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A Sujeira na Energia Elétrica

Pergunta: Como poderemos


limpar a energia elétrica?

Resposta: Bem, antes de tudo,


precisamos saber o que suja a
energia elétrica, para em seguida
podermos limpá-la.

A energia elétrica é
constituída de uma corrente elétrica
(elétrons, que vão e vêm, 60 vezes
por segundo no nosso caso) e de
uma tensão, dada pela
concessionária de energia. Trocando
em miúdos, para que estes conceitos
possam ser entendidos por todos os
nossos leitores, vamos fazer uma
analogia entre um sistema hidráulico
e um sistema elétrico, de corrente
contínua.

Se abrirmos completamente uma torneira em nossa casa, por exemplo,


deixaremos a água passar livremente. O volume de água que irá sair por esta
torneira vai depender da pressão da água, ou seja, da força com que essa
água vai passar pelo cano. Analogamente, nos reportando ao sistema elétrico,
a água da torneira corresponderia à corrente elétrica e a pressão que a água
estaria exercendo sobre o cano, ao passar por ele, a tensão.

A tensão da energia de cada região é dada em volts pela concessionária de


energia elétrica de cada local. O importante é entender que, na rede elétrica de
220 V, por exemplo, a energia vem com o dobro de pressão, se comparada
com a rede de 110 V. Um choque elétrico na rede de 220 V vai ser muito mais
forte e perigoso!

Vamos voltar ao problema da sujeira da rede. O que faz a rede ficar suja?
Vejamos: um aparelho, para funcionar, vai solicitar uma determinada
quantidade de elétrons da corrente elétrica num certo espaço de tempo.
Acontece que, neste processo, este aparelho acaba lançando de volta, na rede
elétrica, uma pequena parte da energia que ele absorveu. Quem sabe, você
possa entender isto melhor, visualizando, por exemplo, as ondas do mar se
quebrando numa praia. Que paisagem bonita, não é? Você já deve ter
apreciado este fenômeno algumas vezes. Mas já reparou que, em certos dias,
as ondas ficam maiores e se rebentam com mais força e aí, muitas vezes,
podemos observar que uma parte da energia destas ondas não consegue ser
absorvida pela praia e volta para o mar, formando aquela marola de ondinhas,
em direção contrária, se afastando da praia? Estas ondinhas da marola
corresponderiam, no caso da eletricidade, à sujeira da rede, chamada de
harmônicos, que existe tanto em corrente quanto em tensão. Talvez este não
seja o melhor exemplo, mas vamos dizer que seria algo mais ou menos assim
que acontece com a eletricidade. Estamos simplificando muito, para que você
possa “visualizar” o que acontece no campo da eletricidade e comece a se
envolver com ele, pois é fascinante! Concordo que a simplificação aqui é
grande, mas isto é proposital. Não estamos, por exemplo, mencionando a
atuação dos campos de força, para não complicar, pois aqui não viria ao
caso.

Vamos em frente! Tanto a corrente elétrica, quanto a tensão da rede, em


caso ideal, são representadas na eletricidade por ondas senoidais. Estas ondas
mostram o ir e vir da corrente e também o sentido e o valor da tensão aplicada
ao aparelho que estamos considerando no momento. Veja isto na Figura 2.

Figura 2 – Ondas senoidais da corrente e da tensão da energia elétrica limpas de


harmônicos.

Em linguagem elétrica, qualquer aparelho, desde que esteja consumindo


energia da rede, é considerado como uma “carga” (no nosso exemplo, a praia
corresponderia a uma carga, pois estaria recebendo a energia das ondas do
mar e com ela triturando conchas, pedras, etc, produzindo a areia, não é
mesmo?). A grande maioria das “cargas” residenciais (como geladeiras,
máquinas de lavar roupa, aquecedores, microcomputadores,etc) e também a
maioria das “cargas” industriais (como tornos, inversores, conversores,
fresadoras, plainas, serras, máquinas com controles numéricos, etc) contém
motores, indutores, capacitores, resistores, lâmpadas, componentes eletrônicos
não lineares (como tiristores ou triacs) e muitos outros componentes elétricos
que, para funcionar, além de consumir energia, sujam a rede elétrica em maior
ou em menor grau (da mesma forma que as ondinhas da marola o fazem,
voltando mar adentro). Isto é inevitável. Estes aparelhos, ao funcionar, geram
novas tensões, em valores mais baixos que o da tensão inicial e, como são de
freqüências mais altas, retornam pela rede, sujando a energia elétrica. E a
energia, agora suja, continua seguindo em frente, pelos cabos, para abastecer
as próximas cargas. Vocês estão percebendo que até os nossos amplificadores
de potência são cargas e que, portanto, também sujam a energia elétrica?
Concluindo, são os componentes elétricos das cargas que, quando
alimentados com energia elétrica, lançam sujeira na rede, em maior ou menor
grau. A esta sujeira, criada por cada uma destas cargas, nós chamamos de
harmônicos. Cada carga gera um conjunto de harmônicos e estes podem
identificar a carga de onde saíram. Os harmônicos são ondas senoidais,
também em corrente e tensão, com freqüências múltiplas, normalmente
ímpares da freqüência da rede. A soma destas novas e indesejáveis
freqüências com a fundamental desconfigura as ondas senoidais de tensão e
corrente da rede elétrica, como mostra a Figura 3.

