrínseco?
Os alimentos, que naturalmente contêm luteína e zeaxantina, podem ser objeto
de análise pela área de alimentos da Anvisa. Neste caso serão avaliados com base
na legislação vigente, ou seja, para ser considerado um alimento o produto não deve
apresentar alegações medicamentosas e ou terapêuticas que façam alusão à prevenção,
tratamento e cura de doenças.
As alegações de propriedade de saúde, que façam alusão à redução da degeneração
macular, não são permitidas considerando que não há comprovação científica deste
255 efeito.
Portanto, até o momento não foram aprovadas alegações de propriedades funcional
e ou de saúde para produtos que contenham naturalmente ou adicionados de luteína,
zeaxantina. Informamos que para as empresas interessadas em veicular na rotulagem de
seus produtos outras alegações de propriedade funcional e ou de saúde para a luteína e
ou zeaxantina, estas devem apresentar documentação científica, diretamente à Gerência-
Geral de Alimentos, conforme disposto no >Regulamento Técnico que Estabelece as
Diretrizes Básicas para Análise e Comprovação das Propriedades Funcionais e ou de
Saúde Alegadas em Rotulagem dos Alimentos
Mais informações: alimentos@anvisa.gov.br
O suplemento alimentar à base de luteína e zeaxantina é regulamentado no Brasil?
256 Não. A legislação brasileira de alimentos não permite as designações:
"suplemento alimentar", "suplemento nutricional", "complemento alimentar",
"complemento nutricional".

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
656 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OUTRAS NORMAS MINISTÉRIO DA SAÚDE E ANVISA
ÁRVORE DECISÓRIA

ÁRVORE DECISÓRIA
Para efeito da avaliação de segurança de uso e da eficácia das alegações propostas foi
elaborada a árvore decisória, cumprindo um dos critérios para subsidiar o deferimento
e o indeferimento dos produtos.

657
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

REVOGA AS RESOLUÇÕES, PORTARIAS E COMUNICADO LISTADOS NO


ANEXO

RESOLUÇÃO RDC Nº 253, DE 15 DE SETEMBRO DE 2005.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 11, inciso IV, do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto
n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “b”, § 1°, do Regimento
Interno aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU
de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 5 de setembro de 2005,
considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle
sanitário na área de alimentos, visando a proteção à saúde da população;
considerando a necessidade de atualizar a legislação sanitária de alimentos;
considerando que os novos regulamentos técnicos de padrões de identidade e
qualidade de alimentos devem priorizar os parâmetros sanitários;
considerando que alguns instrumentos legais, apesar de não serem observados,
não foram expressamente revogados.
adotou a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente,
determino a sua publicação:
Art. 1º Ficam revogadas as Resoluções, Portarias e Comunicado listados no Anexo,
tendo em vista as atualizações efetuadas na legislação de alimentos.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
DIRCEU RAPOSO MELLO
ANEXO
Resolução CNNPA nº. 15/68, DOU de 22/07/68 - Permite a denominação de creme para alimentos elaborados com frutas,
vegetais e outras substâncias comestíveis.
Resolução CNNPA nº. 24/68, DOU de 16/09/1970 - Permite adicionar amido puro ao doce de leite.
Resolução CNNPA nº. 17/71, DOU de 10/09/1971 - Produtos de leite fermentado e Yakult.
Resolução CNNPA nº. 21/71, DOU de 10/09/1971 - Adição de amido em leite aromatizado.
Resolução CNNPA nº. 27/71, DOU de 26/10/1971 - Negar permissão para o emprego de álcool retificado em aperitivos.
Resolução CNNPA nº. 13/72, DOU de 28/06/72 itens 1 e 4 - Permite emprego de sucos e polpas de frutas e de outros ingredientes
em iogurtes.
Resolução CNNPA nº. 16/75, DOU de 18/09/1975 - Permite o emprego de amido no sal de mesa.
Resolução CNNPA nº. 20/77, DOU de 26/07/1977 - Permite o emprego de ingredientes e aditivos na elaboração de leite
aromatizado, leite gelificado aromatizado ou leite gelificado.
Comunicado Dinal nº. 08 de 25 de março de 1980
Portaria SVS/MS nº. 16, de 10 de setembro de 1986, DOU de 16/09/1986 - Rótulos de produtos do PAP e de outros Programas
Sociais de Alimentação
Portaria SVS/MS nº. 19, de 07 de abril de 1986 - Obriga o registro de chás e especiarias.
Portaria SVS/MS nº. 43, de 14 de janeiro de 1998, DOU 15/01/1998 - Estabelece prazo de 180 dias para atendimento aos novos
regulamentos técnicos aprovados pelas Portarias SVS/MS nºs 27 a 43, 222 e 223 de 1998.
Portaria SVS/MS nº. 555, de 14 de julho de 1998, DOU de 15/07/1998 - Estabelece prazo de 180 dias para adoção dos
Regulamentos Técnicos aprovados pelas Portarias SVS/MS nºs 27 a 43, 222 e 223 de 1998.
Portaria SVS/MS nº. 982, de 07/12/1998, DOU de 09/12/1998 - Estabelece a data de 14/01/2000 para adequação aos
Regulamentos Técnicos aprovados pelas Portarias SVS/MS nº 41 e 42/98.
Portaria SVS/MS nº. 19, de 15 de março de 1995, DOU de 16/03/1995 - Norma Técnica para Complemento Nutricional.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
658 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OUTRAS NORMAS MINISTÉRIO DA SAÚDE E ANVISA
RESOLUÇÃO RDC Nº. 273, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005

REGULAMENTO TÉCNICO PARA MISTURAS PARA O PREPARO DE ALIMENTOS


E ALIMENTOS PRONTOS PARA O CONSUMO

RESOLUÇÃO RDC Nº. 273, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição


que lhe confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto
3.029, de 16 de abril de 1999, c/c do Art. 111, inciso I, alínea “b” § 1º do Regimento
Interno aprovado pela Portaria nº. 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU
de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 29, de agosto de 2005,
considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle
sanitário na área de alimentos, visando a proteção à saúde da população;
considerando a necessidade de atualização da legislação sanitária de alimentos,
com base no enfoque da avaliação de risco e da prevenção do dano à saúde da
população;
considerando que os regulamentos técnicos da ANVISA de padrões de identidade e
qualidade de alimentos devem priorizar os parâmetros sanitários;
considerando que o foco da ação de vigilância sanitária é a inspeção do processo
de produção visando a qualidade do produto final;
adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino
a sua publicação:
Art. 1º Aprovar o “REGULAMENTO TÉCNICO PARA MISTURAS PARA O PREPARO
DE ALIMENTOS E ALIMENTOS PRONTOS PARA O CONSUMO”, constante do
Anexo desta Resolução.
Art. 2o As empresas têm o prazo de 01 (um) ano a contar da data da publicação deste
Regulamento para adequarem seus produtos.
Art. 3º O descumprimento aos termos desta Resolução constitui infração sanitária
sujeitando os infratores às penalidades previstas na Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de
1977 e demais disposições aplicáveis.
Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário, em especial, a Resolução CNNPA
nº. 17/70; Resolução CNNPA nº. 37/71; Resolução CNNPA nº. 35/77; Resolução
CNNPA nº. 12/78, itens referentes a Pós para o Preparo de Alimentos e Produtos
de Confeitaria; Portaria SVS/MS nº. 868/98; Resolução ANVISA/MS nº. 64/00 e
Resolução ANVISA/MS RDC nº. 229/03.
Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
DIRCEU RAPOSO DE MELLO
ANEXO

659
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

REGULAMENTO TÉCNICO PARA MISTURAS PARA O PREPARO DE ALIMENTOS


E ALIMENTOS PRONTOS PARA O CONSUMO
1. ALCANCE
Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade que devem obedecer
as Misturas para o Preparo de Alimentos e os Alimentos Prontos para o Consumo,
embalados na ausência do cliente e prontos para oferta ao consumidor.
2. DEFINIÇÃO
2.1. Misturas para o Preparo de Alimentos: são os produtos obtidos pela mistura de
ingredientes, destinados ao preparo de alimentos pelo consumidor com a adição
de outro(s) ingrediente(s). Podem requerer aquecimento ou cozimento. O produto
resultante após o preparo, de acordo com as instruções do fabricante, deve ser aquele
mencionado na designação da Mistura.
2.2. Alimentos Semi-Prontos ou Prontos para o Consumo: são os alimentos preparados
ou pré-cozidos ou cozidos, que para o seu consumo não necessitam da adição de
outro(s) ingrediente(s). Podem requerer aquecimento ou cozimento complementar.
Excluem-se deste item, os alimentos definidos em outros Regulamentos Técnicos
específicos.
2.3. Composto Líquido Pronto para o Consumo: é o produto que contém como
ingrediente(s) principal(is): inositol e ou glucoronolactona e ou taurina e ou cafeína,
podendo ser adicionado de vitaminas e ou minerais até 100% da Ingestão Diária
Recomendada (IDR) na porção do produto. Pode ser adicionado de outro(s)
ingrediente(s), desde que não descaracterize(m) o produto.
2.4. Preparado Líquido Aromatizado: é o produto obtido a partir de água, adicionado
obrigatoriamente de aroma(s), podendo conter outro(s) aditivo(s) previsto(s) em
Regulamento Técnico específico. O produto não pode ser adicionado de gás carbônico
(dióxido de carbono), açúcar e outro(s) ingrediente(s).
3. DESIGNAÇÃO
3.1. Misturas para o Preparo de Alimento: devem ser designadas de “Mistura...” ou
“Pó...” ou expressão equivalente seguido do nome do alimento a ser obtido após o
preparo. Pode ser acrescida de designações consagradas pelo uso e ou expressões
relativas ao processo de obtenção, finalidade de uso, característica específica ou
ingrediente que caracteriza o alimento a ser preparado.
3.2. Alimentos Semi-Prontos ou Prontos para o Consumo: devem ser designados por
denominação consagrada pelo uso. A designação pode ser acrescida de expressões
relativas ao(s) ingrediente(s) que caracteriza(m) o produto, processo de obtenção,
forma de apresentação ou característica específica.
3.3. Composto Líquido Pronto para o Consumo: deve ser designado de “Composto
Líquido Pronto para o Consumo”, podendo ser acrescido da expressão “à base de”,
especificando o(s) ingrediente(s) principal(is) conforme descrito(s) no item 2.3.
3.4. Preparado Líquido Aromatizado: deve ser designado de “Preparado Líquido
Aromatizado”.
3.5. Quando o produto for adicionado de aroma(s) acrescentar à designação a
expressão “sabor.....” ou “ sabor artificial......”, conforme o caso, seguido do nome(s)
do(s) aroma(s)/aromatizante(s) .

