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E CONTROLE JURISDICIONAL
1
2
FRANCISCO ANTONIO DE OLIVEIRA
MANDADO DE SEGURANÇA
E CONTROLE JURISDICIONAL
4ª edição
3
R
EDITORA LTDA.
Todos os direitos reservados
Bibliografia
CDU-347.98(81)
-347.919.6(81)
12-11706 -347.919.6
Índices para catálogo sistemático:
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6
SUMÁRIO
2. GENERALIDADES .................................................................................................... 26
2.1. Objeto do mandado de segurança ....................................................................... 26
2.1.1. Da lei em tese ............................................................................................ 26
2.1.2. Lei auto aplicável ...................................................................................... 27
2.1.3. Coisa julgada ............................................................................................. 28
2.1.4. Atos insuscetíveis de correção judicial ..................................................... 30
2.1.4.1. Atos políticos: índole discricionária ............................................ 31
2.1.4.2. Atos legislativos ........................................................................... 31
2.1.4.3. Atos políticos: definição .............................................................. 31
2.1.4.4. Atos interna corporis ..................................................................... 32
2.1.4.5. Atos normativos ........................................................................... 33
2.2. Ato disciplinar ..................................................................................................... 33
2.3. Natureza jurídica ................................................................................................ 36
2.4. Princípio da legalidade ....................................................................................... 38
2.5. Pressupostos processuais e as condições da ação ............................................... 38
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2.6. Jus postulandi no mandado de segurança ............................................................ 40
2.7. Mandado de segurança e a inconstitucionalidade da lei .................................... 40
2.8. Pontos comuns e divergentes entre o mandado de segurança e a ação cautelar ... 41
2.9. Mandado de segurança e a ação popular ............................................................ 42
2.10. Mandado de segurança: suspensivo preventivo ................................................ 42
2.11. Ação civil pública .............................................................................................. 43
8
4.9. Autarquias ........................................................................................................... 78
4.10. Atos interna corporis .......................................................................................... 80
6. COMPETÊNCIA ....................................................................................................... 99
6.1. Critérios utilizados ............................................................................................. 99
6.2. Erro na indicação da autoridade coatora ........................................................... 100
6.3. Competência para o writ na Constituição de 1988 ............................................ 102
6.4. Competência delegada ........................................................................................ 104
6.5. Órgão colegiado e juiz natural ............................................................................ 105
6.6. Ato complexo ...................................................................................................... 106
6.7. Ato composto ...................................................................................................... 107
6.8. Avocação e responsabilidade .............................................................................. 109
6.9. Intervenção .......................................................................................................... 110
6.10. Varas Privativas das Fazendas Públicas ............................................................ 110
6.11. Prevenção .......................................................................................................... 111
6.12. Existência nos polos ativo e passivo do writ de autoridades estadual e federal .... 111
6.13. Atos de Ministro de Estado e do STJ ................................................................. 114
6.14. Atos do Tribunal Regional Federal e dos juízes federais .................................. 114
6.15. Atos de autoridade federal em geral ................................................................. 114
6.16. Atos de autoridades eleitorais ........................................................................... 114
6.17. Das seções de dissídios individuais em sede regional ...................................... 114
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7.2. Notificação .......................................................................................................... 117
7.3. Informações ........................................................................................................ 117
7.3.1. Documentos ............................................................................................ 118
7.4. Ausência de informações (defesa) ...................................................................... 119
7.5. Uso da precatória ................................................................................................ 121
7.6. Necessidade de advogado ................................................................................... 121
7.7. Instrução probatória ........................................................................................... 122
7.8. Modalidades de mandamus ................................................................................. 123
7.8.1. Mandado de segurança preventivo: resistências ..................................... 125
7.9. Partes ................................................................................................................... 126
7.9.1. Litisconsórcio ......................................................................................... 129
7.9.2. Assistência litisconsorcial ....................................................................... 130
7.9.3. Terceiro prejudicado .............................................................................. 131
7.9.4. Ministério Público: age como fiscal da lei não como defensor da parte ... 132
7.10. Prazo ................................................................................................................. 136
7.10.1. Fluição do ato comissivo ...................................................................... 139
