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PREFÁCIO...........................................................................................................................4
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.......................................................................6
I – PROPOSIÇÕES LEGISLATIVAS...............................................................................8
1 - INTRODUÇÃO................................................................................................................8
2 – PROJETOS......................................................................................................................9
2.1 – Caracterização.........................................................................................................9
2.1.1 – Projeto de Lei complementar.......................................................................9
2.1.2 – Projeto de Lei Ordinária..............................................................................9
2.1.3 – Projeto de Decreto Legislativo..................................................................10
2.1.4 – Projeto de Resolução.................................................................................11
2.2 – Estrutura e forma dos projetos..............................................................................11
2.3 – Modelos................................................................................................................16
3 – PROPOSTA DE EMENDA À LEI ORGÂNICA..........................................................41
3.1 – Caracterização.......................................................................................................41
3.2 – Estrutura e forma..................................................................................................41
3.3 – Modelos................................................................................................................42
4 – EMENDA.......................................................................................................................48
4.1 – Caracterização.......................................................................................................48
4.2 – Estrutura e forma das emendas.............................................................................48
4.3 – Modelos................................................................................................................50
5 – PARECER......................................................................................................................62
5.1 – Caracterização.......................................................................................................62
5.2 – Parecer da Comissão de Constituição e Justiça.....................................................63
5.3 – Parecer da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças..................................64
5.4 – Parecer da Comissão de Assuntos Sociais............................................................65
5.5 – Parecer da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania....................65
5.6 – Parecer da Mesa Diretora......................................................................................65
5.7 – Parecer do Vencido...............................................................................................66
5.8 – Voto em Separado.................................................................................................67
5.9 – Modelos................................................................................................................68
6 – OUTRAS PROPOSIÇÕES..........................................................................................152
6.1 – Indicação............................................................................................................152
6.2 – Moção.................................................................................................................153
6.3 – Requerimento.....................................................................................................154
6.4 – Recurso...............................................................................................................155
6.5 – Modelos..............................................................................................................156
7 – VETO...........................................................................................................................176
7.1 – Caracterização....................................................................................................176
7.2 – Relatório de Veto................................................................................................176
7.3 – Modelos..............................................................................................................178
ANEXO.............................................................................................................................191
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................194
PREFÁCIO
considerar esse aspecto no planejamento das tarefas atinentes aos atos normativos.
A criação de padrões referenciais para formatação da norma, como instrumental a serviço
do fazer legiferante, tem sido cercada de muitos cuidados, de modo a garantir a presença das
características qualificadoras de seu conteúdo. Afinal, a adoção de modelos não deve, em
absoluto, sobrepor-se à essencialidade da lei. A peça legiferante deve resguardar o princípio da
indissociabilidade entre o fundo e a forma dos atos, qual seja, a correta definição do
pensamento ou espírito da proposição e a adequada estruturação da norma positiva, com
unidade sistemática e exatidão técnica.
Este Manual nada mais é que a busca de sistematização do instrumental próprio da
Câmara Legislativa do Distrito Federal no desempenho de sua função legiferante. Certamente
se aperfeiçoará conforme a Casa adquira mais maturidade, em consonância com os tempos
vindouros.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
1 — INTRODUÇÃO
2 – PROJETOS
2.1 — Caracterização
O projeto de lei complementar tem por característica o fato de só poder tratar de assunto
que a Lei Orgânica do Distrito Federal especifica como próprio de tal espécie normativa.
Sua iniciativa cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara Legislativa; ao
Governador do Distrito Federal; ao Tribunal de Contas do Distrito Federal, e aos cidadãos, na
forma e nos casos previstos na Lei Orgânica (art. 71).
Diferentemente do projeto de lei ordinária, o de lei complementar exige, para sua
aprovação, a maioria absoluta dos votos dos deputados distritais.
Dentre os temas a serem tratados por lei complementar — que tem numeração distinta
da numeração das leis ordinárias — citem-se:
— a organização do Tribunal de Contas do Distrito Federal;
— o estatuto dos servidores públicos civis do Distrito Federal;
— a organização da Procuradoria-Geral do Distrito Federal;
— o sistema tributário do Distrito Federal;
— a organização do sistema de educação do Distrito Federal;
— o plano diretor de ordenamento territorial do Distrito Federal;
— as atribuições do Vice-Governador do Distrito Federal;
— a organização da previdência dos servidores públicos do Distrito Federal.
— outros casos previstos na Lei Orgânica, como, por exemplo, a concessão de título de
cidadão benemérito ou honorário.
I - Cabeçalho ou preâmbulo
O cabeçalho ou preâmbulo constitui a parte inicial do projeto, não faz parte do texto e
tem por finalidade identificá-lo. É subdividido em: epígrafe, autoria e ementa.
A epígrafe qualifica o projeto (de lei, ordinária ou complementar, de decreto legislativo
ou de resolução) e o situa no tempo pela numeração e ano de apresentação.
Exemplo:
A ementa é o sumário, resumo do projeto, devendo ser redigida de forma clara, concisa e
fiel ao conteúdo da matéria legislada.
Exemplo:
Cria o Programa de Preservação de Microbacias Hidrográficas no Distrito Federal.
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Quando o projeto contiver matéria acessória ao seu objeto principal, deverá trazer na
respectiva ementa a expressão "e dá outras providências", cujo uso já se encontra consagrado
na legislação brasileira.
Exemplo:
Institui o Horário Cívico obrigatório nas escolas públicas do Distrito Federal e dá outras
providências.
A ementa de projeto que altera dispositivo legal deverá a ele fazer referência com a
transcrição da respectiva ementa.
Exemplo:
Altera o art. ... da Lei Nº ..., de ..., que "dispõe sobre ...".
II - Fórmula de promulgação
Agrupamento de artigos
Em oposição ao desdobramento (divisão e subdivisão) dos artigos, existe o seu
agrupamento. Como o artigo constitui a unidade central do texto do projeto, é a partir dele que
se subdividem ou se agrupam os assuntos.
O agrupamento de artigos decorre da necessidade de sistematizar o texto do projeto e
resulta diretamente na quantidade destes. Assim, a Constituição Federal, a Lei Orgânica do
Distrito Federal e os Códigos são exemplos da sistematização do texto legislativo por
agrupamento.
O conjunto de artigos forma uma Seção; o conjunto de seções forma um Capítulo; o
conjunto de capítulos forma um Título, e o conjunto de títulos forma um Livro.
Na elaboração de projetos de lei, de decreto legislativo e de resolução, raramente irá o
autor efetuar a sistematização do texto do projeto por agrupamento.
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IV - Cláusula de vigência
É o artigo específico que dispõe sobre a entrada em vigor do ato legislativo (lei, decreto
ou resolução).
São válidos, para entrada em vigor de uma lei, os seguintes critérios: a partir da data de
publicação no órgão oficial; nos prazos estipulados pela Lei de Introdução ao Código Civil
(Decreto-Lei nº 4.657, de 04/9/42) que prevê sua vigência quarenta e cinco dias depois de
oficialmente publicada, se não houver menção expressa ou disposição contrária; ou em data
fixada para o futuro. A fórmula mais comum é a seguinte:
"Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação."
V - Cláusula de revogação:
É o artigo específico que dispõe sobre a revogação expressa de dispositivos até então
vigentes. A revogação expressa pode ser geral ou específica.
A revogação geral ocorre quando a cláusula contempla a ab-rogação (revogação total) de
todas as disposições contrárias à nova lei ou ao novo decreto legislativo ou resolução,
utilizando-se a fórmula: "Revogam-se as disposições em contrário".
A revogação específica ocorre quando a cláusula identifica qual ou quais dispositivos
revoga. Neste caso, utilizam-se as fórmulas: "Fica revogada a Lei nº ..., de...". "Ficam
revogados os arts. ... da Lei nº ..., de...".
Em obediência à técnica legislativa e a fim de tornar mais clara a inserção do dispositivo
legal no ordenamento jurídico, deve ser dada preferência à utilização da revogação específica.
Há, porém, situações em que o projeto prescinde da cláusula de revogação, quando não há
o que revogar. É o caso de decreto legislativo concedendo título de cidadão honorário.
VI - Justificação
O fecho do projeto contém referência ao local (Sala das Sessões, Sala das Comissões ou
Sala das Reuniões, consoante o caso), à data de apresentação e ao nome do autor.
Exemplo:
Sala das Sessões, em ...
Deputado ...
A referência "Sala das Sessões" deve ser utilizada nos projetos de lei, de decreto
legislativo ou de resolução apresentados por deputado ou grupo de deputados; "Sala das
Comissões", nos projetos de iniciativa de Comissão específica e "Sala das Reuniões", nos
projetos apresentados pela Mesa Diretora.
2.3 — Modelos
TÍTULO I
Capítulo I
Natureza e Competência
Art. 1º Ao Tribunal de Contas do Distrito Federal, órgão de controle externo, nos termos
da Constituição Federal, da Lei Orgânica do Distrito Federal e na forma estabelecida nesta Lei,
compete:
I — apreciar as contas anuais do Governador, fazer sobre elas relatório analítico e emitir
parecer prévio, nos termos do art. 37 desta Lei;
II — julgar as contas:
a) dos administradores e dos demais responsáveis por dinheiros, bens e valores da
administração direta e indireta ou que estejam sob sua responsabilidade, incluídos os das
fundações e sociedades instituídas ou mantidas pelo Poder Público do Distrito Federal, bem
como daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte
prejuízo ao Erário;
b) dos dirigentes ou liquidantes de empresas incorporadas, extintas, liquidadas ou sob
intervenção ou que, de qualquer modo venham a integrar, provisória ou definitivamente, o
patrimônio do Distrito Federal ou de outra entidade da administração indireta;
c) daqueles que assumam obrigações de natureza pecuniária em nome do Distrito Federal
ou de entidade da administração indireta;
d) dos dirigentes de entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado que
recebam contribuições, subvenções, auxílios e assemelhados, até o limite do patrimônio
transferido;
..........................................................................................................................................
Art. 99. O Tribunal de Contas ajustará o exame dos processos em curso às disposições
desta Lei.
Art. 100. Esta Lei entrará em vigor trinta dias após a sua publicação.
Art. 101. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei nº 91, de 30 de
março de 1990.
NOTA: Este Projeto de Lei, de autoria do TCDF, foi encaminhado à Câmara Legislativa
por intermédio de mensagem na qual consta a justificação da iniciativa. Em virtude de sua
extensão e complexidade, o presente modelo traz tão-somente a transcrição do primeiro e dos
últimos dispositivos. O Projeto contém quatro títulos, divididos em capítulos, perfazendo cento
e um artigos.
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JUSTIFICAÇÃO
O Projeto de Lei nº ..., de ..., visa a regulamentar os arts. 289 e 291 do Capítulo do
Meio Ambiente da Lei Orgânica do Distrito Federal, promulgada em 8 de junho de 1993.
A obrigatoriedade da realização de Estudo Prévio de Impacto Ambiental — EIA,
com apresentação do RIMA – Relatório de Impacto Ambiental, para a instalação de
empreendimentos ou atividades potencialmente causadores de degradação ambiental, objeto do
art. 289, já estava prevista na Lei n° 41/89, da Política Ambiental do Distrito Federal, em seu
art. 15. Por essa razão, optamos por alterar o art. 15 da Lei n° 41/89 ao invés de criarmos uma
nova norma que trate da matéria para que não tenhamos duas leis versando sobre o mesmo
assunto.
Os arts. 289 e 291 da Lei Orgânica apresentam inovações, tais como: estabelecimento do
período de 30 dias em que o estudo deverá ficar à disposição do público; inclusão do
licenciamento ambiental no ato administrativo de aprovação de projeto de parcelamento do
solo; possível necessidade de EIA/RIMA em caso de Auditoria Ambiental e obrigatoriedade
de apreciação do EIA/RIMA pelo Conselho do Meio Ambiente do Distrito Federal. Essas
inovações são abordadas, respectivamente, pelo caput do art. 15 deste Projeto de Lei e pelos
seus §§ 6º, 2º, 9º e 10.
A Lei Orgânica também determinou, em seu art. 289, § 1º, que a aprovação dos projetos
de parcelamento do solo fica condicionada à apresentação de EIA/RIMA para fins de
licenciamento ambiental. Apesar de essa exigência já ter sido prevista pela Lei nº 353/92, que
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aprova o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal, em seu art. 18,
consideramos necessário mencioná-la exatamente na norma que disporá sobre o EIA/RIMA e
suas particularidades. Aproveitamos a oportunidade para ampliar a exigência de EIA/RIMA
para atividades igualmente impactantes, conforme consta no § 1º do art. 15 do Projeto de Lei
ora apresentado.
Consideramos oportuna a regulamentação dos dois artigos da Lei Orgânica, para tentar
solucionar duas questões que vêm perturbando o processo de desenvolvimento do estudo, bem
como sua apreciação pelo órgão ambiental. A primeira delas consiste na definição da "área de
influência do projeto", que, pela proposta aqui apresentada, passa a incluir obrigatoriamente os
limites da sub-bacia hidrográfica que abriga o empreendimento e da que esteja sujeita à ação
impactante. É desnecessário argumentar sobre o quanto a preservação dos recursos hídricos é
prioridade ambiental para o Distrito Federal. A segunda questão consiste na tramitação do
EIA/RIMA no órgão ambiental, que, pelo nosso Projeto de Lei, passa a ter prazos definidos e
divulgados pelo órgão. Essa providência agilizará o andamento do processo de licenciamento
ambiental.
Diante dessa explicação sobre a importância dos dispositivos constantes do Projeto de
Lei, conclamamos os nobres Colegas a apoiá-lo, pois estarão, assim, contribuindo para a
melhoria da aplicação deste importante instrumento da Política Ambiental, que é o Estudo de
Impacto Ambiental — EIA/RIMA.
Deputado ...
PROJETO DE LEI Nº ..., DE ...
(Do Sr. Deputado ...)
Art. 1º Fica assegurado às pessoas com idade igual ou superior a sessenta e cinco anos a
concessão de desconto de 50% (cinqüenta por cento) na aquisição de ingressos para eventos
artísticos, culturais e esportivos, no âmbito do Distrito Federal.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.
JUSTIFICAÇÃO
Isto posto, esperamos a acolhida da presente proposição por esta Casa Legislativa, pois
assim estaremos fazendo justiça às pessoas que contribuíram com seu trabalho para o
desenvolvimento do Brasil, as quais não podem ficar à margem da sociedade.
Deputado ...
PROJETO DE LEI Nº ..., DE ...
(Do Sr. Deputado ...)
JUSTIFICAÇÃO
NOTA: Este modelo de Projeto de Lei de iniciativa do Poder Executivo do Distrito Federal
tem a sua justificação contida na Mensagem do Governador.
27
Deputado ...
NOTA: Esta peça legislativa não tem justificação por se originar de Mensagem do Sr.
Governador do Distrito Federal, que encaminha à CLDF a prestação de contas referente ao
exercício então em pauta. Acresça-se que, após o recebimento da prestação de contas, a Câmara
a envia ao TCDF para a competente análise e a emissão de parecer. Isto feito, aquele Tribunal a
devolve a esta Casa para exame e respectiva aprovação mediante edição do correspondente
Decreto Legislativo.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº ..., DE ...
