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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CIVEL


REGIONAL DA REGIÃO OCEÂNICA- COMARCA DE NITERÓI- RJ

ANDREA SIQUEIRA SANTOS,


brasileira, casada, portadora da carteira de identidade nº.
0832485756 expedida pelo DETRAN/RJ, inscrita no CPF, sob o nº.
006.634.977-01, residente e domiciliada na Rodovia Amaral Peixoto -
Quadra 01 – Lote 04 – Parque Monte Alegre – Niterói – CEP 24-330-
000, cujo endereço eletrônico andreas.santos@ig.com.br vem,
respeitosamente à presença de V. Exª, por intermédio de seus
advogados “in fine” assinados, com escritório na Rua da
Conceição, nº 154, sala 501 – Centro – Niterói – RJ - CEP:
24.020.082, onde receberão todas as intimações, sob pena de
nulidade, propor a presente

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZATÓRIA


POR DANOS MORAIS

Em face de Em face de CLARO, com endereço na Rua


Mena Barreto, 42 – Botafogo – Rio de Janeiro – RJ – CEP 22271-100 – ,
pelos fatos a seguir expostos:
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DOS FATOS

A Autora è titular da linha 021. 3022-7901

Ocorre que desde setembro 2015, a Autora vem suportando


transtornos com aparelho de telefone comprado junto à
concessionária de serviço público, visto que o referido desligava no
meio da conversa, além de apresentar muito ruído.

Disposta a solucionar o problema com o aparelho de


telefone, a consumidora comprou um novo no dia 16 de outubro de
2015, através do seu cartão de crédito, ocasião em que pagou a
importância de R$ 59,00 (cinquenta e nove reais).

Averbe-se que na ocasião da compra, foi prometido que no


prazo de 10 dias ela receberia o produto.

Apesar da promessa, a consumidora não recebeu o


aparelho, o que culminou na necessidade de manter o primeiro
contato telefônico no dia 26 de outubro de 2015, conforme protocolo
de atendimento número 2015535684311, oportunidade em que o
problema suportado foi exposto, bem como foi exposto o fato de que
estava utilizando um telefone usado comprado do vizinho. Sendo
certo que foi reiterado o prazo de 10 dias para entrega do produto.
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Embora já estivesse chateada com a demora na entrega,


tendo em vista que o aparelho de segunda mão comprado do vizinho
estava apresentado problema, optou por dar mais uma chance à
demandada.

Conquanto tivesse aceitado aguardar o novo prazo para


entrega, lamentavelmente o referido não foi cumprido, o que motivou
novo contato com a reclamada no dia 05 de novembro de 2015,
mediante protocolo de atendimento número 2015537668471, na
pessoa do funcionário Fábio, ensejo em que expos o fato de que
estava aguardando a entrega de um telefone comprado desde o dia
16 de outubro de 2015.

Vale ressaltar que no último contato mantido com o


funcionário Fábio, foi dito que no prazo de 15 (quinze) dias receberia
finalmente o produto.

Nobre Julgador, não obstante promessa, o produto não foi


entregue dentro do novo prazo informado, o que o obrigou a manter
novo contato telefônico, conforme protocolo de atendimento
2015539668662, ocasião em que de novo o problema foi exposto e
que foi informada de que o produto seria entregue até o final de
outubro de 2015.
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Insta consignar o fato de que durante todo o período em


que aguardou a entrega de um produto que a demandada sabia ou
deveria saber que não seria entregue, a consumidora ficou presa
dentro de casa, tendo em vista do fundado receio de não encontrar
ninguém em casa.

Sobressalte-se que devido os diversos descumprimentos, a


reclamante optou manter contato com a ré através do chat, ocasião
em que foi informada de que a entrega havia sido tentada, mas,
como não havia ninguém em casa o produto retornou o que foi
devidamente impugnado, tendo em vista que o pai da consumidora
nunca sai de casa, mesmo porque, no local funciona um bar, ou seja,
o estabelecimento comercial fica aberto o dia inteiro.

Diante das peculiaridades observadas nos autos,


especialmente pelo fato de a autora não ter conseguido receber o
aparelho de telefone que havia adimplido há mais de 5 meses.

Na verdade, o desrespeito ao consumidor, no caso dos


autos, assume papel mais grave, ensejando a pretendida
compensação moral.
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DIANTE DE TODO O EXPOSTO, NÃO RESTOU


ALTERNATIVA À AUTORA SENÃO VALER-SE DO PODER
JUDICIÁRIO.

