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Da instituição, não é desta livraria? Esta livraria nasceu no Bairro Alto há 11 anos atrás, 11 ou
12, já não sei bem; e a ideia inicial era fazer uma livraria que vendesse fundos editoriais. Para
quem não sabe o que é que são fundos editoriais, são os livros publicados pelas editoras, que
já estiveram nas livrarias, que voltaram para os armazéns das editoras e ficam para lá
esquecidos, ainda estão, aqueles que não foram guilhotinados, porque agora algumas editoras
mais recentes decidiram isso de outra maneira que é guilhotinar tudo para não estar a ocupar
espaço em armazém; e portanto esta livraria que se chama Ler Devagar, na generalidade tem
um nome fiscal chamado livraria de fundos e essa foi a ideia inicial que tinha a ver com um
curso que eu estava a fazer na altura, uma especialização na faculdade de letras, que era um
curso de técnicos editoriais, onde havia muitos editores e eu, que não era editor, e os editores
(todos eles) se queixavam da enorme quantidade de livros que tinham nos armazéns e
queixavam-se de uma outra coisa, era que os livros naquela altura tinham um tempo de vida
muito curto, que era de 3 meses, hoje as coisas foram evoluindo, uma grande parte dos
editores continua a ter grandes armazéns com enormes quantidades de livros e já perceberam
que aquilo é um custo, não é um benefício; e que lhes interessa mais o negócio do que
preservar alguma da edição que foi sempre feita, decidiram guilhotiná-los. As coisas foram
evoluindo e se anteriormente os livros permaneciam nas livrarias 2, 3 meses, agora ficam lá
uma semana ou duas, vendeu vendeu, não vendeu vai-se embora; voltam então para o
armazém e isto é um processo sem fim. A nossa ideia era conseguirmos ter uma livraria que
fosse também uma biblioteca e que pudéssemos ter pelo menos um exemplar de cada livro
dos que iam sendo editados e daqueles que nós tivéssemos comprado. Nós não tinhamos a
pretenção, nem temos hoje, de ter cá um exemplar de cada livro editado em portugal, porque
há milhares de dezenas de milhares de livros, que não teríamos espaço. Nós aqui temos há
volta de 70 mil livros, mas não temos 70 mil títulos e portanto, teríamos de ter uma livraria 10
vezes maior que esta, para ter lá um exemplar de cada título editado em Portugal. Mas
também não era esse o objectivo, mas era passar a ter, dos livros que nós escolhêssemos, ter
sempre um exemplar, pelo menos. E foi isso que fomos tentando fazer, também fomos
comprando alguns livros a algumas editoras, nem sempre comprámos o melhor que havia para
comprar, mas fizemos isso e fomos compondo o nosso fundo; portanto a maior parte dos
livros que aqui estão são nossos, não são dos editores. Porque não só nas livrarias como nos
supermercados, onde se vendem mais livros é nos supermercados, os livros não são nem da
livraria nem do supermercado, são dos editores. Pretendiamos também que a Ler Devagar,
enquanto biblioteca, fosse também um ponto de encontro de pessoas, de debate de ideias, de
realização de concertos, exposições; e portanto, desde o início esta livraria teve sempre uma
galeria e um auditório, onde vamos fazendo conferências e concertos, sessões de poesia,
mostra de esculturas e pinturas; e aquilo que eram os nossos objectivos, não realizados por
nós, não produzidos por nós e não promovidos por nós, que também não é esse o nosso
objectivo, mas facilitados por nós. E foi isso que nós fizemos no Bairro Alto, que continuámos a
fazer no Braço de Prata e que fazemos aqui. Temos esses espaços equipados com sistemas
audiovisuais e que, portanto, as pessoas podem usar; são empresas têm de pagar, são
indivíduos não pagam nada e, e é assim.

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A livriaria do Braço de Prata esteve fechada alguns anos, ainda existe mas já não é nossa, em
Novembro do ano passado retirámos tudo para aqui e agora só temos esta livraria. Fechámos
tudo no Braço de Prata, porque houve aí uma altura em que nós pareciamos quase uma
multinacional das livrarias, quando toda a gente sabe que nós somos é uns tesos de primeira e
pareciamos uns ricalhaços de livrarias e tinhamos de estar em todas (risos), mas enfim. E
decidimos não continuar a alimentar projectos que não eram rentáveis, não é que nós
queiramos retirar daqui grandes dividendos, mas não podemos perder, temos uma capacidade
limitada de perder dinheiro, não podemos perder mais do que aquilo que podemos perder.