(Do Sr. Deputado ...)
JUSTIFICAÇÃO
O presente Projeto de Decreto Legislativo tem por objetivo conceder ao Senhor ... o
Título de Cidadão Honorário. Trata-se de um cidadão de 88 anos de idade e um dos mais
ilustres representantes da Colônia Japonesa no Distrito Federal.
Desde a sua chegada ao Brasil em 1919, o Sr. ... tem lutado pela legalização da situação
dos imigrantes japoneses e sua perfeita integração à sociedade brasileira.
Foi o primeiro Presidente da Associação dos Japoneses Pioneiros no Brasil, em 1954.
Foi Presidente da Associação Cultural e Desportiva de Brazlândia, tendo em sua gestão
unido os produtores rurais do Núcleo de Alexandre Gusmão. O terreno em que hoje se encontra
a sede da referida Associação foi uma conquista sua.
As primeiras estradas e pontes do Núcleo Rural de Alexandre Gusmão foram construídas
graças ao seu esforço e empenho junto às autoridades da época, tendo inclusive construído
alojamento na escola local para acolher os professores que tinham dificuldades de locomoção.
Enfim, em face dos relevantes serviços prestados àquela comunidade pelo Senhor ...,
esperamos ver a presente proposta aprovada pelos nobres pares desta Casa.
Deputado ...
29
JUSTIFICAÇÃO
Deputado ...
31
DENOMINAÇÃO QUANT.
Encarregado de Manutenção 01
Art. 2º Os cargos em comissão de que trata o art. 1º serão extintos na medida em que
vagarem, sendo vedado qualquer preenchimento ou remanejamento dos mesmos após a
primeira investidura.
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.
JUSTIFICAÇÃO
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Vice-Presidente
Deputado ...
Primeiro-Secretário
Deputado ...
Segundo-Secretário
Deputado ...
Terceiro-Secretário
33
JUSTIFICAÇÃO
Deputado. ...
35
JUSTIFICAÇÃO
Deputado ...
39
JUSTIFICAÇÃO
Deputado ...
41
3.1 — Caracterização
Proposta de emenda à Lei Orgânica é a proposição que visa a alterar dispositivos da Lei
Orgânica do Distrito Federal. Pode ser de iniciativa:
a) de um terço, no mínimo, dos Deputados Distritais;
b) do Governador do Distrito Federal;
c) de cidadãos, mediante proposta assinada, no mínimo, por 1% (um por cento) dos
eleitores do Distrito Federal, distribuídos em, pelo menos, três zonas eleitorais, com não menos
de 0,3% (três décimos por cento) do eleitorado de cada uma delas.
A discussão e a votação da proposta são feitas em dois turnos, com intervalo mínimo de
dez dias entre eles, e será considerada aprovada se obtiver, em ambos, o voto favorável de dois
terços dos Deputados Distritais.
A emenda à Lei Orgânica é promulgada pela Mesa Diretora da Câmara Legislativa do
Distrito Federal, com númeração própria.
A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode
ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Em caso de intervenção federal, estado de defesa ou estado de sítio, a Lei Orgânica não
pode ser emendada.
3.3 — Modelos
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Artigo único. O art. 233 da Lei Orgânica do Distrito Federal passa a vigorar com a
seguinte redação:
"Art. 233. A educação é direito de todos e deve compreender as áreas cognitiva, afetivo-
social e psico-físico-motora.
§ 1º A Educação Física e a Educação Artística são disciplinas curriculares obrigatórias,
ministradas de forma teórica e prática, em todos os turnos, séries e níveis de ensino da rede
escolar, nos termos da lei federal.
§ 2º É dever do Poder Público garantir as condições necessárias à prática de Educação
Física e Educação Artística curriculares, ministradas por professores licenciados nas
respectivas áreas e ajustadas às necessidades de cada faixa etária e condições da população
escolar.
§ 3º Deve ser estimulada a criação de turmas específicas, com atendimento especializado,
a fim de preparar alunos que demonstrem aptidão e talento para o esporte de competição, artes
cênicas, artes plásticas, música e outros ramos da criação artística.
§ 4º É garantida a criação e manutenção de espaços, programas e projetos educacionais de
produção artística, que contribuam para o crescimento e valorização da capacidade criadora,
artística e cultural do educando e da comunidade.
§ 5º O Poder Público, por intermédio de seus órgãos competentes, somente concederá
autorização de funcionamento, a partir do primeiro grau, a escolas que apresentem instalações
para prática de educação física e desporto.
§ 6º É livre, nos termos da lei, o acesso da comunidade a instalações esportivas das
escolas da rede pública do Distrito Federal, com a orientação de professores de Educação
Física, em horários e dias que não prejudiquem a prática pedagógica regular de cada
estabelecimento de ensino."
JUSTIFICAÇÃO
Pretende a presente proposição sanar uma omissão da Lei Orgânica do Distrito Federal
quanto ao ensino da arte nas nossas escolas de 1º e 2º graus.
A arte é uma atividade de inegável importância para o ser humano. Ela esteve e está
sempre presente na história das civilizações. Seja na beleza utilitária de um desenho
publicitário, na tela de um pintor, na obra do poeta, ela é parte marcante do cotidiano do
homem e, particularmente no mundo moderno, a arte tem uma função prática, aliada, por assim
dizer, a diversos campos profissionais especializados.
Igualmente importante é o ensino da arte na rede escolar como componente curricular
obrigatório, ministrado por professores específicos da área, legalmente habilitados para tal. A
tarefa dos arte-educadores é de irrefutável relevância no processo construtivo da aprendizagem.
Além de trabalharem com o exercício do processo imaginativo, da criação e da invenção —
fatores importantes na prática contemporânea da tecnociência — trabalham também com a
sensibilidade e psicologia do educando.
Contudo, na rede escolar do Distrito Federal, sobretudo nas escolas da rede oficial de
ensino, a Educação Artística não tem merecido a devida atenção, tanto é que esse componente
curricular não é encontrado nos currículos de várias séries do ensino de 1º e 2º graus. Nas séries
em que existe tal componente curricular, este é, em muitos casos, ministrado por professores
sem habilitação legal na área de artes, sem contar as condições adversas que os arte-educadores
têm encontrado, desde a ausência de espaço destinado à prática de artes até a falta ou
precariedade de material didático específico.
A própria Constituição Federal contempla, nos seus arts. 206, 208 e 210, a arte e o seu
ensino. O art. 206, inciso II, determina que o ensino será ministrado com base no princípio de
"liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber". Já o art.
208 impõe que o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de
"acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística". O art. 210, por
sua vez, diz que "serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a
assegurar a formação básica comum e o respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e
regionais."
O Projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional — LDB, ora em tramitação
no Congresso Nacional, prevê o ensino da arte em vários dos seus dispositivos, conforme o
espírito da Constituição Federal. O referido Projeto determina, dentre as "Normas Gerais da
Educação Infantil e dos Ensinos Fundamental e Médio", que o ensino da arte constituirá
45
componente curricular na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio. Ao que consta,
o mencionado projeto de LDB, após ter sido aprovado pela Câmara dos Deputados, aguarda
apreciação pelo Senado Federal, cuja tendência é aprová-lo sem modificações substanciais.
A exemplo do Projeto de LDB e em consonância com a Constituição Federal, nosso
Projeto pretende dar especial atenção ao ensino da arte nos estabelecimentos de ensino do
Distrito Federal. Para tanto, pleiteamos mudança no texto do art. 233 da nossa Lei Orgânica.
Inicialmente, queremos substituir, no caput do referido artigo, a palavra "físico-motora" pela
palavra "psico-físico-motora", por entendermos que a última engloba, na carga semântica do
elemento "psico", os aspectos ligados à alma, ao espírito, ao lado psicológico do indivíduo.
Como a arte é uma atividade que envolve a criação de sensações ou estados de espírito de
caráter estético, carregados de uma experiência profunda de vida, o acréscimo do elemento
"psico" contempla esse aspecto da educação. Dessa forma, abrimos caminho para o acréscimo
da Educação Artística nos parágrafos em que se desmembra o art. 233, a qual, ao lado da
Educação Física, passa a constituir componente curricular obrigatório na rede escolar do
Distrito Federal, garantidas pelo Poder Público as condições necessárias à sua prática. Por fim,
pretende-se estimular a criação de turmas específicas que demonstrem especial aptidão para os
diversos ramos da criação artística, as quais deverão ter atendimento especializado para o justo
e necessário aprimoramento desse magnífico dom. Com isso, a educação estará contribuindo
decisivamente para a descoberta e formação de novos e futuros artistas do Distrito Federal.
Terminamos a nossa argumentação fazendo nossas as sábias palavras que fomos
encontrar no livro A Necessidade da Arte, de Ernst Fisher:
"O homem anseia por absorver o mundo circulante, integrá-lo a si; anseia por
estender pela ciência e pela tecnologia o seu "Eu", curioso e faminto de
mundo, até as mais remotas constelações e até os mais profundos segredos do
átomo; anseia por unir na arte o seu ‘Eu’ limitado com uma existência
humana coletiva e por tornar social a sua individualidade".
Eis o motivo por que defendemos a arte e o seu ensino; eis o motivo por que
apresentamos este projeto. Sábias são as citadas palavras de Ernst Fisher; sejamos sábios
também, aprovando a presente proposição.
Deputado ...
PROPOSTA DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº ..., DE ...
(Do Sr. Deputado... e outros)
JUSTIFICAÇÃO
Deputado...
4 — EMENDA
4.1 — Caracterização
I - Cabeçalho ou preâmbulo
O cabeçalho ou preâmbulo compõe-se de: epígrafe, autoria e ementa.
A epígrafe indica o nome da Comissão, o número de ordem e o tipo de emenda.
Exemplo:
COMISSÃO DE ...
EMENDA Nº ... (MODIFICATIVA)
II - Texto ou corpo
O texto ou corpo compreende a matéria de que trata a emenda, com a identificação do
dispositivo emendado e a nova redação proposta.
Exemplo:
III - Justificação
A justificação consiste na argumentação que visa a demonstrar a necessidade ou
oportunidade da emenda. A emenda, dependendo do caso, pode ou não ter justificação. Quando
tal propositura for de autoria de relator de determinada Comissão e a sua justificação já estiver
contida no parecer exarado, não se faz necessária sua repetição no texto da emenda (vide
modelos de pareceres com emendas.
Entretanto, se a emenda for apresentada por Deputado que não o Relator, deve esta fazer-
se acompanhar da devida justificação.
Exemplo:
A presente Emenda visa à adequação do texto do Projeto ao disposto na Lei nº ..., de ...,
que "dispõe sobre ... ".
IV - Fecho
O fecho é, naturalmente, o encerramento da emenda, abrangendo local (Sala das Sessões,
Sala das Comissões, Sala das Reuniões), data e autor.
Exemplo:
Deputado ...
4.3 — Modelos
51
COMISSÃO ...
JUSTIFICAÇÃO
Deputado ...
COMISSÃO ...
JUSTIFICAÇÃO
As Emendas nºs ... e ... da Comissão de Assuntos Sociais alteram o texto do mesmo
dispositivo do Projeto de Lei nº .../..., razão por que apresentamos a presente Emenda, que
reúne as citadas Emendas em uma só.
Deputado ...
53
COMISSÃO ...
JUSTIFICAÇÃO
Deputado ...
COMISSÃO ...
JUSTIFICAÇÃO
O Projeto de Lei nº .../..., em seu art. 10, dispõe que, para a exploração do serviço de
transporte individual de passageiros ou bens, o veículo deverá ter até 12 (doze) anos de
fabricação.
Se levarmos em consideração que o intervalo de tempo entre a fabricação e o uso efetivo
do veículo é curto, os 12 (doze) anos estipulados no Projeto representam praticamente 12(doze)
anos de uso, tempo este que, a nosso ver, é muito extenso para veículos destinados a esse tipo
de atividade econômica.
Por mais cuidadosos que tenham sido os seus proprietários, o veículo com 12 (anos) de
uso apresenta um desgaste muito grande, o que pode comprometer a segurança e eficácia do
serviço prestado.
Assim, apresentamos a presente Emenda, propondo a diminuição do tempo de 12 (doze)
para 10 (dez) anos.
Deputado ...
55
COMISSÃO ...
JUSTIFICAÇÃO
Esta Emenda visa a adequar a redação da ementa, tornando-a mais concisa e conferindo-
lhe correção gramatical.
Deputado ...
COMISSÃO ...
JUSTIFICAÇÃO
Deputado ...
57
COMISSÃO ...
JUSTIFICAÇÃO
Deputado ...
COMISSÃO ...
JUSTIFICAÇÃO
Deputado ...
61
COMISSÃO ...
JUSTIFICAÇÃO
A questão do limite da área destinada aos informes publicitários nos vidros dos veículos
utilizados como táxis deve ser objeto de regulamentação posterior, a ser editada pelo Governo
do Distrito Federal, por se tratar de assunto de cunho técnico consubstanciado em normas
existentes.
Além disso, haverá tempo hábil para que se colham, da entidade representativa da
categoria dos taxistas, sugestões que somente poderão contribuir para a ação regulamentar do
Poder Executivo local.
Deputado ...
5 — PARECER
5.1 — Caracterização
O parecer da Comissão de Assuntos Sociais deve versar sobre temas exclusivos de sua
área de competência, enumerados no art. 29, inciso III, do Regimento Interno da CLDF.
Nem todas as proposições são objeto de parecer da CAS, conforme o art. 125, § 1º, do
Regimento Interno. Caso o tema da proposição seja de competência da Comissão, o parecer
pertinente é obrigatório. Não encerra, esse parecer, caráter terminativo: está restrito às
considerações atinentes ao mérito da proposição.
Para elaboração de parecer de mérito devem-se observar, sempre que possível, as
seguintes referências, dentre outras:
— caracterização do objeto enfocado, suas variáveis determinantes e implicações
decorrentes;
— fundamentação técnica, com dados estatísticos ou outras formas de quantificação,
quando possível;
— localização da proposição no contexto das diretrizes programáticas do Governo
(oportunidade política);
— relevância social: benefício previsto para a clientela alvo da proposição (efetividade).
Parecer de Mesa é o emitido pela Mesa Diretora, órgão colegiado da Câmara Legislativa,
constituído pelo Presidente, Vice-Presidente, Primeiro, Segundo e Terceiro Secretários,
Primeiro e Segundo Suplentes, no desempenho de suas funções de direção dos trabalhos
legislativos e dos serviços administrativos da Casa.
Assim, compete à Mesa Diretora emitir parecer sobre elaboração e alteração do
Regimento Interno (art. 13, inciso I, alínea "m"). Além disso, a Mesa Diretora constuma emitir
parecer sobre requerimentos que lhe são submetidos a exame por Deputado, Comissão ou
órgão da estrutura administrativa.
O parecer deve ser elaborado por relator, designado pelo Presidente e escolhido dentre os
membros da Mesa. A exemplo do parecer de Comissão, o de Mesa é constituído por uma parte
expositiva — relatório — e outra conclusiva, devidamente fundamentada — voto.