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
660 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OUTRAS NORMAS MINISTÉRIO DA SAÚDE E ANVISA
RESOLUÇÃO RDC Nº. 273, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4.1. BRASIL. Decreto nº 55.871, de 26 de março de 1965. Modifica o Decreto nº 50.040, de 24 de janeiro de 1961, referente a
normas reguladoras do emprego de aditivos para alimentos, alterado pelo Decreto nº 691, de 13 de março de 1962. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, 09 abr. 1965. Seção 1.
4.2. BRASIL. Decreto - Lei nº 986, de 21 de outubro de 1969. Institui normas básicas sobre alimentos. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 21 out. 1969. Seção 1.
4.3. BRASIL. Resolução CNS/MS nº 4, de 24 de novembro de 1988. Aprova revisão das Tabelas I, III, IV e V referente a Aditivos
Intencionais, bem como os anexos I, II, III e VII, todos do Decreto nº 55.871, de 26 de março de 1965. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 19 dez. 1988. Seção 1.
4.4. BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
12 set. 1990. Suplemento.
4.5. BRASIL. Portaria SVS/MS nº 1.428, de 26 de novembro de 1993. Regulamento Técnico para Inspeção Sanitária de
Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 02 dez. 1993. Seção 1.
4.6. BRASIL. Decreto 2.314, de 04 de setembro de 1997. Regulamenta Lei nº 8.918, de 14 de julho de 1994, que dispõe sobre
a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, 05 set. 1997. Seção 1.
4.7. BRASIL.Portaria SVS/MS nº 326, de 30 de julho de 1997. Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-sanitárias
e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 01 ago. 1997. Seção 1.
4.8. BRASIL. Portaria SVS/MS nº 27, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico Referente à Informação Nutricional
Complementar. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jan. 1998. Seção 1.
4.9. BRASIL. Portaria SVS/MS nº 29, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico referente a Alimentos para Fins Especiais.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 jan. 1998. Seção 1.
4.10. BRASIL. Portaria SVS/MS nº 685, de 27 de agosto de 1998. Regulamento Técnico de Princípios Gerais para o
Estabelecimento de Níveis Máximos de Contaminantes Químicos em Alimentos e seu Anexo: Limites máximos de tolerância
para contaminantes inorgânicos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 ago. 1998. Seção 1.
4.11. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº. 16, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico de Procedimento para Registro de
alimentos e ou novos ingredientes. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 03 mai. 1999. Seção 1.
4.12. BRASIL. Resolução ANVISA/MS nº 17, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico que estabelece as Diretrizes Básicas
para a Avaliação de Risco e Segurança dos Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 03 mai. 1999. Seção 1.
4.13 BRASIL. Resolução ANVISA/MS nº 382, de 05 de agosto de 1999. Regulamento Técnico que aprova o uso de Aditivos
Alimentares, estabelecendo suas Funções e seus Limites Máximos para a Categoria de Alimentos 13 - Molhos e Condimentos.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 ago. 1999. Seção 1.
4.14. BRASIL. Resolução ANVISA/MS nº 383 de 05 de agosto de 1999. Regulamento Técnico que aprova o uso de Aditivos
Alimentares estabelecendo suas funções e seus limites máximos para a categoria de alimentos 7 - Produtos de Panificação e
Biscoito. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 ago.1999. Seção 1.
4.15. BRASIL. Resolução ANVISA/MS nº 385, de 05 de agosto de 1999. Regulamento Técnico que aprova o uso de Aditivos
Alimentares, estabelecendo suas Funções e seus Limites Máximos para a Categoria de Alimentos 6 - Cereais e Produtos de ou
à Base de Cereais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 ago. 1999. Seção 1.
4.16. BRASIL. Resolução ANVISA/MS nº 386 de 05 de agosto de 1999. Regulamento Técnico que aprova o uso de Aditivos
Alimentares segundo as Boas Práticas de Fabricação e suas funções. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 ago. 1999. Seção
1.
4.17 BRASIL. Resolução ANVISA/MS nº 388, de 05 de agosto de 1999. Regulamento Técnico que aprova o uso de Aditivos
Alimentares, estabelecendo suas Funções e seus Limites Máximos para a Categoria de Alimentos 19 - Sobremesas. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 09 ago. 1999. Seção 1, pt. 1.
4.18. BRASIL. Resolução ANVISA/MS n° 389, de 05 de agosto de 1999. Regulamento Técnico que aprova o uso de Aditivos
Alimentares, estabelecendo suas Funções e seus Limites Máximos para a Categoria de Alimentos 16: Bebidas - subcategoria
16.2.2 - Bebidas não Alcoólicas Gaseificadas e não Gaseificadas. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 ago. 1999. Seção 1.
4.19. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº 22, de 15 de março de 2000. Procedimentos de Registro e Dispensa da Obrigatoriedade
de Registro de Produtos Importados Pertinentes à Área de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 mar 2000. Seção
1.
4.20. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº 23, de 15 de março de 2000. Manual de Procedimentos Básicos para Registro e Dispensa
da Obrigatoriedade de Registro de Produtos Pertinentes à Área de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, 16 mar. 2000.
Seção 1.
4.21. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº 12, de 02 de janeiro de 2001. Regulamento Técnico sobre os Padrões
Microbiológicos para Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 jan. 2001. Seção 1.
4.22. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS n° 33, de 09 de março de 2001. Regulamento Técnico que aprova o uso de Aditivos
Alimentares, estabelecendo suas funções e seus limites máximos para a Categoria de Alimentos 12: Sopas e Caldos. Diário
Oficial da União, Brasília, 12 mar. 2001. Seção 1.
4.23. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº 34, de 09 de março de 2001. Regulamento Técnico que aprova o uso de Aditivos
Alimentares, estabelecendo suas funções e seus limites máximos para a Categoria de Alimentos 21: Preparações culinárias

661
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

industriais. Diário Oficial da União, Brasília, 12 mar. 2001. Seção 1.


4.24. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº 234, de 19 de agosto de 2002. Regulamento Técnico sobre aditivos utilizados
segundo as Boas Práticas de Fabricação e suas Funções. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 ago. 2002. Seção 1.
4.25. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº 259, de 20 de setembro de 2002. Regulamento Técnico para Rotulagem de
Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 set. 2002. Seção 1.
4.26. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº 275, de 21 de outubro de 2002. Regulamento Técnico de Procedimentos
Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação
das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 06 nov. 2002. Seção 1.
4.27. BRASIL. Lei nº 10.674, de 16 de maio de 2003. Obriga a que os produtos alimentícios comercializados informem sobre
a presença de glúten, como medida preventiva e de controle da doença celíaca. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 mai.
2003. Seção 1.
4.28. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 175, de 08 de julho de 2003. Regulamento Técnico de Avaliação de Matérias
Macroscópicas e Microscópicas Prejudiciais à Saúde Humana em Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
09 jul. 2003. Seção 1.
4.29. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 359, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento Técnico de Porções de Alimentos
Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 dez. 2003. Seção 1.
4.30. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 360, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento Técnico sobre Rotulagem
Nutricional de Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 dez. 2003. Seção 1.
4.31. BRASIL. Portaria MS nº 518, de 25 de março de 2004. Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativas ao
controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 26 mar. 2004. Seção 1.

5. REQUISITOS ESPECÍFICOS
- Composto Líquido Pronto para o Consumo:
- Inositol: máximo 20 mg/100 ml
- Glucoronolactona: máximo 250 mg/100 ml
- Taurina: máximo 400 mg/100 ml
- Cafeína: máximo 35 mg/100 ml
- Álcool etílico: máximo 0,5 ml/100 ml
6. REQUISITOS GERAIS
6.1. Os produtos devem ser obtidos, processados, embalados, armazenados,
transportados e conservados em condições que não produzam, desenvolvam e ou
agreguem substâncias físicas, químicas ou biológicas que coloquem em risco a
saúde do consumidor. Deve ser obedecida a legislação vigente de Boas Práticas de
Fabricação.
6.2. Os produtos devem atender aos Regulamentos Técnicos específicos de
Aditivos Alimentares e Coadjuvantes de Tecnologia de Fabricação; Contaminantes;
Características Macroscópicas, Microscópicas e Microbiológicas; Rotulagem de
Alimentos Embalados, Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados; Informação
Nutricional Complementar, quando houver; e outras legislações pertinentes.
6.3. A utilização de ingrediente que tradicionalmente não é usado como alimento, pode
ser autorizada desde que seja comprovada a segurança de uso, em atendimento ao
Regulamento Técnico específico.
7. REQUISITOS ADICIONAIS DE ROTULAGEM
7.1. Composto Líquido Pronto para o Consumo:
7.1.1. Devem constar, obrigatoriamente, as seguintes advertências, em destaque e
em negrito:

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
662 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
OUTRAS NORMAS MINISTÉRIO DA SAÚDE E ANVISA
RESOLUÇÃO RDC Nº. 273, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005

a)”Crianças, gestantes, nutrizes, idosos e portadores de enfermidades: consultar o


médico antes de consumir o produto”.
b) “Não é recomendado o consumo com bebida alcoólica”.
7.1.2. Devem constar, na lista de ingredientes, a(s) quantidade(s) de cafeína, taurina,
inositol e glucoronolactona presente(s) na porção do produto.
7.1.3. Não são permitidas expressões tais como “energético”, “estimulante”,
“potencializador”, “melhora de desempenho” ou frase(s) equivalente(s), inclusive em
outros idiomas.
7.1.4. Serão permitidas as expressões: “Bebida energética” ou “Energy drink”. O uso
de qualquer outra expressão pode ser autorizada após avaliação, caso a caso, pela
ANVISA.
7.2. Produtos congelados: deve constar a expressão “congelado” próxima a designação
do produto.
7.3. Preparado Líquido Aromatizado: não são permitidas as seguintes expressões:
“água mineral”, “água mineral natural”, “água adicionada de sais”, “água mineralizada”,
“água aromatizada” ou expressões equivalentes

663
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
664 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
Capítulo 16

LEGISLAÇÕES ASSOCIADAS À
CTCAF - ANVISA

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INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
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LEGISLAÇÕES ASSOCIADAS À CTCAF - ANVISA
PORTARIA Nº 15, DE 30 DE ABRIL DE 1999

COMISSÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DE ASSESSORAMENTO EM ALIMENTOS


FUNCIONAIS E NOVOS ALIMENTOS (CTCAF)

PORTARIA Nº 15, DE 30 DE ABRIL DE 1999

A constituição da CTCAF (Portaria nº 15, de 30 de abril de 1999) foi a primeira medida


adotada após a publicação dos Regulamentos Técnicos para avaliação de segurança
de uso e de eficácia de alegação proposta a constar da rotulagem, permitindo que as
análises de pedidos de registros de novos alimentos fossem realizadas com respaldo
científico.
Os critérios obedecidos para a constituição da CTCAF foram, entre outros:
• a escolha foi do profissional, considerando a sua área de conhecimento, e não
da instituição;
• buscou-se a pluralidade de profissionais de notório saber em áreas distintas; e
• o aproveitamento dos profissionais que já vinham discutindo o assunto, como
colaboradores da Vigilância Sanitária.
• Esta Comissão tem como atribuições:
• assessorar a Anvisa em assuntos científicos relacionados à área de alimentos
com alegação de propriedades funcionais e ou de saúde e novos alimentos;
• avaliar as comprovações científicas quanto à segurança de uso de novos
alimentos e ou novos ingredientes;
• avaliar pedidos de registro de novos alimentos, sob o enfoque do risco à saúde
do consumidor;
• analisar a eficácia das alegações de função e ou de saúde propostas, à luz da
documentação científica apresentada;
• subsidiar a Anvisa na realização de eventos técnico-científicos, no interesse dos
trabalhos da Comissão, que concorram para a ampla divulgação de conhecimentos
e informações pertinentes ao controle sanitário de alimentos.
A seguir sua composição atual (segundo a Portaria nº 154, de 17 de novembro de
1999 - DOU de 26/11/99):
Nome Titulação Instituição
*Carmen de Barros Correia Centro Nacional de Epidemiologia CENEPI/
Mestre
Dhália FUNASA
Franco Maria Lajolo Professor Titular Universidade de São Paulo
Hélio Vannucchi Professor Titular Universidade de São Paulo
João Ernesto de Carvalho Doutor Universidade Estadual de Campinas
Luiz Querino de Araújo Caldas Prof. Adjunto IV - Doutor Universidade Federal Fluminense
Maria Cecília de Figueiredo
Professor Titular Universidade Estadual de Campinas
Toledo
Nelson Beraquet Doutor Instituto de Tecnologia de Campinas
Nonete Barbosa Guerra Professor Titular Universidade Federal de Pernambuco
Silvia Maria Franciscato
Professor Titular Universidade de São Paulo
Cozzolino
* Não faz parte da Comissão por desistência desde a sua composição.

Profesor Paulo César Stringueta, é convidado da GGALI para participação da CTCAF.


Professor Gabriel Adolfo Ribeiro Guimarães, foi convidado da GGALI para participação da CTCAF, in
memorium.

667
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

III – Princípios
Os princípios que norteiam as ações de avaliação pela CTCAF são:
avaliação de segurança e análise de risco com base em critérios científicos;
avaliação de eficácia científica;
não definir alimento funcional e sim aprovar alegações para os alimentos;
avaliação, caso a caso, com base em conhecimentos científicos atuais;
a empresa é responsável pela comprovação da segurança do produto e eficácia da
alegação;
produtos e alegações devem estar em consonância com as Políticas do Ministério da
Saúde;
decisões já tomadas podem ser reavaliadas com base em novas evidências
científicas;
as alegações não podem fazer referência à prevenção, tratamento e cura de doenças
(com o Decreto-Lei nº 986/69) e item 3.1(f) da Resolução RDC nº 259/02 e
alegações devem ser de fácil entendimento e compreensão pelos consumidores.
IV- Regulamentações
Resolução - RDC nº 2, de 7 de janeiro de 2002
Regulamento Técnico de Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados, com Alegação
de Propriedades Funcional e ou de Saúde.
Resolução nº 23, de 15 de março de 2000
DOU 16/03/2000, Regulamento técnico que dispõe sobre os procedimentos básicos
para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro ;
Resolução nº 19, de 30 de abril de 1999
Regulamento Técnico para Procedimento de Registro de Alimentos com Alegações de
Propriedades Funcionais e ou de Saúde em Sua Rotulagem.
Resolução nº 18, de 30 de abril de 1999
Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes Básicas para Análise e
Comprovação de Propriedades Funcionais e ou de Saúde Alegadas em Rotulagem
de Alimentos.
Resolução nº 17, de 30 de abril de 1999
Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes Básicas para a Avaliação de Risco
e Segurança dos Alimentos.
Resolução nº 16, de 30 de abril de 1999
Regulamento Técnico de Procedimentos de Registro de Alimentos e ou Novos
Ingredientes;
Decreto-Lei n.º 986, de 21 de outubro de 1969
DOU 21/10/1969, institui normas básicas sobre alimentos - registro, produção e
comercialização;

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
668 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEGISLAÇÕES ASSOCIADAS À CTCAF - ANVISA
RESOLUÇÃO RDC Nº 2, DE 07 DE JANEIRO DE 2002

REGULAMENTO TÉCNICO DE SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS E PROBIÓTICOS


ISOLADOS COM ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAL E OU DE
SAÚDE

RESOLUÇÃO RDC Nº 2, DE 07 DE JANEIRO DE 2002

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária no uso da atribuição


que lhe confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto
n.º 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o § 1º do art. 111 do Regimento Interno aprovado
pela Portaria n.º 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de dezembro
de 2000, em reunião realizada em 26 de dezembro de 2001,
considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de prevenção
e controle sanitário na área de alimentos, visando à saúde da população;
considerando a possibilidade de efeitos benéficos de nutrientes e de substâncias
bioativas dos alimentos;
considerando a necessidade de estabelecer condições para avaliação da segurança
de uso de substâncias bioativas;
considerando a possibilidade de que as substâncias bioativas possam ser ingeridas
em quantidades que causem efeitos adversos à saúde, a curto ou longo prazo;
considerando a possibilidade de ocorrência de interações entre as substâncias
bioativas e nutrientes ou não nutrientes no organismo, com efeitos indesejáveis à
saúde, a curto ou longo prazo;
adotou a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente
Substituto, determino a sua publicação:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico de Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados
com Alegação de Propriedades Funcional e ou de Saúde, constante do anexo desta
Resolução.
Art. 2º As empresa têm o prazo até 28 de fevereiro de 2003 para se adequarem ao
mesmo.
Art. 3º O descumprimento aos termos desta Resolução constitui infração sanitária
sujeita aos dispositivos da Lei n.º 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais disposições
aplicáveis.
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
LUIS CARLOS WANDERLEY LIMA

ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO DE SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS E PROBIÓTICOS
ISOLADOS COM ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAL E OU DE
SAÚDE
1. ALCANCE
1.1. Objetivo
Padronizar os procedimentos a serem adotados para a avaliação de segurança,

669
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

registro e comercialização de Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados com


alegação de propriedades funcional e ou de saúde.
1.2. Âmbito de Aplicação
O presente Regulamento Técnico se aplica às diretrizes a serem adotadas para a
avaliação de segurança, registro e comercialização de Substâncias Bioativas e
Probióticos Isolados com alegação de propriedades funcional e ou de saúde.
1.2.1. Excluem-se desta categoria:
- chás;
- composto líquido pronto para consumo;
- alimentos para praticantes de atividade física;
- produtos cuja finalidade de uso indique ação terapêutica ou medicamentosa;
- produtos com ação farmacológica preventiva ou curativa definidas, mesmo de origem
natural;
- produtos que contenham substâncias farmacológicas estimulantes, hormônios e
outras consideradas como “dopping” pelo Comitê Olímpico Internacional - COI;
- produtos fitoterápicos, bem como suas associações com nutrientes ou não
nutrientes;
- alimentos e ingredientes alimentares que contenham ou consistam em organismos
geneticamente modificados - OGM;
- alimentos e ingredientes alimentares produzidos a partir de organismos geneticamente
modificados, mas que não o contenham;
- suplemento vitamínico e ou de mineral;
- alimentos para nutrição enteral;
- novos alimentos e ou novos ingredientes;
- produtos com Padrão de Identidade e Qualidade ou Regulamento Técnico
específico.
2. DESCRIÇÃO
2.1. Definições
Para fins deste Regulamento Técnico, considera-se:
2.1.1. Matéria-prima: toda substância de origem vegetal ou animal, em estado
bruto, que para ser utilizada como alimento precisa ser submetida a tratamento e/ou
transformação de natureza física, química ou biológica.
2.1.2. Nutriente: é a substância química encontrada em alimento, que proporcione
energia, e ou é necessária para o crescimento, desenvolvimento e manutenção da
saúde e da vida, e ou cuja carência resulte em mudanças químicas ou fisiológicas
características.
2.1.3. Probiótico: microrganismos vivos capazes de melhorar o equilíbrio microbiano
intestinal produzindo efeitos benéficos à saúde do indivíduo.
2.1.4. Substância Bioativa: além dos nutrientes, os não nutrientes que possuem ação
metabólica ou fisiológica específica.
2.1.5. Isolado(a): entende-se como a substância extraída da sua fonte original.

