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AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL

DA COMARCA DE SÃO PAULO

Bernardo Silva, brasileiro, casado,


motorista autônomo, inscrito no CPF/MF sob nº 383.563.428-50,
portador da cédula de identidade RG nº 12.123.000-52/SSP-SP, email:
bernardosilva55@hotmail.com, residente e domiciliado na Rua Dionísio
de Camargo, nº 55, Bela Vista, Osasco - SP, CEP 06013-050, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seus advogados,
nos termos da procuração anexa, para mover AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS em face de
João da Silva, brasileiro, solteiro, vendedor autônomo, inscrito no
CPF/MF sob nº 200.325.817-53, portador da cédula de identidade RG nº
6.453.256/SSP-BA, endereço eletrônico desconhecido, residente e
domiciliado na Rua Amador Bueno, nº 12, Santo Amaro, São Paulo - SP,
CEP 00010-25, pelas seguintes razões de fato e de direito:

DOS FATOS

Conforme Boletim de Ocorrência Policial


lavrado no 6º Distrito Policial desta Capital, de nº 200/2020, datado de
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24.02.2.019, por volta das 20:00 horas, o Autor se divertia participando
do Bloco de Carnaval "Baixo Augusta", na Rua da Consolação, quando
teve furtado seu aparelho celular de marca Apple, modelo IPhone8, de
cor prata, adquirido na loja FENAC, em 10.01.2.019, pelo valor de
R$.5.000, (cinco mil reais), pagos a vista, conforme nota fiscal anexa.

Naquela data, durante as festividades o


Autor portava seu aparelho mantendo-o dentro do bolso traseiro da calça
jeans que usava.

Sentindo que seu aparelho lhe estava


sendo furtado o Autor se virou no exato instante em que pode ver o Réu
se afastando correndo e segurando o aparelho numa das mãos.

Empreendendo fuga o Réu foi seguido


pelo Autor e outros transeuntes ao longo da via pública, até que ele
atingiu a Rua Bela Cintra, altura do edifício do Condomínio Bosque das
Araras, onde foi atingido em sua cabeça por um pote de vidro que havia
sido jogado por Antônia Rodrigues, de 70 anos, moradora do
apartamento 601, do 6º andar.

Os transeuntes chamaram o socorro


médico que atendeu ao Réu e o removeu para o Hospital Municipal
Santa Fátima, onde se constatou que ele havia sofrido hemorragia interna
de natureza grave em sua cabeça, onde foi submetido a cirurgia.

Durante a fuga possivelmente o Réu se


desfez do aparelho ou o repassou para algum comparsa, circunstância,
que não pode ser conferida. Todavia é certo que o aparelho desapareceu
durante a fuga e não foi recuperado. Tentando contato com o parelho por
meio do sistema de localização da empresa Apple o aparelho aparece
como desligado, tornando impossível sua localização.

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O Autor é motorista autônomo usando de
aplicativos para prestar serviços de transporte para pessoas na cidade de
Osasco e São Paulo, que são contíguas, mantendo extensa agenda de
contatos, que usualmente solicitam seus préstimos.

O Autor é regularmente registrado no


aplicativo Uber, conforme prova documental anexa, desde março de
2.015. Sua renda mensal líquida é da ordem de R$.5.000,00 (cinco mil
reais), conforme declaração emitida pela administração da Uber em São
Paulo.

Em decorrência do furto o Autor perdeu


todos os seus contatos e com isso sofreu diminuição de sua renda nos
meses seguintes ao fato. Adquirindo novo aparelho celular voltou a
atender pedidos de transporte pelo aplicativo mas sem ter como atender
aos seus antigos costumeiros clientes.

Com isso teve reduzida sua renda mensal


para R$.2.000,00 (dois mil reais), não a havendo incrementado até o
momento por ter perdido aqueles contatos e clientes.

A par disso, em decorrência do furto do


aparelho e com a perda de renda o Autor ingressou em profundo estado
psicológico de depressão. Para se recompor mentalmente o Autor está
sob cuidados de médico psiquiatra gastando R$1.000,00 (um mil reais)
mensais com as consultas médicas e com a aquisição de medicamentos
prescritos pelo profissional. A par do tratamento psiquiátrico foi
encaminhado para profissional da psicologia, que lhe cobra mensalmente
o valor de R$.500,00 (quinhentos reais) para as consultas. Por esse
estado o Autor foi acometido de profundo sofrimento já que a perda da

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renda causada pelo furto do aparelho implicou em severas privações a
que foi submetido juntamente com sua esposa e filha adolescente.

