Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
ÍNDICE
I
II
III
IV
V
VI
1.INTRODUÇÃO.......................................................................................................................1
1.1. Delimitação do tema.....................................................................................................1
1.2. Objectivos Geral e Específicos....................................................................................2
1.2.1. Objectivos Geral...................................................................................................2
1.2.2. Objectivos específicos..........................................................................................2
1.3. Problema.......................................................................................................................2
1.4. Hipóteses......................................................................................................................3
1.5. Justificativa...................................................................................................................3
1.6. Metodologia e Técnicas de Investigação.....................................................................3
1.6.1. População e amostra.............................................................................................4
2. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................................6
2.1. Administração..............................................................................................................6
2.1.1. Administração de Recursos Humanos..................................................................6
2.1.2. Processos dos Recursos Humanos........................................................................7
2.2. Organização..................................................................................................................8
2.2.1. Sectores organizacionais e suas funções...............................................................9
2.3. Auditoria.....................................................................................................................12
2.3.1. Conceito de Auditoria.........................................................................................13
2.3.2. Função da Auditoria............................................................................................13
2.3.3. Fases do trabalho de Auditoria...........................................................................13
2.4. Tipos de Auditoria......................................................................................................14
2.4.1. Auditoria Interna.................................................................................................14
2.4.2. Auditoria Externa................................................................................................15
2.5. Controlo Interno.........................................................................................................16
2.6. Importância da auditoria interna na gestão dos recursos humanos............................18
2.7. Procedimentos da Auditoria Interna...........................................................................18
3. ESTUDO DE CASO.........................................................................................................21
2. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................25
3. SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES.............................................................................26
4. Referências Bibliográficas.................................................................................................27
5. ANEXOS...........................................................................................................................31
I. DECLARAÇÃO DO AUTOR
Eu, Erica Filipe Machava, declaro, por minha honra, que o presente trabalho é da minha
autoria e que nunca foi anteriormente apresentado para avaliação em alguma instituição de
ensino nacional ou estrangeira.
A Autora
_______________________________________
I
II. DECLARAÇÃO DO SUPERVISOR
Eu, Euclides Salvador Matimele, declaro ter sido o supervisor do Trabalho de Conclusão de
Curso da aluna Érica Filipe Machava do curso de Contabilidade, Fiscalidade e Auditoria,com
o tema “Avaliação da Percepção dos Gestores de Recursos Humanos, Contabilistas, Auditores
e Estudantes sobre a Importância da Auditoria Interna no Processo de Gestão dos Recursos
Humanos”. E, por ser verdade firmo a presente declaração.
O Supervisor
__________________________________
II
III. DEDICATÓRIA
Dedico a minha mãe, Alda Bila, meu pai Filipe Manuel Machava e aos meus irmãos,
Laura Neoclemo Mathe e António Neoclemo Mathe.
III
IV. AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradecer a Deus por ter me dado a vida, e por me abençoar a cada dia
da minha vida, Agradeço também aos meus pais Filipe Manuel Machava e Alda Bila pelos
ensinamentos que tem me dado a cada dia e aos meus colegas pelo suporte pelos
conselhos que me deram nos momentos em que mais precisei.
Aos Docentes, principalmente o Docente Euclides Salvador Matimele, que sempre deu o
seu máximo para que eu pudesse ser uma técnica contabilística bem formada pelo Instituto
Foco.
IV
V.ABREVIATURAS
RH – Recursos Humanos
V
V. RESUMO
Dentro de uma organização é preciso agregar valor, levar a gestão da empresa a repensar e
reprender novas técnicas de gestão, com o intuito de conseguir excelentes resultados com
menos recursos. Diante desse cenário, surgiu a necessidade de um profissional que auxilie os
gestores na supervisão das actividades, visando optimizar os resultados da entidade, o
presente estudo versa acerca da importância da auditoria interna no processo da gestão dos
recursos humanos através de um estudo de caso qualitativo aplicado ao Ministério das
Finanças e Instituto Foco, entre 2018 e meados de 2019, cujo principal objectivo foi o de
avaliar a percepção dos gestores de recursos humanos, contabilistas, auditores e estudantes
sobre a importância da auditoria interna no processo de gestão dos recursos humanos. No final
todos indivíduos amostrais estudados, consideraram a auditoria aos recursos humanos uma
ferramenta importante que garante maior segurança e credibilidade à informação necessária
para a gestão de pessoas em qualquer organização.
