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O tautismo de Lucien Sfez para estudo

SFEZ, Lucien. A comunicação. São Paulo: Martins, 2007.


150 pg. Sfez é francês, professor emérito da Univ. de Paris, onde atua desde 1989.
O livro “A comunicação”, escrito em 2004.
p/Helena Charro
Buscar tb. no dicionário de Ciro Marcondes Filho:
Sfez, Lucien (por Rose Rocha) e Tautismo (por Danielle Naves de Oliveira pg. 333)

Resumo:

Nunca se falou tanto de comunicação como na sociedade pós-moderna, tudo está


contaminado pelo vocábulo, e no entanto é essa mesma sociedade que não sabe mais se
comunicar consigo mesma, diz Sfez.
A sua obra é uma crítica à comunicação, tanto teórica como por suas práticas. Sfeiz
propõe o bom senso, uma política de interpretação, ou até mesmo a ironia, zombar das
diversas teorias, zombar do cenário da vida cotidiana (onde os conceitos comuns às
ciências da comunicação tb. migraram para a vida rotineira).

Panorama
Anos 70 – primeiros delírios sobre a informática, privatização das companhias
telefônicas, promessa do início de toda liberdade possível.
Anos 80 – multiplicação de canais de televisão, videocassetes, - promessa de
democratização cultural.
Anos 90 – logorréia na internet, que chegou no séc. XXI como uma bolha esvaziada –
internet – promessa da felicidade e igualdade, ciência e cultura, inteligência coletiva,
democracia política e solidariedade entre os homens.

Comunicação tecnológica, que se pretende constitutiva de toda comunicação. No


entanto, a coesão social é contestada, valores desagregados, símbolos gastos que não
conseguem mais se unificar.

Comunicação se transforma em Voz única:


Homem e natureza (biotecnologia)
Homem e sociedade (audiovisual e publicidade)
Homem e seu duplo ( inteligência artificial)

Comuniquemo-nos por meio dos mesmos instrumentos que debilitaram a comunicação.


Esse é o paradoxo.

INTRODUÇÃO (pgs. 9 a 29)

O ponto central da crítica da comunicação é a fusão de dois delírios, sem distinção: a


teoria da representação e a da expressão:
Antes de falar sobre elas, ele recorre a três teorias explicativas:
1. a de Jürgen Habermas
2. a de Jacques Ellul
3. a de Pierre Legendre
1. J. Habermas – A teoria da ação comunicativa
A sociedade deriva de atos de comunicação que ligam os elementos civis entre si.
A comunicação está no social, na língua que é social, no implícito, no prejulgado. A
comunicação não é maquínica, mas compreensiva. Ela emerge em momentos de
ruptura. A vivência do mundo é captada, tecnicizada por atores responsáveis. Escapar
da estratégias lineares do sucesso e se oriente para o entendimento. A comunicação está
no núcleo do vínculo social.
Crítica às teses de Habermas por Sfeiz – Para Habermas, diz o autor, o entendimento se
opõe ao sucesso, sociedade crítica a Estado, manipulado a manipulador. Sfeiz considera
esses pressupostos ingênuos, e nada se encontra na tese de Habermas sobre a
comunicação hoje, apenas um cenário de generalidades que pode servir de guia. Nada
sobre as tecnologias do espírito, sobre a inteligência artificial, nada sobre a lingüística.

2.Jacques Ellul – O sistema técnico suprime a fratura objeto/sujeito, neutraliza tudo o


que o cerca. O sistema técnico não se identifica com a própria sociedade, mas a
influencia , O cidadão se torna propagandeado, e o homem político é vítima de ilusões
de liberdade. O sistema técnico não gera nenhum sentido nem conteúdo, mas ele é
determinante. Ele é a própria potência. A linguagem explode, bem como a sociedade, é
o fim da comunicação. Ellul, diz o autor, visa ao retorno do sujeito, da intenção, do
sentido, da transmissão (comunicação), para além do sistema.
A contribuição de Jacques Ellul, segundo Sfeiz – Dois pontos importantes: 1. O sistema
técnico impede a comunicação porque a neutralizam, fragmentando e dividindo ao
infinito os homens entre si. Babel moderna, nova punição divina. 2. Teologia da técnica
– alienação suscita comunicações específicas, apropriadas.
Crítica a Ellul por Sfeiz – Ellul confunde a linguagem digital interna ao computador
com a linguagem computacional, que se enriquece todos os dias. Sfeiz não aceita a idéia
de que o computador não passa de cáculos. Mesmo não pensando o computador,
segundo Sfeiz, se lança em circuitos imprevisíveis, aleatórios, que podem se reunir às
imprevisibilidades humanas, estimular a reflexão, gerar, com o tempo, o novo. Esses
erros em nada diminuem o alcance de Ellul, diz Sfeiz.

