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Laboratorial I
1º Semestre
Aula n.º2
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Patologia Comunitária Laboratorial I
• Resumo da aula
1. Saúde Pública e Laboratórios de Saúde Pública
2. Origem e Composição Geral da Água
3. Características da Água de acordo com a sua Origem
4. A Água e a Saúde Pública
5. A Lei Portuguesa da Água
6. Características de um laboratório de saúde Pública: instalações,
equipamento e aparelhagem dos sectores: químico e microbiológico
7. Segurança no laboratório de saúde pública
8. Calibradores, Controlos e Curvas de calibração
9. Plano da aula prática n.º 2
2
PCL I – Teórica
2ª aula
• 1.Saúde Pública e Laboratórios de Saúde Pública
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PCL I – Teórica
2ª aula
• Integrados ou não nos laboratórios centrais, temos os laboratórios de
referência, altamente especializados num sector circunscrito do trabalho
(ex: identificação serológica de microorganismos de interesse
epidemiológico), estando em contacto com centros internacionais.
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PCL I – Teórica
2ª aula
• 4. controle de soros e vacinas
• 5. controle de medicamentos
• 6. preparação e treino de pessoal
técnico especializado
• 7. serviço de documentação
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PCL I – Teórica
2ª aula
• 2.Origem e Composição Geral
• da Água
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PCL I – Teórica
2ª aula
Esta água é inicialmente pura, porque
provém de um processo natural de
destilação, mas após a condensação na
atmosfera e antes de chegar ao solo
começa a adquirir impurezas.
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Do ciclo da água atrás descrito e aparentemente simples resulta uma complexidade de
compostos que irão ser encontrados ou não na água, dando a esta determinadas características.
Pelas características adquiridas , constitui ainda um óptimo habitat para muitos seres vivos,
tanto de origem animal como vegetal
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PCL I – Teórica
2ª aula
3. Características da Água de acordo com a sua Origem
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PCL I – Teórica
2ª aula
• Água ácida
• Esta característica resulta do dióxido de carbono em
excesso na água conferindo-lhe propriedades ácidas,
e uma agressividade que pode atacar os materiais do
sistema de abastecimento
• Água calcária (Dura)
• A esta característica também se dá o nome de dureza
e, confere à água propriedades incrustantes, dificulta
a formação de espuma nas lavagens com sabão e leva
ao entupimento das tubagens, principalmente as de
água quente.
• A água medianamente calcária não apresenta
qualquer risco para a saúde no entanto, as águas
duras quando ingeridas prolongadamente, aumentam
a incidência de doenças renais, diminuindo a
ocorrência de doenças cardiovasculares
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PCL I – Teórica
2ª aula
• Águas com ferro e manganês
• Estas substâncias conduzem também à incrustação nas tubagens e
nos acessórios de ferro, conferem cor e turvação à água, manchando
deste modo a roupa e as louças sanitárias.
• A ingestão temporária de água com excesso de ferro ou manganês
não apresenta graves riscos para a saúde humana.
• Água turva
• Resulta da alteração de uma qualidade organoléptica , podendo
conferir à água cor, sabor, cheiro, dependendo das substâncias
presentes . Tal facto poderá constituir um risco a saúde pública.
• Água contaminada
• Existem dois tipos de contaminação , a química e a bacteriológica e,
no âmbito do nosso estudo apenas irá ser abordada a contaminação
química.
Conclusão:
• A composição de uma água é pois reflexo das substâncias e seres
vivos com quem contactou durante o percurso natural e artificial.
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PCL I – Teórica
2ª aula
• Esquema da Composição Geral da Água
• 1 - Substâncias de origem mineral
• .Em suspensão partículas de terra e areia
• .Em solução coloidal (as partículas coloidais são visíveis através de
microscopia eletrônica, com diâmetros variando na faixa de 1 mμ a
1μ argila
• sílica
• óxido de ferro
• alumínio
• .Em dissolução sais de Ca++, Na+, K+, (bicarbonatos, sulfatos, cloretos, nitritos
e nitratos)
– gases anidrido carbónico, oxigénio e azoto
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PCL I – Teórica
2ª aula
• 2 - Substâncias de origem orgânica
• . resíduos animais e vegetais do
solo
• . matéria orgânica coloidal
• . ácidos orgânicos
• . corantes orgânicos
• . derivados azotados
• . gases (CO2, H2) )
• . organismos vivos
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PCL I – Teórica
2ª aula
• 4. A Água e a Saúde Pública
• A água associa-se facilmente ao conceito de saúde pública uma vez que
se constitui como um elemento essencial à vida pela sua intervenção em
mecanismos biológicos, químicos e bioquímicos .
