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APRENDENDO SOBRE O PERDÃO - Mateus 18: 21-35

O capítulo 18 de Mateus é muito instrutivo e bem prático. Já aprendemos que para entrar no reino devemos
nos espelhar nas crianças, a partir das crianças aprendemos também que não devemos ser motivo de tropeço para
nenhum cristão, pois, cada cristão tem sua importância diante de Deus. Contudo, mesmo com sua importância o
cristão não está livre e nem isento da disciplina, sendo que a restauração é o objetivo maior.
O perdão é uma grande virtude, é a chave para a unidade da igreja, para relacionamentos significativos. É
o que constantemente derruba as barreiras que tentam através do pecado serem construídas para nos separar umas
das outras, nos isolar, nos tornar amargos, zangados e vingativos. Ef 4:32; Cl 3.13
Nosso Senhor acaba de concluir uma seção sobre disciplinar os pecadores. E ele segue com uma seção
sobre perdoá-los. Primeiro de tudo, no versículo 21, a investigação sobre perdão. Depois de toda a discussão sobre
disciplina e como devemos confrontar o pecador, repreendê-lo e restaurá-lo, Pedro fez uma pergunta.

“Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?”
Pedro, pois, compreende que deve perdoar o irmão que pecou contra ele, isto é, que deve tomar a iniciativa
de procurar uma completa reconciliação; mas, quantas vezes deve revelar essa atitude compassiva, essa disposição
de doce racionalidade? Deve perdoar "até sete vezes”?
Por causa de textos como Amós 1.3,6 e Jó 33.29 os judeus concluíram, então, que uma pessoa poderia ser
perdoada até três vezes. O rabino José Ben Hanina dizia: "Aquele que roga a seu vizinho que o perdoe não deve
fazê-lo mais de três vezes." O rabino José Ben Jehuda dizia: "Se alguém cometer uma ofensa uma vez, perdoem-
no, se cometer uma ofensa pela segunda vez, perdoem-no, se cometer uma ofensa pela terceira vez, perdoem-no,
se a cometer pela quarta vez, não o perdoem." (BARCLAY)
Fica subentendido que Pedro está se mostrando generoso, magnânimo. Ele está excedendo e muito o que
os rabinos daquela época ensinavam. Por sua resposta percebemos que os anos de convivência com Jesus tiveram
algum impacto sobre ele. Sem dúvida Pedro captou o espírito misericordioso, generoso, gracioso, gentil e
perdoador de Jesus. E é por isso que ele sabia que Jesus iria muito além, pelo menos duas vezes e uma vez, da
tradição de seu próprio povo. Então ele viu que Jesus certamente amaria e perdoaria de uma maneira além do tipo
restrito de limites do judaísmo.

“Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete...”
Pedro pensava que estava indo muito longe porque toma as três vezes rabínicas, multiplica-as por dois,
adiciona uma e sugere, muito satisfeito consigo mesmo, que bastará perdoar sete vezes. Jesus apenas pega o
número de Pedro e o multiplica por dez e por sete novamente. Ele apenas brinca com o número que Pedro sugeriu
e realmente está dizendo que não há limite para isso.
Ele faz isso para mostrar que o espírito do genuíno perdão não conhece fronteiras. É um estado de coração,
não matéria de cálculo. Qualquer leitor sente imediatamente que quando Jesus disse: “até setenta vezes sete”, ele
não quis dizer “exatamente quatrocentos e noventa vezes, mas não quatrocentos e noventa e uma vezes”.
Obviamente, o que ele quis dizer foi: “Perdoe sem jamais cessar. Seja magnânimo para com seu irmão... sempre.”
(Lc 17.3,4)
Oswald Sanders disse: “Jesus lida conosco como lidamos com os outros. Ele nos mede pelo critério que
usamos nos outros. A oração não é ‘Perdoa-nos para que perdoemos aos outros’, mas ‘perdoa-nos as nossas
dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores’. O perdoar, então, é básico para ser perdoado”.

“Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos...”
Os que vivem no reino servem a um grande rei que, invariavelmente, perdoa muito mais do que eles
jamais perdoarão uns aos outros. Portanto, não perdoar exclui o indivíduo do reino, cujo padrão é perdoar.
Em um grande império colonial, a designação “servos” (douloi, lit., “escravos”) pode incluir servos civis
de alta categoria, pois o valor da dívida é astronômico (v. 24), o que não seria comum para um escravo de “casa”.
Aqui os servos chamados a prestar contas certamente são os governadores provinciais que serviam ao rei
governando certas áreas do seu reino. Principalmente, isso se resumia à cobrança de impostos, que seriam
entregues ao rei para o apoio de todo o reino e para o tesouro real. Todavia, Jesus pode estar apenas usando de
exagero para tornar claro o quanto os herdeiros do reino foram realmente perdoados.
Deus criou o homem e o colocou na terra, Ele deu ao homem domínio sobre a terra. Ele fez do homem
um mordomo de tudo o que possui. Ao homem tudo foi confiado como tesouro dado por Deus. Sua própria vida
e respiração são um presente de Deus. Riquezas, talento, capacidade, potencial, etc., tudo vem de Deus para o
homem.
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E é por isso que no versículo 23 diz que o rei resolveu ajustar contas. Devemos atentar que o ajuste de
contas aqui não é um ajuste final, definitivo. Parece mais uma contabilidade anual, algum período em que o rei
queira fazer um inventário, talvez a cada ano ou a cada dois anos, ou a cada semestre, esses governadores
provinciais tiveram que trazer para ele todos os impostos que haviam coletado. Eles tiveram que dar ao rei e seu
reino no tesouro real a porcentagem adequada e manter para si mesmos em sua própria operação o que era justo
para eles.
Desta forma, podemos entender que Deus chama os homens a prestar contas de suas vidas.
Periodicamente, porém, através do fluxo da vida, como os homens possuem em suas mãos a mordomia das coisas
que Deus possui, eles são chamados a prestar contas de suas vidas. E haverá muitos relatos desse tipo antes que
o veredito final do julgamento seja proferido no grande trono branco.

“...trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos...”


Trouxeram no texto original nos dá a ideia de que houve força empenhada para que este servo viesse
diante de seu senhor. Ele nunca teria vindo se não tivesse sido trazido. Por que ele gostaria de ser descoberto
como um fraudador? Ele nunca teria aparecido, mas foi trazido. E a dívida dele é de "dez mil talentos". Esse
governador provincial da parábola devia dez mil talentos, uma quantia astronômica, impagável.
Apesar de muitas divergências e algumas dificuldades em precisar o montante da dívida, visto que o
“talento” tinha peso diferente em diferentes regiões e em diferentes épocas, podemos ter uma noção dessa quantia:
Segundo Barclay, nos dias de Jesus a receita (impostos) recolhida anualmente pelo Império na Idumeia,
Judeia e Samaria era ao todo cerca de 600 talentos. A receita total coletada da Galileia (região mais rica e
desenvolvida na época) era de 300 talentos.
A rainha de Sabá, ao visitar Salomão, e querendo dar-lhe um presente que fosse proporcional à sua incrível
riqueza, lhe deu 120 talentos (1 Reis 10:10)
Todo o ouro usado na construção do tabernáculo nos dias de Moisés, pesava pouco mais de 29 talentos
(Ex 38.24)
Há quem tente converter os talentos aqui mencionados para moedas modernas (dólar, principalmente).
Todo esforço realizado não é suficiente para precisar tal valor. Há quem fale sobre uma dívida entre 12 e 300
milhões de dólares, outros chegam a casa do bilhão. Tentando nos ajudar a entender a situação crítica deste
homem, naquele tempo um talento equivalia a seis mil denários, cada trabalhador ganhava 1 denário por dia
trabalhado - pensando numa semana de 6 dias trabalhados, o trabalhador comum precisaria de 6 mil semanas (+
ou - 115 anos) para ganhar 1 talento. A dívida no momento era de 10 mil talentos (60 milhões de semanas, + ou
- 1.153.846 de anos).
Esse homem, porém, já deve ao rei dez mil! Como foi que ele chegou a dever uma soma tão grande?
Vinha-se apoderando do tesouro real, ou seja, do dinheiro do tributo coletado das províncias e que deveria ter
sido guardado em um lugar seguro até que o rei o pedisse? Teria usado para seus propósitos pessoais e esbanjando
vastas quantias coletadas ao longo de muitos anos? A parábola não responde essa pergunta. E sem dúvida é sem
importância. O âmago da questão é este: quando compareceu perante o rei, ele não tinha dinheiro; na verdade, ele
estava sobrecarregado com uma dívida de não menos que dez mil talentos!
Pensemos sobre isso, porque essa é realmente uma verdade profunda. Este é o nosso pecado, pessoal. É
disso que Ele está falando. Somos levados diante de Deus em um momento de convicção e somos confrontados
com o fato de que nosso pecado é inestimável. É incalculável. Não podia nem ser contado. Não pode nem ser
numerado em seu volume. A soma do nosso pecado está além da compreensão. Rm 7:13

“Não tendo ele, porém, com que pagar...”


