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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
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AULA 11
Olá pessoal!
SUMÁRIO
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SERVIÇOS PÚBLICOS
1 Nos termos da Lei 12.869/2013, os serviços de loterias federais são explorados pelos particulares
mediante permissão do Poder Público (permissão lotérica), outorgada pela Caixa Econômica Federal,
através de licitação.
Sujeito
Interesse estatal
coletivo
Regime
de direito
público
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Serviço público
2CF, art. 175: incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão sempre através de licitação a prestação de serviços públicos .
3 Nos termos do art. 175 da CF, a delegação a particulares é que caracteriza a prestação indireta de
serviços públicos.
4 CF, art. 209: O ensino é livre à iniciativa privada atendidas as seguintes condições
5 CF, art. 199: A assistência à saúde é livre à iniciativa privada
Administração direta
Direta
COMPETÊNCIA
pela União, por exemplo: Poder Judiciário, Ministério Público (CF, art. 21, XIII),
polícia civil, polícia militar e bombeiros (CF, art. 21, XIV). Além disso, o art. 21, XIV
estabelece que cabe à União prestar assistência financeira ao Distrito Federal para
a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio
Competência comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios
(art. 23): os serviços públicos são prestados de forma paralela, em condições de
igualdade, sem relação de subordinação (hierarquia) entre os entes federativos. A
atuação (ou omissão) de um ente não impossibilita a atuação do outro. Exemplos:
saúde, cultura, educação e proteção ao meio ambiente.
Gabarito: Errado
7Já estudamos os consórcios públicos na aula sobre organização da Administração Pública, e os convênios
na aula sobre contratos administrativos.
Gabarito: Errado
CLASSIFICAÇÕES
Originário e derivado
Exclusivos e não exclusivos
Serviços Próprios e impróprios
públicos Administrativo, comercial e social
Geral e individual
Obrigatório e facultativo
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ORIGINÁRIO E DERIVADO
PRÓPRIO E IMPRÓPRIO
GERAL E INDIVIDUAL
OBRIGATÓRIO E FACULTATIVO
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Gabarito: Errado
9. (Cespe – PRF 2012) O serviço de iluminação pública pode ser considerado uti
universi, assim como o serviço de policiamento público.
Comentário: Tanto o serviço de iluminação pública como o de
policiamento não são mensuráveis individualmente, ou seja, não é possível
dizer com certeza quanto que determinado indivíduo consome de iluminação
pública ou de policiamento. Sendo assim, tais serviços são considerados uti
universi ou gerais.
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Gabarito: Certo
10. (Cespe – PC/BA 2013) Caracterizam-se como serviços públicos sociais apenas
os serviços de necessidade pública, de iniciativa e implemento exclusivo do Estado.
Comentário: Serviço público social é o que atende às necessidades
coletivas de ordem social, como saúde, educação e cultura, abrangendo ainda
os serviços assistenciais e protetivos. O erro é que os serviços sociais não
são privativos do Estado, podendo também ser desempenhados por
particulares, independentemente de delegação.
Gabarito: Errado
11. (Cespe – MIN 2013) Os serviços de utilidade pública, a exemplo dos serviços de
transporte coletivo, visam proporcionar aos seus usuários mais conforto e bem-estar.
Comentário: Os serviços de utilidade pública são aqueles considerados
não essenciais, mas sim convenientes à coletividade, podendo ser prestados
por particulares. Portanto, são serviços delegáveis. São exemplos de serviço
de utilidade pública: transporte coletivo, energia elétrica, telefonia, etc.
Gabarito: Certo
FORMAS DE PRESTAÇÃO
REGULAMENTAÇÃO E CONTROLE
8Poder concedente é o ente federado (União, Estado, DF ou Município) que delega o serviço público
mediante concessão ou permissão.
9 Estabelece normas para outorga e prorrogações das concessões e permissões de serviços públicos e dá
outras providências.
11A Lei 8.987/1995 também possui como fundamento o art. 22, XXVII da CF, o qual atribui à União
competência para editar normas gerais sobre licitações e contratos, em todas as modalidades. Afinal,
concessões e permissões são precedidas de licitação e formalizadas mediante contrato.
12Concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial,
conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada
pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio
de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o
investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da
obra por prazo determinado;
Concessão Permissão
13Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que observará os
termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à
revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente.
os serviços postais.
13. (Cespe – TCU 2008) Um parlamentar apresentou projeto de lei ordinária cujos
objetivos são regular integralmente e privatizar a titularidade e a execução dos
serviços públicos de sepultamento de cadáveres humanos, diante da falta de
condições materiais de prestação desse serviço público de forma direta. Aprovado
pelo Poder Legislativo, o referido projeto de lei foi sancionado pelo chefe do Poder
Executivo.
Com base na situação hipotética descrita acima, julgue os itens subsequentes.
A delegação do serviço de sepultamento de cadáveres humanos, por meio de
contrato de concessão, dependeria da prévia edição de lei ordinária que autorizasse
essa delegação.
Comentário: O art. 2º da Lei 9.074/1995 dispõe sobre a obrigatoriedade de
lei autorizativa para que os entes federativos possam conceder seus serviços
públicos a particulares, dispensando dessa exigência os serviços de
saneamento básico e limpeza urbana, além dos serviços expressamente
indicados na Constituição como passíveis de delegação. Os serviços de
sepultamento não foram excetuados pela lei. Portanto, a concessão depende
de prévia edição de lei autorizativa.
Gabarito: Certo
15. (Cespe – MIN 2013) Um item que caracteriza a diferenciação entre permissão e
concessão de serviço público é a delegação de sua prestação a título precário.
Comentário: Nos termos do art. 2º, IV da Lei 8.987,
IV - permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante
licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa
física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e
risco.
A doutrina critica bastante esse dispositivo da lei (assim como o art. 40,
transcrito no comentário da questão anterior), por ele afirmar que a permissão
de serviço público é formalizada por contrato e, ao mesmo tempo, possui
natureza precária e pode ser revogada unilateralmente. Isso porque, segundo
a doutrina, precariedade e revogabilidade são características de atos, e não de
contratos. Tanto é verdade que o contrato de permissão, nos termos da lei,
deverá ter prazo determinado e, se rescindido antes do termo, ensejará
indenização do permissionário; portanto, não poderia ser chamado de
precário. Tampouco poderia ser revogado, pois contrato não é revogado, e
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16. (Cespe – TCU 2011) Tanto a concessão quanto a permissão de serviço público
serão feitas pelo poder concedente a pessoa física ou jurídica que demonstre
capacidade para desempenho, por sua conta e risco.