VI
1.INTRODUÇÃO
Os problemas de recursos humanos vem sendo uma preocupação por parte dos profissionais,
tanto mais visível quanto se torna decisivo para o resultado organizacional a existência de
recursos humanos adequados, competentes e motivados. Tratando-se de uma prática com
reduzido enquadramento teórico, a gestão dos recursos humanos evoluiu um pouco à sombra
das teorias organizacionais que foram desenvolvidas e das teorias comportamentais reveladas
na sequência do estudo das estruturas e dos processos organizacionais.
A gestão dos recursos humanos de uma empresa é, antes de tudo, conhecê-lo e contribuir para
seu desenvolvimento. Conhecê-lo é uma decisão preliminar importante, que muitas vezes se
choca com preconceitos e princípios sobre a motivação das pessoas e seu comportamento no
trabalho.
Portanto surge a auditoria interna que se refere ao trabalho realizado por um staff de auditores
profissionais com a finalidade de, segundo Attie (2011), emitir uma opinião fundamentada
sobre a eficiência e eficácia dos processos e procedimentos interno da organização. O termo
auditoria tem sido usado para diferentes tipos de actividades, mas com a mesma finalidade,
apesar de as suas actividades serem extremamente vastas, abarcando toda a entidade, em
todos os aspectos das operações e a todos os níveis de auditoria, isto é, focalizada no domínio
da gestão.
Mas adiante buscar-se-á demonstrar melhor de que forma a auditoria tem importância na
gestão dos recursos humanos, através de uma pesquisa aplicada ao Ministério das Finanças
mais concretamente o departamento de Recursos Humanos. A análise, tem em sua estrutura:
uma introdução, delimitação do tema, objectivo geral e específicos, problema, Justificativa,
metodologia e técnicas de investigação, referencial teórico (conceitos essenciais para a
analise), apresentação e discursão dos dados colhidos no estudo de caso, sugestões e
recomendações, conclusão e por fim as referências bibliográficas.
1
1.2. Objectivos Geral e Específicos
1.3. Problema
As empresas, de uma forma geral, estão vivenciando um ambiente que, a cada momento, se
deparam com vários desafios: as margens de lucros são baixas, os concorrentes lançam
frequentemente produtos novos e as incertezas do mercado vem exigindo bastante das
empresas. As organizações não comerciais também têm se ressentido das várias mudanças na
sociedade entendem agora, que as pessoas são os seus maiores recursos e precisam geri-los de
forma eficiente de modo a garantir o alcance dos seus objectivos.
Dentro de uma organização é preciso agregar valor, levar a gestão da empresa a repensar e
reprender novas técnicas de gestão, com o intuito de conseguir excelentes resultados com
menos recursos. Diante desse cenário, surgiu a necessidade de um profissional que auxilie os
gestores na supervisão das actividades, visando otimizar os resultados da entidade.
Assim, para vários autores, a auditoria interna afigura-se essencial à entidade e busca auxiliar
a gestão com orientações e sugestões, dando um direcionamento aos trabalhos, colaborando
como uma espécie de assessoria à gestão e tem sido usada como um meio para garantir maior
eficiência e eficácia na gestão a todos os níveis, incluindo no ramo de recursos humanos. É
nesse contexto que pretende compreender:
2
Qual é a opinião dos gestores de recursos humanos, contabilistas, auditores e estudantes
em relação à importância da auditoria interna no processo de gestão dos recursos
humanos?
1.4. Hipóteses
H1: Os inqueridos entendem que a auditoria interna aos recursos humanos é importante à
medida que garante maior segurança e credibilidade à informação necessária para a gestão de
pessoas.
H2: Para os inqueridos a auditoria interna aos recursos humanos não é importante para as
organizações pois tende a desmotivar os funcionários à medida que se sentem controlados.
1.5. Justificativa
O estudo irá contribuir com conhecimentos que podem auxiliar os auditores das empresas na
elaboração e aplicação de mecanismos adaptados à complexa realidade das Instituições
nacionais, em particular aos auditores do Ministério das Finanças.
Uma vez tomadas as decisões, com base em dados mais credíveis, podem impulsionar os
colaboradores a darem o seu máximo naquilo que são os objectivos da organização e,
formando um sistema único, onde todos os segmentos se reúnam em busca de esforços
coletivos para alcançar os melhores resultados possíveis.
Em qualquer investigação, é necessário estabelecer uma metodologia de trabalho que deve ser
rigorosa e explicite de forma detalhada como o trabalho será desenvolvido. Tendo em conta
3
os objectivos de estudo, é necessário fazer uma investigação séria e cuidadosa sobre
determinados pressupostos e que seja realizada de forma mais eficiente possível.
Para dar prosseguimento à metodologia é necessário a recolha de dados que possam ser
trabalhados, existindo, para isso métodos e técnicas de recolha de dados que possibilitam a
realização de pesquisas.
