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AGENDA DE PROPOSTAS
PARA A INFRAESTRUTURA
1.
ALSTOM BRASIL ENERGIA E TRANSPORTE LTDA HOUER CONSULTORIA E CONCESSÕES LTDA
ALUPAR PARTICIPAÇÕES S.A INTERTECHNE CONSULTORES ASSOCIADOS S.C. LTDA
UMA POLÍTICA MACROECONÔMICA VOLTADA PARA O
ANDRITZ HYDRO BRASIL LTDA INVEPAR INVESTS. E PARTS. EM INFRAESTRUTURA S.A.
DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO E CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL 8
AROEIRA SALLES ADVOGADOS ITAZI ENGENHARIA LTDA
ARTERIS S.A. KPMG STRUCTURED FINANCE S.A
1.1 ESTABILIDADE E RETOMADA DO CRESCIMENTO 10 AZEVEDO SETTE ADVOGADOS ASSOCIADOS LCA CONSULTORES
1.2 AJUSTE FISCAL 11 BANCO FATOR S.A. LEITE, TOSTO E BARROS ADVOGADOS ASSOCIADOS
1.3 REFORMA DA PREVIDÊNCIA 13 BARBOSA MELLO PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS S.A MACHADO, MEYER, SANDACZ E OPICE ADVOGADOS
1.4 REFORMA TRIBUTÁRIA 15 BF CAPITAL ASS. EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS LTDA MADRONA ADVOGADOS
BNDES MAGNA ENGENHARIA
1.5 SECURITIZAÇÃO DA DÍVIDA TRIBUTÁRIA 17
BR INFRA GROUP MANESCO, RAMIRES, PERES, SOCIEDADE E ADVOGADOS
1.6 REFORMA DO ESTADO 18
BRK AMBIENTAL MARSH CORRETORA DE SEGUROS LTDA
1.7 DIRETRIZES PARA RETOMADA DA INDÚSTRIA 20 BROOKFIELD BRASIL LTDA MATTOS FILHO ADVOGADOS
2.
CAF BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. MEGATRANZ TRANSPORTES LTDA
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL MOTTA, FERNANDES ROCHA ADVOGADOS
PROPOSTAS MATRICIAIS 22 CAMARGO CORRÊA INFRA CONSTRUÇÕES NATTURIS CONSULTORIA E ASSESSORIA AMBIENTAL
CASCIONE, PULINO, BOULOS & SANTOS – ADVOGADOS NEOENERGIA S.A
CCR – COMPANHIA DE CONCESSÕES RODOVIÁRIAS NUCLEP – NUCLEBRÁS EQUIPAMENTOS PESADOS S.A
2.1 PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO 24
CELEO – REDES BRASIL S.A. PAR RISCOS ESPECIAIS | WIZ SOLUÇÕES
2.2 SEGURANÇA JURÍDICA 26
CEMIG – COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS PATRIA INFRAESTRUTURA GESTÃO DE RECURSOS LTDA
2.3 ESTUDOS E PROJETOS 28
CISA TRADING S.A PAVAN ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES LTDA
2.4 AGÊNCIAS REGULADORAS 29 CITÉLUZ SERVIÇOS DE ILUMINAÇÃO URBANA S.A. PRICEWATERHOUSECOOPERS LTDA
2.5 FINANCIAMENTO E GARANTIAS 30 COMPANHIA PAULISTA DE DESENVOLVIMENTO - CPD PRIMAV CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO S.A.
2.6 MEIO AMBIENTE 32 CONCREMAT ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. PROMON TECNOLOGIA LTDA
2.7 CONTRATAÇÃO PÚBLICA 35 CONSTRUTORA ANDRADE GUTIERREZ S.A. RADAR PPP LTDA
CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT S.A. RUMO S.A
2.8 DESAPROPRIAÇÕES 37
CONSTRUTORA OAS LTDA SABESP – CIA. SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SP
2.9 CONCESSÕES 38
CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO S.A SADENCO ENGENHARIA LTDA
2.10 RELAÇÕES INTERNACIONAIS 41
CONTER CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO S.A. SALINI IMPREGILO SPA
CPFL ENERGIA S.A SANEAMENTO AMBIENTAL ÁGUAS DO BRASIL S.A
CSO AMBIENTAL DE SALTO SPE S.A SETE – SOLUÇÕES E TECNOLOGIA AMBIENTAL LTDA
CTEEP – CIA TRANSM. DE ENERGIA ELÉTRICA PAULISTA SIEMENS LTDA
DDSA ADVOGADOS SILVER SPRING NETWORKS LTDA DO BRASIL
DELOITTE TOUCHE TOHMATSU CONSULTORES LTDA SOLVI PARTICIPAÇÕES S.A.
DELTA COMERCIALIZADORADE ENERGIA LTDA STATE GRID BRAZIL HOLDING S.A
DEMAREST ADVOGADOS SUPER BAC – PROTEÇÃO AMBIENTAL S.A.
DESENVOLVE SÃO PAULO SWISS RE CORPORATE SOLUTIONS BRASIL LTDA
DT ENGENHARIA DE EMPREENDIMENTOS LTDA TAESA – TRANSM. ALIANÇA DE ENERGIA ELÉTRICA S.A.
EDP ENERGIAS DO BRASIL S.A TAROBÁ ENGENHARIA E NEGÓCIOS LTDA.
ELETROBRAS – CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. TAUIL & CHEQUER ADVOGADOS
ELETRONUCLEAR – ELETROBRÁS TERMONUCLEAR S.A TECHNIP FMC
ELETROPAULO METROPOLITANA TENARIS CONFAB
EMAE – EMPRESA METROP.DE AGUAS E ENERGIA S.A TOZZINI, FREIRE, TEIXEIRA E SILVA ADVOGADOS
ENFIL S/A CONTROLE AMBIENTAL TSEA ENERGIA
ENGIE BRASIL PARTICIPAÇÕES LTDA UNA CONSULTORIA ECONÔMICA
ESTRE AMBIENTAL S.A. VLI MULTIMODAL
EY – ERNST&YOUNG ASS. EMPRESARIAL LTDA VOITH HYDRO LTDA
ETEO EMPRESA TRANSMISSÃO DE ENERGIA DO OESTE WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS S.A.