Esta divisão em duas partes é observada no parecer de Mesa sobre matéria sujeita a
deliberação do Plenário da Câmara Legislativa. Nos demais pareceres — sujeitos tão-somente
à decisão da própria Mesa Diretora — o texto pode ser redigido sem divisões, mas contendo
também a parte expositiva seguida de fundamentação e voto.
5.9 — Modelos
Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA sobre PROPOSTA DE EMENDA
À LEI ORGÂNICA Nº ..., que "...".
I — RELATÓRIO
A proposição em exame, de iniciativa do Deputado ..., visa a dar nova redação ao art. 233
da Lei Orgânica do Distrito Federal, com o fim de acrescentar ao texto original a disciplina
Educação Artística, como componente obrigatório, no currículo das escolas do Distrito Federal.
Assim, o caput do art. 233 passa a ter a seguinte redação:
"Art. 233. A educação é direito de todos e deve compreender as áreas
cognitiva, afetivo-social e psico-físico-motora."
O § 1º, por sua vez, passa a ter a seguinte redação:
"§ 1º A Educação Física e a Educação Artística são disciplinas curriculares
obrigatórias, ministradas de forma teórica e prática, em todos os turnos, séries e
níveis de ensino da rede escolar, nos termos da lei federal."
O § 2º recebeu redação adequada ao § 1º, acrescentando-se-lhe a expressão "Educação
Artística" e fazendo-se as concordâncias devidas.
O § 3º diz que será estimulada a criação de turmas específicas, que terão atendimento
especializado, a fim de preparar alunos que demonstrem aptidão e talento para o esporte de
competição, artes cênicas, artes plásticas, música e outros ramos da criação artística.
Insere-se, no art. 233, o § 4º com a redação a seguir:
"§ 4º É garantida a criação e manutenção de espaços, programas e projetos
educacionais de produção artística, que contribuam para o crescimento e
valorização da capacidade criadora, artística e cultural do educando e da
comunidade."
O § 4º original, pela emenda, passa a § 5º, com a mesma redação anterior.
Por fim, o § 5º passa a § 6º, nos mesmos termos do original.
Em sua justificação, o autor expõe que a sua proposição pretende sanar uma omissão da
Lei Orgânica do Distrito Federal quanto ao ensino da arte nas escolas de 1º e 2º graus.
69
O nobre Deputado lembra a importância da arte para o ser humano e a sua constante
presença na história das civilizações, além da sua função prática, no mundo moderno, aliada a
diversos campos profissionais especializados.
Nas palavras do propositor, "igualmente importante é o ensino da arte na rede escolar
como componente curricular obrigatório, ministrado por professores específicos da área,
legalmente habilitados para tal". Acrescenta, a seguir, que a tarefa dos arte-educadores é
relevante, tendo em vista que eles trabalham não só com o exercício do processo imaginativo,
da criação e da invenção, mas também com a sensibilidade e a psicologia do educando.
Ressalta o autor que, a despeito da importância da arte, a Educação Artística não tem
recebido a devida atenção nas escolas da rede oficial de ensino do Distrito Federal, uma vez
que não figura como componente curricular de várias séries de 1º e 2º graus. Por outro lado,
quando é oferecida, a disciplina "é ministrada por professores sem habilitação legal na área das
artes, sem contar as condições adversas que os arte-educadores têm encontrado, desde a
ausência de espaço destinado à prática de arte até a falta ou precariedade de material didático
específico."
O autor menciona os arts. 206, 208 e 210 da Constituição Federal, que fazem referência
ao ensino da arte, e cita também o Projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB,
que prevê o ensino da arte em vários de seus dispositivos.
Prosseguindo em sua justificação, o Deputado ressalta que, a exemplo do Projeto de LDB
e em consonância com a Constituição Federal, o seu Projeto pretende fazer com que se dê
especial atenção ao ensino da arte nos estabelecimentos de ensino do Distrito Federal, razão por
que pleiteia as alterações no texto do art. 233 da Lei Orgânica, para a inclusão da Educação
Artística, ao lado da Educação Física, como componente curricular obrigatório na rede escolar
do Distrito Federal.
A proposição em apreço visa ainda, segundo o seu autor, a "estimular a criação de turmas
específicas que demonstrem especial aptidão para os diversos ramos da criação artística, as
quais deverão ter atendimento especializado para o justo e necessário aprimoramento desse
magnífico dom".
Ao concluir a sua justificação, o Deputado ... cita um trecho do livro A Necessidade da
Arte, de Ernst Fisher, que versa sobre a necessidade e a importância da arte na vida individual
e coletiva do homem, como fonte motivadora da presente propositura.
É o relatório.
II — VOTO DO RELATOR
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
PARECER Nº ..., DE ...
Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA sobre o PROJETO DE LEI Nº ...,
de ..., que "estabelece taxa a ser paga pela
utilização de serviços de segurança pública e
dá outras providências."
I - RELATÓRIO
De iniciativa do ilustre Deputado ..., a presente proposição visa a criar uma taxa a ser
paga pela utilização de Serviços de Segurança Pública em eventos com fins lucrativos
realizados no Distrito Federal, de acordo com a proporção do efetivo, equipamentos e meios
empregados no evento.
Estabelece, também, que os recursos arrecadados serão destinados aos órgãos
empenhados nos eventos, para a manutenção dos meios empregados e a aquisição de novos
equipamentos.
Prevê, ainda, o Projeto de Lei, que o efetivo do pessoal empregado nos eventos,
perceberá, mensalmente, gratificação proporcional ao serviço para o qual foi escalado. E que a
autorização para a realização dos eventos só será fornecida mediante a apresentação da guia de
pagamento da taxa devidamente recolhida.
Por fim, estabelece que o Poder Executivo do Distrito Federal regulamentará a matéria no
prazo de sessenta dias.
Em sua justificação, o Autor ressalta que os órgãos de segurança pública têm sido
colocados à disposição dos organizadores de espetáculos, sem qualquer despesa e, ao mesmo
tempo, encontram dificuldades para manter os seus equipamentos em perfeito estado. Daí a
necessidade da criação dessa taxa.
II - VOTO DO RELATOR
constitucionalidade que impede o seu trâmite nesta Casa Legislativa, uma vez que trata de
matéria de competência exclusiva da União.
O art. 21, XIV, da Constituição Federal estabelece:
"Compete à União:
.............................................................................................
XIV - organizar e manter a polícia federal, a polícia rodoviária e a ferroviária
federais, bem como a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar
do Distrito Federal e dos Territórios;" (grifamos)
E, ao comentar sobre a competência da União na Constituição Federal, o
constitucionalista José Afonso da Silva, em sua obra Curso de Direito Constitucional
Positivo, destacou:
"(...) A União ficou ainda bem aquinhoada na partilha das competências
federativas. Dispõe de competência material exclusiva (grifo do Autor) conforme
ampla enumeração do assunto no art. 21 (...)"
Assim, toda a atividade legiferante relativa à organização, estruturação, atribuições,
manutenção e fixação das competências pormenorizadas dos órgãos da polícia, quer civil, quer
militar, e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, está na órbita da competência
administrativa exclusiva da União. Isto em face da situação peculiar e relevante do Distrito
Federal no âmbito da estrutura federativa brasileira.
Ademais, dentro dessa competência exclusiva da União, inscrita no art. 21, XIV, da
Constituição Federal, está inscrita a capacidade para criar tributos pertinentes às atribuições
daqueles órgãos.
Tendo em vista que o Poder Público só pode agir na medida e nos limites atribuídos pela
Constituição Federal, observando-se a competência de cada ente federativo, o Distrito Federal
não tem capacidade tributária para prever a criação dessa taxa pela utilização de serviços de
segurança pública.
Para ratificar tal posicionamento, transcrevemos as palavras do tributarista Geraldo
Ataliba, em sua obra Hipótese de Incidência Tributária:
"Não há necessidade de a Constituição Federal discriminar competências para
exigência de taxas, porque a hipótese de incidência da taxa exige sempre uma
atuação estatal (atividade de polícia, prestação de serviço público). A pessoa
pública competente para desempenhar a atuação (grifamos), e só ela, é competente
para legislar sobre sua atividade e colocar essa atuação no núcleo da hipótese de
incidência da taxa".
Por fim, no mesmo sentido, o eminente tributarista Ruy Barbosa Nogueira, em sua
obra Direito Financeiro: Curso de Direito Tributário, destaca:
"Já em relação às taxas, a competência é comum, porém cada pessoa de direito
público poderá cobrá-las em razão do exercício regular do poder de polícia, isto
quer dizer, somente quando exercer poder de polícia que lhe tenha sido conferido
pela Constituição e, em relação aos serviços prestados ou postos à disposição,
haverão de ser somente os que a Constituição Federal atribui ao respectivo
Governo tributante" (grifamos).
Assim, estando inseridas no âmbito da competência exclusiva da União a organização e
manutenção dos órgãos de segurança pública do Distrito Federal, encontra-se aí, conforme
salientamos anteriormente, a capacidade para criar taxas em função da atuação desses órgãos. E
tal competência foge do âmbito do Distrito Federal, de acordo com a Carta Magna em vigor.
Diante do exposto, somos pela rejeição da presente matéria, em face da sua
inconstitucionalidade.
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
75
Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA sobre o PROJETO DE LEI Nº ...,
de ..., que "dispõe sobre a concessão de
desconto na aquisição de ingressos para
eventos artísticos, culturais e esportivos às
pessoas com idade igual ou superior a sessenta
e cinco anos e dá outras providências."
I - RELATÓRIO
Por intermédio do Projeto de Lei nº .../..., o ilustre Deputado ... visa a instituir, no âmbito
do Distrito Federal, a concessão de desconto de 50% (cinqüenta por cento) às pessoas com
idade igual ou superior a sessenta e cinco anos na aquisição de ingressos para eventos
artísticos, culturais e esportivos.
Ao justificar a apresentação do referido Projeto de Lei, reporta-se o Autor à diminuição
do poder aquisitivo dos assalariados e sobretudo dos aposentados, em conseqüência da crise
financeira do País; ao insignificante valor dos proventos concedidos aos aposentados e ao dever
do Estado "de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade (...)"
(art. 230 - CF).
Encaminhada a esta Comissão de Constituição e Justiça para exame, a citada proposição
não recebeu emendas durante o prazo regimental.
II - VOTO DO RELATOR
Nos termos da Constituição Federal, art. 32, § 1º, são atribuídas ao Distrito Federal as
competências legais reservadas aos Estados e Municípios. Desta forma, por extensão, compete
ao Distrito Federal legislar sobre assuntos de interesse local (art. 30, I - CF).
Com relação ao amparo à velhice, a Lei Orgânica do Distrito Federal estabelece que o
Poder Público assegurará aos idosos, dentre outros direitos, o da sua integração na comunidade
(art. 272 - LODF).
Neste contexto, insere-se o Projeto de Lei nº .../..., que, de indiscutível cunho social,
pretende conferir aos idosos, no âmbito do Distrito Federal, a vantagem do desconto no valor
dos ingressos para eventos artísticos, culturais e esportivos, a exemplo do já estabelecido para
os estudantes pela Lei nº 190 (DODF - 01.l2.91), que recebeu, por parte dos estabelecimentos
promotores dos referidos eventos, imediata aceitação.
Se reparos há por fazer ao Projeto em causa, estes dizem respeito tão-somente à técnica
legislativa, razão pela qual estamos oferecendo emendas de redação com vistas a:
I — adequar a linguagem do texto, substituindo a ordem indireta pela direta e o verbo
"conceder" por "assegurar", vez que a lei assegura o desconto, cabendo aos estabelecimentos
concedê-lo;
II — excluir a expressão "e dá outras providências" que só deve ser utilizada em ementa
de proposição que aborda assuntos complementares ao seu objeto.
Isto posto, por atender a preceitos constitucionais e jurídicos, somos pela aprovação da
proposição com as emendas anexas.
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
77
COMISSÃO DE ...
Deputado ...
Relator
COMISSÃO DE ...
Deputado ...
Relator
79
Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA sobre o PROJETO DE LEI Nº ...,
DE ..., que "dispõe sobre desafetação de bem
de uso comum do povo e dá outras
providências."
I — RELATÓRIO
O Projeto de Lei ora em exame tem por objetivo desafetar, passando-a à categoria de bem
dominial, a área pública contígua à Area Especial EQ 36/37, lote "A", localizada na Região
Administrativa de Brazlândia.
Pelo Projeto, a área será destinada a fins de assistência social, obedecendo ao disposto no
art. 51, § 2º, da Lei Orgânica do Distrito Federal.
Segundo o autor, Deputado ..., a proposição "terá um alcance tipicamente social,
beneficiando a comunidade daquela região administrativa".
II — VOTO DO RELATOR
O art. 51 da Lei Orgânica do Distrito Federal, em seu § 2º, dispõe que, em relação aos
bens públicos, "a desafetação, por lei específica, só será admitida em caso de comprovado
interesse público, após ampla audiência à população interessada". É de se notar que, na
elaboração da Lei Orgânica, o cuidado com a questão foi considerável, a ponto de incluir-se a
obrigatoriedade de prévia realização de ampla audiência com a população interessada, como
forma de se manter a destinação de bens públicos sob o máximo controle da sociedade.
A audiência pública tem uma dupla finalidade: o Poder Público presta informações à
sociedade sobre a desafetação desejada, e a sociedade passa informações ao Poder Público. Ou
seja, a audiência pública expõe aos interessados a proposta em si, quais as suas justificativas e
implicações, dirimindo dúvidas e questionamentos, e recolhe dos presentes as críticas e
sugestões a respeito da matéria.
O Projeto do nobre Deputado ..., ao determinar a desafetação da área sem que tenha sido
preliminarmente realizada a obrigatória audiência pública com a comunidade atingida,
conforme indica o art. 51, § 2º, da Lei Orgânica, inverte a ordem natural dos procedimentos em
relação à matéria.
Na realidade, as proposições que tenham por objetivo estabelecer a desafetação de bem
público já devem vir instruídas com os resultados da audiência pública. Só assim a Câmara
Legislativa poderá se posicionar em relação a questão tão importante, autorizando ou não a
desafetação. A nosso ver, não se justifica, além de se estar infringindo a Lei Orgânica, que se
determine a desafetação de um bem público, para somente depois consultar-se a comunidade,
que poderá se manifestar contrária à medida.
Assim, em que pese a elevada motivação do Deputado ... ao gerar o Projeto em exame,
manifestamo-nos pela sua rejeição.
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
81
Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA sobre o PROJETO DE DECRETO
LEGISLATIVO Nº ..., DE ..., que "aprova as
contas do Governo do Distrito Federal
relativas ao exercício de 19... ."
AUTOR: Deputado...
RELATOR: Deputado...
I - RELATÓRIO
II - VOTO DO RELATOR
Deputado...
Presidente
Deputado ...
Relator
83
Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA sobre o PROJETO DE DECRETO
LEGISLATIVO Nº ..., DE ..., que "concede o
título de Cidadão Honorário de Brasília a ...,
Senador e Presidente do Senado."
I - RELATÓRIO
II - VOTO DO RELATOR
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
85
COMISSÃO ...
EMENDA Nº ... (MODIFICATIVA)
Ao PROJETO DE DECRETO
LEGISLATIVO Nº ..., DE ..., que "concede o
título de Cidadão Honorário de Brasília a ...,
Senador e Presidente do Senado."