7.10.2. Fluição do ato omissivo ........................................................................ 139
7.10.3. Do prazo para intervenção do Ministério Público ............................... 140
7.10.4. Da cautelar como substitutivo do mandamus ....................................... 141
7.11. Pressupostos processuais e das condições da ação ........................................... 141
7.11.1. Da decadência e da prescrição .............................................................. 144
7.12. Direito líquido e certo ...................................................................................... 149
7.13. Direito líquido e certo: conceito processual .................................................... 151
7.14. Ato ilegal ou abusivo ......................................................................................... 153
7.14.1. Ato ilegal ............................................................................................... 153
7.14.2. Abuso de poder ..................................................................................... 155
7.15. Natureza jurídica .............................................................................................. 155
7.16. Conceito ............................................................................................................ 157
7.17. Cabimento ........................................................................................................ 157
7.18. Restrições ao cabimento ................................................................................... 158
7.18.1. Lei em tese ............................................................................................ 159
7.18.2. Simples orientação administrativa ....................................................... 161
7.18.3. Resposta negativa a simples consulta ................................................... 161
7.18.4. Discussão no mandado de matéria sub judice....................................... 161
7.18.5. Mandado de segurança como substituto dos embargos de terceiro ..... 162
10
7.18.6. Mandado para obstar liminar concedida em outro mandado .............. 162
7.18.7. Matéria que exija instrução probatória ................................................ 163
7.18.8. Interposição de seguranças sucessivas .................................................. 165
7.18.9. Renovação da segurança ....................................................................... 165
7.18.10. Mandado de segurança e incidentes processuais ................................ 165
7.19. Desistência ........................................................................................................ 166
7.20. Mandado de segurança para atribuir efeito suspensivo em recurso interposto
de julgamento de mandado de segurança ......................................................... 166
7.21. Mandado de segurança com fim declaratório .................................................. 167
7.22. Mandado de segurança contra sindicato ........................................................... 168
7.23. Mandado de segurança contra partidos políticos ............................................. 168
7.24. Mandado de segurança como substituto de ação rescisória ............................. 169
7.25. Mandado de segurança abusivo ........................................................................ 170
7.26. Uso da analogia e da equidade em sede de segurança ...................................... 171
7.27. Fundamento legal .............................................................................................. 172
7.28. Direito subjetivo e interesse legítimo ............................................................... 173
7.29. Decisão em segurança e o uso de ação ordinária .............................................. 173
7.30. Fundamento jurídico do pedido ....................................................................... 175
7.31. Ato de dirigente de estabelecimento particular ................................................ 175
7.32. Ato praticado por parlamentares na elaboração da lei .................................... 176
7.33. Aplicação subsidiária do Código de Processo Civil ......................................... 176
7.34. Mandado de segurança e a coisa julgada .......................................................... 179
7.35. Tramitação da segurança em período de férias forenses .................................. 179
7.36. Autoridade pública ou agente nas vestes de empregador ................................. 180
11
8.10. Segurança para conseguir o efeito suspensivo .................................................. 195
8.11. Segurança para sustar a execução pendente de ação rescisória ........................ 196
8.12. Penhora de bens de terceiro ou de justo receio de penhora ............................. 199
8.13. Mandado de segurança contra liminar em cautelar que nega ou concede a re-
integração no emprego ..................................................................................... 200
8.14. Concessão de aumento através de liminar ....................................................... 201
8.15. Segurança para rediscutir análise de prova ...................................................... 201
8.16. Mandado de segurança contra citação por edital ............................................. 201
8.17. Mandado de segurança contra execução provisória sem caução ..................... 202
8.18. Mandado de segurança contra determinação de perícia .................................. 202
8.19. Mandado de segurança para a reavaliação de bens penhorados ....................... 203
8.20. Mandado de segurança contra ato que indefere o pedido de conversão de bem
penhorado em dinheiro .................................................................................... 204
8.21. Mandado de segurança contra penhora em bem de quem não consta do título
executório ......................................................................................................... 204
8.22. Do mandado de segurança para impugnar respostas consideradas certas pela comis-
são de concurso ................................................................................................ 206
8.23. Do concurso para a magistratura: exame psicotécnico .................................... 206
8.24. Mandado de segurança contra exigências contidas em edital de concurso para
magistratura ...................................................................................................... 208
8.25. Critério subjetivo de avaliação da vida particular do candidato ..................... 210
8.26. Limite de idade para concurso público ............................................................ 211
8.27. Vitaliciedade. Biênio probatório. Contagem na carreira .................................. 215
8.28. Concurso. Prazo de validade. Expectativa de direito ....................................... 216
