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Resumen:
El siguiente artículo es una crítica del sentido común en relación con la modernidad
eurocéntrica y reitera la idea de que los europeos son mejores, más desarrollado del mundo,
los de mejor cultura y el conocimiento superior, critica la visión de "periferias" de Europa
otros países conducen a causa del discurso eurocéntrico. Con la vista puesta en la
construcción de la modernidad, que se ocupa de eventos como nuevas figuras del
Renacimient, la composición del mundo colonial, las reformas religiosas, la Ilustración, las
revoluciones de la burguesía, que eran eventos importantes y estaban presentes en el proceso,
indique el lugar y la participación de los explotados, superioridad e inferioridad relaciones
que todavía tienen que tratar.
Introdução
Mas será que realmente se devem creditar todas as “conquistas” aos europeus? Qual o
lugar dos países explorados nesse processo? Qual a verdade por trás do senso comum que se
instalou no imaginário social? Por que temos essa visão de que eles são os melhores do
mundo? Quais acontecimentos marcaram essa dominação?
Será possível ainda, analisar alguns dos reflexos que a modernidade eurocêntrica traz
ao Brasil. Com ares de periferia da Europa, é controlado por uma elite minoritária e tem sua
grande massa explorada para sustentar esse sistema moderno de dominação. A abordagem
possibilita enxergar e compreender como chegamos até aqui, como se formaram as forças de
legitimação e como se construiu a relação de inferioridade dos países subdesenvolvidos.
O imaginário social que se relaciona com a América tem muito da “contribuição” das
navegações de Américo Vespúcio. Mundus Novus (seu folhetim de sucesso) foi amplamente
difundido na época de sua tradução, trouxe uma visão grotesca da América, visões exageradas
dos povos, dos costumes, pela falta de religião era cogitado do índio não possuir alma,
possível argumento para explorar as terras e escravizar seu povo. Na África, em relação ao
tráfico de escravos, argumento semelhante era disseminado, “eles acreditavam que o tráfico
abria aos negros o caminho para salvação: não sendo cristãos, os negros haveriam de ser
condenados por toda eternidade se eles ficassem em seus países” (MALOWIST, 2010 p. 8).
(VESPUCCI, 2003; MALOWIST, 2010).
Através da loucura que girava em torno da passagem de um século a outro, todo esse
paraíso é enfraquecido com uma série de desgraças que dizimam os indígenas; um verdadeiro
inferno que joga no nada, civilizações e gerações de indígenas. Seria ideal trocar o título para:
A ocupação da América, diante todo o saqueio “realizado”. Foram tantos metais preciosos que
houve até uma inflação incontrolável na Europa. Os índios não entendiam nada disso,
pensavam que eles comiam ouro e que tinham uma doença grave no coração que seria curada
com ouro. Não se deve pensar apenas em riquezas naturais, tendo em vista que houve
processo de europeização da cultura, das crenças, desagregação intelectual, perda de milhões
de pessoas com mortes por arma de fogo, doenças trazidas pelos invasores, trabalho escravo,
maus tratos, e também a descaracterização das personalidades, que ao inserir a catequese
desestrutura todo o ordenamento de um povo. “O conquistador não vinha para catequizar,
converter ao cristianismo, mas para obter riquezas” (IGLESIAS, 1992, p. 28).
A Europa usa a conquista da América, suas riquezas, como fonte de estabelecer seu
poder dominante e cultuar a sua superioridade para as outras nacionalidades. Introduz a
aceitação de seu poder econômico, cultural e social de forma coercitiva, qualquer leigo no
assunto não percebe o teor da influência que sofre e a maneira como reproduz esses conceitos
pejorativamente. Aceita a sua condição e não questiona o motivo que coloca em posição
inferior a maior parte da população mundial, fortalecendo ainda mais a superioridade
européia.