DO DIREITO

Os princípios básicos trazidos pelo Código de Defesa do


Consumidor estão estatuídos no artigo 4º, quais sejam:

“ Art. 4º A Política Nacional das Relações de


Consumo tem por objetivo o atendimento das
necessidades dos consumidores, o respeito à sua
dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus
interesses econômicos, a melhoria da sua
qualidade de vida, bem como a transparência e
harmonia das relações de consumo, atendidos os
seguintes princípios:

I - reconhecimento da vulnerabilidade do
consumidor no mercado de consumo;

II - ação governamental no sentido de proteger


efetivamente o consumidor:
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c) pela presença do Estado no mercado de


consumo;

d) pela garantia dos produtos e serviços com


padrões adequados de qualidade, segurança,
durabilidade e desempenho.

III - harmonização dos interesses dos


participantes das relações de consumo e
compatibilização da proteção do consumidor com
a necessidade de desenvolvimento econômico e
tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos
quais se funda a ordem econômica (art. 170, da
Constituição Federal), sempre com base na boa-fé
e equilíbrio nas relações entre consumidores e
fornecedores;

IV - educação e informação de fornecedores e


consumidores, quanto aos seus direitos e
deveres, com vistas à melhoria do mercado de
consumo;

V - incentivo à criação pelos fornecedores de


meios eficientes de controle de qualidade e
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segurança de produtos e serviços, assim como de


mecanismos alternativos de solução de conflitos
de consumo;
.”

Cláudia Lima Marques, Contratos no Código de


Defesa do Consumidor. V. 1. 2. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo:
RT, 1995. (1995, p. 79-80) ,assim se manifesta:

“ Boa-fé objetiva significa, portanto, uma


atuação "refletida", uma atuação refletindo,
pensando no outro, no parceiro contratual,
respeitando-o, respeitando seus interesses
legítimos, suas expectativas razoáveis, seus
direitos, agindo com lealdade, sem abuso, sem
obstrução, sem causar lesão ou desvantagem
excessiva, cooperando para atingir o bom fim
das obrigações: o cumprimento do objetivo
contratual e a realização dos interesses das
partes.”

No Direito do Consumidor, a vulnerabilidade, disposta no


artigo 4º, inciso I, da Lei nº 8.078/90 é presumida e conseqüência
das práticas e cláusulas abusivas impostas pelos fornecedores que
não observam os princípios das relações de consumo.
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“Art. 6° São direitos básicos do consumidor:

VI – a efetiva prevenção e reparação de danos


patrimoniais e morais, individuais, coletivos e
difusos.

VIII – a facilitação dos seus direitos, inclusive


com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério da juiz, for
verossímel a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo regras ordinárias de
experiência . “

“Art 14. O fornecedor de serviços responde


independentemente da existência de culpa, pela
reparação de danos causados aos consumidores
por defeitos relativos à prestação dos, bem como
informações insuficientes ou inadequadas sobre
sua fruição e risco.”
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DANO MORAL:

O mestre Sérgio Cavalieiri Filho , citando Antunes Varela, enfatiza:

Dano moral é a lesão de um bem integrante da


personalidade, como a honra, a imagem, a
liberdade, a saúde, a integridade psicológica,
causando dor, vexame, sofrimento, desconforto e
humilhação à vítima.(Grifa-se).

A Constituição Federal deu uma nova feição e


maior dimensão ao dano moral. Ao consagrar a
dignidade da pessoa humana como um dos
fundamentos do nosso Estado Democrático de
Direito, tratou-a como a base de todos os valores
morais, a essência de todos os direitos
personalíssimos. (Grifa-se).
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DO PEDIDO

A) Que seja deferida a inversão do ônus da prova conforme artigo 6º


VIII do CDC

B) Citação da Ré, na pessoa do seu representante legal para


responder aos termos da presente ação, no prazo legal, querendo,
sob pena de revelia.

C) Requer a procedência do pedido para:

C.1) Compelir à empresa Ré a entregar o telefone objeto do


processo no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena multa diária de
R$ 50,00 (cinquenta reais), para o caso de descumprimento.

C.2 Indenizar a Autora a título de danos morais no valor de


R$ 20.000,00 (vinte mil reais), haja vista, todo o
constrangimento e a sensação de impotência suportados, bem
como atenta contra os direitos à relacionados à
personalidade, ademais é bom atentarmos para o fato de que
a Autora teve que expor o seu problema ao amigo, ademais
em função da falha de prestação de serviço teve ameaçado o
acordo que havia celebrado junto ao condomínio,
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.D) Requer que todas as publicações sejam feitas no nome do


Dr SANDRO PEREIRA DA SILVA OAB/RJ 96.229 , sob pena de
nulidade da publicação.

O Autor tem interesse na realização de audiência de


conciliação.

Protesta, desde já, por todos os meios de prova em


direito admitidas, principalmente, documental, testemunhal e
depoimento pessoal do representante legal da Ré.

VALOR DA CAUSA: R$ 20.059,00

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

Niterói, 29 de março de 2016..

__________________________________
SANDRO PEREIRA DA SILVA
OAB/RJ 96.229

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