3.Pierre Legendre – Qdo. comunicar é partilhar: permite a identidade. “Eu destesto a


palavra comunicação”. Socialmente a palavra é o império da força; a comunicação é um
dogma, uma rede de proposições que nos remete ao princípio da autoridade.(Legendre
1982).
Contribuição de Legendre – Para Sfeiz a contribuição reside em seu elogio da censura
institucional. Os teóricos da gestão empresarial pretendem impor sua verdade
publicitária diretamente, para chegar aos fanatismos religiosos e políticos.
Crítica a Legendre – Não atinge o alvo comunicação de maneira precisa.

Três metáforas, três visões de mundo.


Sfeiz apresenta uma perspectiva teórica para a compreensão do processo de
comunicação.As metáforas criam zonas e atração para os conceitos.

1. A representação e a bola de bilhar – A metáfora: a máquina


2. A expressão e a Creatura – A metáfora: o organismo
3. A confusão e o tautismo - – A metáfora: Frankenstein
A COMUNICAÇÃO REPRESENTATIVA (PG. 32 A 65)

(Pg. 333 Dicionário Ciro Marcondes por Danielle)


“Representação para Lucien Sfez, é sinônimo de mecanicismo. A tradição cartesiana
tem, nesse caso, papel central. Há o primado do sujeito, o que torna a relação humano-
máquina hierárquica e linear. O homem cria a técnica e faz uso dela sem se tornar seu
servo. Trata-se de um esquema simples e, por isso mesmo, o mais poderoso, pois seus
princípios estão amplamente presentes no cotidiano. O autor dás as seguintes palavras-
chave e imagens-força para tal modelo: sujeito, emissor, receptor, conteúdo, sistema,
direção, articulação, quantidade, mesura, eficácia, realidade, unidades discretas.
Nesse contexto, representativo, o processo de comunicação reproduz sua matriz
mecanicista, funcionando como uma bola de bilhar: há dois sujeitos ou pólos que se
colocam em relação. Um emite a mensagem e o outro recebe. A mensagem é como um
átomo de informação e transmite através de um meio. Ao receptor cabe reagir ou
retroalimentar o sistema, ou seja, dar um feedback. Em muitas escolas de comunicação
ainda se ensina esse processo como se fosse único e inquestionável”. (Danielle)

I- A bola de bilhar

Primeiro princípio
Tudo está na linearidade do movimento, um modelo maquínico, cujos elementos se
encontram nos princípios de Descartes.
O modelo é:
estocástico = porque é passo a passo
atomístico = porque a comunicação põe em presença dois sujeitos, átomos separados e
indivisíveis.
mecanicista = em razão da linearidade do esquema de transmissão, que é uma máquina.

Segundo princípio
Um sujeito A, um canal com uma mensagem, um sujeito B. O movimento de
transmissão, assim como a bola de bilhar, é continuamente animado. Qdo. a operação
está concluída, o movimento atinge o estado de repouso.

Terceiro princípio
A exterioridade e a atomização dos elementos: eles não se interpenetram.

Uma máquina semiótica – semiologia estrutural


Sabendo-se da linearidade mecânica emissor-receptor, a questão é saber em que
condições a mensagem pode atingir seu alvo.
Assim deve haver equilíbrio entre conotação e denotação, e a observação da
redundância, para aumentar a capacidade de compreensão, repetimos os mesmo termos,
etc.

O sujeito persiste
Presume-se que os dois sujeitos falem e desejam se comunicar algo.
A forma do modelo de bola de bilhar:
teleonômica: - a comunicação é orientada para um fim
antropocêntrica, ou até mesmo antropomórfica – a comunicação se comporta como se
tivesse consciência de ser comunicação, assim como a bola quer ser uma bola.
A mensagem precisa ter um tratamento específico e esse tratamento é da alçada da
teoria da informação.