A escolha dos métodos e técnicas de recolha de dados depende dos objectivos da investigação
e das características de análise. Para isso, é necessário os métodos mais adequados aos
objectivos propostos e aos recursos disponíveis.
Segundo Gil (2002), pesquisa exploratória têm como principal finalidade desenvolver,
esclarecer e modificar conceito e ideias, tendo em vista a formulação de problema mais
precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores, de todos os tipos de pesquisas,
estas são as que apresentam menor rigidez no planeamento. Muitas vezes as pesquisas
exploratórias constituem a primeira etapa de uma investigação mais ampla, Quando o tema
escolhido é bastante genérico, tornando-se necessários seus esclarecimentos e delimitação, o
que exige revisão da literatura, discussão com especialistas e outros procedimentos.
4
1.6.1. População e amostra
Segundo Fortin (2003), a amostra é um subconjunto de uma população ou de grupo de
sujeitos que fazem parte de uma mesma população. É de qualquer forma, uma réplica em
miniatura da população alvo. Na concepção de Stevenson (1981), há vários factores tornam a
análise da amostra preferível que analisa toda a população (censo), tais como o custo elevado,
o tempo disponível, ensaios destrutivos e populações infinitas. Segundo Crespo (1998) o
tamanho da amostra depende basicamente de quatro factores:
Para o presente estudo foi usado um processo de amostragem intencional, onde a selecção foi
baseada no conhecimento sobre a população e o propósito do estudo. De acordo com Marconi
e Lakatos, (1988),uma vez aceite as limitações da técnica, há impossibilidades de
generalização dos resultados do inquérito à população.
5
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Administração
"Administrar é conduzir o pensamento à acção por meio de decisões que envolvam pessoas e
recursos de maneira eficiente e eficaz, conduzindo, assim, as organizações à efectividade."
LACOMBE (2011).
Na concepção de Gullo (2017), a administração tem como objetivo aplicar suas funções a
empresa para, através de recursos matérias e humanos, concretizar os processos executados
em todas as suas áreas, considerando seu ambiente interno ou externo que envolve, o
administrador. Este, de dentro da empresa, analisa os elementos que compõe o ambiente
externo, para poder adaptar o ambiente interno de sua empresa a esse ambiente externo e, com
isso, poder traçar um caminho de sucesso para a empresa.
Recrutamento de profissionais;
Treinamento e desenvolvimento;
Motivação;
Retenção de talentos.
Para Chiavenato (2010),a administração de recursos humanos pode ser vista como uma
grande preocupação por parte dos administradores, pois encerra desde o recrutamento e
selecção, até o aperfeiçoamento de um grupo de pessoas, com intuito de formar uma equipe,
com objectivos estabelecidos, onde cada um tenha a ciência de seu papel e alcance os
resultados almejados pela organização.
6
Para Marc (2008), começa-se a falar em administração de recursos humanos na década de 60,
quando essa expressão passou a substituir as utilizadas no âmbito das organizações,
Administração de pessoal e Relações Industriais.
Chiavenato (2010), acrescenta que a partir da década de 50, o conceito passou a ser utilizado
também nas ciências sócias. Na Sociologia, por exemplo, vários teóricos passaram a enfatizar
o estudo dos sistemas sociais. Todavia, parece ser, a administração, a ciência social para a
qual mais contribuiu a teoria geral dos sistemas, a ponto de tornar-se comum a classificação
das actividades administrativas em sistemas: de produção, de comercialização, de recursos
humanos.
7
Quadro 1: Os cinco processos básicos na gestão de pessoas
Para Chiavenato (1985), prover, aplicar, manter, desenvolver e monitorar as pessoas, são os
cinco processos e são intimamente inter-relacionais e interdependentes. Sua interacção faz
com que qualquer alteração ocorrida em um deles passe a provocar influências sobre os
demais, as quais realimentarão novas influências nos outros e assim, reciprocamente, gerando
acomodações e ajustamentos no sistema todo, os cinco processos podem ser abordados como
subsistema de um sistema maior. Para o autor, esses cinco subsistemas formam um processo
global e dinâmico, através do qual as pessoas são captadas e atraídas, aplicadas em suas
tarefas, mantidas na organização, desenvolvidas e monitorizadas pela organização.
