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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS


NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA
CAMPUS V

M.M. JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA -


GOIÁS

ANA PAULA LIMA DE MORAES, brasileira, solteira, estudante, inscrita no


RG sob o n° 1.418.422, SSP/TO e no CPF sob o n° 073.767.281-12, nesta assistida
por sua genitora DALVINA FERNANDES LIMA, brasileira, solteira, domestica,
inscrita no RG sob o n° 5.685.464 SSP/GO e no CPF 624.686.691-34, residente e
domiciliada na Rua Guaporé, quadra 08, lote 23, casa 01, Parque Montreal,
Aparecida de Goiânia – Goiás, CEP 74988-165, fone (62) 99606-2451, por seus
advogados que esta subscreve, com fundamento na Lei nº. 5.478/68 (Lei de
Alimentos), artigos 1.694 e 1.696 do Código Civil, bem como o artigo 229 da
Constituição Federal, vem perante Vossa Excelência propor

AÇÃO DE ALIMENTOS C/C PEDIDO DE FIXAÇÃO DE ALIMENTOS


PROVISÓRIOS

Em face de PEDRO DA SILVA MORAES, brasileiro, solteiro em união


estável, motorista/aposentado, residente e domiciliado na rua quadra 07, lote 18,
Setor Porto Seguro, Goianira – Goiás, CEP: 74366-140, fone: (62) 98528-3197, em
razão dos fatos e fundamentos a seguir expostos:

PRELIMINARMENTE

Cumpre inicialmente destacar que a requerente não possui condições de


arcar com as custas processuais sem prejuízo da do seu sustento e de sua família,
conforme declaração de hipossuficiência anexa, razão pela qual requer os

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benefícios da justiça gratuita, na forma do art. 98 e seguintes do Código de Processo


Civil e do inciso LXXIV do artigo 5º da Constituição Federal.

I DOS FATOS

Conforme comprovado em documentos de identificação pessoal, a autora é


filha legítima do requerido, que realizou o pagamento da obrigação de alimentos até
o mês de outubro de 2019 com o valor de R$ 270,00 e em 05 de fevereiro de 2020
repassou à autora apenas o valor de R$ 100,00, deste modo, ele não cumpriu
regularmente com a obrigação.
A autora cursa 3° ano de ensino médio e atualmente todas as despesas são
custeadas por sua genitora que vem se desdobrando com muita dificuldade para
realizar os gastos da menor com alimentação, vestuário, educação, medicamentos
etc., com a singela quantia mensal de R$ 1.050,00, fruto de seu trabalho como
doméstica.
O requerido possui um veículo modelo “Parati” e boas condições financeiras,
pois trabalha como motorista e também é aposentado pelo INSS, não restando
obscuridades.
Diante disto, não restou outra alternativa a autora senão a propositura da
presente ação, com vistas a ver satisfeito o seu direito e como medida de justiça.

II DO DIREITO

O direito a alimentos está expresso em nossa Constituição Federal, mais


precisamente no seu artigo 229 que versa:

Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e
os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice,
carência ou enfermidade.

A ação de alimentos é regulamentada pelo artigo 2º da Lei de Alimentos e


também está prevista no artigo 1.696 do CC, respectivamente:
Art. 2º. O credor, pessoalmente, ou por intermédio de advogado, dirigir-se-á
ao juiz competente, qualificando-se, e exporá suas necessidades, provando,
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apenas o parentesco ou a obrigação de alimentar do devedor, indicando seu


nome e sobrenome, residência ou local de trabalho, profissão e
naturalidade, quanto ganha aproximadamente ou os recursos de que
dispõe.

Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos,


e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais
próximos em grau, uns em falta de outros.

Mais incisivo ainda é o artigo 1.695 do último diploma legal:

Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem
bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e
aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque no
necessário ao seu sustento.

Acerca do tema, leciona Flávio Tartuce1 (2014, p. 958-961):

O pagamento desses alimentos visa à pacificação social, estando amparado


nos princípios da dignidade da pessoa humana e da solidariedade familiar,
ambos de índole constitucional. No plano conceitual e em sentido amplo, os
alimentos devem compreender as necessidades vitais da pessoa, cujo
objetivo é a manutenção da sua dignidade: a alimentação, a saúde, a
moradia, o vestuário, o lazer, a educação, entre outros. Em suma, os
alimentos devem ser concebidos dentro da ideia de patrimônio mínimo.
[…]
A obrigação alimentar e o correspondente direito aos alimentos têm
características únicas, que os distinguem de todos os outros direitos e
obrigações (obrigação sui generis). Tanto isso é verdade que o
inadimplemento da obrigação de prestar alimentos fundados em vínculo de
Direito de Família (alimentos familiares) possibilita a prisão do devedor (art.
5.º, LXVII, da CF/1988).

Ora, está claro que o dever de prestação de alimentos não é exclusivo da


genitora da autora, mas também do seu pai e óbvio que o requerido deve cumprir
com suas obrigações, de forma a contribuir para que a autora tenha uma qualidade
de vida razoável e dignidade.