Esta circunstância mais terrível que possamos imaginar - seu senhor ordenou que ele fosse vendido, e sua
esposa, filhos e tudo o que ele tinha para que o pagamento fosse feito. Carson nos diz que essa dívida não poderia
ser coberta com a venda da família como escravos; o preço máximo de um escravo chegava a cerca de um talento.
As palavras usadas no original (pagar, pagamento) indicam que o devedor precisa “devolver" o que
precisa: deve quitar completamente sua obrigação. Naturalmente, tal coisa era realmente impossível. A quantia
que devia ser devolvida aos cofres reais, o produto total da venda, seria apenas como uma gota no balde. Tão
imensurável era a dívida!
Detalhe importante para nós é que o servo devedor não chama seu senhor de injusto, ou malvado, apesar
da punição severa o rei está em seu direito de pelo menos reaver parte do dinheiro devido. Não há queixa. O
homem não reclamou. Ele não implora por justiça. Na verdade as vendas prometidas são ainda melhores que a
justiça, porque a dívida não pode ser paga.
O que a parábola está dizendo é que a dívida do homem com Deus era impagável. A glória roubada de
Deus nunca poderia ser devolvida a Ele. Assim como a dívida não seria quitada com a venta de todos e de tudo,
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a eternidade no inferno não paga toda a dívida que os homens têm com Deus, mas, eles vão passar a eternidade
lá pagando o máximo que puderem. E quando as pessoas são enviadas para o inferno, é justo, porque Deus é um
Deus justo que diz que o pecado é uma dívida impagável. A falência total de todo filho de Adão torna impossível
para ele pagar a dívida que ele deve a Deus.

“Então, o servo, prostrando-se reverente...”


O servo se vê completamente fulminado ao compreender a gravidade do castigo iminente. Ele não nega
que deve a vultosa quantia, tampouco tenta explicar como chegou a esse terrível estado. Provavelmente estava
bem consciente do fato de que as desculpas seriam inúteis. É importante notar que ele não propôs amortecer sua
dívida. Ele cai, esmagado, quebrado, prostrado, humilde. Ele estava na atitude certa, a atitude em que Deus quer
que os homens estejam quando os convence do pecado.
Ele se prostra diante do rei, quem sabe beijando seus pés ou suas mãos e pede clemencia, misericórdia.
Ele está exatamente no ponto em que Deus quer trazer todo homem: em seu rosto, no pó, como o publicano
batendo no peito, dizendo: “Senhor, seja misericordioso comigo, um pecador. Tenho uma dívida que não posso
pagar. Eu tenho uma montanha de pecado que nunca pode ser eliminada. Enfrento uma eternidade do inferno e
uma eternidade do inferno de incapacidade”. MacArthur
Contudo, sabemos que este servo não conseguiria de forma nenhuma quitar seu débito. Como ele planeja
pagar tudo? Está ele disposto a trabalhar para pagar? Uma olhada na humanidade nos ajuda a entender o plano do
servo devedor - “eu posso melhorar”, “posso fazer melhor do que fiz até hoje”, “vou virar a página na minha
vida”. Ele admitiu seu pecado. Ele viu a perda de sua condição, e ele realmente não entende muito bem como a
dívida poderia ser paga, e então ele apenas diz: “Apenas me dê uma chance. Eu farei o melhor que puder”, “eu
quero ser diferente”, “sinto muito pelo que fiz”. A atitude do coração está correta. Só que ele ainda não entende
a graça do perdão.
“Antes que o rei o levasse a prestar contas, ele não tinha consciência, não sentia a dívida e teria dado
certo, assumiu mais dívidas e não se importava com isso. Mas agora que o rei conta com ele, ele começa a sentir
a dívida. Então, isso é conosco. A maior parte não se preocupa com o pecado, mas continua com segurança, não
teme a ira de Deus. Essas pessoas não podem obter o perdão do pecado, pois não percebem que têm pecado.
Dizem de fato com a boca que têm pecado, mas se levassem a sério, falariam de outra maneira. Este servo
também diz antes que o rei calcule com ele: 'devo muito ao meu Senhor', mas ele segue em frente e até sorri.
Mas agora que o acerto de contas é realizado e seu senhor ordena que ele, sua esposa e seus filhos e tudo
sejam vendidos, ele sente o peso de sua dívida. E assim também nos sentimos seriamente quando nossos pecados
são revelados, quando o registro de nossas dívidas é mantido diante de nós e então o riso para. E então
exclamamos: 'Eu sou o homem mais miserável. Não há ninguém tão infeliz quanto eu na terra. Esse conhecimento
faz um homem realmente humilde, trabalha em contrição, para que alguém possa chegar ao perdão dos
pecados.” Martinho Lutero