FATOR SEGURADORA
FELSBERG E PEDRETTI CONSULTORES LEGAIS
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APRESENTAÇÃO
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
É uma situação paradoxal. O Brasil tem ca- Além de ajustar despesas e receitas, a
rência de infraestrutura, há liquidez inter- correção na política de ajuste fiscal é críti-
nacional, há investidores no mundo pro- ca porque é imprescindível recuperar a ca-
curando opções de investimento, sobram pacidade do Estado de investir, sobretudo
recursos no BNDES, mas faltam projetos em infraestrutura. Mesmo se o poder pú-
bem estruturados. blico for eficiente na diretriz de transferir o
Do setor público, a recuperação dos in- máximo possível de investimentos ao se-
vestimentos em infraestrutura será muito tor privado, há um estoque de ativos em
dificultada diante de um panorama fiscal poder da gestão pública que são intransfe-
restritivo. Há um ajuste incompleto nas con- ríveis pela simples falta de retorno ao ca-
tas públicas, refletido em déficit fiscal rele- pital aplicado no longo prazo. É assim no
vante e gastos correntes em elevação. Em Brasil como em qualquer país do mundo.
adição, há imposições da nova lei que limita De acordo com levantamento realiza-
os gastos (PEC do Teto), cujos efeitos mais do pela ABDIB, a participação pública e
nítidos surgem já a partir de 2018. Esse en- privada nos investimentos em infraestru-
redo já resultou em corte brutal no nível de tura no Brasil e no mundo, considerando
investimentos públicos nos últimos três países desenvolvidos e emergentes, re-
anos. Por isso, é provável que a estrutura do vela que o setor público mantém média
processo de ajuste fiscal brasileiro tenha de significativa ou muito elevada de partici-
ser revista no Congresso Nacional. Se isso pação. Em alguns setores, o Estado tem
não ocorrer, os legisladores terão de empre- presença majoritária, como saneamento
ender mudanças constitucionais que per- básico e transportes.
mitam fazer as demandas sociais caberem Em comparação ao total investido em
dentro das receitas tributárias. infraestrutura em cada país, os aportes
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
públicos atingem 68% na Grécia e mais de acertadas do poder público nos últimos
50% na Hungria, Malta e Eslovênia. Situam- anos, como o Programa de Parceria de In-
-se aproximadamente em 30% em nações vestimentos (PPI), regras regulatórias para
como Eslováquia, Letônia, Reino Unido, Su- retomar investimentos em contratos inviá-
íça, Áustria, Luxemburgo, Dinamarca, Estô- veis e leilões de concessão em vários seto-
nia e Portugal. E representam 20% ou menos res, não serão suficientes. Há uma lacuna
em Alemanha, Espanha, Bélgica e Irlanda. de R$ 200 bilhões de aportes em infraes-
Na Ásia, há predominância do investimento trutura que precisa ser preenchida. Com
e financiamento público ou equivalência com as decisões políticas e as ações públicas
o privado nos principais países. adequadas, os recursos disponíveis no
Em 15 países da América Latina e Ca- mundo poderão desembarcar no Brasil. A
ribe, incluindo Brasil, segundo o BID, nú- oportunidade não pode ser desperdiçada.
meros médios de investimento em infra- A seguir, a Abdib apresenta a síntese
estrutura entre 2008 e 2013 mostram que do posicionamento da entidade, a ser ma-
o setor público foi responsável por 90% nifestado aos candidatos aos cargos do
dos aportes na área de recursos hídricos governo federal e dos governos estaduais,
e saneamento básico e por 77% nos setor como contribuição ao programa dos pró-
de transportes. Em energia e telecomuni- ximos governos, bem como aos candida-
cações, os aportes do Estado correspon- tos ao Congresso Nacional.
deram a 44% e 7% do total dos investi- O conteúdo deste documento está divi-
mentos feitos. dido em três blocos. No primeiro, o objetivo
No Brasil, país que já tem participação é avaliar as estratégias e os resultados da
privada mais pujante que a média, o qua- política macroeconômica frente aos desa-
dro se repete. O setor privado tem sido fios do país e perante o propósito de promo
responsável nesta década por mais de 60% ver o desenvolvimento sustentável a partir
dos investimentos em infraestrutura, che- do fortalecimento da indústria e da expan-
gando a quase 70% em 2017. Mas o setor são da oferta de infraestrutura.
público continua com papel importante em O segundo bloco traz avaliações, diretri-
modais de transporte, mobilidade urbana zes e propostas para assuntos matriciais
e saneamento básico. que impactam e causam efeitos em prati-
Depois de todos os programas de con- camente todos os setores de infraestrutu-
cessões de rodovias realizados desde os ra. Notadamente, há apontamentos sobre
anos 90, o Brasil ainda concentra 98,6% segurança jurídica, planejamento de longo
da malha rodoviária na gestão pública – prazo, governança de agências regulado-
incluindo governo federal, estados e mu- ras, modelo de financiamento e garantias,
nicípios. Da extensão total pavimentada, gestão socioambiental na infraestrutura,
somente 10% são administrados por con- regras de contratação pública, procedi-
cessionárias privadas. É viável conceder mentos para desapropriações por utilidade
mais? Sim, claro – e o quanto antes. Mas é pública, arcabouço legal para elaboração
equivocado imaginar que é possível pres- de estudos e projetos de infraestrutura e
cindir do investimento público. modelo de concessões.
Infelizmente, se mantidas as atuais con- O terceiro e último bloco, tem como
dições, a infraestrutura não terá como cum- objeto os setores da infraestrutura, cada
prir papel relevante em 2018 para a reto- qual impactado por regulação e desafios
mada do crescimento econômico. Ações específicos além dos matriciais.