Comentário: O contrato de concessão pode ser celebrado com pessoas
jurídicas ou consórcio de empresas, mas não com pessoa física; já o contrato
de permissão pode ser celebrado com pessoas físicas ou jurídicas, mas não
com consórcios.
Gabarito: Errado
outro lado, lembre-se que a permissão de uso de bem público é feita por ato
administrativo e não por contrato.
Gabarito: Errado
8.987/95:
Art. 16. A outorga de concessão ou permissão não terá caráter de exclusividade,
salvo no caso de inviabilidade técnica ou econômica justificada no ato a que se
refere o art. 5o desta Lei.
Art. 5o O poder concedente publicará, previamente ao edital de licitação, ato
justificando a conveniência da outorga de concessão ou permissão, caracterizando
seu objeto, área e prazo.
Ademais, a parte final do item também está errada, pois, de modo geral, é
vedado o monopólio privado de atividades, mas não o monopólio público, que
é permitido pela CF em relação a determinadas atividades. Vejamos um
exemplo:
Art. 21. Compete à União:
(...)
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer
monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e
reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus
derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
(...)
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de
radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais;
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e
utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas;
Gabarito: Errado
Continuidade
20. (Cespe – TCU 2011) Se a prestação do serviço público vier a ser interrompida
pela empresa concessionária por motivo de ordem técnica, o usuário terá o direito
de exigir, judicialmente, o cumprimento da obrigação, visto que a interrupção
motivada por motivo de ordem técnica caracteriza efetiva descontinuidade do
serviço.
Comentário: Não há dúvida de que o princípio da continuidade deve ser
observado na prestação dos serviços públicos. Contudo, existem situações
excepcionais em que Lei 8.987 admite a interrupção do serviço. Vamos ver o
Atualidade
Generalidade
21. (Cespe – TCU 2011) Nos contratos de concessão de serviço público, vigora a
regra da unicidade da tarifa, vedado o estabelecimento de tarifas diferenciadas em
função das características técnicas e dos custos específicos, ressalvados os casos
provenientes do atendimento a segmentos idênticos de usuários que, pelo vulto dos
investimentos, exijam tal distinção.
Comentário: Nos termos do art. 13 da Lei 8.987/1995, podem sim ser
cobradas tarifas diferenciadas em função das características técnicas e dos
custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de
usuários. Veja bem: as tarifas diferenciadas visam a atender os segmentos
Modicidade de tarifas
22. (Cespe – PRF 2012) A prestação de serviços públicos deve dar-se mediante
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uma vez que a lei não admite a fixação de outras fontes financeiras no contrato.
Comentário: Com vistas a favorecer a modicidade das tarifas cobradas
dos usuários, o edital de licitação e o contrato poderão permitir que o
concessionário explore fontes alternativas de receita, como propagandas em
outdoors e aluguel de espaços. Em outras palavras, a justa remuneração do
investimento feito pela concessionária e o equilíbrio econômico-financeiro do
contrato não precisam advir apenas da cobrança de tarifas, fato que
certamente contribui para a redução destas. Sobre o assunto, vamos ver o
que diz a Lei 8.987/1995:
Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder
concedente prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade
de outras fontes provenientes de receitas alternativas, complementares,
acessórias ou de projetos associados, com ou sem exclusividade, com vistas a
favorecer a modicidade das tarifas, observado o disposto no art. 17 desta Lei.
(...)
Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas:
(...)
VI - as possíveis fontes de receitas alternativas, complementares ou acessórias,
bem como as provenientes de projetos associados;
Gabarito: Errado
LICITAÇÃO PRÉVIA
14 A Lei 9.472/1997 (art. 91), que instituiu a Anatel, prevê expressamente a possibilidade de
lei estipula que o procedimento para verificação da inexigibilidade compreenderá chamamento público
para apurar o número de interessados.
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PRAZO
Geração de energia elétrica: o prazo será de até 30 anos (ou até 35 anos
se firmado antes de 11/12/2003), podendo ser prorrogado no máximo por
igual período (ou por até 20 anos, se firmado antes de 11/12/2003), a
critério do poder concedente.
TRANSFERÊNCIA DE ENCARGOS
Transferência de concessão
15Por outro lado, como veremos adiante, a parcerias público-privadas (que são uma espécie de concessão)
devem ter prazo mínimo de cinco e máximo de 35 anos, incluindo eventual prorrogação.
acessórias ou complementares.
Maria Sylvia Di Pietro apresenta o exemplo de uma concessão de dez
linhas de ônibus em que ocorra a subconcessão de duas das linhas, ou
seja, uma outra empresa (a subconcessionária), distinta da
concessionária, passará a prestar o serviço público de transporte coletivo
correspondente às duas linhas subconcedidas, ao passo que a
concessionária permanecerá explorando as oito linhas restantes.
A subconcessão deve ser realizada nos termos previstos no contrato
de concessão, desde que expressamente autorizada pelo poder
concedente. Ademais, deve ser sempre precedida de licitação na
modalidade concorrência (art. 26, §1º), ou seja, a concessionária não
Previsão contratual
vencedora da licitação.
A doutrina defende a inconstitucionalidade da transferência da
concessão nos moldes previstos na Lei 8.987/1995, pois, distintamente do
que ocorre com a subconcessão, é promovida sem que haja o prévio
procedimento licitatório. Registre-se que o Poder Judiciário ainda não se
posicionou sobre o assunto, sendo, portanto, a questão da
inconstitucionalidade um posicionamento exclusivamente doutrinário.
O art. 27 da Lei 8.987/1995 possibilita, ainda, que o poder
concedente autorize a transferência do controle societário da
concessionária. Neste caso, não haverá modificação das partes
idoneidade financeira;
regularidade jurídica e fiscal; e
16 Caducidade, como veremos, é a extinção unilateral da concessão pelo poder concedente, em razão de
POLÍTICA TARIFÁRIA
17 REsp 1032454/RJ
DIREITOS E OBRIGAÇÕES
acima transcrito.
