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Ficha 1 Nome: Dércio Inácio Timbe

Conceitos de Literatura e Literariedade

Literatura

O lexema literatura deriva historicamente, por via erudita, do lexema latino litteratura. Na língua
portuguesa, encontrámos documentado o lexema literatura num texto datado de 21de Março de 1510.

O lexema complexo literatura, derivado do radical littera- letra, carácter alfabético -, significa saber
relativo à arte de escrever e ler, gramática, instrução, erudição. Em autores cristãos como Tertuliano,
Cassiano e S. Jerónimo, Literatura designa corpus de textos seculares e pagãos, contrapondo-se á
scriptura, lexema que designa um corpus de textos sagrados.

Nas diversas línguas europeutas, até ao século XVIII, o conteúdo semântico do lexema literatura foi
substancialmente idêntico ao do seu étimo latino, designando literatura, em regra, o saber e a ciência
em geral. Na segunda metade do século XVIII, o lexema literatura apresenta uma profunda evolução
semântica, em estreita conexão com as transformações da cultura europeia nesse período histórico,
subsistem no seu uso, por força da tradição linguística e cultural, os significados já mencionados, mas
manifestar-se também, em correlação com essas transformações, novos conteúdos semânticos, que
divergem dos anteriormente vigentes e que divergem também entre si.

Voltaire caracteriza a literatura como uma forma particular de conhecimento, mas não como uma arte
específica. Este conhecimento, porem, é avaliado por Voltaire em termos depreciativos, contrapondo o
conceito génio, com todas as suas positivas implicações pré- românticas no domínio da criatividade
artística, aos conceitos de Literatura e de Liberato, a que associa as ideias de saber e de actividade crítica
com estatuto de subalternidade em relação às grandeza do génio.

Voltaire diferencia o conhecimento representado pela literatura e possuído pelo littérateur e o


conhecimento possuído pelo savant e representado pela filosofia e pela ciência. O conhecimento
representado pela literatura, quando diz respeito a objetos caracterizados ela beleza, como a poesia, a
eloquência, <<a história bem escrita>>, toma o nome de belle litteráture, não cabendo tal designação a
simples crítica, à polimatia, à cronologia, etc.., já que tais actividades, bem como os escritos delas
resultantes, carecem de beleza, deste modo Voltaire não considera como pertencentes às literatura
aquelas obras que se ocupam da pintura, da arquitectura ou da música.

Para Diderot, literatura é uma arte e é também um conjunto de manifestações dessa arte, isto é, um
conjunto de textos que se singulariza pela presença de determinados valores estéticos.

Do conceito da Literatura ao conceito da Literariedade


Devido ao semantismo do lexema literatura existiram dificuldades para a sua definição, factor esse que
levou o mesmo a ser moderno e que a sua constituição ocorreu após mais de dois milénios de produção
literária.

A literatura é um processo constante de produção de novos textos, que implica a existência de


mecanismos significativos e que se objectiva num conjunto aberto de textos. No período do positivismo
a literatura era definida como todas as obras manuscritas ou impressas, que representassem a civilização
de qualquer época e povo, independentemente de possuírem elementos de ordem estética.

Em clara e consciente reacção contra este conceito positivista de literatura que dominou em tantos
manuais da história da literatura na segunda metade do século XIX e primeiras décadas do século XX, os
três mais influentes e mais fecundos movimentos de teoria e crítica literária, o formalismo russo, o new
criticismo, e a estilística, definiram o termo literatura enquanto fenômeno estético específico, daí por
achar a diferença existente entre os textos literários dos não literários, sendo necessária a especificidade
da literatura que na sua designação Roman Jakobson criou o vocábulo Literariedade que é o objecto do
estudo da ciência da literatura pois a Literariedade é o que faz de uma determinada obra uma obra
literária.

Literariedade é o conjunto de características específicas que permitem classificar os textos como


literário, objecto de estudo de ciência da literatura; uso inusitado ou estranho da língua que faz uma
obra ser literária.

Características específicas

- Ambiguidade;

- Subjectividade ( projeção de textos, valores aditivos e ideológicos dos próprios textos). Só é possível
através dos registos da fala ou discurso.

Tzvetan Todorov entende que não é legítima uma noção estrutural de literatura e contesta a existência
de um discurso literário homogéneo, visto que ocorrem características literárias fora a literatura e visto
que se tornou óbvio que não existe nenhum denominador comum para todas as produções literárias a
não ser o uso da linguagem.

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