UMA POLÍTICA
MACROECONÔMICA VOLTADA
PARA O DESENVOLVIMENTO
PRODUTIVO E CRESCIMENTO
SUSTENTÁVEL
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
ESTABILIDADE E RETOMADA
DO CRESCIMENTO
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
AJUSTE FISCAL
Desde outubro de 2014 o governo fe- em 2014 para R$ 110,4 bilhões (1,67% do
deral tem mantido uma política econômica PIB) em 2017. Analisando por uma ótica
e fiscal que reduz diante da rigidez do orça- da economia como um todo, o setor da in-
mento público, os investimentos. Por traz fraestrutura apenas refletiu uma tendência
do ajuste havia a lógica de que uma con- vista por toda a economia. Em 2017, a taxa
tração fiscal acabaria por resultar em ex- de investimento recuou para 15,6%, o mais
pansão econômica, uma vez que provoca- baixo patamar desde 1996.
ria queda nos juros e expectativas positi- Para mudar a atual retração da econo-
vas no setor privado, permitindo a reto- mia, o investimento público destinado ao
mada dos investimentos. No entanto, a setor de infraestrutura deveria ser recom-
recuperação do crescimento reluta em ocor- posto, uma vez que possui um dos maiores
rer e, sendo assim, dificulta o próprio ajus- efeitos multiplicadores na economia. No
te fiscal. entanto, dados da Projeto de Lei Orçamen-
A queda dos investimentos tem sido tária Anual (PLOA) a preços constantes re-
muito expressiva. A preços constantes, o velam que recursos orientados ao setor so-
investimento no setor de infraestrutura freram expressiva contração. Em 2014,
caiu de R$ 166,5 bilhões (2,42% do PIB) R$ 76,4 bilhões eram destinados à in-
fraestrutura. Já em 2018 o valor caiu signi- congelando-a por 20 anos, com revisões
ficativamente para apenas R$ 25,9 bilhões. a cada década. Ademais, aquele país in-
Esta forte contração fiscal dos investimen- troduziu cláusulas de escape para refletir o
tos culminou em um efeito deletério sobre a ciclo econômico – períodos de crescimen-
economia. Além de contribuir para a maior to permitiam afrouxamento dos limites –,
recessão da economia brasileira, o perío- além de excluir o investimento público e
do de ajuste fiscal também levou à dete- os gastos sociais, sobretudo com saúde e
rioração de outros indicadores. A dívida educação1.
bruta do governo geral (que inclui os gover- Assim, o Brasil, poderia seguir o exemplo.
nos federal, estadual e municipal e INSS) O Estado poderia fazer um remanejamento
subiu para R$ 4,85 trilhões em dezembro de gastos públicos, com redução de gastos
de 2017, o equivalente a 74% do PIB. Em correntes e de menor importância (despe-
dezembro de 2016, o indicador havia en- sas com uso de bens e serviços, transferên-
cerrado em 74% (R$ 4,37 trilhões) – uma cias e demais despesas, redução do gasto
piora em termos absolutos. com pessoal, corte profundo de cargos em
O resultado da piora da dívida pública comissão e venda de estatais dependen-
pode ser explicado tanto pelo aumento da tes) e aumento do investimento público em
própria dívida, devido aos déficits agrava- infraestrutura, que tem maior impacto no
dos pela baixa receita, bem como pela que- crescimento futuro. Além disso, seria im-
da do denominador da fração (PIB). Essa perativa uma redução dos impostos sobre a
situação é problemática em um ambiente produção e consumo para então instituir o
em que a taxa básica de juros da econo- recolhimento sobre lucros por meio de uma
mia ainda é bastante elevada para os pa- reforma tributária mais abrangente, que in-
drões internacionais. centive investimentos. Por outro lado, como
A Abdib entende que é necessário um forma de se proporcionar uma transição
ajuste fiscal, mas este deve ser empre- suave, até a implantação da reforma tribu-
endido conjuntamente com propostas que tária, poderia ser instituída a CPMF como
não prejudiquem o investimento. Neste funding de investimentos em infraestrutu-
sentido, um bom exemplo a ser destaca- ra. Por último, mas não menos importante,
do é o Peru, que para reconquistar credi- os recursos obtidos por uma securitiza-
bilidade fiscal adotou regra para o cresci- ção da dívida ativa das empresas com a
mento dos gastos, porém, ao contrário do União poderiam ser direcionados a inves-
Brasil, não a enrijeceu excessivamente, timentos no setor.
1. Informações interessantes em linha com as da Abdib podem ser vistas em De Bolle (2018) e Romero (2017).
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
500.000,0
437.1
400.000,0 365.4
300.000,0
200.000,0
120.040,5 123.4
100.000,0 37.1
9.300,0
0,0
-100.000,0
-71.7 -86.3
-110.7
-200.000,0
Setor Urbano - INSS Setor Rural - INSS Previdencia Setor Público
0,0
-50.000,0 -46.344,0
-71.709,5 -77.151,5
-100.000,0 -86.348,9
-103.390,0
-110.740,5
-150.000,0
-200.000,0
-226.885,5
-250.000,0
-268.798,9
-300.000,0
2016 2017
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
REFORMA TRIBUTÁRIA
A reforma tributária é umas das pautas cargas tributárias. A reforma tributária pro
necessárias e urgentes para uma mudan- posta ainda não reduz com esta exorbitan-
ça estrutural que permita ao Brasil retomar te carga de impostos, mas busca simplifi-
o caminho do crescimento econômico. O car o complexo sistema tributário brasileiro
Brasil é entre as economias em desenvol- eliminando as distorções que inibem e pre-
vimento a que possui uma das maiores judicam a produção e o investimento.
18.3
15.4
14.8
13.9 14.2
13.4
12.2 11.8
11.2 11.3
10.2 10.1
9.2 9.5 9.5
8.1 7.8
6.7 6.5
6 6.1
4.4
3.4
1.4
Imposto sobre Bens e Serviços Imposto sobre Folha de Imposto sobre Renda
Pagamento e Contribuições Sociais e Propriedade
1.958
214 210
168
72
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REFORMA DO ESTADO
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PROPOSTAS
MATRICIAIS
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SEGURANÇA JURÍDICA
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ESTUDOS E PROJETOS
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AGÊNCIAS REGULADORAS
FINANCIAMENTO E GARANTIAS
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
Project finance
Nesse contexto de mudanças, avançou distribuição mais eficiente dos riscos en-
a percepção da urgência em adotar o pro- tre governos, agentes privados e financia-
ject finance non recourse no financiamen- dores. Inclui certificação de projetos na
to dos investimentos em infraestrutura. fase de licitação, perícias técnicas para
Para isso, é fundamental reforçar a segu- garantir a qualidade da obra e processos
rança e as garantias aos financiadores e de gestão de conformidade. A ampliação
demais partes relacionadas. da utilização do seguro garantia na legis-
A Abdib articulou uma solução que lação de contratação pública também re-
prevê foco na implantação do empreendi- forçará o arcabouço para a estruturação
mento, monitoramento intensivo na fase de financiamento para os investimentos
pré-operacional e substituição de garan- em infraestrutura.
tias corporativas (restritas) e/ou fiança A cobertura de riscos não gerenciáveis
bancária (custos elevados) por um pacote pelo empreendedor é também fator rele-
de apólices de seguros e demais garantias vante e encontra guarida em soluções já
destinadas às especificidades de investi- constituídas, como o Fundo Garantidor
dores, poder concedente e financiadores. de Infraestrutura (FGIE) no âmbito federal.