Teoria da informação (IPS – Information Processing System)


Para que a série de unidades possa alcançar a extremidade da cadeia sem ser deformada,
é preciso que algumas condições sejam respeitadas.
- referentes ao canal transmissor / - referentes à mensagem em si.
Na semiologia o canal era a própria língua, aqui o canal é fisicamente mensurável e
modulável. Cuidar dos ruídos.

A entropia
Desordem, dissolução do sistema, O segundo princípio da termodinâmica.
Quanto mais informação há, mais aumenta a entropia.
A mensagem representa o emissor. A bola de bilhar informa e gera a grande
diversidade, aqui assegura a teoria da representatividade, a raiz de todas as teorias
clássicas, quer sejam as teorias do mass media (1940), quer sejam as de Simon e a
inteligência artificial.
A metáfora máquina revela o conteúdo representacional e linear, o poder do homem
sobre o meio, uma filosofia do domínio, um instrumentalismo. O homo faber, o
inventor, fabricando modelos. Chomsky e Turing são os inspiradores diretos (teoria do
discurso)

II – A inteligência artificial

Gramática maquínica (Chomsky)


Colocar em relação o processo computacional e o da linguagem humana
Computador: competência linguística se aloja no hard
Interpretação, efeito semântico é deixada para o usuário
A estrutura do dizer – a língua – é preferível à imprevisibilidade do dito. As idéias
claras tem preço.

A medicina Turing –
Segundo Turing, é necessário refutar argumentos antimecanicistas. Imitation game: Um
jogo pode passar por um teste de inteligência para o computador, se a máquina chegar a
imitar o pensamento humano, então, de certo modo, ela, a máquina ganhou crédito.

A inteligência artificialissima de Simon e Newell


Ser individual, normal, a curto prazo. A teoria presente vê o homem como um
processador de informação. O computador é uma instância de processador de
informação. Sugerem essas duas frases que o homem deve ter por modelo o computador
digital.
Um sistema de processos de informação é um sistema de signos. Daí as conseqüências:
O sistema de signos repousa sobre uma concepção exclusivamente representativa. A
representação é espacial. Eu a mantenho diante de mim, como uma paisagem, eu a
considero como um objeto situado no espaço, no qual ela ocupa um certo lugar.
Estruturas associativas do espírito que correspondem à associatividade das coisas no
mundo.
A totalidade dos sistemas especialistas(geologia, direito, etc.) ou das máquinas de
processamento de texto baseiam-se nesse tipo de pensamento.
Crítica = Dado que somos seqüenciais, exatamente como a máquina, podemos seguir
uma só conversa por vez!?!! Tudo seria então transparente, visível e legível, sem
opacidade alguma. Pura visão maquínica, que o homem produziu, mas é uma mínima
parte de sua atividade. Nem tudo o homem decide pela racionalidade.

MEMÓRIA – Módulos de programas?????


III – A psiquiatria robótica
Manual para a psiquiatria robótica com diagnóstico correto. Pgs.55/56

IV - As concepções mecanicistas dos mass media


Como no caso da inteligência artificial, a reflexão sobre a comunicação é sempre um
esquema clássico, cartesiano, representativo. O emissor é o todo-poderoso, é ele que
aciona a bola de bilhar, a mensagem que atingirá o sujeito passivo, todo ouvidos, todo
consentimento.