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670 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEGISLAÇÕES ASSOCIADAS À CTCAF - ANVISA
RESOLUÇÃO RDC Nº 2, DE 07 DE JANEIRO DE 2002

2.2. Classificação
2.2.1.Os produtos de que trata este regulamento são classificados em:
2.2.1.1. Carotenóides;
2.2.1.2. Fitoesteróis;
2.2.1.3. Flavonóides;
2.2.1.4. Fosfolipídeos;
2.2.1.5. Organosulfurados;
2.2.1.6. Polifenóis;
2.2.1.7. Probióticos
2.3. Designação
2.3.1. Substância Bioativa: é o nome da substância bioativa, seguido do nome da fonte
da qual foi extraída a substância bioativa, acompanhada da forma de apresentação
do produto.
2.3.2. Probiótico: é o nome do probiótico, acompanhado da forma de apresentação
do produto.
2.3.3. Quando o produto for adicionado de vitaminas e ou de minerais, a designação
deve ser seguida de uma das expressões previstas no Regulamento Técnico
para Fixação de Identidade e Qualidade de Alimentos Adicionados de Nutrientes
Essenciais.
3. PRINCÍPIOS GERAIS
3.1. Do produto:
3.1.1. a substância bioativa deve estar presente em fontes alimentares. Pode ser de
origem natural ou sintética, desde que comprovada a segurança para o consumo
humano.
3.1.2. pode ser direcionado a grupos populacionais específicos.
3.1.3 não pode ter finalidade medicamentosa ou terapêutica, qualquer que seja a
forma de apresentação ou o modo como é ministrado.
3.1.4. deve ser seguro para o consumo humano, sem necessidade de orientação
e ou acompanhamento médico, a não ser que seja dirigido a grupos populacionais
específicos.
3.2. As alegações propostas pelo fabricante, são de caráter obrigatório e devem:
3.2.1. atender o disposto no Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes
Básicas para Análise e Comprovação de Propriedades Funcionais e ou de Saúde
Alegadas em Rotulagem de Alimentos.
3.2.2. estar de acordo com as Políticas de Saúde definidas pelo Ministério da Saúde.
3.3. O fabricante do produto sujeito a este regulamento é responsável pela qualidade
e eficácia do mesmo, devendo garantir sua segurança de uso no país.
3.4. A avaliação de risco e segurança do produto deve:
3.4.1. atender o disposto no Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes
Básicas para Avaliação de Risco e Segurança dos Alimentos.
3.4.2. demonstrar que o produto é seguro para o consumo nas condições de uso

671
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

recomendadas .
3.4.3. ser avaliada, caso a caso, pela ANVISA.
3.4.4. considerar o uso da substância bioativa isolada, dentro do hábito alimentar da
população brasileira.
4. REFERÊNCIAS:
4.1. BRASIL. Decreto-Lei n.º 986, de 12 de outubro de 1969. Institui normas básicas
sobre alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, 21 de outubro de 1996.
4.2. BRASIL. Portaria MS n.º 1.428, de 26 de novembro de 1993. Aprova o Regulamento
Técnico para Inspeção Sanitária de Alimentos, as Diretrizes para Boas Práticas de
Produção, o Regulamento Técnico para estabelecimento de Padrões de Identidade e
Qualidade. Diário Oficial da União, Brasília, 02 de dezembro de 1993.
4.3. BRASIL. Portaria SVS/MS n.º 326, de 30 de julho de 1997. Aprova o Regulamento
Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação
para Estabelecimentos Produtores/Indústrializadores de Alimentos. Diário Oficial da
União, Brasília, 01 de outubro de 1997.
4.4. BRASIL. Portaria SVS/MS n.º 540, de 27 de outubro de 1997. Aprova o
Regulamento Técnico: Aditivos Alimentares - Definições, Classificação e Emprego.
Diário Oficial da União, Brasília, 28 de outubro de 1997.
4.5. BRASIL. Portaria SVS/MS nº 27, de 14 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico
referente à Informação Nutricional Complementar. Diário Oficial da União, Brasília, 16
de janeiro de 1998.
4.6. BRASIL. Portaria SVS/MS nº 31, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico
para Fixação de Identidade e Qualidade de Alimentos Adicionados de Nutrientes
Essenciais. Diário Oficial da União, Brasília, 30 de março de 1998.
4.7. BRASIL. Portaria SVS/MS n.º 33, de 13 de janeiro de 1998. Tabelas de Ingestão
Diária Recomendada IDR. Diário Oficial da União de 16 de janeiro de 1998.
4.8. BRASIL. Portaria SVS/MS nº 42, de 14 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico
para Rotulagem de Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de
janeiro de 1998.
4.9. BRASIL. Portaria SVS/MS n.º 685, de 27 de agosto de 1998. Princípios Gerais
para o Estabelecimento de Níveis Máximos de Contaminantes Químicos em Alimentos.
Republicada no Diário Oficial da União, Brasília, 24 de setembro de 1998.
4.10. BRASIL. Lei n.o 9.782, de 26 de janeiro de 1999. Define o Sistema Nacional
de Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, 27 de janeiro de 1999.
4.11. BRASIL. Resolução ANVS/MS n.º 16, de 30 de abril de 1999. Regulamento
Técnico de Procedimentos para o Registro de Alimentos e ou Novos Ingredientes.
Republicada no Diário Oficial da União, Brasília, 03 de dezembro de 1999.
4.12. BRASIL. Resolução ANVS/MS n.º 17, de 30 de abril de 1999. Regulamento
Técnico que Estabelece as Diretrizes Básicas para Avaliação de Risco e Segurança
dos Alimentos. Republicada no Diário Oficial da União, Brasília, 03 de dezembro de
1999.
4.13. BRASIL. Resolução ANVS/MS n.º 18, de 30 de abril de 1999. Regulamento

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
672 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEGISLAÇÕES ASSOCIADAS À CTCAF - ANVISA
RESOLUÇÃO RDC Nº 2, DE 07 DE JANEIRO DE 2002

Técnico que Estabelece as Diretrizes Básicas para Análise e Comprovação de


Propriedades Funcionais e ou de Saúde Alegadas em Rotulagem de Alimentos.
Republicada no Diário Oficial da União, Brasília, 03 de dezembro de 1999.
4.14. BRASIL. Resolução ANVS/MS n.º 19, de 30 de abril de 1999. Regulamento
Técnico para Procedimento de Registro de Alimento com Alegações de Propriedades
Funcionais e ou de Saúde em Sua Rotulagem. Republicada no Diário Oficial da União,
Brasília, 10 de dezembro de 1999.
4.15. BRASIL. Resolução RDC n.º 17, de 24 de fevereiro 2000. Regulamento Técnico
sobre Registro de Medicamentos Fitoterápicos. Diário Oficial da União, Brasília 25 de
fevereiro de 2000.
4.16. BRASIL. Resolução n.º 23, de 15 de março de 2000. Regulamento Técnico sobre
o Manual de Procedimentos Básicos para o Registro e Dispensa da Obrigatoriedade
de Registro de Produtos Pertinentes à Área de Alimentos. Diário Oficial da União,
Brasília, 16 de março de 2000.
4.17. BRASIL. Resolução RDC n.º 40, de 21 de março de 2001. Regulamento Técnico
para Rotulagem Nutricional Obrigatória de Alimentos e Bebidas Embaladas. Diário
Oficial da União, Brasília, 22 de março de 2001.
4.18. CODEX ALIMENTARIUS: CAC/GL 09-1987 (General Principles for the Addition
of Essencial Nutrients to Foods).
4.19. RDA/NRC/NAS (Recommended Dietary Allowance/National Research Council/
National Academy of Science), USA, 1989.
4.20. FOOD AND DRUG ADMINISTRATION, Department of Health and Human
Services. Food Labeling. Code of Federal Regulations, Title 21, Parts 100 to 169.
21CFR101.9.
5. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
5.1. A composição e requisitos referem-se ao produto pronto para o consumo.
5.2. É proibida a composição que necessite a preparação por infusão.
5.3. Vitaminas e ou Minerais podem ser adicionados, desde que o consumo diário
do produto indicado pelo fabricante não ultrapasse 100% da IDR e não prejudique a
biodisponibilidade de qualquer dos componentes do produto.
5.4. Nenhuma substância nociva ou inadequada deve ser introduzida ou formada
como conseqüência de processamento com o propósito de estabilização.
6. ADITIVOS
6.1. É permitida a utilização dos aditivos, coadjuvantes de tecnologia e veículos
nos mesmos limites previstos no Regulamento Técnico sobre o Uso dos Aditivos
Alimentares, Coadjuvantes de Tecnologia e Veículos para Suplementos Vitamínicos
e ou Minerais.
7. CONTAMINANTES
7.1. Resíduos de agrotóxicos
Devem estar em consonância com os níveis toleráveis nas matérias-primas
empregadas, estabelecidos pela legislação específica.
7.2. Contaminantes inorgânicos e orgânicos.

673
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Devem obedecer aos limites estabelecidos pela legislação específica.