Além disso, a solução defendida pela Para o funcionamento adequado, é preci-
Abdib se atrela a outros fatores críticos, so haver capitalização em montante com-
como a existência de estudos e projetos patível com o volume de investimentos
de qualidade superior, a definição de ma- em infraestrutura esperado para os pró-
triz de riscos mais completa e a própria ximos anos.
MEIO AMBIENTE
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
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CONTRATAÇÃO PÚBLICA
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DESAPROPRIAÇÕES
CONCESSÕES
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
A cada empresa
exportadora Maior uso de garantias incondicionais:
brasileira basta a notificação do sinistro pelo credor
ao garantidor para o pagamento da inde-
nização, o que confere maior segurança
empresas realizam jurídica ao primeiro e confere maior com-
vendas externas petitividade às exportações.
Intensificação de linhas de apoio à inter-
nacionalização de empresas (IED).
Ampliação dos percentuais de financia-
mento de gastos locais (importações não
originárias do país que está financiando
o projeto).
Financiamento à importação para tornar
mais competitivos os bens e serviços
produzidos pelo país da agência de cré-
dito à exportação.
Permanente avaliação de processos de
contratação para tornar o apoio oficial
mais ágil e conferir competitividade às
empresas de seus respectivos países.
Abertura de escritórios das agências de
crédito à exportação em países-foco das
estratégias de mercado dessas instituições.
A título de exemplo, as agências chi-
nesas de crédito à exportação exigem 60%
de exportações chinesas – e o restante do
crédito pode ser aplicado livremente. A
UK Export Finance (UKEF) financia até
80% de gasto local ou compras estrangei-
ras para exportadores do Reino Unido, o
que também tem ocorrido com inúmeras
outras agências de crédito à exportação.
Na prática brasileira, por outro lado, não
há garantia incondicional e não é admitido
o financiamento de qualquer gasto local ou
Avaliar maior
abrangência para o
programa brasileiro
de apoio a exportações
Permitir que o seguro de
crédito à exportação seja
utilizado para cobrir parte
de financiamentos de gas-
tos locais e importações
de terceiros países. A prá-
tica, hoje vedada no Bra-
sil, é mecanismo de apoio
permitido pela OCDE e
largamente utilizado por
outros países.
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
PROPOSTAS
SETORIAIS
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
RECURSOS HÍDRICOS
4. Perfil dos Municípios Brasileiros (Munic) 2017. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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SANEAMENTO BÁSICO
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
RESÍDUOS SÓLIDOS
7. Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil.
damente. Naquelas entre as que não têm duos sólidos similar à solução dada ao se-
receita proveniente de taxas ou tarifas, so- tor de iluminação pública (Cosip). Há hoje
mente 30% do lixo seguem para aterros. dificuldades de segurança jurídica na co-
A solução estrutural, perene e abrangen- brança dos serviços associados à limpeza
te, que atenda as características distintas das urbana. A varrição é um serviço indivisível.
diferentes regiões brasileiras, passa pelo Con- Mesmo a coleta de resíduos é medida por
gresso Nacional, pelo apoio dos governos estimativa. Na iluminação pública, setor
federal e estaduais aos municípios e também no qual o serviço também é indivisível, há
pela atuação mais diligente de instituições previsão constitucional de cobrança de
como Ministério Público e tribunais de contas contribuição para custeio.
– e até do Supremo Tribunal Federal (STF). Cobrar ação tempestiva do Ministério
Na Câmara dos Deputados, tramita o PL Público na verificação do cumprimento
2.289/2015, já aprovado no Senado Federal, dos dispositivos da Política Nacional de
que propõe mais prazo para os municípios Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), so-
erradicarem lixões. A Abdib é contra a pror- bretudo sobre a erradicação dos lixões.
rogação pura e simples do prazo – já vencido Cobrar ação tempestiva dos tribunais de
desde agosto de 2014 – sem que haja solução contas para evitar inadimplência dos con-
estruturante que dê sustentabilidade finan- tratos municipais relacionados ao mane-
ceira para a prestação de serviços. jo de resíduos sólidos urbanos.
Reconhecer, no âmbito de julgamento em
Instituir no âmbito municipal uma arreca- trâmite no Supremo Tribunal Federal
dação específica, por taxas ou tarifas, para (STF), o caráter de utilidade pública para
suportar a prestação adequada dos servi- a prestação de serviços de gerenciamen-
ços, que deve adicionalmente ser supor- to de resíduos, de forma a conceder prio-
tada por contratos fiscalizados e regulados ridade à atividade, que é essencial para
por agências reguladoras financeiramente saúde e meio ambiente, e preservar o
autônomas e politicamente independentes. funcionamento de aterros sanitários, in-
Idealizar uma contribuição para o custeio fraestrutura ambientalmente adequada,
perene e sustentável dos serviços de resí- localizados em áreas de preservação.
