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Discurso de formatura – Estradas 2007/1 – 07/12/2010

Boa noite a todos presentes.


Gostaria de agradecer a presença de nossos convidados: pais, demais
familiares, amigos e professores, a quem devemos gratidão pelo apoio e pelo
incentivo antes e durante o curso.
Cumprimento também aos presentes à mesa, em especial ao professor José
Cândido Rifan Sueth, nosso paraninfo, que muito nos alegrou durante o tempo
que estivemos juntos. Extremamente inteligente, simpático e agradável,
mostrou-nos como é fácil aprender história de forma prazerosa. No meio do
ano (final do primeiro semestre) pedimos ao senhor que nos desse aula neste
último semestre e assim foi. Gostaríamos de poder pedir que nos dê aula
semestre que vem...
E ao professor Leivingston Jansen, eterno titã, que compartilhou conosco sua
experiência profissional e de ex-aluno. Nós também torcemos por você!
Há mais ou menos quatro anos atrás, quando entramos no CEFETES, nossa
primeira aula foi aqui no teatro, onde recebemos as boas vindas. Disseram-nos
que entrar foi fácil, difícil seria sair formado. Verdade. Parabenizo aos meus
amigos da turma V15 e da N39. Nós conseguimos!
O ensino integrado de hoje é intransigente: só ganha diploma se concluir todo o
curso. Pouca gente entrou querendo realmente fazer estradas ou curso técnico
que fosse. Mas são raros os que não gostaram daqui. Não há como resistir aos
encantos do CEFETES. A galera foi ficando, ficando, quando viu foi agora às
oito horas ao entrar no teatro.
Éramos calouros, não sabíamos o que seria de nós nem o que estávamos
fazendo aqui. Para começar, por que escolhemos estradas e o que o técnico
de estradas faz? Perguntas sem respostas decentes. Pelo menos não era
eletrotécnica...
Por muito tempo a rixa entre estradas e eletrotécnica persistiu. Nós da 3ª turma
de integrado vivemos bem isso. Diziam: “‘vocês cozinham terra, vão dirigir
transcol e tapar buraco”. Mas qual é a graça de apertar botões e não ver o que
se passa na linha de transmissão? Pelo menos, nós estradeiros ligamos
pessoas, movimentamos a economia e vemos isso. Porém, somos todos
alunos da Escola Técnica!
Apesar de sermos uma turma divida e cheia de personalidade, divertimo-nos
muito. Seja dentro de seu grupo ou fora, vivemos e aprendemos coisas
incríveis aqui. Como, por exemplo, que a reverberação atrapalha a aula,
porque nossa voz ricocheteia na parede ou que fazer moléculas com as mãos
causa a perda do fio da meada. Não é mal negócio fazer atividades paralelas
dentro e fora da sala de aula, desde que não seja barra, porque barra não
pode. Jogar tíbia também não pode.
Quando algum professor saia de sala no meio da prova, de duas, uma: ou foi
comprar uma pipoca do tio Anysio ou não... Mas o importante mesmo é
emagrecer, porque certas comidas causam demência, ataque cardíaco,
flatulências e toda sorte de azares. Depois de cinco voltas no gramado e aula
teórica do que não se pode comer, é realmente difícil sair vivo.
Há no CEFETES professores lendários que estavam aqui antes da primeira
coluna ser erguida no mangue. Um deles nos ensinou que para atravessar o
tempo basta pegar um ônibus transcol. Fazer o polegar girar no próprio eixo
pode ser assustador e impor muito medo.
Uma coisa que até hoje não entendi é porque nos dizem que somos uma das
melhores turmas. Após cada conselho de classe, sempre ouvimos isso de
nossos professores, que diziam, talvez por educação, “vocês falam muito, mas
são esforçados”. Falar é conosco mesmo, não é meninas. Façamos um acordo
de cavalheiros, pessoal.
Aprendemos como fazer um trabalho dar certo, mesmo quando as contas não
batessem. Quantas vezes fizemos algumas alterações nos cálculos de
laboratório, topografia... Ora, ajustes. Importa fazer o ensaio, não é mesmo? O
CEFETES também ensina a sobreviver em meio à pressão. Trabalhos, provas
e aulas de final de período significaram noites sem dormir, dias sem almoço e
uma avalanche de apreensão e nervosismo.
Uma das coisas mais legais de fazer estradas é a parte prática. Desenhar no
AutoCAD, fazer sujeira no laboratório, aguardar ansiosamente a chama do
ponto de fulgor que nunca vem, ficar surdo com abrasão los angeles ou se
sujar todo com as peneiras. Nada como um ensaio de granulometria para
aliviar a tensão.
De certa forma, “tudo que passamos aqui”, para efeito de amizade, vai ficar
guardado. Dizem que somos a elite capixaba e que daqui sairão futuros
governadores, secretários e quem sabe ministros e presidentes! Não posso ter
certeza disso, mas de uma coisa eu tenho: sairão grandes amigos, parceiros
de profissão e sócios. E futuros professores de estradas. O CEFETES é um
lugar de acontecimentos. As saídas, as viagens, as brigas, os casos, as
brincadeiras, a padaria, o bigode, os excessos, as dificuldades, as lembranças
de fim de período e dos trabalhos técnicos, nada, absolutamente nada ficará
em vão.
Despedimo-nos da nossa eterna “escola”. Das vezes que conversei com ex-
alunos sempre percebi o tom nostálgico e o olhar brilhando. Não dá para
esquecer. Lá na frente irão nos perguntar e diremos: “foram os melhores anos
da minha vida”. O tempo não volta mais. Agora pode parecer que não. Mas ano
que vem, em fevereiro, o ano já vai ter começado, mas ficará um vácuo.
Quanto mais o tempo passar, maior será a saudade, tanto das coisas feitas
quanto das não feitas.
Agradecemos ao IFES pelos últimos quatro anos de nossas vidas e por tudo
que falei aqui. Entramos quando era CEFETES, com poucas unidades. Hoje é
IFES e são várias unidades espalhadas por todo o estado. A escola cresceu a
passos largos em unidades, cursos e vagas. Lá no pátio central, no mural dos
101 anos da escola, há um mosaico de fotos. Uma delas é de 1986, da
implantação do curso técnico de Estradas. Nela há um cartaz, com uma
motoniveladora antiga, que diz: “Salve o Curso Técnico de Estradas”. Assim,
nós que vamos, como bons filhos, pedimos maior zelo ao curso de estradas.
“Salve o Curso Técnico de Estradas”!
Desejo a cada um de nós um futuro brilhante, desde o que pretende trabalhar
como técnico ao que não, do que fará engenharia ao que fará relações
internacionais, arquitetura e direito. Saímos do IFES sabendo um pouco do que
é projetar, construir, operar e manter rodovias. Aprendemos que o caminho
pela perpendicular é sempre o mais dispendioso, então não importam os
retornos e as curvas que você faça, pois em algum momento você chegará lá,
basta que continue seguindo em frente. “Essa estrada vai passar pela vila da
boa esperança, vai cruzar o município dos homens de vontade, vai fazer da
certeza o seu arraial e na cidade dos jovens sem medo fará seu ponto final”.
Partimos para uma nova etapa de nossas vidas hoje. Aqui é o ponto A, lá trás
está a ré. Até onde vai a sua visada? Para nós não há limites. Torço por todos
vocês! Valeu!

Alberto Frederico Salume Costa


Orador da turma V15 – 2007/1

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