8. HIGIENE
O Produto sujeito a este regulamento deve ser preparado, manipulado, acondicionado
e conservado conforme as Boas Práticas de Fabricação (BPF), bem como atender
aos padrões microbiológicos, microscópicos e físico-químicos estabelecidos pela
legislação específica.
9. FORMAS DE APRESENTAÇÃO
9.1. O produto sujeito a esta norma deve ser apresentado nas formas sólida, semi-
sólida ou líquida, tais como: tabletes, comprimidos, drágeas, pós, cápsulas, granulados,
pastilhas, soluções e suspensões.
9.2. O produto deve ser acondicionado em embalagem adequada à manutenção de
suas características até o final do prazo de validade.
9.3. O produto somente pode ser vendido em unidades pré-embaladas, não sendo
permitida a venda fracionada.
10. PESOS E MEDIDAS
Deve obedecer à legislação específica.
11. ROTULAGEM
11.1. O Produto sujeito a este regulamento deve atender ao Regulamento Técnico
específico de Rotulagem de Alimentos Embalados e de Rotulagem Nutricional
obrigatória de Alimentos e Bebidas Embalados.
11.2. Quando qualquer Informação Nutricional Complementar for utilizada, esta deve
atender à norma específica.
11.3. Conter alegação de propriedades funcional e ou de saúde, em caráter obrigatório,
devendo apresentar-se nos moldes e dizeres aprovados pela ANVISA.
11.4. O modo de uso do produto (quantidade, freqüência, condições especiais) e modo
de preparo, quando for o caso.
11.5. As expressões em destaque e em negrito:
“Consumir somente a quantidade indicada na embalagem.”
“Gestantes, nutrizes e crianças somente devem consumir este produto sob orientação
de nutricionista ou médico.”
11.6. Cuidados de conservação e armazenamento, antes e depois de abrir a
embalagem, quando for o caso.
11.7. Alerta de forma clara e em destaque, para os grupos populacionais específicos
que não podem consumir o produto, quando for o caso.
11.8. As alegações devem estar associadas à quantidade de uso recomendada pelo
fabricante;
11.9. Outras advertências específicas poderão ser definidas pela ANVISA e sua
inclusão nos dizeres de rotulagem será obrigatória.
11.10. No caso de Substância Bioativa, deve constar, a quantidade em que está
presente na porção diária recomendada pelo fabricante. Esta declaração deve estar
próxima à alegação de propriedade funcional e ou de saúde do produto e não deve
fazer parte da Tabela de Informação Nutricional.

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LEGISLAÇÕES ASSOCIADAS À CTCAF - ANVISA
ORIENTAÇÕES PARA INSTRUÇÃO DO RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO PARA ALIMENTOS

11.11. No caso dos Probióticos, deve constar a quantidade dos microorganismos


viáveis, que garanta a ação alegada dentro do prazo de validade do produto. Esta
informação deve estar próxima à alegação de propriedade funcional e ou de saúde do
produto e fora da Tabela de Informação Nutricional.
12. PROPAGANDA
12.1. Deve atender ao disposto no Decreto-Lei 986, de 12 de outubro de 1969 e ao
Regulamento Técnico específico sobre propaganda de alimentos.
12.2. Qualquer informação sobre as propriedades do produto, veiculada por qualquer
meio de comunicação, não pode ser diferente daquela aprovada para a rotulagem.
12.3. Qualquer folheto que venha a acompanhar o produto não pode veicular
informações diferentes daquelas aprovadas para a rotulagem.
13. REGISTRO
13.1. O produto sujeito a este regulamento deve atender os mesmos procedimentos
administrativos exigidos para o registro de alimentos em geral.
13.2. O processo de pedido de registro do produto sujeito a este regulamento deve
estar instruído com laudo de análise, a fim de comprovar os teores de contaminantes
inorgânicos, conforme o caso, seguindo a determinação da ANVISA, e o(s) teor(es)
da(s) referida(s) substância(s) bioativa(s) ou probiótico(s) presente(s) no produto.
14. DISPOSIÇÕES GERAIS
14.1. O presente Regulamento poderá ser revisado após 2 (dois) anos da sua
publicação.
14.2. A ANVISA pode requerer estudos e ou acompanhamento pós-comercialização
(post marketing) dos produtos sujeitos a este regulamento.
14.3. Cabe à empresa, responsável pela produção do produto, comunicar imediatamente
à ANVISA qualquer informação adicional que implique numa reavaliação de risco e
segurança de uso do produto.
14.4 Para produtos não previstos neste Regulamento Técnico:
14.4.1 deve atender o disposto no Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes
Básicas para Avaliação de Risco e Segurança dos Alimentos.
14.4.2. dependendo da finalidade de uso, o produto poderá ser objeto de análise
pelo Regulamento Técnico que aprova Procedimentos para o Registro de Alimentos
e ou Novos Ingredientes ou pelo Regulamento Técnico que aprova Procedimentos de
Registro de Alimento com Alegações de Propriedades Funcionais e ou de Saúde em
Sua Rotulagem.

SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS E PROBIÓTICOS COM ALEGAÇÕES DE


PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE E NOVOS ALIMENTOS.

ORIENTAÇÕES PARA INSTRUÇÃO DO RELATÓRIO TÉCNICO-


CIENTÍFICO PARA ALIMENTOS

O requisito básico para estes produtos é a comprovação da segurança de uso, que

675
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

deve ser conduzida conforme as diretrizes básicas para avaliação de risco e segurança
dos alimentos, estabelecidas pela Resolução ANVS/MS nº 17/99.
Os produtos são avaliados caso a caso e seus processos de pedido de registro devem
apresentar as documentações necessárias para a comprovação de sua segurança
na área de alimentos. As avaliações são realizadas com base na documentação
apresentada pela empresa.
Para a avaliação da segurança do produto é necessário constar do processo de
pedido de registro o Relatório Técnico do mesmo com as seguintes informações e
documentações:
• denominação do produto;
• origem ou fonte de obtenção;
• finalidade de uso;
• recomendação de consumo;
• histórico de uso, bem como sua forma de consumo em outros países;
• especificação da origem do produto e ou do novo ingrediente, ou seja, a espécie
botânica ou a espécie animal ou a fonte mineral, quando for o caso;
• composição química do novo ingrediente, quando se tratar de uma substância
desconhecida ou uma modificação da estrutura química de um ingrediente
conhecido;
• processo de fabricação do produto;
• laudo de análise que comprove a quantidade do ingrediente no produto;
• laudo de análise de contaminantes no produto, como por exemplo, metais pesados,
micotoxinas, resíduos de agrotóxicos ou de drogas veterinárias, dependendo da
origem do produto;
• descrição da metodologia analítica para avaliação do novo ingrediente no
alimento;
• evidências científicas aplicáveis à comprovação de segurança de uso:
• ensaios nutricionais e ou fisiológicos e ou toxicológicos em animais de
experimentação;
• ensaios bioquímicos;
• estudos epidemiológicos;
• ensaios clínicos;
• comprovação de uso tradicional, observado na população, sem danos à saúde;
• evidências abrangentes da literatura científica, organismos internacionais de
saúde e legislação internacionalmente reconhecida sobre as características do
alimento ou ingrediente.
São evidências científicas: as cópias dos artigos originais publicados em revistas de
cunho reconhecidamente científico.
No caso, não são válidos capítulos de livros, artigos de revistas como Globo Rural,
Veja, dentre outras.
Os artigos científicos em língua inglesa ou espanhola não necessitam de tradução.

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LEGISLAÇÕES ASSOCIADAS À CTCAF - ANVISA
ORIENTAÇÕES PARA INSTRUÇÃO DO RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO PARA ALIMENTOS

As cópias dos trabalhos em outras línguas estrangeiras devem vir acompanhadas de


tradução, não sendo necessário que seja juramentada.
O nutriente ou não nutriente associado a qualquer espécie vegetal, reconhecida como
fitoterápico ou de uso na medicina popular não é considerado alimento, independente
da concentração do nutriente ou não nutriente.
Qualquer folheto de informação ao consumidor, que componha a embalagem do
produto, ou seja, um instrumento de divulgação do mesmo, não poderá veicular
informação alusiva as suas propriedades que não sejam aquelas aprovadas pelo
órgão competente da ANVISA para constar em sua rotulagem, conforme estabelece o
Artigo 23 do Decreto-Lei nº 986/69.
Os produtos à base de óleos devem apresentar laudo de análise dos valores de índice
de qualidade (índice de peróxido e índice de iodo).
Os produtos abaixo devem ser enquadrados como Suplemento Mineral, conforme
disposto no Regulamento Técnico Específico:
- Calcário Dolomítico (ou Dolomita) em cápsulas ou comprimidos,
- Conchas de Ostra em cápsulas e comprimidos.
Os dizeres de rotulagem e o material publicitário dos produtos à base de soja não podem
veicular qualquer alegação em função das isoflavonas, seja de conteúdo (“contém”),
funcional, de saúde e terapêutica (prevenção, tratamento e cura de doenças).
Produtos de origem marinha
- Deve constar do relatório técnico-científico o laudo de análise dos níveis de
contaminantes inorgânicos para arsênico, cádmio, chumbo e mercúrio, separadamente.
Utilizar como referência o Decreto nº 55.871, de 26 de março de 1965 (DOU 09/04/65)
- categoria de outros alimentos.
- Devem apresentar a seguinte frase de advertência em destaque e negrito: “Pessoas
hipersensíveis a Peixe e Produtos da Pesca devem evitar o consumo deste produto”.
- Inclui-se aqui o Calcário Dolomítico (ou Dolomita).
Produtos à base de Pólen, Própolis e Geléia Real
- incluem-se aqui os produtos em cápsulas, pastilhas, sprays, líquidos, pós ou em
outras formas de apresentação, incluindo as formas em alcoolaturas, tinturas, elixir,
xarope, solução hidroalcoólica, solução alcoólica, bem como produtos semelhantes.-
devem cumprir com os Regulamentos Técnicos Específicos do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
- não são considerados alimentos de competência do Ministério da Saúde.
Extratos Vegetais
- incluem-se aqui os produtos em cápsulas, pastilhas, sprays, líquidos, pós ou em
outras formas de apresentação, incluindo as formas em alcoolaturas, tinturas, elixir,
xarope, solução hidroalcoólica, solução alcoólica, bem como produtos semelhantes.
- para este caso excetuam-se os extratos que possuem Padrão de Identidade e
Qualidade estabelecido, tais como extrato de tomate e aromas.
- não são considerados alimentos, tendo em vista que são de uso da medicina popular
e tradicionalmente não são consumidos como alimentos.