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
TELECOMUNICAÇÕES
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
PETRÓLEO
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transferidas em prazos distintos ao con- tes; iv) contribuir para a segurança ener-
sumidor final. A Abdib acredita que o novo gética; v) assegurar melhores condições
governo precisa assegurar previsibilidade de planejamento ao setor do etanol – que
e regras claras e perenes, fundamentais tanto sofreu nos períodos de descasamen-
para atrair investimentos. to de preços e vi) ganhos ambientais como
A imprevisibilidade e a incerteza tem o aumento da eficiência no consumo por
gerado alto risco ao investimento, preser- meio do mecanismo de preços.
vado a concentração e desestimulado a con- Há amplo espaço – e mesmo uma ne-
corrência. Tal cenário desestimula a atra- cessidade – para avançar em um projeto
ção de novos agentes. Embora tenha aberto articulado que assegure maior atrativida-
seu mercado há 16 anos, o país tem pou- de para os variados segmentos do setor
cos importadores ou exportadores de pe- de petróleo e gás brasileiro. Se for do in-
tróleo e derivados e apenas quatro micror- teresse do país ir além da apropriação
refinarias privadas, cuja capacidade nomi pura e simples da renda petrolífera – e os
nal de refino somada é de parcos 33 mil males da chamada maldição dos recursos
barris/dia ou 1,3% do parque de refino bra- naturais aconselham que sim – e criar
sileiro. Pior, atrela a expansão do refino à ca- uma indústria de bens e serviços offsho-
pacidade de investimento da Petrobras, o re e onshore internacionalmente compe-
que pode tornar o abastecimento futuro caro titiva, perene, capaz de gerar benefícios
e mais dependente ainda de importações. para gerações atuais e futuras, é preciso
Na visão da Abdib, a manutenção de previsibilidade, regras claras e continui-
uma política artificial de preços de deriva- dade nos esforços empreendidos.
dos para controlar a inflação não deu certo
em lugar nenhum do mundo e serve apenas
para escamotear um problema que vai apa-
recer adiante. Países como Índia, Rússia,
Paquistão e Venezuela têm uma longa tra-
dição de subsidiar combustíveis e sofrem
as consequências dessas escolhas. Cedo
ou tarde, a conta dos subsídios chega.
Um mercado de preços livres não traria
risco às refinarias brasileiras. Possuindo
um grande mercado interno e sendo dis-
tante dos grandes centros mundiais de
refino, o país está protegido em cenários
eventuais de concorrência predatória. Por-
tanto, o Brasil pode e deve perseverar na
manutenção de mecanismo adequado de
reajuste de preços que, se assumir caráter
de continuidade e ganhar confiança, traria
inúmeros benefícios à sociedade e à pró-
pria Petrobras, tais como: i) retroalimentar
o círculo virtuoso das fases de exploração
e produção de petróleo; ii) estimular inves-
timentos no refino e na infraestrutura de
abastecimento ao assegurar a rentabilida-
de média do segmento; iii) dinamizar a
concorrência pela entrada de novos agen-
GÁS NATURAL
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
niões de cada grupo, com cada comitê do setor. A superação política dessas po-
propondo iniciativas para que o setor se sições é condição para que a hora e a vez
adequasse às diretrizes por meio de alte- do gás natural se tornem realidade.
rações legais ou regulatórias. Com base Como em toda modernização regula-
nisso, foi elaborada nova resolução pelo tória significativa, é fundamental prever
CNPE sobre penalização, medidas regula- mecanismos e prazos em um período de
tórias e tributárias para harmonização e com- transição que garanta segurança jurídica
patibilização do setor de gás com o setor a investimentos e operações constantes
elétrico. O processo assegurou amplo de- em contratos já existentes. A transição
bate e envolveu mais de 700 especialistas. bem-sucedida resultará em investimentos
Esse construtivo e exaustivo debate deu novos, mais agentes ofertantes, cresci-
a direção. Cabe agora movimento e alguma mento da demanda, preços competitivos,
audácia para fazer com que as propostas segurança e previsibilidade no suprimen-
contidas no projeto de lei substitutivo ao to, ambiente jurídico e regulatório seguro
PL 6.407/2013 passem da abstração à ma- e contratos existentes respeitados.
téria e adquiram a vocação da permanên- A existência de um agente regulador
cia. Trata-se de uma espécie de revisão da forte, com boa capacitação técnica e ba-
Lei do Gás, com vistas a instituir um novo seado nas melhores práticas regulatórias
desenho do setor, capaz de dinamizá-lo é ponto relevante. É fundamental que o
para que possa contribuir com todo o seu regulador possa garantir transparência,
potencial para o crescimento do país. Como publicidade e isonomia a qualquer empre-
seria de se esperar, há resistência de seg- sa interessada em acessar a infraestrutu-
mentos interessados na manutenção de ra. Assim, novos supridores de gás terão
mercados exclusivos em grande parte res- estímulos e alternativas para ofertar no-
ponsáveis pela letargia no desenvolvimento vos volumes ao mercado brasileiro.
62
AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
MOBILIDADE URBANA
10. A
ssociação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTriplhos). Balanço do Setor Metroferroviário
2017-2018.
64
AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
RODOVIAS
11. C onfederação Nacional dos Transportes. Pesquisa CNT de Rodovias 2017 e Rodovias Esquecidas do Brasil 2018.
12. Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias. Relatório Anual 2018. Estudo Bain & Company 2013.
13. Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias. Relatório Anual 2018. Estudo Bain & Company 2013.
14. Ipea. Reflexões sobre Investimentos em Infraestrutura de Transportes no Brasil. Carlos Alvares da Silva Campos Neto. 2016
15. Idem.
16. Ipea. Texto para discussão. Modelos de Concessão de Rodovias no Brasil, no México, no Chile, na Colômbia e nos Estados
Unidos: evolução histórica e avanços regulatórios. Março de 2018.
17 Idem.
66
AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
18. A
nálise do Impacto da Isenção de Pedágio pra Viagens Locais Previsto pelo PLC 8/2013. Estudo da Tectran Systra Group
para a Associação Brasileira de Concessões de Rodovias (ABCR). Agosto de 2016.