A dominação do emissor
Prevalece o modelo behaviorista de um estímulo e de uma resposta. O receptor passivo,
em estado hipnótico, influenciado pela propaganda, a massa é plástica, maleável. O
esquema da linearidade vem da teoria da informação de Shannon e Weaver. Shannon
preocupava-se principalmente na transmissão e aquisição de sinais eletrônicos. O
behaviorismo esqueceu essa nuance A idéia pavloviana do clique que gera uma reação,
levando-nos a pensar que o destinatário está sempre sob o controle do emissor. A noção
de feedback complica o modelo. Laswell : quem diz o que a quem por meio de qual
canal com que efeito.. Os teóricos marxistas se preocupam sempre do controle exercido
pelo emissor sobre a população. É o representar que é convocado como suporte desse
modelo. Realidade de dois sujeitos e a realidade objetiva da mensagem.: o todo é
formalizável, matematicamente, inclusive a circularidade cibernética, enquanto o ruído
é visto como externo, perturbando a recepção.
Aqui, o emissor perde o poder: o papel dos intermediários
Mas não perde todo o poder. Aqui entra o mensageiro C, o que receptor de A e B. O
fato de o intermediário servir como agente do destinatário constitui um importante
deslocamento da problemática inicial, que concedia um peso exclusivo ao emissor.
O “two-step flow communication” (Veja tb. Lazarsfeld, Paul – Dicionário Ciro,
pg.223/224).
O two step flow – Lazarsfeld = “teoria dos dois níveis, descobriu-se o papel
desempenhado pelos líderes de opinião de grupos e comunicadades. Eles são as
verdadeiras mediações entre os meios de comunicação e os indivíduos menos
interessados. Além das técnicas persuasivas, o fator da influência pessoal. Esses fluxos
sociais locais é que determinam a aceitação dos conteúdos propagados pelos media.”
(Wilson)
Two-step flow é considerado como uma etapa, uma fissura no antigo sistema
funcionalista, informativo, representativo da sociologia americana.

V – A comunicação representativa na ciência clássica das organizações (respostas-


padrão)
A questão do uso da comunicação nas empresas. Comunicação como um dos elementos
constitutivos da racionalidade limitada. A comunicação é considerada dentro de uma
divisão interna do trabalho> Encontrar um modo de simplificar a comunicação
substituindo normas que levam a resultados satisfatórios por critérios de otimização
(Autores March e Simon). Comunicação como auto-regulação das instituições. Segundo
o entendimento de Sfez, a comunicação surge então para permitir respostas-padrão,
comunicação artificial, análogo à int. artificial. . Operatividade emissor-canal-receptor
remete a trilogia da decisão: preparação-decisão-excecução. O preço: cegueira na
observação.
Metáfora maquínica. A máquina é concebida de acordo com o icônico. Preposição
“com”. Percepção: visão

A COMUNICAÇÃO EXPRESSIVA (PG.67/106)

“A expressão tem por metáfora o organismo ou “creatura”; Aqui é a filosofia de


Espinosa que dá o tom. Não há mais a relação homem-máquina, afinal homem e
máquina são conseqüência um do outro, eles se entregeram, ambos participantes do
mesmo todo, do mesmo ambiente. Se antes havia sujeitos dominando objetos, agora há
a complexidade da natureza, cuja imagem é a de um grande organismo vivo”. Segundo
Sfez, as palavras-chave desse modelo são: meio, níveis, vivo percepção, forma,
organização, reciprocidade, totalidade, desenvolvimento. Comunicar, mais do que
transmitir, é expressar. E nesse caso tudo se comunica com tudo, não há mais
predominância dos fins sobre os meios. Ora, simplesmente não há mais fins nem meios
e toda teleologia perde seu lugar. Com isso, a totalidade da natureza e dos seres pode ser
conhecida sem intermediação, pois suas partes contêm o todo. Cada humano comunica-
se diretamente com os corpos inteiros de outros humanos e com seu entorno.”
( Danielle, pg. 333/334, in Dicionário Ciro)

Características da comunicação expressiva, segundo Sfez:


Hierarquias = talvez, mas misturadas umas às outras.
Sujeito e objeto estão ligados, mas por níveis.
A metáfora do organismo impera, tomando o nome de criatura.
I - Creatura ( Gregory Bateson – escola de Palo Alto), II – Auto-organização, III
conexionismo, IV – mass media

I -Creatura
O mundo da organização viva e da evolução que, por sua própria natureza, são
comunicacionais. É a Creatura que interessa a Bateson.
As idéias exprimem a natureza e não a representam. Com a expressão estamos no plano
do audível. A audição instaura uma ligação com o tempo, que é da ordem da
simultaneidade e não da seqüência. Passagem da imagem clara e distinta para a a da
escuta variável.
O tempo torna-se circular. Nada de começo nem fim como a bola de bilhar. Aqui o
querer é idêntico ao poder. O homem participa do todo e se comunica com o todo. A
ordem e a conexão das idéias são as mesmas que a ordem é a conexão das coisas. Aqui
a realidade exterior ao sujeito desapareceu, porque o indivíduo é capaz de favorecer
seus bons encontros com o mundo.