Por isso, na vertente consumo humano, a água deverá apresentar-se
com boa qualidade, química e microbiológica (sendo dela também extraídos
sais minerais essenciais a uma alimentação equilibrada.)
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PCL I – Teórica
2ª aula
• Muitas destas substâncias estão já
identificadas e foram fixados limites máximos
de concentração nas águas para consumo
humano.
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PCL I – Teórica
2ª aula
• 5. A Lei Portuguesa da Água
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PCL I – Teórica 2ª aula
• Até 31 de Julho de 1998, o Dec. Lei nº 74/90 de 7 de Março foi termos nacionais, o
instrumento legislativo que regulou a qualidade da água distribuída por sistemas
públicos
• A 1 de Agosto de 1998 o Dec. Lei 238 veio revogar o Dec. Lei 74/90 e regulando até
2001, as águas para consumo humano, águas para o suporte da vida aquícola,
águas balneares e águas de rega.
• O Dec. Lei n.º 243/2001 estabelecia valores guia e valores máximos admissíveis
para um elevado nº de parâmetros agrupados em:
• . parâmetros microbiológicos
• . parâmetros organolépticos
• . parâmetros físico-químicos
• . parâmetros indesejáveis, tóxicos e radioactivos
• O Dec. Lei n.º 243/2001 foi por sua vez revisto através do Dec. Lei n.º 306/2007
• Para além da revisão, o Dec Lei 306/2007 estabelece igualmente critérios da repartição da
responsabilidade na gestão dos sistemas de abastecimento públicos de águas para consumo humano
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PCL I – Teórica
2ª aula
• Para além dos parâmetros abordados, foi estabelecida uma frequência mínima
de análises a efectuar para efeitos de controlo de qualidade da água pelas
entidades gestoras e para efeitos de vigilância sanitária por parte das
administrações regionais de saúde.
• O Dec. Lei 74/90 (revogado) definia de forma clara no seu artigo nº2, as
categorias de água em função dos seus principais usos:
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PCL I – Teórica
2ª aula
• 2 - Águas para suporte da vida aquícola
• a. águas doces superficiais para fins aquícolas - águas
piscícolas
• b. águas do litoral e salobras para fins aquícolas - águas
conquícolas
c. águas doces e salobras de bacias naturais ou artificiais utilizadas
para criação extensiva de espécies aquícolas
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PCL I – Teórica
2ª aula
• 4 - Águas para utilização recreativa
• a. águas para uso com contacto directo
• b. águas para uso de contacto indirecto
• 5 - Águas de transporte e descarga de resíduos
• a. águas residuais
• 6 - Águas de nascente natural e medicinais
• 7 - Águas para consumo industrial
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PCL I – Teórica
2ª aula
• Água de Abastecimento para Consumo Humano
• Pode em termos genericos considerar-se água de abastecimento para consumo
humano:
• a) a água distribuída para consumo humano directo;
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PCL I – Teórica
2ª aula
• Eg: O Decreto-lei n.º243/2001 de 5 de Setembro, que também regulou a
qualidade da água destinada ao consumo humano, definia a água destinada ao
consumo humano como sendo:
• “a) toda a água no seu estado original, ou após tratamento, destinada a ser bebida, a
cozinhar, à preparação de alimentos ou a outros fins domésticos, independentemente da
sua origem e de ser fornecida a partir de uma rede de distribuição, de um camião ou navio-
cisterna, em garrafas ou outros recipientes, com ou sem fins comerciais.
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PCL I – Teórica
2ª aula
• O Dec. Lei 74/90 (revogado) definia claramente o sistema de acções de
controle de qualidade da água,
• O Dec. Lei 236/98 referia apenas normas de qualidade e verificação de
conformidade onde as medidas de controle podiam estar contempladas
mas de uma forma mais dispersa.