FERROVIAS DE CARGA
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
tos mais R$ 17 bilhões nos três projetos, impactados por alterações em fatores am-
que somam extensão total de 4.000 qui- bientais e regulatórios, restrições opera-
lômetros. Todos estão em fase de estu- cionais impostas por questões alheias à
dos, avaliação pelo órgão de controle ou atuação dos concessionários (bloqueios e
audiências públicas. 19
paralisações), decisões judiciais e normas
Essas duas diretrizes – a prorrogação municipais, entre outas possibilidades.
antecipada e os novos projetos do PPI – se- A estruturação dos novos projetos fer-
rão responsáveis por lançar a participação roviários precisa incorporar uma matriz de
do modal ferroviário dos atuais 15% a 31% risco abrangente, que considere fatores
da matriz de transportes, segundo dados regulatórios, setoriais e do projeto. O su-
do Plano Nacional de Logística (PNL). cesso dependerá também da distribuição
Além disso, deve-se preparar o Brasil equilibrada e racional de direitos e obriga-
para o desenvolvimento do mercado de ções a serem compartilhados e assumidos
pequenas ferrovias ou shortlines. Estas pelo poder público e pelo setor privado, bem
novas empresas, que surgirão do apro- como contar com estudos que demonstrem
veitamento de trechos economicamente realisticamente as necessidades de recur-
inviáveis para as grandes empresas de sos para investimentos e operação.
hoje, terão a capacidade de ampliar a ca-
pilaridade da malha ferroviária e fazer aten- Concluir rapidamente o processo de
dimento a clientes menores, com caracte- prorrogação antecipada das concessões
rísticas de operação peculiares. Nos Estados ferroviárias que se encontram em fases
Unidos, há 546 pequenas ferrovias, que variadas entre agência reguladora, mi-
operam 60.000 quilômetros de linhas fér- nistério setorial e tribunal de contas.
reas, o equivalente a 24% da malha nor- Instituir regras regulatórias adequadas no
te-americana. No Canadá, há 36 pequenas processo de prorrogação antecipada das
ferrovias, que operam 10.000 quilômetros concessões ferroviárias para a devolução
de linhas férreas, o equivalente a 20% da de ramais considerados antieconômicos
malha canadense.20 Porém, para que a sua pelas concessionárias para a exploração
existência seja possível, o fardo jurídico- plena (escala de produção de transportes
-regulatório deve ser aliviado. financeiramente sustentável).
Além de viabilizar os investimentos, a Estabelecer plano de aproveitamento de
expansão da participação do modal ferro- ramais considerados antieconômicos
viário na matriz brasileira de transportes com mecanismos de incentivo regulató-
requer atenção em algumas questões rio e tributário para novos tipos de ex-
transversais, como agilidade em proces- ploração econômica, priorizando a explo-
sos de reequilíbrio econômico-financeiro ração ferroviária alternativa (shortlines,
nas concessões. trens regionais, trens turísticos ou veícu-
O equilíbrio econômico-financeiro e a los leves sobre trilhos), sem descartar
segurança jurídica são constantemente opções de uso não-ferroviário.21
FERROVIAS DE PASSAGEIROS
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
AEROPORTOS
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
É urgente que o Poder Executivo tome dos, causam incertezas que atrapalham a
uma decisão a respeito das questões téc- atração de investimentos e de operadores
nicas e da forma – se via decreto do Poder experientes com visão de longo prazo.
Executivo ou resoluções de agências regu-
ladoras. Além do atraso injustificável para Dar continuidade ao programa de conces-
decisão de tamanha envergadura, o poder sões nos aeroportos federais, com plane-
público não pode postergar a solução ado- jamento e publicação de um plano de
tando regulamentação abstrata que não dê outorgas, dialogando com o setor privado
respostas assertivas aos pontos que as de- a respeito de modelo de negócios atrati-
mandam. Dessa forma, a Lei 13.448/2017 vos para aeroportos menos rentáveis.
não atenderá aos anseios do legislador: Desenvolver um programa de investi-
evitar conflito judicial que paralisará inves- mentos em aeroportos regionais, com
timentos vultosos em alguns dos principais planejamento e racionalidade, que con-
ativos de transporte do país. sidere a vocação de cada aeroporto e
Como pano de fundo, a segurança ju- região, por meio de um plano de aviação
rídica é ponto essencial. As razões que regional que estimule o desenvolvimen-
motivaram mudanças pretendidas na to do transporte aéreo em localidades
operação do aeroporto de Pampulha (MG) com atendimento precário.
e a exclusão do aeroporto de Congonhas Criar uma política de longo prazo para a
do programa de concessão atrapalharam utilização dos recursos do Fundo Nacional
a percepção dos investidores quanto à de Aviação Civil (Fnac), definindo pro-
reconstrução de um ambiente de segu- gramas prioritários para receberem re-
rança jurídica para investimentos. Mudan- cursos do fundo.
ças na operação de aeroportos em zona Além dos aspectos regulatórios e de
de influência de outros ativos, já concedi- políticas públicas setoriais, é pertinente
observar questões que envolvem a se- ciais da Lei 13.448/2017 de forma a per-
gurança jurídica em relação aos projetos mitir que a devolução antecipada e amigá-
já desenvolvidos e em desenvolvimento. vel de concessões, mediante indenização,
Um olhar atento às concessões já realiza- possa ser alternativa para solucionar con-
das permite aprimorar o modelo utilizado, cessões que se tornaram inviáveis.
contribuindo para a criação de um ambien- Regularizar questões imobiliárias referen-
te propício ao desenvolvimento do setor tes aos aeroportos, como processos de
aeroportuário. desapropriação de imóveis, retomadas
Garantir adequada mitigação para o ris- de posse e regularização de matrículas.
co de incidência de IPTU sobre ativos Infraero e concessionárias privadas têm
administrados por concessionárias ae- encontrado dificuldade em desenvolver
roportuárias, afastando a cobrança ou um modelo econômico adequado de ge-
alocando o risco a cargo do poder públi- renciamento de tais áreas, fator que in-
co, já que o empreendedor privado não viabiliza investimento e gera despesas
tem meios de gerenciá-lo, evitando afas- que não podem ser antecipadas.
tar investidores interessados nas próxi- Regular e uniformizar a necessidade de
mas concessões. licenças, autorizações e permissões por
Manter nos editais das futuras concessões entidades que prestem serviços públi-
de aeroportos o mecanismo idealizado cos. Em um mesmo ambiente regulató-
para a rodada de concessões realizada em rio, em que as mesmas atividades são
2017 que permite proteção cambial para prestadas, não se deve exigir de alguns
dívidas em moeda estrangeira utilizando operadores aeroportuários licenças, au-
recursos de outorga variável. torizações e permissões que não são
Regulamentar com urgência itens essen- exigidas de outros.