1. da linha ao círculo
Monismo, circularidade, interação
O monismo. G. Bateson. Ataque ao dualismo atribuído a Platão, e entra a unidade
sagrada da biosfera. O pensamento é história. Toda comunicação necessita de um
contexto.
A circularidade. Visão ecossistêmica e cibernética Com a circularidade renuncia-se ao
modelo de entropia. A mudança ou diferença é uma mudança de nível de informação,
um reenquadramento, quer dizer, a criação de um contexto. Watzlawick: è pelo
analógico que se constitui o contexto e é por ele que se chega à criação de um novo
contexto.
A interação. A noção de circularidade leva à interação generalizada do observado e do
observador. A interação se torna sistema. Uma certa originalidade, diz Sfez, desponta
em Bateson: a interação se define por uma troca entre subsistemas, troca de informações
caracterizadas por uma diferença. A informação é uma diferença produzida pela
diferença. (Obs.: o sistema interativo dos clássicos é visto como procedimento de
descrição). A interação em Bateson é vista como processo de mudança a construir. A
circularidade é ela mesma ação.

2. A ruptura de Von Foester


Von Foester = “A comunicação é a interpretação, feita por um observador, da interação
de dois organismos”. “A comunicação é uma representação interna de uma relação entre
si e um outro, pois nada é comunicado, dado que tudo depende apenas do observador e
que a atividade nervosa de um organismo não pode ser partilhada por outro organismo”.
Paradoxo, segundo Sfeiz = è ao mesmo tempo, necessário comunicar para entender os
organismos vivos, suas interações, e para agir sobre eles, e é impossível comunicar,
visto que tudo depende de nossa subjetividade. Subsiste, no entanto, uma tênue linha de
divisão, uma linguagem conotativa imagética, aproximativa, analógica, ao qual
escapamos ao solipsismo, criando entre nós, observadores, uma comunidade de
observações..
É necessário que haja ao menos dois observadores para que o observado possa ser um
observador. Realidade de segunda ordem, assim como em uma cibernética de segunda
ordem, ela própria reinterpretada. Realidade da realidade, fórmula de Von Foester. Ele
entende computação no sentido de putare, pensar com, contemplar ou meditar.
Conhecer, uma recorrência incessante do pensamento ao pensamento.

3. Quadro da metáfora organística


A realidade objetiva não é mais necarada como um ojeto. Ela cede a uma realidade de
segunda ordem, construída relativamente a nossas posições. O observador tem uma
influência determinante sobre aquilo que pretende observar. Princípio de relatividade
para nosso conhecimento. Mas a subjetividade é relativa. O observaodr não é solitário.
Ele se sabe observado como quanto ele mesmo observa, esta posição é chamada de
intersubjetividade ou subjetividade associada. O objeto se constrói em redes de
observações conectadas, verificadas pela ação. A realidade de segunda ordem inclui seu
próprio deslocado. Fechamento de um sistema relativizado não é um círculo fechado,
uma seqüência sem fim. À medida que se fazem observações, a realidade se transforma
em outra. O processo jamais se conclui, mesmo sendo de fechamento.
Um sistema organizado, como o são as máquinas ou os sistemas vivos, é um sistema
que evolui porque é complexo, circular e hierárquico por níveis interconectado. Essa
evolução depende da auto-organização. A auto-organização remete à não realidade
externa, visto que não é de fora que recebemos informações, mas de dentro, pois a troca,
entre diversos níveis produz a comunicação. (teoria de vários epistemólogos, biólogos,
físicos, neurobiologistas).

II – A chamada Escola de Palo Alto


Inspirada em Bateson e Von Foester. È a metáfora do organismo
Preposição no – Estamos no mundo.
O ambiente, ao qual atribuímos a propriedade exclusiva de estar fora de nós, está, de
fato, no interior. O organismo se constrói em espiral, cresce, esse é um aspecto de sua
organização, que alguns chamarão de “autoprodução”. Tudo é comunicação. A
comunicação vai refletir todo o jogo do saber e das atividades. Suas regras serão
universais, ela reina.