• O Dec Lei n.º 243/01 previa no Anexo II medidas de controlo de qualidade
da água,
• Para uma melhor percepção da globalidade das acções envolvidas no
controlo de qualidade das águas de abastecimento para consumo
humano, podemos reportar-nos ao artigo 3º do Dec. Lei 74/90:
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PCL I – Teórica
2ª aula
• Artigo 3º de Dec. Lei 74/90
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PCL I – Teórica
2ª aula
• b) Fiscalização - acções periódicas levadas a efeito pelas entidades
gestoras dos recursos hídricos (eg: Camara), com o objectivo de defender
a saúde pública e proteger o ambiente;
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PCL I – Química Águas
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PCL I – Prática
2ª aula
• 6. CARACTERÍSTICAS DE UM LABORATÓRIO DE SAÚDE PÚBLICA
• Um laboratório de análises químicas e microbiológicas de um alimento
deve ter uma área compatível com as actividades que nele se
desenvolvem, bem como com a área de influência. Assim, o laboratório
de Saúde Pública deve conter:
• Recepção
Autoclave
• Secção de lavagem e esterilização de material
Estufas
•
Sector de análise química Instalações
• Equipamento
• Sector de análise microbiológica Aparelhagem
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PCL I – Prática
2ª aula
• Refrigerado
• Sector de armazenamento Temperatura
ambiente
• Com e sem luz
• Arquivo
• Sector de gestão da informação
Informática
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PCL I – Prática
2ª aula
• INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTO E APARELHAGEM DOS SECTORES: QUÍMICO
E MICROBIOLÓGICO
• Tipo 1
• 1) ÀGUA Tipo 2
• Tipo 3
Tipo 3
É a água menos pura (corrente), sendo utilizada para as 1ªs lavagens do material após a sua
utilização
Tipo 2
Água mais pura que a tipo 3, sendo utilizada em análises qualitativas, e para as 2ªs lavagens do
material após a sua utilização
Tipo 1
Água destilada, desionizada e desmineralizada, utilizada nas determinações quantitativas,
hidratação de reagentes, controlo, calibradores, diluição de amostras e alimentação do
equipamento
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PCL I – Prática
2ª aula
• NOTA:
• Imprescindível um sistema de purificação de água
• Electricidade
• Difásica
• corrente
.
Trifásica Equipam
• com estabilizadores
• electr.
•
•
Frigoríficos
• Centrífugas
• sem estabilizadores Banhos maria
• etc.
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PCL I – Prática
2ª aula
• 4) Gases
• Butano
• combustíveis
• Propano
•
Oxigénio
• outros Hidrogénio
• etc.
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PCL I – Prática
2ª aula
• Equipamento
• 1) Chão
• Revestido de material resistente a
substâncias ácidas e alcalinas,
devendo ser ainda liso, não poroso e
lavável, como por ex: Pvc, mosaico,
etc.
• 2) Bancadas
• Revestidas de material resistente (a
ácidos e alcalis), com tampos de peça
única de forma a não permitir
infiltrações, e com área adequada às
técnicas a desenvolver como por eg:
Aço Inoxidável
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PCL I – Prática
2ª aula
• 3) Temperatura e Ventilação
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PCL I – Prática
2ª aula
• 4) Luz
• Boa iluminação natural, e com iluminação artificial de luz branca
• APARELHOS
• Frigorífico
• Produtores de frio Câmara frigorífica
• Arca congeladora
• Bicos de Bunsen
• Placas eléctricas
• Produtores de calor Estufas
• Banho maria
• Banho de areia, etc.
• Balanças de precisão
• Centrífugas, etc..
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PCL I – Prática
2ª aula
• Instrumentação
• Aparelhos para estudo de fotometria/espectrofotometria
• fotómetro de chama (eg: iões)
clássico
• espectrofotómetro de absorção molecular automático de
fluxo contínuo
• nefelómetro
• turbidímetro
• condutivímetro
• espectrofotómetro de absorção atómica
• potenciómetro (ex: avaliação de gases)
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PCL I – Prática
• MATERIAL
2ª aula
• de vidro
– Pipetas, Buretas, Propipetas ,Copos
de vidro, Balões aferidos, Frascos de
Erlenmeyer, Tubos de centrifugação,
Tubos de ensaio, Provetas, Varetas de
vidro, Cadinhos, Etc.