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
PORTOS
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
ENERGIA ELÉTRICA
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
rio com participação crescente do merca- lionárias que ameaçam o balanço e a capa-
do livre. A mudança precisa ser cuidado- cidade de investimento delas.
sa, no entanto. A regulação sugerida vai Na geração de energia, é fundamental
requerer fórmulas e metodologias para, equacionar definitivamente os fatores atre-
entre outras coisas, contratação de lastro lados ao déficit de geração de energia nas
e formação de preços de fontes diferentes hidrelétricas, problema que persiste há qua-
de geração. É fundamental testar o mo- se cinco anos e se agrava continuamente.
delo pretendido diante das demandas dos O problema consiste em fatores que
financiadores de longo prazo. impedem que estas geradoras entreguem
O processo de revisão regulatória pre- a carga de energia elétrica prevista em
vê também o fim do regime de cotas para contratos por razões alheias à gestão de-
hidrelétricas prorrogadas ou licitadas no las: despachos de geração de energia fora
qual a agência reguladora define tarifa da ordem de mérito de custo econômico
que remunera somente custos de opera- para preservar reservatórios, permissão
ção e manutenção. A “descotização” será para gerar energia de usinas termelétricas
feita mediante pagamento de outorgas. A fora da ordem de mérito de forma anteci-
proposta conta com apoio da Abdib. pada para compensar eventuais indispo-
nibilidades no suprimento do combustível;
Privatização da Eletrobras deslocamentos causados por importação
A Abdib é entusiasta da reestruturação de energia; e restrições impostas por atra-
da Eletrobras que foca no equacionamen- sos no início de operação de sistemas de
to de custos operacionais, reorientação transmissão.
estratégica, diretrizes para venda de ati- Autorizações para despachos de ge-
vos e diluição da participação do Estado ração de energia fora da ordem de méri-
no capital da empresa. O processo de to deslocaram a geração de hidrelétricas
privatização em curso legislativo e admi- em montantes significativos. Em alguns
nistrativo é importante para reduzir vul- momentos, as hidrelétricas foram auto-
nerabilidades na gestão financeira e ope- rizadas a produzir só 80% das garantias
racional da companhia. físicas.
As diretrizes – bem-vindas – envolvem A solução discutida com as autorida-
privatização de seis distribuidoras de ener- des energéticas inclui retirar do GSF efei-
gia elétrica, com o devido equacionamen- tos alheios à gestão das empresas. Con-
to de passivos; venda de participações em cessionárias hidrelétricas no mercado
sociedades de propósito específico de ge- serão compensadas pelos impactos sofri-
ração e de transmissão de energia elétri- dos de forma retroativa, desde janeiro de
ca; aumento do capital da Eletrobras com 2013, na forma de extensão dos contratos
emissão de ações e diluição do controle de concessão em, no máximo, sete anos.
acionário da União. A Abdib apoia essa forma de solucionar
Efetivadas tais decisões, a Eletrobras se- o problema, de forma estrutural. Há ainda
gue no caminho de recuperar condições de imperiosa necessidade de adotar solução
investimento. A Abdib tem posicionamento para o mercado livre.
favorável ao modelo proposto e defende Na transmissão de energia, a Abdib
aprovação urgente no Poder Legislativo. considera imprescindível ratificar regras
. que definiram – já tardiamente – a fórmu-
Correções urgentes la e o prazo para concessionárias de sis-
Dois problemas graves impõem restri- temas de transmissão de energia da Rede
ções à gestão financeira das empresas de Básica do Setor Elétrico (RBSE) receberem
energia elétrica atualmente, com cifras bi- compensações devidas.
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
ILUMINAÇÃO PÚBLICA
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
24. http://www.procelinfo.com.br/data/Pages/LUMIS623FE2A5ITEMID6C524BD8642240ECAD7DEF8CD7A8C0D9PTBRIE.htm
84
AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
25. h
ttp://www.mme.gov.br/documents/10584/1432134/Plano+Nacional+Efici%C3%AAncia+Energ%C3%A9tica+%28PD-
F%29/74cc9843-cda5-4427-b623-b8d094ebf863?version=1.1
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2018
CONSELHO CONSULTIVO
ALBERTO DIAS • ABB
ANDRE DABUS • Marsh
ANTONIO GIL DA SILVEIRA • Caixa
ANTONIO PARGANA • Cisa Trading
CARLOS VILLA • Solví
CLAUDIA BONELLI • Tozzini Freire Advogados
DAVID ALMAZÁN • Arteris
DAVID MOREIRA • Patria
EDUARDO VIEGAS • Concremat
ELIAS DE SOUZA • Deloitte
GABRIEL GALIPOLO • Fator
GILSON KRAUSE • Promon
GUSTAVO BARRETO • CCR
HENRIQUE ZUPPARDO JUNIOR • Megatranz
JORGE NEMR • Leite, Tosto e Barros Advogados
JOSÉ CARLOS TAVARES PEREIRA • WIZ Soluções
JOSÉ VIRGÍLIO ENEI • Machado Meyer Advogados
JOSEDIR BARRETO • OAS
JULIAN THOMAS • ALIANÇA
JULIO FONTANA NETO • Rumo
LUIS CARLOS BORBA • Toshiba
MARCOS BLUMER • Voith Hydro
MARCOS CINTRA • Tenaris Confab
MASSIMO GUALA • Salini Impregilo
MAURICIO ENDO • KPMG
MICHEL BOCCACCIO • Alstom
MIGUEL NORONHA • Barbosa Mello Participações
OTÁVIO MAIA • PwC
RENATO MEIRELLES NETO • CAF
RENATO SUCUPIRA • BF Capital
REYNALDO PASSANEZI • CTEEP
RODOLFO SIROL • CPFL
ROGÉRIO TAVARES • Aegea
SERGIO PARADA • Andritz Hydro
TERESA VERNAGLIA • BRK Ambiental
THOMAS FELSBERG • Felsberg Advogados Projeto Gráfico e Diagramação
WILSON QUINTELLA • Estre Ambiental Azul Publicidade
COMPANHIAS ASSOCIADAS
SUMÁRIO ABB LTDA FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.
ABGF GALVÃO PARTICIPAÇÕES S.A.
ACCIONA INFRAESTRUCTURAS S.A. GENERAL ELECTRIC ENERGY DO BRASIL S.A.
APRESENTAÇÃO 4 AEGEA SANEAMENTO E PARTICIPAÇÕES S.A. GS INIMA BRASIL LTDA
ALIANÇA NAVEGAÇÃO E LOGÍSTICA LTDA HELENO & FONSECA CONSTRUTÉCNICA S.A.
1.