III DO MÉRITO

1 DA NECESSIDADE E POSSIBILIDADE

1
TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único. 4. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro:
Forense, 2014.
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A genitora da requerente no momento não possui a condição necessária de


arcar com as despesas que proporcionam uma qualidade de vida justa a sua filha.
Por outro lado, a situação financeira do requerido é, uma vez que além de
ser aposentado também trabalha como motorista. Isso denota a boa condição
financeira que o requerido possui, recebendo aproximadamente a quantia de R$
3.000,00 (três mil reais) mensais, demonstrando total possibilidade de arcar com as
despesas mínimas necessárias a fim de proporcionar uma qualidade de vida digna a
sua filha.

2 DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS

Diante do exposto, mostra-se necessária a fixação de alimentos provisórios


em favor da autora, ante a sua necessidade urgente de obtenção de recursos
financeiros destinados a prover uma justa qualidade de vida.
Por outro lado, está evidente que a nossa legislação protege aquele que
necessita de alimentos. No caso em tela, está demonstrada a filiação da autora, bem
como a necessidade e a possibilidade de pagamentos dos valores pleiteados,
fazendo-se imperiosa a fixação de alimentos provisórios em favor da autora.
Diz assim o artigo 300, caput do CPC:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.

Mais certeiro ainda é o artigo 4º da Lei de Alimentos:

Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios


a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que
deles não necessita.

Logo, a autora tem plena confiança e espera serenamente que Vossa


Excelência, ao analisar a presente inicial, de pronto, defira os alimentos requeridos,
como medida da mais pura e lídima justiça pacificada pela recente jurisprudência do
TJGO:

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APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ALIMENTOS. PEDIDO DE EFEITO


SUSPENSIVO À APELAÇÃO. PEDIDOS FORMULADOS EM
CONTRARRAZÕES. NÃO CONHECIDOS. FILHO MENOR.
NECESSIDADE PRESUMIDA DE ALIMENTOS. ALEGAÇÃO DE
INCAPACIDADE FINANCEIRA DO ALIMENTANTE. ÔNUS DA PROVA DE
QUE NÃO SE EXIMIU O RÉU/APELANTE. 1. Na esteira da jurisprudência
deste Tribunal de Justiça, o pedido de atribuição de efeito suspensivo à
apelação não pode ser conhecido quando não é deduzido adequada e
oportunamente, por meio de petição em apartado (artigo 1.012, §§ 3º e 4º,
do Código de Processo Civil) e porque prejudicado face o julgamento do
recurso. 2. A fixação dos alimentos deve levar em consideração a
necessidade do alimentando e a possibilidade econômica do alimentante, à
luz do princípio da proporcionalidade (inteligência do art. 1.694, §1º, do CC).
No caso, considerando, de um lado, a necessidade do alimentando, filho
menor em idade escolar, e, de outro, a carência de provas quanto à alegada
impossibilidade do alimentante (réu/apelante), é de se manter a verba
alimentar fixada na sentença em 01 (um) salário-mínimo. Apelação cível
desprovida2.

IV DO PEDIDO

Diante do exposto, requer de Vossa Excelência:

a) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita por ser hipossuficiente


na forma lei, não podendo arcar com as despesas processuais sem privar-se do seu
próprio sustento e de sua família.
b) Concessão de alimentos provisórios no valor de R$ 519,50 (quinhentos
e dezenove reais e cinquenta centavos) a serem depositados na conta nº 32572-6,
agência 3596, operação 013, banco Caixa Econômica Federal, em nome da autora.
c) A citação do requerido, para que compareça em audiência de
autocomposição a ser designada por Vossa Excelência, sob pena de confissão
quanto a matéria de fato, podendo contestar dentro do prazo legal sob pena de
sujeitar-se aos efeitos da revelia, conforme artigo 344 do CPC.
d) A intimação do representante do Ministério Público para intervir no
feito, em conformidade com o artigo 178, II do CPC.
e) A procedência da presente ação, condenando-se o requerido na
prestação de alimentos definitivos, na proporção de em R$519,50 (quinhentos e
dezenove reais e cinquenta centavos), equivalente a 50% (cinquenta por cento) do
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TJGO, Apelação (CPC) 5197013-78.2016.8.09.0051, Rel. SIVAL GUERRA PIRES, 2ª Câmara Cível,
julgado em 17/02/2020, DJe de 17/02/2020.

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salário mínimo vigente, a ser depositado na conta nº 32572-6, agência 3596,


operação 013, banco Caixa Econômica Federal, em nome da autora, até o dia 10 de
cada mês.
f) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova, em especial as
testemunhais e documentais, bem como todas aquelas necessárias à obtenção da
justiça.
Dá-se a causa o valor de R$ 6.234,00 (seis mil duzentos e trinta e quatro
reais) para efeitos fiscais.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Goiânia-Go, 18 de fevereiro de 2020.

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Gilvan de Barros Pinangé Neto
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OAB/GO 0000

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Laryssa Barbosa Cândida da Rocha
OAB/GO 0000

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Renan de Sousa Bernardino
OAB/GO 0000

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