“E o senhor daquele servo, compadecendo-se...”


O rei perdoou uma dívida absolutamente impagável num momento de compaixão pelo devedor. Ele o
soltou. O que isso significa? Ele o libertou da obrigação. Ele o libertou da dívida. Por que ele fez isso? Ele foi
movido com o que? Compaixão. E de onde vem a compaixão? Vem do amor. Esse rei por acaso amava aquele
servo, como Deus ama todos os homens.
E quando ele o viu em uma situação em que não havia remédio, isso não mudou seu amor. E mesmo que
a dívida tenha sido contra ele, e mesmo que ele tenha sido violado, e mesmo que seu reino tenha sido roubado, e
mesmo que ele tenha pessoalmente sofrido o dano, ele ainda o perdoou.
A forma como a situação é tratada no verso 27 é muito interessante, desde o verso 23 a dívida é dívida
mesmo - conta ser paga, débito a ser quitado. Contudo, no 27, no momento do perdão, a dívida é tratada como
um “empréstimo”, que foi cancelado. O que o servo fez para merecer isso?" Nada.
Sabemos como obter o perdão de Deus? Você sabe como recebe o perdão de Deus? Nos chegamos a
Deus com o coração partido por causa da nossa total pecaminosidade, sabendo que nunca poderíamos pagar a
dívida, clamando a Deus por misericórdia e paciência numa situação terrível, e enfrentando o julgamento eterno
e dizendo: "Senhor, tem misericórdia". E no meio desse quebrantamento Deus vem em Sua terna graça perdoadora
e bondade amorosa e perdoa nossa dívida. Deus perdoará, mas Ele também fará com que o pecador saiba o que e
quanto é perdoado. Is 1.18
A parábola de Lucas 15.11-31 ilustra bem a grandeza do amor e magnanimidade do perdão de Deus, após
o filho mais novo (o pecador) gastar tudo que receber de herança do pai e ir trabalhar cuidando de porcos, caiu
em si e planejou sua volta - se oferecer para trabalhar para o pai, sem contato familiar. Na sua volta ele está
quebrado e humilhado, ele desperdiçou tudo. Ele não tinha nada com o que pagar. Ele nunca poderia devolver ao
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pai o que lhe devia, o que lhe era devido. O pai, entretanto, teve compaixão dele, correu ao seu encontro sequer
ouviu a proposta do filho - o abraça, o beija, lhe dá vestes novas, anel, sandálias e uma festa de boas-vindas.
Talvez não pensemos muito nisso, mas, a maior humilhação quem sofreu foi o pai, que foi morto no coração de
seu filho quando de sua saída, e ainda o recebe com a dignidade de filho em seu retorno.

“Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários...”
O mesmo servo que experimentara tão portentosa misericórdia, ao sair da presença do rei encontra um
conservo que lhe devia cem denários. Em comparação com a grande dívida mencionada anteriormente, esta era
uma mera bagatela.
E preciso notar que ele começou essa crueldade agarrando pela garganta, etc., antes mesmo de falar com
seu conservo. Então lhe disse: Pague-me tudo o que você me deve
Quando esse homem esqueceu o que havia sido perdoado? Quando ele esqueceu a compaixão de seu
Senhor? “O mesmo servo” - e enfatiza “o mesmo servo que acabara de ser” - "perdoado". O mesmo perdoado,
“saiu e encontrou” - em outras palavras, a ideia é que ele estava procurando alguém. Não foi um incidente que
ele não esperava. Ele estava lá fora procurando por esse sujeito. E quem foi? Observe: “um de seus companheiros
de comunhão”, “companheiro”.
E assim o Senhor leva a parábola para a família daqueles que são companheiros em Cristo, que estão na
comunhão. É usado de maneira consistente no restante da parábola nas quatro vezes em que aparece. Então, ele
encontra outro servo, não apenas outro servo em algum lugar do mundo, mas alguém que serve o mesmo rei,
aquele que é servo. E isso pode ser visto como um termo para identificar os crentes nessa parábola.
Pode ter sido que ele era um governador da província e esse cara era um de seus cobradores de impostos
locais, mas ambos serviram ao mesmo rei. E o que acontece é realmente absurdo. Está além da crença. Ele vai,
encontra o sujeito, coloca as mãos nele, pega-o pela garganta, literalmente o grego diz "ele foi sufocando-o" e
dizendo: "Pague-me o que você me deve".
Há quem diga que este homem não é um cristão verdadeiro, entretanto, como pode ele ter sido perdoado,
não sendo um cristão verdadeiro? Se ele não era cristão de verdade a parábola não tem nenhum sentido,
significado. Não esperamos que ele perdoe se não for perdoado. Não esperamos que ele aja como Deus, se ele
não tiver Deus em seu coração. Não esperamos que ele faça o que Deus fez se não souber que Deus fez isso ou
se Deus não fez isso.
Se o perdão dele não era genuíno, o resto da parábola não significa nada. Não é uma parábola sobre
salvação genuína. É uma parábola sobre perdão e validade do perdão, e um crente perdoando outro. E o que torna
a parábola tão poderosa, tão dramática, é que o sujeito foi realmente perdoado. Ele é realmente salvo. E ele coloca
as mãos no seu companheiro e começa a sufocá-lo.

“Sê paciente comigo, e te pagarei...”


Isso soa familiar? Esse é o mesmo discurso no versículo 26. O servo recebeu de volta o mesmo pedido
que fez ao seu senhor, como se isso pudesse mudar sua mente um pouco. Não é a mesma coisa que você estava
implorando quando defendia uma quantia insuperável e impagável? E você estava implorando ao rei para deixá-
lo fora do gancho, e agora um cara lhe deve 100 denários (100 dias de trabalho, ou pouco mais de 3 meses de
trabalho) e você o está estrangulando?
Mesmo as palavras familiares ecoando em seus ouvidos não conseguem encontrar uma resposta em seu
coração. E o conservo está implorando. O texto não diz que este conservo está em adoração, ele está realmente
suplicando diante de outra pessoa que tenha um pouco de paciência. E a dívida certamente não estava além das
possibilidades de pagamento como era a anterior.
Comparado com nossos pecados contra Deus, nossos pecados uns contra os outros - nossos insignificantes
- nossa dívida é impagável. As outras dívidas contraídas com as pessoas são facilmente pagáveis. Mas o ponto é
quando recebemos perdão tão vasto, tão abrangente, tão abrangente, como podemos ser tão pequenos que não
perdoamos os outros? Como igreja devemos nos acostumar a perdoar uns aos outros. Mas, há igrejas que
“nasceram” justamente da falta de perdão.
Em vista da pequenez da dívida, não lhe era legalmente permitido vender seu conservo como escravo,
mas lhe era legalmente permitido sentenciá-lo à prisão e trabalhos forçados, para liquidar a dívida
O primeiro servo experimentou a misericórdia de seu senhor, mas, não teve misericórdia de seu
companheiro. Ele foi perdoado, mas, não perdoou, foi amado, mas, não amou. Os maiores pecados que um homem
comete contra outro não são nada. Eles são como trocados, comparados aos pecados cometidos contra Deus. E
Deus perdoa a todos. O ponto principal do versículo é que ele não perdoaria.
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“Vendo os seus companheiros o que se havia passado...”


Havia um servo que não perdoava, e havia servos que lamentavam por isso. Esse é o tipo de atitude
majoritária daqueles que foram perdoados. Eles são perdoadores. O outro é uma espécie de caso isolado daqui
para lá, mas a normalidade, a comunhão do povo perdoado de Deus é que eles estão preocupados em ser
perdoadores. E então aqui você tem o resto das pessoas que se arrependem disso porque sabem o que foram
perdoadas, e sabem o padrão que Deus estabeleceu, e sabem como Deus deseja o perdão, e entendem a santidade
de Deus, e eles entendem a unidade de Sua família,
O texto diz que eles se entristeceram muito (excessivamente, violentamente entristecido". Eles estão muito
angustiados, e isso é uma coisa bonita quando os cristãos se preocupam com o pecado de outro cristão. Eles estão
sofrendo violenta e excessivamente com isso, porque há uma falta de resposta à lei de Deus, e à vontade de Deus,
e à maneira de Deus que está atrapalhando a comunhão.

“Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me
suplicaste”
O original é muito enfático. Põe as palavras, “aquela dívida toda”, bem no início do que vem depois de
“servo perverso”. Isso reproduz a ênfase melhor do que fazem as traduções que desconsideram a ordem das
palavras. E assim se destaca a imensidade da dívida, e também o extraordinário caráter da generosidade que se
revelara, bem como a vileza da recusa do primeiro servo de permitir que esse nobre espírito governasse suas
ações.
O dever desse homem era não só viver cheio de perene gratidão, mas também deixar que a misericórdia
de seu senhor, da qual ele, o servo, fora o beneficiário, fosse e continuasse sendo um padrão ou exemplo de seu
próprio sentimento e conduta para com seu conservo.
O extraordinário caráter da descrição é também realçado pelo uso contrastado dos pronomes pessoais
pronunciados; literalmente: perdoei a você quando você suplicou a mim. Não devia você também ter tido
misericórdia de seu conservo, assim como eu de você tive misericórdia?” No original, como nas traduções, a
pergunta é de tal modo construída que a resposta que se espera é “Sim”.
Ao ouvir o que havia ocorrido, o rei, cheio de justa indignação, revoga sua clemência anterior. O castigo
ordenado no versículo 25 é agora executado. Além disso, o servo inclemente é entregue aos “verdugos'', termo
que ocorre só aqui em todo o Novo Testamento. Eles eram oficiais designados pelos tribunais para torturarem os
que haviam cometido crimes atrozes. (Apocalipse 9.5; 18.7). As palavras, “até que pagasse toda a dívida”,
definitivamente implicam: “O que jamais poderá se concretizar.”

Essa é a coisa mais libertadora que existe. É totalmente libertador. Alguém te deve algo. Eles fizeram algo
para machucá-lo. Eles fizeram algo para irritar você. Eles te ofenderam, disseram algo sobre você que não era
verdade, disseram algo sobre sua esposa que não era verdade, ou seu marido, ou seus filhos, ou o que for, e
fizeram algo para machucá-lo e ofendê-lo . E eles talvez tenham feito algo para defraudá-lo economicamente, ou
em termos de propriedade, ou qualquer outra coisa, e você deixará a coisa queimar em você ou você receberá o
que é devido. Não. Apenas tenha compaixão. Eles são fracos. (Gl 6.1)

Conclusão
Duas coisas se destacam nesta parábola. Primeiro, devemos perdoar - razão positiva - porque fomos - O
quê? - muito perdoados. Razão negativa, devemos perdoar, porque se não o fizermos, seremos castigados.
Essa é a parábola. Você deve ver o quanto foi perdoado. Podemos permanecer orando pela unidade do
Espírito e pelo vínculo de paz, mas experimentaremos isso quando aprendermos a perdoar, não é?
Três estágios no perdão. Etapa um, sofrimento. O sofrimento cria a condição que traz a necessidade de
perdão. Alguém faz algo para machucá-lo, você sofre, fica ofendido, machucado. Segundo, cirurgia. Aqui está a
resposta interna em que o perdão deles realiza uma cirurgia espiritual em sua memória, exatamente como Deus
fez, que não se lembra mais dos nossos pecados. Claro que você sofreu, e agora você fará uma cirurgia e cortará
da sua mente todas essas coisas. E você faz isso pelo poder de Deus e pela meditação sobre Seu perdão. Terceiro,
começando de novo. O perdão é completo quando pessoas separadas e distantes são totalmente reconciliadas.
Agora, quando você perdoa, isso não significa que você esqueça. Nossas mentes ficam muito tempo, não
é? Isso significa que você encerra o ciclo de dor e restaura o relacionamento. É disso que nosso Senhor está atrás.
Somos filhos amados. Entramos como crianças, temos que ser tratados como crianças, protegidos como crianças,
disciplinados como crianças, e precisamos perdoar um ao outro, porque somos apenas humanos. E se somos uma
sociedade de perdoar pessoas, seremos tão diferentes do mundo, não é?
"Aquele que não pode perdoar os outros quebra a ponte sobre a qual ele próprio deve passar". Lorde
Herbert

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