18Dispõe sobre a emissão de declaração de quitação anual de débitos pelas pessoas jurídicas prestadoras
de serviços públicos ou privados.
19 A responsabilidade objetiva é aquela que independe de demonstração de dolo ou culpa. Para configurar
21Lei 9.472/1997, art. 19 (competências da AANTEL): V- editar atos de outorga e extinção de direito de
exploração do serviço no regime público; VI - celebrar e gerenciar contratos de concessão e fiscalizar a
prestação do serviço no regime público, aplicando sanções e realizando intervenções;
22 Carvalho Filho (2014, p. 382).
XI - incentivar a competitividade; e
23 § 4o Em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial equilíbrio econômico-
financeiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente à alteração.
INTERVENÇÃO
a concessão é extinta; ou
Até 30 dias
26. (Cespe – TCU 2008) O poder concedente pode intervir, por meio de decreto, na
concessão, com o fim de assegurar a adequação da prestação do serviço, bem
como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais
pertinentes.
Comentário: O quesito está correto, nos termos do art. 32 da Lei 8.987/95:
Art. 32. O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a
adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas
contratuais, regulamentares e legais pertinentes.
Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá
a designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.
Gabarito: Certo
FORMAS DE EXTINÇÃO
Encampação;
Caducidade;
Rescisão;
Anulação; e
Encampação
reversíveis que ainda não tenham sido amortizados. Aliás, saiba que essa
indenização é devida em todas as modalidades de extinção24.
Caducidade
24Note-se que a lei não prevê, nem mesmo na hipótese de encampação, a possibilidade de indenização por
lucros cessantes (indenização baseada no valor estimado do lucro que a concessionária teria com a
execução do contrato até o termo final).
descontar das garantias ou, se ainda não for suficiente, terá que cobrar no
Poder Judiciário.
Extinta a concessão pela caducidade, não resultará para o poder
concedente qualquer espécie de responsabilidade em relação aos
encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou com
empregados da concessionária (art. 38, §6º). Essa regra justifica-se pelo
fato de ter sido a empresa concessionária a responsável por dar causa à
extinção do contrato.
ENCAMPAÇÃO CADUCIDADE
Rescisão
28. (Cespe – TJDFT 2013) O contrato de concessão de serviço público pode ser
rescindido por iniciativa da concessionária, mediante ação judicial especialmente
intentada para esse fim, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo
poder concedente.
Comentário: O quesito está correto, nos termos do art. 39 da Lei 8.987/95:
Art. 39. O contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da
concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder
concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput deste artigo, os serviços prestados
pela concessionária não poderão ser interrompidos ou paralisados, até a decisão
judicial transitada em julgado.
Lembrando que, nos contratos de concessão, o particular não pode opor
a “exceptio non adimpleti contractus” em desfavor do poder concedente, nem
mesmo em caso de descumprimento por prazo superior a 90 dias, como ocorre
nos contratos administrativos em geral. Em outras palavras, mesmo que o
poder concedente descumpra alguma cláusula do contrato de concessão, o
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Anulação
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Autorização de
Tem como objeto serviços de titularidade exclusiva do Poder Público
serviços públicos
PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
26Consoante dispõe o parágrafo único do seu art. 1º, a Lei 11.079/2004 se aplica aos órgãos da
administração pública direta dos Poderes Executivo e Legislativo, aos fundos especiais, às autarquias, às
fundações públicas, às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades
controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Nota-se que a lei
não se aplica ao Poder Judiciário, o qual, portanto, não pode celebrar PPP.
27 Carvalho Filho (2014, p. 433).
MODALIDADES
RESTRIÇÕES
Quanto à área de atuação: a PPP não pode ser utilizada para delegação
das atividades de poder de polícia, regulação, jurisdicional e de outras
atividades exclusivas do Estado, pois são serviços indelegáveis; e
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TIPOS DE CONTRAPRESTAÇÃO
Ordem bancária;
GARANTIAS
Para finalizar o tópico sobre garantias, vale saber que a Lei 11.079
prevê a possibilidade de a União conceder garantia ou realizar
transferência voluntária aos Estados, DF e Municípios com vistas à
contratação de PPPs (art. 28). A condição é que a soma das despesas
continuadas decorrentes das parcerias já contratadas por tais entes não
ultrapasse, no ano anterior, o percentual de 5% da receita corrente líquida
do exercício, ou que as despesas anuais dos contratos vigentes nos
10 anos subsequentes não excedam 5% da mesma receita, projetada
para os respectivos exercícios.
35. (Cespe – TJDFT 2014) No que se refere às PPPs, assinale a opção correta.
a) A administração pública indireta não pode firmar PPP.
b) As funções estatais de regulação são delegáveis por meio de PPP.
c) O estabelecimento de PPPs entre o Estado e a iniciativa privada é prática recente
no Brasil, surgida com a edição da Lei n.º 11.079/2004.
d) As PPPs somente podem ser firmadas para a execução de obras essenciais e
estratégicas, não havendo limite mínimo contratual.
e) É possível conceder garantias adicionais — como a vinculação de receitas e a
contratação de seguro garantia — às obrigações pecuniárias contraídas pela
administração pública em contrato de PPP.
Comentário: vamos analisar cada alternativa:
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*****
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QUESTÕES DE PROVA
37. (ESAF – AFRFB 2009) "Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente
ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação
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de serviços públicos".
Esta é a previsão do caput do art. 175 da Constituição Federal. Sobre os serviços
públicos, no ordenamento jurídico brasileiro, analise as assertivas abaixo e assinale
a opção correspondente.
( ) Sob o critério formal, serviço público é aquele disciplinado por regime de direito
público.
( ) Segundo o critério material, serviço público é aquele que tem por objeto a
satisfação de necessidades coletivas.
( ) O critério orgânico ou subjetivo classifica o serviço como público pela pessoa
responsável por sua prestação, qual seja, o Estado.
39. (ESAF – AFT 2010) Naquilo que diz respeito à extinção do contrato de
concessão de serviço público, correlacione as colunas abaixo e assinale a opção
que contemple a correlação correta.
(1) Retomada do serviço, por motivo de interesse público.
(2) Retomada do serviço, por inexecução total ou parcial do contrato por parte da
concessionária.