2.2. Organização
"A vida das pessoas constitui uma infinidade de interações com outras pessoas e com
organizações, o ser humano é eminentemente social e interativo. Não vive isoladamente, mas
em constante convívio e relacionamento com seus semelhantes. Devido a suas limitações
individuais, os seres humanos são obrigados a cooperarem uns com os outros, formando
organizações para alcançar certos objectivos que a acção individual isolada não conseguiria
alcançar". (BARNARD, 1971)
Segundo o autor Barnard (1971), Define organização como sendo um sistema de actividades
conscientemente coordenadas de duas ou mais pessoas. A cooperação entre elas é essencial
8
para a existência da organização, e só existe quando: há pessoas capazes de se comunicarem e
que estão dispostas a contribuir com acção sacrificar o controlo da própria conduta em
benefícios da coordenação.
A disposição de contribuir com acção significativa, sobretudo, disposição para individuo, com
o passar do tempo. Isto significa que o sistema total de contribuições é instável, pois as
contribuições de cada participante na organização variam enormemente em função, não
somente das diferenças individuais existentes entre os participantes, mas também do sistema
de recompensas aplicado pela organização para incrementar as contribuições. (BARNARD,
1971)
Apesar das particularidades, há algumas funções que são essenciais para uma boa gestão, se
não existir em uma empresa um departamento próprio para alguma dessas áreas, em geral ela
estará absorvida por outro sector. A seguir os principais departamentos de uma empresa e suas
funções, conforme Crepaldi, (2011).
9
Em empresas menores, o departamento administrativo pode absorver outras áreas essenciais
da administração geral, como o sector de recursos humanos e o financeiro. A função do sector
administrativo é muito abrangente que atua como a liderança de sectores da empresa, como a
produção, compras, marketing, comercial ou logística, algumas das funções mais comuns
desta área são:
Sua função é garantir que a operação transcorra sem imprevistos, tendo como meta garantir
que a empresa obteZnha a maior produção possível aplicando o mínimo de recursos.
Segundo o Autor, o sector de recursos humanos tem como foco, portanto, o cliente interno da
empresa ou seja, o seu conjunto de funcionários, cabe ao departamento de recursos humanos
estabelecer políticas de motivação e treinamento. Além disso, deve estabelecer planos de
carreira e promoções, trabalhar para melhorar as relações entre as equipes e a qualidade de
vida dos colaboradores.
Assim, cabe a cada empresa definir o melhor processo de integração, mas é comum que se
inicie apresentando um pouco mais da empresa. Nesse caso, falar de sua história, dos
fundadores, do propósito do trabalho e valores subjacentes é um óptimo começo. Um
indicador é uma espécie de termómetro que diz o que está precisando de ajustes, e tudo isso é
função do RH, na gestão de pessoas, alguns dos principais são:
Barnard (1971), acrescenta que entender a função do RH é essencial para extrair o máximo de
desempenho do sector e alcançar seus benefícios, entre suas principais funções, estão a
11
criação de políticas de retenção e de recrutamento de gente talentosa e a avaliação de
desempenho. Gerenciando bem o capital humano, dá para se obter uma série de vantagens e
melhorar os indicadores-chave de desempenho, é possível, por exemplo, reduzir custos com
demissão, criar uma cultura sólida, reter talentos e ainda se destacar no mercado.
2.3. Auditoria
Etimologicamente a palavra auditoria provém do verbo latino audire, que significa “ouvir”, e
que conduziu a criação da palavra “auditor” (do latim auditore) como sendo aquele que ouve.
Isto pelo facto de nos primórdios da auditoria os auditores tirarem as suas conclusões
fundamentadamente com base nas informações verbais que lhes eram transmitidas.
(VICENTE, 2011)
Segundo o mesmo autor, a origem da auditoria está fortemente associada com a história da
contabilidade, desde o principio sempre esteve relacionada com as actividades económicas,
com controlo e verificação dos registros das informações encontradas. Segundo dados
históricos a auditoria surgiu primeiramente na Inglaterra por volta do século XIV, ano de
1,314 onde o governo utilizava o exame periódico e sistemático das contas públicas. O
surgimento e a evolução da auditoria estão relacionados com o desenvolvimento económico
das empresas, que devido à expansão do mercado e o acirramento da concorrência estão cada
vez mais preocupadas em aprimorar os controlos e procedimentos internos.
Para Vicente (2011), no início as auditorias eram denominadas correctivas, com objectivo de
detectar fraudes e erros, assegurando aos administradores o controlo exacto das contas,
atingindo todas as operações e registros contabilísticos.
De acordo com Sá (1998), auditoria, pode-se definir auditoria como um processo pelo qual o
auditor faz os levantamentos, estudos, procedimentos, operações e avaliação de transacções
das demonstrações contábeis da entidade, certificando-se da veracidade das informações,
sempre examinado se todos os procedimentos contábeis estão em conformidade com os
princípios fundamentais da contabilidade e pertinentes com a legislação específica.