677
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

- não devem ser abertos processos para esses produtos como alimentos.
VIII - Lista das Alegações Aprovadas
Esclarecemos que as alegações horizontais, apresentadas a seguir, fazem parte de
um processo contínuo e dinâmico de reavaliação das alegações aprovadas com base
nas evidências científicas atualizadas e empregando os princípios descritos no item
III.
Assim sendo, as alegações, anteriormente aprovadas, relacionadas à cafeína, ao
sorbitol, ao xilitol, ao manitol, ao estearato de sódio, ao bicarbonato de sódio, ao
ômega 6, aos ácidos graxos monoinsaturados e poliinsaturados (em óleos vegetais),
e ao composto líquido pronto para consumo, não serão mais permitidas.

ÁCIDOS GRAXOS DA FAMÍLIA ÔMEGA 3


Alegação
“O consumo de ácidos graxos ômega 3 auxilia na manutenção de níveis saudáveis
de triglicerídeos, desde que associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida
saudáveis”.
Observações
1. Esta alegação somente deve ser utilizada para os ácidos graxos Omega 3 de cadeia
longa provenientes de óleos de peixe (EPA - ácido eicosapentaenóico e DHA – ácido
docosahexaenóico).
2. Deve constar no rótulo dos produtos isolados em cápsulas, tabletes, comprimidos,
pós e similares a seguinte frase de advertência em destaque e em negrito: “Pessoas
que apresentem doenças ou alterações fisiológicas, particularmente com alteração
na coagulação sangüínea; gestantes; nutrizes e crianças devem consultar o médico
antes de usar o produto”.
3. A quantidade de ácido graxo ômega 3 deve ser declarada na tabela de informação
nutricional. Deve ser utilizado o modelo com a declaração completa gorduras totais,
gorduras saturadas, monoinsaturadas e poliinsaturadas. Abaixo das gorduras
poliinsaturadas declarar os ácidos graxos ômega 3, especificando EPA e ou DHA e ou
linolênico, conforme o caso.
4. Somente pode ser declarado na rotulagem o conteúdo de ácidos graxos das
famílias ômega 3 quando o produto apresentar na porção diária do produto pronto
para o consumo no mínimo:
0,1 g de EPA e DHA
0,2 g de alfa-linolênico
CAROTENÓIDES
LICOPENO
Alegação
“O licopeno tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu
consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Observações

G-100
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678 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEGISLAÇÕES ASSOCIADAS À CTCAF - ANVISA
FIBRAS ALIMENTARES

A quantidade de licopeno, contida na porção diária do produto pronto para consumo,


deve ser declarada no rótulo, próximo à alegação.
LUTEÍNA
Alegação
“A luteína tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu
consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Observações
A quantidade de luteína, contida na porção diária do produto pronto para consumo,
deve ser declarada no rótulo, próximo à alegação.
FIBRAS ALIMENTARES
Alegação
“As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar
associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Observações
1. Esta alegação pode ser utilizada para as fibras solúveis e insolúveis desde que a
porção diária do produto pronto para consumo atenda pelo menos ao atributo “fonte”
de fibras alimentares estabelecido pela Portaria SVS/MS nº 27/98.
2. Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de fibra solúvel
e ou insolúvel, dependendo do caso, abaixo de fibras alimentares.
3. Deve constar no rótulo das fibras isoladas em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós
e similares a seguinte frase de advertência em destaque e em negrito: “O consumo
deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.
BETA GLUCANA
Alegação
“A beta glucana (fibra alimentar) auxilia na redução da absorção de colesterol. Seu
consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Observações
1. A porção diária do produto pronto para consumo deve atender pelo menos ao
atributo “fonte” de fibras alimentares estabelecido pela Portaria SVS/MS nº 27/98.
2. Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade da beta
glucana, como fibra solúvel, abaixo de fibras alimentares.
3. Deve constar no rótulo da fibra isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós
e similares a seguinte frase de advertência em destaque e em negrito: “O consumo
deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.

FRUTOOLIGOSSACARÍDEOS
Alegação
“Os frutooligossacarídeos – FOS contribuem para o equilíbrio da flora intestinal. Seu
consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Observações
1. A porção diária do produto pronto para consumo deve atender pelo menos ao

679
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

atributo “fonte” de fibras alimentares estabelecido pela Portaria SVS/MS nº 27/98.


2. Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de
frutooligossacarídeos abaixo de fibra alimentar.
INULINA
Alegação
“A inulina contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar
associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Observações
1. A porção diária do produto pronto para consumo deve atender pelo menos ao
atributo “fonte” de fibras alimentares estabelecido pela Portaria SVS/MS nº 27/98.
2. Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de inulina
abaixo de fibra alimentar.
LACTULOSE
Alegação
“A lactulose auxilia o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado
a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Observações
1. A porção diária do produto pronto para consumo deve atender pelo menos ao
atributo “fonte” de fibras alimentares estabelecido pela Portaria SVS/MS nº 27/98.
2. Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de lactulose
como fibras alimentares.
3. Deve constar no rótulo da fibra isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós
e similares a seguinte frase de advertência em destaque e em negrito: “O consumo
deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.
PSILLINUM OU PSYLLIUM
Alegação
“O psillium (fibra alimentar) auxilia na redução da absorção de gordura. Seu consumo
deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Observações
1. A designação do produto deve ser Psillium ou Psyllium.
2. A única espécie já avaliada é Plantago ovata. Qualquer outra espécie deve ser
avaliada quanto à segurança de uso.
3. A porção diária do produto pronto para consumo deve atender pelo menos ao
atributo “fonte” de fibras alimentares estabelecido pela Portaria SVS/MS nº 27/98.
4. Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de fibra de
Psillium abaixo de fibras alimentares.
5. Deve constar no rótulo da fibra isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós
e similares a seguinte frase de advertência em destaque e em negrito: “O consumo
deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.
QUITOSANA
Alegação

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680 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
LEGISLAÇÕES ASSOCIADAS À CTCAF - ANVISA
FITOESTERÓIS

“A quitosana auxilia na redução da absorção de gordura e colesterol. Seu consumo


deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Observações
1. A porção diária do produto pronto para consumo deve atender pelo menos ao
atributo “fonte” de fibras alimentares estabelecido pela Portaria SVS/MS nº 27/98.
2. Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de quitosana,
abaixo fibra alimentar.
3. Deve constar no rótulo a seguinte frase de advertência em destaque e em negrito:
“Pessoas alérgicas a peixe e crustáceos devem evitar o consumo deste produto”.
4. Deve constar no rótulo da fibra isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós
e similares a seguinte frase de advertência em destaque e em negrito: “O consumo
deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.
5. A empresa deve apresentar laudo de análise dos níveis de contaminantes
inorgânicos para arsênico, cádmio, chumbo e mercúrio, separadamente. Utilizar como
referência o Decreto nº 55871, de 26 de março de 1965 (DOU 09/04/65) – categoria:
outros alimentos.
FITOESTERÓIS
Alegação
“Os fitoesteróis auxiliam na redução da absorção de colesterol. Seu consumo deve
estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Observações
1. A empresa pode informar na alegação, entre parênteses, o tipo do fitoesterol
utilizado no produto.
2. A quantidade de fitoesteróis, contida na porção diária do produto pronto para
consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo à alegação.
3. Deve constar no rótulo a seguinte frase de advertência em destaque e em negrito:
“Pessoas com níveis elevados de colesterol devem procurar orientação médica”.
PROBIÓTICOS
LACTOBACILLUS ACIDOPHILUS
LACTOBACILLUS CASEI SHIROTA
LACTOBACILLUS CASEI VARIEDADE RHAMMOSUS
LACTOBACILLUS CASEI VARIEDADE DEFENSIS
LACTOBACILLUS DELBRUECKII SUBESPÉCIE BULGARICUS
BIFIDOBACTERIUM BIFIDUM
BIFIDOBACTERIUM LACTIS
BIFIDOBACTERIUM LONGUM
STREPTOCOCCUS SALIVARIUS SUBESPÉCIE THERMOPHILLUS
Alegação
“O (indicar a espécie do microrganismo) (probiótico) contribui para o equilíbrio da flora
intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de
vida saudáveis”.

681
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

Observações
1. A quantidade do probiótico em unidades formadoras de colônias (UFC), contida na
porção diária do produto pronto para consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo
à alegação.
2. A empresa deve apresentar laudo de análise do produto para comprovar a quantidade
do microrganismo viável até o final do prazo de validade do produto.
BIFIDOBACTERIUM ANIMALLIS
Alegação
“O Bifidobacterium animallis (probiótico) auxilia o funcionamento do intestino. Seu
consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Observações
1. A quantidade do probiótico em unidades formadoras de colônias (UFC), contida na
porção diária do produto pronto para consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo
à alegação.
2. A empresa deve apresentar laudo de análise do produto para comprovar a quantidade
do microrganismo viável até o final do prazo de validade do produto.
PROTEÍNA DE SOJA
Alegação
“O consumo diário de no mínimo 25 g de proteína de soja pode ajudar a reduzir o
colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de
vida saudáveis”.
Observações
A quantidade de proteína de soja, contida na porção diária do produto pronto para
consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo à alegação.

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
682 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
NORMAS DO

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

683
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
Capítulo 17

ASSUNTOS DIVERSOS
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Patrocinadores

ABLV
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
686 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ASSUNTOS DIVERSOS MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990

DISPÕE SOBRE A PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR E DÁ OUTRAS


PROVIDÊNCIAS.

LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte lei:
TÍTULO
Dos Direitos do Consumidor
CAPÍTULO
Disposições Gerais
Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de
ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V,
da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias.
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final.
........................................................................................................................................

SEÇÃO III
Da Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem
solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como
por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente,
da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações
decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes
viciadas.
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor
exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de
uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo
de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no
parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta
dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em
separado, por meio de manifestação expressa do consumidor.
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo
sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder
comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se
tratar de produto essencial.