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 alores sim, crenças nós não somos muito crentes. Mas os valores da Ler Devagar são um
pouco os valores das pessoas que fundaram a Ler Devagar; e as pessoas que fundaram a Ler
Devagar, o que quiseram desde o inicío, todas elas têm outra actividade, um é geógrafo, um é
médico, outro é psiquiatra, outro é professor, não tem nada a ver com livraria... Todos eles
gostam de livros e leem livros nas suas casas, mas eles também quiseram que a livraria fosse
um ponto, ou uma entidade que pudesse pesquisar outros livros que eles não conheciam, que
pudesse ter outro tipo de oferta que eles não encontram nas outras livrarias; e foi sempre isso
que nós quisemos, porque durante muito tempo nós não vendíamos sequer novidades, não
vendíamos nada que tivesse sido editado há menos de um ano nem best sellers. E o nosso
propósito foi sempre o de procurar publicações e textos interessantes, publicados em
qualquer parte do mundo, e que pudessem estar, passar a estar disponíveis também em
Portugal e que de outra maneira não estariam a não ser através da amazon, mas uma pessoa
vai à amazon procurar o livro X, não vai à procura de coisas que não sabe que existem; e esse
seria o nosso trabalho, da livraria, procurar coisas que nos são apresentadas pelos editores nos
catálogos e nós seleccionamos os que consideramos interessantes para ter aqui. E é isso que
se pretendia que a livraria fizesse e que queremos continuar a fazer, mas isso tem um custo
elevado e nós não temos recursos ilimitados, há sempre momentos de grande contenção, que
não pode ser. Agora temos aquela prateleira de livros franceses, os ingleses temos lá em cima,
no Bairro Alto tinhamos o dobro dos franceses e o triplo dos ingleses. Só que há um problema
com os livros, apesar de nós encomendarmos livros portugueses e estrangeiros, os
portugueses podemos devolver, alguns dos que não vendemos, os estrangeiros não podemos.
Ou mesmo os poucos que podemos, o custo de transporte para lá é de tal maneira elevado,
que vale mais ficarem aqui. Por isso mesmo tendo nós esse objectivo de reter sempre um
exemplar de cada livro, isso às vezes não é possível, por não termos recursos ilimitados e por
exemplo, se vendermos esse exemplar já não o repomos.

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Esta é uma sociedade anónima, que é a estrutura mais chique que possa existir e é uma
sociedade anónima, também tem uma razão de ser que tem a ver com a fundação da livraria,
nós pensámos em fazer uma cooperativa, uma associação, várias coisas, uma vez que eram
várias as pessoas que estavam interessadas em participar no projecto; e depois decidimos que
o melhor mesmo era ser uma sociedade anónima porque se fosse uma associação, em termos
comerciais, os fornecedores não gostam de lidar com associações, geralmente têm problemas
nos pagamentos, se fosse uma sociedade limitada, não permitia a entrada de outros sócios;
portanto tratando-se de uma sociedade anónima, temos as vantagens das associações, tem as
vantagens das sociedades por cotas e não tem essas desvantagens que uma e outra têm.
Podemos sempre meter mais sócios, que na realidade não são sócios, são accionistas basta
para isso decidir aumentar o capital, que é o que nós temos feito ao longo dos anos, além de
tussir (risos), fazemos um aumento de capital, procuramos novos sócios que põem cá o capital
necessário para procedermos às obras, que é por isso que as temos conseguido fazer, temos
actualmente um capital social de quase 400 mil euros, quer dizer que desde o inicío até agora
já gastámos isso tudo em obras, obras e livros.
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Só particulares.