12
Para Attie (2010), auditoria consiste no levantamento, estudo e avaliação sistemática das
transacções, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma
entidade.
As fases pelas quais se desenvolve qualquer auditoria são as seguintes (Martins e Morais,
2007):
a) Fase de Planeamento
Para que a auditoria possa atingir os seus objectivos de ser adequadamente planeada em
função do tipo de auditoria a realizar e das informações previamente recolhidas as quais
permitirão estabelecer a natureza, extensão e profundidade dos procedimentos a adoptar e a
oportunidade da sua aplicação.
b) Fase de Execução
Nesta fase procede-se ao exame e avaliação concreta dos controlos instituídos, à elaboração
do programa. No que respeita ao exame e avaliação do controlo, os objectivos consistem na
análise do controlo interno existente na entidade a auditar com vista a aferir a sua fiabilidade e
grau de confiança. Relativamente à elaboração do programa do trabalho, o auditor deve
identificar detalhadamente as áreas, as operações, registros ou documentos a analisar, em
conformidade com os objectivos definidos no plano de auditoria, referindo ainda os
procedimentos a aplicar.
13
c) Fase de Conclusão
Nesta fase, o auditor deve apresentar explicações sobre todas as questões suscitadas pelo
trabalho anterior, com vista à determinação das matérias que serão objecto de relatório. O
relatório deve contemplar as actividades e programas ou projectos auditados e observar,
correctamente e imparcialmente, os factos constatados. Deverá ser elaborado tendo em
consideração objectivos de clareza, concisão e exactidão, que terão de estar sempre presentes
face à necessidade de apreensão correcta do respectivo conteúdo por parte dos destinatários.
Auditoria Interna para Crepaldi (2007) “constitui o conjunto de procedimentos que tem por
objectivo examinar a integridade, adequação e eficiência dos controlos internos e das
informações físicas, contabilísticos, financeiras e operacionais da entidade.”
O Institute of Internal Auditors [IIA] (2009) considera que a auditoria interna “é uma
actividade independente, de garantia e de consultoria, destinada a acrescentar valor e a
melhorar as operações de uma organização. Ajuda a organização a alcançar os seus
objectivos, através de uma abordagem sistemática e disciplinada, na avaliação e melhoria da
eficácia dos processos de gestão de risco, de controlo e de governação.”
De acordo com Attie (1992) a auditoria interna é uma função independente de avaliação,
criada dentro da empresa para examinar e avaliar suas actividades, como um serviço da
mesma organização.
14
Acompanhar e monitorar o cumprimento das directrizes estabelecidas pela
administração superior;
Verificar as informações fornecidas à administração superior se são correctas,
completas e oportunas;
Verificar e revisar os principais ciclos operacionais da empresa;
Controlar e proteger o património da entidade.
De acordo com Jund (2001), “a auditoria externa é uma das técnicas utilizadas pela
contabilidade, ou seja, aquela destinada a examinar a escrituração e demonstrações
financeiras, a fim de confirmar sua adequação”. Basicamente, a auditoria externa executa a
conferência de dados obtidos através das escriturações contabilísticas, com intuito de
confirmar a veracidade destes dados.
Segundo Crepaldi (2000), “a auditoria externa é executada por profissional independente, sem
ligação com o quadro da empresa. Sua intervenção é ajustada em contracto de serviços”. Para
que aconteça uma auditoria sem vínculos e fraudes, o auditor deve ser contratado através de
uma empresa terceirizada, onde suas funções são determinadas através de um contrato pré-
estabelecido.
A auditoria externa tem como finalidade, assegurar a fidelidade dos registros e proporcionar
credibilidade às demonstrações financeiras e a outros relatórios da administração, podendo
15
também identificar deficiências no sistema de controlo interno e no sistema financeiro, além
de apresentar recomendações para melhorá-los.
De acordo com Sá (1998), pode-se definir auditoria como um processo pelo qual o auditor faz
os levantamentos, estudos, procedimentos, operações e avaliação de transacções das
demonstrações contábeis da entidade, certificando-se da veracidade das informações, sempre
examinado se todos os procedimentos contábeis estão em conformidade com os princípios
fundamentais da contabilidade e pertinentes com a legislação específica.
Para Attie (2010), auditoria consiste no levantamento, estudo e avaliação sistemática das
transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma
entidade.
Por sua vez, Franco(1991) refere que o “ controlo interno é uma forma de organização que
pressupõe a existência de um plano e de sistemas coordenados destinados a prevenir a
ocorrência de erros e irregularidades ou a minimizar as suas consequências e a maximizar o
desempenho da entidade no qual se insere.