1, Do indivíduo à orquestra
Nessa orquestra cultural não há nem maestro, nem partitura, cada um toca entrando em
acordo com o outro.
O famoso doublé bind. – A mensagem é indecidível. : Não se pode reagir a essa
mensagem, não se pode não reagir aqui. Parece pertencer ao campo da terapia familiar.
Um indivíduo pode ser considerado louco por ter ao menos insinuado que talvez haja
uma discordância entre o que ele vê e deveria ver.
A antropologia – O doublé bind tb. vincula estruturas sociais mais amplas: simetrias e
complentaridade. Complementaridade: A mais autoritário e B cada vez mais submisso.
Simétricos: Se A responde com presunção, B tb. responderá com presunção; então a
competição logo chegará a extremos.
A lógica das classes – As classes lógicas permitem regular a contradição do doublé
bind. – O indivíduo é membro de uma classe, mas a multiplicação dos indivíduos não
tem como resultado a classe. Não entendi como pode regular a contradição.
Terapia – Paciente deve se comportar como de costume, que seja espontâneo. Mas se
isso foi pedido a ele, ele deixa de se tornar espontâneo. É a determinação paradoxal.

2. Da teoria à experiência
O tempo da pesquisa-ação - A pesquisa-ação é eficiente. Seu tempo é diferente do
tempo da pesquisa clássica. O ato terapêutico é breve. Chega de se referir a causas
longínquas, e das intermináveis análises freudianas. Ele deve ser relativo ao contexto
atual. Temerário investigar causas passadas. Convém estudar diretamente a
comunicação de um indivíduo com seu meio. As causas são pouco importantes, os
efeitos, fundamentais. O sintoma é fruto da interação contextual. Pg. 83
As metáforas de will e do self – Faça você mesmo suas desgraças. Esses conceitos
pairam no horizonte como conceitos a estabelecer. ??????? Também não entendi. Como
no livro de Lipovestky em que hoje somos livres e podemos escolher nossos próprios
caminhos?

III – Auto-organização: fechamento e soluções

Von Foester insistia no fato de que o emissor e receptor da informação pertencem ao


mesmo sistema. Aqui está a convergência de Von Foester, Maturana e Varela.
Postulados de Maturana e Varela
1. O mundo tem uma realidade objeiva, independente de nós como observadores, Esse
postulado, segundo Sfeiz, permanece não demonstrado.
2. Conhecemos com a ajuda de nossos órgãos sensoriais, por um processo de projeção
da realidade exterior objetiva sobre nosso sistema nervoso. A cor não existiria no
mundo objetivo. A cor é uma fabricação interna do sistema nervoso.
3. A informação é uma profundidade física verdadeira, propriedade de todo sistema
observável.
Se existe uma realidade objetiva, isto depende somente do sujeito. Não há realidade
objetiva, mas uma ciência do sujeito.
- A faculdade de conhecimento é um sistema autopoietico, sistema homeostático que
produz sua própria organização. Um sistema vivo garante sua própria geratividade e,
por isso, se desintegra se parar de funcionar.
- O sistema nervoso é uma rede fechada de neurônios laterais paralelos, que atuam uns
sobre os ouros de maneira recursiva. Aqui não há exterior, nem interior, mas
fechamento. Não existe distinção alguma a ser feita entre percepção e alucinação.
- O sistema nervoso está acoplado ao organismo que o integra. Tem-se o acoplamento
de
Duas fenomenologias: uma atemporal e fechada (sistema nervoso); outra histórica e
aberta (a do organismo e do meio ambiente ao qual o sistema nervoso está acoplado).

O fechamento Varela
Varela reforça o pensamento da auto-organização. Tenta construir uma eoria dos
sistemas autônomos que desenvolva e inclua a teoria de autopoise. A autopoiese não
implica a não interação, é uma noção e não uma teoria para Varela.

Atlan circunscreve o problema –


Parece evidente que os sistemas são abertos, porque, se as trocas com o ambiente
pararem, os sistemas morrem. Esses sistemas recebem correntes de informação do
exterior ou de um ambiente já cartografado pelas projeções do próprio sistema, de modo
que aquilo que proviesse do ambiente seria apenas um vetor de projeção anterior do
sistema sobre o ambiente. Atlan corrige Varela. Trabalhos sobre troca de energia A
mensagem é portadora de um sentido que não é o da multidireção ou da direção
vetorizada de seus elementos. A significação só pode ser encontrada em um nível
superior de complexidade. O ruído não produz a ordem, diz Atlan, mas a complexidade.