687
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e não


sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie,
marca ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual
diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo.
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante
o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu
produtor.
§ 6° São impróprios ao uso e consumo:
I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos;
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados,
corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles
em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou
apresentação;
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se
destinam.
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do
produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu
conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem,
rotulagem ou de mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente
e à sua escolha:
I - o abatimento proporcional do preço;
II - complementação do peso ou medida;
III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os
aludidos vícios;
IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo
de eventuais perdas e danos.
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo anterior.
§ 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a medição e
o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais.
........................................................................................................................................
Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme o
caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal
e das definidas em normas específicas:
I - multa;
II - apreensão do produto;
III - inutilização do produto;
IV - cassação do registro do produto junto ao órgão competente;
V - proibição de fabricação do produto;
VI - suspensão de fornecimento de produtos ou serviço;
VII - suspensão temporária de atividade;
VIII - revogação de concessão ou permissão de uso;

G-100
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS
688 COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS
ASSUNTOS DIVERSOS MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
PORTARIA Nº 81, DE 23 DE JANEIRO DE 2002

IX - cassação de licença do estabelecimento ou de atividade;


X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou de atividade;
XI - intervenção administrativa;
XII - imposição de contrapropaganda.
Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão aplicadas pela autoridade
administrativa, no âmbito de sua atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente,
inclusive por medida cautelar, antecedente ou incidente de procedimento
administrativo.
Art. 57. A pena de multa, graduada de acordo com a gravidade da infração, a vantagem
auferida e a condição econômica do fornecedor, será aplicada mediante procedimento
administrativo, revertendo para o Fundo de que trata a Lei nº 7.347, de 24 de julho
de 1985, os valores cabíveis à União, ou para os Fundos estaduais ou municipais
de proteção ao consumidor nos demais casos. (Redação dada pela Lei nº 8.656, de
21.5.1993)
Parágrafo único. A multa será em montante não inferior a duzentas e não superior
a três milhões de vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou índice
equivalente que venha a substituí-lo. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.703, de
6.9.1993)
Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização de produtos, de proibição de fabricação
de produtos, de suspensão do fornecimento de produto ou serviço, de cassação do
registro do produto e revogação da concessão ou permissão de uso serão aplicadas
pela administração, mediante procedimento administrativo, assegurada ampla defesa,
quando forem constatados vícios de quantidade ou de qualidade por inadequação ou
insegurança do produto ou serviço.
......................................................................................................................................

ESTABELECE REGRA PARA A INFORMAÇÃO AOS CONSUMIDORES SOBRE


MUDANÇA DE QUANTIDADE DE PRODUTO COMERCIALIZADO NA
EMBALAGEM.

PORTARIA Nº 81, DE 23 DE JANEIRO DE 2002

O Ministro de Estado da Justiça, no uso de suas atribuições e; Considerando que o


consumidor se habitua com os padrões de quantidades e embalagens dos produtos,
consagrados pelo uso e costume por práticas comerciais adotadas ao longo do tempo,
e, portanto, que eventuais mudanças nas quantidades dos produtos nas embalagens,
sem prévia e ostensiva informação, podem induzi-lo a erro;
Considerando que o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado
de consumo é imperativo legal, na forma do disposto no art. 4º, inciso I da Lei n. 8.078,
de 11 de setembro de 1990;
Considerando que a harmonização dos interesses dos participantes das relações
de consumo e a compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade
de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios
nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre

689
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

com base na boa-fé e equilíbrio nas relações de consumo, são princípios da Política
Nacional das Relações de Consumo, na forma do disposto no art. 4º, inciso III da Lei
n. 8.078, de 1990;
Considerando que a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos ou
serviços, bem como que a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, contra
métodos comerciais coercitivos ou desleais, contra práticas e cláusulas abusivas ou
impostas no fornecimento de produtos e serviços, são direitos básicos do consumidor,
na forma do disposto no art. 6º, incisos III e IV da Lei n. 8.078, de 1990;
Considerando o disposto no art. 55 e seus parágrafos da Lei n. 8.078, de 1990,
resolve:
Art. 1º. Determinar aos fornecedores, que realizarem alterações quantitativas em
produtos embalados, que façam constar mensagem específica no painel principal da
respectiva embalagem, em letras de tamanho e cor destacados, informando de forma
clara, precisa e ostensiva:
I - que houve alteração quantitativa do produto;
II - a quantidade do produto na embalagem existente antes da alteração;
III - a quantidade do produto na embalagem existente depois da alteração;
IV - a quantidade de produto aumentada ou diminuída, em termos absolutos e
percentuais.
Parágrafo único. As informações de que trata este artigo deverão constar da embalagem
modificada pelo prazo mínimo de 3 (três) meses, sem prejuízo de outras medidas
que visem à integral informação do consumidor sobre a alteração empreendida, bem
como do cumprimento das demais disposições legais acerca do direito à informação
do consumidor.
Art. 2º. O não cumprimento às determinações desta Portaria sujeitará o fornecedor às
sanções da Lei n. 8.078, de 1990 e no Decreto n. 2.181, de 20 de março de 1997.
Art. 3º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
ALOYSIO NUNES FERREIRA

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NORMAS DO
MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA
E COMÉRCIO EXTERIOR
E
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Capítulo 18

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PORTARIA INMETRO Nº 25, DE 02 DE FEVEREIRO DE 1986

INDICAÇÃO “DEVE SER PESADO EM PRESENÇA DO CONSUMIDOR”

PORTARIA INMETRO Nº 25, DE 02 DE FEVEREIRO DE 1986.

O Presidente do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial


- INMETRO, usando das atribuições que lhe conferem o item 4.1, alínea “a” e o item
44, alínea “c”, ambos da Regulamentação Metrológica aprovada pela Resolução
CONMETRO nº 01, de 27 de abril de 1982,
Considerando que determinados tipos de queijos, em razão das variações e diferenças
decorrentes de sua matéria básica, o leite, não podem ser produzidos em quantidades
padronizadas, impedindo a prévia indicação dos respectivos pesos líquidos, resolve:
Art. 1º - Os queijos e requeijões que não possam ter suas quantidades padronizadas e/
ou que possam perder peso de maneira acentuada, deverão, obrigatoriamente, trazer
nos rótulos ou revestimentos a indicação “DEVE SER PESADO EM PRESENÇA DO
CONSUMIDOR”, de forma bem visível e distinta das demais informações, indicando,
ainda, nas mesmas proporções, o peso da embalagem, em gramas, precedido da
expressão “PESO DA EMBALAGEM”.
§ 1° - A indicação do peso da embalagem poderá ser impressa no próprio rótulo ou
envoltório acondicionador, de forma permanente, ou através de aposição de etiquetas
datilografadas, carimbadas ou manuscritas.
§ 2° - Tolera-se para efeito da indicação do peso da embalagem, um erro máximo de
um grama (1g) para mais, quando esse peso não ultrapassar o valor de dez gramas
(10g). Acima de dez gramas (10g), o erro máximo tolerado é de dez porcento (10%)
para mais, do peso da embalagem.
§ 3° - O peso da embalagem deve ser indicado através de número inteiro do
grama, permitindo-se, para esse fim, que o seu valor seja arredondado, sempre que
necessário.
§ 4° - Em havendo a possibilidade de acumulação de soro no acondicionamento do
queijo, para efeito de comercialização e determinação de seu peso líquido, a pesagem
do produto somente poderá ser procedida após drenagem do soro em seu envoltório,
descontado o peso da embalagem.
Art. 2º - Os queijos ralado e pasteurizado, e o requeijão cremoso, acondicionados
para efeito de comercialização, independentemente do material utilizado para as
respectivas embalagens, deverão ter a indicação da quantidade líquida expressa na
vista principal do invólucro ou envoltório, sempre de forma bem visível e distinta das
demais indicações.
Art. 3º - Sempre que no rótulo ou revestimento for aposto o peso líquido do queijo,
ficará este sujeito às tolerâncias admitidas.
Art. 4º - Esta Portaria entrará em vigor no prazo de 180 dias após sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
Juarez Távora Veado
Presidente do INMETRO

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EXPRESSÃO DO PESO LÍQUIDO EM UNIDADES DE MASSA PARA IOGURTES,


LEITE GELIFICADO, LEITE CONDENSADO, LEITE EVAPORADO OU
CONCENTRADO, CREMES DE LEITE, DOCE DE LEITE, SOBREMESA LÁCTEA,
QUEIJOS E SIMILARES,

PORTARIA INMETRO Nº 067, DE 31 DE MARÇO DE 1989


O Presidente do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
- INMETRO, no uso de suas atribuições, tendo em vista o disposto nas alíneas “a”
e “c”, respectivamente, dos itens 4.1 e 42, ambos da Regulamentação Metrológica
aprovada pela Resolução CONMETRO nº 11, de 12 de outubro de 1988,
Considerando a necessidade de manter a uniformidade de critérios que visem a
fixação da grandeza a ser utilizada nos acondicionamentos de produtos lácteos;
Considerando os entendimentos havidos entre o INMETRO, associações empresariais
e demais entidades interessadas, resolve:
Art. 1º Os leites fermentados e os demais derivados de leite, acondicionados e
comercializados sob a denominação de iogurte, leite gelificado, leite condensado,
leite evaporado ou concentrado, cremes de leite, doce de leite, sobremesa láctea,
queijos e similares, devem ter sua indicação quantitativa, relativa ao seu peso líquido,
expressa em unidades legais de massa.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogada a Portaria
INPM no 54 de 27 de julho de 1977 e demais disposições em contrário.
Masao Ito
Presidente do INMETRO

REGULAMENTO TÉCNICO METROLÓGICO

PORTARIA INMETRO Nº 157, DE 19 DE AGOSTO DE 2002


(Internalizou a GMC nº 22/2002)

O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO


E QUALIDADE INDUSTRIAL– INMETRO, no uso de suas atribuições, conferidas
pelo parágrafo 3º do artigo 4º, da Lei nº 5.966, de 11 de dezembro de 1973, em
conformidade com o estatuído no artigo 3º, incisos II e III, da Lei nº 9.933, de 20 de
dezembro de 1999, na Resolução nº 11, de 12 de outubro de 1988, do Conselho
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO e na
Resolução GMC nº 22, de 20 de junho de 2002, do MERCOSUL, resolve baixar as
seguintes disposições::
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico Metrológico, em anexo, estabelecendo a forma
de expressar o conteúdo líquido a ser utilizado nos produtos pré-medidos.
Art. 2º Estabelecer que até 31 de dezembro de 2004 será admitida a utilização de
embalagens de produtos comercializados em unidades legais de massa ou volume que
estejam em desacordo com a Tabela II, contida no Regulamento Técnico Metrológico
ora aprovado.