Para os autores acima citados, o controlo interno é fundamental para as organizações uma vez
que actua preventivamente contra irregularidades, pra além de facilitar a deteção de fraudes e
erros, torna possível maximizar o resultado com o mínimo de recursos humanos, matérias e
16
financeiros, contribuindo desta forma para o alcance da eficiência e eficácia. Para Morais
(2013), o controlo interno surge como um meio para atingir um fim, porque:
Por sua vez, Costa (2007) refere que uma organização, por mais pequena que seja, poder
exercer a sua actividade é necessário a implementação de um serviço de controlo interno,
nesse contexto, o auditor de recursos humanos deve adotar medidas de controlo interno de
modo a proporcionar as informações necessárias e precisas à instituição sobre a gestão de
pessoas.
Pode-se perceber que existe uma relação entre a auditoria e o controlo interno, uma vez que o
objeto de estudo do controlo interno é avaliação de uma forma permanente pela auditoria
interna, face às solicitações do órgão de administração. Fazendo uma avaliação periódica do
desempenho global ao nível da eficiência e eficácia, o serviço de auditoria interna avalia o
sistema de gestão de risco e controlo interno.
Um relatório demostrando o parecer, onde caso que haja irregularidades sugere acções que a
empresa poderá desenvolver, a auditoria de recursos humanos pode ser utilizada em diversas
áreas da empresa, podendo ajudar o empresário de diversas formas, tais como:
17
Acompanhar os modelos já estabelecidos para ser utilizada como comparação, com o
intuito de mensurar os resultados e possíveis irregularidades;
Estudar a melhor política de gestão de pessoas;
Verificar o implemento das políticas de recrutamento e políticas de cargos e carreira;
Treinamento e desenvolvimento de pessoas;
Monitoramento e avaliação de desempenho profissional;
Observar a aplicação da legislação e normas trabalhistas.
a) Testes de observância
b) Testes substantivos
18
Basicamente, estes testes resumem se em um relatório demonstrando um parecer, onde caso
haja irregularidades ele sugere acções que a empresa poderá desenvolver. A Auditoria de
Recursos Humanos pode ser utilizada em diversas áreas da empresa e baseia-se, segundo
(CREPALDI, 2013), nos seguintes procedimentos:
Estes procedimentos podem ser feito por: pesquisas internas e externas, observações dos
processos, medidor de índice de satisfação, testes utilizando amostragem entre outros.
19
3. ESTUDO DE CASO
3.1. Caracterização dos inqueridos
Como foi explicito na metodologia, no estudo de caso, foram inqueridas 5 pessoas dos quais 1
auditor do sexo masculino com mais de 30 anos de idade, técnico superior em contabilidade e
Auditoria e experiência de mais de 7 anos de trabalho; 1 gestor com mais de 25 anos de idade,
técnico superior em gestão dos recursos humano, com mais de 5 anos de experiência; 1
contabilista com mais de 31 anos de idade do sexo Feminino, técnico superior em
contabilidade e finanças, com mais de 3 anos de trabalho na empresa Ministério das finanças;
1 estudante do curso de contabilidade com menos de 21 anos do sexo feminino, técnico médio
em contabilidade e auditoria; e 1 do curso de Administração Publica e Recursos Humanos
com menos de 21 anos de idade do sexo feminino.
20
curso de Administração Publica e Recursos Humanos considera auditoria interna como sendo
o controlo interno da entidade o que coincide com o conceito de controlo interno, uma das
ferramentas que apesar de directamente relacionada, não é diferente de auditoria interna. Em
relação a auditoria realizada por um profissional independente à organização, com o objectivo
de verificar a adequação da informação financeira, todos inqueridos denominam como sendo
auditoria externa, e coincide com o autor (CREPAALDI,2013) que refere:
Todos os inqueridos, cada um com sua motivação, consideram importantes as duas auditorias.
O Gestor dos recursos humanos justifica sua posição pelo facto de, segundo ele, tanto a
auditoria interna como auditoria externa tem o mesmo objectivo que passa por detectar erros e
fraudes na organização. Para o Auditor há situações em que a empresa precisa de uma
auditoria interna e noutras a externa dada a complexidade de cada situação enquanto o
Contabilista inquerido considera as duas auditorias, pelo facto de auditoria interna ajudar a
examinar o controlo externo da entidade, enquanto a auditoria externa corrige a auditoria
interna.