IV – O conexionismo ou a inteligência artificial expressiva.


Inteligência artificial – o conexionismo, A neurologia é convocada. A arquitetura neural
desses novos computadores se torna importante. Possibilidade de simular processos
paralelos em máquinas seqüenciais por conta do incremento da rapidez e capacidade da
máquina. Progresso tecnológico e progressos da neurobiologia são constitutivos do
neoconexionismo.

V – Mass Media expressivos


O destinatário desbanca o emissor. O todo está na mensagem, nas palavras não-
ditas que ela evoca, mas tb. em toda atmosfera na qual as palavras são ditas e
ouvidas. Tudo isso é comunicação. “Modelo Barnlund”.
Modelo Thayer - A presença do emissor não é necessária, mas é fundamental a presença
do receptor. O receptor é de fato, criador de toda mensagem. O ruído exterior se
organiza na mente do receptor. Os media desempenham papel de disparadores, como
intensidades luminosas, que reconstruímos em nosso cérebro em formas, cores e
objetos.
Fatores socioculturais. – O receptor inventa sua percepção de modo próprio. Pg.98
A coer(sedu)cão de Ravault - Redes e coerção e sedução. São elas que lançam mão da
segunda mensagem que se torna alavanca de combate. O second step da comunicação
que domina o primeiro.
A aculturação segundo Gerbner – O destinatário não é nada neutro. Existe uma
possibilidade de interpretação crítica por parte do destinatário, mas só se ele
tomar consciência, não de uma mensagem isolada, mas do conjunto de construções
fictícias que os programas de tv oferecem.. Mas seguimos mergulhados em um
mundo inteiramente fabricado por e para os grandes interesses econômicos dos
trustes de comunicação. O mundo que nos mostram é um mundo ilusório, feito para
agradar o maior número e que tem em poucas conexões com a realidade social e
política. Os que assistem constantemente tv se comportarão como vítimas, se tornarão
facilmente manipuláveis, normatizados; eles serão os mais repressivos contra todos os
marginais, reivindicarão castigos implacáveis para os rebeldes de todas as ordens.
Insegurança e mal estar entre os televisivos Nesse caso o receptor é muito ativo, ele
reconstrói uma realidade diretamente extraída dos conteúdos do sistema de mensagens,
é uma realidade segunda. A única via de acesso para a desalienação é a crítica.

VI – A comunicação expressiva na ciência nova das organizações.


Martin Landau = .A redundância. Ela tende a suprimir o erro e assegurar o mais alto
grau de confiabilidade. Equipotencialidade. O 747 não pode funcionar normalmente
com três motores e assegurar ainda um transporte sem riscos com dois?? Mas ele tem 3.
As redundâncias institucionais:- Quando um dispositivo não funciona já temos um outro
pronto para substitui-lo. A redundância diminui os erros, atenua conflitos e até aumenta
a produtividade.

Na comunicação expressiva: A realidade não é objectiva, mas faz parte de mim mesmo.

A COMUNICAÇÃO CONFUSIONAL (PG.107 A 147)

O texto abaixo é de Danielle (pg. 334, Dicionário Ciro Marcndes).