ALSTOM BRASIL ENERGIA E TRANSPORTE LTDA HOUER CONSULTORIA E CONCESSÕES LTDA
ALUPAR PARTICIPAÇÕES S.A INTERTECHNE CONSULTORES ASSOCIADOS S.C. LTDA
UMA POLÍTICA MACROECONÔMICA VOLTADA PARA O
ANDRITZ HYDRO BRASIL LTDA INVEPAR INVESTS. E PARTS. EM INFRAESTRUTURA S.A.
DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO E CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL 8
AROEIRA SALLES ADVOGADOS ITAZI ENGENHARIA LTDA
ARTERIS S.A. KPMG STRUCTURED FINANCE S.A
1.1 ESTABILIDADE E RETOMADA DO CRESCIMENTO 10 AZEVEDO SETTE ADVOGADOS ASSOCIADOS LCA CONSULTORES
1.2 AJUSTE FISCAL 11 BANCO FATOR S.A. LEITE, TOSTO E BARROS ADVOGADOS ASSOCIADOS
1.3 REFORMA DA PREVIDÊNCIA 13 BARBOSA MELLO PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS S.A MACHADO, MEYER, SANDACZ E OPICE ADVOGADOS
1.4 REFORMA TRIBUTÁRIA 15 BF CAPITAL ASS. EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS LTDA MADRONA ADVOGADOS
BNDES MAGNA ENGENHARIA
1.5 SECURITIZAÇÃO DA DÍVIDA TRIBUTÁRIA 17
BR INFRA GROUP MANESCO, RAMIRES, PERES, SOCIEDADE E ADVOGADOS
1.6 REFORMA DO ESTADO 18
BRK AMBIENTAL MARSH CORRETORA DE SEGUROS LTDA
1.7 DIRETRIZES PARA RETOMADA DA INDÚSTRIA 20 BROOKFIELD BRASIL LTDA MATTOS FILHO ADVOGADOS
2.
CAF BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. MEGATRANZ TRANSPORTES LTDA
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL MOTTA, FERNANDES ROCHA ADVOGADOS
PROPOSTAS MATRICIAIS 22 CAMARGO CORRÊA INFRA CONSTRUÇÕES NATTURIS CONSULTORIA E ASSESSORIA AMBIENTAL
CASCIONE, PULINO, BOULOS & SANTOS – ADVOGADOS NEOENERGIA S.A
CCR – COMPANHIA DE CONCESSÕES RODOVIÁRIAS NUCLEP – NUCLEBRÁS EQUIPAMENTOS PESADOS S.A
2.1 PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO 24
CELEO – REDES BRASIL S.A. PAR RISCOS ESPECIAIS | WIZ SOLUÇÕES
2.2 SEGURANÇA JURÍDICA 26
CEMIG – COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS PATRIA INFRAESTRUTURA GESTÃO DE RECURSOS LTDA
2.3 ESTUDOS E PROJETOS 28
CISA TRADING S.A PAVAN ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES LTDA
2.4 AGÊNCIAS REGULADORAS 29 CITÉLUZ SERVIÇOS DE ILUMINAÇÃO URBANA S.A. PRICEWATERHOUSECOOPERS LTDA
2.5 FINANCIAMENTO E GARANTIAS 30 COMPANHIA PAULISTA DE DESENVOLVIMENTO - CPD PRIMAV CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO S.A.
2.6 MEIO AMBIENTE 32 CONCREMAT ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. PROMON TECNOLOGIA LTDA
2.7 CONTRATAÇÃO PÚBLICA 35 CONSTRUTORA ANDRADE GUTIERREZ S.A. RADAR PPP LTDA
CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT S.A. RUMO S.A
2.8 DESAPROPRIAÇÕES 37
CONSTRUTORA OAS LTDA SABESP – CIA. SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SP
2.9 CONCESSÕES 38
CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO S.A SADENCO ENGENHARIA LTDA
2.10 RELAÇÕES INTERNACIONAIS 41
CONTER CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO S.A. SALINI IMPREGILO SPA
CPFL ENERGIA S.A SANEAMENTO AMBIENTAL ÁGUAS DO BRASIL S.A
CSO AMBIENTAL DE SALTO SPE S.A SETE – SOLUÇÕES E TECNOLOGIA AMBIENTAL LTDA
CTEEP – CIA TRANSM. DE ENERGIA ELÉTRICA PAULISTA SIEMENS LTDA
DDSA ADVOGADOS SILVER SPRING NETWORKS LTDA DO BRASIL
DELOITTE TOUCHE TOHMATSU CONSULTORES LTDA SOLVI PARTICIPAÇÕES S.A.
DELTA COMERCIALIZADORADE ENERGIA LTDA STATE GRID BRAZIL HOLDING S.A
DEMAREST ADVOGADOS SUPER BAC – PROTEÇÃO AMBIENTAL S.A.
DESENVOLVE SÃO PAULO SWISS RE CORPORATE SOLUTIONS BRASIL LTDA
DT ENGENHARIA DE EMPREENDIMENTOS LTDA TAESA – TRANSM. ALIANÇA DE ENERGIA ELÉTRICA S.A.
EDP ENERGIAS DO BRASIL S.A TAROBÁ ENGENHARIA E NEGÓCIOS LTDA.
ELETROBRAS – CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. TAUIL & CHEQUER ADVOGADOS
ELETRONUCLEAR – ELETROBRÁS TERMONUCLEAR S.A TECHNIP FMC
ELETROPAULO METROPOLITANA TENARIS CONFAB
EMAE – EMPRESA METROP.DE AGUAS E ENERGIA S.A TOZZINI, FREIRE, TEIXEIRA E SILVA ADVOGADOS
ENFIL S/A CONTROLE AMBIENTAL TSEA ENERGIA
ENGIE BRASIL PARTICIPAÇÕES LTDA UNA CONSULTORIA ECONÔMICA
ESTRE AMBIENTAL S.A. VLI MULTIMODAL
EY – ERNST&YOUNG ASS. EMPRESARIAL LTDA VOITH HYDRO LTDA
ETEO EMPRESA TRANSMISSÃO DE ENERGIA DO OESTE WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS S.A.
FATOR SEGURADORA
FELSBERG E PEDRETTI CONSULTORES LEGAIS
AGENDA DE PROPOSTAS
PARA A INFRAESTRUTURA