(3) Extinção do contrato, por descumprimento de normas contratuais pelo
concedente.
( ) caducidade;
( ) encampação;
( ) rescisão.
a) 3 / 1 / 2
b) 2 / 3 / 1
c) 1 / 2 / 3
d) 2 / 1 / 3
e) 3 / 2 / 1
Comentário: A correlação correta é a seguinte:
Caducidade: retomada do serviço, por inexecução total ou parcial do
contrato por parte da concessionária.
Encampação: retomada do serviço, por motivo de interesse público.
Rescisão: extinção do contrato, por descumprimento de normas
contratuais pelo concedente.
Gabarito: alternativa “d”
equilíbrio econômico-financeiro.
e) Extinta a concessão, haverá a imediata assunção do serviço pelo poder
concedente que ocupará as instalações e utilizará todos os bens reversíveis.
Comentários: Vamos analisar cada alternativa, buscando a errada.
a) CERTA. Caducidade é a retomada do serviço, por inexecução total ou
parcial do contrato por parte da concessionária. Nos termos do art. 38, §1º da
Lei 8.987/95, a caducidade será declarada pelo poder concedente quando:
§ 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente
quando:
41. (ESAF – SUSEP 2010) Conforme a legislação atual, a reversão de bens, uma
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43. (ESAF – PGFN 2012) Como regra, dão azo à indenização pela assunção de
propriedade dos bens reversíveis, cujos investimentos respectivos ainda não tenham
sido amortizados ou depreciados,
a) todas as espécies de extinção da concessão ou permissão.
b) todas as espécies de extinção da concessão ou permissão, à exceção das que
ocorrem pelo advento do termo contratual.
c) todas as espécies de extinção da concessão ou permissão, à exceção das que
ocorrem em face da rescisão.
d) todas as espécies de extinção da concessão ou permissão, à exceção das que
ocorrem pelo advento do termo contratual ou pela rescisão.
e) todas as espécies de extinção da concessão ou permissão, à exceção das que
ocorrem pelo advento do termo contratual e da caducidade.
Comentário: Como regra, todas as espécies de extinção da concessão ou
permissão dão azo à indenização pela assunção de propriedade dos bens
reversíveis, cujos investimentos respectivos ainda não tenham sido
amortizados ou depreciados. Sabendo que vai ser indenizado, espera-se que o
concessionário não fique “desestimulado” em realizar novos investimentos
quando a concessão estiver próxima de seu término.
Gabarito: alternativa “a”
depois disso, mais 180 dias para conclusão. Assim, desde o início da
intervenção, o prazo máximo será de 210 dias.
b) ERRADA. A intervenção é uma espécie de medida cautelar, tomada
para tentar colocar o serviço “nos trilhos” novamente, ao invés de decretar
desde já a sua caducidade. A concessão será extinta apenas se a intervenção
não produzir os resultados esperados. Por outro lado, se o serviço voltar a ser
adequado, ele será devolvido à concessionária.
c) ERRADA. A intervenção é ato da competência do Chefe do Poder
Executivo concedente, e será promovida por decreto.
d) CERTA. A intervenção, por si só, não é ato punitivo. Ela consiste em
mero procedimento cautelar, visando assegurar a continuidade do serviço, de
forma adequada, enquanto são apuradas as irregularidades. Por isso, a
intervenção é decretada desde logo, produzindo efeitos imediatamente, sem
contraditório e defesa prévios. Depois de decretada a intervenção, já durante o
procedimento administrativo de apuração é que são garantidos o contraditório
e a ampla defesa.
e) ERRADA. A intervenção é temporária e não constitui uma forma de
extinção da concessão. Por isso, não há que se falar em indenização pela
assunção dos bens reversíveis. A indenização só será devida caso a
concessão for extinta após a intervenção.
Gabarito: alternativa “d”
(...)
§ 4o Fica vedado à Administração Pública ser titular da maioria do capital
votante das sociedades de que trata este Capítulo.
§ 5o A vedação prevista no § 4o deste artigo não se aplica à eventual aquisição da
maioria do capital votante da sociedade de propósito específico por instituição
financeira controlada pelo Poder Público em caso de inadimplemento de contratos de
financiamento.
d) ERRADA. A constituição da SPE não é uma faculdade e sim uma
obrigação. Portanto, a palavra “poderá” macula o item.
Art. 9o Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de
propósito específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.
48. (ESAF – Sefaz/SP 2009) Acerca dos serviços públicos, assinale a opção correta.
a) Vários são os conceitos encontrados na doutrina para serviços públicos, podendo-
se destacar como toda atividade material que a lei atribui ao Estado para que a
exerça diretamente ou por meio de outras pessoas (delegados), com o objetivo de
satisfazer às necessidades coletivas, respeitando-se, em todo caso, o regime
jurídico inteiramente público. 14769456328
V – garantias prestadas por fundo garantidor ou empresa estatal criada para essa
finalidade;
VI – outros mecanismos admitidos em lei.
50. (ESAF – EPPGG 2009) Quanto aos consórcios públicos e à parceria público-
privada, no âmbito da administração pública, marque a opção incorreta.
a) A execução das receitas e despesas do consórcio público deverá obedecer às
normas de direito tributário aplicáveis às entidades privadas.
51. (ESAF – CGU 2012) A noção de "Serviço Público" é considerada por autores
como Cretella Jr. "a pedra angular do direito administrativo". No caso brasileiro, os
serviços públicos são classificados segundo algumas características. Os enunciados
abaixo se referem a essas características.
I. Os serviços públicos prestados diretamente pelo Estado ou indiretamente,
mediante concessionários, são chamados Serviços Públicos Próprios.
II. Apenas os serviços públicos prestados diretamente pelo Estado são chamados
Serviços Públicos Próprios.
III. Os serviços públicos prestados indiretamente, mediante concessão, autorização,
permissão ou regulamentação são Serviços Públicos Impróprios.
Quanto a esses enunciados, indique a opção correta.
a) Apenas o I está correto
b) Apenas o II está correto
c) Apenas o III está correto
d) Todos estão corretos
e) Nenhum está correto.
Comentários: Vamos analisar cada item.