8.29. Do concurso. Impossibilidade de arredondamento de nota por órgão alheio à Ban-
ca Examinadora ................................................................................................ 217
8.30. Magistratura. Adicional de tempo de serviço. Contagem ................................. 218
8.31. Mandado de Segurança. Vaga do MP em Tribunal de Justiça. Lista sêxtupla. De-
liberação 17/90 CSMP ...................................................................................... 219
8.32. Prisão de depositário infiel ............................................................................... 219
8.33. Celetista que passa ao regime único. FGTS ...................................................... 222
8.34. Justiça Eleitoral. Quinto constitucional ........................................................... 224
8.35. Ato jurisdicional de Tribunal ........................................................................... 224
8.36. Juiz classista: aposentadoria ............................................................................. 224
8.37. Advogado. Provimento 73, de 13.4.1992. Lista sêxtupla. Incompatibilidade e im-
pedimento ......................................................................................................... 226
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8.38. Conflito de atribuições inexistente entre Triunal Regional do Trabalho e Tri-
bunal de Contas da União ............................................................................... 227
8.39. Do licenciamento de veículo: multa sem notificação .................................... 228
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10.10. Liminar concedida ex officio ......................................................................... 290
10.11. Subsistência da liminar após o julgamento denegatório da segurança ........ 294
10.12. Liminar com esgotamento do conteúdo (objeto) ........................................ 298
10.13. Exigência de caução na concessão de liminar ............................................. 299
10.14. Liminar concedida por juiz incompetente. Nulidade .................................. 303
10.15. Concessão de liminar em férias forenses ..................................................... 305
10.16. Concessão ou denegação de liminar em face do art. 37, § 6º, da Constituição
de 1988 ......................................................................................................... 306
10.17. Revogação, cassação e perempção da liminar .............................................. 307
10.18. Enfoque avaliativo sobre a liminar ........................................................... 309
10.19. Recorribilidade da liminar — Dos comentários antes da Lei n. 12.016/2009 .. 310
10.20. Da cautelar em sede de segurança ................................................................ 313
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13.5. Agravo regimental ........................................................................................... 344
13.6. Embargos declaratórios .................................................................................. 346
13.7. Embargos infringentes .................................................................................... 346
13.8. Agravo de instrumento ................................................................................... 347
13.9. Recurso no processo do trabalho em sede de segurança ................................ 348
13.10. Posição do STF em relação ao terceiro em sede de recurso......................... 350
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1
ENFOQUE HISTÓRICO
1.1. Introdução
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1.2. Institutos congêneres do direito anglo-americano e do direito mexicano
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Phillips, o mais amplo sentido, e o certionari não fica adstrito somente a órgãos
que possam ser rigorosamente considerados “tribunais”. Ele se estende também
a atos e mandados de autoridade competente que tenha poder para impor
obrigações ou dar decisões que possam afetar direitos pessoais e reais das partes
envolvidas. Além desses grandes writs do Direito inglês, Wade e Phillips
mencionam o quo warranto, a injunction e os declaratory judgements.
O quo warranto é usado especificamente, na Grã-Bretanha, para impedir
uma pessoa de exercer uma função ou ocupar um cargo público para o qual não
esteja devidamente habilitada ou no qual não esteja devidamente investida.
A injunction pode ser impetrada contra uma autoridade pública por
qualquer indivíduo que prove a iminência de considerável prejuízo como
resultado de ato supostamente ilegal da dita autoridade. Uma injunction pode
ser obtida, também, pelo Attorney-General (Procurador-Geral de Justiça) em
nome do povo. Se o órgão público está cometendo uma ação que ameaça
prejudicar o povo ou a coletividade, é direito do Procurador-Geral intervir,
requerendo uma injunction.
Os declaratory judgements, por fim, podem servir para impedir tanto a Coroa
quanto as autoridades públicas de adotarem conduta ilegal. Uma ação visando
a um declaratory judgement tem que ser baseada num caso concreto em que foi
arguida a ilegalidade. Os Tribunais não respondem a consultas em casos
abstratos. Nem podem os juízes ser instados a dar opiniões sobre questões de
direito através desse “remédio”.
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Já a prohibition americana é bem semelhante à britânica, pois dos dois
lados do Atlântico ela é requerida ao tribunal superior para proibir tribunal
inferior ou juiz de primeira instância de tomar conhecimento de um caso fora
de sua jurisdição.
O certionari é uma espécie de avocação, muito usada pelos tribunais
superiores da justiça estadual americana para rever atos da Administração Pública
de natureza “quase judicial” e, mesmo, atos que estejam sub judice ou já julgados
por tribunais ou juízos inferiores.
O quo warranto nos Estados Unidos é usado, primacialmente, em nome do
povo, geralmente pelo representante do Ministério Público, para impedir
usurpação de cargos públicos. Também é empregado para cassação de uma
concessão, licença ou alvará do serviço público.
A injunction, muito usada pelos americanos, tem por finalidade proibir
entidade pública ou privada de praticar ato lesivo de direito líquido e certo do
particular ou da Administração Pública. Pode ser usada também de forma
positiva, isto é, para obrigar uma parte a fazer algo cuja não realização
prejudicará o direito da outra parte.
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6) finalmente, como chama a atenção Celso Barbi, há a questão da lealdade
exigida na impetração do amparo: se o impetrante afirmar fatos falsos ou omitir
fatos verdadeiros de que tenha conhecimento, a ele será cominada a pena de
prisão de seis meses a três anos e multa pecuniária.
