Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
finição e comunicação dos responsáveis pelos projetos e/ou de- administração, contemplados na estratégia, outros stakeholders
cisões, relacionadas a implementação estratégica pobre ou vaga. internos – e até externos – também têm expectativas e direcio-
A falta de comprometimento (ownership) das pessoas-chaves nam esforços.
em relação a estratégia e a sua execução; a ausência de uma me- “Muitas coisas que às vezes conflitam com a estratégia que
todologia que direcione os esforços de execução da estratégia; foi desenhada são implementadas e executadas por interesses do
e a falta de entendimento do papel da estrutura organizacional pessoal envolvido. O primeiro pensamento da direção às vezes é:
na execução da estratégia – todos esses fatores impedem uma ‘vamos mandar embora esse pessoal; não estão alinhados com o
implementação bem sucedida do planejamento estratégico. planejamento’. Mas será que ele está errado? Será que a pessoal
“Muita gente que critica o planejamento estratégico diz que que está na operação, que está vendo um problema imediato,
parte do motivo porque não se consegue implementá-lo é que e surge com ideias relativamente novas, está mesmo errado?”,
ele é vago, ou pobre”, disse Guedes. questionou o palestrante.
• Mobilizar uma “coalizão” suficientemente poderosa: encerrar a execução do planejamento. Isso é um erro, destacou
não faz sentido entregar a estratégia a quem não tem autonomia o palestrante;
para implementar, diz Guedes; • Consolidar a mudança na cultura corporativa: mui-
• Desenvolver uma visão que ampare a mudança: “Ra- tas vezes as pessoas não estão sensibilizadas para a necessidade
ramente alguém deixa a atividade que está executando se não de mudar – mesmo na iminência da empresa quebrar, afirmou
tiver a segurança de que, quando chegar ao outro ponto, não Guedes.
encontrará o resultado positivo esperado”, afirmou o palestrante.
As pessoas vão se dedicar ao projeto se houver uma visão do “Jam session”
resultado que norteie o trabalho, afirmou; A palestra terminou em tom de jazz: Miles Davis e John Col-
• Comunicar excessivamente a visão: trata-se de trans- trane entraram na exposição, ao som de “So What”. Guedes
mitir a visão “ao ponto da lavagem cerebral”, disse; mostrou que a composição certa de pessoas, ferramentas e trei-
• Remover os obstáculos que bloqueiam a visão: bus- no gera resultados excepcionais.
car o consenso, por exemplo, pode não ser a melhor forma de Muitas vezes, a ideia em torno da execução de uma estra-
tentar implementar uma estratégia, por não ser a mais rápida. tégia é comparada à apresentação de uma orquestra – com
“Consenso é a melhor forma de garantir que, se algo der errado, um maestro, a partitura e os músicos, exímios da execução
ninguém apontará culpados. Se esse for o processo decisório, daquela peça, mas que, na ausência da partitura, encontram
talvez não se consiga realizar o que se planejou na velocidade dificuldades. Também o free jazz vem para ilustrar que um
necessária”, disse; time brilhante de músicos pode se sentir tão à vontade na
• Criar resultados no curto-prazo (quick-wins): um pro- execução de uma peça musical que, em meio a tanta improvi-
jeto de mudança precisa gerar algum resultado de curto prazo, sação, o resultado final pode ser algo muito difícil de entender.
mesmo que seja pequeno, disse Guedes – isso dá apoio ao projeto; Davis e Coltrane, no entanto, mostraram que, o ambiente
• Não cantar vitória antes do tempo: muitas vezes surge adequado e o conhecimento profundo podem resultar em
a tentação de, ao menor sinal de sucesso, desmobilizar todos e música sublime. v