Por tudo isso o Autor tem direito a receber


a devida reparação, tanto de ordem material como de ordem moral.

DO DIREITO

Conforme é do caput do artigo 5º da


Constituição da República Federativa (CRF), a todos é assegurada a
inviolabilidade do direito à propriedade, ditando em seu inciso X que o
dano moral ou material deve ser protegidos.

O Código Civil prescreve no seu artigo


186 que todo aquele que, por ação ou omissão voluntária, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que moral, comete ato ilícito.

Nesse mesmo sentido é o artigo 927 do


Código Civil que dita que todo aquele, que por ato ilícito, causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.

DOS DANOS MATERIAIS

O celular do Autor era novo e de alto


valor. Desse modo, o Réu deve ser compelido a indenizar ao Autor o
valor do aparelho no importe de R$.5.000,00 (cinco mil reais), com
correção monetária desde a data do fato e juros legais da mesma data.

A par da perda do aparelho celular o Autor


teve diminuída sua renda mensal no importe de R$.3.000,00 (três mil
reais). Ficou 13 (treze) meses despojado dessa renda, com extremo
sacrifício para ele e sua família.

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Isso porque, conforme o artigo 944 do
Código Civil, a indenização mede-se pela extensão do dano.

DOS DANOS MORAIS

Não bastasse isso, está comprovado que o


Autor passa por tratamento e acompanhamento psicológico em razão da
perda de renda decorrente da perda da agenda de contatos de seu telefone
celular, o que motivou intenso sofrimento em razão da dificuldade maior
para manter a subsistência da família e os gastos normais para satisfazer
a educação, o lazer e outras atividades corriqueiras que a família
mantinha com a renda que foi perdida.

Na forma do artigo 949 do Código Civil o


ofensor igualmente deve indenizar esse sofrimento de ordem moral nas
despesas de tratamento já verificadas e comprovadas com os recibos de
pagamentos de honorários do médico e do psicólogo, que até a presente
data somam R$.19.500,00 (dezenove mil e quinhentos reais).

Além de todas essas despesas para


patrocinar a causa o Autor contratou com a sociedade de advogados que
integra o subscritor o pagamento de honorários advocatícios de
R$.4.900,00 (quatro mil e novecentos reais) para a fase de primeira
instância e mais R$.2.450,00 (dois mil quatrocentos e cinquenta reais)
para o caso de ser necessária interposição de recursos de apelação ou
para contrarrazões de apelação, assim como recursos para os tribunais
superiores, caso necessários, com correção monetária do valor
contratado desde a data do ingresso da sociedade em sua assistência.

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A correção monetária deve ser contada
desde a data da aquisição do aparelho celular constante da nota fiscal
juntada. A correção monetária dos valores das consultas médicas e com
psicólogo deve ocorrer desde a data de cada desembolso.

Os juros de mora em caso de ilícitos


devem ser contados desde a prática delituosa, conforme o artigo 398 do
Código Civil.

DOS PEDIDOS

Em razão de todo o exposto, o Autor


REQUER a citação do Réu para, no prazo legal de 15 (quinze) dias (art.
335, caput, CPC), apresentar contestação, sob pena de confissão e revelia
(art. 344, CPC). Julgada procedente a ação deve o Réu ser condenado ao
pagamento de R$.68.400,00 (sessenta e oito mil e quatrocentos reais) por
danos materiais e morais, com a correção monetária e juros contados na
forma supra citada, além das custas, despesas processuais e honorários
de advogado, a serem fixados no máximo legal (art. 85, § 2º, CPC).

Dá-se à causa o valor de R$.68.400,00


(sessenta e oito mil e quatrocentos reais), nos termos dos artigos 291 e
292, incisos V e VI, CPC).

DAS PROVAS

O Autor demonstrará o alegado por todos


os meios de prova em direito admitidos, especialmente, pelo depoimento
pessoal do Réu, oitiva de testemunhas, juntada de novos documentos,
perícias, e outras que se mostrem necessárias.

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AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO

Considerando que antes da propositura da


ação o Réu não se dispôs a compor os danos, o Autor requer a dispensa
da audiência preliminar de conciliação (art. 319, VII, CPC).

Pede deferimento.

São Paulo, 07 de março de 2.020

ANA KAROLINE SANTOS PEREIRA

OAB/SP 501.003

LEONARDO TEIXEIRA CERQUEIRA

OAB/SP 501.001

RIZIMAR UJIIE

OAB/SP 501.002

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