A auditoria interna na gestão dos recursos humanos é necessária para o gestor, porque para ele
nenhum departamento na empresa esta isento de erros e fraudes e se tratando dessa área o
risco é ainda maior. O contabilista não considera necessária porque para ele os procedimentos
usados para a gestão de recursos humanos não interferem na auditoria. O auditor considera
importante na medida que contribui para uma visão real do quadro pessoal da organização,
colocando pessoas certas nos lugares certos e com pacotes motivacionais que ajudam no
crescimento da Instituição.
21
no que tange à gestão de recursos humanos que, alias, considera serem a principal riqueza de
todas as instituições.
No Ministério das Finanças (MF) a auditoria aos recursos humanos é realizada pelos auditores
(inspectores) internos e baseia-se essencialmente numa avaliação em relação ao cumprimento
das políticas organizacionais seja pelo órgão de gestão bem como pelos colaboradores.
O gestor defende que enquanto a auditoria externa é focada nas contas de balanço e
demonstrações de resultados, e auditoria interna foca-se em acções operacionais e as linhas de
responsabilidades administrativas, coo é o caso dos recursos humanos.
22
Os pontos negativos da auditoria interna em RH que existe na empresa para os inqueridos são:
Clima de desconfiança entre os trabalhadores pois a auditoria é feita por um funcionário da
empresa e gera falta de união entre eles na organização.
Assim observou-se, através do estudo, que a perceção do grupo estudado sobre a importância
da auditoria interna no processo de gestão de RH é boa pois apresentam conhecimentos
alinhados com o descrito na principal literatura sobre o assunto. Destaque, pela negativa, vai
para a Estudante do Curso de Administração Publica e Recursos Humanos, que apesar de
considerar importante a auditoria na gestão de RH, tem dificuldades notáveis em relação ao
conceito de auditoria. Tal facto parece desalinhado ao esperado de um futuro gestor de RH,
contudo, quando visitado o currículo do curso de Administração Publica e Recursos Humanos
do Instituto Foco observou-se a exiguidade de conteúdos ligados à auditoria naquele curso, o
que, em parte justifica a posição assumida pela estudante.
Finalizando, foi validada a hipótese 1 que defendia que os estudados entendem que a auditoria
interna aos recursos humanos é importante à medida que garante maior segurança e
credibilidade à informação necessária para a gestão de pessoas.
23
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objectivo do estudo era o de avaliar a percepção dos gestores de recursos humanos,
contabilistas, auditores e estudantes sobre a importância da auditoria interna no processo de
gestão dos recursos humanos.
A pesquisa bibliográfica foi de fundamental importância para alcançar o objectivo geral, nas
organizações a auditoria interna tem por objectivo auxiliar na prevenção de perdas e
identificar possibilidades para melhores instrumentos e controles de gestão. A auditoria
interna é uma ferramenta de fundamental importância para auxiliar o sector administrativo da
organização sendo assim, com esse subsidio cada vez mais aperfeiçoado e varias organizações
aderindo para seu sucesso, resultando na escolha de ações criativas e avaliando mudanças
quando essas forem necessárias.
Ela permite identificar potenciais eventualidades e riscos para a companhia, oque torna a
empresa mais eficiente, seu principal objetivo é aumentar o grau de confiança dos usuários na
empresa e evitar possíveis fraudes e esquemas na organização.
Durante a pesquisa consegui materializar os objectivos específicos, dos quais o primeiro era
descrever o sector organizacional e suas funções, consegui alcançar o objectivo através de
uma pesquisa bibliográfica, com muita leitura e compressão, o segundo objectivo que era
apresentar a importância e os procedimentos da auditoria interna, consegui através de uma
juncão de opiniões feitas no estudo de caso, dos contabilistas, auditores, gestores de recursos
humanos e estudantes, e por fim os benefícios dos quais os inqueridos destacaram a melhoria
no comprimento das normas instituídos pela organização, e não havendo nenhuma opinião no
que toca os constrangimentos da auditoria interna aplicada ao Ministério das finanças.
O estudo validou a hipótese 1 que defendia que os estudados entendem que a auditoria interna
aos recursos humanos é importante à medida que garante maior segurança e credibilidade à
informação necessária para a gestão de pessoas.
24
1. SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES
Às organizações recomenda-se o uso contínuo da auditoria interna aos recursos humanos, pois
segundo este estudo, mostrou-se ser uma ferramenta muito importante para a gestão dos
recursos humanos. A empresa que não faz a auditoria interna nos recursos humanos
recomenda-se a adopção do mesmo, pois dessa auditoria depende salvaguardar os recursos
financeiros da empresa.
