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Francisco Lucas de Sousa

I. INTRODUÇÃO

Gabriel Marcel nasceu em Paris, em 7 de dezembro de 1889. Faleceu na cidade natal, em 8 de


outubro de 1973. Gabriel Marcel foi dramaturgo, crítico literário, músico e, no sentido mais
profundamente engajado, filósofo.

Em suas reflexões filosóficas Gabriel Marcel dá um grande destaque para o sentido último da
existência, uma vez que o tema da vida é uma constante nas suas obras que já, por volta dos 25
anos, sente, na pele, os horrores da Guerra (Marcel participou da Cruz Vermelha na Primeira Guerra
Mundial).

Observação: os pensadores, os filósofos do séc. XX que tiveram algum tipo de contato com a 1ª
Guerra Mundial ou a 2ª Guerra Mundial receberam influência direta desses eventos históricos ao
elaborar, desenvolver os sues pensamentos filosóficos, como, por exemplo, Hannah Arendt ao
trabalhar a banalidade do mal no julgamento de Eichmann; Viktor Frankl ao desenvolver a Análise
Existencial e aprimorar a sua logoterapia; com Gabriel Marcel não é diferente.

Marcel, pensador da existência, que denomina sua filosofia de neo-socrática ou socrática cristã,
busca recuperar o ser do homem degradado pela abstração das essências do racionalismo, do
idealismo e das ciências empíricas.

Marcel é um representante da filosofia existencialista.

Observação: para as filosofias da existência, no ponto de partida da reflexão, é enunciado de que a


existência precede à essência.

APRESENTAÇÃO

Suas discussões a respeito da existência seguem de Kierkegaard, seu antecessor enquanto filósofo
da existência (Kierkegaard considerado como pai do existencialismo).
Francisco Lucas de Sousa

Sua filosofia leva-nos a descobrir que somos seres existentes, encarnados e participantes do ser. Daí
vem sua convicção religiosa: enquanto nos descobrimos a nós mesmos, descobrimos também a
nossa participação no ser divino.

A existência e a encarnação são dois termos fundamentais a partir dos quais Marcel traduz o seu
pensamento do homem real, presente no mundo.

O homem constitui-se como tal está no mundo, por existir. O existir dá-se na encarnação, na
presença de um corpo. A partir da existência encarnada, o homem vai constituindo o seu ser, como
projeto, indo em busca da conscientização do projetado.

Dialética do ser e do ter

A clareza na distinção entre ser e ter é fundamental, em Marcel, porém não absoluta, nos aspectos
de meio e fim da existência. Como meio, o ser e o ter são a forma de sentir, reconhecer e
compreender a realidade, o outro e o absoluto. Como fim, na constante busca de ser, o ter é
associado a um empecilho para a autêntica existência.

O ter se reconhece, com certo grau de clareza, na perspectiva do problema, no espaço temporal, na
distinção entre o dentro e fora do homem. É inteligível, com a possibilidade de ser descrito.

No horizonte do ter, predominam as relações objetivas, no intuito de satisfazer o sujeito possuidor.


O objeto que é de pertença, posse acrescida ao sujeito, está a sua disposição e em condições de
manipulação exterior: o tenho, sob domínio. No entanto, a experiência revela a irrealização do ser
no ter. Traz um paradoxo de consequências: o sentimento de insatisfação e de cobiça , alicerçados
sobre o desejo:

Nas palavras de Gabriel Marcel:

Desejar é de certo modo possuir sem possuir, assim se expressa esse modo de sofrimento, de
inquietude, que é próprio do desejo e no fundo uma espécie de contradição, no atrito interno,
de uma situação insustentável.
Francisco Lucas de Sousa

A preocupação pela posse, de ter mais, garantir o futuro, acumular, gastar... , absorvida no ter,
esvazia o eu. De maneira que o eu, sujeito existencial degrada-se no ter. A insatisfação no ter e o
sofrimento absorvem o eu, a ponto de degradá-lo.

Enquanto permanecemos no horizonte do puro ter, encontramo-nos na esfera do problema, do


externo, das coisas, ao passo que, no interior, encontramos um vazio, que quer ser preenchido. Pelo
agravante da degradação, o próprio corpo deixa de ser o encarnado, e passa a ser posse ou
instrumento.

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