Deputado ...
Relator
COMISSÃO ...
EMENDA Nº ... (MODIFICATIVA)
Ao PROJETO DE DECRETO
LEGISLATIVO Nº ..., DE ..., que "concede o
título de Cidadão Honorário de Brasília a ...,
Senador e Presidente do Senado."
Deputado ...
Relator
87
COMISSÃO ...
EMENDA Nº ... (SUPRESSIVA)
Ao PROJETO DE DECRETO
LEGISLATIVO Nº ..., DE ..., que "concede o
título de Cidadão Honorário de Brasília a ...,
Senador e Presidente do Senado."
Deputado ...
Relator
PARECER Nº ..., DE ...
Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA sobre o PROJETO DE
RESOLUÇÃO Nº ..., DE ..., que “suspende o
uso da cota para serviços gráficos prevista no
inciso IV do parágrafo único do art. 1º e o
efeito do art. 2º da Resolução nº 023/91, bem
como os Atos da Mesa Diretora nºs 033/91 e
044/92, no período de 1º de janeiro a 4 de
outubro de 1994".
I — RELATÓRIO
II — VOTO DO RELATOR
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
91
COMISSÃO ...
Deputado ...
Relator
PARECER Nº ..., DE ...
Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA sobre a INDICAÇÃO Nº ..., DE ...,
que "sugere à Secretaria de Obras do
Governo do Distrito Federal o asfaltamento
da DF-190."
I — RELATÓRIO
Submete-se à apreciação desta Comissão a Indicação nº .../..., do ilustre Deputado ..., que
sugere à Secretaria de Obras do Governo do Distrito Federal o asfaltamento da DF-190.
Ao justificar a proposição, S. Exª. alega que o asfaltamento pleiteado trará benefícios às
populações de Santo Antônio do Descoberto, Lagoa da Jibóia e outras comunidades próximas,
facilitando ainda o escoamento da produção agrícola da região.
II — VOTO DO RELATOR
A iniciativa do ilustre parlamentar está respaldada no art. 105 do Regimento Interno desta
Casa, que dispõe, in verbis:
"Art. 105. Indicação é a proposição em que a Câmara Legislativa sugere a
outro Poder, ou a outra entidade pública, a execução de medidas fora do alcance
do Poder Legislativo (...)"
Todavia, a proposição está incorretamente dirigida à Secretaria de Obras, pois a
implantação, conservação e restauração de estradas de rodagem é de competência da Secretaria
de Transportes, nos termos da Lei nº 408, de 13 de janeiro de 1993.
Votamos, portanto, pela admissibilidade da matéria, no âmbito da Comissão de
Constituição e Justiça, nos termos da Emenda apresentada, que visa a corrigir o destino da
Indicação.
93
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
COMISSÃO ...
Deputado ...
Relator
95
COMISSÃO ...
Deputado ...
Relator
PARECER Nº ..., DE ...
Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA sobre a INDICAÇÃO Nº ..., DE ...,
que "sugere ao Governo do Distrito Federal
destinar área específica para implantação de
oficinas mecânicas na Região Administrativa
de São Sebastião."
I — RELATÓRIO
A proposição do ilustre Deputado ... tem por objetivo sugerir ao Governo do Distrito
Federal que destine área específica para a implantação de oficinas mecânicas na Região
Administrativa de São Sebastião.
A destinação de área específica para as oficinas justifica-se, salienta o Autor, em razão
das peculiaridades da atividade que, quando exercida nas residências, gera reclamação da
comunidade.
II — VOTO DO RELATOR
A proposição em apreço encontra-se amparada pelo art. 105 do Regimento Interno desta
Casa, que confere à Câmara Legislativa a prerrogativa de sugerir a outro Poder, ou a outra
entidade pública, a execução de medidas fora de seu alcance.
Ademais, a proposição está corretamente dirigida ao Governo do Distrito Federal que, por
meio dos órgãos competentes, tem condições de implementar a medida.
Somos, portanto, favoráveis à aprovação da matéria.
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
PARECER Nº ..., DE ...
Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA sobre o SUBSTITUTIVO da
Comissão de Economia, Orçamento e
Finanças ao PROJETO DE LEI Nº .../..., que
"estabelece a data de vencimento do Imposto
Predial Territorial Urbano — IPTU no
Distrito Federal e dá outras providências".
I — RELATÓRIO
O Projeto de Lei ementado, de autoria do ilustre Deputado ..., dispõe sobre a data de
vencimento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana — IPTU, no Distrito
Federal, estabelecendo fevereiro como mês-base de pagamento do referido tributo para pessoas
jurídicas e junho para pessoas físicas.
Alega o Autor que o Projeto visa a beneficiar a comunidade brasiliense, cujo orçamento
doméstico, nos primeiros meses do ano, encontra-se comprometido com gastos relativos a
matrícula e material escolar, impostos federais e outros decorrentes de férias.
Num primeiro momento, esta Comissão de Constituição e Justiça emitiu parecer pela
admissibilidade da proposição, no que tange aos aspectos constitucional, jurídico e regimental,
apresentando, entretanto, Substitutivo com vistas ao aprimoramento da redação do Projeto, em
observância aos princípios de clareza e concisão afetos à boa técnica legislativa.
Na Comissão de Assuntos Sociais, o referido Substitutivo recebeu parecer favorável e, na
Comissão de Economia, Orçamento e Finanças, a proposição foi aprovada, nos termos de novo
Substitutivo.
Ao apresentar o novo Substitutivo, o ilustre relator da Comissão de Economia, Orçamento
e Finanças, Deputado ..., no seu voto, defendeu a necessidade de cobrança do IPTU, convertido
em Unidade Padrão do Distrito Federal — UPDF, no primeiro semestre, independentemente
da natureza do contribuinte, pessoa física ou jurídica, e admitiu a concessão de desconto, como
estímulo para o recolhimento em cota única.
99
II — VOTO DO RELATOR
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
101
Ao SUBSTITUTIVO da Comissão de
Economia, Orçamento e Finanças ao
PROJETO DE LEI Nº .../..., que "estabelece a
data de vencimento do Imposto Predial
Territorial Urbano — IPTU no Distrito
Federal e dá outras providências."
Deputado ...
Relator
Ao SUBSTITUTIVO da Comissão de
Economia, Orçamento e Finanças ao
PROJETO DE LEI Nº .../..., que "estabelece a
data de vencimento do Imposto Predial
Territorial Urbano — IPTU no Distrito
Federal e dá outras providências."
Deputado ...
Relator
103
Ao SUBSTITUTIVO da Comissão de
Economia, Orçamento e Finanças ao
PROJETO DE LEI Nº .../..., que "estabelece a
data de vencimento do Imposto Predial
Territorial Urbano — IPTU no Distrito
Federal e dá outras providências."
Deputado ...
Relator
SUBEMENDA Nº ... (SUBSTITUTIVA)
Ao SUBSTITUTIVO da Comissão de
Economia, Orçamento e Finanças ao
PROJETO DE LEI Nº .../..., que "estabelece a
data de vencimento do Imposto Predial
Territorial Urbano — IPTU no Distrito
Federal e dá outras providências."
Deputado ...
Relator
105
Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA sobre o REQUERIMENTO Nº .../...
que "requer à Presidência da Câmara
Legislativa que requisite documentos à
Delegacia da Receita Federal."
I — RELATÓRIO
Por intermédio do Requerimento nº .../..., o ilustre Deputado ... requer, nos termos
regimentais (art. 106, inciso III), que o Presidente desta Câmara Legislativa requisite à
Delegacia da Receita Federal declaração de bens atualizada do Exmo. Sr. Governador do
Distrito Federal.
Ao justificar a iniciativa da referida solicitação, reporta-se o requerente à Lei nº 8.429/92
(art. 13, § 2º), que "dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de
enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração
pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências."
Nos termos do art. 29, inciso I, alínea "a", do Regimento Interno, o Presidente desta Casa
submete a esta Comissão de Constituição e Justiça o requerimento ementado, para fins de
emissão de parecer.
II — VOTO DO RELATOR
O Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 25.10.66) dispõe, no art. 198 e seu
parágrafo único, in verbis:
"Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a
divulgação, para qualquer fim, por parte da Fazenda Pública ou de seus
funcionários, de qualquer informação, obtida em razão do ofício, sobre a situação
econômica ou financeira dos sujeitos passivos ou de terceiros e sobre a natureza e o
estado dos seus negócios ou atividades.
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo, unicamente, os casos
previstos no artigo seguinte e os de requisição regular da autoridade judiciária no
interesse da justiça.” (grifo nosso)
Desta forma, é defeso a qualquer órgão da Fazenda Pública fornecer informação sigilosa,
de caráter econômico-fiscal referente a terceiros, exceto em situações de assistência mútua
entre a Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (CTN,
art. 199) e em atendimento a requisição de autoridade judiciária no exercício de suas funções.
Nas exceções, inserem-se as comissões parlamentares de inquérito que têm, nos termos da
Constituição Federal, "poderes de investigação próprios das autoridades judiciárias" (Art. 58, §
3º).
Assim sendo, unicamente por intermédio de comissão parlamentar de inquérito - CPI,
instaurada para apurar fato determinado, pode o Poder Legislativo requerer a órgãos da
Fazenda Pública as informações ora solicitadas.
Ressalte-se, ainda, que, conforme informações anexas colhidas junto ao Ministério da
Fazenda, aquele órgão reconhece a existência de embasamento legal para fornecimento de
informações sigilosas (econômico-fiscais), tão-somente, às CPI da Câmara dos Deputados ou
do Senado Federal, estando excluídas CPI e Presidência de Assembléias Legislativas, nos
termos do Parecer PGFN/CAT/Nº 410/93.
Com relação à Lei nº 8.429, de 02.06.92, citada pelo ilustre Deputado ..., verifica-se que,
no art. 13 e seu § 2º, encontra-se disposto, in verbis:
"Art. 13. A posse e o exercício do agente público ficam condicionados à
apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio
privado, a fim de ser arquivado no serviço de pessoal competente.
.............................................................................................
§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o
agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função."
Assim, ao tempo em que exige do agente público informação sobre seu patrimônio
privado, garante-lhe a Administração o devido sigilo, mantendo em arquivo a informação
prestada.
Desse modo, por manifesta ausência de embasamento legal, opinamos pelo indeferimento
do Requerimento nº 1.629/93.
Deputado ...
107
Presidente
Deputado ...
Relator
PARECER Nº ..., DE ...
DA COMISSÃO DE ECONOMIA,
ORÇAMENTO E FINANÇAS sobre o
PROJETO DE LEI Nº ..., DE ..., que "dispõe
sobre a participação de entidades sem fins
lucrativos nas campanhas de incremento da
arrecadação tributária e dá outras
providências."
AUTOR: Deputado...
RELATOR: Deputado...
I - RELATÓRIO
O Projeto de Lei nº ..., de ..., de autoria do ilustre Deputado ..., determina que o Poder
Executivo credencie entidades sociais filantrópicas, sem fins lucrativos, que estejam
interessadas no recebimento de notas fiscais e na entrega de cupons de sorteio de prêmios nas
campanhas para incremento da arrecadação tributária.
Dispõe, ainda, que o credenciamento e a distribuição dos cupons obedecerão a critérios de
antigüidade e volume de serviços prestados à comunidade, dando-se preferência a entidades
que atendam crianças e adolescentes carentes, as quais deverão perfazer no mínimo 50%
(cinqüenta por cento) das entidades credenciadas. A prestação desse serviço deverá ser
remunerada, cabendo ao Poder Executivo definir a forma de fazê-lo e regulamentar a matéria
no prazo de 90 (noventa) dias a partir da publicação da lei.
Em sua justificação, o nobre Autor alega que a medida trará benefícios de duas ordens:
auxiliará a sobrevivência das entidades beneficentes do Distrito Federal e inibirá a sonegação
de impostos, na medida em que a população exija a emissão de notas fiscais para doá-las a
essas entidades.
A matéria tramitou na Comissão de Constituição e Justiça, onde foi aprovada com uma
emenda aditiva, incluindo o art. 4º, que veda qualquer promoção pessoal na publicidade da
campanha e dos atos realizados com a participação dos recursos previstos no Projeto em pauta.
II - VOTO DO RELATOR
109
A medida proposta no Projeto de Lei em causa há que ser analisada sob dois aspectos
atinentes a esta Comissão: o orçamentário e o de eficácia econômica.
No primeiro caso, a incidência de eventuais custos sobre o erário advém da previsão de
que se remunerem as entidades prestadoras de serviço (art. 3º). Como ao Poder Executivo
caberá definir a forma de fazê-lo, não há como examinar a priori o ônus financeiro desse
dispositivo. Podem-se antever, entretanto, formas de remuneração que não onerem os cofres
públicos, a exemplo da concessão de uma percentagem sobre o valor das notas fiscais
coletadas, como sugere o próprio Autor na justificação do Projeto. Sob o aspecto orçamentário,
portanto, nada há que obste à aprovação da matéria.
Quanto à eficácia econômica da proposição, há que se indagar se a medida atingirá os
objetivos pretendidos, quais sejam, os de reforçar as campanhas de incremento da arrecadação
e auxiliar na sobrevivência das entidades credenciadas.
O dispositivo que prevê a remuneração do serviço prestado por essas entidades já lhes
garante algum auxílio pecuniário, casando-se com o segundo objetivo. Vejamos o primeiro.
De modo geral, as campanhas de incremento da arrecadação adotam, como fator de
estímulo para que a população exija a emissão de nota fiscal, a realização de sorteios e
concessão de brindes. A medida ora proposta inclui um fator a mais de incentivo: o espírito de
solidariedade e ação social para com as entidades sociais, filantrópicas e religiosas a serem
também beneficiadas com a exigência de nota. Por essa via, pode-se antever de fato um esforço
na campanha de arrecadação.
Como evidência a favor dessa conclusão, o Autor indica o sucesso da experiência em
Santa Catarina, onde o projeto foi pioneiramente implantado.
Vê-se, portanto, que a medida pode ser eficaz em seus propósitos.
Por fim, analisemos o aspecto de eficácia: a medida atinge os objetivos com custos
mínimos? Administrativamente, a iniciativa é bastante simples, consistindo basicamente na
distribuição dos cupons e recolhimento das notas. Exige certamente o controle e a fiscalização
do serviço, mas não mais do que o exigiria a prestação do mesmo por outro expediente.
O Autor da proposta argumenta que o governo gasta uma grande quantia de recursos para
a operacionalização profissional das campanhas. Se o credenciamento das entidades sociais,
filantrópicas e religiosas não vier diminuir a necessidade desses contratos profissionais,
contribuindo para a redução dos custos, tampouco se vislumbra que venha aumentá-los.
Assim, sob todos os critérios desta Comissão, o Projeto de Lei nº ..., de ..., mostra-se
admissível, pelo que somos favorável a sua aprovação.
Deputado ...
Relator
111
Da COMISSÃO DE ECONOMIA,
ORÇAMENTO E FINANÇAS sobre o
PROJETO DE LEI Nº ..., DE ..., que "dispõe
sobre a criação de cargos de natureza especial
e cargos em comissão no Quadro de Pessoal
do Distrito Federal — parte relativa à
Secretaria de Fazenda e Planejamento do
Distrito Federal — e dá outras providências".