Pergunta: Mas isto é muito complicado! Você está afirmando que o nosso
equipamento também cria sujeira?

Resposta: Exatamente. O nosso equipamento também cria sujeira, lançando


harmônicos na rede elétrica, que vão contaminar nossos outros aparelhos do
sistema e as instalações à volta. Pode-se dizer que o harmônico está para o
eletricista como a erva daninha está para o jardineiro e para o paisagista. O
harmônico é o maior problema existente na alimentação de equipamentos e é
de difícil solução! No Brasil, então, este problema está tomando um vulto
assustador!

Figura 3 – As ondas senoidais de tensão e corrente da energia elétrica sujas por


harmônicos

Pergunta: De forma geral, que área cria mais harmônicos, a residencial ou


a industrial?
Resposta: Sem dúvida alguma é a área industrial, onde os equipamentos
pesados acabam infestando a nossa rede elétrica com harmônicos.

Pergunta: Existe algum controle sobre estes harmônicos da rede?

Resposta: Existe sim, mas apenas nos países de primeiro mundo. Aqui no
Brasil, em particular, há um projeto de norma que, no entanto, ainda não foi
aprovado. O problema é que, entre nós, nenhum controle tem sido feito!
Imaginem como anda a nossa rede! Lá fora, sim, na entrada de energia de
cada indústria, se mede quanta sujeira cada uma delas está lançando na rede.
E, caso os valores dos harmônicos estejam acima da norma, se a indústria em
questão não providenciar os filtros necessários para abaixar rapidamente esses
níveis que ultrapassam o permitido, ela sofre penalidades!

Pergunta: O que estes harmônicos causam no som e na imagem? O que


piora?

Resposta: No som, eles fazem com que o acontecimento musical se concentre


exclusivamente nas caixas, ou seja, o som passa a sair das caixas e o palco
sonoro nem aparece, simplesmente inexiste! Na imagem, as cores não se
distinguem tão bem umas das outras, o negro fica mais claro e o contraste
diminui. Um outro problema, que os altos níveis de harmônicos podem criar, é
que os equipamentos passam a funcionar com uma temperatura mais alta, ou
seja, passam a esquentar mais do que esquentariam se estivessem recebendo
uma energia elétrica limpa, e com isto sofrem uma considerável redução da
vida útil.

Pergunta: Como é que estes harmônicos passam através da fonte de


alimentação dos aparelhos e aparecem na tensão contínua que vai
alimentar os circuitos eletrônicos? A tensão contínua não é pura?

Resposta: Quanto mais simples for a fonte de alimentação dos aparelhos,


menos harmônicos ela conseguirá filtrar e mais harmônicos aparecerão no
circuito eletrônico e, por conseqüência, também nas caixas acústicas ou na
imagem. Mesmo nos aparelhos mais sofisticados, a filtragem dos harmônicos
não é completa. Sempre passa algum resquício destes harmônicos, mesmo em
fontes de alimentação reguladas e isto se torna audível no som ou visível na
imagem. Os harmônicos de freqüência mais baixa são os mais difíceis de
serem retirados. O harmônico mais baixo que existe é o de terceira harmônica,
na freqüência de 180Hz (3X60Hz=180Hz). Acontece que as fontes de
alimentação geralmente são projetadas para filtrarem 120Hz (o dobro da
freqüência da rede) e conseguem filtrar uma parte dos 180Hz, mas infelizmente
muito ainda passa. Após a terceira harmônica, as mais difíceis de serem
filtradas são a quinta (300Hz), a nona (540Hz) e a décima primeira (660Hz) e a
maioria dos aparelhos de filtragem não consegue retirá-las.

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