A ideia que surge ao se pensar a modernidade é que ela seja de mérito ou realização
dos europeus. Trata-se de uma visão errônea dos fatos por não levar em consideração a
participação de vários países e de eventos que foram essenciais para que ela surgisse e se
disseminasse pelo mundo. A globalização, esta que se iniciou com a constituição do
capitalismo colonial, “moderno” e eurocêntrico, explorando a América se estabelece. Pela
primeira vez havia contato com todas as partes do mundo. Nesse momento ainda estava muito
longe de constituir uma economia mundial e o pensar da globalização como ela é conhecida
hoje. O que marca o início da globalização nesse momento é essa conexão com todas as partes
do mundo. Quando os portugueses e os espanhóis “descobrem” o Brasil, projetam a Europa
para outra realidade continental e altera completamente a visão que eles tinham do mundo, os
conhecimentos que os europeus pensavam ter sobre o mundo já não eram mais corretos;
quando, pela primeira vez foi desenhado o Cruzeiro do Sul corretamente. (GRUZINSKI,
1999).
Uma hegemonia se consolida tanto pelo “poder das armas” como pela força da moeda.
A integração global aos padrões de monetarização permite - conforme regras - o aumento e
acúmulo de capital financeiro, ampliação de seu espaço, promove o encaixe em outro grupo
econômico. A máxima do subdesenvolvimento que é acreditar que somos países com forças e
chances de desenvolvimento não passa de uma “maquiagem” dominante do sistema
capitalista. Se desconstrói por que eles só existem explorando os nossos recursos, consumindo
o triplo de um país periférico. Não há recursos naturais que dêem conta do consumo no
padrão europeu em escala mundial. Portanto não é um país em desenvolvimento, ele está
fadado a sempre ser inferior, não-desenvolvido. (TAVARES, 2000; BASTOS, 2012).
Cabe então reconhecer, que a Europa muito contribuiu para os rumos da sociedade
moderna, mas é importante tomar conhecimento de que não foi a única responsável (ou
irresponsável) por isso. Seria impossível haver modernidade sem a exploração da América,
sem o tráfico de escravos, sem a infame relação entre os dominadores e os dominados.
Relações estas que ocorreram em várias partes do globo, que fizeram construir uma
modernidade à custa de muito sangue, saques gigantescos de riquezas naturais e devastação
de culturas. As “periferias” da Europa seguem portanto, o fluxo do capital, permanecem
dominadas com economias inferiores e denominações fajutas como o subdesenvolvimento.
Conclusão
O europeu, virando séculos à procura por respostas, encontrou um novo mundo que era
a última peça, a chave da globalização e da modernidade. Fez dele um mundo colonial, tomou
para sí riquezas, histórias e fizeram delas uma forma de difundir sua hegemonia eurocêntrica.
Dissemina sua cultura, seus padrões, sua superioridade, inventa e insere no mundo sua
modernidade e como reflexo surge o capitalismo que é a maior forma na atualidade de manter
esse sistema de dominação funcionando.
Foi abordado eventos que mudaram a forma de pensamento do homem. Vimos surgir
as individualidades do Renascimento, a Reforma Religiosa e sua consequente
desfragmentação, passamos também pela Revolução Francesa, onde percebe-se outra vertente
de democracia que jamais se avistou em terras brasileiras. Vimos o poder das ideias no
iluminismo. A força do homem em criar e fazer a sua própria história.
Como argumento para não se pensar a Europa como a única importante no processo de
modernização, foram apontadas as concepções dialéticas de contradição, totalidade e
mediação, que explicaram como devem ser vistas as partes de uma universalidade. Coloca a
Modernidade como o todo e as partes (Europa, América, diversos países e acontecimentos)
como mediações para que isso se tornasse possível. A partir daí, pôde-se perceber que a
Europa não é a única responsável pela modernidade.
O que se percebe então, é que não mudou muita coisa de lá pra cá, mudaram as formas
de exploração mas a diferença social e a distinção de povo e etnia é a mesma. Continuam a
sucatear as “periferias” com as variações cambiais e faz deles dependentes de suas grandes
economias e propriedades intelectuais. Acordos econômicos são feitos para poder subexistir
no mundo periférico do subdesenvolvimento. O eurocentrismo é uma realidade velada que
dificilmente perderá sua superioridade dominante “conquistada”, construída às custas de
muita escravização, dizimação e ocupação de terras que permanecem dominadas.
REFERÊNCIAS