I - RELATÓRIO
O Senhor Governador do Distrito Federal encaminha a esta Casa, por meio da Mensagem
nº ..., de ... — GAG, Projeto de Lei dispondo sobre a criação de cargos de natureza especial e
cargos em comissão no quadro de pessoal da Secretaria de Fazenda e Planejamento do Distrito
Federal.
Ao todo, está prevista a criação de 80 (oitenta) cargos de natureza especial e em comissão
na supracitada Secretaria, sendo 4 (quatro) de Subsecretário, 4 (quatro) de Diretor, 8 (oito) de
Chefe de Divisão, 32 (trinta e dois) de Chefe de Serviço, 16 (dezesseis) de Assessor e,
finalmente, 16 (dezesseis) de Assistente.
A remuneração devida aos cargos de natureza especial será a constante na Lei nº 408, de
13 de janeiro de 1993, correndo as despesas decorrentes das medidas contidas no Projeto de Lei
à conta de dotações próprias da Secretaria de Fazenda e Planejamento.
A criação dos cargos especificados na proposição tem por objetivo, segundo se afirma na
Mensagem de encaminhamento, "(...) permitir àquela Secretaria de Estado estruturar-se de
forma adequada e harmônica no contexto do processo de reorganização administrativa do
Distrito Federal. Nessas condições, a Secretaria de Fazenda e Planejamento abrangeria quatro
subsecretarias: a da Receita, a de Finanças, a de Planejamento e a de Auditoria, que passariam a
representar os segmentos executivos responsáveis pelas funções que a Lei cometeu àquela
Pasta."
II - VOTO DO RELATOR
Por obra do disposto no art. 71, § 1º, alínea "a", da Lei Orgânica do Distrito Federal, é da
alçada do Governador do Distrito Federal, privativamente, a iniciativa de proposições que
disponham sobre a criação de cargos, funções ou empregos públicos, seja na administração
direta, seja em autarquias e fundações, ou o aumento de sua remuneração.
No entanto, a criação de cargos de natureza especial ou em comissão, nos moldes do
disposto nesta proposição, somente poderá ocorrer se respeitada a existência de prévia dotação
orçamentária, de conformidade com o art. 157, parágrafo único, inciso I, da Lei Orgânica do
Distrito Federal, que preceitua:
"Art. 157. ...........................................................................
Parágrafo único. A concessão de qualquer vantagem ou aumento de
remuneração, a criação de cargos ou alteração de estrutura de carreiras, bem
como a admissão de pessoal, a qualquer título, por órgãos e entidades da
administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo
Poder Público, só poderão ser feitas:
I — se houver prévia dotação orçamentária, suficiente para atender às
projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;".
Esse comando, com sede constitucional, visa a assegurar a gestão orçamental do Estado,
tornando o orçamento um autêntico plano de execução financeira. A prévia existência de
dotação orçamentária consubstancia, por assim dizer, a necessidade de autorização política para
a efetivação desse plano, parcialmente ou no todo.
Mas o indispensável controle parlamentar sobre as finanças públicas não se faria exercer
não fosse pela consagração do princípio da universalidade orçamentária. Segundo este
princípio, o orçamento congrega todas as receitas e despesas do Estado, dando margem ao
Legislativo para conhecer, com anterioridade, os programas de governo e dar autorização para
a respectiva arrecadação e realização.
Além disso, o controle parlamentar impede ao Executivo a realização de qualquer
operação de receita e despesa sem prévia autorização legislativa, bem como proporciona o
exato dimensionamento do volume global das despesas projetadas pelo governo, propiciando a
autorização para a cobrança dos tributos estritamente necessários ao seu atendimento.
O princípio da universalidade está claramente incorporado à legislação orçamentária
brasileira. Figura na Lei nº 4.320/64, em seus arts. 2º, 3º e 4º, e na própria Constituição (§ 5º do
art. 165), que o consagram, determinando que o orçamento fiscal reúna as receitas e despesas
de todas as entidades governamentais, independentemente de serem ou não auto-suficientes
113
financeiramente.
Não foi por outra razão que a Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 1994
(Lei nº 529, de 2 de agosto de 1993) dispôs, em seu art. 33, que:
"(...) Qualquer proposição que implique alteração direta ou indireta nas dotações de
pessoal e encargos sociais deverá ser acompanhada de demonstrativos da última posição
orçamentária e financeira, bem como de suas projeções para o exercício.".
Por constituir o orçamento peça equilibrada, na qual receitas e despesas se equivalem,
quis o legislador assegurar que iniciativas, mesmo na área de pessoal, não implicassem a
inobservância dessa fina proporcionalidade. Quaisquer proposições de que resultasse elevação
de despesa, inclusive com pessoal, deveriam fazer-se acompanhar por concomitante elevação
de receitas ou, de outro modo, anulação de despesas.
Por outro lado, a Lei Orgânica do Distrito Federal, inspirada na Constituição Federal,
ainda impôs regramento adicional à realização de despesas de pessoal. Em seu art. 157,
parágrafo único, inciso II, comandou que a criação de cargos ou a alteração da estrutura de
carreiras, dentre outros atos do Poder Público, se sujeitassem a autorização específica na Lei
de Diretrizes Orçamentárias, ressalvado dessa exigência, tão-somente, o que se referisse a
empresas públicas e sociedades de economia mista.
Tal determinação, certamente, concorreu para tornar o processo orçamentário mais
transparente, exigindo fossem explicitadas, inclusive com a necessária antecedência, as metas e
prioridades da administração pública. A composição elementar da Lei de Diretrizes
Orçamentárias, nesses termos, possibilita a compreensão partilhada entre Executivo e
Legislativo sobre a real situação da economia do setor público.
Independentemente dos méritos de que se revista, a proposição em apreço não atende aos
pressupostos basilares do processo orçamentário, que determinam sua desejada transparência.
Apesar de a Secretaria de Fazenda dispor de recursos orçamentários, no exercício de 1994, para
a cobertura de suas despesas, não há garantia nem demonstração do grau de cobertura que se
proporcionaria às despesas decorrentes desta proposição. Não foram oferecidas evidências
quanto à existência de dotações orçamentárias suficientes ao atendimento de despesas que não
se projetaram, nem se buscou especificar, na lei de diretrizes, disposição que autorizasse a
criação de cargos como ora se propõe.
Em vista, portanto, dessas considerações, somos pela inadmissibilidade do Projeto de
Lei Nº ..., de ... .
Deputado ...
Relator
115
Da COMISSÃO DE ECONOMIA,
ORÇAMENTO E FINANÇAS sobre o
PROJETO DE LEI Nº ..., DE ... que "dispõe
sobre a isenção para as entidades filantrópicas
da tributação do Imposto sobre Transmissão
‘Inter vivos’ de Bens Imóveis e de Direitos a
eles relativos - ITBI."
AUTOR: Deputado...
RELATOR: Deputado...
I - RELATÓRIO
Submete-se à apreciação desta Comissão o Projeto de Lei nº ..., de ..., de autoria do nobre
Deputado..., que isenta as entidades filantrópicas da tributação do Imposto sobre Transmissão
"Inter vivos" de Bens Imóveis e de Direitos a eles relativos — ITBI, indicando as condições
para essas entidades usufruírem do benefício.
O Autor justifica a proposição assinalando que, do ponto de vista do Poder Público, a
arrecadação desse tributo é, até certo ponto, inexpressiva, mas muito onerosa para as entidades
filantrópicas que, desde o momento de sua fundação, sofrem dificuldades financeiras para
viabilizarem suas atividades.
Destaca o nobre Deputado a relevância dos serviços assistenciais prestados às
comunidades carentes por essas entidades, as quais fazem as vezes do Estado em áreas de
grande deficiência assistencial.
O presente Projeto obteve parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça que,
fundamentada no art. 2º, inciso V, do Decreto Legislativo nº 01/91, entendeu ser a matéria
tributária de competência comum dos Poderes Legislativo e Executivo locais.
II - VOTO DO RELATOR
O Projeto de Lei sob exame que concede isenção para entidades filantrópicas da
tributação do Imposto sobre Transmissão "Inter vivos" de Bens Imóveis e de Direitos a eles
relativos encontra amparo legal por tratar-se de tributo que compete ao Distrito Federal
instituir.
A proposição, entretanto, não atende ao estabelecido na Lei do Distrito Federal nº 519/93,
de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 1994. O art. 39 dessa Lei reza que "a concessão
ou ampliação de incentivos ou benefícios de natureza tributária ou financeira somente poderá
ser aprovada caso indique a estimativa de renúncia de receita e as despesas, em igual valor, que
serão anuladas, inclusive transferências e vinculações constitucionais."
A Lei de Diretrizes Orçamentárias, em suas disposições sobre alterações da legislação
tributária, respalda-se na Lei Orgânica do Distrito Federal, art. 168, inciso I, e na Constituição
Federal, art. 165, § 2º.
Assim, por não atender às exigências legais supracitadas, ou seja, por não indicar a
estimativa de renúncia de receita e as despesas que serão anuladas, somos pela rejeição do
Projeto de Lei nº ..., de ... .
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
117
Da COMISSÃO DE ECONOMIA,
ORÇAMENTO E FINANÇAS sobre o
PROJETO DE LEI Nº ..., DE ... que "autoriza
o Poder Executivo a abrir crédito
suplementar no valor de ...".
I - RELATÓRIO
II - VOTO DO RELATOR
O Projeto de Lei nº ..., de ..., em seu art. 1º, autoriza o Poder Executivo a abrir crédito
suplementar para atender à programação orçamentária indicada nos Anexos II e III.
O crédito advirá do excesso de recursos arrecadados, conforme Anexo I e do
cancelamento parcial de dotações orçamentárias, conforme o Anexo IV.
O disposto neste Projeto de Lei atende aos requisitos da Lei nº 4.320/64, em seu art. 43,
para o qual a "abertura de créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para acorrer à despesa e será precedida de exposição justificativa", considerando-se
recursos, para o fim desse artigo, desde que não comprometidos, "os provenientes de excesso
de arrecadação"; e atende ao parágrafo único do art. 32 da Lei de Diretrizes Orçamentárias do
Distrito Federal para o exercício de 19... .
Pelos critérios de análise adotados, somos pela aprovação do Projeto de Lei nº ..., de ...,
no âmbito desta Comissão.
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
119
Da COMISSÃO DE ECONOMIA,
ORÇAMENTO E FINANÇAS sobre o
PROJETO DE LEI Nº ..., DE ..., que "cria, no
âmbito da rede oficial de ensino do Distrito
Federal, o Programa de Prevenção contra
Incêndio e dá outras providências."
I — RELATÓRIO
II — VOTO DO RELATOR
2. Mérito
Federal" para "Corpo de Bombeiros do Distrito Federal — CBDF". Acontece, porém, que o
nome oficial da corporação é o que consta do Projeto de Lei, disso fazendo prova a
Constituição Federal (arts. 21, inciso XIV; 32, § 4º) e a Lei Orgânica do Distrito Federal (art.
45).
Votamos, assim, pela rejeição da Emenda Modificativa nº 01, apresentada pela Comissão
de Constituição e Justiça.
Diante do exposto, o nosso parecer é pela admissibilidade do Projeto de Lei em estudo,
com rejeição da Emenda apresentada pela CCJ.
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
PARECER Nº ..., DE ...
Da COMISSÃO DE ECONOMIA,
ORÇAMENTO E FINANÇAS sobre a
INDICAÇÃO Nº ..., DE ..., que "sugere ao
Governo do Distrito Federal a construção de
centro de estudos e pesquisas ambientais de
Taguatinga/Ceilândia/Samambaia."
I — RELATÓRIO
A Indicação nº ..., de ..., submetida à apreciação desta Comissão, tem como objetivo
sugerir ao Executivo a construção de centro de estudos e pesquisas ambientais de
Taguatinga/Ceilândia/Samambaia.
Para justificar sua proposta, o Autor invoca a necessidade de "dar respostas imediatas às
questões ambientais de nossas cidades" e propõe que a finalidade do centro de estudos
mencionado seja de "análise e planejamento do manejo do meio ambiente" daquela região.
A Comissão de Constituição e Justiça votou pela admissibilidade da proposição com
emenda modificativa para adequar o texto aos ditames da técnica redacional.
II — VOTO DO RELATOR
1 . Admissibilidade
2 . Mérito
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
125
À EMENDA MODIFICATIVA Nº 01
oferecida à INDICAÇÃO Nº ..., DE ..., que
"sugere ao Governo do Distrito Federal a
construção de centro de estudos e pesquisas
ambientais de
Taguatinga/Ceilândia/Samambaia".
Deputado ...
Relator
EMENDA Nº ... (MODIFICATIVA)
Deputado ...
Relator
127
I — RELATÓRIO
Chega à Comissão de Assuntos Sociais a Proposta de Emenda à Lei Orgânica nº ..., de ...,
do Deputado ..., mediante a qual propõe nova redação ao art. 233 da mencionada Lei.
Pretende o Autor inserir a Educação Artística como disciplina curricular obrigatória no
sistema de ensino de 1º e 2º graus no Distrito Federal. A justificação se apóia na importância da
arte como uma atividade de inegável valor para o ser humano, especialmente em sua fase de
formação.
O ensino da arte na forma de uma disciplina, segundo o Parlamentar, é um mecanismo
para o cultivo da estética como um bem psicológico e espiritual disponível aos educandos,
conferindo maior abrangência ao processo de ensino-aprendizagem.
Apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça, a propositura obteve aprovação.
II — VOTO DO RELATOR
O fascínio exercido pela arte sobre os homens de todos os tempos é, por si, um sinal de
sua inerência ao processo civilizatório.
A arte cristaliza um momento e eterniza a luta humana contra o tempo. É tarefa do artista
dar permanência ao transitório.
Hegel a define como:
"o meio entre a insuficiente existência objetiva e a representação puramente
interior: ela nos fornece objetos mesmos mas tirados do interior (...), limita nosso
interesse à abstrata aparência que ela apresenta a um olhar puramente
contemplativo."
Enquanto a ciência busca a verdade, a arte expressa a representação humana de tal
realidade, ou o real filtrado pelo sentimento do ser histórico.
O cientista analisa materiais, fenômenos e eventos. O artista os sintetiza. O cientista
fraciona, desmonta e isola; o artista seleciona, conjuga e constrói.
A fonte da criação artística é a imaginação humana. O resultado da linguagem, composta
de imagens e símbolos utilizados pelo artista para expressar seus conceitos e a visão que possui
do mundo que o cerca, é a obra. A arte está no artista como causa, e na obra, como efeito. A
obra é determinada pelo espírito da época e, às vezes, transmuta seu próprio tempo.
A associação da arte com a beleza — as belas-artes —, contudo, é contemporânea, pois
na antigüidade a arte se planava com um fim utilitário. O conceito de arte nos Diálogos de
Platão tem como paradigma as artes utilitárias e os ofícios. Sócrates comparava a arte retórica à
do agricultor, à do médico e à do tecelão.
Na Idade Média, as chamadas Artes Liberais compunham o curso completo dos estudos
dado nas universidades, conduzindo ao domínio do "trivium" (gramática, retórica e dialética ou
lógica) ou do "quadrivium" (aritmética, música, geometria e astronomia).