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á uma formação base que pode ser académica ou não, mas tem de ter uma formação base,
tem de existir uma formação elementar, têm de saber o que é um livro e há pessoas que não
sabem, têm de saber o que é um editor e também há pessoas que não sabem, saber que um
editor edita mais que um livro, mais que um título, tem um distribuidor que é um negócio, um
comércio e portanto, tem de ter esses dois tipos de conhecimento; que é conhecer um pouco
este meio, dos editores e dos distribuidores, perceber que os livros, todos eles têm um editor,
perceber que muitas vezes o editor é uma marca, é sempre uma marca comercial, um editor
marca a sua edição. Por exemplo, quem conhecer a Antigo sabe que os livros que a Antigo
edita são todos de um determinado tipo, o que para nós são livros que, à partida, têm
qualidade. A nossa selecção de livros, nós podemos prescindir dela se estes forem editados por
determinadas editoras. É da Relógio d͛Água manda vir, é da Antigo manda vir; e as pessoas
que aqui trabalham têm de saber isso, têm de perceber que a Ler Devagar tendo estas crenças,
que eu disse que há bocado não tinhamos, não lhe chamemos crença mas sim ambição,
também saber que há outros editores cujos catálogos nem precisamos de ver porque não
vamos querer quase de certeza. E para isso é preciso ter um conhecimento do que é o mundo
editorial, senão tenho que estar sempre eu a ver tudo. Outro requisito, como eu estava a dizer,
é que saiba o que é um livro e conheça alguns autores, porque o que eu dizia em relação aos
editores, também é verdade em relação aos autores; há determinados autores que tudo o que
escrevem é mais ou menos bom, outros é o contrário, portanto isso também já é uma
referência. Depois outro requisito é gostar da Ler Devagar, esse é o princípal requisito, porque
quem não gostar da Ler Devagar não consegue trabalhar aqui, já houve pessoas que passaram
por cá porque gostavam de trabalhar numa livraria, pensam que trabalhar numa livraria é
poder ler livros, se se trabalha numa livraria acabou, não se lê mais; as pessoas pensam o
contrário, geralmente dizem-me: ͞gostava tanto de trabalhar numa livraria porque adoro ler
livros...͟ mas quem trabalha numa livraria faz tudo menos ler, aqui não se lê, só os clientes. E
depois há a questão dos horários que são uma coisa assim um bocado estranha, nós
trabalhamos tarde e noite, trabalhamos aos fins-de-semana, às vezes até às 2h, 3h da manhã.

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Meio-dia, mas depois varia, houve um tempo em que abriamos às 15h, mas agora temos
estado a abrir às 12h. Nós na realidade só temos horário de abertura, o horário de fecho é
uma referência, por exemplo ontem saímos daqui às 3h, sexta-feira saímos daqui às 6h da
manhã...

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Se forem vão uma vez, duas mas já não vão três. (risos) Não dá... Não é que nós sejamos uns
patrões déspotas, mas isto é assim, por isso é que digo que têm de gostar disto, têm de
perceber como é que isto funciona, têm de ser uma parte da Ler Devagar, as pessoas que aqui
trabalham também são a Ler Devagar, mais até do que os que puseram cá o dinheiro. Portanto
isto é deles e também não é aquela coisa do capitalismo popular, que eu tenho umas acções e
penso logo que sou dono da edp, nada disso, eles têm de sentir isto como sendo mesmo deles
e têm de levar isto melhor do que eu.

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A mim sim, agora encontram-me mais porque a minha actividade actual é ser livreiro, agora
também trabalho aqui, de antes não trabalhava, há 2 anos atrás vinha cá depois de sair do
trabalho... Agora como tenho mais tempo livre, trabalho aqui. Mas fora a minha pessoa,
encontra sempre o João, a Leana, o Nuno e depois temos, portanto isto é as pessoas dos livros,
depois como nós também temos um bar, que temos desde o inicío, mas por exemplo no Bairro
Alto o bar não representava praticamente nada, era só chá, chá e algumas torradas; aqui não,
já temos um bar equipado com bebidas alcoólicas, tem mais, porque no Bairro Alto também se
podia beber um Whisky, mas não tinhamos lá sequer equipamentos para fazer certas coisas,
no Braço de Prata era exactamente o contrário ʹ bar é que era, é que dava dinheiro e a livraria
era uma coisa residual, agora já voltámos a esse equilibrio inicial em que o fundamental é a
livraria e os bares são bares de apoio. Portanto nós como aos fins-de-semana temos mais
pessoas para bar, ai fomos à procura de pessoas que também tivessem algum conhecimento
de bar, algum, não era necessário que tivessem muito. As pessoas que trabalhavam no bar no
Braço de Prata vieram para aqui, em part-time, inclusive temos uma funcionária que era da
parte do bar, mas gosta de livros e hoje em dia já pode ficar sozinha na livraria e fazer tudo. E
os que não sabem nada de bar, como o João e a Leana, se for preciso servir cafés também vão
servir cafés...