I) CERTO. Na visão de parte da doutrina, os serviços públicos próprios
são aqueles que, atendendo a necessidades coletivas, o Estado assume como
seus e os executa diretamente (por meio de seus órgãos e agentes) ou
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52. (ESAF – MPOG 2012) A respeito da classificação dos serviços públicos, quanto
à competência federativa, assinale a opção correta.
a) Os de competência privativa são de titularidade de determinada órbita federativa.
b) Os de competência comum são aqueles atribuídos a um ou mais entes
federativos.
c) Os serviços públicos não podem ser diferenciados entre os de competência
comum e os de competência privativa.
d) Os serviços públicos não podem ser diferenciados em vista do ente federativo que
os titulariza.
e) A classificação quanto à competência federativa é relevante para identificar o ente
que deverá assumir a prestação do serviço e irrelevante quanto a competência
legislativa correspondente.
Comentários:
a) CERTA. Na CF, a competência para a prestação dos diversos serviços
públicos é repartida segundo o princípio da predominância do interesse.
Assim, a União tem competência para prestar e regulamentar assuntos de
interesse predominantemente nacional; aos Estados são reservadas as
matérias de interesse predominantemente regional; e aos Municípios cabe a
competência sobre assuntos de interesse predominantemente local; e o
Distrito Federal, em razão de seu hibridismo, acumula funções de interesse
regional e local. Os serviços atribuídos a cada esfera são privativos, ou seja,
não podem ser desempenhados por ente distinto.
b) ERRADA. Os serviços de competência comum são atribuídos a todos
os entes federativos, de maneira concomitante, e não a um ou outros.
c) ERRADA. Além dos serviços de competência privativa, que são
distribuídos segundo o princípio da predominância de interesse, a CF também
prevê serviços de competência comum, que poderão ser executados por todos
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54. (Cespe – DP/MA 2011) José é permissionário de uma lanchonete que funciona
ao lado da prefeitura e atende aos servidores que ali trabalham. O pequeno
estabelecimento, construído dentro do terreno da prefeitura, vem sendo utilizado e
conservado por José há mais de vinte anos. O novo prefeito, que pretendia usar o
espaço da lanchonete para ampliar o seu gabinete, expediu ato administrativo
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cabível quando houver direito líquido e certo sendo questionado, o que não é o
caso, haja vista a precariedade da permissão de uso conferida a José.
Ademais, não há que se falar em desapropriação, pois o espaço pertence à
Prefeitura, e não a José.
e) ERRADA. Nos termos do art. 102 do Código Civil, bens públicos não
estão sujeitos a usucapião.
Gabarito: alternativa “c”
55. (Cespe – TJ/RR 2013) Suponha que, extinta a concessão de serviço público em
razão do advento do termo do contrato, o poder concedente tenha decidido que os
bens afetos ao serviço público, de propriedade do concessionário, seriam
57. (Cespe – JF TRF2 2013) Mediante lei sancionada em 2004, o Brasil adotou a
PPP como instrumento para a viabilização de projetos fundamentais ao crescimento
do país. Referida lei incorporou conceitos bem sucedidos da experiência
internacional, de modo a garantir que as PPPs sejam balizadas na atuação
transparente da administração pública. Acerca desse instrumento de gestão pública,
assinale a opção correta.
a) Embora a responsabilidade fiscal não seja uma diretriz expressa na legislação de
PPP, o melhor entendimento doutrinário aponta para a aplicação da Lei de
Responsabilidade Fiscal à execução desse tipo de contrato administrativo.
b) Não se admite o emprego da arbitragem na hipótese de um município querer
dirimir conflitos decorrentes de contrato de PPP.
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ao contrato.
c) ERRADA. O art. 6º da Lei 11.079/2004 permite a cessão de créditos
tributários a título de contraprestação pecuniária do Poder Público. Lembrando
que a Lei 11.079/2007 é de caráter nacional, portanto, aplicável aos estados e
municípios.
Art. 6o A contraprestação da Administração Pública nos contratos de parceria público-
privada poderá ser feita por:
I – ordem bancária;
II – cessão de créditos não tributários;
III – outorga de direitos em face da Administração Pública;
IV – outorga de direitos sobre bens públicos dominicais;
Erick Alves
JURISPRUDÊNCIA
b) art. 2º, II, da Lei n. 8.987/95, que regulamenta o art. 175 da CF, ao
disciplinar o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos,
exige que o negócio jurídico bilateral (contrato) a ser firmado entre o poder
concedente e a pessoa jurídica concessionária seja, obrigatoriamente, precedido
de licitação, na modalidade de concorrência.
(...)
4. Outrossim, no contrato de concessão firmado entre a recorrente e o poder
concedente, há cláusula expressa refletindo o constante no Edital de Licitação,
contemplando o direito de a concessionária exigir do usuário o pagamento
mensal da tarifa de assinatura básica.
(...)
(...)
10. Em suma, a cobrança mensal de assinatura básica está amparada pelo art.
93, VII, da Lei n. 9.472, de 16.07.1997, que a autoriza, desde que prevista no
Edital e no contrato de concessão, razão pela qual a obrigação do usuário pagar
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tarifa mensal pela assinatura do serviço decorre da política tarifária instituída por
lei, sendo certo que a Anatel pode fixá-la, por ser a reguladora do setor,
amparada no que consta expressamente no contrato de concessão, com respaldo
no art. 103, §§ 3º e 4º, da Lei n. 9.472, de 16.07.1997.
11. A cobrança mensal de assinatura, no serviço de telefonia, sem que chamadas
sejam feitas, não constitui abuso proibido pelo Código de Defesa do Consumidor,
quer sob o ângulo da legalidade, quer por tratar-se de serviço que é
necessariamente disponibilizado, de modo contínuo e ininterrupto, aos usuários.
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RESUMÃO DA AULA
SERVIÇOS PÚBLICOS
Elementos da definição:
Subjetivo: o sujeito é o Estado (Poder Público), que presta direta ou indiretamente.
Objetivo: atividades de interesse coletivo (nem sempre, ex: loterias).
Formal: o regime jurídico é de direito público (mas quando prestado por concessionárias ou
permissionárias o regime predominante é de direito privado regime híbrido).
Não são serviços públicos: atividades judiciais, legislativas e de governo (políticas); fomento; poder de
polícia; intervenção na propriedade privada; obras públicas.