Ao Ministério das finanças recomenda-se mais seriedade naquilo que concerne aos trabalhos
que são feitos pelos auditores, principalmente no departamento de recursos humano, e que
possam expandir a auditoria nos outros sectores da empresa, para melhor ajuda na tomada de
decisão
25
2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Bruno, (2014), Uma Análise Baseada no Risco. São Paulo. Atlas. Disponível em
https://www.wook.pt/livro/manual-de-auditoria-financeira-bruno-jose-machado-de-
almeida/21188403. acesso em 28 de Agosto de 2019
ATTIE, William. (2011), Auditoria Conceitos e Aplicações. 6.ed. São Paulo. Atlas.
Disponivel.emhttps://www.amazon.com.br/Auditoria-Conceitos-Aplica
%C3%A7%C3%B5es-William-Attie/dp/8522462380 acesso em 20 de Agosto de 2019
26
CHIAVENATO, Idalberto, (2006),Recursos humanos, o Capital humano das Organizações.
São Paulo. Atlas. Disponivel em https://www.travessa.com.br/recursos-humanos-o-capital-
humano-das-organizacoes-8-ed-2006/artigo/44bdbb47-0cbd-465d-
ahttps://www.estantevirtual.com.br/livros/jean-marc-le-gall/gestao-de-
recursohumanos/42098195423d0-d896062705e1.pdf acesso em 20 de Agosto de 2019
CHIAVENATO, Idalberto, (2010), Gestão de Pessoas e o novo Papel dos Recursos humanos
nas Organizações. 3.ed. São Paulo. Atlas.Disponivel em
https://www.academia.edu/31736284/Gest%C3%A3o_de_Pessoas_3ed-Idalberto_Chiavenato
acesso em 12 de Agosto de 2019
27
GIL, António, (2002), Gestão de Pessoas. São Paulo. Atlas.Disponivel em
http://www.administracao.ufes.br/sites/administracao.ufes.br/files/field/anexo/adm_-
_10386_gestao_de_pessoas_i.pdf acesso em 25 de Agosto de 2019
MARC, Jean-legall, (2008), Gestão de Recursos humanos. São Paulo: Ática. Disponivel em
https://www.estantevirtual.com.br/livros/jean-marc-le-gall/gestao-de-
recursohumanos/4209819542 acesso em 20 de Agosto de 2019
MORAIS. et al, (2007), Auditoria interna, Função e processo. 3.ed. Lisboa. Áreas Editora.
Disponível em https://www.wook.pt/livro/auditoria-interna-isabel-martins/15310529.pdf
acesso em 20 de Agosto de 2019
28
SÁ, António Lopes, (1998), Curso de Auditoria. 8.ed. São Paulo. Atlas. Disponivel em
https://www.wook.pt/livro/auditoria-interna-isabel-martins/15310529.pdf acesso em 20 de
Agosto de 2019
29
3. ANEXOS
3.1. INQUÉRITO
BLOCO II – CONCEPTUALIZAÇÃO
30
1. O que é na sua opinião, Auditoria?
(_) É o levantamento, estudo e avaliação das transações, procedimentos, operações,
rotinas e demonstrações financeiras de uma entidade;
(_) É a técnica que consiste em registrar e controlar os factos de patrimónios de uma
determinada entidade;
(_) É a correção dos erros cometidos pela contabilidade;
( ̲ ) É a forma como os procedimentos e processos internos da entidade estão
organizados.
31
Bloco III ˗ IMPORTANCIA, OBJECTIVOS E FINALIDADES DA AUDIRORIA
EXTERNA E INTERNA
1. Acha importante a auditoria para as empresas? ( ̲ ) Sim ( ̲ ) Não
1.1. Se sim, define (numa escala de 1 a 10, onde o 1 significa pouco importante e
10, muito importante) o grau de importância, em sua opinião, da Auditoria para as
empresas.
( ̲ ) 1 ( ̲ ) 2 ( ̲ ) 3 ( ̲ ) 4 ( ̲ ) 5 ( ̲ ) 6 ( ̲ ) 7 ( ̲ ) 8 ( ̲ ) 9 ( ̲ ) 10
2. Qual considera ser a mais importante das auditorias?
2.1. Porque?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
( ̲ ) Gestores da empresa;
( ̲ ) Governo (físico);
( ̲ ) Investidores ( sócios ou accionistas);
( ̲ ) Fornecedor;
( ̲ ) Bancos;
( ̲ ) Funcionários;
( ̲ ) Todos os usuários da informação contabilistas.
32
5.1. Se sim, qual a principal?
________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
BLOCO II – OBSERVAÇÕES
1. O que gostaria de acrescentar?______________________________________
___________________________________________________________________________
33
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
2. Este inquérito despertou-lhe curiosidade sobre o tema? (__) Sim (__) Não
2.1. Comente (se desejar): _____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
34