Nos tempos atuais são adotadas, para efeito didático, três tipos de abordagem artística,
quais sejam:
a) filosofia da arte — teoria, estética, fatores de avaliação, crítica;
b) prática da arte — diversas modalidades de sua expressão; e
c) história da arte — inserção temporal, investigação de influências, contextos gerais e
específicos e correlações.
Sem dúvida, a Proposta de Emenda em exame apresenta um valioso contributo para a
ampliação do significado educacional adotado pelo sistema de ensino de 1º e 2º graus, no
Distrito Federal. Seu desdobramento poderá compreender qualquer das abordagens acima
referidas, como também parte delas ou sua totalidade, resultando no enriquecimento dos
indivíduos beneficiados e da sociedade, por via de conseqüência.
O Autor apresenta, na sua justificação, argumentos consistentes e articulados para
fundamentar sua propositura, destacando a arte como uma via para conferir à existência
humana um sentido coletivo e para tornar o indivíduo um ente social.
Não resta dúvida quanto à pertinência da matéria, no que tange aos critérios da relevância
social, oportunidade política e validade ética do que ora é proposto.
Diante do exposto, somos pela aprovação da Proposta de Emenda à Lei Orgânica nº ..., de
..., no âmbito desta Comissão.
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
PARECER Nº ..., DE ...
AUTOR: Deputado...
RELATOR: Deputado...
I — RELATÓRIO
II — VOTO DO RELATOR
Deputado...
Presidente
Deputado...
Relator
PARECER Nº ..., DE ...
AUTOR: Deputado...
RELATOR: Deputado...
I — RELATÓRIO
II — VOTO DO RELATOR
O Projeto de Lei ora em exame constitui, segundo nossa visão, iniciativa louvável do
nobre parlamentar ... .
É realmente árdua a peleja dos que lidam com a administração das escolas públicas no
Distrito Federal, no tocante à consecução dos recursos necessários ao funcionamento
satisfatório dos estabelecimentos de ensino. A iniciativa em pauta — é obvio — não dará
solução cabal ao problema, mas terá, sem dúvida, o mérito de amenizá-lo.
No que concerne às emendas oferecidas pela Comissão de Constituição e Justiça, somos,
no âmbito desta Comissão, favorável à aprovação da Emenda nº 01, por também considerarmos
necessário preservar o aspecto externo dos prédios das escolas situadas em Brasília, para não
descaracterizá-la do ponto de vista arquitetônico, Patrimônio Cultural da Humanidade que é.
Quanto à Emenda nº 02, não a consideramos pertinente, por razões semelhantes às apresentadas
pela CEOF para refutá-la.
Acreditamos que os recursos advindos da aplicação da proposta contida no presente
Projeto poderão ser mais bem administrados se vários segmentos da comunidade escolar —
professores, pais de alunos, alunos e direção — estiverem envolvidos no processo. Esses
quatro segmentos são os que compõem as APAM das escolas públicas, o que torna essas
associações entidades mais aptas para gerirem os recursos pertencentes às escolas do que
apenas as direções destas.
São inquestionáveis atualmente os benefícios que se podem obter com uma abordagem
administrativa descentralizada na administração escolar. É nesse sentido que nos dirigimos,
então, quando opinamos pela manutenção do art. 3º da proposição em exame, conforme a sua
apresentação original.
Consoante o exposto, somos, no âmbito de competência desta Comissão, favoráveis à
aprovação do Projeto de Lei nº .../..., acatada a Emenda de Relator nº 01, da Comissão de
Constituição e Justiça.
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
135
I — RELATÓRIO
II — VOTO DO RELATOR
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
137
I — RELATÓRIO
II — VOTO DO RELATOR
Cerca de 80% dos empregos do Distrito Federal estão no setor terciário, consoante o
Plano Plurianual do Governo para o período de 93/95.
Entre suas diretrizes e objetivos, destacam-se: "promoção do crescimento do comércio e
dos serviços, como meio de expandir a geração de empregos e de elevar a arrecadação de
tributos" e "concessão de maior apoio institucional e administrativo à implantação de
microempreendimentos".
A Indicação ora examinada demonstra coerência com o propósito de aumentar as
alternativas de ocupação e geração de renda para um significativo número de artesãos da região
ou oriundos de outras paragens. Tal proposta, aliás, apresenta-se plenamente compatível com o
Programa de Desenvolvimento do Artesanato do Distrito Federal, instituído pelo Decreto nº
5248/80, que dispõe, em seu art. 2º, inciso V, sobre o incentivo à presença do artesanato em
suas formas de expressão da cultura popular.
Ademais, a implantação de uma feira permanente, para comercialização de artesanato em
Brasília, será uma valiosa oportunidade para ofertar, à população e ao turista, produtos que
expressem a manifestação da cultura local e de diferentes regiões do país, como mostra
material da rica diversidade que compõe o tecido étnico brasileiro — conveniente a uma
capital federal.
No que concerne ao mérito, a propositura preenche os critérios da relevância social e da
coerência técnica e política.
Pelo exposto, somos favoráveis à aprovação da Indicação nº .../... .
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
139
I - RELATÓRIO
Chega a esta Comissão o Projeto de Lei nº ..., de ..., por meio do qual o nobre Deputado ...
propõe a obrigatoriedade de apresentação de Programa de Prevenção de Acidentes de Trabalho
pelas empresas que exercem atividades com potencial de risco à segurança e à saúde do
trabalhador no Distrito Federal. Este programa será elaborado por profissional especialista em
Segurança do Trabalho, devidamente inscrito no Conselho de sua classe profissional.
De acordo com a proposição em exame, caberá à Secretaria de Administração e Trabalho
a fixação de critérios para definição das atividades com potencial de risco à segurança e à saúde
dos trabalhadores. A proposta define ainda as sanções a serem aplicadas na hipótese de
descumprimento dos dispositivos legais.
A matéria obteve votos favoráveis à aprovação nas Comissões que a examinaram: a de
Constituição e Justiça, a de Economia, Orçamento e Finanças e a de Assuntos Sociais.
II - VOTO DO RELATOR
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
141
I - RELATÓRIO
II - VOTO DO RELATOR
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
143
Criada a partir do Requerimento nº ..., de ... e constituída nos termos do Ato da Mesa
Diretora nº ..., de ..., a Comissão, que foi presidida pelo Deputado ... e teve seu relatório
elaborado pelo Deputado ..., procedeu à análise de vários documentos, dentre os quais:
denúncias formuladas a esta Câmara por estudantes e pais de alunos; Relatório da Comissão
Interministerial de Avaliação de Conteúdos e Aplicação das Leis 8.170/91 e 8.178/91; cópias
de recibos fornecidos por pais; e dados fornecidos por várias entidades, tais como Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Sócio-econômicos - DIEESE e Coordenadoria de Desenvolvimento do Planalto -
CODEPLAN.
Foram convidados a depor representantes de várias entidades: Secretaria de Educação do
Distrito Federal, Ordem dos Advogados do Brasil, Sindicato das Entidades Mantenedoras dos
Estabelecimentos Particulares de Ensino Superior - SINDEPES - DF, Sindicato dos Professores
do Distrito Federal - SINPRO, escolas particulares de 1º, 2º e 3º graus e União Nacional dos
Estudantes - UNE, entre outras.
Apesar de as entidades ligadas ao SINDEPES terem sido eximidas do comparecimento
para depor e de os estabelecimentos filiados ao Sindicato das Escolas Particulares do Distrito
Federal terem sido desobrigados do fornecimento das informações solicitadas — por força da
posse de Mandado de Segurança —, a CPI concluiu que o reajuste das mensalidades
escolares, ocorrido entre 1991 e 1993, esteve em média 11,22% acima do INPC, o que
caracteriza, conforme o texto do relatório, aumento abusivo das mensalidades.
Ainda de acordo com o relatório, a Lei nº 8.170/91, que estabelece regras para a
negociação de reajustes das mensalidades escolares, permite às escolas fixar e reajustar seus
preços sem que sofram fiscalização de autoridade competente e sem que seja assegurado, aos
pais e alunos, processo efetivo de negociação. Ademais, a posse do Certificado de Entidade de
Fins Filantrópicos não vem significando, na prática, a cobrança de mensalidades menores que
as praticadas pelos estabelecimentos com fins lucrativos.
Assim, com base no que se apurou, o relatório faz as seguintes recomendações:
1ª — estabelecimento de Medida Provisória que corrija as graves distorções da atual
legislação sobre o assunto, enquanto se elabora, no âmbito do Poder Federal, novo diploma
legal que assegure efetivo processo de negociação entre alunos, pais e escolas particulares;
2ª — promoção de rigorosa fiscalização contábil nas escolas de 1º e 2º graus, bem assim
nas de nível superior, por meio dos órgãos competentes;
3ª — revisão da concessão do Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos e
conseqüente cassação dos títulos daquelas entidades que não proporcionam, em princípio, a
devida compensação quando da fixação das mensalidades escolares.
A iniciativa das investigações promovidas pela Comissão Parlamentar de Inquérito, as
quais culminaram com a apresentação de tais recomendações, demonstra zelo pelo direito à
Educação. E qualquer iniciativa que assim se caracterize merece acolhimento. Não só porque a
Constituição, motivo bastante, em seu art. 205, garante que Educação é direito de todos. Por
isso também. Mas, sobretudo, porque garantir esse direito é fator de engrandecimento do país.
Porque o desenvolvimento do país guarda relação com o desenvolvimento de seu povo.
Uma vez que o Poder Público, sozinho, não pode fazer frente à tarefa de educar suas
gerações, o texto da Lei Maior assegura, no inciso III do art. 206, a coexistência de instituições
públicas e privadas de ensino. Tal abertura para o setor privado não pode, todavia, culminar em
prática de reajustes das mensalidades que restrinjam o acesso ao ensino. Segundo apurou a
Comissão, urge tomar medidas para que tais reajustes não continuem provocando evasão
crescente de alunos da rede particular.
Mas os reajustes proibitivos da permanência de tantos nas escolas particulares tendem a
ser mantidos, haja vista a inexistência de fiscalização contábil nos estabelecimentos. Se, por um
lado, há que se reconhecer a relevância dos serviços prestados por estes, por outro convém
lembrar que os mesmos têm uma função social que precisa ser cumprida.
Também não comporta sentido o fato de que não há contrapartida das escolas para as
isenções que lhes são asseguradas enquanto detentoras do Certificado de Entidade de Fins
Filantrópicos. Os estabelecimentos que agem deste modo não fazem jus ao Certificado, que
deve ser, pois, cassado.
Na sua missão, a CPI franqueou a palavra às partes envolvidas e, de posse das
informações coletadas, produziu o Relatório que esta Mesa Diretora ora examina. As
recomendações nele contidas visam, sobretudo, a estabelecer uma relação democrática entre as
partes, que garanta à rede privada o espaço para o desenvolvimento de suas atividades e lhe
reconheça o valor, mas que também imponha o cumprimento de sua função social, não
permitindo que o ensino seja tratado como mera atividade comercial. O Relatório zela, antes de
tudo, pelo direito à Educação, razão por que não se pode contestar seu mérito. Na sua parte
145
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
PARECER Nº ..., DE ...
I — RELATÓRIO
II — VOTO DO RELATOR
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
PARECER DO VENCIDO
Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA sobre o PROJETO DE LEI Nº ...,
DE ..., que "isenta as entidades estudantis do
Distrito Federal do pagamento das taxas do
Escritório Central de Arrecadação —
ECAD."
I - RELATÓRIO
O ilustre Deputado ... apresentou o Projeto de Lei em epígrafe, que objetiva isentar as
entidades estudantis do Distrito Federal do pagamento das taxas de direitos autorais recolhidas
pelo ECAD.
O relator designado por esta Comissão para analisar a matéria, Deputado ..., apresentou
parecer favorável, considerando a proposição constitucional e jurídica, além de adequada aos
ditames da boa técnica legislativa.
Todavia, a Comissão manifestou-se pela rejeição ao parecer. Em decorrência, fomos
designados pelo Presidente para elaborar o Parecer do Vencido, pela inconstitucionalidade da
matéria, uma vez que, ao dispor sobre direitos autorais, o Projeto choca-se com o art. 22, inciso
I, da Constituição Federal, segundo o qual a competência para legislar sobre direito civil é
privativa da União. A iniciativa de lei distrital sobre o tema incorrerá, pois, em vício insanável
de constitucionalidade.
II - VOTO DO RELATOR
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
COMISSÃO ...
VOTO EM SEPARADO
I — RELATÓRIO
O Projeto de Lei epigrafado, de autoria do ilustre Deputado ..., prescreve que o Governo
do Distrito Federal publicará trimestralmente, no Diário Oficial do Distrito Federal, o
demonstrativo de todas as despesas realizadas com publicidade, propaganda ou qualquer
modalidade de divulgação de atos ou assuntos referentes a pessoas físicas ou jurídicas, bem
como as despesas referentes a lugares ou obras.No âmbito da medida, incluem-se os órgãos e
entidades da Administração Direta, Indireta e Fundacional do Distrito Federal.
Estabelece o Projeto que a publicação será feita pelo órgão do Governo do Distrito
Federal responsável pela Comunicação Social. A inobservância dos dispositivos previstos
importará a reposição integral ao Erário da quantia despendida, acrescida de multa de 20%
(vinte por cento) do valor da reposição, competindo ao Tribunal de Contas do Distrito Federal
controlar tais publicações, assinalar prazos para o cumprimento da Lei e tomar providências
para a aplicação de sanções.
Na justificação, o nobre Deputado argumenta que a publicação e a propaganda oficial,
enquanto instrumentos necessários à Administração Pública, devem obervar os ditames
constitucionais. A divulgação dos montantes gastos com propaganda constitui-se num dos
mecanismos de controle e apuração dos gastos.
Emenda modificativa apresentada pelo Deputado ... sugere a mudança da redação do § 1º
do art. 1º, para incluir, no âmbito da abrangência da medida, os órgãos da administração
autárquica.
Ao Projeto em epígrafe foi apensado o Projeto nº ..., de ..., de autoria do Deputado ..., o
qual dispõe sobre a publicação trimestral do demonstrativo consolidando informações
referentes às despesas com propaganda e publicidade, realizadas pelos órgãos da administração
direta e indireta.
151
É o relatório.
II — VOTO
Deputado ...
6 — OUTRAS PROPOSIÇÕES
6.1 — Indicação
Indicação é a proposição apresentada por qualquer deputado, por meio da qual a Câmara
Legislativa, com base no art. 105 do seu Regimento Interno, manifesta-se com o fim de:
a) sugerir a outro Poder ou entidade pública a execução de medida fora do alcance do
Poder Legislativo;
b) solicitar a manifestação de uma ou mais Comissões sobre determinado assunto,
visando à elaboração de projeto sobre matéria de iniciativa da Casa.
Quanto à tramitação, ao ser recebida pela Mesa a Indicação é lida em súmula, publicada
no Diário da Câmara Legislativa e encaminhada às Comissões para emissão de parecer.
No caso de Indicação que solicita manifestação de Comissão, determina ainda o art. 105
que não serão aceitas aquelas que objetivem consulta à Comissão sobre interpretação e
aplicação da lei ou sobre ato de qualquer poder, de seus órgãos e autoridades.