Ordem social (saúde e educação): podem ser prestados pelos particulares independentemente de
delegação. São atividades privadas, sujeitas ao poder de polícia do Estado. Apenas quando
desempenhadas pelo Estado é que se sujeitam ao regime de direito público.
Formas de prestação:
Prestação direta: o serviço é prestado pela Administração Pública, direta ou indireta.
Prestação indireta: o serviço é prestado por particulares, aos quais, mediante delegação do Poder
Público, é atribuída a sua mera execução.
Regulamentação e controle: atividade típica do Poder Público, indelegável a particulares.
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Princípio da predominância do interesse.
União: interesse nacional. Rol taxativo. Ex: defesa nacional, serviço postal, energia, transporte ferroviária, e
rodoviário interestadual e internacional.
Municípios: interesse local. Rol exemplificativo. Ex: transporte coletivo, serviço funerário.
Estados: interesse regional. Serviços residuais. Ex: transporte intermunicipal; gás canalizado.
Distrito Federal: serviços estaduais e municipais.
Comum: rol taxativo. Serviços prestados de forma paralela, sem subordinação.
CLASSIFICAÇÕES
Originário: só pode ser prestado pelo Estado; poder de império; indelegável. Ex: segurança nacional.
Derivado: pode ser prestado por particulares; delegável. Ex: energia, telefonia.
Não exclusivo: Estado não é titular; podem ser prestados por particulares sem delegação. Ex: saúde,
educação.
Próprio: prestado pelo Estado, direta ou indiretamente. Ex: energia, escola pública.
Impróprio: prestado por particular, sem delegação. Ex: saúde, educação.
Celebração com pessoa jurídica ou Celebração com pessoa física ou Celebração com pessoa física ou
consórcio de empresas. jurídica. jurídica.
Não é cabível revogação do A lei prevê a revogabilidade Pode ser revogado, sem
contrato. unilateral do contrato pelo poder indenização ao particular.
concedente.
CONCESSÃO E PERMISSÃO
Serviço público adequado: regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade,
cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
Em situação de emergência (ex: queda de raio na central elétrica); ou
Após prévio aviso, quando:
Serviço pode
motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações (ex:
ser paralisado
manutenção periódica e reparos preventivos); e
por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade;
Prazo: deve ser determinado (a lei não prevê prazos mínimos e máximos).
Transferência de encargos:
Contratação com terceiros (não depende de autorização)
Subconcessão (parcial; licitação na modalidade concorrência; sub-rogação)
Transferência de concessão (total; anuência prévia do poder concedente, sob pena de caducidade)
Transferência de controle societário (anuência prévia do poder concedente, sob pena de caducidade)
Assunção do controle ou da administração temporária pelos financiadores
Política tarifária: poder concedente homologa reajustes e promove a revisão.
INTERVENÇÃO:
Provisória, por decreto, para assegurar serviço público adequado. Prazo: 30 dias para instaurar processo
administrativo e mais 180 dias para conclusão do procedimento (máximo 210 dias).
Após a intervenção a concessão será extinta; ou a administração será devolvida à concessionária.
PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
Há contraprestação financeira paga pelo Estado (investimentos de grande vulto, para atrair investidores).
Restrições:
Quanto ao valor: a PPP não pode ser inferior a R$ 20 milhões;
Quanto ao tempo: a PPP deve ter periodicidade mínima de 5 anos e máxima de 35 anos, incluindo
eventual prorrogação,
Quanto à matéria: não é cabível PPP que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o
fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
Quanto à área de atuação: a PPP não pode ser utilizada para delegação das atividades de poder de
polícia, regulação, jurisdicional e de outras atividades exclusivas do Estado, pois são serviços
indelegáveis; e
Tipos de contraprestação: ordem bancária, cessão de créditos não tributários, outorga de direitos em face da
Administração Pública; outorga de direitos sobre bens públicos dominicais; outros meios admitidos em lei.
Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico incumbida de
implantar e gerir o objeto da parceria. Pode assumir a forma de companhia aberta.
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O Poder Público não pode controlar a SPE, exceto se banco público financiador assumir a empresa como
garantia.
Licitações: modalidade concorrência; inversão de fases (habilitação ocorre antes do julgamento); admitida fase
de lances (propostas com preço até 20% superior à melhor proposta).
8. (Cespe – MDIC 2014) O serviço de uso de linha telefônica é um típico exemplo de serviço
singular, visto que sua utilização é mensurável por cada usuário, embora sua prestação se
destine à coletividade.
9. (Cespe – PRF 2012) O serviço de iluminação pública pode ser considerado uti universi,
assim como o serviço de policiamento público.
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10. (Cespe – PC/BA 2013) Caracterizam-se como serviços públicos sociais apenas os
serviços de necessidade pública, de iniciativa e implemento exclusivo do Estado.
11. (Cespe – MIN 2013) Os serviços de utilidade pública, a exemplo dos serviços de
transporte coletivo, visam proporcionar aos seus usuários mais conforto e bem-estar.
12. (Cespe – MIN 2013) A regulamentação e o controle dos serviços públicos e de utilidade
pública competem sempre ao poder público.
13. (Cespe – TCU 2008) Um parlamentar apresentou projeto de lei ordinária cujos objetivos
são regular integralmente e privatizar a titularidade e a execução dos serviços públicos de
sepultamento de cadáveres humanos, diante da falta de condições materiais de prestação
14. (Cespe – TCU 2013) A permissão de serviço público possui contornos bilaterais, mas,
diferentemente da concessão de serviço público, não pode ser caracterizada como de
natureza contratual.
15. (Cespe – MIN 2013) Um item que caracteriza a diferenciação entre permissão e
concessão de serviço público é a delegação de sua prestação a título precário.
16. (Cespe – TCU 2011) Tanto a concessão quanto a permissão de serviço público serão
feitas pelo poder concedente a pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para
desempenho, por sua conta e risco.
18. (Cespe – TCE/ES 2012) A natureza jurídica é a principal diferença entre a concessão de
serviço público e a permissão de serviço público, consideradas, respectivamente, contrato
administrativo e ato administrativo.
23. (Cespe – TCU 2011) Acerca de contrato de concessão de serviço público, julgue o item
que se segue.