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As pessoas que aqui trabalham têm de perceber o que isto é e percebendo o que isto é, têm
que estar em sintonia com aquilo que se faz aqui estando em sintonia, fazem aquilo que for
preciso fazer, tal como eu, eu também faço o que é preciso fazer.

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Nós não temos público-alvo. Nós queremos ser um alvo do público, não somos nós que vamos
atrás do público, nós queremos é que o público, essa entidade abstracta, venha cá... Seja
leitor, seja contemplador, seja amante de discussões, a nós não nos interessa nada disso, nós
estamos abertos a todas as pessoas que quiseram cá vir.

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De todo o tipo... Tanto temos a Lili Caneças como um indivíduo anónimo. Ela esteve cá numa
festa e não fui eu que a chamei... (risos) portanto, são crianças, são...

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˜uem são as pessoas que vão ao supermercado? ˜uem é público de um supermercado... Não
sei. ˜ual é o público da fnac? Não sei... Toda a gente, creio eu.
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A Ler Devagar é uma livraria diferente. Mas uma coisa são as pessoas que vêm cá, outra coisa
são as que voltam... ˜ue não são exactamente as mesmas... Mas cá vêm todas, temos pessoas
que entram cá, mais que não seja para ver. Os que vêm cá com mais regularidade são aqueles
que se interessam mais por livros, que compram livros. Mas esse não é o nosso público-alvo.
Para nós o público-alvo é a população mundial, e digo mundial sem modéstia porque há
muitos estrangeiros que vêm cá nem que seja para tirarem uma fotografia, esses têm um
papel também importante, porque chegam ao sítio de onde vieram e dizem aos outros: ͞epa
quando fores a lisboa passa na Ler Devagar...͟ Portanto nós não fazemos publicidade, a nossa
publicidade é essa... Limitamo-nos a abrir as portas.

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Temos um site... (com a agenda do que vão fazer e do que já fizeram) mas nós não fizemos o
site e fizemos uma grande campanha a dizer agora temos um site... ˜uem já conhece vai lá.

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˜ual comunidade?

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Nós temos um... Como é que lhe hei-de chamar? Karma. (risos) Nós nascemos numa tipografia
no Bairro Alto, de maneira que andámos por aí a passear um bocadinho por vários sítios,
depois fomos para uma fábrica de material de guerra e agora acabámos numa tipografia outra
vez. E portanto esta relação com esta zona, acho que nós ficámos ligados à indústria
tipográfica desde o inicío. (risos) A indústria tipográfica vai desaparecendo, já não há em
Portugal, e nós vamo-nos apoderando desses espaços. (risos) Eu gosto de estar aqui, apesar de
isto não ser um centro de Lisboa, como o Bairro Alto é, mas a nossa ideia é que, (e isto tem a
ver com o discurso anterior) quando fomos para o Braço de Prata, aquilo era fora do mundo,
nem era fora da cidade, aquilo era fora do país... Estivemos lá 6 meses em que não apareceu lá
ninguém. ˜uando nós fomos para lá, pensámos que aquilo podia acontecer e pensámos ʹ
vamos ficar aqui à espera que as pessoas venham, tinhamos grandes encargos na altura,
devido às obras que tivemos de fazer; e ficámos à espera que as pessoas viessem conhecer o
nosso novo espaço. Já havia pessoas que nos conheciam e certamente alguém diria a alguém
que nós estávamos ali ealguém haveria de aparecer, e foi isso que aconteceu. Mas tivemos
meio ano em que foi penar ali, abriamos às 5ª, 6ª e sábados, depois 5ª, 6ª, sábados e domigos,
depois 4ª, 5ª, 6ª, sábados e domingos... Das 18h às 24h... Até que as pessoas começaram a
frequentar e a fazer lá coisas e ao fim de um ano e tal aquilo já tinha muita gente e ao fim de
dois mais ainda. ˜uando depois surgiu esta hipótese há 2 anos atrás, nós já na altura e eu
sempre defendi a tese de que Lisboa deveria ter 4 centros da cidade, que seriam: o oriente ʹ a
cidade nova, um que já existe que é o Bairro Alto, o Braço de Prata e a Baixa.