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Art. 3º Publicar esta Portaria no Diário Oficial da União, iniciando a sua vigência 180
(cento e oitenta) dias após sua publicação, revogando a Portaria INMETRO nº 88, de
28 de maio de 1996.

ARMANDO MARIANTE CARVALHO JUNIOR


Presidente do INMETRO

REGULAMENTO TÉCNICO METROLÓGICO

1 – OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO


1.1 – Este Regulamento Técnico Metrológico estabelece a forma de expressar a
indicação quantitativa do conteúdo líquido dos produtos pré-medidos.
2 – DEFINIÇÕES
2.1 – Pré-Medidos:
É todo produto embalado e medido sem a presença do consumidor e em condições
de comercialização.
2.2 – Conteúdo Nominal ou conteúdo Líquido (Qn)
É a quantidade do produto declarada na rotulagem da embalagem, excluindo a mesma
e qualquer outro objeto acondicionado com esse produto.
2.3 – Indicação Quantitativa
É o número do conteúdo líquido nominal acompanhado da unidade de medida
correspondente de acordo com este Regulamento.
2.4 – Peso Drenado
É a quantidade do produto declarada na rotulagem da embalagem, excluindo a
mesma e qualquer líquido, solução, caldo, vinagres, azeites, óleos e sucos de frutas e
hortaliças, de acordo com a regulamentação vigente.
2.5 – Rotulagem
É toda inscrição, legenda, imagem ou toda matéria descritiva ou gráfica que seja
escrita, impressa, estampada, gravada, gravada em relevo ou litografada ou colada
sobre a embalagem.
2.6 – Vista Principal
Área visível em condições usuais de exposição onde estão escritas em sua forma
mais relevante a denominação de venda, a marca e/ou o logotipo se houver.
3 – APRESENTAÇÃO DA INDICAÇÃO QUANTITATIVA DO CONTEÚDO LÍQUIDO
3.1 – A indicação quantitativa do conteúdo líquido dos produtos pré-medidos deve
constar na rotulagem da embalagem, ou no corpo dos produtos, na vista principal, e
deve ser de cor contrastante com o fundo onde estiver impressa, de modo a transmitir
ao consumidor uma fácil, fiel e satisfatória informação da quantidade comercializada.
3.1.1 – No caso de embalagem transparente, a indicação quantitativa deve ser de cor
contrastante com a do produto.
3.2 – Quando a indicação quantitativa constar no próprio corpo do produto e não

697
PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
2ª EDIÇÃO

puder ser impressa em cor contrastante, deverá ser superior em 2mm ao estabelecido
na tabela correspondente ao tipo de produto.
3.3 – Não é obrigatória a indicação quantitativa nas embalagens que contenham
agrupamento de unidades de um produto, desde que o material de tais embalagens
seja transparente e incolor, possibilitando a perfeita visualização da indicação
quantitativa individual.
3.4 – Os acondicionamentos múltiplos, promocionais ou não, de produtos de natureza
diferente e/ou quantidade nominal diferente, apresentados sob a forma de conjunto,
devem trazer a indicação quantitativa descritiva dos produtos nelas contidos, em
caracteres legíveis e precedidos pela palavra “CONTÉM” ou “CONTEÚDO” ou
“CONT.”.
3.4.1 – No caso do item 3.4 a palavra “CONTÉM” ou “CONTEÚDO” ou “CONT.”
deverá ser escrita nas mesmas dimensões para algarismos estabelecidos nas tabelas
II ou III correspondentes, podendo a indicação quantitativa dos produtos contidos ser
escrita em caracteres de menor tamanho, desde que não sejam inferior a 2 (dois)
milímetros.
3.5 – Quando na embalagem precisar constar qualquer indicação adicional relativa à
quantidade nominal do produto, esta somente deverá ser efetuada com caracteres de
menor ou igual tamanho e destaque que o da indicação quantitativa (Qn) definida por
este Regulamento.
3.6 – A indicação quantitativa dos produtos pré-medidos deve ser expressa no Sistema
Internacional de Unidades (SI), de acordo com:
a) os produtos pré-medidos que se apresentam na forma sólida ou granulada ou em
gel devem ser comercializados em unidades de massa;
b) os produtos pré-medidos que se apresentam na forma líquida devem ser
comercializados em unidades de volume;
c) os produtos pré-medidos que se apresentam na forma semi-sólida ou semi-líquida
devem ser comercializados em unidades de massa ou volume, em conformidade com
a Legislação Metrológica em vigor;
d) os produtos pré-medidos que se apresentam na forma de aerossol devem ser
comercializados de acordo com Legislação Metrológica em vigor;
e) os produtos pré-medidos que por suas características principais se apresentam em
quantidade de unidades devem ter a indicação quantitativa referente ao número de
unidades que contém a embalagem;
f) os produtos pré-medidos que por suas características principais se apresentam em
unidades de comprimento ou largura devem ter a indicação quantitativa expressa em
unidades de comprimento;
g) os produtos pré-medidos que se apresentam sob a forma pastosa, mas se vulcanizam
à temperatura ambiente, devem ser comercializados em unidades de massa.
3.7 – a unidade a ser utilizada dependerá do tipo de medida e da quantidade líquida
do produto de acordo com a Tabela I.

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Tabela I
Tipo de Medida Quantidade líquida do Unidades
(grandeza) Produto (q) (símbolos)
mL ou ml ou cL ou cl ou
q < 1000ml
Volume (líquidos) cm3
q >_ 1000ml
L (f)
q1g mg
Massa 1g < q < 1000g g
q >_ 1000 g kg
q < 1mm mm
Comprimento 1mm < q < 100cm mm ou cm
q >_ 100cm m
3.8 – Quando por motivo de natureza técnica, devidamente justificada, a indicação
quantitativa não puder constar na vista principal, o tamanho dos caracteres utilizados
deve ser, no mínimo, 2 (duas) vezes superior ao estabelecido nas Tabelas II e III.
4 – DIMENSÕES MÍNIMAS DOS CARACTERES ALFANUMÉRICOS DAS
INDICAÇÕES QUANTITATIVAS DO CONTEÚDO LÍQUIDO.
4.1 – Produtos pré-medidos comercializados em unidades de massa ou volume.
4.1.1 – A altura mínima dos algarismos da indicação quantitativa do conteúdo líquido
deverá obedecer ao disposto na Tabela II.

Tabela II
Conteúdo líquido em gramas ou Altura mínima dos algarismos em
mililitros milímetros
Menor ou igual a 50 2
Maior que 50 e menor ou igual a 200 3
Maior que 200 e menor ou igual a 1000 4

Maior que 1000 6


4.2 – Produtos comercializados em unidades de comprimento e númer o de
unidades
4.2.1 – A altura mínima dos algarismos da indicação quantitativa do conteúdo líquido
deve estar de acordo com o estabelecido na Tabela III.
4.2.2 – A determinação da área da vista principal deve ser efetuada através da
multiplicação da maior dimensão de largura pela maior altura da face adotada como
vista principal, estando a embalagem fechada, incluindo a tampa.

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PROCEDIMENTOS E NORMAS PARA REGISTRO DE LEITES, PRODUTOS LÁCTEOS E SUAS ROTULAGENS
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Tabela III

Altura mínima dos


Área da vista principal (cm2)
algarismos (mm)
Menor que 40 2,0
Maior ou igual a 40 e menor que 170 3,0
Maior ou igual a 170 e menor que 650 4,5
Maior ou igual a 650 e menor que 2600 6,0

Maior ou igual a 2600 10,0


4.3 – Os caracteres utilizados para a grafia dos símbolos das unidades de medida
deverão ter a altura mínima de 2/3 (dois terços) da altura dos algarismos.
4.4 – A largura dos caracteres alfanuméricos da indicação quantitativa do conteúdo
líquido não poderá ser inferior a 2/3 (dois terços) de sua altura.
5 – EXPRESSÕES QUE PRECEDEM A INDICAÇÃO QUANTITATIVA
5.1 – No caso de utilizar-se indicações precedentes à indicação quantitativa, podem-
se usar algumas das seguintes expressões ou palavras:
a) para produtos comercializados em unidades legais de massa – “PESO LÍQUIDO”
ou “CONTEÚDO LÍQUIDO” ou “PESO LÍQ.” ou “Peso Líquido” ou “Peso Líq.”;
b) para produtos comercializados em unidades legais de volume – “CONTEÚDO” ou
“Conteúdo” ou “Volume Líquido”;
c) para produtos comercializados em número ou unidades – “CONTÉM” ou
“CONTEÚDO” ou “Contém”;
d) para produtos comercializados em unidades legais de comprimento –
“COMPRIMENTO” ou “Comprimento” e/ou “LARGURA” ou “Largura”.
5.2 – Os produtos pré-medidos que apresentam duas fases (uma sólida e outra
líquida) separáveis por filtragem simples, deverão indicar, impressas na vista principal
da embalagem, as indicações quantitativas
referentes ao conteúdo (Qn) e o conteúdo drenado precedidos das expressões: “PESO
LÍQUIDO” e “PESO DRENADO”, em caracteres iguais em dimensão e destaque.

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ORIENTAÇÃO SOBRE INDICAÇÃO QUANTITATIVA DE BEBIDAS LÁCTEAS

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