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Ética e Deontologia em Educação Física e Desporto (EFD), 1º Ano, 2019-2020, II Semestre Sobre

os termos “Ética”, “Meta-ética”, “Moral”, “Eticidade”, “Direito” e “Deontologia profissional”.

1. A ética (do grego ethos, i.e, morada, hábitos, habitação) tal como a moral (do latim mores, costumes,
conjunto de normas ou regras adqueridas pelo hábito) tem a ver com os usos, com os costumes (...) No
entanto, a filosofia moderna procurou diferenciá-las (...). A ética define-se por uma exigência de
sistematização, por uma abordagem crítica. Conduz a uma interrogação sobre os fundamentos, que divide
com a investigação metafísica. Na sua acepção corrente evoca uma concepção coerente e pessoal da vida,
enquanto a moral designa o conjunto das regras (normas comuns e convencionais) de comportamento
geralmente admitidas por uma sociedade historicamente dada. (...) A decisão ética passa por um processo
interior crítico de fundação e de legitimação das normas (...) A moral cumpre uma tarefa de regulação,
facilitada pela publicidade dada às suas normas, enquanto a ética cumpre uma função de legitimação ao
interrogar essas próprias normas (...) A dificuldade (em distinguir a ética da moral) ressurge quando o
carácter privado da moral é invocado para a distinguir do direito, quando se argumenta que, ele e só ele,
seria válido para a ordem pública. Nem por isso deixa de haver diferenças notórias entre a lei e a regra
moral. O domínio do direito implica controlos e imposições que a moral, como tal, não organiza sanções
que ela não inflinge. Mas, tanto o direito como a moral assentam num fundo de convicções e de práticas,
comum a uma dada sociedade histórica. Este fundo (comum da moral social e das leis) é formalizado,
codificado, estruturado no direito positivo, quer resulte das leis escritas ou dos costumes feitos letra da lei.
(...) Enquanto a moral é prescritiva, a ética é reflexiva, interrogativa, crítica antes de se constituir como
normativa. É o instrumento privilegiado de questionamento do estado (moral) de uma sociedade e da sua
ordem jurídica. É capaz de os pôr em causa, é capaz também de os regenerar. Se o direito é a expressão
legal do estado da moral colectiva de uma sociedade, a questão ética surge... para questionar os valores
morais, discuti-los (...) As relações entre a moral e a ética, entre a moral e o direito permitem situar agora
o lugar da deontologia profissional. A deontologia, de acordo com a sua raíz grega, é uma teoria dos
deveres. O termo foi criado por Jeremy Bentham, o pai do Utilitarismo, para qualificar a sua concepção
da moral. É importante precisar, de um ponto de vista filosófico..., que a deontologia (...) remete para uma
abordagem empírica de diversos deveres relativos a uma situação social ou a uma profissão
determinada. Isso indica desde logo o seu carácter instrumental (i.e, contextual), portanto, os limites da
deontologia (...) O facto de a deontologia passar muitas vezes por uma formulação codificada, sob o
aspecto de preceitos ou de artigos, aproxima-a do direito...cujo aspecto público seria limitado quanto à
sua autoridade... a um círculo socioprofissional determinado. (CORNU, D. (1999 [1994]). Jornalismo e
Verdade. Por uma Ética da Informação, trad. de Armando P. da Silva. Lisboa: I. Piaget, pp. 36-39).
2. Acerca do conceito de Deontologia ou “normas e regras prescritivas de uma profissão”: “A palavra
deontologia foi criada pelo filósofo utilitarista Jeremy Bentham (1748-1832) que, em 1816, no seu livro
Chrestomatia, a utilizou para distinguir dois ramos de ética: uma ética exegética (i.é, interpretativa),
expositiva e enunciativa; a outra mais sensorial que se refere às ações da vontade suscetíveis de serem
objecto de aprovovação ou reprovação. Estamos perante duas formas discursivas: a primeira destinada à
formação das faculdades intelectuais; a segunda orientada para a determinação da vontade do sujeito. A
esta última, Bentham chama-lhe de deontologia. Nas suas palavras (em Deontologia, ou Ciência da
Moral, obra póstuma de 1789), «Deontologia deriva de duas palavras gregas τὀ δέον [to déon] (o que é
conveniente / o dever) e λογἱα [logia] (conhecimento); quer isto dizer o conhecimento do que é justo ou
conveniente... Como arte é fazer o que é coveniente; como ciência, é conhecer o que convém fazer em cada
ocasião”. (CAMPONEZ, C. (2001). Deontologia no Jornalismo. Coimbra: Almedina, pp. 19-20).

3. (...) há que operar uma distinção entre a ética (do grego ta êthé ou costumes/morada) e a moral (do
latim, mores, hábitos, modos de agir determinados pelo uso). A ética (i.e, filosofia moral sobre o bem-estar
ou vida boa/viver bem) esforça-se por desconstruir as regras de conduta que formam a moral, os juízos do
bem e do mal que se reúnem no seio desta última. A ética é... uma teoria raciocinada sobre o bem e o mal,
os valores e os juízos morais. Em suma, a ética desconstrói as regras de conduta, desfaz suas estruturas e
desmonta sua edifificação, para se esforçar em descer até os fundamentos ocultos da obrigação.
Diversamanete da moral, ela se pretende, pois desconstrutora e fundadora, enunciadora dos princípios ou
de fundamentos últimos (...) Concerne à teoria e à fundamentação, às bases mesmas das prescrições ou
juízos morais”. (RUSS, J. (2005 [1999]). Pensamento Ético Contemporâneo, trad. de Constança M. Cesar.
São Paulo: Paulus, pp.7-8).

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