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São quase as mesmas que iam ao Bairro Alto, depois ao Braço de Prata e que agora vêm aqui.
Depois há sempre uns que entram... Mesmo as pessoas que trabalham aqui, que trabalham
quase 800 pessoas aqui dentro, mesmo esses no inicío vinham cá e agora andam aí para baixo
e para cima e querem é ir embora para casa... Não querem saber disto para nada. Em relação
aos moradores, há na realidade algumas pessoas que já conheciam a Ler Devagar, que moram
aqui para estes lados e assim vêm cá com muito mais frequência do que aquilo que iam ao
Bairro Alto. Por uma razão de comodismo, aqui podem trazer os carros, encosta ali e já está,
no Bairro Alto isso não era possível.

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Objectivos de quê? De vendas? (não, objectivos relacionados com o vosso plano de acção...)
como dizem os ingleses: ͞working progress͟. Nós não definimos nada! (é um projecto) É um
projecto que é nosso, e o nosso projecto é ter este espaço, nós somos mais uns facilitadores,
que temos prazer em disponibilizar este espaço e esse prazer é aumentado quando existem
pessoas que também tenham prazer em fazer cá coisas. Só há esse plano na galeria, onde é
obrigatório.

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á dias em que não temos nada. (há meses? Sem nada?) Não não... Nem uma semana. á
sempre qualquer coisa. Mal estaríamos nós se isso acontecesse.

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Não... Nós fazemos uma reunião de administração. Para ver as contas, alguns projectos que já
estão agendados.

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Nós temos uma administração, que é composta por 7 pessoas e essas pessoas reúnem-se com
alguma regularidade, mais que uma vez por mês, geralmente. Eu sou presidente desse
conselho de administração. Portanto essa administração é que vai decidindo os investimentos
que devemos fazer, o que fazer e em que momento. Depois obrigatoriamente temos de fazer
2 assembleias por ano, também fazemos.

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Ao nível dos conteúdos, no Bairro Alto tinhamos estruturado as coisas de uma maneira
completamente diferente, tinhamos 3 conselhos que, cada um desses conselhos via e decidia o
que havia de fazer e havia, houve no inicío muitas actividades promovidas por esses conselhos.
E esses conselhos traziam muitas propostas de dentro, não é? Depois há medida que o tempo
foi passando, as propostas de fora eram tantas que os conselhos só fariam sentido se viessem
a propor coisas que afastassem a procura externa... Então esses conselhos foram-se
esvaziando naturalmente. ˜uando há bocado perguntava se tivessemos uma semana ou um
mês sem nada, aí se calhar teriamos de activar os conselhos.

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Não... A galeria está entregue a um galerista, os espaços da Ler Devagar estão bem definidos e
correspondem a núcleos de gestão quase autónomos, o restaurante a mesma coisa, tratam-se
de sessões de exploração.
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Fraquezas são muitas... É o dinheiro, principalmente. O dinheiro que os accionistas aqui


metem é ou para obras ou para livros. Temos precisado de algumas obras desde que viemos
para aqui, pelo que comprámos muito poucos livros. Não aumentámos o nosso stock e isso é
uma grande fraqueza. O potencial tem a ver com a nossa fraqueza. É, vencidas estas barreiras
finaceiras, podermos ter, continuar a construir aquela livraria que nós já somos nalguma
medida, mas que sabemos que estamos ainda àquem daquilo que deveria ser, não é? Somos
teimosos e preserverantes... Nós nunca estamos em crise por uma razão, nós nascemos em
crise. (risos) Não há variações...

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Não faço a miníma ideia... O desejo que eu tenho é o de sermos o que já somos mas com
muito mais livros e melhores. Outro desejo é que ainda mais pessoas venham desenvolver
aqui actividades e que possam, elas próprias, gozar também deste prazer que nós temos.

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