• Outros
– Pinças, Ansas, Espalhadores,
Espátulas, Suportes de tubos,
Suportes de buretas, Agitadores
mecânicos, Agitadores magnéticos,
etc.
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PCL I – Prática
2ª aula
• 7. SEGURANÇA NO LABORATÓRIO DE SAÚDE PÚBLICA
• O conhecimento de regras básicas de segurança num laboratório por parte dos
técnicos que aí desenvolvem a sua actividade, é essencial para se proteger a si
próprio e aos outros, que duma forma directa ou indirecta se relacionam com a
actividade laboratorial
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PCL I – Prática
2ª aula
• PREVENIR os acidentes e, para os que são previsíveis, prever antes do
acontecimento as medidas apropriadas para neutralizar os seus efeitos,
eg: Queimaduras com ácidos/bases
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PCL I – Prática 2ª aula
• Andar sempre de bata limpa e não deteriorada, substituindo-a
regularmente;
• Não mordiscar marcadores, lápis, etc., após ter feitos qualquer
manipulação;
• Não esfregar os olhos com luvas ou com as mãos antes de estas terem sido
convenientemente lavadas;
• Não guardar um lenço utilizado no bolso da bata;
• Após manipulação as mãos devem ser desinfectadas, devendo haver sempre
uma solução para o efeito como lixívia, etc..;
• Colocar pipetas, lâminas e outro material em lixívia após utilização;
• Colocar material que vai para esterilização final em soluções anti-sépticas;
• Ter protecções suplementares em determinados casos (eg: laboratório de
virologia);
• Pipetas Pasteur devem ser guardadas em recipientes resistentes para evitar
ferirem alguém;
• Não comer ou beber no laboratório;
• Não fumar no laboratório;
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PCL I – Prática
2ª aula
•
EM CASO DE ACIDENTE
•
• Se nos cortarmos devemos lavar abundantemente com água e usar de seguida um desinfectante
(pele - gluteraldeído ou álcool iodato a 1%);
• Se houver projecção para a vista deve-se passar muita água para diluir, devendo de seguida
consultar um oftalmologista;
• Se houver projecção para a bata esta deve ser trocada de imediato, devendo ser autoclavada e
lavada de seguida;
• Se houver quebra de um tubo com amostra, cultura bacteriana, sobre a bancada ou no chão, deve
ser deitada lixívia sobre o material, deixando-a actuar algum tempo antes de se limpar;
• Determinados materiais que contenham ou com os quais se manipularam produtos (eg: vírus
/material radioactivo) devem ser colocados em contentores especiais para incineração;
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PCL I – Prática
2ª aula
• 8. Calibradores, Controlos e Curvas de calibração
• a) através da fórmula
• CA = D.O. amostra X CP
• D.O. padrão
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PCL I – Prática
2ª aula
• b) através de um factor K
•
CA = D.O. amostra X CP Factor K
• D.O. padrão
•
• este factor é introduzido no aparelho, que o multiplica automaticamente
pela D.O da amostra
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PCL I – Prática
2ª aula
• Controlo(s)
• Padrão de Controlo (solução de controlo)
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PCL I – Prática
2ª aula
• Antes de ser utilizado, deve ser avaliado o lote, o prazo de validade, as condições
em que deve ser usado, etc..
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PCL I – Prática
2ª aula
• Branco
• Metodologia (ou factor) utilizada para eliminar interferências ao longo da
determinação ou leitura da reacção
• acertar a 0% de
absorvância
• Branco de água
• acertar a 100% de
transmitância
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PCL I – Prática
2ª aula
• CURVA DE CALIBRAÇÃO
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PCL I – Prática
2ª aula
• 2º Definição do método (método mais utilizado)
• 3º Linearidade da curva
– Intervalo da menor concentração à maior concentração que pode ser medido
pela curva
4º Os calibradores são processados e as densidades ópticas marcadas, sendo
traçada a carta
• DO DO
• 45º = Ideal
•
• Concentrações Concentrações
• Absorvencias Transmitâncias
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PCL I – Prática
2ª aula
• Quando a curva não é linear e deveria ser , significa que houve variações
de sensibilidade na técnica
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PCL I – Prática
2ª aula
• 9. Plano da aula prática n.º 2
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