“A confusão tem o Frankenstein como metáfora e o tautismo como conceito. Está
intimamente ligada à tecnologia que a aporta, uma espécie híbrida de máquina com
organismo, de criatura que se volta contra o criador. É o embaralhamento total de
referências, num movimento que acaba por anular qualquer tipo de hierarquia e de
direção. Tal modelo obedece às seguintes palavras-chave e imagens-força: criação,
imaginação, novidade, metamorfose, vontade, visão autorreferência, simulação. Entre
seus autores mais representativos estão Mary Shelley, Douglas Hofstadler e Jean
Baudrillard.
Essa figura tem uma grande força simbólica e, muitas vezes, ares de ficção científica. É
tão real que parece irreal. O descomedimento vem de todos os lados: experiências
genéticas monstruosas, clonagem, máquinas que pensam e (quase) sentem ,imagens que
geram a si próprias, imagens enfim por todos os cantos e cientistas que são cobaias de si
mesmos. A figura do irresponsável aprendiz de feiticeiro é tb. apropriada para esse caso.
No que diz respeito à comunicação, o tautismo atinge a confusão total entre emissor e
receptor. “Diz Sfeiz: Num universo em que tudo comunica, sem que saibamos a origem
da emissão, sem que possamos determinar quem fala, o mundo técnico ou nós mesmos,
neste universo sem hierarquias, tudo se amontoa, a base é o topo, a comunicação morre
pelo excesso de comunicação e se consuma numa interminável agonia de espirais”.
A esta altura fica claro que Sfez assume uma posição teórica pessimista. As tecnologias
não são mais simples máquinas, tampouco participantes de um ambiente ou organismos.
Elas são efeitos, mas que insistem em se camuflar em causas primeiras. Surgem de uma
nova ciência, ela própria confusa, como se vê nos princípios da inteligência artificial e
das ciências cognitivas. Por isso, agora chamadas de “tecnologias do espírito”
(Danielle)
“O tautismo faz parte de um esquema triádico formado por “representação”,
“expressão” e “confusão”. De acordo com Sfez, “ cada um desses três modelos
engendra sua própria epistemologia, sua visão de mundo e de comunicação. E produz,
respectivamente suas próprias tecnologias. Os dois primeiros, embora antagônicos, são
de certa forma complementares. Mas a confusão – terceiro modelo – vem como resposta
ao embaralhamento da representação com expressão, dando origem ao tautismo.
(Danielle, pg. 333, in Dicionário Ciro)
“Tautismo –neologismo obtido da combinação entre tautologia e autismo.
Tauto, do gr. Tauto, o mesmo – logia: logos. A fala do mesmo.
União dos termos tautologia e autismo.
Da tautologia sabe-se que é uma repetição lógica, em que o resultado de um raciocínio é
igual à sua proposição, tb. pode ser expressa numa oração cujo predicado nada
acrescenta ao sujeito, por exemplo: A mulher é fêmea. O autismo caracteriza-se por um
distúrbio ou estado mental de fechamento, de criação de um mundo próprio com pouco
ou nenhum contato com o exterior. “A fusão desses dois elementos leva ao tautismo,
modelo de comunicação marcado pela autorrefencialidade, circularidade,
impossibilidade de troca e, consequentemente, por totalitarismo.” (Idem)

Tautismo – confusão – Baudrillard, entre outros – Metáfora Frankenstein – Preposição


“pelo” – Multimedia – Ciências cognitivas e teorias da inteligência artificial.

Algumas características da comunicação confusional


Aqui há a quick therapy –
Repetição = De tanto falar nada mais é dito.
Roçamos na sociedade do simulacro de Baudrillard.
A comunicação organiza o corpo do receptor e o estrutura como sujeito segundo de uma
realidade segunda. Sujeito e ambiente estão confundidos. O processo da comunicação
só leva em conta o mero vaivém de um diálogo sem personagem. Só leva em conta a si
mesmo, isto é, a comunicação em seu próprio objeto. Tautologia.
A posição de Baudrillard – a realidade remete à ficção e onde a ficção é a própria
realidade.
Se a realidade se tornou uma noção sem conteúdo real, se a mensagem não tem mais
sentido, se não há mais fronteiras entre o fora e o dentro, se a própria expressão se torna
uma construção oca, pois tudo o que lhe resta é se repetir indefinidamente como seu
mesmo, sem diferenças, então a mensagem desses profetas deve ser tratada da mesma
maneira..
Pode-se escrever o mesmo sobre as teorias e as práticas da publicidade, do marketing e
das pesquisas de opinião.

CONCLUSÃO GERAL (pgs. 143 a 147)


Contra a comunicação confusional: a interpretação

O autor não se opõe à comunicação, mas quando a comunicação não quer dizer nada.
É a comunicação confusional que é perigosa, que se opõe a uma política de bom senso e
da interpretação.
A devoção para com a técnica toma ares de religião, sacraliza ídolos, idolatra imagens.
A ironia é um belo modo de expressão do bom senso. As máquinas não emitem mais
uma mensagem eletrônica imperturbável. Elas se tornaram napolitanas.
O superficial assume o papel do profundo
A profundeza que habita a fala e o programa não suporta.
Se a interpretação é parte integrante da comunicação e se, por outro lado, referimos essa
interpretação à função simbólica, à medida que ela lê e liga os signos entre si pela
mediação de símbolos interpretantes, devemos tb. reconhecer que ela se situa no lado
oposto ao da confusão tautística.

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