A Indicação possui uma estrutura formal a ser observada na sua elaboração:
I — Cabeçalho ou preâmbulo, subdividido em: epígrafe, autoria e ementa;
II — Texto ou Corpo, onde a Câmara Legislativa, com fulcro no art. 105 do seu
Regimento Interno, sugere a outro Poder ou a outra entidade pública a execução de medida fora
de seu alcance ou solicita manifestação de uma ou mais comissões sobre determinado assunto;
III — Justificação, por meio da qual o Autor tece argumentos com vistas a demonstrar a
importância e oportunidade da medida sugerida;
IV — Fecho, que menciona o local, a data e o autor.
153
6.2 — Moção
A Câmara Legislativa pode, nos termos do art. 109 do Regimento Interno, reivindicar
providências, hipotecar solidariedade ou protestar sobre determinado assunto, valendo-se, para
tanto, da proposição conhecida como moção.
A moção deve ser redigida com clareza e apresentar fundamentada justificação.
A iniciativa da proposição pode ser de qualquer Deputado, o qual, ao requerer a sua
aprovação, deverá apresentar o texto a ser objeto de deliberação do Plenário.
A moção independe de parecer das Comissões e constará da Ordem do Dia da sessão
seguinte àquela em que for lida em plenário.
Convém fazer distinção clara entre moção e indicação no campo em que ambas solicitam
providências. Na indicação, a Câmara Legislativa sugere a outro Poder, ou a outra entidade
pública, a execução de medidas fora do alcance do Poder Legislativo. Neste caso, a matéria
será submetida à apreciação das Comissões competentes.
Já a moção, quando reivindica providências, deve ter cunho político e versar, de
preferência, sobre assunto de repercussão naquele momento em que a Câmara Legislativa é
chamada a manifestar-se.
Tome-se como exemplo a necessidade de construção de unidade de ensino em
determinada localidade. A CLDF deverá sugerir a medida ao Poder Executivo, mediante
Indicação, ouvidas as Comissões Permanentes.
Se, por outro lado, a questão referir-se à necessidade de o Governo do Distrito Federal
consignar mais recursos para educação em seu orçamento, em função, por exemplo, da
reduzida oferta de vagas no ensino fundamental ou dos elevados índices de repetência ou,
ainda, da má qualidade do ensino, a proposição adequada é a Moção, que, como instrumento de
reivindicação política, dará à Câmara Legislativa condições de solicitar ao Executivo maior
empenho na busca de soluções para os problemas educacionais.
A estrutura da Moção obedece aos seguintes itens:
I — cabeçalho ou preâmbulo, englobando a epígrafe, a autoria e a ementa;
II — vocativo, contendo o pronome de tratamento e a indicação do cargo de Presidente da
Câmara Legislativa;
III — texto ou corpo, reivindicando providências, hipotecando solidariedade ou
protestanto sobre determinado assunto, com fundamento no art. 109 do Regimento Interno da
CLDF;
IV — justificação, contendo fundamentada argumentação sobre a oportunidade da
medida;
V — fecho, informando sobre o local, a data e o autor da proposição.
Aprovado o texto no Plenário, o destinatário da Moção tomará conhecimento do seu teor
por meio de correspondência assinada pelo Presidente da Casa.
6.3 — Requerimento
6.4 — Recurso
6.5 — Modelos
Indicação
Moção
Requerimento
Recurso
157
A Câmara Legislativa do Distrito Federal, nos termos do art. 105 do seu Regimento
Interno, sugere ao Poder Executivo que promova ações no sentido de celebrar convênios entre a
Fundação Hospitalar do Distrito Federal e os hospitais militares, a fim de integrar estas
entidades à rede de atendimento oferecida pelo Sistema Único de Saúde—SUS no DF.
JUSTIFICAÇÃO
Deputado ...
INDICAÇÃO Nº ..., DE ...
(Do Sr. Deputado ...)
A Câmara Legislativa do Distrito Federal, nos termos do art. 105 do seu Regimento
Interno, sugere ao Excelentíssimo Senhor Governador do Distrito Federal, ..., a reforma e
ampliação do Hospital Regional de Brazlândia.
JUSTIFICAÇÃO
Deputado ...
159
A Câmara Legislativa do Distrito Federal, nos termos do art. 105 do Regimento Interno,
sugere ao Excelentíssimo Senhor Governador ... a construção de residências para professores e
servidores de escolas públicas em áreas rurais do Distrito Federal.
JUSTIFICAÇÃO
A construção de residências para os professores nas imediações das escolas rurais tem
como objetivo buscar uma integração entre professores, servidores e comunidade, além de
facilitar a vida daqueles que prestam serviços na área rural, o que resultará, com certeza, em
dedicação maior ao trabalho e ensino mais eficaz. Recursos para a execução de tal medida já
foram previstos no Orçamento do Distrito Federal para o corrente ano.
Deputado ...
MOÇÃO Nº ..., DE ...
(Do Sr. Deputado ...)
Com base no art. 109 do Regimento Interno desta Casa, proponho aos nobres pares
hipotecar solidariedade ao Cardeal-Arcebispo de Fortaleza, Dom Aloísio Lorscheider, e aos
demais membros da Pastoral Carcerária, que foram tomados como reféns por presos que se
amotinaram no Instituto Penal Paulo Sarasate, em Fortaleza.
JUSTIFICAÇÃO
A violência, venha de onde vier, deve sempre ser repudiada. Porém, quando é praticada
contra pessoas que estão tentando melhorar as condições dos próprios agressores, a sensação de
injustiça é bem mais forte. Sabemos perfeitamente das precárias condições dos presídios
brasileiros e, certamente, esse Instituto Penal não deve ser diferente. Mas quando vemos um
homem como Dom Aloísio Lorscheider, quase septuagenário, com quatro pontes de safena, e
que tem como objetivo de vida melhorar as condições dos desafortunados e acabar com a
injustiça, ser agredido fisicamente como foi, não podemos deixar de nos manifestar. Não só em
repúdio ao ato em si mesmo, mas também às condições sociais que transformam seres humanos
em verdadeiras bestas, fazendo-os perder totalmente o respeito pela vida do próximo e pela sua
própria.
Diante desse momento difícil na vida de S. Emª. é que solicitamos, aos demais colegas da
Câmara Legislativa do Distrito Federal, a solidariedade ao Cardeal-Arcebispo de Fortaleza,
esperando que o acontecimento não tenha maiores conseqüências para sua saúde.
Deputado ...
161
Deputado ...
Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal
MOÇÃO Nº. ..., DE ...
(Do Sr. Deputado ...)
Com base no art. 109 do Regimento Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal,
sugiro que esta Casa solicite providências urgentes à Delegacia Regional do Trabalho quanto às
condições de trabalho e acomodação dos operários da obra na empresa ..., localizada na 516
Sul, bem como aos casos de demissão imotivada dos operários que exigiram condições
humanas de trabalho.
JUSTIFICAÇÃO
Nossa moção baseia-se nos fatos relatados pelo Jornal de Brasília de 17 de outubro de
1993, pág. 20 (cópia anexa), o qual noticia o "amontoamento" de 100 operários em espaço
incompatível, as péssimas condições de higiene e segurança do trabalho e a demissão de quatro
operários que solicitaram melhores condições de trabalho.
Deputado ...
163
Deputado ...
Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal
REQUERIMENTO Nº ..., DE ...
(Do Sr. Deputado ...)
Requeiro, nos termos do art. 107, inciso I, do Regimento Interno, que sejam solicitadas ao
Presidente do Banco de Brasília — BRB as seguintes informações:
1 — motivos da convocação de apenas 615 (seiscentos e quinze) concursados de um total
de 2.407 (dois mil quatrocentos e sete) aprovados no concurso público realizado em 26 de abril
de 1992;
2 — posicionamento sobre a prorrogação do referido concurso, cuja validade se encerra
em 22 de outubro de 1994;
3 — veracidade da informação segundo a qual o Governador do Distrito Federal teria
proibido a contratação de concursados do BRB.
JUSTIFICAÇÃO
Causa estranheza o fato de o BRB ter realizado um concurso público, em abril de 1992,
por absoluta necessidade de pessoal e, até a presente data, após a aprovação de 2.407
candidatos, ter procedido à convocação de tão-somente 615 concursados.
Configura-se ainda mais grave a informação que circula no Banco de Brasília sobre a
existência de um documento sigiloso do Sr. Governador, proibindo a admissão de qualquer
concursado, até outubro deste ano, sob a alegação de que as eleições de outubro de 1994 seriam
um impeditivo legal para tal contratação.
Deputado ...
165
Com base no caput do art. 108 do Regimento Interno da CLDF, o Deputado subscrito
vem requerer a reapreciação pelo Plenário do Ato do Presidente que determinou o
preenchimento das vagas nas Comissões Permanentes desta Casa, tendo em vista que, na
Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, foi desrespeitado o critério da
proporcionalidade disposto nos arts. 24 e 25 do Regimento Interno.
JUSTIFICAÇÃO
O art. 24 do Regimento Interno da CLDF dispõe que o número de membros efetivos das
Comissões Permanentes será estabelecido pelo Presidente, no início dos trabalhos da primeira e
da terceira sessões legislativas de cada legislatura, prevalecendo o quantitativo anterior
enquanto não modificado.
O § 2º do art. 25 do mesmo Regimento estabelece que as modificações numéricas que
venham a ocorrer nas bancadas dos partidos ou blocos parlamentares, que importem em
alteração da proporcionalidade partidária na composição das comissões, prevalecerão a partir
da sessão legislativa subseqüente.
Portanto, nesta sessão, que se iniciou em fevereiro de 1994, não poderia ser alterada a
proporcionalidade, já que esta é estabelecida apenas na primeira e terceira sessões.
Outrossim, para efeitos de alteração da proporcionalidade em virtude da formação de
Bloco Partidário ou Parlamentar, também o Regimento Interno é bastante claro. Tal alteração
somente vale a partir da sessão legislativa subseqüente. O Bloco do PT/PCdoB foi formado no
início desta sessão legislativa, portanto não poderá produzir efeitos nesta mesma sessão.
Assim sendo, o Ato do Presidente deste Legislativo foi contrário ao Regimento. Na
realidade, deveria ter sido mantida a representação do PC do B na Comissão de Defesa dos
Direitos Humanos e Cidadania, conforme proporcionalidade estabelecida na 3ª Sessão
Legislativa.
Do exposto, solicita-se ao Plenário da Casa a urgente retificação do referido Ato do
Presidente.
Deputado ...
167
Requeremos a Vossa Excelência — nos termos do art. 108, XVI e do art. 134 do
Regimento Interno — a tramitação em regime de urgência do Projeto de Lei nº .../..., de
autoria do Deputado ... .
JUSTIFICAÇÃO
Deputados ...
REQUERIMENTO Nº ..., DE ...
(Do Sr. Deputado ...)
Nos termos do art. 107, inciso I, do Regimento Interno, solicito que seja enviado ao
Secretário de Saúde requerimento de informações sobre:
a) quantificação dos casos e tipos de meningite registrados nos dois últimos anos no
Distrito Federal;
b) disponibilidade de vacinas, por tipo de meningite;
c) regularidade com que são feitas as vacinações.
JUSTIFICAÇÃO
A imprensa, nos últimos dias, tem trazido notícias de um suposto surto de meningite no
Distrito Federal, bem como de providências tomadas por pais para imunizar seus filhos em
clínicas particulares, a um custo aproximado de US$ 50 (cinqüenta dólares) por vacina.
O presente Requerimento tem como objetivo levantar os dados oficiais, para confirmar a
existência ou não de surtos de meningite, bem como esclarecer a abrangência e gravidade da
situação.
Deputado ...
169
JUSTIFICAÇÃO
O Projeto Águas Claras foi criado com o propósito de construir casas próprias para a
classe média, a preços acessíveis.
Os terrenos para edificações vendidos pela Terracap foram superavaliados, o que os
tornou inalcançáveis às cooperativas.
Um breve levantamento de preços demonstra que terrenos em lugares nobres de
Taguatinga e no Setor Sudoeste estão sendo vendidos a custo inferior aos praticados em Águas
Claras.
Para agravar esta situação, a correção das prestações está sendo feita pela UPDF —
Unidade Padrão do Distrito Federal. Desta forma, a parcela inicial no valor de ... alcançará,. em
dezembro deste ano, a cifra de ... .
É preciso apurar possíveis distorções na venda das projeções, de forma a atender as
reivindicações das cooperativas.
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Vice-Presidente
Deputado ...
Primeiro Secretário
Deputado ...
Segundo Secretário
Deputado ...
Terceiro Secretário
171
Ao examinar o Projeto de Lei nº ..., de ..., que "autoriza o Governo do Distrito Federal a
isentar, pelo prazo de 5 (cinco) anos, as Feiras Livres e Permanentes do pagamento das tarifas e
serviços de água e esgoto", concluiu a Comissão de Constituição e Justiça pela sua rejeição,
sob a alegação de, conforme o Parecer do Vencido, estar "consubstanciando a vontade
manifesta da Comissão".
Analisando o mencionado Parecer, verifica-se a ausência das razões que motivaram o
voto da referida Comissão, restando-nos, tão-somente, com base no Parecer do Relator,
rejeitado pela Comissão de Constituição e Justiça, reafirmar o nosso entendimento de que a
proposição apresentada configura-se constitucional e legal.
Do exposto, recorremos da decisão proferida pela Comissão de Constituição e Justiça
para que, nos termos do art. 30 e seu parágrafo único do Regimento Interno desta Câmara
Legislativa, seja o Parecer da citada Comissão submetido à apreciação do Plenário desta Casa.
Deputados ...
RECURSO Nº ..., DE ...
(Do Sr. Deputado ... e outros)
Deputados ...
173
RECURSO Nº ...
(do Sr. Deputado ...)
O Deputado abaixo assinado vem, nos termos do art. 93, § 6º, do Regimento Interno,
recorrer da decisão do Sr. Deputado ..., que, no exercício da Presidência desta Casa, acatou
questão de ordem do Sr. Deputado ..., considerando prejudicado o RECURSO Nº ..., de 1992.
JUSTIFICAÇÃO
Deputado ...
7 — VETO
7.1 — Caracterização
Veto é um ato de natureza legislativa pelo qual o Chefe do Poder Executivo nega sanção a
um projeto de lei aprovado pelo Poder Legislativo.
Assim, quando o Governador do Distrito Federal entender que um projeto fere
dispositivos constitucionais ou contraria o interesse público, poderá valer-se do instituto do
veto.
O veto pode ser total — quando incide sobre a integridade do projeto de lei — ou
parcial. Neste caso, somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou
alínea.
Ao opor veto a um projeto, o Chefe do Poder Executivo não está encerrando a sua
tramitação. Vetada integral ou parcialmente, a matéria retornará em quarenta e oito horas à
Câmara Legislativa, à qual cabe a palavra final sobre seu destino. O projeto vetado será
acompanhado de Mensagem do Governador, com as razões do veto.
Recebida a Mensagem, esta será imediatamente publicada e despachada à Comissão de
Constituição e Justiça, que terá o prazo máximo de quinze dias para apresentar seu relatório.
O veto será apreciado no prazo de trinta dias, a contar do seu recebimento, só podendo ser
rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos membros da Câmara Legislativa, em votação por
escrutínio secreto.