29. (Cespe – TCU 2013) A rescisão, como forma de extinção da concessão, é de iniciativa
da administração, determinada por ato unilateral e escrito no caso de descumprimento, pelo
concessionário, de obrigações regulamentares.
30. (Cespe – TCU 2011) Se o poder público delegar, mediante autorização, a implantação
de usina termelétrica de potência superior a 5.000 kW, destinada a uso exclusivo do
autoprodutor, estará agindo em desacordo com a lei, visto que a autorização não constitui o
instrumento adequado para essa hipótese.
31. (Cespe – STJ 2012) No âmbito das parcerias público-privadas, a concessão
administrativa caracteriza-se pelo fato de o concessionário perceber recursos de duas
fontes: do pagamento das respectivas tarifas pelos usuários e da contraprestação pecuniária
devida pelo concedente ao particular contratado.
37. (ESAF – AFRFB 2009) "Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob
regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços
públicos".
Esta é a previsão do caput do art. 175 da Constituição Federal. Sobre os serviços públicos,
no ordenamento jurídico brasileiro, analise as assertivas abaixo e assinale a opção
correspondente.
( ) Sob o critério formal, serviço público é aquele disciplinado por regime de direito público.
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( ) Segundo o critério material, serviço público é aquele que tem por objeto a satisfação de
necessidades coletivas.
( ) O critério orgânico ou subjetivo classifica o serviço como público pela pessoa responsável
por sua prestação, qual seja, o Estado.
( ) A concessão e a permissão transferem a titularidade de um serviço público a quem
aceitar prestá-lo, mediante licitação.
( ) Enquanto a permissão de serviço público, diante de sua precariedade, ocorre
necessariamente por prazo determinado, a concessão pode ocorrer por prazo
indeterminado.
a) V, F, V, F, F
b) F, V, F, F, V
38. (ESAF – CGU 2012) A impossibilidade de o particular prestador de serviço público por
delegação interromper sua prestação é restrição que decorre do seguinte princípio:
a) Legalidade.
b) Autotutela.
c) Proporcionalidade.
d) Continuidade do Serviço Público.
e) Moralidade.
39. (ESAF – AFT 2010) Naquilo que diz respeito à extinção do contrato de concessão de
serviço público, correlacione as colunas abaixo e assinale a opção que contemple a
correlação correta.
(1) Retomada do serviço, por motivo de interesse público.
(2) Retomada do serviço, por inexecução total ou parcial do contrato por parte da
concessionária.
(3) Extinção do contrato, por descumprimento de normas contratuais pelo concedente.
( ) caducidade;
( ) encampação;
( ) rescisão.
a) 3 / 1 / 2
b) 2 / 3 / 1
c) 1 / 2 / 3
d) 2 / 1 / 3 14769456328
e) 3 / 2 / 1
41. (ESAF – SUSEP 2010) Conforme a legislação atual, a reversão de bens, uma vez
extinta uma concessão de serviço público:
a) não é mais admitida.
b) é admitida em todas as modalidades de extinção da concessão.
c) é aceita apenas na hipótese de advento do termo final de vigência do contrato respectivo.
d) é admitida somente nas hipóteses de rescisão.
e) é aceita apenas na hipótese de ocorrência de encampação.
42. (ESAF – EPPGG 2009) Marque a opção correta, considerando os serviços públicos.
a) O transporte de cargas pelo meio rodoviário depende previamente de permissão.
b) Cabe à ANA − Agência Nacional de Águas declarar a utilidade pública, para fins de
desapropriação das áreas necessárias à implantação de autorizados de serviços de energia
elétrica.
c) A geração de energia elétrica, para fins de serviços públicos, está autorizada mediante a
constituição de consórcios.
d) O inadimplemento do usuário, ainda que considerado o interesse da coletividade,
caracteriza-se como descontinuidade do serviço, nos termos da Lei n. 8.987/95.
e) A subconcessão é vedada em qualquer contrato de concessão.
43. (ESAF – PGFN 2012) Como regra, dão azo à indenização pela assunção de
propriedade dos bens reversíveis, cujos investimentos respectivos ainda não tenham sido
amortizados ou depreciados,
a) todas as espécies de extinção da concessão ou permissão.
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44. (ESAF – PGFN 2012) No que se refere à figura da intervenção prevista no âmbito das
concessões e permissões de serviços públicos, assinale a opção correta.
a) A intervenção tem duração máxima de 180 (cento e oitenta) dias.
45. (ESAF – Pref/RJ 2010) Sobre a Parceria Público-Privada (PPP), assinale a opção
correta.
a) São modalidades de PPP a concessão patrocinada e a concessão de uso.
b) É possível que o objeto do contrato de PPP seja atividade regulatória.
c) A modalidade de licitação para a PPP é a concorrência, não se admitindo, portanto, a
realização de lances em viva voz no processo licitatório.
d) O prazo de vigência do contrato de PPP pode ser de até quarenta anos.
e) Antes da celebração do contrato de PPP, deverá ser constituída sociedade de propósito
específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.
46. (ESAF – EPPGG 2009) Identifique, entre as modalidades de parcerias entre os setores
público e privado, a modalidade que não é pertinente a uma PPP (Parceria Público-Privado).
a) Modalidade na qual a construção é separada juridicamente da operação, já que neste
caso o empreendimento da construção cabe ao setor privado, mas, após o fim da mesma, o
direito de concessão cabe ao Estado, que diante de outro ato legal, concede a exploração à
mesma empresa ou a outra.
b) Mecanismo de concessão para a exploração de um serviço público, no qual o setor
privado exige do Estado uma taxa de risco social para adquirir a concessão.
c) Mecanismo de concessão para a exploração de um serviço público, na qual a empresa
fica com plenos direitos sobre o projeto, sem devolução posterior para o Estado, não
havendo prazo final da concessão. 14769456328
47. (ESAF – PGFN 2012) Relativamente às parcerias público-privadas a que se refere a Lei
n. 11.079, de 2004, assinale a opção correta.
a) Sempre devem ser precedidas de licitação, na modalidade concorrência ou pregão.
b) Admite-se que os valores mobiliários atinentes à sociedade de propósito específico
possam ser negociados no mercado.