José de Moura Rocha, em seu livro Mandado de Segurança; a Defesa dos
Direitos Individuais, com base em Alcalá-Zamora y Castillo e Héctor Fix-Zamudio,
aponta os quatro tipos de amparo usados no México:
a) amparo-liberdade, que se assemelha ao habeas corpus, quando impetrado
para impedir coação na liberdade de locomoção, e ao nosso mandado de
segurança, quando usado como instrumento tutelar dos direitos fundamentais
frente à autoridade pública;
b) amparo-arguição de inconstitucionalidade, empregado como garantia
jurisdicional contra as leis inconstitucionais, podendo ser impetrado em caso
concreto, o que é mais comum, e em abstrato, isto é, contra a lei em tese;
c) amparo-cassação, usado na tutela da legalidade das decisões judiciais.
Neste aspecto determina a Constitución Política de los Estados Unidos Mexicanos,
em seu art. 107, inc. III:
Cuando se reclamen actos de tribunales judiciales, administrativos o del trabajo, en amparo sólo
procederá en los casos seguientes:
a) contra sentencias definitivas o laudos respecto de los cuales no proceda ningún recurso
ordinário por el que puedan ser modificados o reformados, ya sea que la violación se cometa en
ellos, o que cometida durante el procedimiento afecte a las defensas del quejoso, trascendiendo
el resultado del fallo, siempre que en materia civil haya sido impugnada la violación en el curso
del procedimiento mediante el recurso ordinario establecido por la ley e invocada como agravio
en la segunda instancia, si se cometió en la primera. Estos requisitos no serán exigibles en el
amparo contra sentencias dictadas en controversias sobre acciones del estado civil o que afecten
al orden y a la estabilidad de la familia;
b) contra actos en juicio cuya ejecución sea de imposible reparación, fuera de juicio o después de
concluido, una vez agotados los recursos que en su caso procedan, y
c) contra actos que afecten a personas extrañas al juicio; e
d) amparo administrativo, que, segundo Fix-Zamudio, “não obstante haver adquirido a sua
autonomia em último lugar, alcançou impulso extraordinário em virtude das atividades
intervencionistas, sempre crescentes, do Estado mexicano. Em nosso conceito, ao contrário do
que ocorre com o amparo judicial, é o que tem uma conexão mais estreita e com parentesco mais
íntimo com o mandado de segurança brasileiro.
Lembra Themístocles Brandão Cavalcanti (ob. cit., p. 8), que tem como
fonte originária do nosso mandamus o Direito anglo-saxônico, que naquela época
numa demonstração de vanguardismo, o Direito inglês instituíra de acordo com
esta doutrina o mandamus, por exemplo, para proteção dos empregados, contra
as demissões ou remoções ilegais e, de modo geral, contra atos da administração.
Realça o autor o pronunciamento de Epitácio Pessoa, em discurso proferido no
Senado em 12 de novembro de 1925 (Pandectas Brasileiras. v. 1, 2ª parte, p. 100):
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O povo americano com o seu espírito progressista, dócil às
transformações da civilização e às suas conquistas liberais, cedo
compreendeu que fora do âmbito estreito dos direitos de locomoção,
outros direitos individuais existiam carecedores de uma proteção
simples e rápida como a do habeas corpus, e, não querendo desnaturar
este instituto, incluiu na legislação certos remédios análogos
destinados ao amparo desses direitos.
Daí o writ of mandamus, que é a ordem pela qual o Tribunal prescreve
o cumprimento de certo dever ou interesse legítimo de que tenha
sido privado alguém; o quo warranto, providência pela qual o Governo
inicia a ação destinada a reivindicar um cargo de quem o ocupa
ilegalmente; e o writ of certionari, pelo qual podem os Tribunais
verificar se esta foi bem interpretada ou se o funcionário era
competente para praticar o ato etc.
Previne o autor que a amplitude na aplicação dos writs americanos, nota, no
entanto, Carlos Maximiliano, citando Bailey, foi desaparecendo com a evolução:
“Os tribunais dilataram este conceito (do mandamus); ‘courts have enlarged upon
these definitions’. Estendeu-se o writ até se tornar ampla garantia de direito
individual ou político, evidente: tudo aquilo a que o cidadão tem incontestável
direito e cuja consecução depende de autoridades ou de corporações, pode, na
falta de outro meio jurídico eficiente e oportuno, ser conseguido mediante o
mandamus. Só se admite, pois, como sucede com o certionari, — quando não
existe outro remédio legal adequado e capaz de, a tempo, evitar ou pôr termo à
injustiça evidente se há interesses individuais em jogo, só se concede o writ quando
o direito é indiscutível” (Comentários à Constituição).
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