Rejeitado o veto, a matéria anteriormente vetada será enviada ao Governador para
promulgação.
Se a promulgação pelo Governador não se der dentro do prazo de quarenta e oito horas,
contado de sua remessa, o Presidente da Câmara Legislativa o fará e, se este não o fizer em
igual prazo, caberá ao Vice-Presidente fazê-lo.
Por exemplo:
"Com fulcro no § 1º do art. 74 da Lei Orgânica do Distrito Federal, o Governador do
Distrito Federal comunica ao Presidente da Câmara Legislativa do DF que opôs veto total ao
Projeto de Lei nº ..., de ..."
1.2 — origem da matéria, ou seja, se do Poder Executivo, do Legislativo ou de iniciativa
popular.
Por exemplo:
"O Projeto de Lei em pauta é de autoria de membro desta Casa Legislativa: o ilustre
Deputado ...",
ou:´
"O Projeto de Lei em exame é oriundo do Poder Executivo".
1.3 — finalidade da proposição vetada.
Por exemplo:
"A matéria vetada pelo Chefe do Poder Executivo versa sobre a cobrança de anuidades,
mensalidades, taxas e outros encargos educacionais pelos estabelecimentos de ensino
particulares no Distrito Federal."
3 — conteúdo vetado no caso de vetos parciais e, no caso de veto total, apenas menção ao
fato.
Por exemplo:
"O veto incidiu sobre a totalidade do Projeto em exame."
ou:
"É o seguinte o teor do dispositivo vetado:
‘Art. 4º Ficam isentos do Imposto sobre Operações de Circulação de Mercadorias, nas
operações internas, os produtos hortigranjeiros’."
7.3 - Modelos
Relatório de Veto
179
Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA sobre o VETO TOTAL oposto ao
Projeto de Lei nº ..., de ..., que "dispõe sobre a
cobrança de anuidades, mensalidades, taxas e
outros encargos educacionais e dá outras
providências."
RELATOR: Deputado...
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
181
Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA sobre o VETO PARCIAL oposto ao
Projeto de Lei nº..., de ..., que "autoriza o
Poder Executivo a implantar projeto de
construção de uma agrovila no Núcleo Rural
Ponte Alta de Baixo e dá outras
providências."
RELATOR: Deputado...
Deputado ...
Presidente
Deputado ...
Relator
183
Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA sobre o VETO PARCIAL oposto ao
Projeto de Lei nº ..., de ..., que "altera
disposições da Lei nº 524, de 1993 ."
RELATOR: Deputado...
Deputado ...
Relator
185
1.1 — Estudo
Estudo é a designação genérica que abarca desde o parecer pessoal do assessor até o
ensaio, efetuado por solicitação de parlamentar, da Mesa, de Comissões ou de outra unidade da
Casa.
O estudo resulta na produção de texto, de livre composição do autor, que segue seu
próprio estilo em consonância com o tema solicitado e com as orientações do solicitante,
voltado ao fim previamente especificado.
Segundo o Dicionário Aurélio, estudo significa "a aplicação do espírito para aprender" e o
"trabalho literário ou científico acerca de um dado assunto", mas pode também ser "os
trabalhos que precedem a execução de um projeto". No contexto das ações legislativas, o
estudo, no mais das vezes, é apresentado na forma de um ensaio que antecede a feitura de uma
proposição. Em outros casos, apenas oferece informações sistematizadas sobre a matéria
vinculada à ação legiferante e à função fiscalizadora, política e administrativa do legislativo.
Ensaio é uma expressão originada na palavra latina "exagium" — ato de pensar algo.
Tem a mesma raiz de "exigére" — ato de pesar — e também de "exámen" — exame.
Ensaio pode ser entendido, pois, como ato de pensar, de pesar e de examinar um dado objeto.
É um gênero literário e técnico-cientifíco de difícil caracterização, que contém
determinadas categorias de composição assistemática e sem o rigor exigido, por exemplo, em
uma monografia ou em uma tese acadêmica. Se são conhecidas irretocáveis peças de natureza
informal, fluida e subjetiva — como os trabalhos de Montaigne, as obras de Pentarco, as
meditações de Marco Aurélio —, em Bacon se define o estilo formal, objetivo e metódico,
assim como em inúmeros outros autores.
Nenhuma definição encerra as nuanças conceituais, tanto de estrutura como de estilo, que
esse gênero da produção do conhecimento humano envolve.
Contudo, é possível categorizar o ensaio em três tipos, considerando sua abordagem:
a) perfil, esboço ou síntese de determinado tema;
b) descrição de um tópico ou aspecto particular de dado objeto; e
c) exposição circunstanciada de caráter minudente sobre a matéria escolhida, da qual se
expende um juízo ou conclusão.
Esta última categoria se aproxima do estudo monográfico. Umberto Eco, em seu livro
Como se faz uma tese, caracteriza a monografia como dissertação a respeito de um assunto
único. O sentido lato da palavra remete à produção técnica ou científica decorrente de pesquisa
bibliográfica ou de campo. O sentido estrito representa o trabalho de cunho acadêmico. O
ensaio monográfico aqui referido possui, naturalmente, o senso lato enunciado por Eco.
Desse modo, mesmo com a liberdade inerente ao tipo de texto produzido como estudo,
considera-se conveniente a adoção de uma estrutura lógica em sua apresentação formal, qual
seja: folha de rosto, introdução, corpo do trabalho, conclusão, anexo, bibliografia.
A folha de rosto contém as informações de identificação do trabalho: órgão de
assessoramento, origem, tipo de trabalho, assunto/título, autor e data.
A introdução é a parte inicial, onde se expõem o argumento, os objetivos e o modo de
tratar o assunto.
O corpo do trabalho é a parte que contém a exposição da matéria, incluindo subdivisões.
Pode-se recorrer ao referencial da metodologia científica se o assunto comportar esse
procedimento. Nesse caso, o autor deve adotar o roteiro clássico, no que couber:
— determinação do assunto;
— formulação do problema e da hipótese, de modo explícito ou subjacente;
— classificação das variáveis independentes e do fenômeno estudado;
— definição do método e técnicas selecionadas;
— apresentação e análise dos dados;
— síntese e generalização.
A conclusão é o juízo crítico de quanto foi exposto e deve efetuar o fecho lógico,
correlacionado com o objetivo exposto na introdução.
O anexo se compõe da matéria juntada ao texto para esclarecimento documental ou
reforço ao argumentado.
Bibliografia é a listagem das obras consultadas sobre o assunto estudado. É de todo
recomendada a referência bibliográfica, em notas de rodapé ou no texto da dissertação, nos
termos da ABNT — Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Faz-se mister destacar que a Filosofia das Ciências vem oferecendo destacada atenção à
produção do conhecimento gerado no campo das Ciências Sociais, adotando, progressivamente,
condutas divergentes das tradicionais normas do denominado método científico.
Entre as várias tendências do pensamento corrente, destaca-se o materialismo histórico,
187
pautado no aporte dialético para análise conjuntural e estrutural do objeto de estudo. Outra
importante abordagem é a fenomenologia, que opera sem qualquer referencial pré-definida,
já que a coisa em si mesma ao ser desvelada é que demonstrará o caminho do correto
encaminhamento científico.
Já a tendência anarquista, que tem como um dos principais expoentes Paul Feyerabend,
considera que a ciência é um empreendimento essencialmente anarquista, por partir do
princípio epistemológico de que os sucessos do conhecimento humano acumulado não foram
obtidos pela aplicação do racionalismo formal. Acredita o Autor que a História é cheia de
acidentes e conjunturas de eventos curiosamente justapostos que se apresentam ao observador.
Este, apreendendo aquele acidental acaso vitorioso, obtido no interior do caos, pode formular
leis que, na maior parte das vezes, podem ser verdadeiras — ou não.
Conclui-se, desse modo, que até mesmo para a produção dos estudos aqui considerados,
tem o Autor a inteira liberdade para conduzir e apresentar seu trabalho.
1.2 — Consulta
NOTA: Um dos fatores constitutivos do processo de produção dos estudos básicos legislativos
é o prazo. A prontidão e atualidade da resposta ao solicitante configura valor a ser agregado ao
mérito e efetividade da obra produzida. O prazo, contudo, não deve prejudicar o conteúdo do
texto apresentado, mas deve ser levado em conta na programação dos trabalhos como um
elemento importante a balizar o padrão e a profundidade do estudo e da consulta.
2 — DISCURSO
Consta também do rol dos trabalhos legislativos da CLDF o discurso parlamentar, peça
integrante da arte denominada oratória.
A oratória trata dos princípios e técnicas que podem tornar mais efetivo o falar em
público; ensina como organizar o discurso, como construir e encadear seus segmentos de modo
a aumentar a probabilidade de persuadir a audiência.
Podem-se distinguir diversos tipos de oratória: a acadêmica, a sacra, a político-
administrativa e a judiciária, entre outras. Os discursos parlamentares, pronunciados nas Casas
Legislativas, enquadram-se na oratória político-administrativa.
É bastante vasta a temática dos discursos parlamentares: administração, justiça, trabalho,
segurança, saúde, educação, economia, cultura. Seja qual for o tema específico do discurso,
porém, a sua temática básica estará sempre — ao menos em tese — ligada ao interesse
público.
O discurso é uma peça dissertativa que recebe um tratamento especial devido a uma
peculiaridade que apresenta em relação às dissertações em geral: o discurso é feito para ser
ouvido.
É a seguinte a estrutura padrão do discurso:
— EXÓRDIO
— AFIRMAÇÃO
— DESENVOLVIMENTO
— PERORAÇÃO
Comparativamente, afirmação, desenvolvimento e peroração têm funções idênticas às
de introdução, desenvolvimento e conclusão na dissertação, constituindo o núcleo dissertativo.
O EXÓRDIO consiste num chamamento inicial próprio do discurso, utilizado com o fim
de atrair a audiência para o que vai ser dito. É um passo preparatório; não revela ainda o tema;
não apresenta argumentos; atrai o ouvinte, apenas.
Na prática, o exórdio busca obter do auditório os seguintes elementos, essenciais para a
"venda da idéia" do discurso: atenção, docilidade e benevolência.
A atenção é a concentração e o interesse nas idéias, e pode ser mais facilmente obtida se
o orador anunciar que tratará de coisas próximas do ouvinte em tempo e espaço.
Por docilidade entenda-se a disposição de seguir a fala do orador, acompanhando-lhe a
linha de raciocínio. Discursos mais breves encerram mais probabilidade de contar com a
docilidade da audiência do que aqueles muito longos.
189
Obter a benevolência da platéia significa conseguir simpatia e boa vontade para com as
idéias a serem expostas. Para tanto, é sensato demonstrar, nesse início, modéstia e concordância
com os sentimentos e idéias dos ouvintes. Mais adiante, no corpo do discurso, quando já se
houver conquistado "clima" para aceitação, caberá demonstrar discordância ou propor mudança
de opinião.
A AFIRMAÇÃO constitui o início do núcleo dissertativo, correspondendo à introdução.
É onde o orador apresenta a tese do discurso e afirma qual a sua posição sobre o tema que
discutirá.
O DESENVOLVIMENTO é a defesa, por meio de argumentos logicamente encadeados,
da posição antes anunciada. É o momento de fundamentar sua posição com fatos, comparações,
citações, definições, dados estatísticos, exemplos, tudo, enfim, que corroborar sua tese.
A PERORAÇÃO, semelhante à conclusão dissertativa, é o arremate lógico da
argumentação tecida. Além disso, porém, a peroração contém três importantes elementos:
— reafirmação: repetição da tese;
— resumo: síntese dos argumentos tecidos;
— reforço: apelo à emoção (ao patético).
O elemento denominado reforço — que consiste na introdução do patético no
fechamento do discurso — é fator de grande importância por facilitar enormemente a fixação
da tese. O apelo ao patético introduz emoção, paixão no discurso: injeta doses de revolta,
tristeza, ódio, desespero, amor, esperança, alegria e emoções outras próprias à nossa
humanidade. Tal recurso, se habilmente manejado, atua na sensibilidade do receptor,
"arrastando-o" na direção pretendida pelo orador talentoso.
Importa, no entanto, não confundir a utilização do patético com pieguice, demagogia ou
sentimentalismo de mau gosto. Para que isso seja evitado, as passagens de patético devem ser
breves — ainda que incisivas — e colher a platéia de surpresa. Existem, ademais, temas que
não admitem apelos emocionais, por serem muito corriqueiros e triviais.
Convém mencionar, por fim, que o discurso deve conter um final impressivo, que
contribua para a gravação cabal da tese na memória do ouvinte.
3 — NOTA TÉCNICA
ANEXO
I — DE REDAÇÃO
2. evitar o emprego isolado de sigla ou abreviatura, exceto se consagrada pelo uso e, ainda
nessa hipótese, feita a primeira referência por extenso, seguida pela sigla ou abreviatura;
3. evitar o emprego de expressões esclarecedoras, como: "por exemplo", "ou seja", "isto é" ou
equivalentes, procurando dar maior precisão possível na definição das idéias;
6. manter, sempre que possível, a uniformidade dos verbos (paralelismo), em todo o corpo da
lei, mesmo que os artigos se sucedam, tratando de assuntos heterogêneos;
7. evitar a utilização de sinonímia. As palavras usadas no texto legislativo devem ser idênticas
quando destinadas a exprimir uma mesma idéia;
9. utilizar, sempre que possível, os verbos no presente do indicativo, já que a matéria legislada
pertence ao momento em que é lida, e não somente àquele em que é promulgada;
10. utilizar, sempre que possível, as palavras no singular;
12. grafar os termos que designam cargos, dignidades ou postos com inicial maiúscula, sempre
que acompanhados do nome do titular ou utilizados em substituição a este; na forma
genérica, grafá-los com inicial minúscula;
13. grafar com inicial maiúscula os termos: lei, decreto, resolução, projeto de lei, projeto de
resolução, norma, requerimento ou assemelhados sempre que definidos ou seguidos de
número; na forma genérica, grafá-los com inicial minúscula.
II — DE TÉCNICA LEGISLATIVA
4. nos projetos legislativos extensos, os primeiros artigos devem ser utilizados para a definição
do seu objeto e para a limitação do seu domínio de aplicação;
5. cada artigo deve ser colocado em seu justo lugar no texto, segundo o assunto que contém;
7. as cláusulas condicionais devem ser evitadas para introduzir uma exceção ou limitação. Se
houver acréscimo, deve-se começar novo parágrafo;
10. do artigo primeiro (art. 1º) até o artigo nono (art. 9º) deve-se adotar a numeração ordinal
consecutiva e a partir do artigo dez (art. 10.) a numeração cardinal, seguida de ponto;
12. os textos do artigo e do parágrafo devem ser iniciados com letra maiúscula e encerrados
com ponto final;
17. o inciso deve ser grafado em algarismo romano, seguido de travessão e terminado por
ponto-e-vírgula, exceto quando for o último, caso em que termina por ponto final.
18. a alínea deve ser grafada em itálico ou sublinhada, indicada em letra minúscula e seguida de
parênteses.
19. os números em que se desdobram as alíneas devem ser grafados em algarismos arábicos
seguidos de parênteses.
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