48. (ESAF – Sefaz/SP 2009) Acerca dos serviços públicos, assinale a opção correta.
a) Vários são os conceitos encontrados na doutrina para serviços públicos, podendo-se
destacar como toda atividade material que a lei atribui ao Estado para que a exerça
diretamente ou por meio de outras pessoas (delegados), com o objetivo de satisfazer às
necessidades coletivas, respeitando-se, em todo caso, o regime jurídico inteiramente
público.
b) Pode-se dizer que toda atividade de interesse público é serviço público.
c) A legislação do serviço público tem avançado, apresentando modelos mais modernos de
prestação, em que se destaca, por exemplo, a parceria público-privada, com duas previsões
legais: patrocinada ou administrativa.
d) São princípios relacionados ao serviço público: continuidade do serviço público,
imutabilidade do regime jurídico e o da igualdade dos usuários.
e) Para que seja encarada a atividade do Estado como serviço público, deve-se respeitar a
gratuidade quando de sua aquisição pelo usuário.
49. (ESAF – DNIT 2013) A respeito das parcerias público-privadas, analise as assertivas a
seguir classificando-as em falsas ou verdadeiras.
Ao final, assinale a opção que contenha a sequência correta.
( ) As obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública em contrato de parceria
público-privada poderão ser garantidas mediante títulos da dívida agrária.
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50. (ESAF – EPPGG 2009) Quanto aos consórcios públicos e à parceria público-privada, no
âmbito da administração pública, marque a opção incorreta.
a) A execução das receitas e despesas do consórcio público deverá obedecer às normas de
direito tributário aplicáveis às entidades privadas.
b) Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada.
c) A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de
concorrência.
d) O edital para a contratação de parcerias público-privadas poderá prever a inversão da
ordem das fases de habilitação e julgamento.
e) Os agentes públicos incumbidos da gestão de consórcio não responderão pessoalmente
pelas obrigações contraídas pelo consórcio público.
51. (ESAF – CGU 2012) A noção de "Serviço Público" é considerada por autores como
Cretella Jr. "a pedra angular do direito administrativo". No caso brasileiro, os serviços
públicos são classificados segundo algumas características. Os enunciados abaixo se
referem a essas características.
I. Os serviços públicos prestados diretamente pelo Estado ou indiretamente, mediante
concessionários, são chamados Serviços Públicos Próprios.
II. Apenas os serviços públicos prestados diretamente pelo Estado são chamados Serviços
Públicos Próprios.
III. Os serviços públicos prestados indiretamente, mediante concessão, autorização,
permissão ou regulamentação são Serviços Públicos Impróprios.
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52. (ESAF – MPOG 2012) A respeito da classificação dos serviços públicos, quanto à
competência federativa, assinale a opção correta.
a) Os de competência privativa são de titularidade de determinada órbita federativa.
b) Os de competência comum são aqueles atribuídos a um ou mais entes federativos.
54. (Cespe – DP/MA 2011) José é permissionário de uma lanchonete que funciona ao lado
da prefeitura e atende aos servidores que ali trabalham. O pequeno estabelecimento,
construído dentro do terreno da prefeitura, vem sendo utilizado e conservado por José há
mais de vinte anos. O novo prefeito, que pretendia usar o espaço da lanchonete para
ampliar o seu gabinete, expediu ato administrativo revogando a permissão de uso do bem
público. José procurou a DP para obter orientação jurídica com relação à situação, já que
depende da lanchonete para sustentar sua família.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção que, em conformidade com o
ordenamento jurídico, a doutrina e a jurisprudência, pode subsidiar a orientação jurídica.
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a) Sendo o ato bilateral e estável, deveria a prefeitura ter ajuizado ação de despejo a fim de
reaver o imóvel.
b) É cabível o ajuizamento de medida cautelar de penhora a fim de garantir a
indisponibilidade do bem até que a legalidade do ato do prefeito seja aferida.
c) Caracterizando-se o ato do prefeito como unilateral, discricionário e precário, a única
medida possível é verificar a regularidade dos motivos do ato revogador, a fim de aferir
possível desvio de finalidade em prejuízo do permissionário.
d) É cabível o mandado de segurança sob a alegação de que o ato do prefeito consiste, de
fato, em desapropriação indireta disfarçada de revogação.
e) É cabível ação de usucapião em razão do longo tempo de exercício da posse mansa e
pacífica do bem.
56. (Cespe – TJ/PI 2012) Em relação a serviços públicos, concessão de serviços públicos e
desapropriação, assinale a opção correta.
a) É prevista, na CF, para o serviço postal e o correio aéreo nacional, complementaridade
entre os sistemas privado, público e estatal, razão pela qual o Estado, embora obrigado a
prestar tais serviços, pode oferecê-los em concessão, permissão ou autorização.
b) Por serem prestados a grupos indeterminados de indivíduos, os serviços de energia
domiciliar e os de uso de linha telefônica são considerados serviços uti universi.
c) A modalidade de licitação própria das concessões de serviço público é a concorrência,
que deve ser obrigatoriamente observada pela União, pelos estados, pelo DF e pelos
municípios.
d) Extinta a concessão, retornam ao poder concedente, de forma gratuita, todos os bens
reversíveis utilizados pelo concessionário para a execução do serviço.
e) A União pode desapropriar bens dos estados, do DF e dos municípios, tendo os estados
e os municípios, por sua vez, o poder de desapropriar bens entre si, mas não bens da
União.
57. (Cespe – JF TRF2 2013) Mediante lei sancionada em 2004, o Brasil adotou a PPP como
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GABARITO
2) C 3) E 4) E 5) E
1) E
7) E 8) C 9) C 10) E
6) C
12) C 13) C 14) E 15) C
11) C
17) C 18) E 19) E 20) E
16) E
22) C 23) E 24) E 25) E
21) E
27) C 28) C 29) E 30) E
26) C
32) C 33) E 34) E 35) e
31) E
37) e 38) d 39) d 40) b
36) d
42) c 43) a 44) d 45) e
41) b
47) b 48) c 49) e 50) a
46) b
52) a 53) a 54) c 55) b
51) a
57) e
56) c
Referências:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São Paulo: Método,
2014.
Bandeira de Mello, C. A. Curso de Direito Administrativo. 32ª ed. São Paulo: Malheiros, 2015.
Borges, C.; Sá, A. Direito Administrativo Facilitado. São Paulo: Método, 2015.
Carvalho Filho, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 28ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2014.
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